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t
\
Geraldo Kindermann
e
Jorge Mário Campagnolo
3Mi edivflo
modific, da amplia a
SAORA•DC LUZZ.n'O
- - - - Edirores-
J
/
l
GERALDO KINDERMANN
• ,\·.
··~ ; ~ .
4_.
ATERRAMENTO ELETRICO
3ª edição
modificada e ampliada
SAGRA-DC LUZZATTO
LIVREIROS, EDITORES E Dl.STRIBUIDORES
Q Momb<odo
1995
,
lodice Geral
PREFÁCIO DOS AUTORES
Esperamos que as informações contidas neste livro contribuam como fonte de 1.4 A Influência da Temperatura . 4
consulta à área de Engenharia Elétrica, pois seu conteúdo é amplo, auxiliando, prin- 1.5 A Influência da Estratificaçã.O 5
cipalmente, as áreas de Eletrotécnica, Distribuição e Sistemas Elétricos de Potência.
·;
1.6 Ligação à Terra . . . . . . 6
Este livro é fruto da experiência acumulada durante vários anos .. Esta ex- ·i.
periência foi adquirida através de trabalhos práticos, bibliográficos e trocas de in- 1.7 Sistemas de Aterramento . 7
formações entre profissionais de empresas, principalmerlte nos cursos ministrados na
Universidade Federal de Santa Catarina em convênio com f ELETROBRÁS. 1.8 Hastes de Aterramento 7
1.9 Aterramento . . . . . . 8
1.10 Classificação dos Sistemas de Baixa Tensão em Relação à Alimentação
e das Massas em Relação à Terra . 8
1.11 Projeto do Sistema de Aterramento 12
Os Autores.
2 Medição da Resistividade do Solo 13
2.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . 13
2.2 Localização do Sistema de Aterrainent.o . 13
2.3 Medições no Local . . . 14
l
II III
2.6 Método de Wenner . . . . . . .. 4.6 Dimensionamento de Sistema de Aterramento Formado Por Hastes Ali-
. nhadas em Paralelo, Igualmente 'Espaçadas . . . . . . . . . . . . . . . .
18 .
71
2. 7 Medição Pelo Método de Wenner 20
4.7 Dimensionamento de Sistema de Aterraniento com Hastes em Triângulo 76
2.8 Cuidado~ na Medição . . . 21
4.8 Dimensionamento de Sistemas com Hastes em Quadrado Vazio . 78
2.9 Espaçamentos das Hastes. 22
4.9 Dimensionamento de Sistema com Hastes em Quadrado Cheio 80
2.10 Direções a Serem Medidas 23
4.10 Dimensionamento de Sistema com Hastes em Circunferência 81
2.11 Análise das.Medidas 24 4.11 Hastes Profundas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
2.12 Exemplo Geral .. 25 4.12 Resistência de Aterramento de Condutores Enrolados em Forma de Anel
e Enterrados Horizontalmente no Solo . . . . . . . . . . . . . 88
3 Estratificação do Solo 27 4.13 Sistemas com Condutor Enterrado Horizont;;,imente no Solo 89
3.1 Introdução . . . . . 27
3.2 Modelagem do Solo de Duas Camadas 28 5 Tratamento Químico do Solo 93
•.
3.4 Método de Estratificação do Solo de Duas Camadas 31 5.2 Característica do Tratamento Químico do Solo . 93
3.5 Método de Duas Camadas Usando Curvas . . . . . 5.3 Tipos de Tratamento Químico . . . . . . . . . . 94
31
3.6 Métodos de Duas Ca:rnadas Usando Técnicas de Oti1i!zação 39 5.4 Coeficiente de Redução Devido ao Tratamento Químico do Solo (I<t ) 95
3. 7 Método Simplificado para Estratificação do Solo em Duas Camadas 5.5 Variação da Resistência de Terra Devido ao Tratamento Químico 97
42
Método de Estratificação de Solos de Várias Camadas . 5.6 Aplicação do Tratamento Químico no Solo 98
3.8 47
3.9 Método de Pirson . . . . . . . 5.7 Considerações Finais 101
47
3.10 Método Gráfico de Yocogawa 52 6 Resistividade Aparente 103
4 Sistemas de Aterramento
6.1 Resistividade Aparente 103
61
6.2 Haste em Solo de Várias Camadas . '. 105
4.1 Introdução . . . . . . . . 61
6.3 Redução de Camadas . . . . . . 106
4.2 Dimensionamento de Um Sistema de Aterramento com Uma Haste Ver-
tical . . . . . . . . . . . . . . . 61 6.4 Coeficiente de Penetração (a ) . 107
4.3 Aumento do Diâmetro da Haste 64 6.5 Coeficiente de Divergência ((3 ) 109
4.4 Interligação de Hastes em Paralelo 66 6.6 Resistividade Aparente para Solo com Duas Gamadas 109
4.5 Resistência Equivalente de Hastes Paralelas 68
7 Fibrilação Ventricular do Coração Pelo Choque Elétrico 115
4.5.1 Índice de Aproveitamento ou Índice de Redução (K). 70
IV V
7.2 Choque Elétrico . 115 8.11 Limitações das Equações de V Malha e VpsM 145
7.3 Funcionamento Mecânico do Coração 116 8.12 Potencial de Toque Má.ximo da Ma.lha em Relação ao Infinito 146
7.4 Funcionamento Elétrico do Coração . 118 8.13 Fluxograma do Dimensionamento da Malha de Terra •. 146
7.5 Fibrilação Ventricular do Coração Pelo Choque Elétrico . 120 8.14 Potencial de Toque na Cerca Perimetral da Ma.lha . 149
7.6 Desfibrilador Elétrico . . . . . . . . . . . 121 8.15 Melhoria na Ma.lha .. 150
7.7 Influência do Valor da Corrente Elétrica 123 8.16 Ma.lha de Equalizaç_âo ,__,, 151
7.8 Curva Tempo x Corrente . . . . . . . . . 125 8.17 Exemplo Completo do Dimensionamento de Uma Malha. de Terra 151
7.9 Limite de Corrente para Não .Causar Fibrilação 125
9 Medida da-Resistência de Terra 159
7.10 Potencial de Toque . •' ... 127
9.1 Introdução . . . . . . . . . . .. 159
7.11 Potencial de Toque Máximo 129
9.2 Correntes de Curto-Circuito pelo Aterra.mento 159
7.12 Potencial de Passo • 1 1 ••
129
9.3 Distribuição de Corrente Pelo Solo . . . .. . . 160
7.13 Potencial de Passo Máximo 130
9.4 Curva de Resistência de Terra. versus Distância. . 162
7.14 Correção do Potencial de Passo e de Toque Máximo Admissível Devido
à Colocação de Brita na Superfície 131 9.5 Método Volt-Amperímetro .. ·. . . . 163
"
7.15 Medida de Potencial de Toque . • 132 9.6 Medição Usando o Aparelho Megger. 164
7.16 Medida de Potencial de Passo 134 9. 7 Precaução de Segurança Durante a Medição de Resistência. de Terra 166
C.2 Análise da Resistência de Malha em Função de Parâmetros 205 • Proporcionar um caminho de escoamento para terra de descargas atmosféricas;
~~
• Usar a terra como retorno de corrente no sistema MRT;
Bibliografia 209 • Escoar as cargas estáticas geradas nas carcaças dos eqµipamentos.
Existem várias maneiras para aterrar um sistema elétrico, que vão desde uma
1
2 CAPíTULO 1. INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE ATERRAMENTO
3
simples haste, passando por placas de formas e tamanhos diversos, chegando às mais TIPO DE SOLO RESISTIVIDADE [S1.m]
complicadas configurações de cabos enterrados no solo.
Lama 5 a 100
Um dado importante, na elaboração do projeto do aterramento, é o conheci- Terra de jardim co~ 50% de umidade 140
mento das características do solo, principalmente sua resistividade elétrica. Esta, além Terra de jardim com 20% de umidade 480
da importância para a engenharia elétrica, em termos de proteção e segurança, auxilia Argila seca 1.500 a 5.000
_também outras áreas, tais como: Argila com 40% de umidade 80
Argila com 20% de umidade 330
Areia molhada 1.300
• Geologia; na localização de jazidas minerais e falhas nas camadas da Terra, lençol Areia seca 3.000 a 8.000
d'água, petróleo, gás, etc; Calcário compacto 1.000 a 5.000
Granito 1.500 a 10.000
• Arqueologia; dando subsídio para descobertas arqueológicas.
Tabela 1.2.1: Tipo de Solo e Respectiva Resistividade
Vários fatores influenciam na resistividade do solo. Entre eles, pode-se ressaltar: A resistividade do solo sofre alterações com a umidade. Esta variação ocorre
em virtude da condução de cargas elétricas no mesmo ser predominantemente iônica.
• tipo de solo; Uma percentagem de umidade maior faz com que os sais, presentes no solo, se dis-
solvam, formando um meio eletrolítico favorável à passagem da corrente iônica. As-
• mistura de diversos tipos de solo; sim, um solo específico, com concentração diferente de umidade, apresenta uma grande
variação na sua resistividade. A Tabelá 1.3.1 mostra a variação da resistividade com
•
• solos constituídos por camadas estratificadas com profundidades e materiais di- a umidade de um solo arenoso.
ferentes;
Indice de Umidade Resistividade (S1.m)
• teor de umidade; (%por peso) (solo arenoso)
0,0 10.000.000
• temperatura; 2,5 1.500
5,0 430
• compactação e pressão; 10,0 185
15,0 105
• composição química dos sais dissolvidos na água retida;
20,0 63
• concentração de sais dissolvidos na água retida. 30,0 42
Tabela 1.3.1: Resistividade de Um Solo Arenoso com Concentração de Umidade
As diversas combinações acima resultam em solos com características diferen-
tes e, conseqüentemente, com valores de resistividade distintos. Em geral, a resistividade (p) varia acentuadamente com a umidade no solo.
Veja figura 1.3.1.
Assim, solos aparentemente iguais têm resistividade diferentes.
Conclui-se, portanto, que o valor da resistiviâade do solo acompanha os períodos
Para ilustrar, a Tabela 1.2.1 mostra a variação da resistividade para solos de de seca e chuva de uma região. Os aterramentos melhoram a sua qualidade com solo
naturezas distintas. úmido, e pioram no período de seca.
4 CAPITULO 1. INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE ATERRAMENTO 5
gelo
água
........1-------------'-------------
o .Umidade
1
\
6 CAPíTULO 1. INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE ATERRAMENTO 7
Como resultado da variação da resistividade das camadas do solo, tem-se a A maneira de prover a ligação íntima com a terra é ligar os equipamentos e
variação da dispersão de corrente. A figura 1.5.1 apresenta o comportamento dos fluxos mass~ a um sistema de aterramento conveniente.
de dispersão de correntes em um solo heterogêneo, em torno do aterramento.
1. 7 Sistemas de Aterramento
I I
•
Figura 1.5.1: Estratificação do Solo em Duas Camadas
- extendido em vala comum;
- em cruz;
- em estrela;
As linhas pontilhadas são as superfícies equipotenciais. As linhas cheias são
as correntes elétricas fluindo no solo. - quadriculados, formando uma malha de terra.
l
dos limites críticos da fibrilação ventricular do coração humano. no solo;
8 CAPíTULO 1. INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE ATERRAMENTO
T
9
• o material deve sofrer a menor ação possível da corrosão galvânica; 1-
Primeira Letra - Especifica a situação da alimentação em relação à terra.
• resistência mecânica compatível com a cravação e movimentação do solo.
T - A alimentação (lado fonte) tem um ponto diretamente aterrado;
As melhores hastes são geralmente as cobreadas:
1 - Isolação de todas as partes vivas da fonte de alimentação em relação à terra ou
aterramento de um ponto através de uma impedância elevada.
Tipo Copperweld: É uma barra de aço de secção circular onde o cobre é fundido
sobre a mesma;
Segunda Letra - Especifica a situação das massas (carcaças) das cargas ou equipa-
Tipo Encamisado por Extrusão: A alma de aço .é revestida por um tubo de cobre mentos em relação à terra.
através do processo de extrusão;
Tipo Cadweld: O cobre é, 'depositado eletrolíticamente sobre a alma de aço. T - Massas aterradas com terra próprio 1 isto é, independente da fonte;
N - Massas ligadas ao ponto aterrado da fonte;
É muito empregada também, com sucesso, a haste de cantoneira de ferro 1 - Massa isolada, isto é, não aterrada.
zincada.
S - Separado, isto é, o aterramento da massa é feito com um fio (PE) separado (dis-
Em termos de segurança, devem ser aterradas todas as p~tes metálicas que tinto) do neutro;
possam eventualmente ter contato com partes energizadas. Assim, um contato aciden-
tal de uma parte energizada com a massa metálica aterrad• estabelecerá; um curto- e - Comum, isto é, o aterramento da massa do equipamento é feito usando o fio
circuito, provocando a atuação da proteção e interrompendo a ligaçãp do circuito . ne.utro (PEN).
energizado com a massa.
Exemplo 1.10.1: Sistema de alimentação e consumidor do tipo TN-S. Figura 1.10.1.
Portanto, a partir do sistema de aterramento, deve-se providenciar uma sólida
ligação às partes metálicas dos equipamentos. Por exemplo, em residências, devem ser
aterrados os seguintes equipamentos: condicionador de ar, chuveiro elétrico, fogão, L1
quadro de medição e distribuição, lavadora e secadora de roupas, torneira elétrica,
Lz
lava-louça, refrigerador e freezer, forno elétrico, tubulação metálica, tubulação de cobre L3
dos aquecedores, cercas metálicas longas, postes metálicos e projetores luminosos de N
fácil acesso.
PE
Já na indústria e no setor elétrico, uma análise apurada e crítica deve ser feita
nos equipamentos a serem aterrados, para se obter a melhor segurança possível.
r- - - >--h1 r-· _,_ - -~1
1 1 1 E qu1pam ento
_.....__ lo 1 4 1 lu u
1.10 Classificação dos Sistemas de Baixa Tensão em Relação
4
1L _ _ _ _ _ _ ..J1 f " 1~ 1 elétrica (carga)
1
Aterromento L - - - - ___ ..J
à Alimentação e das Massas em Relação à Terra do ali mentoçõo massa fl!OSSO
A classificação é feita por letras, como segue: Figura 1.10.1: Sistema TN-S
1
11
10 CAPíTULO 1. INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE ATERRAMENTO
t;_.. ·. L1
L1
L2
L2
L3
L3
N
PE N
r-
1
- -- - .,
1
r
1
_;
-- .... ...,
IE~u1
- ._
r
1•• .•
-- -
, 1
- "'."" -1
J:
1 1 1
1 1
L-----...J L-----..J Atemmento L_ -----hPE.
Aterramento massa massa cio allmentoção .massa J-
da alimentação
. -=-
. r.
Figura 1.10.2: Sistema TN-C
Figura Ll0.4: Sistema TT
Exemplo 1.10.3: Sistema T~-C-S - A fonte (alimentação) é _aterrada (T), o eqúipa- Exemplo 1.10.5: Sistema IT -· A fonte não está. aterrada (1) ou aterrada por uma
mento tem o seu aterramento que usa um fio separado (~) que, após uma certa iI?pedância considerável e a massa do equipamento da carga-tem terra próprio (T).
distância, é conectado ao fio neutro (C). Figura 1.10.3. ·Figura 1.10.5.
L1
L2
L3
-
.PE N
1 n.>edih:1a
'J
massa
Aterromento
do olimentoçllo
L_______l l_r
mosso -
PE
13
i
14 CAPíTULO 2. MEDIÇÃO DA RESISTIVIDADE DO SOLO 15
Portanto, definida a localização da subestação, fica definido o local da malha 2.4 Potencial em Um Ponto
de terra.
Já na distribuição de energia elétrica, os aterramentos situam-se nos locais Seja um ponto "c" imerso em um solo infinito e homogêneo, emanando uma
da instalação dos equipamentos tais como: transformador, religador, seccionalizador, corrente elétrica 1. O fluxo resultante de corrente diverge radialmente, conforme figura
regulador de tensão, chaves, etc. No sistema de distribuição com neutro multi~a.terra.do, 2.4.1.
o a.terramento será feito a.o longo da linha a distâncias relativa.mente constantes. -- - .......
O local do a.terra.mento fica. condiciona.do ao sistema de energia elétrica ou,
ma.is precisa.mente, aos elementos importantes do sistema. \
\
Escolhido preliminarmente o local, devem ser analisados novos itens, ta.is \
\
como: I \
\
• Esta.bilida.de da pedologia. do terreno; \ p =Cte
\
• Possibilidade de inundações a longo prazo; '
• Medições locais. -
Figura 2.4.1: Linhas de Correntes Elétricas
Havendo algum problema que possa comprometer o adequa.do perfil esperado
do sistema de aterramento, deve-se, então, escolher outro local. O campo elétrico Ep no ponto p é dado pela Lei de Ohm local, abaixo:
•
(2.4.1)
2.3 Medições no Local Onde:
Definido o local da instalação do sistema de aterramento, deve-se efetuar le- Jp :::} Densidade de corrente no ponto p
vantamento através de medições, para se obter as informações necessárias à elaboração
do projeto.
A densidade de corrente é a mesma sobre a supedície da esfera de raio r, com
Um solo apresenta resistividade que depende do tamanho do sistema de ater- centro no ponto "c" e que passa pelo ponto p. Seu valor é:
, ramento. A dispersão de correntes elétricas atinge camadas profundas com o aumento
da área envolvida pelo aterramento.
J. = _I_ (2.4.2)
Para se efetuar o projeto do sistema de aterramento deve-se conhecer a resis- " 47rr 2
tividade aparente que o solo apresenta para o espe<'.ial aterramento pretendido.
Portanto,
A resistividade do solo, que espelha suas características, é, portanto, um dado
fundamental e por isso, neste capítulo, será dada especial atenção à sua determinaçã.Q.
E - _!!_}_
O levantamento dos valores da resistividade é feito através de medições em " - 47rr 2
campo, utilizando-se métodos de prospecção geoelétricos, dentre os quais, o mais co-
nhecido e utilizado é o Método de Wenner. O potencial do ponto p, em relação a um ponto infinito é dado por:
16 CAPíTULO 2. MEDIÇÃO DA RESISTIVIDADE DO SOLO 17
As linhas de correntes se comportam como se houvesse uma fonte de corrente
pontual simétrica em relação a superfície do solo. Figura 2.5.2.
Vp =[)O E dr (2.4.3)
Onde:
rx.
V,,= lr
pI .
411'r 2 dr
V.
P
= pl
411'
1
r
00
dr
r2
V. - pl (2.4.4)
P- 411'r
p=cte
\
Como:
I' ~ I
Figura 2.5.1: Linhas de Correntes Elétricas
18 CAPíTULO 2. MEDIÇÃO DA RESISTIVIDADE DO SOLO
19
v . pl
- -( rtp
-1 +-1 ) (2.5.1)
p - 47r ri p 1
• Método de Wenner;
• Método de Lee;
Figura 2.6.2: Imagem do Ponto 1 e 4
• Método de Schlumbeger - Palmer.
O potencial no ponto 3 é:
Neste trabalho será utilizado o Método de Wenner. O método usa qua-
tro pontos alinhados, igualmente espaçados, cravados a uma mesma profundidade.·
Figura 2.6.1.
SUPERFÍCIE ·DO J
V3 - pl [_!_ +
- 47r 2a
1
j(2a)2 + (2p)2
- !-.
a Ja2 + (2p)2
1 . l (2.6.2)
SOLO ' l
.. .; \.
p
·•p =cte
l'2s-~ Vi -
pl [1 + Ja2 +2(2p)2 -
Vs = 47r -;;:
2
V(2a)2 + (2p)2
l (2.6.3)
l
Uma corrente elétrica 1 é injetada no ponto 1 pela primeira haste e coletada
no ponto 4 pela última haste. Esta corrente, passando pelo solo entre os pontos 1 e
4, produz potencial nos pontos 2 e 3. Usando o método das imagens, desenvolvido no
item 2.5, gera-se a figura 2.6.2 e obtém-se os potenciais nos pontos 2 e 3.
R _ l/23 _ _f!_
- I
[! + Ja2
- 471' a
2
+ (2p)2
_ 2
j(2a)2 + (2p)2
(2.6.4)
V
pl [1
2= 471' 1
-;;: + Ja2 + (2p)2 -
1 1
2a - j(2a)2 + (2p)2
l (2.6.1) P= 1+ 2a
Ja2+(2p)2
47raR
2a
y'(2a)2+(2p)2
[!l.m] (2.6.5)
20 CAPfTULO 2. MEDIÇÃO DA RESISTIVIDADE DO SOLO 21
A expressão 2.6.5 é conhecida como Fórmula de Palmer, e é usada no Método R = Leitura da resistência em íl no Megger, para uma profundidade "a"
de Wenner. Recomenda-se que: a = Espaçamento das hastes cravadas no solo
Para um afastamento entre as hastes relativamente grande, isto é, a > 20p, As duas hastes internas são liga.das nos termina.is P1 e P2 • Assim, o a.parelho
pro~ssa internamente e indica na leitura., o valor da resistência. elétrica, de acordo
a fórmula de Palmer 2.6;5 se reduz a:
com a expressão 2.6.4.
p = 27raR [íl.m] (2.6.6) O· método considera que praticame~te 58% da distribuição de corrente que
passa entre as hastes externas oc9rre a uma profundidade igual a.o espaçamento entre
as hà.stes. Figura 2. 7.2.
2. 7 Medição Pelo Método de Wenner .I a---•
i----ª ---i ----a
O método utiliza um Megger, instrumento de medida de resistência. que pos-
sui quatro termina.is, dois de corrente e dois de potencial.
'' ', ///1I p
entre as duas hastes externas que estão conectadas aos termina.is de corrente C1 e C2. ,,~ I l -..,
'-... ...... - - - - - __ ..,,, ..,..,..,,.. ., ,,"' / I
\'
\ -- - - _,. \.
Figura 2.7.1. I
==--- -- r- - - - --
...... -....__ . ---~ . .,.,,,,. / I \.
', -- ...._...__________ __
............ --- -- ,,,,,,,,. I \
I - - __ ,_ ~ - - ---.:: - --...,... - 1
\ ........ ------- / I
1
MEGGER
\
' '-... . /
..... / ,,." I
C1
1) e
P1 G
o
P2
u
C2
o
\
• ',
.....
.......... ---------- ......
- .,.,.,,,...
• A condição do solo (seco, úmido, etc) durante a medição deve ser anotada; Para um único ponto de aterramento, isto é, para cada posição do aparelho,
devem ser efetuadas medidas em três direções, com ângulo de 60º entre si, figura 2.10.l.
• Não devem ser feitas medições sob condições atmosféricas adversas, tendo-se em
vista a possibilidade de ocorrências de raios;
Alguns métodos de estratificação do solo, que serão vistos no capítulo seguinte, • na direção da linha de alimentação;
necessitàm mais leituras para pequenos espaçamentos, o que é feito para possibilitar
a determinação da resistividade da primeira camada do solo. • na direção do ponto de aterramento ao aterramento da fonte de alimentação.
24 CAPíTULO 2. MEDIÇÃO DA RESISTIVIDADE DO SOLO 25
2.11 Análise das Medidas Com a nova tabela, efetua-se o cálculo das médias aritméticas das resistivi-
dades remanescentes.
Feitas as medições, uma análise dos resultados deve ser realizada para que os
mesmos .possam ser avaliados em relação a sua aceitação ou não. Esta avaliação é feita 3} Com as resistividades médias para cada espaçamento, tem-se então os valores defini-
da seguinte forma: tivos e representativos para traçar a curva p x a, necessária ao procedimento das
aplicações dos métodos de estratificação do solo, assunto este, específico do capítulo
1) Calcular a média aritmética dos valores da resistividade elétrica para cada espaça- seguinte.
mento adotado, Isto é:
Observação (e): Se observada a ocorrência de acentuado .número de medidas com Tabela 2.12.2: Determinação de Média e Desvios Relativos
desvios acima de 50%, recomenda-se executar novas medidas na região corres-
Observando-se a Tabela 2.12.2, constata~se duas medidas sublinhadas que
pondente. Se a ocorrência de desvios persistir, deve-se então, considerar a área
como uma região independente para efeito de modelagem. ·
26 CAPíTULO 2. MEDIÇÃO DA RESISTIVIDADE DO SOLO
apresentam desvio acima de 50%. Elas devem, portanto, ser desconsideradas. Assim,
refaz-se o cálculo das médias, para os espaçamentos que tiverem medidas rejeitadas.
As demais médias são mantidas. Vide última coluna da Tabela 2.12.2.
Os valores representativos do solo medido são os indicados na Tabela 2.12.3.
Capítulo 3
Espaçamento Resistividade
a(m) (0.m)
2 334
4 510 Estratificação do Solo
6 605
8 911,4
16 564,4
32 224,5
3.1 Introdução
Tabela 2.12.3: Resistividade do Solo Medido
11
Serão abordados neste capítulo, várias técnicas. de modelagEl!ll de solo.
li
,li Considerando as características que normalmente apresentam os solos, em
virtude da sua própria formação geológica ao longo dos anos, a modelagem em camadas
J!
estratificadas, isto é, em camadas horizontais, tem produzido excelentes resultados
comprovados na prática. A figura 3.1.1 mostra o solo com uma estratificação em
11
camadas horizontais.
I',L
11
li •
111
jr:
11:
1,
I'',
I'
11
!i
,,
I!
"'i'
J
27
CAPíTULO 3. ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO 29
28
• Método Gráfico.
Onde:
Apresenta-se também, outros métodos complementares.
Vp = É o potencial de um ponto p qualquer da primeira camada em relação ao infinito
h
f1 3.3 Configuração de Wenner
l
00
2~ CAMADA
A expressão 3.2.2 será aplicada na configuração de Wenner, sobre o solo de
duas camadas. Ver figura 3.3.1.
f 2
h
A B
o
c
o
D
12 CAMADA
p( a)
P1
oo
--1+42::
- n=l
[ Kn
.
J1 + (2nCfJ2
--':='===
Kn
J4 + (2n ~)2
l (3.3.4)
Figura 3.3.1: Configuração de Wenner no Solo de Duas Camadas 3.4 Método de Estratificação do Solo de Duas Camadas
Fazendo a mesma consideração para o potencial do ponto C, tem-se: Empregando estrategicamente a expressão 3.3.4 é possível obter alguns métodos
de estratificação do solo para duas camadas. Entre eles, os mais usados são:
Substituindo-se as equações correspondentes, obtém-se: 3.5 Método de Duas Camadas Usando Curvas
p p
p(a)
P1
o(m)
o(m)
o) b)
Com base na família de curvas teóricas das figuras 3.5.2 e 3.5.3, é possível
estabelecer um método que faz o casamento da curva p(a) x a, medida por Wenner,
com uma determina.da curva. particular. Esta .curva. particular é caracteriza.da. pelos
respectivos valores de PI, K e h. Assim, estes valores são encontra.dos e a. estratificação
está estabelecida.
lº- passo: Traçar em um gráfico a curva p(a) x aobtida pelo método de Wenner;
2º- passo: Prolongar a curva p( a) x a até cortar o eixo das ordenadas do gráfico. Neste 1
Para viabilizar este passo, recomenda-se fazer várias leituras pelo método de 1
Wenner para pequenos espaçamentos. Isto se justifica porque a penetração desta ~ !t; 1
1.6 ~ """
corrente dá-se predominantemente na primeira camada.
h
3º- passo: Um valor de espaçamento a 1 é escolhido arbitrariamente, e levado na curva a
para obter-se o correspondente valor de p( ai).
4º- passo: Pelo comportamento da curva p(a) x a, determina-se o sinal de K. Isto é: Figma. 3.5.2: Curvas para K Negativos
Pl '
10º- passo: A intersecção das duas curvas K x h num dado ponto resultará nos valores
reais de K e h, e a estratificação estará definida.
Exemplo 3.5.1
P1 = 700 O.m
37
36 CAPíTULO 3. ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO
'j' 3Q. passo: Escolhe-se a 1 = 4m e obtém-se p(a 1 ) = 415 n.m.
4Q. passo: Como a curva p( a) x a é descendente, K é negativo, então calcula-se a
relação:
p(a 1 ) = 415 =O, 593
p(a) PI 700
5º- passo: Como K é negativo e com o valor p(ai) =O, 593 levado na família de curvas
Pl
teóricas da figura 3.5.2, procede-se a leitura dos respectivos K e~- Assim, gera-se
a Tabela 3.5.2 proposta no sexto passo.
700
a 1 =4m ~ =0 593
IL.
º' '
K n
h (m]
600 -0,1 - -
-0,2 - -
a2= 6m ~=0 42
":.
º' ' A figura 3.5.6 mostra o solo estratificado em duas camadas.
K n.
h (m]
-0,1 - -
-0,2 - -
-0,3 - -
-0,4 - -
-0,5 0,305 1,830 l/llJ+l!lll/ l// 1777 ll/lllll/ l /
-0,6 0,421 2,526 Solo j '
-0,7 0,488 2,928 h: 2, 5 74 m P. = 700 .n.. m
3,348 1
-0,8 0,558
-0,9 0,619
-1,0 0,663
3,714
3,978 !
Tabela 3.5.3: Valores do Quinto ao Sexto Passo
i
00 p= 166,36 .n.m.
h 2 I,]
!
3,5 +--.---'"'"·,-,__'-.., , - . _ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - , , :
Figura 3.5.6: Solo Estratifica.do, Solução do Exemplo
·-·-·-···...,. _____ '"',.__. 1
1
A expressão 3.3.4 pode ser colocada na forma:
\ '-,\
2 .
\
\
\
\
\
p( a) = P1 { 1 + 4 Loo
n=l
[ J(n
J1 + (2n ~) 2
- J(n
-r====
J4 + (2n ~)2
l} (3.6.1)
1. 5
\\
\ Pela expressão acima, para um específico solo em duas cama.das, há uma
relação direta entre os espaçamentos entre as hastes da configuração de Wenner e o
respectivo valor de p( a).
Na prática, pelos dados obtidos em campo, tem-se a relação de "a" e p(a)
medidos no aparelho. Os valores de p(a) medidos e os obtidos pela fórmula 3;6.1
.5
devem ser os mesmos. Portanto, procura-se, pelas técnicas de otimização, obter o
-0,616 melhor solo estratificado em duas camadas, isto é, obter os valores de p1, K e h, tal
que a expressão 3.6.1 seja aquela que mais se' ajusta à série de valores medidos. Assim,
1 ~--..1 ~~~1(';--·~--r1 ~~~,r--~->r-,~--r,....._~-r1 -~-t~~ K
o 4-~--.,~~-....- procura-se minimizar os desvios entre os valores medido.s e calculados.
- 1 - .9 -.8 -:.7 -.6 -.5 -.4 -.3 -.2 -.1 o
A solução será encontrada na minimização da função abaixo:
Figura 3.5.5: Curvas ·h x K
40
CAPíTULO 3. ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO 41
q ~ ·r r . 2
n=l
(
1 + 2n a;
)] }
Este método oferecerá resultados razoáveis somente quando o solo puder ser
considerado estratificável em duas camadas e a curva·p(a) x a tiver uma das formas SUPERFÍCIE DO
típicas indicadas na figura 3.7.l abaixo, com uma considerável tendência de saturação SOLO
assintótica nos extremos e paralela ao eixo das abscissas.
!
00
z!! CAMADA
P(a=h)
P1
= M(h=a) = 1 + 4 f [
n=l
Kn
J1 + {2n) 2
- Kn
J4 + (2n)2
l (3.7.1)
4º- passo: Calcular o coeficiente de reflexão K, através da expressão 3.2.3, isto é:
K =
~-1
_Pl_ _
~+
Pl
1
44 CAPíTULO 3. ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO
45
Exemplo 3.7.1
p2 = 200 ffm
.6+--.-~c--.----.~.----,---,-~-,---,----,--,-.--~--,~~~--,~~~--,~-1:.. ' ··::-,
-1 -:9'-:s -~1-:6 -~5 -~4 -~3 ~'.2 -:1 [, .l .!2 .13 .6 .1 .'a .9
'.K\ 4º- passo: Calcular o índice de reflexão K
11 -1 .1.QQ__l
Figura 3.7.3: Curva M(a=h) versus K /{ - _Pi_ _ - tooo = -0, 6666
- 11+1 - .1.QQ_+l
Pl 1000
iº- passo: Com o valor de Kobtido no quarto passo, determinar o yalor de,M(a=h) na 5º- passõ: Da curva da figura 3.7.3, obtém-se ·
curva da figura 3.7.3. O valor de M(a=h) está relaéionado com a equação 3.3.4,
já que são conhecidos Pl, p2 e K, sendo" a profundidade ','h" desconhecida., Mca=h) = O, 783
1100 Um solo com várias camadas apresenta uma curva p(a) x a ondulada, com
trechos ascendentes e descendentes, conforme mostrado na figura 3.8.1.
1000
900
800
f
783~
700
600·
4 00
500-
\ \
300
200-
Figura 3.8.1: Solo Com Várias Camadas
Dividindo a curva p(a) X: a·em trechos típicos dos solos de duas camadas, é
1 oo possível então, empregar métodos para a estratificação do solo com várias camadas,
5,0m fazendo uma extensão da modelagem do solo de duas camadas.
o ------i~-,~ll'~.-,----;-~-,----.,..--.-~.-----.~...,----.~~~....--~~~~~
' 1 1 1 a Serão desenvolvidos os seguintes métodos para a estratificação do solo com
o 2 4 6 8 1o 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32
várias camadas:
Figura 3.7.4: Curva p(a) x a
• Método de Pirson;
Assim, o solo estratificado em duàs camadas é apresentado na figura 3. 7.5.
• Método Gráfico de Yokogawa.
p,.mQO..n..m O Método de Pirson pode ser encarado como uma extensão dó método de
1 2!! C:l!ffloc!o
' . duas camadas. Ao se dividir a curva p(a) x a em trechos ascendentes e descendentes
fica evidenciado que o solo de vári.as camadas pode ser analisado como uma seqüência
p2 .200 !)..m de curvas de solo equivalentes a duas carµadas.
Considerando o primeito trecho como um solo de duas camadas, obtém~se
Figura 3.7:5: Estratifica.çij;o do Solo p1 , p2 e h 1 . Ao analisa".r-se o segundo trecho, deve~se primeiramente determinar uma
48 CAPíTULO 3. ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO
8º- passo: Para o segundo trecho da curva, repetir todo ~ processo de duas camadas
resistividade equivalente, vista pela terceira camada. Assim, procura-se obter a resisti- visto no método apresentado em 3.5, considerando p~ a resistividade da primeira
vidade p3 e a profundidade da camada . equivalente. E assim sucessivamente, seguindo c~mada. Assim, obtém-se os novos valores estimados de p3 e h2 •
a mesma lógica.
A seguir apresenta-se os passos a serem seguidos na metodologia adotada e Estes valores foram obtidos a partir de uma estimativa de Lancaster-Jones.
(
proposta por p·irson : Se um refinamento maior no processo for desejado, deve-se refazer o processo a partir
do novo h2 calculado, isto é:
1º- passo: Traçar em um gráfico a curva p(a) x a obtida pelo método de Wenner.
2º- passo: Dividi~ a curva em trechos ascendentes e descendentes, isto é, entre os seus Volta-se ao sétimo passo para obter novos valores de p3 e h2 • Após, então, repete-se a
pontos máximos e rrúnimos. partir do sexto passo, todo o processo para os outros trechos sucessores.
3º- passo: Prolonga-se a curva p( a) x a até interceptar o eixo das ordenadas do gráfico.
Neste ponto é lido o valor de p1, isto é, a resistividade da primeira camada.
4º- passo: Em relação ao primeiro treého da curva p(a) x a, característica de um solo Exemplo 3.9.1
de duas camadas, procede-se então toda a seqüência indicada no método 3.5.
Encontrando-se, assim, os valores de p2 e h 1. Efetuar a estratificação do solo pelo Método de Pirson, para o conjunto de
5º- passo: Para o segundo trecho, achar o ponto de transição (at) onde a é máxima,
isto é, onde ~ = O. Este ponto da transição está localizado onde a curva muda
* medidas obtidas em campo pelo método de Wenner, apresentado na Tabela 3.9.1.
7º- passo: Calcular a resistividade média equivalente estimada (PD vista pela terceira , PI= 8.600 n.m
cama~·~' ·utilizando a Fórmula de Hummel, que é a média harmôni.c a ponde-
rada da primeira e segunda camada. · · 4º- passo: Após efetuados os passos indicados no método do ite!TI. 3.5, obtém-se as
Tabelas 3.9.2 relativa aos passos intermediários.
•I dI + d2
P2 = · . (3.9.2)
41.+~
Pl P2
6º- passo: Considerando o segundo trecho da curva p(a) X a, estimar a profundid ade
~·r ...
8600..;+ da segunda camada. Aplicando-se a fórmula 3.9.l do método de Lancaste r-
J ones, tem-se: !~-....,
A A • 2':\\ (\
' ~ '
h2 = di + d2 = 3~v) 1
A A °'.;/
h2 =o, 64 + d2 = 3·8
h2 = 5,4m.
a(m) d2 = 4, 76m
• 7º- pa_sso: Cálculo da resistividade média equivalente pela fórmula 3.9.2 de Hummel ,
tem-se
Al 0,64 + 4, 76
P2 = -º&! + 4, 760
a1 = lm, obtém-se p(a1) = 11.938 n.m 8600 2h575
K1 = 0,43 Para:
Calcula-se
ª1 = 8m, obtém-se p(a1) = 11.058 n.m
ª1 = 16m, obtém-se p(a1) = 5.026 n.m
52 passor·E:xamina.lldo o segundo trecho da curva, pode-se concluir que o ponto da
curva com espaçamento de 8 metros, apresenta a maior inclinação. Portanto, o Efetuando-se o traçado das duas curvas K X h, as mesmas interceptam-se :r;io
ponto de Úansição é relativo ao e8paçamento de 8 metros, assim: ponto,
h2 = 5,64m
at=8m K = -0,71
52 CAPíTULO 3. ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO 53
a1 = 8m ~
Po
= 0,604 a1 = 16m ~=o 2746 A origem do método, baseia-se na logaritimização da expressão 3.3.4 obtida
p! '
h h do modelo do solo de duas camadas. Assim, usando o logaritmo em ambos os lados
K ~ K ~
a (m) a (m) da expressão 3.3.4, tem-se:
-0,3 0,280 2,240 -0,3 - -
-0,4
-0,5
-0,6
-0,7
0,452
0,560
0,642
0,720
3,616
4,480
5,136"
5,760
-0,4
-0,5
-0,6
-0,7
-
-
0,20
0,34
-
-
3,20
5,44
(a) ] = log { 1 + 4
log [e__
Pt . E J1 + (2n~)2 J4 + (2n~) 2
oo .[ f{n - J{n l} (3.10.1)
Portanto, a solução final foi encontrada e o solo com três camadas estratificadas Estas curvas são relativas às curvas teóricas obtidas especificamente de mo-
é mostrado na figura 3.9.2. delagem do solo de duas camadas. Um solo típico de duas camadas é caracterizado
pelos três parâmetros: p1, p2 e h. Fazendo as medições neste solo, pelo método de
Wenner e traçando a curva p(a) x a em escala logarítmica,~ seu formato é típico da
Curva Padrão.
p1• 8600A.m
Fazendo manualmente o perfeito casamento da curva p(a) x a na escala
logarítmica com uma determinada curva padrão, tem-se então a identidade estabe-
P2. 21!1T!IA.M
lecida. Isto equivale a ter no método ele Wenner o espaçamento igual à profundidade
da primeira camada, isto é, a = h, no solo de duas camadas. Ver figura 3.10.2.
i
00
p • 3.103A.m
3 Portanto, no ponto da curva p( a) x a que coincide com a ordenada cl.'0. = 1 na
P1
Curva Padrão, lê-se diretamente o valor específico de p(a), que é igual a resistividade
Pl da pri:neira camada. Este ponto é denominado de pólo 0 1 da primeira camada, que
Figura 3.9.2: Solo em Três Camadas
representa na curva p(a) x a o ponto de medição pelo método de Wenner que tenha
o mesmo valor da resistividade da primeira camada, juntamente com seu respectivo
espaçamento "a" que é idêntico à profundidade da primeira camada.
3.10 Método Gráfico de Yokogawa Neste ponto do pólo 01 lê-se, também, a profundidade da primeira camada,
isto é, "h".
Este é um método gr<ifico apresentado no manualdo aparelho Yokogawa de O traçado da Curva Padrão é feito de tal forma que, com o casamento da curva
medição de resistência de terra. Com este método; pode-se efetuar a estratificação do p(a) x a, o ponto cl.'0.
P1
= 1 e ~a == 1, isto é, o pólo 01, esteja na posição sobre a curva.
solo em várias camadas horizontais .com razoável. aceiJ;ação. p(a) x a de tal forma que a medição do valor deste ponto pelo método de Wenner,
54 CAPíTULO 3. ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO 55
.....
CURVA PADRAO
SUPERFÍCIE DO
SOLO
~J---f--t-f--f---j--f-f7("~Ft""7c~7'"º'1-t"-t-:::í:=::!=;;;:=.;;;;;;~10
:::--- .
p a ) L-'..:.1---!--+--l--l--1---1-..+.-l~~.J/--..~--+-1::::...!--=r-:: - 9
2!'. CAMADA
P2
CURVA AUXILIAR· Pl
= 1 e !!.a = 1) da Curva Padrão. mantido sobre a
Curva Auxiliar ?i''
procura-se ajustar o melhor casamento entre o segundo trecho da
curva p(a) x a com a da Curva Padrão. Isto feito, demarca-'se no gráfico p(a) x a o
pólo 02.
Neste pólo 02, lê-se:
· Pz
ltl
p; "" !"' r.o 11
p( a) = p~ =? Resistividade equivalente da primeira e segunda camada, isto é, vista
/ ~
/
, " J"' ~"' ~
"--,;;.. li
pela terceira camada.
.. / ·~ ./ V . - l--- t:
/v . . .r/ .-- . . . . 1 -"-J 7 a = h2 =? Profundidade do conjunto da primeira e segunda camada.
J(ol
-
/V V..v .... 1...........-.:; -e-+-;- 1 ll
º1 gr_,J::~~- 1
1 1 Com a relação 9- obtida do casamento, obtém-se o p3 . E assim sucessiva-
·~ 1 i'~ 1· : 1 P2
t
1
- .__
3 . .
:~ . . .u,
lil~
. "--"· F::b 1
1
mente.
Até o momento procurou-se apenas justificar a filosofia baseada neste método.
~FmI
1
2- -r-=
1 ')
A resolução da estratificação é puramente gráfica usando translado de curvas, portanto,
Á
é difícil traduzir com plenitude a exemplificação do método.
.#
"':'. . 1 1 1 1 1 1
1.5
~i Colocando-se em ordem de rotina, passa-se a descrever o método:
1
1 1
1
1 1
,,...__
~~
1
.
-~~ -+-~
. 1' ... 1_11 o 1º- passo: Traçar em papel transparente a curva p(a) x a em escala logarítmica .
:~
.lL ....
Oi
\\_~~~ 1º
-,-· 1
11
1 2º- passo: Dividir a curva p( a) x a em trechos ascendentes e descendentes.
3º- passo: Desloca-se o primeiro trecho da curva p(a) x a sobre a CURVA PADRÃO,
~~
~
! ~ 1 1 1 1 até obter o melhor casamento possível, isto se dá na relação e:;,_.
- .;~ ~"'!' !--.. ! 2.5 Pl
03
~ -~~~
- i 1
!
1 1
}
1
4Q. passo: Demarca-se no gráfico da curva p(a) x a, o ponto de origem(~ 1e
-~~--
....,.;;;;="1
__ , 1. ! 1 ~ = 1) da Curva Padrão, obtendo-se assim o pólo 0 1 .
1 1
(! 2 T,
1
~-L. 1
5Q. passo: Lê-se no ponto do pólo 01, os valores de p1 e hi.
'" '-=: ...._ L 1
-
i 1 .... LLLL -- li
1
~-
i _[_ ! .!.
:--.._ 1 i 1 1 i 1 1 l 6º- passo: Calcula-se P2 pela relação E1- obtida no terceiro passo.
! 1 Pt
~~~
1 1
} 1-
1 ~
1 1 1 1 1 1 1
1
t:
1
Até este passo, foram obtidos p 1 , hi e p2 . Para continuar o processo do outro
2 ir ol trecho sucessor da curva p(a) x a, vai-se ao sétimo passo.
7º- passo: Faz-se o pólo 01 do gráfico da 'curva p(a) x a coincidir com o ponto de
•[.··.
origem da CURVA AUXILIAR. Transfere-se, isto é, traça-se com outra cor a
Curva Auxiliar com relação e:;,_ obtida no terceiro passo; sobre o gráfico da curva
Pl
p(a) x a.
Figura 3.10.3: Curva Auxiliar
58
59
CAPíTULO 3. ESTRATIFI CAÇÃO DO SOLO
8º- passo: Translada ndo-se o gráfico p(a) x a, de modo que a Curva Auxiliar ~'
traçada no sétimo passo, percorra sempre sobre o ponto de origem da CURVA p(a) '(n.m]
PADRÃO . Isto é feito até se conseguir o melhor casamento possível do segundo
trecho da curva p(a) x a com a da Curva Padrão, isto se dá numa nova relação
E2 denomina da agora de l!f.
P2
Pl
Exemplo 3.10.1
4.1 Introdução
r· -
77r(777777·r·.77·7.7777777777
0,67m r p'. 350 Jlm
Neste capítulo são apresentados os sistemas de aterramento mais simples, com
geometria e configurações efetuadas por hastes, anel e fios.
Sendo a malha de terra um sistema de aterramento especial, um capítulo à
parte será dedicado ao seu estudo.
d2= 14,33m h 2= 15 m p2 = 1050 n m
O escoamento da corrente elétrica emanada ou absorvida pelo sistema de
j j
aterramento, se dá através de uma resistividade aparente que o solo apresenta para
este aterramento em especial. Portanto, serão analisados, inicialmente, os sistemas de
aterramento em relação a uma resistividade aparente. No Capítulo 6 será abordado o
assunto sobre a resistividade aparente (pa). Como o cálculo da resistividade aparente
! p3 =150!1.m (pa) depende do solo e do tipo de sistema de aterramento, serão vistos a seguir, vários
tipos de sistemas de aterramento.
Rthaste = 2pa
7í L ln (4dL) [O] (4.2.1)
Onde:
61
62 CAPíTULO 4. SISTEMAS DE ATERRAMENTO 63
I
1
Observação: Para haste com secção transversal diferente, o procedimento é o mesmo
Solo
do caso .da cantoneira, desde que a maior dimensão da secção transversal em relação
ao comprimento· da haste seja muito pequeno.
Pa
Exemplo 4.2.1
Determinar a resistência de terra de uma haste de 2,4m de comprimento com
diâmetro 15mm, cravada verticalmente em um solo com pa = 100 n.m.
Rthaste
·
= 2pa
7r L ln
(4L)
--;{
No caso de haste tipo cantoneira, deve-se efetuar o cálculo da área da sua R1haste = 42, 85 n
secção transversal e igualar à área de um círculo. Assim:
Nem sempre o aterramento com uma única haste fornece o valor da resistência
~) 2
desejada. Neste caso, examinando-se a fórmula 4.2.1, pode-se saber os parâmetros que
Scantoneira. = Scirculo = 7r ( influenciam na redução do valor da resistência elétrica. Eles são:
d =::} Diâmetro do círculo equiva:lente à. área.da secção transversal da cantoneira • Redução do pa utilizando tratamento químico no solo.
64 CAPíTULO 4. SISTEMAS DÊ ATERRAMENTO 65
- b
e) Da resistência de contato do material com a terra;
f) Da resistência da cavidade geométrica do sistema de aterramento com a terra.
Figura 4.3.1: Redução do Valor da Resistência de Uma Haste Vertical em Função do Diâmetro
da Haste
,,
I
IJ '\ I
\
1 1 I 1 1 ' \ I 1 t
,, , I
I
1 I 1 1I I
'\ 1
\ \ 1 1 I I
I
/
solo \
\
1
1
1
1
1
1
\ I
~ ~ 1l
I I I
I
\ \ 1 1 1 I
\
1 1 I\ / \ I I /
V'
\
\ \ 1
1
1
1 1 1
1 I 1
I \
\ '\ \ 1 1 1 I\ I X \ /1 1 I I
I
I
\ \ / I \ 1 1 t 1 \{ I \ ~' 1 1 I I I
\ \ 1 1 1 / / 1
1
I 1,1 ,,, 11
I
\ \ 1 1 1 1
\ 1 1 1 1 1 / /
I
1 I ;. /
I
\ \ \ ' 1 1
\ 1 11
1 " \ 1 1
1 \ 1
I / / I
\
\ \ \ ' 1 ' 1 I I
\
\/
I \ \ 1 ! I
I
\ \ \ 1 1 1 1 I / I \ \ \\ \ ,~1, l/1 I A.. 11
,,,, 1/ I
\
\ \ 1' 1 1 I / \ \ \ \'
,' ......,...._,,,,, / I I \
' ' ,,--........1,.~
\ \'', I ,I
' ... - ,
\ I //
\
\ ,,,,
\ \ \\
,,,,
I/ I I
,'
I '
' ' .... ...... __
- - ....,,,,. /
/
\
___,.,,,,
........... /
....
/
/
Figura 4.4.1: Superfícies Equipotenciais de Uma Haste Figura 4.4.2: Zona de Interferência nas Linhas Equipotenciais de Duas Hastes
68 CAPíTULO 4. SISTEMAS DE ATERRAMENTO 69
A figura 4.4.3 mostra as linhas equipotenciais resultantes do conjunto formado fórmula 4.5.1 apresenta a resistência elétrica que cada haste tem inserida no conjunto.
pelas duas hastes.
n
Rh=Rhh+ L (4.5.1)
m=l mf.h
Onde:
- - ___
J
=> Acréscimo· de resistência na haste "h" devido à interferência mútua da haste
\ \
' - .,,,,..- - -
\
.......
._,, - - -
..............
/1 I I Rhm
__.,,.. ,,..----
__ ,.--
\ ' ..... ...... _...,,,,.,,,,,./ / / "m", dada pela expressão •±.5.2
....... .... .......
Observe-se que o aumento do espaçamento das hastes paralelas faz com que
SOLO
a interferência seja diminuida. Teoricamente, para um espaçamento infinito, a inter-
ferência seria nula, porém, um aumento muito grande do espaçamento entre as hastes
não seria economicamente viável. Na prática, o espaçamento aconselhável gira em
torno do comprimento da haste. Adota-se muito o espaçamento de 3 metros.
. _ Num sistema de aterramento emprega-se hastes iguais, o que facilita a padro- Isolando Req, tem~se:
mzaçao na empresa, e também o cálculo da resistência equivalente do conjunto.
Fazendo o cálculo para todas as hastes do conjunto (expressão 4.5.1) tem-se · Req = /{ R1haste (4.5.7)
os valores da resistência de cada haste:
A expressão 4.5. 7 indica que a resistência equivalente ( Req) do conjunto de
Ri = Rn + R12 + Rl3 + · · · + Rin hastes em paralelo está reduzida de K vezes o valor da resistência de uma haste
R2 = R21 + R22 + R2a + · · · + R2n isoladamente.
Para facilitar o cálculo de Req os valores de K são tabelados, ou obtidos através
Rn = Rnl + Rn2 + Rn3 + · · · + Rnn de curvas, como será visto a seguir.
,__ __ _ ____
___....._ __._ ~-~-----------'•
CONDUTOR DE
1
1
1
INTERLIGAÇÃO"\_ 1
1 ""'Z___ Po s te
//AV// 1
Figura 4.5.2: Paralelismo das Resistências '!--~--~-- ....
(4.5.4) hastes-
l 1 e
Req = _L + _l__ + ... + _l_ = ---
vn 1
(4.5.5)
R1 R2 Rn L.,,i=l R;
(4.5.6)
72 CAPíTULO 4. SISTEMAS DE ATERRAMENTO 73
O cálculo da resistência equivalente de hastes paralelas alinhadas é feito usan- Devido à zona de bloqueio, as resistências mútuas de acréscimo são obtidas
do as fórmulas 4.2.1, 4.5.1, 4.5.2 e 4.5.5, e pela fórmula 4.5.6 é calculado o coeficiente
usando ·a fórmula 4.5.2.
de redução (K).
pa [(b14+L) 2 -ei4]
0= 1 /2" Ri4 = R41 = 41íL ln ei4 - (b14 - L)2
3m 3m 3m e14 = 9m
1.. .. 1.. .. 1.. ..1
b14 = V9 2 + 2, 42 = 9, 314m
Figura 4.6.2: Sistema com Quatro Hastes Alinltftdas
pa [(9,314 + 2,4)2 - 92] =O 0174 a
Ri 4 =41í.2,4ln 92 -(9,314-2,4) 2 ' P
C~lculo de Ri, R2, R3 e R4
Escrevendo a fórmula 4.5.1 extensivamente para o sistema de quatro hastes,
teremos:
R 1 =O, 44pa +O, 048pa +O, 0258pa +O, 0174pa =O, 5312pa
R 2 = O, 048pa + O, 44pa + O, 048pa + O, 0258pa = O, 5618pa
R1 == R11 + R12 + R13 + R14 R 3 = O, 0258pa +O, 048pa +O, 44pa +O, 048pa = O, 5618pa
R2 == R21 + Rz2 + R23 + R24 R4 =O, Ol 74pa +O, 0258pa +O, 048pa +O, 44pa =O, 5312pa
R3 == R31 + R32 + R3.> + R34
R4 == R41 + R42 + R43 + R44
Devido à simetria, R1 = R4 e R2 = R3
C<;>mo as hastes são todas do mesmo formato, temos: Cálculo da Resistência Equivalente (Req 4h), Usando 4.5.5
pa 4L) = pa
Rn = R22 == R33 = R44 = 2 7í L ln ( - ln ( 1 4. 2, 4 _ 2' ) = O, 44pa 1
d 211'. . 2, 4 2 . 2, 54 . 10
...1
74 CAPíTULO 4. SISTEMAS DE ATERRAMENTO 75
Req4 h = 1 1
1
. 1 1 = O, 1365pa b) Qua~tas hastes devem ser cravadas para ter-se uma resistência máxima de 100?
0,5312pa + 0,5618pa + 0,5618pa + 0,5312pa
Índice de Redução (K)
0,44 fa
Exemplo 4.6.2
Os índices de redução (K) são obtidos diretamente das curvas da figura 4.7.2.
09
tes em Triângulo
o
z
0.8
~
0.7
. Para este sistema as hastes sã.o cravadas nos vértices de um triângulo equilátero. H
rn 0.6
Figura 4.7.1. · íil
~ 0.5
ll:1 ---
---
o 04
o 0.3
l.2m
·~
o
<
~
02
o o5 1o 1.5 2.0 25 3 o
íil
~ EJSP AÇAMENTO EM METROS
Figura 4.7.2: Curvas dos K x e
1
Exemplo 4.7.1
Figura 4.7.1: Triângulo Equilátero
Num solo onde pa = 100 O.m, determinar a resistência do sistema de aterra-
mento cpm três hastes cravadas em triângulo com lado de 2m, sendo o comprimento
da haste 2,4m e o diâmetro !".
Todo o dimensionamento do sistema em triângulo, baseia-se na definição do
índice de redução (K) visto no subitem 4.5.1.
Rihaste
pa
= 211' L ln
(4L) pa ( 4.2, 4 )
d = 211'. 2, 4 ln ! .2, 54. 10-2 =O, 44pa
Reqc,. = f< Rihaste (4.7.1)
A relação acima poderia ser tirada diretamente da Tabela A.0.5.
Onde:
Rihaste = O, 44pa = O, 44. 100 = 440
Rihaste '* Resistência elétrica de uma haste cravada isoladamente no solo Req,o, = J{ Rihaste
o o
-
Figura 4.8.1: Quadrado Vazio
i'
"' 0,9
1
1 Figura 4.8.3: Trinta e Seis Hastes em Quadrado Vazio
~\ Exemplo 4.8.l
:~ Oito hastes formam um quadrado vazio com e = 2m, sendo o comprimento
~ ,\ \ '
I' \
-1/2'
\
\
da haste 3m e o diâmetro 1", determinar a Rega ·
\ ·~,
'~~\ ', - .. --- ,..
\~~ r-..._'-...._'
' Ri haste = O, 327 pa
' ...... 3m
~~~
r-~--- /
I
-- - ._!
~-- =--- ... Reqa = ]{ R1haste
....... 2,40
l,2m 1,J'm •-'=--
~ --- - ,..
IC 0,2
w
o
e o 0,1
><{
o
<
--'
w
a: o o;, 1,0 1,5 2,0 3P
Espaçamento em rrr~tros
Exemplo 4.9.1
Figura 4.9.1: Quadrado Cheio Quatro hastes de 2,4m e d= !"
formam um quadrado com e = 2m e estão
cravadas num solo com pa = 100 O.m. Determinar o valor de Req• .
•
Os índices de redução (K) são obtidos pelas curvas das figuras 4.9.2 e 4.9.3.
O.B R1haste =O, 44 pa =O, 44 .100 = 440
- 1/2"
:.'.
0.7
~ --- 1·
u
z 0.6 Da figura 4.9.2 tem-se J( = O, 375.
""!!?.....
(f)
0.5
w
a: Req,. = 0,375.44=16,50
w
o 0.4
o
""<-'
o 0.3 l.Bm 4.10 Dimensionamento de Sistema com Hastes em Circun-
w ferência
IC
Q2'
o 0.5 1.0 1.5 20 2.5 30
Espaçarrento em rretros As hastes estão igualmente espaçadas ao longo da circunferência com raio R.
Ver figura 4.10.l.
Figura 4.9.2: Quatro Hastes em Quadrado Cheio (Vazio) Os respectivos índices de redução são obtidos na figura 4.10.2.
l,
82
83
Exemplo 4.10.l
Determinar a resistência equivalente do sistema formado com 20 hastes com
L = 2, 4m e d= !" que estão cravadas ao longo de uma circunferência de raio 9m. A
resistividade aparente é igual a 180 n.m.
~ ?\'' "
\
ril '\
~ 0,12 • Condição de água presente estável ao longo do tempo;
~' ---
ril ' .....
o 0,10 ...........
• Condição de temperatura constante e estável ao longo do tempo;
r-- -- --
o
~
--
~~
~"'
-- - ---- 3
1< • Produção de gradientes de potencial maiores no fundo do solo, tornando os po-
v '
a) Bate-Estaca
Por este método as hastes são uma a uma cravadas no solo por um bate- . Dependendo das condições do terreno é possível, por este processo, conseguir
estacas. As hastes emendáveis possuem rosca nos extremos e a conexão é feita por até 18 metros de profundidade.
luvas. Ver figura 4.11.1.
ROSCA---... ROSCA--
b) Moto· Perfuratriz
HASTE
[]] LUVA
DE
EMENDA
Como visto anteriormente, a dispersão das correntes em uma haste profunda se
dá prati~ame,nt~ na cai:na~a de menor resistividade. Em vista disso, algumas empresas
de energia eletnca, ao mves de cravar hastes emendáveis, utilizam a técnica de cavar 0
buraco no solo e, em seguida, introduzir uma única haste soldada a um fio longo que
vai até a superfície. Ver figura 4.11.3.
ROSCA---
MOTO-COMPRESSOR 1
- VIBRADOR C/ 80 BATIDAS/mio
- BATEDOR
• 1
1
1
1
/ 1
/ 1
1
L/J
LJ
Figura 4.1L2: Bate-Estaca e Hastes Emendáveis
Px
mente o efeito da atuação da haste, que facilita a dispersão da corrente no solo, pois
se obtém uma menor resistência elétrica do sistema.
O processo de cavaro buraco no solo utiliza uma moto-perfuratriz de poço
manual (figura 4.11.4). Por este processo pode-se conseguir até 60 metros de profun-
didade, dependendo, evidentemente, das características do solo.
86 CAPíTULO 4. SISTEMAS DE ATERRAMENTO
87
•--- _______ ---:,:_~ __ ;oc-_ -"...) Para contornar os problemas citados pode-se utilizar as alternativas abaixo:
1 A CPFL foi a primeira empresa no país a a.dotar o aterramento profundo, usando inicialmente a perfuratriz
de poço com motor de combustão interna a gasolina. Devido a alguns problemas, este processo foi evoluindo
até chegar a perfuratriz e bomba d'água acionadas hidraulicamente por pressão do óleo desenvolvido pelo
próprio veículo. Neste processo sem ruído, a rotação da broca é menor, produzindo um ótimo desempenho,
Figura 4.11.4: Perfuração do Buraco com menor desgaste da broca .
.I
88 CAPíTULO 4. SISTEMAS DE ATERRAMENTO 89
A figura 4.12.l mostra um aterramento em forma de anel que pode ser usado 1000 . ( 4. o, 52 )
Ranel = 1036, 71 n
TRAFO
4.13 Sistemas com Condutor Enterrado Horizontalmente no
Solo
J77777777777777777f77777
p SOLO
_ _ _ _ _l_
LJ LL_j
Figura 4.13.1: Condutor Enterrado Horizontalmente no Solo
Figura 4.12.1: Aterramento em Forma de Anel
lL a b
d) Configuração em Estrela com seis pontas, letra (d) da figura 4.13.2.
pa [ln ( 2L2)
R = 6'11'L L - 125,4 (p)4]
p+ 28, 128 (p)2
rp + 6,851-12,512L L
(4.13.4)
[nJ
(4.13.5)
e) Configuração em Estrela com oito pontas, letra (e) da figura 4.13.2.
e
* d
*
Figura 4.13.2: Configurações Horizontais de Condutores
e
Exemplo 4.13.l
[fl]
(4.13.6)
a) Dois condutores em ângulo reto, letra (a) da figura 4.13.2 . Os resultados são apresentados na Tabela 4.13.1.
• Configuração
Resistência
[nJ
R ::L [ln( i:)-
=
2
0,2373+0,8584f+1,656 (f ) -10,85 (f)
4
] [nJ
1 fio
2 fios em ângulo reto
35,00
64,77
(4.13.2) Estrela 3 pontas 67,23
Onde: Estrela 4 pontas 73,21
Estrela 6 pontas 87,17
L =? Tamanho de cada segmento retilíneo a partir da conexão [m] Estrela 8 pontas 101,83
Tabela 4.13.1: Solução do Exemplo
R~ ::L [ln ( i:) + 1,077- 0,836f + 3,808 (f)' -13,824 (ffj [n]
(4.13.3)
c) Configuração em Estrela com quatro pontas, letra (c) da figura 4.13.2.
92 CAPíTULO 4. SISTEMAS DE ATERRAMENTO
Capítulo 5
5.1 Introdução
• Existe o aterramento no solo, com uma resistência fora .da desejada, e não se
pretende alterá-lo por algum motivo;
• Não existe outra alternativa possível, dentro das condições do sistema, por im-
possibilidade de trocar o local, e o terreno tem resistividade elevada.
• Boa higroscopia;
• Não lixiviável;
93
95
94 CAPíTULO 5. TRATAMENTO QUíMICO DO SOLO
e) GEL
5.3 Tipos de Tratamento Químico
O Gel é constituído de uma mistura de diversos sais que, em presença da
água, formam o agente ativo do tratamento. Suas propriedades são:
São apresentados, a seguir, alguns produtos usados nos diversos tipos de trata-
mento químico do solo.
• Quimicamente estável;
a) BENTONITA • Não é solúvel em água;
160o
ui140 o
- ANTES DO
TRATAMENTO 1
::E
a120 o
r
il:\100 ~
DEPOIS DO
<( 800 TRATM.IENTO
ü
0,1 ,f;i 60 o
fo-
i/)
i3 -
40 - '
,.._ ,__
o::
20 ::
1~ l....,
ll i....- ..... i-.._
- 1
OJ > «. ...: ...i :> -r e - ...i ..: :>
o ã
z -. ..,
:::> o
z
....
UI
o
z
Figura 5.4.1: Valores Típicos de Kt em Função da Resistividade
Figura 5.5.1: Resistência de Terra Reduzida pelo Tratamento Químico do Solo
130
Exemplo 5.4.1 120
.. v
/'
110 ""-
Um aterramento tem um valor de 8700 num local cuja resistividade é de
2.000 0.m. Qual a faixa provável do valor de Rtratamento se for feito um tratamento 100
/
V
" "'-.
[\ I
químico no solo a base de GEL? Ul 90
~ 8o
l \ /
Da figura 5.4.1 obtém-se o
7o
::E
" SOLO NAO \ I
lf
w 6o / TRATADO \ /
<(
ü 5 / .__, ....
I
MATERIAL OE TRA~Ar.IENTD
COBERTO COM TERRA
~ 60
õ
1
N/TRATAOO
<t
a: ow
a:
w
HASTE 0€ TERRA-
'"'"
zo
1-
1
Cl
o
<t
ü li
z il"
<W
~ 2or-~-;r-~-t-,.-..~-:Jl"~-t---~-t-~~r-~~r-~-;r-~-t~~-i
in 11!
li'
w Figura 5.6.1: Tratamento Químico do Solo Tipo Trincheira (rosquinha) il
o:
'
01-~...i..~~i....~......~--i....~--~--ii....~--~--i~~..._~......
JAN. 3 4 5 soem retirado
TEMPO EM ANOS
Figura 5.5.3: Variação da Resistência de Terra, com o Tempo, de Hastes em Solos Tratados Abrir buraco em torno
e Não Tratados Adjacentes do 11/ttrodo tratado.
Pode-se observar que pela figura 5.5.3, o tratamento químico vai perdendo o Mistura da metade do
seu efeito. Recomenda-se fazer novo tratamento após algum tempo. solo retirado do buraco
e; E ri e o - Ge 1~ Misturar
com enxada ou pa
A seguir, nas figuras 5.6.1 e 5.6.2 é mostrado uma seqüência -de ilustrações de
aplicação do tratamento químico do solo. A figura 5.6.2 foi obtida da referência [48].
Mistura do Erico - Ge~co m par te
® do solo r t tirado do buraco.
100 CAPíTULO 5. TRATAMENTO QUíMICO DO SOLO 101
Aprox. metade
do soJo retirado Repor o r e s t o n te d o s o I o
(sem fra for/ (se m t r a ta r 1 s o b r e o "G e /"
~7772-~I lco.mpactado /e1Íeme.n1e
i11fura do 'º'A--
natural
com Erico-Gel!J
Aprox. me fade
40/itro!I do solo retirado Figura 5.6.2: Seqüência de um Tratamento Químico do Tipo GEL
(sem fro for}
~~'
5.7 Considerações Finais
Aplicação da a·guo • sobre o misfu-
rã. pora o "starter" do tratomen-
Como o tratamento químico do solo é empregado na correção de aterramento
f
existente, deve-se então, após a. execução do mesmo, fazer sempre um acompanhamento
com medições periódicas para analisar o efeito e a estabilidade do tratamento.
Deve-se sempre dimensionar e executar projetos de sistemas de aterramento
de modo eficiente, para não ser necessário usar tratamento químico.
Agitar a mi1turo com Aprox. metade A ação efetiva do tratamento químico deve-se ao fato de o produto químico
o o'g u o o p J i e a d a
o te do solo retirado ser higroscópico e manter retida a água por longo tempo, assim, de acordo com o
formar uma pasfa lsem tra tarJ item 1.3, a resistência do aterramento decai acentuadamente. Portanto, recomenda-
"" i (g e/·}·---~~ I se nas regiões que tenham período de seca bem definido, molhar a terra do sistema
de aterramento, o que terá o mesmo efeito do tratamento químico. Em subestação
pode-se deixar instalado um conjunto de mangueiras e a períodos regulares, molhar a
terra que contém a malha. Pode-se, inclusive, adicionar à água, a solução do produto
A g i ta r com um p e d a ç o químico do tratamento.
ou .• n ir a d a o 111 i s tu r a c o m a a'g u a
ap/1cada, ate formar uma pasta
homog'iinia, Em terreno extremamente seco, pode-se concretar o aterramento. O concreto
tem a propriedade de manter a umidade. Sua resistividade está entre 30 e 90 O.m.
102 CAPITULO 5. TRATAMENTO QUíMICO DO SOLO
Capítulo 6
Resistividade Aparente
Um solo com várias camadas apresenta resistividade diferente para cada tipo
de sistema de aterramento.
A passagem da corrente elétrica do sistema de aterramento para o solo de-
pende:
103
104 CAPíTULO 6. RESISTIVIDADE APARENTE
l
105
A resistência elétrica de um sistema de aterramento depende fundamental- 6.2 Haste em Solo de Várias Camadas
mente da:
• Resistividade aparente que o solo apresenta para este determinado aterramento; A resistência do aterramento de uma haste cravada verticalmente em um solo
com várias camadas, é dada pela fórmula 4.2.1, onde a resistividade aparente é calcu-
• Geometria e da forma como o· sistema de aterramento está enterrado no solo. lada pela expressão 6.2.1, conhecida com a fórmula de Hummel. Ver figura 6.2.1.
Portanto, pela expressão 6.1.2 pode-se definir a resistividade aparente (pa) de 2+5+3
llm sistema de aterramento relativo a um solo não homogêneo, como sendo a resisti- pa = 2 5 3 = 185, 18 n.m
vidade elétrica de um solo homogêneo que produza o mesmo efeito./
500 + 200 + 120
185,18
No Capítulo 4, foram apresentadas as expressões (da forma R = pa f(g))
= ( 4.10 )
para cálculo da resistência elétrica para diversos tipos de sistemás de aterramento, ou
R1haste 211" • 10 ln 15 .10- 3
ieja, foram apresentadas as expressões de f(g). Neste capítulo estuda-se a resistividade
'tparente e as formas de calculá-la.
Rihaste = 23, 19 n
..il
106 CAPíTULO 6. RESISTIVIDADE APARENTE
107
SUPERFICIE DO
SOLO
p 2 =200.n.m
dx =3m ;il= 15 mm
00 P~ = 120.n.m
b) Outras configurações
Ih
t r=-
A
(6.4.3)
D
Onde:
o . . - ~
li -o - õ
tlf.
o
-.. ct
o o o o
o
I 1;
\ 1 2
J o Exemplo 6.6.l
1 ~
'' \
\
\' I!fi /
o
2
Um conjunto de sete hastes de 2,4 metros e diâmetro de é cravado em
forma retilínea no solo da figura 6.3.2. O espaçamento é de 3 metros. Determinar a
resistência elétrica do conjunto.
t"
1\ 1
I lj o
tl
"'<to ' 2 r = (7 - 1) 3 = 9m
<t
~
-
lL
~
1\ \ J IJ '
~
2
9
'~~\
°'
1-
"'w I'
' I~ Q = - = 1 125
8 '
.,"'o
<t
\ \ r li '
IJ
~
96
= -
247
= 0 389
'
~\\
\
\
~
<t
o
1
~ \ \ /J/ Pela figura 6.6.1, obtém-se:
\[\
:,;-
o
o \
\ \ ~
~
o
_J
o ~
~ f\ N = 0,86
1\ 'J
"'
~\
~r\
I' ~~\ \
:i;
~
pa = N Peq = 0,86.247 = 212,42 fl.m
<t
a:: .,il
rf.
\ l\~f\ '1 J t Pela TabelaA.0.5 do Apêndice A, obtém-se:
1
I\ ~ ~\
w
1- '~
z
w 1~"' Req =O, 085 pa =O, 085. 212, 42
o:
~
I~ ~\\
<t
w
Req = 18, 268fl
"
<t
"
.>
1-
--
"'iiiw I'
'1·
n:
<t 1
o Exemplo 6.6.2
o
•<t
u
"'o
z
<t i Determinar o número de hastes alinhadas, necessárias para se obter um ater-
io: ramento com resistência máxima de 2.Sfl numa região onde a estratificação do solo é
w
t:;
o
·j conforme a figura 6.6.2. Hastes disponíveis L = 3m, diâmetro igual a~" e espaçamento
\ - l1 3 metros.
1
1
- .!!:_
f(g) - pa
= 25
151, 875
= o' 165
d,. 2 m p4 3oo .n.m
O maior coeficiente de pa menor ou igual a O, 165 é O, 140.
'
t
d2=3
~
m
p;450n.m ·
1
d8 q=9m
Peq :168,75.n.m Req
3 hastes
= O, 140 pa { e = 3m
f :4
d3 m
p 3 : 100 ll.m
Os valores são iguais ---. convergiu
i
CD
p4. 20 ..a..m
i
CD
P4= 20 .n.. m
Req =O, 140 pa. =O, 140. 151, 875 = 21, 263 n
!( 9 ) - R - 25 - O 148
- pa - 168, 75 - '
R = O 140 a { 3 hastes
eq ' p e= 3m
(n-l)e (3-1)
r = = . 3 = 3m
2 2
r 3
a= - = - =O 333
deq 9 '
Entrando com (a) e (fJ) na figura 6.6.1, tem-se:
N = 0,9.
Capítulo 7
7 .1 Introdução
Um choque elétrico causa vários efeitos e sintomas no ser humano, mas dentre
os relativos à tensão de passo e toque, o mais importante a considerar é a fibrilação
ventricular [51, 65].
115
------------------------------
116 CAPfTULO 7. FIBRILAÇÃO VENTRICULAR DO CORAÇÃO PELO CHOQUE ELÉTRICO 117
• Inibição dos centros nervosos; inclusive dos que comandam a respiração produ-
zindo PARADA RESPIRATORIA;
7.4 Funcionamento Elétrico do Coração que opera em flutuação, acompanhando em sincronismo o sinal do .NSA. Se o NSA
tiver problemas e falhar, o NAV assume a responsabilidade.
O funcionamento mecânico do coração é controlado e comandado eletrica- A figura 7.4.2 apresenta um circuito elétrico análogo ao circuito elétrico do
mente por dois nódulos existentes no átrio.direito do coração, pontos (1) e (2) das coração.
figuras 7.3.1 e 7.4.1.
CARGA
BARRA
....- - ,
NSA
// 1 ',
I \
I 1 EM CARGA
I 1
\ 1
\ I
\
FIBRAS
' " ---3 ' /
.... -- .......
\
I \
I 1 REDE DE MUSCULARES
1 PURKINJE
FEIXE DE
HIS ' A VAZIO
FIBRAS MUSCULARES
~-- CARDÍACAS FEIXE DE
HIS
Os dois pontos são chamados de Nódulo Sino Atrial (NSA) e Nódulo Átrio
Ventricular (NAV).
O sinal elétrico do gerador é captado pela barra (feixe de His) e distribuído
O NSA é um gerador elétrico que, quimicamente, processa a alternação dos pela. rede de transmissão (rede de Purkinje) às cargas (fibras musculares).
íons Na+ e J<+, emitindo o sinal (pulso) elétrico. Este sinal, passando pela parede
muscular do átrio, promove a sua contra:ção e o sangue passa para o ventrículo. O sinal As fibras musculares do ventrículo da figura 7.4.1 estão polarizadas. Ao rece-
elétrico é.então captado pelo feixe de His (3) e distribuído pelarede de Purkinje (4) berem o sinal proveniente do NSA, elas se contraem, despolarizando-se.
a todas as fibras musculares (5) do ventrículo, provocando a contração deste.
Em seguida, deve ocorrer o processo de repolarização das fibras. Esta etapa
Nesta contração, o sangue contido na cavidade direita é impulsionado para os de repolarização das fibras é conhecida como o período mais vulrn~rável ~é o momento
pulmões e o do lado esquerdo para todo o corpo.· mais perigoso para ocorrência da fibrilação ventricular do coraçao d~v1do ªº.choque
elétrico. Se a corrente elétrica do choque passar pelas paredes do ventnculo no mstante
O NSA comanda eletricamente o batimento do coração. O NAV é o reserva, da repolarização das fibras a probabilidade de fibrilação ventricular é grande.
120 CAPíTULO 7. FIBRILAÇÃO VENTRICULAR DO CORAÇÃO PELO CHOQUE ELÉTRICO 121
R Camadas
Choque Fibrilocão Vcnlricular di stlntas
ECG
• Os NSA e N AV são muito pequenos. Em conseqüência, da corrente que passa O desfibrilador elétrico é um aparelho usado para reverter a fibrilação ventri-
pelo corpo, apenas uma densidade menor afeta o coração e desta-, 'som.ente uma cular. Ver figura 7.6.1.
-:.'
122 123
CAPITULO 7. FIBRILAÇÃO VENTRICULAR DO CORAÇÃO PELO CHOQUE ELÉTRICO
CHAVE CHAVE
CORAÇÃO
PONTE
RETIFICADORA
+ +
vo e
-
NSA
\
\ REDE DE
\ PURKINJE
\
\ · Figura 7.6.1: Desfibrilador Elétrico
I (A)
FIBRAS MUSCULARES
~ CARDl.ACAS DESPOLARIZADAS
Seu funcionamento é simples. A descarga de um capacitor C é feita de modo Ec ::::} Energia do capacitar [J]
que sua corrente elétrica tenha a forma da figura 7.6.2 e passe através .do coração, no
sentido do átrio ao ventrículo. C * Capacitar [F]
A área hachurada é a região efetiva da corrente, e corresponde ao tempo de V0 => Tensão do capacitar [V]
lüms. A descarga produz uma avalanche de corrente unidirecional forçando as fibras
a ficarem polarizadas. Obtendo-se a polarização, as fibras voltam a obedecer ao sinal A escala do aparelho vai até 500J, a tensão no capacitar varia de 2 a 9kV, e
emitido pelo NSA e o coração restabelece o seu ritmo de batimento. a corrente de descarga pelo tórax do paciente na ordem de 1 a 30A.
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Muitas pesquisas foram feitas no sentido de obter-se um equacionament o que
espelhasse a realidade do efeito da corrente elétrica no corpo humano. No entanto,
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Zon~ 4 - Zona perigosa com probabilidade de fibrilação superior em 50% das pessoas;
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7.9 Limite de Corrente para Não Causar Fibrilação
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elé.trica determinada pela expressão 7.9.1.
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t => Tempo [S) da duração do choque
2
A expressão 7.9.l é usada para obtenção do limite permissível e aceitável
de corrente, para que não ocorra fibrilação, durante o tempo em que a pessoa fica
submetida à tensão de toque ou passo.
0,7 O tempo de choque é limitado pela atuação da proteção, de acordo com a
curva do relé. Assim, para a maior corrente de defeito no sistema que passa pelo
0,5 ® aterramento, a curva do relé fornece o tempo de atuação da proteção. Ver figura 7.9.1.
0,4
0,3
TEMPO
0,2
0,1
0,07
0,05.
tATUAÇÃO
0,03
--©--
(),02 CORRENTE
I DEFEITO
_ O poten~ial máximo gerado por um aterramento durante o período de defeito, 7.11 Potencial de Toque Máximo
nao deve produzir uma corrente de choque superior à limitada por Dalziel.
Pela figura 7.10.1, obtém-se a expressão do potencial de toque em relação à O potencial de toque máximo permissível entre a mão e o pé, para não causar
corrente elétrica de choque. · fibrilação ventricular, é o produzido pela corrente limite de Dalziel. Assim, da ex-
pressão 7.10.2, obtém-se:
IF ~ Rch
V-E
0,116
i = (1000 + 1, Ó ps) ./i
I,~J
IF Vfoque máximo (7.lLl)
V
TOQUE
116+O,174 ps
Vfoque máximo = Vf, [Volts] (7.11.2)
~
Rz 2
,,,.- CURVA 00 POTENCIAL EM RELAÇÃO A UM PON10 Potencial de passo é a diferença de potencial existente entre os dois pés.
REMOTO NA TERRA DURANTE A FALTA.
As tensões de passo ocorrem quando entre os membros de apoio (pés), apare-
cem diferenças de potencial. Isto pode acontecer quando os membros se encontrarem
sobre linhas equipotenciais diferentes. Estas linhas equipotenciais se formam na su-
perfície do solo quando do escoamento da corrente de curto-circuito. É claro que, se
naquele breve espaço de tempo os dois pés estiverem sobre a mesma linha equipotencial
ou, se um único pé estiver sendo usado como apoio, não haverá a tensão de passo.
A figura 7.12.1 mostra. o potencial de passo devido a um raio que cai no solo.
Figura 7.10.1: Potencial de Toque
A definição clássica do potencial de passo para análise de segurança é a
diferença de potencial que aparece entre dois pontos situados no chão e distancia-
Vtoque -_ ( Rch + 2
Rc) · f choque (7.10.1) dos de lm (para pessoas), devido à passagem de corrente de curto-circuito pela terra.
Ver figura 7.12.2.
Onde:
l 1
130 CAPITULO 7. FIBRILAÇÃO VENTRICULAR DO CORAÇÃO PELO CHOQUE ELÉTRICO 131
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SOLO
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Passo
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Tensão 'r
1
1 R1 R2 R3
LWv /\MfV\:--1---'---'INv!.r.NVl/l.f\Ml\/Vl---4111
\1rasso = (1000 + 6ps) !choque (7.12.2) Como a área da subestação é a mais perigosa, o solo é revestido por uma
camada de brita. Esta confere maior qualidade no nível de isolamento dos contatos
dos pé:; com o solo. Ver figura 7.14.l.
7.13 Potencial de Passo Máximo
116 + O, 696ps
Vpaaao má:i:imo = . ..fi, . (7.13.2) Figura 7.14.1: Camada de Brita
i:
. . Esta camada representa uma estratificação adicional com a camada superfi- simular a resistência do corpo humano. A seguir, mede-se o potencial entre o solo
cial do solo. Portanto, deve-se fazer uma correção no parâmetro que contém ps das (placa colocada a lm de distância do pé da estrutura) e a estrutura metálica no ponto
expressões 7.11.1 e 7.13.1. de alcance da mão, com a resistência inserida entre estes dois pontos. Ver figura 7.15.L
n.14.1)
Onde:
Vt = 2000V
-~---- Capítulo 8
1
1
~ Malha de Aterramento
fOV
I
5A 1000A
8.1 Introdução
Figura 7.15.2: Extrapolação do Potencial de Toque
Neste capítulo serão vistos os passos necessários para o dimensionamento da
7.16 Medida de Potencial de Passo malha de terra de uma subestação. Resumidamente pode-se dizer que dimensionar
uma malha de terra é verificar se os potenciais que surgem na superfície, quando da
, . Para a medi~a do potencial de passo, são utilizados duas placas de cobre ou ocorrência do máximo defeito à terra, são inferiores aos máximos potenciais de passo e
aluffilmo, co~o descn:as no item anterior, que serão colocadas no solo espaçadas de 1 toque que uma pessoa pode suportar sem a ocorrência de fibrilação ventricular. Além
metro. De;era ~er aplicado u~ peso de 40kg a cada placa para simular o peso do corpo disso, deve ser dimensionado o condutor da malha, de forma a suportar os esforços
humano e msenr entre os dois pontos uma resistência de 1000!1 mecânicos e térmicos a que estarão sujeitos ao longo de sua vida útil. É fundamen-
. (vide fi gura 7. 16 .1) .
tal também, levar-se em conta que o valor da resistência de terra da malha deve ser
• compatível, para sensibilizar o relé de neutro, no nível de corrente no final do trecho
protegido. Deve-se ressaltar que o dimensionamento de uma malha de terra é um pro-
cesso iterativo. Parte-se de uma malha inicial e verifica-se os potenciais, na superfície,
· quando do máximo defeito à terra, são inferiores aos valores máximos suportáveis por
um ser humano. Caso a condição se verifiqu8, parte-se para o detalhamento da malha.
Caso contrário, modifica-se o projeto inicial da malha até se estabelecer as condições
exigidas.
, O potencial obtido, medido com voltímetro de alta impedância interna, de- a) Fazer no local da construção da malha de terra, as medições necessárias pelo método
'era. ser extrapolado pa~a valores de corrente de curto-circuito fase-terra, como já foi de Wenner, afim de se obter a estratificação do solo;
~xphcado no item antenor. Na prática, também deve-se ter valores medidos abaixo
los valores especificados pelos limites de segurança. 135
r
t
136 CAPíTULO 8. MALHA DE ATERRAMENTO 137
b) Resistividade superficial do solo (ps). Geralmente utiliza-se brita na superfície do 8.5 Dimensionamento do Condutor da Malha
solo sobre a malha, que forma uma camada mais isolante, contribuindo para a se-
gurança humana. Neste caso, utiliza-se o valor da resistividade da brita molhada O condutor da malha de terra é dimensionado considerando os esforços me-
(ps = 3000 n.m). Aqui deve-se considerar o item 7.14. No caso de não utilizar-se cânicos e térmicos que ele pode suportar. Deve ser verificado também, se o condutor
brita, usa-se a resistividade da primeira camada obtida da estratificação, isto é, suporta os esforços de compressão e cisalhamento a que estará sujeito. Na prática,
ps = p1; utiliza-se, no mínimo, o condutor 35mm2 , que suporta os esforços mecânicos da movi-
c) Corrente de curto-circuito maxima entre fase e terra no local do aterramento mentação do solo e dos veículos que transportam os equipamentos durante a montagem
(!máxima = 3Io); Ver referência [11);
da subestação.
d) Percentual da corrente de curto-circuito máxima que realmente escoa pela malha. Quanto ao dimensionamento térmico, utiliza-se a fórmula de Onderdonk
Deve-se observar os diversos caminhos pelos quais a corrente de seqüência zero 8.5.1, válida somente para cabos de cobre, que considera o calor produzido pela corrente
pode circular, a que entra na malha pela terra é conhecida por corrente de malha de curto-circuito totalmente restrito ao condutor.
(!malha), ver Apêndice B;
g) Valor máximo da resistência de terra de modo a ser compatível com a sensibilidade Scobre =? Secção do condutor de cobre da malha de terra em mm 2 •
da proteção.
1 =? Corrente de defeito em Amperes, através do condutor.
Passa-se a descrever, nos itens subseqüentes, os elementos a serem conside- tdefeito =? Duração do defeito em Segundos ..
rados no dimensionamento da malha de terra. Estas recomMdações estão de acordo
com a referência [41].
()ª =? Temperatura ambiente em ºC.
()m =? Temperatura máxima permissível em ºC.
8.3 Estratificação do Solo Com isso pode-se verificar se o condutor suporta os esforços provocados pela
elevação da temperatura.
Com as medidas de resistividade feitas no local da subestação pelo método de Para condutores de cobre, o valor de ()m é limitado pelo tipo de conexao
Wenner e utilizando-se um dos métodos vistos no Capítulo 3, chega-se a um modelo adotado.
de solo estratificado.
As conexões podem ser do tipo:
8.4 Determinação da Resistividade Apar~nte • Conexão cavilhada com juntas de bronze; é uma conexão tradicional por aperto
(pressão), cuja temperatura máxima é de ()m = 250ºG.
Como foi visto no Capítulo 6, para um sistema de aterramento, no caso a • Solda convencional feita com elétrodo revestido, cuja fusão se dá através do
malha de terra, pode-se determinar uma resistividade equivalente homogênea que o . arco elétrico produzido pela Má.quina de Solda, sua temperatura máxima é de
sistema de aterramento enxerga. Esta resistividade convencionou-se chamar de resis- Om = 450ºC.
tividade aparente e viu-se que ela depende da estratificação do solo e das dimensões
do aterramento. Com estes valores obtidos, determina~se a resistividade aparente do • Br.asagem com liga Foscoper, é uma união feita usando o maçarico (O xi-Aceti-
solo para esta malha. leno), cuja temperatura máxima é de ()m = 550ºC. Foscoper é uma liga cobre
i··1:,.
-
Om = 450ºC =? para malha com emendas tipo solda convencional; De acordo com a figura 8.5.1, a corrente de defeito a ser empregada na ex-
pressão 8.5.1, será a corrente total de curto-circuito máximo.
Om = 550ºC =? para malha cuja conexão é com Foscoper;
A Tabela 8.5.l resume o dimensionamen to do condutor. Nela é apresentada a
Om = 850ºC :::} para malha com emendas em solda exotérmica. secção do condutor necessária para cada ampere da corrente de defeito, em função do
tempo de defeito e do tipo de emenda.
Para o dimensionamen to do condutor da malha ou do cabo de ligação que
interliga os equipamentos a serem aterrados à malha, deve-se considerar a corrente de Capacidade do Condutor de Cobre em "l,'~"
defeito de acordo com a figura 8.5.1. Condutor 97% Cu
'' Tempo de
Solda Solda Juntas
Defeito
Equipamento Exotérmica Convencional Cavilhadas
(Segundos)
elétrico
0,5 2,44 3,20 4,05
1 3,45 4,51 5,78 .
cabo de 4 6,84 9,07 11,50
ligação ---z___..,,. ~ J Icurta 30 18,74 24,83 31,52
'rabela 8 ..5.1: Dimensionamento dos Condutores da Malha e Cabo de Ligação
//////////////
'i>OIO
60% Icurto 60°/o I curto No Capítulo 7 definiu-se o potencial de passo e toque e, também, mostrou-se
como calcular os potenciais máximos de passo e toque que uma pessoa pode suportar
Figura 8.5.1: Dimensionamento do Condutor sem a ocorrência de fibrilação ventricular. Estes potenciais máximos são utilizados,
corno limites dos potenciais que surgem na superfície do solo sobre a malha, quando
da ocorrência do maior defeito fase-terra. A malha só pode ser aceita se os potenciais
estiverem abaixo dos limites calculados pelas expressões 7.14.2 e 7.14.3. Ou seja, ·
t) Cabo da Malha
l/toque ::; 1 l/toque máximo
A conexão do cabo de descida (ligação) a malha, geralmente é feito no ponto
nais próximo à. malha, dividindo o segmento do lado da quadrícula em duas partes Vpasso '< Y;,asso máximo
i
140 CAPíTULO 8. MALHA DE ATERRAMENTO l'±.L
8.7 Malha Inicial O comprimento total dos condutores. que formam a malha é dàdo pela ex-
pressão:.
Como já foi dito, o dimensionamento de uma malha de terra é um processo
iterativo, que parte de um projeto inicial de malha. A seguir é verificado se os poten- (8.7.3)
ciais que surgem na superfície do solo são inferiores aos limites vistos no item 8.6 e se
a resistência de aterramento da malha é compatível com a sensibilidade da proteção. Se durante o dimensionamento forem introduzidas hastes na malha, deve-se
As dimensões da malha são pré-definidas. Assim, estabelecer um projeto acrescentar seus comprimentos na determinação do comprimento total de condutores
inicial de malha é especificar um espaçamento entre os CÓndutores e definir, se serão na malha, conforme expressão 8.7.4.
utilizadas, junto com a malha, hastes de aterramento.
Um espaçamento inicial típico adotado está entre 5% e 10% do comprimento Ltotal = Lcabo + Lhastes (8.7.4)
<los respectivos lados da malha. A figura 8.7.l mostra o projeto inicial da malha. Onde:
o
Lcabo =} Comprimento total de condutores da malha
Lhastes =} Comprimento total das hastes cravadas na malha
Nb =
b
-+ 1 (8.7.2) Este valor geralmente é verificado devido ao baixo ~juste do relé de neutro. ~.
eb ·~
Várias expressões para R..natha propostas por outros pesquisadores são apre- l
Escolhe-se o número inteiro, adequado ao resultado do cálculo acima. sentadas no Apêndice C.
• •
l
142 CAPíTULO 8. MALHA DE ATERRAMENTO 143
solo
(8.9.3)
molha Onde:
ho = lm
Figura 8.9.1: Correntes Pelas Bordas da Malha Já o K; é definido como coeficiente de irregularidade, que condensa os efeitos
da não uniformidade de distribuição da corrente pela malha.
Isto se dá, devido à interação entre os condutorestlho interior da malha que
forçam o escoamento da corrente pelas bordas da malha. Assim, o potencial de malha O valor de K; é dado pela expressão:
máximo se encontra nos cantos da malha e pode ser calculado pela expressão:
K; = 0,656+O,172 N (8.9.4)
u pa Km K; lmalha
Vmalha = L (8.9.1)
total 1
Os demais termos da expressão 8.9.1 são:
Onde Km é definido como o coeficiente de malha, que condensa a influência
da profundidade da malha, diâmetro do condutor e do espaçamento entre condutores. pa => Resistividade aparente vista pela malha
Seu valor é dado pela expressão: Imalha =:;.. Parcela da corrente máxima de falta que realmente escoa da malha para a
terra
hoste de terra
Onde:
Kp ==?- Coeficiente que introduz no cálculo a maior diferença de potencial entre dois
pontos distanciados de lm. Este coeficiente relaciona todos os parâmetros da
malha que induzem tensões na superfície da terra.
Figura 8.9.2: Hastes no Perímetro da Malha
A expressão para o cálculo de [{ P é dada por:
um comprimento virtual de condutores dado pela expressão 8.9.5 que deverá ser usado
na expressão 8.9.1, para o cálculo do valor de Vmalha· [{ = -1 [ -1 + -1- + -1
P 7r 2h e+ h e
(1 - o, 5N-2)] (8.10.2)
Onde:
Ltotal = Lcabo + 1, 15 Lhastes (8.9.5)
N = Máximo( Na, Nb) ==?- este dará o maior valor para I<p
Onde:
As correções feitas no cálculo de VvsM com relação à utilização ou não de
hastes, na periferia e nos cantos da malha, devem também ser efetuados.
Lhastes ==?- Comprimento total das hastes cravadas na malha
1 Para a malha que tiver hastes na periferia ou nos cantos da malha, a ex-
Os equipamentos têm suas partes metálicas ligadas (aterradas) na malha DIMENSIONAMENTO DO CONDU-
T R S
de terra da subestação. O potencial gerado pela maior corrente de curto-circuito
monofásica à terra, entre as partes metálicas dos equipamentos e um ponto no infinito
é dado pela expressão:
POTENCIAIS MÁ X 1MOS
Se este valor estiver abaixo do limite da tensão de toque para não causar
PROJETO INICIAL
fibrilação, significa que a malha satisfaz todos os requisitos de segurança, isto é, ela
•a 'b .Ltotol
está bem dimensionada. 1 1
Esta verificação é:
RESISTÊNCIA DA MALHA
Ytoque m'"'imo da malha = Rmalha • fmalha < Ytoque máximo (8.12.2) .Pa • a• b, L total, Rwalha
o fato de o valor de Vioque máximo da malha não atender à condição, não significa
que a malha é inadequada. Deve-se, então, fazer todos os cálculos necessários de
verificação das tensões Vmalha e VpsM em adequação com o limite de fibrilação. A se-
qüência e o detalhamento do cálculo do dimensionamento da malha serão vistos no MQDIFICAj;:ÃO DO PROJE~
item a seguir. TO
1o 1 1 b' L total
• Muro de alvenar ia
• Cerca metálic a
às
SIM A cerca metálic a é bem econômica, mas sendo conduto ra, fica submet ida
tensões oriunda s das corrente s de curto-ci rcuito da subesta ção.
a de
Assim, qualque r pessoa que toca na cerca ficará sujeita a uma diferenç
forma a se
potenci al. O potenci al de toque máximo na cerca deve ser calculad o, de
verificar se é inferior ao valor limite do potenci al de toque tolerável.
O potenci al de toque máximo (Vcerca) que surge na cerca quando do máximo
defeito à terra é dado pela expressão:
V, . _ pa Kc Ki Imalha (8.14.1)
cerca - Ltotal
Onde:
DETALH AMENTO DO PROJET O
I<c * Coeficiente que relacion a todos os parâme tros da malha com a posição
ão
da
8.14.2.
POTENCIAIS CERCA pessoa que está tocando a cerca metálic a. Seu valor é dado pela express
Ke ]__ {ln
[(h 2 +x 2 ).[h 2 +(e+x ) 2 ]] 2 l {[2e+ x] [3e3: X]
27r h d (h 2 + e2 ) + n 2e
Onde:
Figura. 8.13.1: Fluxograma da Malha de Terra
os
x * Distânc ia [m] da periferi a da malha ao ponto conside rado (pessoa )
Fazendo o cálclio, chega-se a uma malha adequa da que atende aos requisit
de seguran ça e de sen~ibilidade da proteçã o.
iso-
Deve-se, a seguir, fazer o detalha mento da malha, inclusive decidir sobre A figura 8.14.l ilustra a distânc ia x.
lamento através de muro de alvenar ia ou cerca metálic a.
150 CAPíTULO 8. MALHA DE ATERRAMENTO 151
•
-1
•
•m
r-• • •
-1
•
1m
1- 8.16 Malha de Equalização
Se a malha tiver hastes cravadas na periferia e nos cantos a expressão de Vcerca Malha de equa l 1 z ação
8.15 Melhoria na Malha Tempo de abertura da proteção para a corrente de defeito é tdefeito = O, 6s.
E
o
'<t
MA LHA !···· • • • • • MALHA
J = 226, 53 Scobre l (
--n 1
tdefeito 234 + ()a +
()m -_. ()a 1)
~ Por razões mecânicas usa-se no mínimo o cabo com 35mm 2 , cujo diâmetro é
!
00
Pn+i=·aon.m
6,6756mm.
2) Cálculo da bitola mínima dos condutores que formam a malha de terra c.(h.,I<) = o,196 [ 1+2 00
L: j 1+(2n
n=l
Kn ~ 2
, ) 0 08
l
154 CAPíTULO 8. MALHA DE ATERRAMENTO 155
K = pa - ps
+
= 411,8 - 3000 =-O, 759
411,8 + 3000 R malha -- 411 ' 8 [ 1 1
- + J20.40.50 (1
1420
1
+ 1 +o, 6y/20 ) l
l}
pa ps 4õ:5õ
Usando as expressões 7.14.2 e 8.9.1, pode-se fazer uma estimativa do compri- Verificou-se o limite de segurança para tensão de toque.
mento mínimo de condutor que a malha deve ter para ficar no limite de segurança,
isto é:
Í~nalha :S; V'foque niá.xirno
11) Cálculo do potencial de passo na periferia da malh.a
pa /{ m /{i Jmalha
L . <V ,
_ toque rnaximo
~
niinim.o
N = máximo(18, 14) = 18
{8.17.2) I<; = 0,656+o,172 .18 = 3, 752
Ytoque máximo
Capítulo 9
Cálculo de I<c(x = 1) e I<c(x =O)
159
160 CAPITULO 9. MEDIDA DA RESISTÊNCIA DE TERRA 161
L.T.
+
Iccif/J- t ±
i
malho
Visto lateral
I
/
I
/
/
/
/
/
,,
/
,,..
- ---E:---
--~- ............
.....
'
........
..............
.....
' '' ' ' \
, ' \
1 / ,, ..... ' ' \ 1
\
A figura 9.3.1 mostra a distribuição de corrente de um sistema elétrico, cujo
aterramento é feito por hastes.
i x:;, - - - - - - -- ~
\ I 1 "' V 1Sta superior
- - - -·''0{
/II \
\ I
i:
I \ ' '
I ' -..._ 1 /
1 \ ' '
..--
,, ,,,/ / I
1
I
1 \ '-...
A densidade de corrente no solo junto à haste é máxima. Com o afastamento,
''
...... ......
/ / I
as linhas de correntes se espraiam diminuindo a densidade de corrente.
\
\
',
..... ......
-.... ......
.....
-- - ~- -
/
/
/
/
/
I
I
-~--- ,..... /
Após uma certa distância da haste, o espraiamento das linhas de corrente é .....
.... :- .,, /
-~ - --
enorme, e a densidade de corrente é praticamente nula. Portanto, a região do solo
para o afastamento considerado, fica com resistência elétrica praticamente nula. Isto --...,. ____ _
também pode ser verificado pela expressão 9.3.l.
9.4 Curva de Resistência de Terra versus Distância A corrente que circula pelo circuito é constante, pois a mudança da haste p
não altera a distribuição de corrente. Para cada posição da haste p, é lido o valor da
tensão no voltímetro e calculado o valor da resistência elétrica pela expressão 9.4,1.
Esta curva é levantada usando o esquema da figura 9.4.1, onde a haste p do
voltímetro se desloca entre as duas hastes.
R(x) = V(x) (9.4.1)
I
Eg
±E)------< A
Deslocando-se a haste p em todo o percurso entre A e B, tem-se a curva de re-
sistência de terra em relação ao aterramento principal, isto é, da haste A. Figura 9.4.1.
I i Na região do patamar, tem-se o valor RA, que é a resistência de terra do
sistema de aterramento principal.
No ponto B, tem-se a resistência de terra acumulada do aterramento principal
A p Solo e da haste auxiliar, isto é, RA + RB.
Como o objetivo da medição é obter o valor da resistência de terra do sistema
de aterramento, deve-se deslocar a haste p até atingir a região do patamar. Neste
Resistência ponto a resistência de terra RA é dada pela expressão abaixo:
- - - - -- - - ...:...--- - - - ------ --- -- ------
RA = Vvatamar (9.4.2)
I
tência de Terra
_/ 11li
! _1
• Não devem ser feitas medições sob condições atmosféricas adversas tendo-se em
vista a possibilidade de ocorrência de raios·
'
' Corrosão no Sistema de
• Não tocar na haste e na fiação;
Aterramento
• Não deixar que animais ou pessoas estranhas se aproximem do local;
• Utilizar calçados e luvas de isolação para executar as medições;
• O terra a ser medido deve estar desconectado do sistema elétrico. 1 O.1 Corrosão
167
·r
1
Potencial (V)
Metal
(25ºC) ~~~___..,--~~~
e ,.-i./li gaçõo externa
Potássio (K) -2,922
Cálcio (Ca) -2,870
Sódio (Na) -2,712
Magnésio (Mg) -2,370 ·Ânodo
+
Alumínio ( Al) -1,670 cátodo +
-t-
Manganês (Mn) -1,180
Zinco (Zn1 -0,762 +
Ferro (Fe)
Níquel (Ni)
-0,440
-0,250
- --
-
--
---
.
e
- ~- -
~-
- -
..----
-
+
• Elétrodo catódico - tem potencial positivo, é o elemento que não se dissolve a) Cuba Eletrolítica
na reação eletroquímica, sendo o elétrodo protegido;
Usando dois elétrodos de cobre e ferro numa cuba eletrolítica da figura 10.3.2,
• Eletrólito - meio na qual se processa a reação de formação dos íons; o potencial da pilha eletroquímica será dado pela expressão 10.3.1, que será obtido
pela diferença entre as eletronegatividades dos metais da Tabela 10.2.1.
• Ligação externa - que propicia a condução dos elétrons do ânodo para o cátodo.
Epilha = Ec6todo - Eânodo (10.3.1)
Estes quatro elementos agrupados sob condições propícias, formam a pilha eletroquí- Onde:
mica. Figura 10.3.1.
Com a circulação da corrente elétrica, o processo de corrosão sempre se dará
Ecdtodo ::} é o potencial do metal que será o cátodo na pilha;
no ânodo, isto é, no pólo negativo. O ânodo dissolve o seu metal, gerando elétrons e Eanodo ::} é o potencial do metal que será o ânodo na pilha.
mantendo o seu potencial negativo. Os correspondentes íons positivos são liberados no
eletrólito, caracterizando a corrosão. A corrente que circula é conhecida como corrente Assim;
galvânica. Epilha = O, 345 - (-O, 440)
170 CAPíTULO 10. CORROSÃO NO SISTEMA DE ATERRAMENTO 171
Fe
+ Cu
+ - 1 I+
1 1
ele trÓhto
-'-
- +
Figura 10.3.2: Cuba Eletrolítica Fe - + Cu
- +
- +
Epilha = O, 78.5 Volts
- +
...._
Nesta condiçã.o nenhum elétrodo sofrerá a corrosão porque não há a formação
~
eletrólito
de corrente elétrica.
i
_.._
-
Fe Cu
Figura 10.3.3: Circulação de Corrente .
Pela própria característica do solo e elo tipo ele material empregado no sistema
de aterramento, a corrosão ocorre devido a vá.rias causas, entre elas:
t-
175
174 CAPíTULO 10. CORROSÃO NO SISTEMA DE ATERRAMENTO
os da zona catódica serão protegidos.
Ili - Ili - /17 ·A região do solo com menor resistividade funcionará como zona anódica e,
Solo conseqüentemente, será a área em que ocorrerá o processo de corrosão.
~.Fe No sistema de Distribuição de Energia Elétrica [24] com neutro contínuo, há i
um grande número de aterramentos distribuídos por toda a cidade, abrangendo áreas
com solos distintos, formando várias pilhas eletroquímicas. Estas correntes circulando
eletrólito I pelo solo irão corroer os metais contidos nas áreas anódicas, que são as áreas de menores
Are o
e orroi da resistividades. O mesmo ocorre no Sistema de Transmissão [11], com o aterramento
das torres e cabos de cobertura.
No aterramento profundo, a haste transpõe várias camadas de solos distintos,
gerando várias regiões anódicas e catódicas, tendo-se a corrosão em vários locais.
Cu
\
Zona anódica
\ , '-/
'-/ '--....._
'<'-- .._
\.
.--- __.., /
/ /
...__ -- - -- _,..
/ ........
....._ ~-
~-~
~~
- - --
Fluxo de eletrons
_,,.._
/ ....... (Ânodo)
elátrons
'
-/11-'l//
Solo e
e
e Região}
Ânodo menos ~
oerodo corrosoo
Figura 10.8.1: Ação Termogalvânica na Haste Profunda No solo, há correntes elétricas circulando provenientes de diversas fontes. Es-
• tas correntes são conhecidas como correntes dispersas, de fugas ou parasitas, e procu-
ram os caminhos de menor resistência, tais como encanamentos metálicos trilhos
A região quente agirá como ânodo, e será a zona corroída. A região fria será
a protegida. tubulações, qualquer condutor, solos de menor resistividade, e principalmen~e os sis~
temas de aterramento.
Corrosão
--._.
-----
--------~
---~1
!"'::::. .
I~ •
~~
~-
Apesar de existir a corrosão, é importante que ocorra dessa maneira. Observe- Corro.éJo
se que a região mais aerada, que a princípio propiciaria a corrosão da haste, torna-se, Figura 10.10.1: Correntes de Elétrons Dispersas no Solo
por força da pilha de aeração, zona catódica, sendo, portanto, protegida.
178 CAPíTULO 10. CORROSÃO NO SISTEMA DE ATERRAMENTO 179
• Correntes galvânicas devido a pilhas eletroquímicas formadas no solo, geradas Para haver a corrosão, há a necessidade da presença de quatro condições,
por qualquer processo apresentado anteriormente; como visto no item 10.3. Na falta de um deles, cessa a ação da pilha eletroquímica.
e conseqüentemente a ação da corrosão. No sistema de aterramento é mais simples
• Correntes devido à tração elétrica de corrente contínua, com retorno pelos trilhos; isolar convenientemente o cabo de descida do equipamento aterrado. Figura 10.12.1.
tínua; /
Os materiais que melhor satisfazem a essas condições são as ligas de Zinco e haste _ _ _ . /
protegida
Magnésio. Nestas ligas são colocados aditivos para melhorar a qualidade do ânodo de
sacrifício.
cátodo
Os ânodos de sacrifício de Zinco são adequados para solos cuja resistividade
vai até 1000 !1.m. O ânodo de Magnésio é usado em solos de até 3000 !1.m.
Os ânodos de sacrifício devem ter uma grande área, para produzirem proteções
catódicas adequadas. Figura 10.13.1: Ânodo de Sacrifício de Zinco com Enchimento
.........
___ _
-----~-
. . . . . ---'---- -----lll------
. /
/
/
/
As aberturas e tentativas de religamento produzem interrupções e inrush de
correntes elétricas que aceleram o processo de corrosão. Outro elemento que também
acelera a corrosão é a elevação da temperatura do sistema de aterramento, como indi-
-- - /
........ ...........
cado na figura 10.15.1.
/
--.__
-·~-- A temperatura final após as tentativas de religamento. é bem maior do que um
Fluxo de elétrons sistema que não utiliza o religador.
Portanto, ieto implica num maior dimensionamento do aterramento.
Figura 10.14.1: Proteção Por Corrente Impressa
Como o objetivo é proteger o sistema de aterramentQ, não h.á necessidade da ' 10.16 Considerações
corrosão do elétrodo. Para manter a vida útil e a eficiência da proteção por corrente
impressa . deve-se usar um material altamente resistente à corrosão no elétrodo a ser
corroído.' Por este motivo, ele é conhecido como elétrodo inerte. O assunto sobre corrosão é muito complexo, portanto, procurou-se neste capí-
tulo, apenas abordar o assunto de maneira singela, sintetizando os tópicos principais
Os materiais usados na confecção dos elétrodos inertes são: da corrosão relacionados com o sistema de aterramento. As informações aqui contidas
mostram a imp.ortância da corrosão no sistema de aterramento, assunto este tão ne-
gligenciado mas que deve ser profundamente estudado e considerado.
• Grafite em solos normais;
Maiores detalhes deverão ser estudados para serem considerados no projeto
• Ferro-Silício em solos normais; . de um sistema de aterramento.
• Ferro-Silício-Cromo (14, 5% Si - 4, 5% Cr) em solo com salinidade.
CAPITULO 10. CORROSÃO NO SISTEMA DE ATERRAMENTO
184
e I
Capítulo 11
I
I 11.1 Introdução
I
I
I
I
I
Todo o conteúdo deste livro sobre aterramento foi desenvolvido considerando
03
I
I correntes elétricas à freqüência de 60Hz.
01 1
....
'
-- ....
..... I
I
No entanto, a resistência elétrica que um sistema de aterramento apresenta
I
'
-- ...... _... - _ '
.... I
I
84-
I
ao surto de tensão (66] é diferente da. resistência à 60 Hz.
I
I ' 9z
Neste capítulo, não com o objetivo de esgotar o assunto, ma.s simplesmente
para mostrar a sua importância., a.presenta-se a análise de surtos de tensão em um
e inicial 1
~---
4
sistema de aterramento com uma. haste.
E(x) = P fsurto
27r (Lx + x2) [~]
Onde:
185
CAPíTULO 11. SURTOS DE TENSÃO 187
186
x =? Menor distância [m] do ponto p à haste O gradiente de ionização pode ser estimado através da fórmula proposta por
Oettle. [56], indicada abaixo:
E(x) =? Intensidade do campo elétrico no ponto p [~]
(11.3.1)
.I Surto
Onde:
-
L
11.4 Zona de Ionização no Solo
l ------------·p
li
E(x)
A frente de onda do campo elétrico criado pelo surto de corrente tem a pro-
priedade de facilitar a ioniza,c a.o do solo na vizinhança da haste. ==
Solo
--= = .= =---
::-:... ---- .: .=.
-----------
-:::-:...----------
:;.
- -_-_-....:..
- - - --
------- .......
O valor limite do campo elétrico acima do qual o solo torna-se ionizado é =--===-= -- -- -- -- -- --
chamado de gradiente de ionização. Estes valores limites, para alguns tipos de solo, ~~"Üãf;-:-:--
estão apresentados na Tabela 11. 3 .1. ".: . ----- =--~
------
Gradiente de
Tipo de Solo
Ionização [~~]
Cascalho úmido 11,4 - 19,2 Região do solo
Cascalho seco 20,8 - 22,8 'ionizado
Areia úmida 13,0 - 23,4 --------
----·------
---- - - --~
~--...=---_-_-_-::
Areia seca
Argila plástíca
17,1 - 18,8
18,7 ~ 39,0
--- - - -
--·-------
Tabela 11.3.1: Gradiente de Ionização
Figura 11.4.1: Zona de Ionização no Solo
Quando o campo elétrico for maior do que o gradiente de ionização, o solo fica
ionizado, isto é, sua resistência elétrica cai praticamente a zero. Levando na expressão 11.2.1, tem-se:
~1
1
1
Ei = ____p_f_s_u_rt_o_ __ (11.4.1)
2'1f (Lx1imite + Xfimite)
O Xtimite, demarca o cilindro de terra ionizado pelo surto. Este limite é dado
pela resolução da expressão 11.4.2, abaixo:
2
Xtimite + L X/imite = P2!surto
'/f E; (11.4.2)
OLo~.._1_0~0-o-'--4~0~90--'-,-,o~o~o_.._1~0~00:-:-L-::,o~o~o~o_._~,2000
P ln [4(L+xzimite)] (n) (11.4.3)
Rs·urto = (
27f L +X/imite
) 2xzimite Corrente de Crista do Surto
Onde:
Figura 11.4.2: Resistência x Corrente de Crista do Surto
Rsurto => resistência elétrica do aterramento ao surto
de corrente neste aterrarnento tem o valor de crista de 5kA.
Note que o mesmo campo elétrico criado pela corrente de curto em 60 Hz, não
tem a propriedade de ionizar o solo em torno da haste, istol}!>orque, a onda senoidal é
muito suave em relação à frente de onda do surto. Calcular:
Genericamente, pode-se afirmar que: a) A resistência do aterrarnento da haste para correntes de curto-circuitos em 60Hz.
quanto for a resistividade do solo. Num solo com alta resistividade, a resistência ao
2 2000.5000
surto cai bastante em relação à resistência do aterramento à 60Hz. ·Já em solo com
Xlimite+ 3Xtimite = 271". 1600000
baixa resistividade não há muita diferença entre a resistência ao surto e a resistência
à 60Hz. X/imite = O, 30m
e) A resistência elétrica ao surto
Exemplo Numérico _ 2000 ln [4 (3 +O, 30)]
Urna haste de 3m, diâmetro 25mm, está cravada em m solo, cuja resistividade Rsurto - 2'1f. (3 +O, 30) 2. O, 30
elétrica é de 2000 n.m. O gradiente de ionização do solo é d 16 ~~. O surto máximo Rsurto = 298, 15 n
190 CAPíTULO 11. SURTOS DE TENSÃO
L=·2m d-!"
-., Ri haste = O, 513pa
Espaçamentos 2m 3m 4m 5m
Número R.q [í!] K
R.q [í!] K R.q [í!] K R.q [O] K
de Hastes
2 0,29lpa 0,568 0,28lpa 0,548 0,276pa 0,537 0,272pa 0,530
3 0,210pa 0,410 0,199pa 0,388 0,192pa 0,375 0,188pa 0,367
4 0,167pa 0,326 0,155pa 0,303 0,149pa Q,291 0,145pa 0,283
5 0,140pa 0,272 0,128pa 0,250 0,122pa 0,239 0,119pa 0,231
6 0,12lpa 0,235 O,llOpa 0,214 0,104pa 0,203 O,lOlpa 0,196
7 0,106pa 0,208 0,096pa 0,188 0,09lpa 0,177 0,087pa 0,171
8 0,096pa 0,186 0,086pa 0,167 0,081pa 0,157 0,078pa 0,151
'--
9 0,081pa 0,169 0,078pa 0,151 0,013pa 0,142 0,070pa 0,136
'--
10 0,080pa 0,155 0,07lpa 0,138 0,066pa 0,129 0,063pa 0,123
1'--
11 0,074pà 0,144 0,065pa 0,127 0,06lpa 0,119 0,058pa 0,113
'-
12 0,069pa 0,134 0,061pct 0,118 0,056pa 0,110 0,054pa 0,105
0,097
~
Tabela A.0.1:
191
192APÊNDICE A. TABELAS DE HASTES PARALELAS, ALINHADAS E IGUALMENTE ESPAÇADAS 193
Apêndice B
As correntes que trafegam pela terra e entram na malha são provenientes de:
199
200 APÊNJPCE B. RETORNO DA CORRENTE DE SEQUÊNCIA ZERO DO CURTO-CIRCUITO 201
.-~~~~~~~~~~~~~A
t .
.>-~~~~~~~~~~-B
í terra liberada ..
t lteaa sob a L.T.
t
t solo
///a///
malha
~
-.. . . . -... ~ --
--------- I _alha
___ _0
- - - m
Figura B.1.1: Retorno da Corrente de Sequência Zero à Subestação 1
1.
:
Figura B.2.1: Corrente de Malha
O defeito que tem a maior corrente de sequência zs-o é o curto-circuito mo-
nofásico à terra e seu valor é dado pela expressão B.1.1.
A corrente de malha (/malha) é a corrente que produz as tensões de passo e
toque. Portanto, a corrente de malha é a que deve ser considerada no cálculo do dimen-
. . . . . sionamento da malha, na questão da qualificação da malha no quesito de segurança
fcurto Ir/> - terra = 3Jo = lcabo de cobertura + lterro. sob a L.T. + [terra liberada· (B.1.1) humana.
Observa-se que a corrente auto-neutralizada não contribui na geração de tensões
de passo e toque. Isto porque esta corrente retorna .pelo cabo de cobertura e entra : 1
B.2 Corrente de Malha diretamente no cabo da malha retornando ao sistema elétrico pelo terra do Y do
transformador ou do gerador síncrono.
A corrente de malha(Im.alha) é a corrente elétrica que efetivamente trafega pela A corrente de malha também pode ser obtida utilizando-se a expressão B.2.2.
terra e entra na malha pelo solo,verFig~ra B.2.1.
A Imalha é a corrente que entra na malha pelo solo. Ela é composta pela jmalha = jcurto lt/> - terra - L jcabo de cobertura das L.T. 1 s (B.2.2)
corrente de terra sob a L.T. e a corrente pela terra liberada. Seu valor é dado pela
expressão B.2.1. Salienta-se que a corrente de malha é menor que a corrente de curto-circuito
e seu valor depende da:
• resistividade do solo;
RDwight =4 Paf;E-A--
malha
(C.1.1)
R Laurent
Pa[;E
=- --- + -Pa-
4 Amalha Ltotal
(C.1.2)
203
,..
l
204 APÊNDICE C. RESISTÊNCIA DE MALHA 205
·
-
R NS-Pa ( 0,53
~+
1,75 ) (1 - -80hd
1 --- )4 1
= -L--
Pa [1n (2Ltotal)
-h-,- + k ( Ltotal k2 ) ]
{ Vdh
R Schwartz r;r--~ - (C.1.4)
1 para malha com profundidade h
11" total V .l1cmalha
O, 5 para malha na superfície (h =O)
w
ª _ comprimento da malha
5) - Fórmula de Sverak [45] b largura da malha
O, 15w + 5, 50 para h = O
7) - Fórmula de Chow e Salama [67] Na Figura C.2.1 são mostrados resultados para a Resistência de Malha, em
função da sua profundidade ( h), obtidos pelas expressões apresentadas neste Apêndice,
para uma malha de terra com 20m x 20m com 4 quadrículas em cada direção. O
R
GS = Pa
{14V~
~+
1 [ 1
N ,6.l J271" n
l(0,165,6.l)]} (
d 1-
2,256h)
J Amalha (C.1.7)
diâmetro do cabo é de lcm.
Tomando cqmo referência a Resistência de Malha calculada pela expressão
proposta pelo EPRI, Fórmula C.1.6, os erros percentuais da Rmalha estão apresentados
onde: na Figura C.2.2.
Pa ==> resistividade aparente do solo; Uma comparação de Rmalha, em função do comprimento total de cabos (Ltota1),
está mostrada na Figura C.2.3, onde os cálculos foram efetuados para a malha exem-
Amalha ===? área da malha de terra; plo mostrada na Figura C.2;1, montada a uma profundidade de O, 5m e número de
quadrículas igual a 7 x 7.
Ltoial ===? comprimento t~tal dos cabos que formam a malha;
32.00 30.CO ~ 3
Rmu.lha Rmalha ~ ~
-l 4
30.00 25.00 ~ 5
28.00 ,.J r~
26.00 .,J ~
24.00
>0001
5.00 j
~
22.00
3
~
~
20. 00 -j-riorrrrrrnnorrnTTTTTITTT"TTTTT"rnmTT"TTTTTTCmTT"TTT~m 1 0.QQ ~Tõ~T-r.-TT,-TTTTTn 1 i i 1 11 1 • 1 1 1 1 1 1, 1 1 1 O 1 · • i i 1
0.00 0.20 0.40 0.60 0.80 1.00 l.20 h(m) 0.00 0.40 0.80 1.20 1.60 2.00
Ltatal - (km)
Figura C.2.1: Rmalha X h
Figura C.2.3: Rmalha X Ltatal
35.00
Rmalha 1
30.00
25.00
20.00
~
-500 i -------- 1
10.00
o.óo 0.40 0.80 1.20
5.00
o.oo .......................~~.......~~~~~~~~~~~ N
Figura C.2.2: Erros Percentuais da Rma.lha em Relação a REPRI 0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00
30.00
Bibliografia
28.00
~~~~~~~~~~~- 2 (1] J. Zaborszky. Efficiency of grouJJding grids with nonuniform soil. AIEE Transac-
;-.... • 5 tion, December, 1955. pp.1230-1233.
~-------------.
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