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INSTITUTO CRIANÇA

Chambe Filipe Zano nr. 33

Introdução Estudo de Criação de Patos

Nampula,28 de Outubro de 2015


8ª Classe, nr. 33

Introdução ao Estudo de Criação de Patos

Trabalho de carácter avaliativo

Prof. Recama

Nampula, 28 de Outubro de 2015

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Índice

Introdução........................................................................................................................................4

1. Introdução ao Estudo de criação de patos....................................................................................5

1.1 Vantagens:.................................................................................................................................6

2. Raças de patos..............................................................................................................................6

3. Exterior dos patos........................................................................................................................6

4. Sistema de criação de patos.........................................................................................................7

4.1. Criação extensiva ou em liberdade...........................................................................................7

4.2.Criação semi-intensiva...............................................................................................................7

4.2.1. Vantagens:.............................................................................................................................7

4.3. Sistemas integrados de criação de patos...................................................................................7

4.4. Criação intensivaj.....................................................................................................................8

5. Alojamento e equipamentos........................................................................................................8

6. Alimentação dos patos.................................................................................................................9

6.1. Misturas alimentares para diferentes categorias......................................................................9

7. Saúde e higiene..........................................................................................................................10

8. Doenças frequentes nos patos...................................................................................................10

8.1. Vias de penetração de doenças na exploração........................................................................11

8.2. Cuidados ater com a entrada de novas aves na exploração....................................................11

9. Breve descrição das doenças dos patos.....................................................................................11

9.1. Botulismo................................................................................................................................11

9.2. Cólera aviaria (pesteurelose)..................................................................................................12

9.3. Micotoxicose/Aflatoxicose.....................................................................................................12

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9.4. Hepatite vírica.........................................................................................................................12

9.5. Coccidiose...............................................................................................................................13

10. Higiene necessária nas instalações onde se criam as aves.......................................................13

10.1 Cuidados a ter apos a saída do bando....................................................................................13

`10.2 Cuidados a ter com os patos doentes....................................................................................13

10.3 Cuidados na administração de medicamentos.......................................................................13

11. Medidas preventivas e tratamento...........................................................................................14

12. Vazio sanitário.........................................................................................................................14

Conclusão......................................................................................................................................15

Referências bibliográficas.............................................................................................................16

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Introdução

Este é um trabalho de carácter avaliativo da Disciplina de Agropecuária do terceiro trimestre da


8ª Classe Curso/diurno, este é um trabalho que será desenvolvido tomando em consideração as
exigências do senhor professor.

Este trabalho irá orientar-se em torno dos seguintes temas:

 Estudo de criação de patos;


 Doenças dos patos.

Vamos começar por fazer uma introdução para podermos fazer com que todos os que forem a ler
este trabalho possam ter uma ideia mínima daquilo que vamos fazer, depois da introdução vamos
desenvolver o tema que o senhor professor nos deu, por fim vamos fazer a conclusão como uma
forma de resumir tudo o que vamos falar.

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1. Introdução ao Estudo de criação de patos

A criação de patos em Moçambique tem uma grande importância na medida em que, nu curto
espaço de tempo é possível abastecer a população em carne, ovos e estrume para a adubação dos
campos. Os patos constituem uma fonte de aquisição de dinheiro, resolvendo uma diversidade de
necessidades humanas.

Em Moçambique a criação de patos teve u m grande impacto a partir de 1978, aquando da


criação do centro nacional de pequenas espécies de Umbeluzi.

1.1 Vantagens:

 São mais resistentes que as galinhas (requerem menos cuidados e tem menos doenças);
 Poe mais ovos que as galinhas (significa mais carne para a venda e põem ovos maiores
que os das galinhas);
 Alimentam-se menos (aproveitam mais forragem verde, insectos, caracóis e outros).

2. Raças de patos

Muitas raças do pato doméstico provem do pato selvagem exceptuando o pato Moscovita que é
diferente de outros na sua maneira de ser e de estar.

Os patos podem dividir-se em variedades para:

 Consumo: raças Aylesbury, pequim,`pato branco de mesa, campbell branco, Moscovy e


Ruão.
 Postura: khari campbell, indian runner, orpington.

3. Exterior dos patos

O estudo do exterior dos patos te uma grande importância, uma vez que nos permite diferenciar
os animais de uma dada raça. O exterior dos patos permite-nos conhecer o estado de saúde do
animal, a sua direção produtiva, a qualidade dos alimentos fornecidos, entre outros aspectos de
relevo.

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Assim, um pato é constituído por: cabeça, na qual se encontram os orifícios auditivos, olhos,
orifícios nasais, bico, pescoço, tronco, membros e penas. Os patos, ao contrario das galinhas
caminham co m os bamboleios.

4. Sistema de criação de patos

Para criar patos precisa, antes de mais nada, de considerar os seguintes aspectos:

 Fim a que se destinam: auto consumo ou venda, se for para venda saiba se há mercado;
 Conciliação com outras actividades, cuidar de patos requer tempo e espaço que pode ser
necessário para outras actividades.
 Fonte de obtenção de animais a criar.
 O que dará aos patos para se alimentarem e onde obtê-lo
 A criação de patos também pode ser combinada com outras formas de produção agrícola,
constituindo sistemas integrados de produção.

Existem muitas formas de criação de patos a saber:

4.1. Criação extensiva ou em liberdade

Neste sistema os patos são deixados em liberdade, caminhando ou pastoreando nas redondezas
da casa do criador, onde buscam os alimentos que necessitam para a sua manutenção e pondo
ovos dentro das habitações dos criadores ou no mato, a noite são mantidos encarcerados e por
vezes alimentados, contudo o controle durante o dia é difícil.

4.2.Criação semi-intensiva

É similar a criação de galinhas, os patos são mantidos em uma área cercada por onde
deambulam, no interior do qual existe uma peteira para pernoita das aves. A criação é feita em
piso com cama.

4.2.1. Vantagens:

 Permanecem no mesmo local;


 Tem fácil acesso a água;
 Menor vulnerabilidade a roubos e predadores.

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4.3. Sistemas integrados de criação de patos

Neste grupo integram-se sistemas de produção bem conhecidos:

 Criação de pato combinada c0m a cultura do arroz;


 Criação de patos combinada com a piscicultura.

Estes sistemas utilizam desperdícios e produtos secundários dos patos para fertilizar os tanques
de peixe e aumentar a alimentação dos mesmos.

Nos arrozais os patos alimenta-se dos insectos nocivos, caracóis,o que é bom para o arroz, e
simultaneamente para os patos que conseguem alimento nutritivo.

O agricultor diminui os riscos, por exemplo, caso9 o rendimento do arroz seja baixo, ainda pode
contar com carne e ovos dos patos.

4.4. Criação intensiva

Similares ao das galinhas, os patos são confinados em áreas restritas todo o tempo, mas
sobcontrolo do homem no alojamento e cuidados sanitários, incubação e demais aspectos.

5. Alojamento e equipamentos

Os patos devem ser alojados em pateiras próprias com todas as condições de higiene,
ventilação, insolação e outras. De acordo com o sistema de criação a adoptar. Existem diferentes
tipos de pateiras, mas seja qual for o tipo, deve garantir o seguinte:

 Proteger os patos das intempéries;


 Boa ventilação;
 Boa iluminação;
 Limpeza fácil;
 Proteção contra ladroes e predadores;
 Conforto.
 Um parque para 1 macho me 7 fêmeas tem de ter 2,40X1,20X0,90m, se o efectivo atingir
50 aves, o espaço/ave deve ser de 0,28m 2.

No seu interior as pateiras possuem:

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Comedouros: podem ser em tronco escavado, pneu, betão fixo e vários outros.

Bebedouros: deve estar assentes em rede sustentada por pedras e buraco de drenagem. Os
bebedouros podem também ser colocados sobre blocos ou tijolos.

Ninhos: são utilizados para a reprodução. É necessário disponibilizar um ninho para cada três
patas. O período de incubação de acordos com as raças, varia entre 28 e 35 dias.

Aquecedores: são usados para as crias recém-nascidas que são colocadas nas incubadoras.

6. Alimentação dos patos

A alimentação dos patos é diversa, o pato tal como o porco come tudo, mas os alimentos
conhecidos pelo homem e que servem de alimento para os patos são: pastos, cereais e seus
subprodutos, bagaços de amendoim, girassol, coco, soja, restos das colheitas e da cozinha,
batata-doce, mandioca, abobora, tomate, couve e outros alimentos tais como: cenoura, batata-
reno e beterraba.

O consumo de ração nas primeiras semanas é muito pequeno, aumentando rapidamente da quinta
semana em diante.

Deve evitar-se alimentar os patos com rações que contem cocciodiastáticos porque fazem mal.

6.1. Misturas alimentares para diferentes categorias

Patinhos: do nascimento ate as 8 semanas


Grão triturado 30%
Farelos de cereais (fino) 30%
Soja moída 20%
Extrato de polfia de soja 10%
Minerais 5%

É necessário acrescentar um pouco de água a esta mistura pouco antes do consumo para evitar a
fermentação, é também importante acrescentar vitaminas.

Patas poedeiras
Arroz quebrado 50%
Farelo de arroz 25%
Farinha de peixe 25%

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Pode-se misturar um pouco de água aos ingredientes para humedece-los um pouco

Se as patas poe ovos de casca fina (20 patas por 7


dias
Cereais ou subprodutos 30 Kg
Peixe ou restos de peixe 4 Kg
Polpa ou restos de fruta 4 Kg
Ostras moídas 2 Kg
Sal e minerais 20 Kg

Patos confinados

Farelo de arroz 60%


Farinha de milho 20%
Farinha de peixe 20%

7. Saúde e higiene

As pateiras, incubadoras e equipamento, devem ser objecto de limpeza e higiene como forma de
reduzir os agentes causadores e as doenças, já que os restos de comida atraem moscas, vermes,
ratos e outros insectos que actuam como disseminadores das mais variadas doenças.

Assim a limpeza deve consistir, em primeiro lugar, em raspar os detritos usando pá, escova de
aço e vassoura, em seguida faz-se lavagem e a desinfeção.

8. Doenças frequentes nos patos

Os patos, como qualquer outra espécie estão sujeitos a sofrer de doenças. As doenças mais
frequentes nos patos são cólera aviaria, botulismo, a hepatite vírica, coccidiose, causadas por
bactérias/vírus e protozoários.

Estas doenças causam uma elevada taxa de mortalidades se não forem tratadas a tempo ou
prevenidas.

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Os patos doentes apresentam pálpebras inchadas ou pegadas, corrimento ocular ou nasal,
emagrecimento, feridas, penas levantadas ou falta de penas, fezes muito aquosas, falta apetite,
temperatura alta, corpo apoiado ao chão, dificuldades de levantar.

8.1. Vias de penetração de doenças na exploração

As vias de penetração de doenças na exploração são varias, podendo ser através de:

 Ratos;
 Visitas vindas do exterior ou de outras pateiras infectadas;
 Alimentos infectados;
 Aguas infectadas;
 Outros animais doentes;
 Ovos infectados.

8.2. Cuidados a ter com a entrada de novas aves na exploração

 Examinar bem as aves que pretende adquirir;


 Examinar os olhos, as narinas, o bico, o estado da magreza e a forma de deslocação;
 Examinar a região da zona de cloaca e as fezes;
 Fazer uma quarentena durante 15 dias;
 Colher o material para o laboratório;
 Se houver mortes, deve-se levar os cadáveres ao laboratório veterinário para o
exame.

9. Breve descrição das doenças dos patos

9.1. Botulismo

Causa: clostridium botulinum (sua toxina)

Sintomas: paralisia do pescoço e pernas, cabeça inclinada para baixo e morte em poucas horas,
também afecta o homem.

Cura: uso de eméticos.

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Prevenção: eliminar rapidamente os cadáveres, e evitar contacto co alimentos fermentados.

9.2. Cólera aviaria (pesteurelose)

Causa: vírus

Sintomas: ataca aves de todas as idades que apresentam apatia e fraqueza, falta de apetite,
bebem mais água que os sãos, sacodem muito a cabeça, diarreia amarela ou esverdeada, olhos
húmidos e narinas com corrimento.

Cura: com antibióticos.

Prevenção: boa limpeza, desinfeção dos abrigos e vacinação.

9.3. Micotoxicose/Aflatoxicose

Causa: fungos e aflatoxinas

Sintomas: crescimento retardado, má formação das pernas, inchaço, atrofia das pata e solas.

Prevenção: bom maneio e boa conservação dos alimentos.

9.4. Hepatite vírica

Causa: vírus.

Sintomas: morte repentina de muitos patinhos com idade de ate 3 semanas, bico e pele azulados,
pernas esticadas para trás e cabeça inclinada para o dorso.

Cura: antibiótico.

Prevenção: boa limpeza, desinfeção dos abrigos e vacinação.

9.5. Coccidiose

Causa: coccídeas (Eimeria spp)

Sintomas: aves, diarreia, fezes com sangue, perda de peso, dificuldade de ficar de pé e penas
eriçadas.

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Cura: antibiótico a base de sulfa.

Prevenção: evitar misturar aves de diferentes idades, separar as doentes das sadias, e manter a
cama sempre seca.

10. Higiene necessária nas instalações onde se criam as aves

 Ter sempre água limpa a disposição das aves;


 Mudar as camas húmidas e limpar os comedouros e bebedouros;
 Manter os patos em locais secos;
 Queimar qualquer ave morta que encontrar nas instalações.

10.1 Cuidados a ter apos a saída do bando

 Retirar as fezes e cama das instalações;


 Lavar pavimentos e paredes;
 Deseinfectar com creolina ou soda caustica a 4%;
 Mexer a terra dos parques e aplicar cal viva;
 Deixar ficar a instalação em vazio sanitário durante 21 dias antes de meter novas aves.

`10.2 Cuidados a ter com os patos doentes

 Separar os patos doentes dos sãos;


 Colher o material para o laboratório;
 Garantir uma boa higiene nas instalações;
 Garantir uma alimentação equilibrada.

10.3 Cuidados na administração de medicamentos

 Ler bem as instruções dos medicamentos a utilizar e o numero de dias de tratamento;


 Calcular o consumo diário de água ou alimento para o efetivo;
 Misturar a quantidade de medicamento necessário;
 Mexer e distribuir o medicamento pelos comedouros ou bebedouros dependendo do caso.

11. Medidas preventivas e tratamento

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As doenças das aves podem expandir-se facilmente e por diferentes vias, a melhor proteção é
evitar que apareçam. Para isso é necessário:

 Providenciar um bom alojamento, que proteja contra as mudanças do tempo e com boa
ventilação;
 Limpar e densifectar o alojamento sempre que receber novo lote;
 Menejar bem a cama;
 Não misturar patos de diferentes idades e bandos;
 Combater ratos, insectos, sugadores/ectoparasitas e aves selvagens;
 Armazenar corectamente a ração;
 Colocar pedilúvio a funcionar correctamente;
 Limitar o número de pessoas com acesso ao alojamento;
 Comprar sempre aves saudáveis e verificar se foram vacinadas em devido tempo.

12. Vazio sanitário

O vazio sanitário é feito quando aparece uma doença na exploração, no fim de um lote ou ciclo
e todos os patos são retirados para se proceder a uma desinfeção, deixando os pavilhões vazios
durante um certo período de tempo.

Durante esse período devem ser feitos alguns trabalhos de manutenção geral. Assim, colocam-se
bastantes iscos envenenados com raticidas dentro do pavilhão para diminuir a população de rato

Conclusão

A criação de patos em Moçambique tem uma grande importância na medida em que, nu curto
espaço de tempo é possível abastecer a população em carne, ovos e estrume para a adubação dos
campos. Os patos constituem uma fonte de aquisição de dinheiro, resolvendo uma diversidade de
necessidades humanas.

Em Moçambique a criação de patos teve u m grande impacto a partir de 1978, aquando da


criação do centro nacional de pequenas espécies de Umbeluzi.

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Um pato é constituído por: cabeça, na qual se encontram os orifícios auditivos, olhos, orifícios
nasais, bico, pescoço, tronco, membros e penas. Os patos, ao contrario das galinhas caminham co
m os bamboleios.

A alimentação dos patos é diversa, o pato tal como o porco come tudo, mas os alimentos
conhecidos pelo homem e que servem de alimento para os patos são: pastos, cereais e seus
subprodutos, bagaços de amendoim, girassol, coco, soja, restos das colheitas e da cozinha,
batata-doce, mandioca, abobora, As doenças mais frequentes nos patos são cólera aviaria,
botulismo, a hepatite vírica, coccidiose, causadas por bactérias vírus e protozoários.

Estas doenças causam uma elevada taxa de mortalidades se não forem tratadas a tempo ou
prevenidas.

tomate, couve e outros alimentos tais como: cenoura, batata-reno e beterraba.

Referências bibliográficas

JONASSE, Florência. TUIA, José. Agro-pecuária 8ª Classe, texto editores, Maputo, 2009,
p.100-110.

www.pecuaria.com /pecuária. 26,10,15. 11h23’.

www.criacao/patos.com. 26,10,15, 13h42’.

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