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SUMÁRIO
REDAÇÃO : AULA 2 ............................................................................................................................................ 2
TEXTOS MOTIVADORES ................................................................................................................................. 2
VERSÃO FINAL................................................................................................................................................ 3
REDAÇÃO : AULA 2
Nesta prova, faça o que se pede, usando, caso deseje, o espaço para rascunho
indicado no presente caderno. Em seguida, transcreva o texto para a FOLHA DE
TEXTO DEFINITIVO DA PROVA DISCURSIVA, no local apropriado, pois não será
avaliado fragmento de texto escrito em local indevido.
Qualquer fragmento de texto além da extensão máxima de linhas disponibilizadas
será desconsiderado.
Na Folha de Texto Definitivo, a presença de qualquer marca identificadora no
espaço destinado à transcrição do texto definitivo acarretará a anulação da sua
prova discursiva.
Ao domínio de conteúdo serão atribuídos até 20 pontos, dos quais até 1,00 serão
atribuídos ao quesito apresentação (legibilidade, respeito às margens e indicação
de parágrafos).
TEXTOS MOTIVADORES
Escravidão moderna atinge mais de 40 milhões no mundo
Coreia do Norte é o país com maior taxa de pessoas em condições análogas à escravidão. Em
números absolutos, Brasil lidera na América Latina, enquanto Índia encabeça a lista mundial.
(Por Deutsche Welle 20/07/2018)
Cerca de 40,3 milhões de pessoas em todo o mundo foram submetidas a atividades análogas à
escravidão em 2016, segundo um relatório Índice Global de Escravidão 2018, publicado pela
fundação Walk Free e apresentado na ONU nesta quinta-feira (19). No Brasil, são quase 370 mil
pessoas.
No contexto do relatório, o conceito de escravidão moderna abrange um conjunto de conceitos
jurídicos específicos, incluindo trabalho forçado, servidão por dívida, casamento forçado,
tráfico de seres humanos, escravidão e práticas semelhantes à escravidão.
De acordo com o documento, 71% das vítimas são mulheres, enquanto 29% são homens. Das
40,3 milhões de pessoas afetadas, 15,4 milhões estavam em casamentos forçados, enquanto
24,9 milhões se encontravam em condições de trabalho escravo. A Ásia representa 62% da
estimativa global de pessoas em regime de escravidão.
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/07/20/escravidao-moderna-atinge-mais-de-40-
milhoes-no-mundo.ghtml
Escravidão nada moderna: como a moda pode ajudar a combater o trabalho escravo
A escravidão moderna ultrapassou a questão étnica. Os aliciados hoje são pessoas
vulneráveis por estarem em situação de pobreza e guerra
Economia criativa, crescimento das startups, redução da jornada de trabalho com
aumento de produtividade. Quando vemos noticiados casos de trabalho escravo temos a
impressão de que estamos vivendo em momentos diferentes da História ao mesmo tempo. De
acordo com a Fundação Walk Free, o Brasil tem 369 mil escravos modernos, 1,8 a cada mil
habitantes, o que nos mostra que apesar de estarmos discutindo formas de trabalho mais
humanizadas para uma parcela privilegiada da população, a cultura da escravidão ainda está
presente.
O Brasil possui leis trabalhistas que são referência internacional no que cerne à garantia
da justiça e saúde do trabalhador. De acordo com o artigo 149 do Código Penal brasileiro, são
elementos que caracterizam o trabalho análogo ao de escravo: condições degradantes de
trabalho (incompatíveis com a dignidade humana), jornada exaustiva, trabalho forçado
(manter a pessoa no serviço através de fraudes, isolamento geográfico, ameaças e violências
físicas e psicológicas) e servidão por dívida (fazer o trabalhador contrair ilegalmente um débito
e prendê-lo a ele).
A escravidão e a moda
Existem 21 milhões de pessoas em condições de trabalho análogo à escravidão no mundo, de
acordo com a OIT (Organização Internacional do Trabalho), apesar de todo os aparatos
jurídicos locais e internacionais construídos especificamente para proteger o trabalhador.
A falta da rastreabilidade na produção da indústria da moda facilita que a leis sejam dribladas
e faz com que a moda seja o segundo setor que mais explora o trabalho forçado no mundo,
ficando atrás apenas do ramo de tecnologia, segundo a pesquisa The Global Slavery Index 2018,
da fundação Walk Free.
De acordo com estudo do jornalista Carlos Juliano Barros, para a ONG Repórter Brasil,
“no mundo inteiro, marcas de varejo populares e grifes internacionais contratam uma longa
cadeia de fornecedores para produzir suas coleções em vez de fabricá-las por conta própria, ou
seja, terceirizam a sua produção. Essa é a solução mais simples para se eximir da
responsabilidade do pagamento de direitos trabalhistas e encargos fiscais e, então, turbinar as
margens de lucro.”
https://www.cartacapital.com.br/blogs/fashion-revolution/escravidao-nada-moderna-como-
a-moda-pode-ajudar-a-combater-o-trabalho-escravo/
Considerando que os fragmentos de texto apresentados têm caráter unicamente
motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema:
A escravidão moderna e a liberdade como um direito fundamental
Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes aspectos:
1. Formas de escravidão moderna. (7,0)
2. Previsão legal da escravidão no Brasil.(5,0)
3. Desafios dos órgãos de segurança pública no combate à escravidão
(7,0)
VERSÃO FINAL
O termo escravidão parece remeter a algo que ocorreu séculos atrás, em um passado
distante, porém trata-se de uma prática que ainda persiste na sociedade moderna. Assim como
em tempos remotos, a escravidão na atualidade ameaça o direito à liberdade, garantia
fundamental e direito de todos os seres humanos. São muitas as formas de escravidão moderna,
que, muitas vezes, passam despercebidas. No Brasil, o trabalho análogo ao de escravo é previsto
no Código Penal como crime e, por essa razão, as autoridades policiais, mesmo enfrentando
uma série de desafios, atuam no combate a esse delito.
As formas de escravidão moderna são variadas, destacando-se o tráfico de pessoas, as
quais são submetidas a exploração sexual como trabalho forçado, servidão por dívida, em que
o trabalhador é forçado a trabalhar para saldar dívida contraída com um suposto empregador.
Na Índia, há crianças trabalhando compulsoriamente em fábricas de tijolos e mulheres são
obrigadas a casar, cumprindo jornadas de trabalho doméstico forçado. No Brasil, identificam-
se trabalhadores em situação de escravidão em lavouras de cana-de-açúcar, na mineração, na
construção civil, no cultivo de carvão vegetal, na confecção têxtil, entre outros.
Desde 1888, com a assinatura da Lei Áurea, a escravidão foi, formalmente, abolida no
Brasil. A legislação brasileira prevê na Constituição da República de 1988 a proteção aos
trabalhadores e o Código Penal (CP), Decreto-Lei 2848/40, coíbe em três situações (Art. 149,
Art.203 e Art. 207) a prática do trabalho escravo ou análogo à escravidão, prescrevendo as
punições cabíveis a quem cometer tais crimes.
Portanto, para se garantir a liberdade e não se repetirem os erros passados, é de extrema
importância a atuação de órgãos públicos, como o Ministério Público do Trabalho, a Polícia
Federal e as polícias civis na repreensão ao trabalho escravo. Contudo esses órgãos enfrentam
uma série de desafios que vão desde a redução do orçamento para forças tarefas, que
compromete a realização de fiscalizações, até riscos de sofrer ameaças ou agressões por parte
dos empregadores, que não os aceitam em suas propriedades.