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PRIMEIRO SIMULADO INTEGRANDO O CENTRO


DE DEFESA AMBIENTAL – CDA E OS CENTROS
DE RESPOSTA A EMERGÊNCIAS – CREs, NO SUL
Representantes da PPetrobras ranspetro acompanharam
etrobras e da TTranspetro
de uma escuna o treinamento inédito no difícil mar de Itajaí.

I
ntegrar os trabalhos do Cen- Univali, a Universidade do Vale do que o primeiro treinamento envol-
tro de Defesa Ambiental – CDA- Itajaí, frequentada por estudantes de vendo o CDA e os CREs foi impor-
SUL e os Centros de Resposta toda a região Sul do país, além de tante para conhecer os problemas
a Emergências – CREs de São pessoas de empresas prestadoras de que vão surgir em um momento de
Francisco do Sul, Paranaguá e serviços, todos acomodados em uma crise real e preparar-se para
Tramandaí, foi o objetivo do simu- escuna que acompanhou o Simula- enfrentá-las conjutamente.
lado ocorrido no mar de Itajaí, do ao lado dos aconte- Flávio Dias de
onde diante de intensa dificulda- cimentos. Foram mo- Andrade, Supervisor da
des foram realizados lançamentos mentos difíceis também Petrobras Distribuidora,
de barreiras e manobras com em- para estes profissionais atua no fornecimento
barcações para possibilitar o re- e estudantes, que en- de produtos químicos
colhimento de óleo. frentaram o mesmo para as plataformas de
“Não podía ter sido um teste me- mar agitado que balan- prospecção de petróleo.
lhor”, assinala Amarildo Araújo da çava intensamente as São operações comple-
Silva, Gerente Regional da Alpina embarcações das equi- xas, que envolvem o
Briggs na Região Sul. “A operação foi pes de combate a transporte e a transfe-
um sucesso em meio a condições de emergências. rência de produtos quí-
mar bastante adversas. Lançamos as Hugo Salvador Dias, micos em situações ma-
barreiras e simulamos recolhimento Técnico de Suprimen- Hugo Salvador Dias rítimas das mais adver-
de óleo em meio a fortes ondas, que tos da Petrobras e Coordenador do sas. “Estou achando este treinamen-
exigiram um grande esforço de mano- Apoio Marítimo ao Porto, elogiou a to uma excelente oportunidade para
brabilidade das embarcações. Fiquei coragem das equipes de combate a conhecer o trabalho das equipes de
satisfeito com o resultado porque emergência, assinalando que as con- combate a emergências que vão nos
mostrou que o pessoal do CDA Sul e dições do mar eram realmente socorrer em caso de problemas. Mui-
dos CREs da região tiveram um de- preocupantes: “O pessoal está dan- tas vezes, em alto mar, enfrentamos
sempenho conjunto admirável”. do uma demonstração que conhe- situações como esta e até piores, o
Para acompanhar as operações si- ce os equipamentos e as embarca- que revela que o pessoal é realmen-
muladas, o CDA Sul levou represen- ções e os manobram com muita te muito bom e está preparado para
tantes da Petrobras, Transpetro e da perícia”, comentou, acrescentando a ação”, disse.

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Otávio Vigna, do SMS Corpora- ções de combate a emergências. Eu para acompanhar operações
tivo da Petrobras, atua no Grupo pensava que essas operações eram como aquela no futuro, porque
de Coordenação do Plano de meio caóticas, feitas de improviso, isso ajudaria a difundir no meio
Contigência Regional - Sul, um gru- mas pelo que vi aqui há muita téc- universitário o excelente trabalho
po de trabalho que coordena a apli- nica, preparo, equipamentos ade- desenvolvido em preservação
cação do plano de contingência da quados e formas de agir para cada ambiental pela Petrobras,
empresa. Segundo ele, a área vê situação. Foi uma ótima surpresa”, Transpetro e Alpina Briggs: “As pes-
com bons olhos toda ação de trei- assinalou Eduardo Walter. soas precisam conhecer este tra-
namento a combate a emergênci- Everton Moreira lembrou que o balho”, comentou.
as e estimula o planejamento e a crescimento da consciência
realização constante de simulados. ambiental no país, a forte preo- Transpetro
“Esta operação, que envolve o CDA cupação da Petrobras com pre-
local e os CREs tem tudo a ver com servação e a atuação de empre- Para acompanhar a atuação
sas c omo a Alpina das equipes dos Centro de Res-
Briggs estão ampliando posta a Emergênca - CREs, vários
o mercado de trabalho profissionais da Transpetro inte-
para profissionais como gravam o grupo da escuna que
engenheiros ambientais ladeou as embarcações das
em todo o país, uma equipes de emergência durante
profissão relativamente todo o treinamento.
nova, que, na Univali Solano Soares Lopes, Operador
está formando sua ter- da Transpetro, que atua no Ter-
ceira turma. minal Niterói, em Canoas (RS), as-
Pauline Bellaver, tam- sinalou que a ação das equipes
bém estudante da de emergências revelou grande
Univali, assinalou que a técnica e habilidade na operação
Amarildo, da Alpina Briggs, explica o simulado certeza de que equipes de uma grande gama de equipa-
aos participantes do evento tão bem preparadas vão mentos: “A diversidade de equipa-
nosso posicionamento, que defen- atuar na região em caso de emer- mentos e de técnicas de combate
de uma integração cada vez maior gência a deixou mais tranqüila em a vazamentos de petróleo é real-
entre a Petrobras, Transpetro e BR relação a eventuais emergências: mente impressionante e a atua-
Distribuidora em ações de comba- “Participar deste acontecimento me ção das equipes mostrou um gra-
te a emergências”, explica. deu a certeza de que há equipes de preparo. Ver o pessoal atuan-
especializadas e preparadas para do revelou que tanto a Petrobras
Univali atuar em emergências e esta cer- quanto a Transpetro estão bem
teza é importante quando ouvimos preparadas para qualquer situa-
Vários estudantes de Engenha- falar em vazamentos de petróleo”, ção emergencial”, comentou.
ria Ambiental da Univali (Universi- afirmou Pauline. Iolando Tavares Henriques, Capi-
dade do Vale do Itajaí) acompa- Leandro Castilhos acrescentou tão de Manobras da Transpetro, é o
nharam o treinamento conjunto que estudantes de outras universi- responsável pela manobra de gran-
CDA/CRE com a missão de conhe- dades deveriam ser convidados des embarcações transportadoras
cer o trabalho e preparar um rela-
tório sobre o que viram para ser
apresentado em sala de aula.
Eduardo Walter, Everton Moreira,
Pauline Bellaver e Leandro Castilhos,
entre alguns outros, observaram as
operações e fizeram várias pergun-
tas ao Gerente Regional da Alpina
Briggs, Amarildo Silva.
“Nunca imaginei que houvesse
tanta técnica e método em opera- Mauro Lopes Jorge Kaseca Sérgio Krug Iolando Tavares

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Lançamento das barreiras aconteceu nas proximidades da costa

de petróleo que atracam na que atua no Terminal de São Fran- mesmo tempo, estamos investindo
monoboia localizada na região de cisco do Sul em operações de des- muito no preparo dos times de
São Francisco do Sul, que recebe boa carga de petróleo, ressaltou a im- combate a emergência dos CREs,
parte do petróleo destinado às refi- portância do treinamento conjunto porque eles serão a linha de frente
narias da região. Trata-se de uma como uma fonte de informação so- em caso de emergências nas áre-
operação delicada, de alto risco, pois bre o nível de preparo das equipes as da Transpetro”, explicou. Krug
qualquer tipo de problema pode re- de emergências: “Sem atividades assinalou que cada CRE tem uma
sultar em vazamento de petróleo no como esta nós não saberíamos o particularidade que precisa ser
mar. “Pelo que vejo, a coordenação quanto esses times de combate a considerada em ações de treina-
das operações é excelente, as equi- emergência estão preparados. O mento: “Enquanto o CRE de
pes trabalham muito afinadas, em- que vimos aqui nos dá uma gran- Tramandaí precisa focar em ações
bora atuem em empresas diferen- de segurança, pois agora sabemos de emergência no mar, o CRE do
tes, o que mostra a atuação exem- que podemos contar com gente de Rio Grande se prepara para atuar
plar da Alpina Briggs, integrando es- primeira em caso de situações de nas águas abrigadas da Lagoa dos
ses times e treinando-os vazamento”, disse. Patos, onde, embora as condições
conjuntamente”, comentou, acres- Sérgio Ricardo Krug, Coordena- de tempo sejam melhores, os ris-
centando; “Dá para sentir muito mais dor de SMS da Transpetro no Rio cos são maiores em função da in-
segurança em nossas operações co- Grande do Sul, concorda que trei- tensidade da ocupação humana
tidianas sabendo que a gente pode namentos conjuntos entre o CDA na região”, comentou.
contar com times de combate a e os CREs são importantes no sen- Milton Martins da Silva, Técnico
emergências como estes”. tido de integrar as equipes e pa- de Segurança da Transpetro, que
Gilmar Divino da Silva, Líder de dronizar processos de operação e coordena uma série de atividades
Atividades Marítimas da Transpetro, qualidade de equipamentos. “Ao de treinamento para a garantia da
segurança das operações da em-
presa, assinalou o elevado grau de
integração entre as equipes do
CDA e dos CREs, mesmo em con-
dições adversas como as
verificadas em Itajaí: “A impressão
que eu tive era a de que se tratava
de times de combate a emergênci-
as que atuam juntos há muito tem-
po, tal o grau de integração entre
Romeu Pereira Gilmar Divino Mark Francis Otávio Vigna as equipes”, ressaltou.

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Equipes do CDA - Petrobras e dos CREs - Transpetro, da região Sul, participam pela pela primeira vez de treinamento integrado

Mauro Gilberto Lopes, Coorde- Acho importante que minhas equi- mite uma grande troca de experi-
nador de Logística da Transpetro, pes estejam tão preparadas para ência entre as duas equipes: “Pro-
que atua na organização de toda emergências quanto as equipes da curamos reciclar constantemente
a estrutura de apoio a ações de Petrobras, Transpetro e Alpina as ações de treinamento para con-
emergência, ficou satisfeito com o Briggs. Por isso nossa presença templar todas as possibilidades de
que viu: “Grande habilidade no aqui é fundamental, para ver ao emergências. Hoje podemos per-
manuseio dos equipamentos, mui- vivo como essas coisas acontecem ceber que a única diferença entre
ta coragem em enfrentar situações e são organizadas”, lembrou. as equipes do CDA e dos CREs é a
adversas e domínio total das téc- cor do macacão: enquanto no
nicas de combate a emergências. CDA Sul CDA o macacão é laranja, no CRE
O pessoal do CDA e dos CREs está é vermelha”, comentou.
de parabéns porque foi uma de- Amarildo Silva, Gerente Regional Mark Francis, Coordenador de
monstração exemplar”, comentou. da Alpina Briggs, assinalou que a Treinamentos da Alpina Briggs,
integração entre as equipes das que acompanhou o primeiro trei-
Prestadores de serviços duas unidades está excelente: “A namento conjunto de CDA e CREs
grande missão dos CREs é dar pri- da Região Sul, assinalou que
Representantes de empresas meiro combate quando ocorrem aci- ações semelhantes vão acontecer
prestadoras de serviços também dentes com vazamentos. Muitas em todo o país: “Começamos
acompanharam o primeiro treina- vezes, uma boa ação inicial resolve pelo sul mas pretendemos reali-
mento conjunto entre CDA e CREs completamente o problema. A equi- zar simulados em várias localida-
da Região Sul. Segundo Romeu Pe- pe do CDA ficará sempre na reta- des. Estou convencido de que con-
reira Filho, da Supetro, empresa guarda e intervirá caso o problema seguimos mostrar ao pessoal da
prestadora de serviços à BR Distri- atinja maiores proporções”. Transpetro todos os recursos dis-
buidora, o simulado evidenciou o Amarildo lembrou ainda que a ponibilizados em ações de comba-
alto nível de preparo das equipes atuação dos CREs facilita em gran- te a emergências, bem como o exí-
de emergência. de medida as intervenções do mio preparo de seu pessoal”, co-
Jorge Caseca, proprietário da CDA: “Quando o CDA é aciona- memorou.
Caseca 3, empresa de serviços do, sabemos todos os detalhes do Para Mark, a presença dos jo-
logísticos que atende a Petrobras problema e a infra-estrutura que vens universitários é a garantia de
em São Francisco do Sul, lembrou terá que ser usada, o que garante que as novas gerações de técni-
a importância de integrar às ações as informações necessárias ao su- cos ambientais estarão se forman-
de treinamentos as equipes das cesso do combate a emergências”. do com plenos conhecimentos das
empresas prestadoras de serviço: Héverton Moreira, Chefe do atividades da Alpina Briggs e de
“Sem trocadilhos, a verdade é que CDA Sul, explicou que a integração como a empresa pode apoiá-los
estamos todos no mesmo barco. das atividades de treinamento per- no futuro.

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Sistema garante logística eficiente
A Petrobras, através do plano
de melhorias do CDA - Sul,
desenvolveu um “container” para
a logística do CDA e cria um am-
biente de trabalho limpo, organi-
zado e eficiente.
dicações de um tipo de ocorrên-
cia, com equipamentos de pesos
e medidas que podem ser acon-
armazenamento de equipamentos A facilidade de embarque e dicionados ali. E, o melhor, é que
como barreiras de contenção de desembarque dos equipamentos os “conteiners” são facilmente
óleo, facilitando a armazenagem, inseridos nos “conteiners” é mui- produzidos por fornecedores lo-
o transporte e, o mais importante, to grande. Cada um reúne os in- cais”, explicou Marco.
reduzindo o tempo necessário para
disponibilizar os materiais nos lo- Conteiner de metal facilita
cais em que eventualmente venham transporte das barreiras
a ocorrer as emergências.
“Esse “conteiner” é algo que
estamos desenvolvendo gradati-
vamente há 18 meses e agora
chegamos a um modelo satis-
fatório”, explica Amarildo Silva.
Segundo o Gerente Regional da

Marco Aurélio

Alpina Briggs, o sistema permite


acomodar barreiras e outros equi-
pamentos em “conteiners” de me-
tal que são rapidamente desloca-
dos para a área de combate a
emergência através de empilha-
deiras e embarcações previamen-
te preparadas para recebê-los.
Marco Aurélio Almeida, técni-
co de segurança da Petrobras e
Fiscal do CDA, um dos principais
responsáveis pelo êxito do proje-
to, assinala que “o objetivo do
“container” é o de reduzir o tem-
po necessário à separação dos
equipamentos a serem usados em
operações de emergências, evita
acidentes no manuseio , melhora

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