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( NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA 
 
DEFINIÇÃO DE CRIMINALÍSTICA 
 
"É a disciplina que tem por objetivo o reconhecimento e interpretação dos indícios materiais extrínsecos, 
relativos  ao  crime  ou  à  identidade  do  criminoso"  (I  Congresso  Nacional  de  Polícia  Técnica,  realizando  em 
1961). 
“Conjunto  de  conhecimentos  que,  reunindo  as  contribuições  das  várias  ciências,  indica  os  meios  para 
descobrir  crimes,  identificar  os  seus  autores  e  encontrá‐los,  utilizando‐se  de  subsídios  da  química,  da 
antropologia,  da  psicologia,  da  medicina  legal,  da  psiquiatria,  da  datiloscopia,  etc.,  que  são  consideradas 
ciências auxiliares do Direito penal”. (ENCICLOPÉDIA SARAIVA DE DIREITO, v. 21, 1997:486). 
 
 
LEGISLAÇÃO  APLICADA  À  PERÍCIA  (ARTIGOS  155  A  184  DO  CÓDIGO  DE  PROCESSO 
PENAL); 
 
DA PROVA 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, 
não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, 
ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições estabelecidas na lei 
civil. 
 
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: 
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes 
e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida;  
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir 
dúvida sobre ponto relevante.  
 
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas 
as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.  
§  1o  São  também  inadmissíveis  as  provas  derivadas  das  ilícitas,  salvo  quando  não  evidenciado  o  nexo  de 
causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente 
das primeiras.  
§  2o  Considera‐se  fonte  independente  aquela  que  por  si  só,  seguindo  os  trâmites  típicos  e  de  praxe, 
próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova.  
§  3o  Preclusa  a  decisão  de  desentranhamento  da  prova  declarada  inadmissível,  esta  será  inutilizada  por 
decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente.  
 
CAPÍTULO II 
DO EXAME DO CORPO DE DELITO, E DAS PERÍCIAS EM GERAL 
 
Art.  158.  Quando  a  infração  deixar  vestígios,  será  indispensável  o  exame  de  corpo  de  delito,  direto  ou 
indireto, não podendo supri‐lo a confissão do acusado. 
 
Art.  159.  O  exame  de  corpo  de  delito  e  outras  perícias  serão  realizados  por  perito  oficial,  portador  de 
diploma de curso superior.  
§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma 
de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada 
com a natureza do exame.  
§ 2o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo.  

 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  
MATEMÁTICA                       
6 Professor Santos  
 

§  3o  Serão  facultadas  ao  Ministério  Público,  ao  assistente  de  acusação,  ao  ofendido,  ao  querelante  e  ao 
acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.  
§  4o  O  assistente  técnico  atuará  a  partir  de  sua  admissão  pelo  juiz  e  após  a  conclusão  dos  exames  e 
elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão.  
§ 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia:  
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o 
mandado  de  intimação  e  os  quesitos  ou  questões  a  serem  esclarecidas  sejam  encaminhados  com 
antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;  
II  –  indicar  assistentes  técnicos  que  poderão  apresentar  pareceres  em  prazo  a  ser  fixado  pelo  juiz  ou  ser 
inquiridos em audiência.  
§  6o  Havendo  requerimento  das  partes,  o  material  probatório  que  serviu  de  base  à  perícia  será 
disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, 
para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação.  
§ 7o Tratando‐se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, poder‐
se‐á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.  
 
Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e 
responderão aos quesitos formulados.  
Parágrafo  único.  O  laudo  pericial  será  elaborado  no  prazo  máximo  de  10  dias,  podendo  este  prazo  ser 
prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.  
 
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora. 
 
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos 
sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. 
Parágrafo  único.  Nos  casos  de  morte  violenta,  bastará  o  simples  exame  externo  do  cadáver,  quando  não 
houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não 
houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante. 
 
Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade providenciará para que, em dia e hora 
previamente marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado. 
Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará o lugar da sepultura, sob pena 
de desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou de encontrar‐se o cadáver 
em lugar não destinado a inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará do 
auto. 
 
Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados, bem como, na 
medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime.  
 
Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo 
do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados. 
 
Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado, proceder‐se‐á ao reconhecimento pelo 
Instituto de Identificação e Estatística ou repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando‐se 
auto de reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os sinais e indicações. 
Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos os objetos encontrados, que 
possam ser úteis para a identificação do cadáver. 
 
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova 
testemunhal poderá suprir‐lhe a falta. 
 
Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder‐se‐á a 
exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do 
Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor. 
§ 1o No exame  complementar, os peritos terão presente o auto de corpo  de delito, a fim de suprir‐lhe a 
deficiência ou retificá‐lo. 

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§ 2o Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1o, I, do Código Penal, deverá 
ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime. 
§ 3o A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal. 
 
Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade providenciará 
imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus 
laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos.  
Parágrafo  único.  Os  peritos  registrarão,  no  laudo,  as  alterações  do  estado  das  coisas  e  discutirão,  no 
relatório, as consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos.  
 
Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a eventualidade de nova 
perícia.  Sempre  que  conveniente,  os  laudos  serão  ilustrados  com  provas  fotográficas,  ou  microfotográficas, 
desenhos ou esquemas. 
 
Art. 171. Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da coisa, ou por 
meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, indicarão com que instrumentos, por que meios e 
em que época presumem ter sido o fato praticado. 
 
Art.  172.  Proceder‐se‐á,  quando  necessário,  à  avaliação  de  coisas  destruídas,  deterioradas  ou  que 
constituam produto do crime. 
Parágrafo  único.  Se  impossível  a  avaliação  direta,  os  peritos  procederão  à  avaliação  por  meio  dos 
elementos existentes nos autos e dos que resultarem de diligências. 
 
Art. 173. No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em que houver começado, o perigo 
que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a extensão do dano e o seu valor e as demais 
circunstâncias que interessarem à elucidação do fato. 
 
Art. 174. No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, observar‐se‐á o seguinte: 
I ‐ a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada para o ato, se for encontrada; 
II ‐ para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita pessoa reconhecer ou já tiverem 
sido judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou sobre cuja autenticidade não houver dúvida; 
III ‐ a autoridade, quando necessário, requisitará, para o exame, os documentos que existirem em arquivos 
ou estabelecimentos públicos, ou nestes realizará a diligência, se daí não puderem ser retirados; 
IV  ‐  quando  não  houver  escritos  para  a  comparação  ou  forem  insuficientes  os  exibidos,  a  autoridade 
mandará  que  a  pessoa  escreva  o  que  lhe  for  ditado.  Se  estiver  ausente  a  pessoa,  mas  em  lugar  certo,  esta 
última  diligência  poderá  ser  feita  por  precatória,  em  que  se  consignarão  as  palavras  que  a  pessoa  será 
intimada a escrever. 
 
Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da infração, a fim de se lhes 
verificar a natureza e a eficiência. 
 
Art. 176. A autoridade e as partes poderão formular quesitos até o ato da diligência. 
 
Art. 177. No exame por precatória, a nomeação dos peritos far‐se‐á no juízo deprecado. Havendo, porém, 
no caso de ação privada, acordo das partes, essa nomeação poderá ser feita pelo juiz deprecante. 
Parágrafo único. Os quesitos do juiz e das partes serão transcritos na precatória. 
 
Art. 178. No caso do art. 159, o exame será requisitado pela autoridade ao diretor da repartição, juntando‐
se ao processo o laudo assinado pelos peritos. 
 
Art. 179. No caso do § 1o do art. 159, o escrivão lavrará o auto respectivo, que será assinado pelos peritos e, 
se presente ao exame, também pela autoridade. 
Parágrafo único. No caso do art. 160, parágrafo único, o laudo, que poderá ser datilografado, será subscrito 
e rubricado em suas folhas por todos os peritos. 
 

 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  
MATEMÁTICA                       
8 Professor Santos  
 

Art.  180.  Se  houver  divergência  entre  os  peritos,  serão  consignadas  no  auto  do  exame  as  declarações  e 
respostas  de  um  e  de  outro,  ou  cada  um  redigirá  separadamente  o  seu  laudo,  e  a  autoridade  nomeará  um 
terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos. 
 
Art.  181.  No  caso  de  inobservância  de  formalidades,  ou  no  caso  de  omissões,  obscuridades  ou 
contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo.  
Parágrafo único. A autoridade poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por outros peritos, 
se julgar conveniente. 
 
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá‐lo ou rejeitá‐lo, no todo ou em parte. 
 
Art. 183. Nos crimes em que não couber ação pública, observar‐se‐á o disposto no art. 19. 
 
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida 
pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade. 
 
 
Levantamentos periciais em locais de crime (conceituação, classificação, isolamento 
e preservação) 
 
LOCAL DE CRIME ‐ CONCEITUAÇÃO 
 
Segundo  Alberi  Spíndula,  local  de  crime  pode  ser  definido,  genericamente,  como  sendo  uma  área  física 
onde ocorreu um fato ‐ não esclarecido até então ‐ que apresente características e/ou configurações de um 
delito. 
Mais  especificamente,  local  de  crime  é  todo  espaço  físico  onde  ocorreu  a  prática  de  infração  penal. 
Portanto, entende‐se como local de crime qualquer área física, que pode ser externa, interna ou mista. 
Para robustecermos o nosso conteúdo e chamar a atenção logo de início para a importância que representa 
uma perícia em um local de crime, incluiremos uma sábia definição em forma de parábola do mestre Eraldo 
Rabelo, um dos maiores especialistas peritos do Brasil. 
"Local de crime constitui um livro extremamente frágil e delicado, cujas páginas por terem a consistência 
de poeira, desfazem‐se, não raro, ao simples toque de mãos imprudentes, inábeis ou negligentes, perdendo‐se 
desse modo para sempre, os dados preciosos que ocultavam à espera da argúcia dos peritos." 
O início de qualquer procedimento para o esclarecimento de um delito será o local onde ocorreu o crime. 
Nesse  sentido,  é  necessário  que  a  polícia  tome  conhecimento  de  imediato,  a  fim  de  providenciar  as 
necessárias investigações daqueles fatos. 
Um  desses  procedimentos  é  verificar  se  realmente  ocorreu  um  crime  naquele  local  e  inteirar‐se  da 
existência de vestígios para que a perícia seja acionada. 
É a porção do espaço compreendida num raio que, tendo por origem o ponto no qual é constatado o fato, 
se  estenda  de  modo  a  abranger  todos  os  lugares  em  que,  aparente,  necessária  ou  presumivelmente,  hajam 
sido praticados, pelo criminoso, ou criminosos, os atos materiais, preliminares ou posteriores, à consumação 
do delito, e com estes diretamente relacionados. (Eraldo Rabelo) 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
 
1 ‐ De acordo com a natureza do crime: 
 
Ex: Homicídio, latrocínios, Suicídio, infanticídio, Furto, incêndio, Atropelamento, Etc. 
 
2 ‐ De acordo com a natureza da área: 
 
a)  Local  Interno:  É  aquele  que  é  coberto,  podendo  ter  ou  não  sua  área  confinada  por  paredes,  cuja 
importância reside no fato de que os vestígios, porventura nele existentes, ficarão protegidos contra 
a ação de agentes atmosféricos (sol, chuva, vento) 
Ex: residências, casas comerciais, escritórios, etc. 
 
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b)  Local  Externo:  É  aquele  situado  fora  das  habitações  e  que  está  sujeito  às  influencias  do  tempo, 
podendo acarretar alterações ou destruições às evidencias físicas. 
Ex: Vias públicas, quintais, terrenos baldios, etc. 
 
c) Relacionado: É aquele em que o fato ocorre em dois ou mais locais, bastante distante um do outro, 
podendo ser, tanto internos com externos, ou ainda, locais em veículos cada um com seus ambientes 
imediato e mediato. 
Ex: Falsificação de selos, atentado terrorista, sequestros, etc. 
 
Cada local compreende a área do fato propriamente dita, ou seja, aquele onde ocorreu o fato, que recebe a 
denominação de "ambiente imediato", e as áreas adjacentes, constituídas pela área intermediária entre o 
local do fato e o grande ambiente exterior, que recebe a denominação de "ambiente mediato”. 
 
3 ‐ Quanto à Preservação: 
 
a) Local Idôneo, Preservado ou Não Violado: 
É aquele que não sofreu alterações, que foi devidamente isolado e preservado, tal como foi deixado após a 
consumação  do  fato,  permitindo  um  completo  e  eficiente  exame  pericial.  Pode  acontecer  em  alguns  casos, 
que o agente(s), após a prática do delito, procure propositadamente provocar alterações no aspecto geral do 
local,  com  o  intuito  de  prejudicar  as  investigações  ou  dar  conotação  ambígua  para  o  caso,  retirando‐lhe  a 
originalidade. 
 
b) Local Inidôneo, Não Preservado ou Violado: 
É aquele que foi mal protegido, isolado inadequadamente, alterado, culminando em prejuízo par o exame 
pericial,  uma  vez  que  com  a  destruição  total  ou  parcial  dos  elementos  formadores  da  evidência  física,  esta 
perderá sua autenticidade. 
  
Isolamento e Preservação 
 
Um  dos  grandes  e  graves  problemas  das  perícias  em  locais  onde  ocorrem  crimes,  é  a  quase  inexistente 
preocupação das autoridades em isolar e preservar adequadamente um local de infração penal, de maneira a 
garantir as condições de se realizar um exame pericial da melhor forma possível. 
No Brasil, não possuímos uma cultura e nem mesmo preocupação sistemática com esse importante fator, 
que é um correto isolamento do local do crime e respectiva preservação dos vestígios naquele ambiente. 
 
Essa problemática abrange três fases distintas. 
 
A  primeira  compreende  o  período  entre  a  ocorrência  do  crime  até  a  chegada  do  primeiro  policial.  Esse 
período  é  o  mais  grave  de  todos,  pois  ocorrem  diversos  problemas  em  função  da  curiosidade  natural  das 
pessoas em verificar de perto o ocorrido, além do total desconhecimento (por parte das pessoas) do dano que 
estão causando pelo fato de estarem se deslocando na cena do crime. 
 
A  segunda  fase  compreende  o  período  desde  a  chegada  do  primeiro  policial  até  o  comparecimento  do 
delegado  de  polícia.  Esta  fase,  apesar  de  menos  grave  que  a  anterior,  também  apresenta  muitos  problemas 
em razão da falta de conhecimento técnico dos policiais para a importância que representa um local de crime 
bem isolado e adequadamente preservado. Em razão disso, em muitas situações, deixam de observar regras 
primárias que poderiam colaborar decisivamente para o sucesso de uma perícia bem feita. 
 
E, a terceira fase, é aquela desde o momento que a autoridade policial já está no local, até a chegada dos 
peritos  criminais.  Também  nessa  fase  ocorrem  diversas  falhas,  em  função  da  pouca  atenção  e  da  falta  de 
percepção  ‐  em  muitos  casos  ‐  daquela  autoridade  quanto  à  importância  que  representa  para  ele  um  local 
bem preservado, o que irá contribuir para o conjunto final das investigações, da qual ele é o responsável geral 
como presidente do inquérito. 
 
(...)  isolamento  é  a  proteção  a  fim  de  que  o  local  permaneça  sem  alteração,  possibilitando, 
consequentemente, um levantamento pericial eficaz. (GARCIA, 2002: 324). 

 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  
MATEMÁTICA                       
10 Professor Santos  
 

(...)  diante  da  sensibilidade  que  representa  um  local  de  crime,  importante  destacar  que  todo  elemento 
encontrado  naquele  ambiente  é  denominado  de  vestígio,  o  qual  significa  todo  material  bruto  que  o  perito 
constata  no  local  do  crime  ou  faz  parte  do  conjunto  de  um  exame  pericial  qualquer,  que,  somente  após 
examiná‐los  adequadamente  é  que  poderemos  saber  se  este  vestígio  está  ou  não  relacionado  ao  evento 
periciado.  Por  essa  razão,  quando  das  providências  de  isolamento  e  preservação,  levadas  a  efeito  pelo 
primeiro policial, nada poderá ser desconsiderado dentro da área da possível ocorrência do delito (ESPINDULA, 
2002: 3). 
Dispõe o artigo 169 do Código de Processo Penal Brasileiro: Para efeito de exame de local onde houver sido 
praticada a infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até 
a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos. 
 
Técnicas operacionais para preservação de local do crime 
 
1) Sempre o local de que deve ser isolada é área onde estiver a maior concentração de vestígios; 
 
2) Não se esquecer de arrolar testemunhas; 
 
3) Acionar imediatamente o órgão policial e a empresa o mais rápido possível; 
 
4) Isolar e delimitar área onde ocorreu o delito, com fita zebrada, cordas, cavaletes, sinalizadores, cones ou 
qualquer outro tipo de obstáculos que impeça o trânsito livre de pessoas e veículos; 
 
5) Não permitir o trânsito de pessoas dentro da área delimitada, desta forma evita‐se furtos no interior do 
patrimônio; 
 
6)  Em  casos  de  acidente  de  trânsito  dentro  da  área  interna  da  empresa,  se  a  vitima  estiver  com  vida, 
providenciar os primeiros socorros, paralisar ou desviar o trânsito no local do acidente, preservando também a 
vida dos socorristas no local, se possível solicitar apoio para os demais agentes de portaria ou até mesmos aos 
funcionários da empresa; 
 
7) Em casos de crime contra a pessoa (homicídio, tentativa de homicídio, latrocínio, lesões corporais leves, 
medias e graves, suicídio, disparo de arma de fogo). Quando a vitima estiver viva, providenciar os primeiros 
socorros, aguardar a chegada dos paramédicos, solicitar informações tipo nome da vitima, endereço, telefone 
de contato, entre outras informações, e depois repassar tal informações para o policial ou outra autoridade 
competente  no  local,  não  se  esquecer  de  confeccionar  ocorrência  administrativa  ou  B.O  (Boletim  de 
Ocorrência) se for necessário; 
 
8)  Em  casos  de  crime  contra  a  pessoa  em  que  a  vitima  estiver  sem  vida,  não  mexer,  mudar  ou  alterar  a 
posição do corpo em hipótese nenhuma; 
 
9)  Em  casos  de  crime  contra  o  patrimônio  (arrombamento,  furto,  roubo  de  residências  e  veículos,  danos 
materiais  e  etc.),  o  local  deve  ficar  isolado  e  não  pode  haver  qualquer  tipo  de  mudança  no  layout  do  local, 
deve permanecer intacto. Deve ser avisado o proprietário do local também, Toda atenção para prevenir a ação 
de saqueadores. 
 
10)  Em  casos  de  incêndio  em  empresas,  somente  os  veículos  autorizados  podem  adentrar  no  local  do 
sinistro. Especial atenção para eventuais saques que podem ocorrer durante e depois do incêndio. 
 
VESTÍGIOS, EVIDÊNCIAS E INDÍCIOS (DEFINIÇÕES, CLASSIFICAÇÕES); 
 
Vestígios,  indícios  e  evidências  são  palavras  que  aparecem  no  jargão  criminalístico  que,  apesar  de 
possuírem suas particularidades, nem sempre são compreendidas.  
Reproduzo um trecho adaptado de um artigo publicado na Revista dos Tribunais sobre o assunto: 
"Esses termos são frequentemente utilizados como sinônimos. Porém, num contexto criminalístico, existe 
uma diferenciação importante em suas semânticas formais. Enquanto o vestígio abrange, a evidência restringe 
e o indício circunstancia. Como se nota a seguir. 
(  
 
  11
 
O Código de Processo Penal brasileiro traz que, na presença de vestígios, o exame de corpo de delito será 
indispensável sob pena de nulidade.  
O objetivo primo do exame referido é a comprovação dos elementos objetivos do tipo, essencialmente no 
que diz respeito ao resultado da conduta delituosa, através de vestígios.  
Em termos periciais, o conceito de vestígio mantém a característica abrangente do vocábulo que lhe deu 
origem,  podendo  ser  definido  como  todo  e  qualquer  sinal,  marca,  objeto,  situação  fática  ou  ente  concreto 
sensível, potencialmente relacionado a uma pessoa ou a um evento de relevância penal, e/ou presente em um 
local de crime, seja este último mediato ou imediato, interno ou externo, direta ou indiretamente relacionado 
ao fato delituoso. 
Ao chamar uma coisa qualquer de vestígio, se está admitindo que sua situação foi originada por um agente 
ou um evento que a promoveu. Um vestígio, portanto, seria o produto de um agente ou evento provocador. 
Nesta dinâmica, pressupõe‐se que algo provocou uma modificação no estado das coisas de forma a alterar a 
localização e o posicionamento de um corpo no espaço em relação a uma ou várias referências fora e ao redor 
do dele.  
O correto e adequado levantamento de local de crime, por exemplo, revela uma série de vestígios. Estes 
são  submetidos  a  processos  objetivos  de  triagem  e  apuração  analítica  dos  quais  resultam  diversas 
informações.  Uma  informação  de  relevância  primordial  é  aquela  que  atesta  ou  não  o  vínculo  de  tal  vestígio 
com o delito em questão. Uma vez confirmado objetivamente este liame, o vestígio adquire a denominação de 
evidência.  
Nas  palavras  de  Mallmith  (2007),  "as  evidências,  por  decorrerem  dos  vestígios,  são  elementos 
exclusivamente  materiais  e,  por  conseguinte,  de  natureza  puramente  objetiva".  Portanto,  evidência  é  o 
vestígio  que,  após  avaliações  de  cunho  objetivo,  mostrou  vinculação  direta  e  inequívoca  com  o  evento 
delituoso. Processualmente, a evidência também pode ser denominada prova material. 
Porém,  ao  contrário  do  vestígio  e  da  evidência,  o  indício  apresenta  uma  conceituação  legal  prevista  no 
Código  de  Processo  Penal  brasileiro.  Neste  sentido,  indício  seria  uma  circunstância  conhecida,  provada  e 
necessariamente  relacionada  com  o  fato  investigado,  e  que,  como  tal,  permite  a  inferência  de  outra(s) 
circunstância(s).  O  termo  "circunstância"  é  aqui  utilizado  como  expressão  próxima,  semanticamente,  de 
"conjuntura", como a combinação ou concorrência de elementos em situações, acontecimentos ou condições 
de tempo, lugar ou modo. 
Considerando  a  definição  legal,  é  de  se  reparar  que  um  indício,  sendo  uma  circunstância,  autoriza  a 
conclusão indutiva de outros indícios, também circunstanciais. Nos termos da lei, a circunstância conhecida e 
provada  seria  uma  premissa  menor,  ao  passo  que  a  razão  e  a  experiência  seriam  uma  premissa  maior;  da 
comparação  entre  as  premissas  menor  e  maior  emerge  a  conclusão  indutiva  de  que  trata  o  texto  legal 
(Mirabete, 2003).  
Via  de  regra,  essa  premissa  menor  vem  apresentada  de  forma  objetiva  por  se  tratar  de  "circunstância 
conhecida  e  provada".  Cumpre  consignar  que  o  indício  se  reveste  de  uma  situação  circunstancial,  cuja 
interpretação  pode  ser  objetiva  ou  subjetiva,  ainda  que  relativamente.  Nesses  termos,  a  premissa  menor 
referida  acima  coincide  com  a  evidência,  por  se  afastar  do  caráter  subjetivo  e,  consequentemente,  por  se 
revestir de objetividade. 
A subjetividade potencial do indício é a ele inerente dado o momento pós‐pericial de sua gênese. O indício 
surge num instante processual, quando às evidências foram agregados fatos apurados pela autoridade policial 
(quando  do  inquérito)  ou  ministerial  (quando  da  denúncia).  Então,  toda  informação  que  tem  relação  com  o 
relevante  penal  é  um  indício,  seja  ela  objetiva  ou  subjetiva.  Entretanto,  o  indício  se  aparta  das  conclusões 
periciais quando puramente subjetivo. Logo, o indício originário de uma evidência é sempre decorrente de um 
procedimento pericial e, portanto, objetivo. Na processualística penal, há quem intitule o indício resultante de 
subjetividade de prova indiciária (Mazzilli, 2003). 
Assim  sendo,  podemos  deduzir  que  a  evidência  é  o  vestígio  que,  mediante  pormenorizados  exames, 
análises  e  interpretações  pertinentes,  se  enquadra  inequívoca  e  objetivamente  na  circunscrição  do  fato 
delituoso.  Ao  mesmo  tempo,  infere‐se  que  toda  evidência  é  um  indício,  porém  o  contrário  nem  sempre  é 
verdadeiro, pois o segundo incorpora, além do primeiro, elementos outros de ordem subjetiva." 
 
Literatura Citada 
MALLMITH,  Décio  de  Moura.  Corpo  de  delito,  vestígio,  evidência  e  indício.  2007. 
MAZZILLI,  Hugo  Nigro.  O  papel  dos  indícios  nas  investigações  do  Ministério  Público.  2003. 
MIRABETE, Julio Fabbrini. Código de Processo Penal interpretado. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
 

 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  
MATEMÁTICA                       
12 Professor Santos  
 

O VESTÍGIO ENCAMINHA, O INDÍCIO APONTA. 
 
Vestígio verdadeiro:  
 
O vestígio verdadeiro é uma depuração total dos elementos encontrados no local do crime. Somente são 
verdadeiros aqueles produzidos diretamente pelos  autores da infração e, ainda, que sejam produtos diretos 
das ações do cometimento do delito em si. 
 
Vestígio ilusório:  
 
O vestígio ilusório é todo elemento encontrado no local do crime que não esteja relacionado às ações dos 
atores da infração e desde que a sua produção não tenha ocorrido de maneira intencional.  
 
Vestígio forjado:  
 
Por vestígio forjado entende‐se todo elemento encontrado no local do crime, cujo autor teve a intenção de 
produzi‐lo,  com  o  objetivo  de  modificar  o  conjunto  dos  elementos  originais  produzidos  pelos  atores  da 
infração.  
 
Resumindo pode‐se concluir que:  
 
Vestígio  é  todo  objeto  ou  material  bruto  constatado  e/ou  recolhido  em  um  local  de  crime  para  análise 
posterior.  
 
Evidência  é  o  vestígio,  que  após  as  devidas  análises,  tem  constatada,  técnica  e  cientificamente,  a  sua 
relação com o crime.  
 
Indícios  é  uma  expressão  utilizada  no  meio  jurídico  que  significa  cada  uma  das  informações  (periciais  ou 
não) relacionadas com o crime.  
 
PRINCIPAIS VESTÍGIOS ENCONTRADOS EM LOCAIS DE CRIME: 
 
a) Em locais de Crime Contra a Pessoa;  
 
Nesta classificação de crimes, procura‐se colocar todos os tipos de delitos perpetrados contra as pessoas. 
Assim, poderemos ter aqui ocorrências que vão desde uma tentativa contra a pessoa até a morte da vítima. 
Podemos colocar vários exemplos de crimes contra a pessoa, no entanto, os mais comuns, ou aqueles que 
ocorrem com mais frequência, são os homicídios e os suicídios, envolvendo a morte da vítima; e, as tentativas 
de consumação de homicídios e os disparos de arma de fogo em geral, dentre aqueles em que a vítima não 
veio a falecer. 
O estudo e metodologia dos exames periciais nos locais onde ocorreram esses tipos de crimes, fazem parte 
de  estudo  autônomo  em  face  da  sua  complexidade  e  cuidados  que  devem  ser  observados  pelos  peritos 
criminais.  
Eis alguns vestígios encontrados em locais de crime contra a pessoa: 
a) vestígios  (resíduo  de  arma  de  fogo,  resíduo  de  tinta,  vidro  quebrado,  produtos  químicos 
desconhecidos, drogas);  
b) impressões digitais, pegadas e marcas de ferramentas;  
c) fluidos corporais (sangue, esperma, saliva, vômito);  
d) cabelo e pelos;  
e) armas ou evidências de seu uso (facas, revólveres, furos de bala, cartuchos);  
f) documentos  examinados  (diários,  bilhetes  de  suicídio,  agendas  telefônicas;  também  inclui 
documentos eletrônicos tais como secretárias eletrônicas e identificadores de chamadas).  
g) Sinais de luta 
h) Sinais de violência 
i) Reação de defesa 
j) Tipos de ferimentos 
(  
 
  13
 
b) Em locais de Crime Contra o Patrimônio;  
 
Os  crimes  contra  o  patrimônio,  o  próprio  nome  sugere,  são  todos  os  delitos  praticados  cuja  intenção  do 
autor era a de obter vantagem (ilícita) pecuniária ou patrimonial, por intermédio da apropriação de objetos, 
bens ou valores. 
Além  dos  crimes  tradicionais  e  mais  comuns  ocorridos  contra  o  patrimônio,  nesta  classificação  estarão 
todos os demais exames periciais externos, excetuando‐se os de acidente de tráfego e os de crimes contra a 
pessoa. 
Nesta  classificação  podemos  incluir  os  casos  de  arrombamentos;  furto  ou  roubo  de  veículos;  danos 
materiais; local de lenocínio (prostituição); exercício ilegal da profissão; jogos de azar; exercício arbitrário das 
próprias  razões;  maus  tratos  contra  animais;  alteração  de  limites;  parcelamento  irregular  de  solo;  furto  de 
energia, telefone, água e TV a cabo; furto de combustíveis; incêndio, meio‐ambiente, etc. 
Eis alguns vestígios encontrados em locais de crime contra o patrimônio: 
a) Impressões digitais 
b) Objetos abandonados 
c) Móveis e objetos desarrumados 
d) Imagens de circuito de TV 
e) Vidros quebrados 
f) Ferramentas e suas marcas de arrombamento 
g) Cartuchos deflagrados 
h) Vestígios biológicos 
i) Marcas de escaladas 
j) Pegadas e marcas de pneus 
k) Marcas de objetos furtados 
l) Depoimentos de pessoas 

c) Em locais de Crime de Trânsito;  
 
Os  locais  onde  ocorreram  os  acidentes  de  tráfego  trazem  uma  série  de  informações  materiais,  que 
propiciam a realização ‐ na sua grande maioria ‐ de uma perícia capaz de oferecer toda a dinâmica e a causa 
determinante do acidente. 
A  quantidade  de  ocorrências  nessa  área  é  muito  grande,  em  função  de  uma  série  de  interferentes  no 
sistema  de  trânsito,  desde  a  má  conservação  das  nossas  vias  até  ‐  e  principalmente  ‐  a  imprudência  e 
descumprimento das leis por parte dos motoristas. 
Gostaríamos de chamar a atenção de todos para um cuidado que devemos ter nas ocorrências de trânsito. 
Tradicionalmente dentro da Polícia e da própria Perícia, costuma‐se generalizar essas ocorrências, nominando‐
as com a expressão "acidente de trânsito". 
Já aconteceram diversos casos em todo o Brasil, e certamente outros vão ocorrer, da perícia ser requisitada 
para atender um "acidente de trânsito" que, na realidade, após os peritos examinarem o local, constataram 
que  se  tratava  de  um  homicídio  e  às  vezes  de  um  suicídio.  Assim,  os  peritos  já  adotam  o  procedimento  de 
chegar num local de ocorrência de trânsito sem qualquer pré‐julgamento dos fatos. 
Eis alguns vestígios encontrados em locais de crime de trânsito: 
a) Presença ou ausência de marcas de arrasto, derrapagem e frenagem 
b) Posição de impacto 
c) Marcas de fricção 
d) Marcas de sulcagem 
e) Desfragmentação 
f) Condições inadequadas de veículos 
g) Inadequação ou Falta de sinalização 
h) Condições inadequadas de rodovias 
i) Objetos dentro dos veículos 
j) Pneus estourados 
k) Peças danificadas 
l) Condições físicas dos condutores 

 
 

 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  
MATEMÁTICA                       
14 Professor Santos  
 

d) Em locais de Crimes Sexuais. 
 
Eis os tipos de crimes sexuais: 
a) estupro (art. 213); 
b) violação sexual mediante fraude (art. 215);  
c) assédio sexual (art. 216‐A) 
d) estupro de vulnerável (art. 217‐A);  
e) corrupção de menores (art. 218);  
f) satisfação de lascívia mediante a presença de criança ou adolescente (art. 218‐A) 
g) favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável (art. 218‐B) 
h) lenocínio  e  do  tráfico  de  pessoa  para  fim  de  prostituição  ou  outra  forma  de  exploração  sexual 
mediação para servir a lascívia de outrem (art. 227) 
i) favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual  (art. 228) 
j) casa de prostituição (art. 229);  
k) rufianismo (art. 230);  
l) tráfico internacional de pessoa para fim de exploração sexual (art. 231); 
m) tráfico interno de pessoa para fim de exploração sexual (art. 231‐A); 
n) ato obsceno (art. 233); 
o) escrito ou objeto obsceno (art. 234);  

Eis alguns vestígios encontrados em locais de crime de sexuais: 
a) Sangue 
b) Roupas 
c) Objetos sexuais 
d) Sêmen 
e) Computadores 
f) CDs e DVDs com imagens ou vídeos 
g) Revistas pornográficas 
h) Casas de prostituição 
i) Documentos sequestrados 

 
O Exame Perinecroscópico: feridas contusas, punctórias, incisas e mistas; ferimentos 
especiais  (esgorjamento,  degola,  decaptação);  efeitos  primários  e  secundários  em 
ferimento produzidos por projéteis propelidos por disparo de arma de fogo. 
 
FERIDAS CONTUSAS 
 
São causadas por instrumentos de saliência obtusa, (que não é agudo, arredondado) e de superfície dura 
que  se  chocam  com  violência  contra  o  corpo  humano.    A  lesão  pode  ser  superficial  (edema)  ou  profunda 
(fratura). Podem ser causadas de três formas:  
a) ativa: o objeto (agente lesivo) se move em direção ao corpo (vítima); 
b) passivo: o corpo (vítima) se projeta em direção do instrumento contundente (quedas); 
c) mista, ou biconvergentes, vítima e objeto estão em movimento. 
 
Instrumentos contundentes ‐ Os instrumentos mais comuns utilizados na produção de ferimentos contusos 
são: pedra, bastão, coronha de arma de fogo, barra metálica, martelo, etc. 
 
Características:  São  geralmente  causadas  por  objeto  não  cortante.  Acontecem  por  compressão, 
apresentam bordas irregulares, alterações na borda, fungo irregular, vertentes irregulares, são mais compridas 
que  profundas  e  de  difícil  coaptação.  Geralmente  deixam  cicatrizes  largas  e  irregulares,  como  no  caso  de 
esmagadura e agressões sexuais. 
 
 
 
 
(  
 
  15
 
FERIDAS PUNCTÓRIAS  
 
São lesões que produzem feridas com um orifício de entrada, um trajeto e ocasionalmente, um orifício de 
saída. São produzidas por instrumentos perfurantes, alongados, finos e pontiagudos como: agulhas, estiletes 
ou mesmo picadas de cobras. As principais causas jurídicas são: homicídio e os acidentes. 
 
Instrumentos perfurantes ‐ Entre os inúmeros instrumentos perfurantes, podemos citar: estiletes, agulhas, 
pregos, etc. 
 
Características: Sua exteriorização é em forma de ponto; abertura estreita, pouco sangramento; pequenas 
machas  na  pele,  geralmente  de  menor  diâmetro  que  a  do  instrumento  causador,  devido  à  elasticidade  e 
retrabilidade dos tecidos cutâneos. 
 
FERIDAS INCISAS: 
 
As  lesões  incisas  são  produzidas  por  instrumentos  cortantes.  Elas  podem  ser  cirúrgicas,  de  defesa,  em 
retalho, mutilantes e autoproduzidas. As mais comuns são:  
a) incisa:  quando  o  instrumento  penetra  os  tecidos  em  direção  mais  ou  menos  perpendicular  à 
superfície do corpo;  
b) com retalho: quando o instrumento deixa pendente um retalho no corpo, corte de maneira oblíquo;  
c) mutilante:  quando  o  instrumento  atravessa  os  tecidos  de  lado  a  lado,  destacando  certa  posição 
saliente do corpo (geralmente orelhas, dedos, nariz etc) 
 
Instrumentos  cortantes  ‐  Os  instrumentos  mais  comuns  do  tipo  cortante  são:  faca,  navalha,  lâmina  de 
barbear, bisturis, secções de vidro, etc.  
 
Características:  
Predominância do comprimento sobre a profundidade;  
Nitidez na lisura das bordas, sem irregularidades nem sinais de contusão;  
Afastamento das bordas devido à elasticidade e tonicidade dos tecidos, neste caso, há a coaptação perfeita, 
ou seja, quando aproximamos as bordas elas se fecham perfeitamente;  
Presença de “cauda” (de escoriação, fim do corte, é a parte menos profunda), o instrumento cortante não 
penetra por igual em toda a extensão da ferida, nas extremidades esta é menos profunda que no centro, tanto 
menos profunda quanto mais próxima de seu início ou término. 
 
FERIDAS MISTAS: 
 
Corto‐contundentes ‐ São os ferimentos ocasionados pelos instrumentos que, mesmo sendo portadores de 
gume ou corte, são influenciados pela ação contundente, quer pelo seu próprio peso, quer pela força ativa de 
quem maneja. Tais lesões quase sempre graves, pois atingem planos profundos, inclusive ossos.  
 
Instrumento  corto‐contundentes  ‐  Como  instrumentos  corto  ‐  contundentes,  temos:  foice,  machado, 
facões, facas especiais, etc. 
 
Instrumentos  lacero‐contundentes  ‐  Como  exemplo  mais  prático  de  instrumentos  causador  de  lesões 
lacerantes e  contusas temos o veículo automotor, em caso de atropelamento, com superposição do mesmo 
em relação à vítima, isto é, passagem das rodas do veículo sobre o corpo. 
 
Instrumentos  corto‐dilacerantes  ‐  Quando  um  instrumento  cortante  produzir,  além  da  ferida  incisa, 
dilaceração  dos  tecidos  devemos  caracterizá‐lo  como  instrumento  corto  ‐  dilacerante.  Assim  sendo,  lesões 
produzidas por fragmentos de vidro (cacos de vidro) decorrentes da quebra de objetos de conformação roliça, 
na maioria das vezes apresentam aspectos corto ‐ dilacerantes. 
 
Lesões  perfuro‐cortantes  ‐  São  causadas  por  um  mecanismo  de  ação  que  perfura  e  contunde  por 
instrumentos  pontiagudos  com  gume,  esses  instrumentos  agem  por  pressão  e  secção  geralmente  os 

 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  
MATEMÁTICA                       
16 Professor Santos  
 

instrumentos possuem 1 gume (faca, peixeira, canivete etc.), 2 gumes (punhal e alguns tipos de facas etc.) ou 3 
gumes (lima). 
 
Instrumentos  corto‐perfurantes  ‐  Entre  os  instrumentos  corto‐perfurantes  podemos  citar:  punhal, 
canivete, espada, etc. 
 
Instrumentos perfuro‐contundentes ‐ O instrumento perfuro ‐ contundente típico é o projétil de arma de 
fogo. 
 
 
FERIMENTOS ESPECIAIS: 
 
Esgorjamento:  
 
É a lesão na parte anterior ou lateral do pescoço produzida por instrumento cortante. Situa‐se entre o osso 
heóide (abaixo da mandíbula) e a laringe. Sua profundidade é variável, podendo até chegar à coluna vertebral.  
Nos casos de suicídio, quando o agente usa a mão direita, predomina a direção transversal ou oblíqua ( \ ); 
no  homicídio,  é  mais  frequente  a  posição  descendente  para  a  esquerda  (  /  ),  mas  também  poderá  ser  por 
acidente.  No  homicídio  e  suicídio  a  pessoa  morre  por  hemorragia,  embolia  gasosa  (ar  dentro  do  vaso 
sanguíneo), asfixia (sangue inunda traqueia e brônquios). 
 
Degola:  
 
É  a  lesão  na  parte  posterior  do  pescoço  (nuca)  produzida  por  instrumento  cortante  e  a  morte  se  dá  por 
hemorragia quando são atingidos vasos calibrosos ou pela secção da medula. As consequências jurídicas mais 
importantes são o homicídio e suicídio.  
 
Decaptação:  
 
É  uma  agressão  incisa  na  região  do  pescoço,  que  SEPARA  a  cabeça  do  tronco. 
Decapitação:  a  cabeça  é  decepada  do  corpo  (pelo  machado  ou  guilhotina)  ‐  SEPARADA 
Decapitação é incisão completa, na região cervical (pescoço), separando a cabeça do corpo.  
 
EFEITOS  PRIMÁRIOS  E  SECUNDÁRIOS  EM  FERIMENTO  PRODUZIDOS  POR  PROJÉTEIS  PROPELIDOS  POR 
DISPARO DE ARMA DE FOGO: 
 
Esses ferimentos são resultantes de passagem de projéteis de chumbo, os quais podem ser caracterizados 
por formas distintas, dependendo de sua apresentação no corpo da vítima, característicos de entradas ou de 
saídas de projéteis.  
São  identificadas  como  perfuro‐contusas  ou  perfuro‐contundentes  por  evidenciar  a  contusão  da  pele  e  a 
penetração  no  corpo,  quando  atinge  sua  vítima.  Do  que  diz  Genivaldo  Veloso  de  França,  constata‐se  a  ação 
dupla do projétil, ao atingir seu alvo, quando declara que: “As feridas perfuro‐contusas são produzidas por um 
mecanismo de ação que perfura e contunde ao mesmo tempo”. 
 
Efeitos no alvo humano 
 
Os disparos por armas de fogo provocam efeitos diversos no alvo humano. 
De um modo geral esses efeitos podem ser divididos em (Jacobs, 2007): 
 
I. Efeitos primários:  
 
Inclui  a  chamada  ação  direta,  provocada  pelo  impacto  do  projétil  contra  os  tecidos  do  corpo  e  a  ação 
indireta, que dependerá de fatores fisiológicos ou psicológicos do oponente atingido.  
Ambas as ações – direta e indireta – são responsáveis em maior ou menor grau, pelos efeitos primários dos 
projéteis no alvo humano e pelo fenômeno de incapacidade imediata. 

(  
 
  17
 
A ação direta manifesta‐se pelos chamados mecanismos de martelo e cunha, provocados pelo impacto do 
projétil, que empurra e rasga os tecidos, deslocando‐os. 
A ação indireta inclui dois tipos básicos de lesões.  
O primeiro é conhecido como cavidade permanente, que é o ferimento provocado pelo projétil ao romper 
os tecidos; caracteriza‐se por uma área de necrose localizada, proporcional ao tamanho do projétil que atingiu 
os tecidos.  
O segundo é denominado cavidade temporária, produzida pelo intenso choque do projétil na massa líquida 
dos tecidos.  
Os tecidos elásticos como os músculos, vasos sanguíneos e pele são retraídos após a passagem do projétil 
voltando depois à sua posição normal (De Bakey, 2004; Morris & Wood, 2000). 
A dimensão da área frontal do projétil é um fator major no tamanho da cavidade que cria. O projétil pode 
criar uma cavidade temporária 20 a 25 vezes superior à área frontal. 
O tamanho e a forma das cavidades temporária e permanente não são necessariamente dependentes do 
calibre da arma; o tamanho destas cavidades é determinado primeiramente pela natureza do tecido atingido.  
Os  tecidos  menos  elásticos  (como  é  o  exemplo  do  cérebro  comparativamente  com  a  pele  e  músculos) 
produzem áreas de cavitação maiores (Shkrum & Ramsay, 2007). 
 
II. Efeitos secundários:  
 
Segundo Domingos Tochetto, os efeitos secundários são os que resultam, nos tiros encostados ou à curta 
distância,  da  ação  dos  gases,  seus  efeitos  explosivos,  de  resíduos  da  combustão  da  pólvora  e  de 
microprojeteis. Estes efeitos não têm nenhuma relação com o poder de incapacitação do projétil, estando o 
seu estudo restrito à medicina legal e às práticas forenses. 
Os gases da deflagração, expelidos pela boca do cano com alta pressão e elevada temperatura, expandem‐
se e arrefecem logo a seguir e seus efeitos cessam de se produzir à distância bastante curta da boca do cano. 
A  região  espacial  varrida  pelos  elementos  que  constituem  os  efeitos  explosivos  compreende  três  zonas 
distintas: 
 
Zona de Chama: 
 
A  zona  de  chama,  também  denominada  zona  de  chamuscamento  ou  zona  de  queimadura,  é  produzida 
pelos  gases  superaquecidos  e  inflamados  que  se  desprendem  por  ocasião  dos  tiros  encostados  e  atingem  o 
alvo, produzindo queimadura da pele da região, dos pelos e das vestes.  
Esta zona circunda o orifício de entrada, nos tiros perpendiculares e está presente nos tiros encostados ou 
muito próximos.  
A  zona  de  chama  serve  para  o  diagnóstico  do  orifício  de  entrada,  da  distância  e  direção  do  tiro,  da 
quantidade de carga (pólvora) e do ambiente em que foi realizado o tiro. 
 
Zonas de Esfumaçamento: 
 
A zona de esfumaçamento é produzida pelo depósito de fuligem oriunda da combustão ao redor do orifício 
de entrada. 
A  zona  de  esfumaçamento  é  formada  pelos  resíduos  finos  e  impalpáveis  que,  sob  a  forma  de 
pequeníssimas partículas, ficam aderidos ao plano do alvo, sendo facilmente removidos por lavagem. 
Suas  dimensões  e  seu  grau  de  concentração  proporcionam  elementos  para  fundamentar  uma  convicção 
quanto à direção e distância do tiro em relação ao alvo. 
A zona de esfumaçamento está presente nos tiros à curta distância. Se a região atingida estiver coberta por 
vestes, estas poderão reter o depósito de fuligem. 
 
Zona de Tatuagem:  
 
A zona de tatuagem é produzida pelos grãos de pólvora combusta, ou não que, ao atingirem o alvo, nele se 
incrustam ao redor do orifício de entrada. 
A  zona  de  tatuagem  é  determinada  pelos  resíduos  maiores  (sólidos)  de  pólvora  incombusta  ou 
parcialmente comburida e pequenos fragmentos que se desprendem do projétil. 

 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  
MATEMÁTICA                       
18 Professor Santos  
 

Devido à maior massa e à maior força viva, vencem maior distância e penetram no material do alvo como 
microprojeteis, incrustando neste de forma mais ou menos profunda, não sendo removíveis por lavagem. 
 
Sinal de Hofmann: 
 
Aparece  em  disparos  efetuados  com  a  boca  do  cano  encostada  à  pele.  A  expansão  dos  gases  ocorrerá 
dentro de um túnel aberto pelo projétil, em que as bordas da lesão ficam dilaceradas, devido ao refluxo de 
gases, e voltadas para fora.  
Internamente o efeito explosivo se manifesta por intensa devastação de tecidos, formando‐se no trajeto a 
chamada “câmara de mina de Hofmann”. 
 
Sinal de Puppe‐Werkgartner: 
 
Aparece em disparos efetuados com a boca do cano encostada. Ao redor do orifício de entrada fica a marca 
do cano da arma, formado por queimadura. 
 
Sinal de Benassi:  
 
Encontrado na tábua óssea do crânio e de arcos costais, em disparos encostados à pele ou bem próximos. 
O cone de impurezas e fuligem forma uma deposição ao redor do orifício na tábua óssea. 
 
Poder lesivo das armas de fogo: 
 
Existem múltiplos fatores que determinam o poder lesivo das armas de fogo; são eles (Pérez et al, 2006): 
• Distância a que se efetua o disparo:  
• Energia cinética (Ek) do projétil disparado (EK=1/2massa x velocidade2).  
• Forma do projétil. 
• Localização do orifício de entrada. 
• Trajetória do projétil. 
• Cavidade temporária. 
• Desaceleração 
 
Morfologia das LAF 
 
De  uma  maneira  esquemática  têm  que  se  considerar  nas  Lesões  por  Armas  de  Fogo  ‐  LAF  o  orifício  de 
entrada (OE), o trajeto e eventualmente o orifício de saída (OS). 
Disparar  no  dorso  de  um  indivíduo  que  se  encontra  em  fuga  versus  no  tórax  de  alguém  que  se  tenta 
defender  de  um  ataque  destaca  a  importância  de  diferenciar  os  orifícios  de  entrada  dos  orifícios  de  saída. 
Felizmente a aplicação de alguns conceitos básicos permite a diferenciação do OE e do OS (Denton et al, 2006).  
Lesão de entrada: geralmente é única por cada disparo, embora também possa ser múltipla (por exemplo 
uma bala que atinge o tórax depois de ter atravessado um braço ou se a bala se fragmenta antes de atingir o 
alvo) (Calabuig, 2001; Tokdemir, 2006). 
Relativamente à lesão de entrada têm que se considerar isoladamente 2 componentes: o orifício e o seu 
contorno, chamado habitualmente de tatuagem. 
 
Orifício de entrada:  
 
A  sua  forma  é  habitualmente  arredondada  ou  ovalada.  Nas  lesões  feitas  a  grande  distância,  o  orifício 
adopta a forma oval ou de fenda linear, fazendo lembrar lesões provocadas por objetos perfurantes ou corto‐
perfurantes. Nos disparos feitos a curta distância, a lesão adquire um aspecto rasgado, em estrela, devido à 
ação dos gases que se difundem com violência sob a pele (Calabuig, 2001). 
As dimensões do OE são variadas, dependendo da forma do projétil, da distância a que é feito o disparo e 
da força que o projétil possui ao embater na pele (Calabuig, 2001). 
O local anatómico do OE é utilizado para suportar ou refutar a maneira de morte e as suas circunstâncias 
(Blumenthal,  2007).  Também  o  número  de  OE  pode  dar  informações  importantes  relativas  à  natureza  dos 

(  
 
  19
 
disparos.  Assim,  no  caso  de  disparos  múltiplos  a  probabilidade  de  se  tratar  de  suicídio  fica  diminuída 
(Tokdemir et al, 2006). 
 
Tatuagem:  
 
Recebem  este  nome  as  formações  resultantes  do  disparo  que  se  desenham  à  volta  do  OE  e  fornecem 
importantes indicações diagnósticas médico‐legais.  
É necessário considerar dois componentes da tatuagem – o halo de contusão e a tatuagem propriamente 
dita  
O  halo  de  contusão  é  limitado,  apenas  com  1mm  ou  pouco  mais,  apresenta  coloração  escura  e  às  vezes 
enegrecida pela pólvora.  
Constitui um elemento característico do OE, quando o disparo é feito a distância que inclua o limite de ação 
do projétil.  
O OS pode excepcionalmente apresentar halo de contusão quando o corpo se encontrava encostado a uma 
superfície dura como é o caso de uma parede ou cadeira. O halo pode adoptar uma forma circular que rodeia 
todo o orifício (disparos perpendiculares) ou forma semi‐lunar (disparos oblíquos), indicando neste último, o 
ângulo de choque do projétil sobre o alvo.  
Na sua formação intervêm vários mecanismos: 
• A contusão da pele, pela bala durante o choque. 
• A erosão que a distensão da pele originará antes de provocar perfuração e verdadeiras roturas das fibras 
cutâneas. 
• O arranhão do projétil sobre a pele deprimida em dedo de luva 
 
Trajeto:  
 
Pode ser único ou múltiplo, se o projétil se fragmenta durante a sua passagem pelos tecidos.  
Podem ser retilíneos se seguem a direção do disparo ou com desvio se embatem em superfícies ósseas. 
O diâmetro do trajeto não costuma ser uniforme e alarga‐se devido a deformações sofridas pelo projétil e 
sobretudo  consequência  dos  fragmentos  ósseos  e  corpos  estranhos  que  o  projétil  mobiliza  e  arrasta  na  sua 
passagem.  
É  característico  o  interior  do  trajeto  preencher‐se  de  sangue,  de  modo  que  no  cadáver  o  trajeto  se 
reconhece pela linha de sangue que marca a passagem do projétil.  
Encontrar e recolher o projétil tem um interesse e importância capital nos procedimentos médico‐legais.  
Para  facilitar  a  localização  do  projétil,  deverá  recorrer‐se  a  alguma  técnica  imagiológica,  seja  ela  uma 
radiografia  simples,  uma  radioscopia  ou  técnicas  que  fornecem  maior  pormenor,  como  a  tomografia 
computorizada (TC) ou a ressonância nuclear magnética (RNM). 
Outro procedimento possível é a passagem de coágulos sanguíneos encontrados nas cavidades abdominais, 
torácicas,  etc.,  por  um  filtro,  com  o  objetivo  de  encontrar  os  projéteis  que  muitas  vezes  ficam  englobados 
neles (Calabuig, 2001). 
 
Orifício de saída (OS):  
 
É por definição inconstante e não existe quando o projétil fica retido nos tecidos. A sua forma e dimensões 
variam  muito.  Depende  primeiramente  dos  planos  que  o  projétil  atravessou;  se  passou  unicamente  por 
tecidos  moles  o  OS  pode  ser  circular  ou  oval,  de  diâmetro  idêntico  ou  pouco  maior  que  o  OE  ou  ainda 
apresentar uma configuração de fenda longitudinal (Calabuig, 2001).  
Para  alguns  autores  é  mesmo  considerado  um  equívoco  comum  dizer  que  o  OS  deverá  apresentar 
dimensões  maiores  que  o  OE;  não  deverá  ser  a  dimensão  do  orifício  mas  sim  a  ausência  da  margem  de 
abrasão que distingue um OS de um OE (Denton et al, 2006).  
Os  seus  bordos  costumam  estar  evertidos  e  por  vezes  apresenta  gordura  do  tecido  celular  subcutâneo, 
arrastado pelo projétil. Se o projétil tiver sido deformado, então o OS será maior e mais irregular.  
Quando  o  projétil  atravessa  o  tecido  ósseo,  os  fragmentos  desprendidos  e  arrastados  saem  pelo  OS, 
produzindo lesões grandes e irregulares com desprendimento e laceração dos tecidos. 
A produção  do OS depende somente  da passagem do projétil  e não intervêm os restantes elementos do 
disparo, carece de halo de contusão e tatuagem, sendo estes elementos negativos fundamentais para o seu 
diagnóstico (Calabuig, 2001). 

 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  
MATEMÁTICA                       
20 Professor Santos  
 

Por razões de claridade e consistência, deverá sempre descrever‐se o trajeto do projétil como se o corpo da 
vítima estivesse na posição anatómica padrão quando foi feito o disparo, isto é, como se a vítima estivesse na 
posição de ortostatismo, com os membros superiores em extensão e com as palmas das mãos viradas para a 
frente (Denton et al, 2006). 
Numa revisão de suicídios e homicídios por LAF cranianas, foi possível observar OS em cerca de metade dos 
suicídios e em 20% dos homicídios (Shkrum & Ramsay, 2007). 
Ocasionalmente,  maior  número  de  OS  que  OE  podem  ser  observados  quando  existe  fragmentação  ou 
explosão dos projéteis dentro do corpo humano (De Giorgio & Raimio, 2007). 
 
MORTE PRODUZIDA POR QUEIMADURA 
 
A  maioria  das  pessoas  pensa  que  o  calor  é  a  única  causa  de  queimaduras,  mas  algumas  substâncias 
químicas e a corrente elétrica também podem provocá‐las. Apesar da pele ser, normalmente, a parte do corpo 
que se queima, os tecidos que se encontram por baixo também podem ser afetados e até, por vezes, podem 
ficar queimados os órgãos internos mas não a pele. Por exemplo, o fato de se ingerir um líquido muito quente 
ou uma substância cáustica, como o ácido, pode queimar o esôfago e o estômago. A inalação de fumo e de ar 
quente provenientes do fogo de um edifício em chamas pode queimar os pulmões. 
Os tecidos queimados podem morrer. Quando os vasos sanguíneos ficam danificados por uma queimadura, 
escapa‐se líquido do seu interior e isso provoca inchaço. Numa queimadura extensa, a grande perda de líquido 
a partir do funcionamento anormal dos vasos sanguíneos pode provocar um quadro de choque. Nesta grave 
situação, a tensão arterial baixa tanto que muito pouco sangue chega ao cérebro e a outros órgãos vitais.  
As  queimaduras  provocadas  pela  eletricidade  podem  ser  devidas  a  temperaturas  de  mais  de  5000ºC, 
geradas  pela  passagem  de  uma  corrente  elétrica,  desde  a  fonte  de  energia  até  ao  corpo.  Este  tipo  de 
queimaduras,  por  vezes  chamadas  queimaduras  de  arco  elétrica,  costumam  destruir  e  carbonizar 
completamente a pele no ponto em que a corrente entra no corpo. Como a resistência (capacidade do corpo 
para  deter  ou  desacelerar  o  fluxo  de  corrente)  no  ponto  onde  a  pele  entra  em  contato  com  a  fonte  de 
eletricidade é alta, grande parte dessa energia converte‐se em calor e, por isso, queima a superfície.  
A  maioria  das  queimaduras  provocadas  pela  eletricidade  também  danificam  gravemente  os  tecidos 
localizados sob a pele. Estas queimadura variam em extensão e profundidade e podem afetar uma área muito 
maior do que a pele queimada sugere. Os grandes choques elétricos podem paralisar a respiração e alterar o 
ritmo cardíaco, provocando batimentos perigosamente irregulares (arritmias).  
As  queimaduras  por  agentes  químicos  podem  ser  provocadas  por  produtos  irritantes  e  venenosos, 
incluindo ácidos e alcalis fortes, fenóis e cresóis (solventes orgânicos), gás mostarda e fósforo. Estas lesões são 
capazes de provocar a morte do tecido, que pode progredir lentamente durante horas, inclusivamente depois 
da queimadura.  

Sintomas 
 
A  gravidade  de  uma  queimadura  depende  da  quantidade  de  tecido  afetado  e  da  profundidade  da  lesão, 
que se descreve como de primeiro, de segundo ou de terceiro grau.  
 
As queimaduras de primeiro grau são as menos graves. A pele queimada torna‐se vermelha, dorida, muito 
sensível ao tacto e úmida ou inchada. A área queimada torna‐se branca ao tocá‐la ligeiramente, mas não se 
formam bolhas. 
 
As queimaduras de segundo grau provocam um dano mais profundo. Formam‐se bolhas na pele, cuja base 
pode ser vermelha ou branca, as quais estão cheias de um líquido claro e espesso. A lesão, dolorosa ao tacto, 
pode tornar‐se branca ao tocá‐la.  
 
As  queimaduras  de  terceiro  grau  provocam  uma  lesão  ainda  mais  profunda.  A  superfície  cutânea  pode 
estar branca e amolecida ou negra, carbonizada e endurecida. Como a zona queimada pode ter uma coloração 
pálida, pode‐se confundi‐la com pele normal nas pessoas de tez clara, embora não se torne branca ao tacto. 
Os  glóbulos  vermelhos  danificados  da  zona  lesionada  podem  fazer  com  que  a  mesma  adquira  uma  cor 
vermelha intensa.  
 

(  
 
  21
 
Em  certos  casos,  na  pele  queimada  aparecem  bolhas  e  os  pelos  desta  zona  costumam  ser  facilmente 
arrancados pela raiz. A área afetada perde a sensibilidade ao tacto. Geralmente, as queimaduras de terceiro 
grau não doem, porque os terminais nervosos da pele ficam destruídos.  
 
MORTE PRODUZIDA POR ASFIXIA  
 
As definições propostas pelos diversos autores sobre asfixia convergem para a interrupção da respiração. 
As diversas modalidades de morte por asfixia podem ser englobadas na classificação seguinte: 
 
Enforcamento:  
 
Ação mecânica por laço, promovendo constrição do pescoço. O laço é acionado pela ação do próprio peso 
do indivíduo. 
 
Estrangulamento:  
 
Na morte por estrangulamento o laço é acionado, não pelo peso da vítima, mas por força diversa. 
 
Esganadura:  
 
Na maioria dos casos, devido ao emprego das mãos na consumação do fato, restam vestígios de equimoses 
e escoriações produzidas pela pressão violenta dos dedos e unhas.  
 
Sufocação:  
 
A  sufocação  consiste  na  conclusão  das  vias  respiratórias.  A  presença,  local,  de  panos  impregnados  de 
líquidos biológicos, como saliva, vômito, etc., pode, às vezes, indicar este tipo de asfixia.  
 
Soterramento: 
 
A morte por soterramento ocorre o ar presente nas vias respiratórias é substituído por elementos sólidos, 
geralmente areia. Há um processo de asfixia que, pela duração e dimensão do agente produtor, leva à morte. 
Os  sinais  característicos  são  a  presença  de  estranhas  nas  cavidades  bucal  e  nasal  bem  como  na  traquéia  e 
brônquios. 
 
Afogamento: 
 
É uma asfixia mecânica que ocorre na transição do meio gasoso para outro tipo de meio, no caso líquido. A 
morte por afogamento, quando criminosa, via de negra, apresenta vestígios característicos, como: presença de 
peso  amarrado  à  vítima,  para  facilitar  a  submersão,  colocação  de  amarras  às  mãos,  etc.,  exceto  quando 
afogamento for por imersão e não submersão. 
 
MORTE PRODUZIDA POR PRECIPITAÇÃO. 
 
A morte provocada por precipitação, seja da janela do alto de um edifício, de um terraço ou sacada, seja de 
uma  ribanceira,  apresenta  sérios  obstáculos  para  a  determinação  de  sua  causa  jurídica,  isto  é,  para  que  se 
verifique se se trata de homicídio, suicídio ou acidente, embora nenhuma das hipóteses seja insolúvel. 
Nos  exames  de  locais  dessa  natureza,  nem  sempre  o  Perito  encontra  elementos  seguros  para  fazer  a 
diferenciação,  porque  para  nenhuma  das  hipóteses,  como  procuraremos  mostrar,  a  rigor,  existem 
características específicas. 
O  homicida  pode  lançar  o corpo  de  sua  vítima  de  um  plano  superior,  não só  para  simular  suicídio,  como 
para sugerir um acidente. E não resta dúvida que poderia apenas estar tentando ocultar o corpo de sua vítima. 
Normalmente,  as  injúrias  que  podem  ser  observadas  em  casos  desse  tipo  são  multiformes,  variadas  e 
atípicas.  Em  não  havendo  vestígios  seguros  de  outras  causas  de  morte,  como  o  envenenamento, 

 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  
MATEMÁTICA                       
22 Professor Santos  
 

enforcamento,  estrangulamento,  esganadura,  ferimentos  letais  produzidos  por  arma  de  fogo  ou  provocados 
pela utilização de arma branca, o diagnóstico se torna extremamente difícil. 
Mas, de qualquer forma, existem certos indícios que bem observados podem orientar o Perito, sendo certo 
mesmo  que  a  conjugação  da  perinecroscopia  com  o  resultado  da  necrópsia  é  altamente  proveitosa,  não 
podendo mesmo, dissociarem‐se esses dois procedimentos periciais. 
No  corpo  de  um  indivíduo  que,  rolando  de  uma  ribanceira,  vem  a  perecer,  além  das  lesões  mortais,  são 
encontradas  outras  que,  bem  interpretadas,  podem  mostrar,  não  só  que  foram  produzidas  em  vida,  como, 
também, ensejam o estudo da direção ou sentido seguido pelo corpo na queda. 
É bem verdade que essas escoriações também podem ser verificadas no corpo que é projetado sem vida. 
Mas não será difícil determinar‐se a sua origem "post‐mortem", a menos que a queda se processe logo após a 
cessação  da  vida.  Nesta  última  circunstância,  o  que  agrava  o  problema,  os  ferimentos  "intra‐vitam"  se 
confundem com os "post‐mortem". 
Para tentar uma solução, o Perito deve levar em consideração os seguintes elementos: o indivíduo que cai, 
acidentalmente, na sua trajetória, realiza, sempre, movimentos instintivos de defesa. Esses movimentos, que 
são  traduzidos  por  um  esforço  ingente  de  se  agarrar  em  alguma  cousa  que  detenha  a  sua  queda,  provoca 
lesões nas mãos. 
Nas  quedas  acidentais  de  ribanceira,  via  de  regra,  são  encontradas  nas  mãos  da  vítima  arranhaduras, 
cortes, isso quando em sua mão não permanecem tufos de vegetação. Sob as unhas, podem ser verificadas 
porções de terra e até mesmo pequenos gravetos. 
Quando a vítima é arremessada, se antes não tiver sido privada do sentido e não for apanhada de surpresa, 
via  de  regra,  seu  corpo  cai  pesadamente,  sem  rolar pela  encosta  da  ribanceira,  dai  porque  raramente  ficam 
registrados  os  sinais  de  defesa.  A  verificação  do  ponto  de  onde  a  queda  teve  início  é  bastante  proveitosa 
porque os sinais de luta ‐ vegetação pisada, arbustos quebrados, etc ‐ podem denunciar o homicídio. 
O indivíduo que se suicida se atirando do alto de uma ribanceira, geralmente, atinge o fundo sem tocar nas 
suas paredes, e por isso os sinais de defesa e rolamento não existem. Por outro lado, no local onde a vítima se 
atirou não são encontrados vestígios de luta. 
Na  queda  do  alto  de  um  edifício,  o  exame  do  local  dá  parca  contribuição.  Nem  sempre  são  encontrados 
sinais  de  luta,  denunciadores  do  homicídio,  mesmo  porque  eles  podem  ter  sido  suprimidos  pelo  próprio 
homicida.  Mas  o  exame  do  corpo  da  vítima,  tanto  na  perinecroscopia  como  na  necropsia,  pode  revelar  a 
natureza da ocorrência. 
Nos  casos  de  queda  acidental,  no  percurso  entre  o  ponto  de  início  da  precipitação  e  o  impacto  contra  o 
solo,  a  vítima  procura  se  agarrar  em  saliências,  como  peitoril  de  janelas,  terraços,  platibandas,  provocando, 
nas mãos, ferimentos característicos de defesa. Via de regra, a vítima cai muito perto do perfil do prédio. O 
exame  das  roupas  da  vítima  poderá  mostrar  o  atritamento  do  corpo  contra  a  parede  do  edifício,  deixando 
vestígios de tinta, caliça e outras sujidades. 
No  homicídio,  além  dos  sinais  de  luta  que  poderão  ser  encontrados  no  interior  do  ambiente  do  qual  a 
vítima foi projetada no espaço, no seu corpo, via de regra, externamente, não são encontrados ferimentos de 
defesa. Se a vítima não estiver privada da consciência, é claro que procurará evitar sua queda e, com o esforço, 
seu  corpo  não  percorre  pequena  distância  na  horizontal  para  então  iniciar  a  queda  vertical.  Em  razão disso, 
seu corpo ficará, no solo, a uma distância maior do prédio do que no primeiro caso. Ainda em consequência 
disso, a vítima não tem possibilidade de tentar se agarrar em saliências do prédio para impedir sua queda. A 
não ser no caso em que, impossibilitada de reagir, ela seja empurrada pelo homicida. Neste caso, a sua queda 
se  dará  em  sítio  bem  próximo  do  prédio,  como  se  tratasse  de  queda  acidental.  Mas,  dado  o  estado  de 
inconsciência, a vítima não executa movimentos instintivos de defesa e mesmo que seu corpo passe próximo 
de obstáculos, ela não pode deles se valer para amparar sua queda. 
No  primeiro  caso,  o  exame  detido  das  suas  vestes  poderá  mostrar  vestígios  de  luta,  como  arrancamento 
dos botões, rasgaduras e outros que não poderiam resultar da simples queda do corpo e nem do seu impacto 
contra  o  solo.  No  exame  do  corpo,  também  poderão  ser  constatadas  violências  estranhas  à  queda,  que 
denunciam a ação de terceiros para aquele resultado. 
Finalmente,  no  suicídio,  a  vítima  salta  do  plano  superior  e  não  procura  deter  a  queda,  caindo  como  um 
peso morto. Seu corpo, entretanto, dado o impulso do salto, cairá bem longe do perfil da construção. Nas suas 
vestes e no seu corpo inexistem vestígios que indicam luta ou tentativa de defesa, a menos que no percurso, o 
despertar  do  instinto  de  conservação,  a  tenha  levado  a  procurar  evitar  a  queda,  arrependendo‐se  do  gesto 
impensado. 
 
 

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( EXERCÍCIOS 
 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA 1 
 
01.  A  ação  ou  omissão  ilícita,  tipificada  na  norma  penal  como  tal,  atingindo  desta  forma  algum  valor  social 
significativo em determinado momento histórico da vida de relações define: 
a) Local de crime 
b) Fraude 
c) Crime 
d) Infração 
 
02. São os três pressupostos indispensáveis que constituem um crime, exceto: 
a) Arma 
b) Criminoso 
c) Local dos acontecimentos 
d) Vítima  
 
03. A porção do espaço compreendida num raio que, tendo por origem o ponto no qual é constatado o fato, se 
estenda  a  abranger  todos  os  lugares  que,  aparente,  necessária  ou  presumivelmente,  hajam  sido  praticados 
pelo criminoso, ou criminosos, os atos materiais, preliminares ou posteriores, à consumação do delito e com 
estes diretamente relacionados, define: 
a) Local mediato 
b) Local de crime 
c) Local dos acontecimentos 
d) Local imediato  
 
04. São elementos que compõem o local de crime, exceto: 
a) Corpo de delito 
b) Vestígios 
c) Indícios 
d) Localização única 
 
05. O conceito mais adequado de feridas contusas é: 
a)  São  lesões  que  produzem  feridas  com  um  orifício  de  entrada,  um  trajeto  e  ocasionalmente,  um 
orifício de saída. 
b) São causadas por instrumentos de saliência obtusa e de superfície dura que se chocam com violência 
contra o corpo humano. 
c) São lesões incisas produzidas por instrumentos cortantes. 
d) São os ferimentos ocasionados pelos instrumentos que, mesmo sendo portadores de gume ou corte, 
são influenciados pela ação contundente, quer pelo seu próprio peso, quer pela força ativa de quem 
maneja. 
 
06. Marque a afirmativa incorreta: 
a)  Local  mediato  é  a  área  adjacente  ao  local  imediato,  geograficamente  ligada  a  ele  e  em  que  haja  a 
possibilidade de serem encontrados vestígios de interesse criminalístico relativos ao fato investigado.  
b) Local relacionado é qualquer lugar sem ligação geográfica com o local de crime, mas que possa ser 
relacionado a ele ou venha a contribuir com o contexto do exame pericial.  
c) Local Imediato é aquela porção de espaço ocupada pelo corpo de delito e seu derredor aproximado. É 
no local imediato que no mais das vezes, se concentram os vestígios de maior valia para os exames 
periciais.  
d) Em termos espaciais Local de crime se divide em imediato, mediato, relacionado e idôneo.  
 
 
 
 
 

 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  
MATEMÁTICA                       
24 Professor Santos  
 

07. Quando deverá ser feita perícia criminalística em um local de crime: 
a) A critério dos peritos. 
b) A critério da autoridade policial 
c) Quanto a prática da infração penal deixar vestígios 
d) A critério dos juízes 
 
08. Marque a afirmativa incorreta: 
a)  Criminalística  é  a  disciplina  que  tem  por  objetivo  o  reconhecimento  e  interpretação  dos  indícios 
materiais extrínsecos, relativos ao crime ou à identidade do criminoso. 
b)  São  inadmissíveis,  devendo  ser  desentranhadas  do  processo,  as  provas  ilícitas,  assim  entendidas  as 
obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. 
c) Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, 
não podendo supri‐lo a confissão do acusado. 
d) O exame de corpo de delito e outras perícias sempre serão realizados por perito oficial, portador de 
diploma de curso superior. 
 
09. Marque a afirmativa correta: 
a) O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá‐lo ou rejeitá‐lo, no todo ou em parte. 
b) Não será facultada ao ofendido a indicação de assistente técnico. 
c) O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 30 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em 
casos excepcionais, a requerimento dos peritos. 
d) A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos 
sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. 
e) O exame de corpo de delito só poderá ser feito durante o dia. 
 
10. Marque a afirmativa incorreta: 
a) A exumação para exame cadavérico de ser previamente marcada e lavrado um auto circunstanciado. 
b)  Havendo  dúvida  sobre  a  identidade  do  cadáver  exumado,  proceder‐se‐á  ao  reconhecimento  pelo 
Instituto  de  Identificação  e  Estatística  ou  repartição  congênere  ou  pela  inquirição  de  testemunhas, 
lavrando‐se auto de reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os 
sinais e indicações. 
c) Os cadáveres não poderão ser fotografados na posição em que forem encontrados, bem como não 
poderão ser fotografadas as lesões externas devendo isso ser feito apenas na autópsia. 
d)  Não  sendo  possível  o  exame  de  corpo  de  delito,  por  haverem  desaparecido  os  vestígios,  a  prova 
testemunhal poderá suprir‐lhe a falta. 
 
11. Marque a alternativa incorreta: 
a) Após finalizado o auto de corpo de delito, o mesmo não poderá ser alterado. 
b)  Para  o  efeito  de  exame  do  local  onde  houver  sido  praticada  a  infração,  a  autoridade  providenciará 
imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos. 
c)  Nas  perícias  de  laboratório,  os  peritos  guardarão  material  suficiente  para  a  eventualidade  de  nova 
perícia. 
d) Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da coisa, ou por meio 
de  escalada,  os  peritos,  além  de  descrever  os  vestígios,  indicarão  com  que  instrumentos,  por  que 
meios e em que época presumem ter sido o fato praticado. 
 
12. Marque a afirmativa correta: 
a) A autoridade e as partes poderão formular quesitos até o ato da diligência. 
b) Se impossível a avaliação direta, os peritos procederão à avaliação por meio dos elementos existentes 
nos autos e dos que resultarem de diligências. 
c)  Os  peritos  registrarão,  no  laudo,  as  alterações  do  estado  das  coisas  e  discutirão,  no  relatório,  as 
consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos.  
d)  No  caso  de  incêndio,  os  peritos  serão  substituídos  por  profissionais  do  corpo  de  bombeiros,  que 
verificarão a causa e o lugar em que houver começado, o perigo que dele tiver resultado para a vida 
ou  para  o  patrimônio  alheio,  a  extensão  do  dano  e  o  seu  valor  e  as  demais  circunstâncias  que 
interessarem à elucidação do fato. 

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  25
 
13. No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, observar‐se‐á o seguinte, EXCETO: 
a) a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada para o ato, se for encontrada. 
b)  para  a  comparação,  poderão  servir  quaisquer  documentos  que  a  dita  pessoa  reconhecer  ou  já 
tiverem  sido  judicialmente  reconhecidos  como  de  seu  punho,  ou  sobre  cuja  autenticidade  não 
houver dúvida. 
c)  a  autoridade,  quando  necessário,  requisitará,  para  o  exame,  os  documentos  que  existirem  em 
arquivos  ou  estabelecimentos  públicos,  ou  nestes  realizará  a  diligência,  se  daí  não  puderem  ser 
retirados; 
d) quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os exibidos, a autoridade não 
mandará que a pessoa escreva o que lhe for ditado.  
 
14. Marque a afirmativa incorreta: 
a) A autoridade não poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por outros peritos, se julgar 
conveniente. 
b)  Serão  sujeitos  a  exame  os  instrumentos  empregados  para  a  prática  da  infração,  a  fim  de  se  lhes 
verificar a natureza e a eficiência. 
c)  Não  será  necessário,  à  avaliação  de  coisas  destruídas,  deterioradas  ou  que  constituam  produto  do 
crime. 
d) Não será facultada ao ofendido a indicação de assistente técnico. 
 
15. Julgue e marque a afirmativa incorreta: 
a)  Os  elementos  formadores  da  evidência  física  perderão  sua  autenticidade  quando  o  local  não  foi 
isolado adequadamente. 
b) Local idôneo é aquele que não sofreu alterações, que foi devidamente isolado e preservado, tal como 
foi deixado após a consumação do fato, permitindo um completo e eficiente exame pericial. 
c)  Local  relacionado  é  aquele  em  que  o  fato  ocorre  em  dois  ou  mais  locais,  bastante  distante  um  do 
outro. 
d)  O  local  onde  ocorreu  o  fato  recebe  a  denominação  de  "ambiente  mediato",  e  as  áreas  adjacentes, 
constituídas  pela  área  intermediária  entre  o  local  do  fato  e  o  grande  ambiente  exterior  recebe  a 
denominação de "ambiente imediato”. 
 
16. O isolamento do local observa 3 fases distintas. Em relação ao assunto, marque a alternativa correta: 
a) A primeira compreende o período entre a ocorrência do crime até a chegada do perito criminal. 
b) A segunda fase compreende o período desde a chegada do perito criminal até o comparecimento do 
delegado de polícia. 
c) A terceira fase é aquela desde o momento que a autoridade policial já está no local, até a chegada dos 
peritos criminais. 
d) A segunda fase compreende o período desde a chegada do primeiro policial até o comparecimento 
do perito criminal. 
 
17. Marque a afirmativa incorreta: 
a) Vestígio é todo objeto ou material bruto constatado e/ou recolhido em um local de crime para análise 
posterior.  
b) Indícios é uma expressão utilizada no meio jurídico que significa cada uma das informações (periciais 
ou não) relacionadas com o crime.  
c) Evidência é o vestígio, que após as devidas análises, tem constatada, técnica e cientificamente, a sua 
relação com o crime.  
d) O vestígio aponta, o indício encaminha. 
 
18. É instrumentos corto‐contundente: 
a) Foice. 
b) punhal. 
c) Arma de fogo. 
d) Martelo. 
 
 

 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  
MATEMÁTICA                       
26 Professor Santos  
 

19. É instrumento contundente: 
a) Machado 
b) Navalha 
c) Agulhas 
d) Bastão de beisebol 
 
20. É instrumento perfuro‐contundente: 
a) Canivete. 
b) Arma de fogo 
c) Facões. 
d) Prego. 
 
21. É instrumento punctório: 
a) Estilete 
b) Coronha de arma 
c) Lâmina de barbear 
d) Facas especiais 
 
22. Marque a alternativa errada: 
a)  os  efeitos  primários  provocados  por  arma  de  fogo  inclui  a  chamada  ação  direta,  provocada  pelo 
impacto do projétil contra os tecidos do corpo. 
b)  os  efeitos  secundários  são  os  que  resultam,  nos  tiros  encostados  ou  a  curta  distância,  da  ação  dos 
gases, seus efeitos explosivos, de resíduos da combustão da pólvora e de microprojeteis. 
c) A zona de chama, também é denominada zona de chamuscamento ou zona de queimadura. 
d) A distância não interfere no poder lesivo das armas de fogo. 
 
GABARITO 
01. C  02. A  03. D  04. D  05. B  06. D  07. C  08. D  09. B  10. C 
11. A  12. D  13. D  14. A  15. D  16. C  17. D  18. A  19. D  20. B 
21. A  22. D                 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA 2 
 
01. Está relacionado ao conceito de criminalística, exceto: 
a) Interpretação dos indícios materiais extrínsecos. 
b) Reúne contribuições das várias ciências. 
c) É uma ciência. 
d) Indica os meios para descoberta de crimes. 
 
02. A respeito do código de processo penal, marque a alternativa falsa: 
a) O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial. 
b) A prova da alegação incumbirá a quem a fizer. 
c) São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas. 
d) São admissíveis as provas derivadas das ilícitas. 
 
03. A respeito do corpo de delito, marque a alternativa falsa: 
a) Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas. 
b) O exame de corpo de delito pode ser direto ou indireto. 
c) Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo. 
d) Às partes serão facultadas a formulação de quesitos e a indicação de assistente técnico. 
 
04. Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia, exceto: 
a) Requerer a oitiva dos peritos. 
b)  Apresentar  quesitos  ou  questões  a  serem  esclarecidas  desde  que  encaminhados  com  antecedência 
mínima de 30 (trinta) dias. 
c) Indicar assistentes técnicos. 
d) O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz. 
 
05. A respeito do laudo pericial, marque a alternativa incorreta: 
a)  Os  peritos  elaborarão  o  laudo  pericial,  onde  descreverão  minuciosamente  o  que  examinarem,  e 
responderão aos quesitos formulados.  
b) O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em 
casos excepcionais, a requerimento dos peritos.  
c) O exame de corpo de delito poderá ser feito apenas durante o dia. 
d) A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos 
sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. 
 
06. A respeito do laudo pericial, marque a alternativa certa: 
a) Nos casos de morte violenta, em casos específicos, bastará o simples exame externo do cadáver. 
b) Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados. 
c)  Também,  na  medida  do  possível,  deverão  ser  fotografados  todas  as  lesões  externas  e  vestígios 
deixados no local do crime.  
d)  Não  sendo  possível  o  exame  de  corpo  de  delito,  por  haverem  desaparecido  os  vestígios,  a  prova 
testemunhal poderá suprir‐lhe a falta. 
 
07.  A respeito do laudo pericial, marque a incorreta: 
a)  Em  caso  de  lesões  corporais,  se  o  primeiro  exame  pericial  tiver  sido  incompleto,  proceder‐se‐á  a 
exame complementar. 
b) No exame complementar, os peritos não precisarão do auto de corpo de delito inicial. 
c) O laudo complementar tem a finalidade de suprir a deficiência ou retificar o laudo inicial. 
d) A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal. 
 
 
 
 
 
 

 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  
MATEMÁTICA                       
28 Professor Santos  
 

08. Com relação a preservação do local, marque a incorreta: 
a) O local de crime é onde houver sido praticada a infração. 
b) A autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada 
dos peritos. 
c) Os peritos não registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas, discutindo as consequências 
dessas alterações na dinâmica dos fatos. 
d) Os peritos poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos.  
 
09. Com respeito a atividade pericial, marque a alternativa falsa. 
a)  Nas  perícias  de  laboratório,  os  peritos  guardarão  material  suficiente  para  a  eventualidade  de  nova 
perícia. 
b) Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da coisa, ou por meio 
de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios. 
c) No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em que houver começado. 
d) Proceder‐se‐á, quando necessário, à avaliação de coisas destruídas, deterioradas ou que constituam 
produto do crime apenas de forma direta. 
 
10. No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, marque a afirmativa falsa: 
a) Para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita pessoa reconhecer. 
b) A autoridade mandará que a pessoa escreva o que lhe for ditado, fato que deverá ser cumprido pela 
pessoa. 
c) Uma última diligência poderá ser feita por precatória, em que se consignarão as palavras que a pessoa 
será intimada a escrever. 
d) A pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada para o ato. 
 
11. Marque a afirmativa incorreta: 
a) Não serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da infração, a fim de se lhes 
verificar a natureza e a eficiência. 
b) No exame por precatória, a nomeação dos peritos far‐se‐á sempre no juízo deprecado.  
c) O exame pericial será requisitado pela autoridade ao diretor da repartição, juntando‐se ao processo o 
laudo assinado pelos peritos. 
d) o laudo será subscrito e rubricado em suas folhas por todos os peritos. 
 
12. Marque a afirmativa correta: 
a) O juiz ficará adstrito ao laudo. 
b) O juiz não poderá aceitar ou rejeitar o laudo, no todo ou em parte. 
c) Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida 
pelas partes, quando for necessária ao esclarecimento da verdade. 
d)  A  autoridade  poderá  também  ordenar  que  se  proceda  a  novo  exame,  por  outros  peritos,  se  julgar 
conveniente. 
 
13. A respeito do local de crime, marque a afirmativa incorreta: 
a) Local de crime é todo espaço físico onde ocorreu a prática de infração penal. 
b) Entende‐se como local de crime apenas a área física onde ocorreu a infração penal. 
c) Local de crime pode ser definido, genericamente, como sendo uma área física onde ocorreu um fato ‐ 
não esclarecido até então ‐ que apresente características e/ou configurações de um delito. 
d) O início de qualquer procedimento para o esclarecimento de um delito será o local onde ocorreu o 
crime. 
 
14. De acordo com a natureza do crime os locais de crimes se classificam exceto em: 
a) Homicídio 
b) Furto 
c) Atropelamento 
d) Interno 
 
 

(  
 
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15. De acordo com a natureza da área os locais de crime se classificam exceto em: 
a) Próximo 
b) Interno 
c) Relacionado 
d) Externo 
 
16. De acordo com a preservação os locais de crime se classificam exceto em: 
a) Idôneo. 
b) Violado, inidôneo ou não preservado. 
c) Inviolável. 
d) Preservado ou não violado. 
 
17. Marque a afirmativa incorreta: 
a)  Um  dos  grandes  e  graves  problemas  das  perícias  em  locais  onde  ocorrem  crimes,  é  a    grande 
preocupação das autoridades em isolar e preservar adequadamente um local de infração penal. 
b)  isolamento  é  a  proteção  a  fim  de  que  o  local  permaneça  sem  alteração,  possibilitando, 
consequentemente, um levantamento pericial eficaz. 
c)  Para  efeito  de  exame  de  local  onde  houver  sido  praticada  a  infração,  a  autoridade  providenciará 
imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos. 
d)  Em  um  local  de  crime,  importante  destacar  que  todo  elemento  encontrado  naquele  ambiente  é 
denominado de vestígio. 
 
18. São técnicas para preservação de local de crime, exceto: 
a) Acionar imediatamente o órgão policial e a empresa o mais rápido possível. 
b) É dispensável arrolar testemunhas. 
c) Não permitir o trânsito de pessoas dentro da área delimitada. 
d) não mexer, mudar ou alterar a posição do corpo em hipótese nenhuma. 
 
19. A respeito dos indícios, evidências e vestígios, marque a afirmativa falsa: 
a) O vestígio abrange, a evidência restringe e o indício circunstancia. 
b) O Código de Processo Penal brasileiro traz que, na presença de vestígios, o exame de corpo de delito 
será indispensável sob pena de nulidade.  
c)  o  vestígio  é  a  evidência  que,  após  avaliações  de  cunho  objetivo,  mostrou  vinculação  direta  e 
inequívoca com o evento delituoso. 
d) O vestígio verdadeiro é uma depuração total dos elementos encontrados no local do crime 
 
20. São tipos de vestígios, exceto: 
a) Vestígio verdadeiro 
b) Vestígio ilusório 
c) Vestígio forjado 
d) Vestígio independente 
 
 
GABARITO 
01. C  02. D  03. A  04. B  05. C  06. A  07. B  08. C  09. D  10. B  
11. A  12. D  13. B  14. D  15. A  16. C  17. A  18. B  19. C  20. D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  
MATEMÁTICA                       
30 Professor Santos  
 

NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA 3 
 
01. Assinale a alternativa correta.  
a) A Criminalística não estuda as circunstâncias do crime cometido.  
b) A Criminalística se relaciona com todas as ciências, menos com Medicina Legal.  
c) A Criminalística se relaciona com todas as ciências.  
d) A Criminalística não é necessária nas investigações policiais.  
e) O exame de local de crime não revela vestígio.  
 
02. Assinale a alternativa correta.  
a) Os exames periciais podem determinar a identidade do criminoso.  
b) A identidade do criminoso só pode ser realizada pelas provas testemunhais.  
c) O “modus operandi”, ou seja, a maneira e a espécie como foi praticado o delito não tem importância 
na investigação policial.  
d) A testemunha é o elemento sobre o qual incide a ação criminosa.  
e) A identidade de uma pessoa é determinada somente pelo exame de DNA.  
 
03. Uma das funções da perícia é  
a) não permitir a violação do local  
b) não determinar o instrumento do crime.  
c) não determinar a maneira como o crime foi perpetrado.  
d) não elaborar o laudo pericial.  
e) não promover a preservação do local.  
 
04. Identifique com V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas. 
(    )  Objetos  encontrados  num  local  de  crime  não  devem  ser  manuseados  por  policiais  ou  curiosos,  antes  da 
chegada dos peritos. 
(    )  O  primeiro  policial  que  chega  ao  local  do  fato  deve  efetuar  busca  em  qualquer  veículo  que  esteja 
relacionado com o crime, sem esperar a conclusão dos trabalhos periciais. 
(  )  A  coleta  dos  indícios,  no  local  de  crime,  deve  ocorrer  após  a  tomada  das  fotografias.  
 
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a  
a) V F V  
b) F F F  
c) V V F  
d) V V V  
e) F V F 
  
05. Identifique com V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas. 
(  )  As  manchas  de  sangue  em  local  de  crime  não  podem  ser  consideradas  como  indícios.  
(   ) A viatura deve ser estacionada o mais próximo possível do cadáver para facilitar o trabalho dos peritos, nos 
casos de homicídio. 
(   ) O policial, para verificar se a vítima tem sinais vitais, deve se aproximar por um caminho e se afastar por 
outro, de modo a garantir a integridade e preservação dos indícios.  
 
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a  
a) V V V  
b) F F F  
c) V F V  
d) F V F  
e) V V F  
 
 
 
 
 

(  
 
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06. Identifique com V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas. 
(     ) O retrato falado, elaborado pelo perito, é uma prova totalmente objetiva. 
(    )  Policiologia  e  Polícia  Científica  são  dois  outros  nomes  pelos  quais  se  conhece  a  Criminalística.  
(    ) A Criminalística acompanha a evolução de cada uma das ciências que a integram, incorporando cada novo 
avanço  e/ou  descoberta  para  atingir  seu  objetivo  de  determinar  a  origem  comum  dos  indícios.  
 
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a  
a) F F V  
b) V V F  
c) V V V  
d) F V V  
e) F F F  
 
07. Identifique com V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas. 
(  )  Tecnicamente,  o  tiro  só  é  acidental  quando  efetuado  sem  o  acionamento  do  gatilho.  
(  )  A  simples  comparação  visual  do  projétil  já  permite  a  identificação  individual  da  arma.  
(  )  Chamuscamento,  esfumaçamento  e  tatuagem  são  indicativos  de  tiro  à  curta  distância.  
 
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a  
a) V V V  
b) V F V  
c) F F V  
d) F V F  
e) V F F  
 
08.  O  Código  de  Processo  Penal  brasileiro  descreve  uma  série  de  procedimentos  que,  adequadamente 
empregados,  conferem  qualidade  ao  serviço.  Entretanto,  existem  outros  fatores  relacionados  à 
processualística penal que influenciam em sua qualidade e que, por isso, são considerados importantes focos 
de estudo para a melhoria desse serviço. 
O objetivo maior da perícia criminal é caracterizar o delito e, se possível, identificar o autor do fato. Para isso, 
utiliza  um  conjunto  de  procedimentos  científicos  relacionados  à  elucidação  de  um  evento  delituoso.  Acerca 
desses procedimentos em local de crime, assinale a alternativa correta. 
a) A cadeia de custódia é o local utilizado para guardar e documentar as evidências usadas em processos 
judiciais. 
b) A cadeia de custódia inicia‐se no laboratório de análise, após o registro do material, quando, então, o 
perito criminal analisa e procede à prova pericial científica. 
c)  A  qualidade  desses  procedimentos  depende  de  uma  série  de  cuidados  a  serem  tomados,  desde  a 
requisição de exame pericial até a análise do laudo pericial por parte da autoridade judiciária. Faz‐se 
necessário  então  entender  sobre  a  cadeia  de  custódia.  A  legislação  brasileira  não  contém 
sistematicamente a cadeia de custódia de forma precisa. 
d)  Somente  alguns  procedimentos  relacionados  à  evidência,  como  a  coleta,  exigem  cuidados  e 
condições mínimas de segurança. 
e) Não é necessário que se estabeleça um controle sobre as fases iniciais desses processos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  
MATEMÁTICA                       
32 Professor Santos  
 

09.  Um  dos  aspectos  mais  desafiadores  da  prática  forense  é  a  manutenção  da  cadeia  de  custódia  durante 
todas as suas fases, com ênfase em acondicionamento, transporte e entrega da amostra, pois essas fases se 
referem ao decurso de tempo em que a evidência é manuseada, incluindo‐se também aí cada pessoa que a 
manuseou. Acerca desse assunto, assinale a alternativa correta. 
a) É imperativo que a evidência seja tratada pelo máximo de pessoas necessárias para a conclusão da 
análise forense. 
b) Para cada uma das etapas da cadeia de custódia, não há necessidade de ser feito registro, pois não há 
dúvida  em  relação  ao  tratamento  e  à  manipulação  dos  vestígios,  caso  haja  confronto  com 
declarações de pessoas envolvidas na investigação. 
c) A adoção de numeração única para cada espécime ou elemento de prova a ser definida no momento 
da entrada no centro de custódia e a manutenção daquela numeração inicial podem ser um sistema 
funcional para a retirada da cadeia de custódia. 
d) Cada vez que um caso criminal for iniciado, vários arquivos do mesmo caso deverão ser criados, com 
a  finalidade  de  conter  a  documentação  desse  arquivo  pelo  espaço  de  tempo  requerido  pela  lei 
prevalente. 
e) A cadeia de custódia ideal é aquela que envolve dois indivíduos: uma pessoa que coleta e transporta a 
evidência, e outra que a analisa. 
 
10. Local do crime não se constitui apenas a região onde o fato tenha sido constatado, mas todo e qualquer 
local onde existam vestígios relacionados com o evento, que sejam capazes de indicar uma premeditação do 
fato  ou  uma  ação  posterior  para  ocultar  provas,  que  seriam  circunstâncias  qualificadas  do  crime  em 
investigação. Acerca desse tema, julgue os itens a seguir. 
I. Em algumas situações, a área de interesse policial pode ser limitada a um pequeno cômodo de uma 
casa;  a  equipe  policial  deve  considerar  o  local  do  crime  uma  área  menos  abrangente,  cujos 
elementos materiais, às vezes despercebidos, tornam‐se importantes vestígios para o laudo pericial. 
II.  Para  que  seja  obtido  resultado  conclusivo  oriundo  de  levantamento  de  locais  de  crime,  é  de  pouca 
importância a preservação da área a ser examinada e dos itens relacionados com o evento ocorrido 
(objetos diversos, manchas, cheiros etc.). 
III. Em alguns casos, é possível detectar a não preservação do local, devido à impossibilidade de certos 
vestígios  terem  sido  posicionados,  em  um  movimento  impensado  da  vítima  e(ou)  do  autor  para  o 
ponto em que tenha sido encontrado, quando dos exames periciais. Em caso de adulteração, o perito 
sempre  poderá  determinar  as  circunstâncias  em  que  tenha  ocorrido  o  fato  delituoso  e  retornar  as 
peças aos seus locais de origem. 
IV. A boa preservação do local de crime dará suporte aos peritos para efetuar o seu trabalho da melhor 
maneira possível, para que se possa chegar de modo mais abrangente e concreto às circunstâncias e 
a autoria do crime, e para que se possa instruir, da melhor maneira possível, os inquéritos policiais, 
que são a peça administrativa que dará início à respectiva ação penal. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Nenhum item está certo. 
b) Apenas um item está certo. 
c) Apenas dois itens estão certos. 
d) Apenas três itens estão certos. 
e) Todos os itens estão certos. 
 
11.  Provar  se  houve  ou  não  a  infração  penal,  demonstrar  a  ação  do  sujeito  ativo  na  ação  penal,  fornecer 
subsídios de conhecimento técnico, científico e artísticos necessários à tipificação penal, comprovar o nexo de 
causalidade entre o sujeito ativo e a infração penal trata‐se de 
a) requisição de exames de corpo de delito. 
b) modalidades de exames de corpo de delito. 
c) isolamento e preservação de local de crime. 
d) importância do exame de corpo de delito. 
e) classificação de local de crime. 
 
 
 

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12. Qual tipo de perícia busca a identificação das pessoas mediante estudo das impressões papilares? 
a) Engenharia Legal 
b) Entomologia 
c) Papiloscopia 
d) DNA 
e) Documentoscopia 
 
13. A doutrina criminalística estabelece que balística forense 
a) é uma disciplina integrante da criminalística, que estuda as armas de fogo, sua munição e os efeitos 
dos  tiros  por  elas  produzidos,  sempre  que  tiverem  uma  relação  direta  ou  indireta  com  infrações 
penais, visando esclarecer e provar sua ocorrência. 
b) não é uma disciplina integrante da criminalística, pois somente está ligada ao estudo das armas de 
fogo, suas munições e os efeitos dos tiros por elas produzidos. 
c)  tem  por  finalidade  o  estudo  das  armas  de  fogo,  sua  munição  e  os  efeitos  dos  tiros  por  elas 
produzidos, visando à melhoria do desenvolvimento dos armamentos. 
d)  não  tem  por  objetivo  servir  como  meio  de  prova,  já  que  a  condenação  de  um  acusado  de  ter 
cometido uma infração penal com arma de fogo independe das perícias realizadas nesta. 
e) tem por objetivo desenvolver técnicas que permitam às indústrias fabricantes de munição e armas de 
fogo um melhor aproveitamento das características da queima da pólvora. 
 
14.  Morte  violenta  produzida  por  asfixia,  em  que  o  laço  é  acionado  pelo  próprio  peso  da  vítima;  o  sulco 
produzido  pelo  laço  se  apresenta  oblíquo,  de  baixo  para  cima,  interrompido  ao  nível  do  nó  e  com  bordos 
desiguais, sendo o bordo superior saliente; a suspensão pode ser completa ou incompleta, trata‐se de 
a) estrangulamento. 
b) esganadura. 
c) sufocação. 
d) fulminação. 
e) enforcamento. 
 
15.  Na  reprodução  simulada  de  crimes,  aquelas  pessoas  que  tenham  participado  do  fato  delituoso,  na 
condição de vítima, acusada ou testemunha, são entendidas como 
a) sujeitos ativos da infração. 
b) terceiros envolvidos na infração. 
c) sujeitos passivos da infração. 
d) atores da infração. 
e) coadjuvantes da infração. 
 
16.  O  procedimento  adotado  para  coleta  de  evidências  em  local  de  crime  deve  seguir  um  protocolo, 
objetivando  a  coleta  adequada  dos  vestígios.  A  respeito  da  coleta  de  vestígios  em  local  de  crime,  é  correto 
afirmar que 
a)  em  caso  de  suportes  móveis  e  transportáveis,  recomenda‐se  que  a  coleta  do  vestígio  seja  feita  no 
próprio local do crime. 
b) quando se tratar de suportes imóveis e não absorventes, recomenda‐se utilizar bisturi estéril e não o 
suabe. 
c) superfícies absorventes, como carpetes, cortinas, sofás, estofados, almofadas, colchões, entre outros, 
contendo amostras biológicas, serão recortadas. 
d)  quando  a  evidência  está  depositada  em  uma  superfície  absorvente,  não  é  possível  recuperá‐la, 
inviabilizando desse modo os exames laboratoriais. 
e) o uso do suabe é pouco recomendado para coleta de evidências em local de crime. 
 
 
 
 
 
 

 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  
MATEMÁTICA                       
34 Professor Santos  
 

17. Em local de alegado cometimento de suicídio, perpetrado mediante projétil disparado por arma de fogo, o 
perito criminal obrigatoriamente deverá 
a)  proceder  à  pesquisa  de  resíduos  de  tiro  nas  mãos  da  vítima  e  pormenorizada  varredura,  visando 
localizar eventuais cartas ou bilhetes. 
b) confeccionar auto de exibição e apreensão de todos os objetos encontrados. 
c) elaborar reconhecimento visuográfico do evento. 
d) proceder à gravação em vídeo de todas as entrevistas realizadas. 
e) reduzir a termo todos os depoimentos obtidos. 
 
18. Esgorjamento significa 
a) asfixia por aspiração de corpo estranho. 
b) lesão produzida por instrumento de ação contundente. 
c) envenenamento por via digestiva. 
d) morte por inibição reflexa. 
e) ferida por instrumento de ação cortante na face anterior do pescoço. 
 
19. Quanto à conclusão dos laudos periciais, é correto afirmar que 
a)  os  peritos  criminais  devem  descrever,  de  forma  clara,  objetiva  e  compreensível  ao  leigo,  todos  os 
exames que  realizaram no conjunto da perícia, e as suas conclusões nem sempre necessitam estar 
baseadas em fatos e dados demonstrados ou comprovados. 
b)  por  ter  fé  pública,  o  perito  criminal,  ao  elaborar  o  laudo  pericial,  pode  fazer  afirmações  sem 
necessidade de serem comprovadas ou demonstradas técnica e cientificamente. 
c) o laudo pericial é uma peça técnica, fundamentada, na qual o perito criminal descreve e analisa o que 
foi encontrado, à luz dos conhecimentos técnico científicos, expondo e justificando as conclusões às 
quais chegou. 
d) o perito criminal poderá concluir ou fazer qualquer afirmação em seu laudo, mesmo que não possa 
lastrear tal assertiva com uma justificativa técnico científica. 
e) a conclusão dos peritos deve fluir naturalmente, de acordo com o seu livre julgamento e o completo 
relato dos exames no corpo do laudo pericial. 
 
20. Quanto à apresentação dos laudos periciais, é correto afirmar que 
a) os peritos criminais devem examinar rigorosamente, sob a ótica da metodologia científica, todas as 
nuanças possíveis dos vestígios materiais, para depois emitirem as suas opiniões pessoais acerca do 
fato. 
b) o laudo pericial deve ser rigoroso em sua montagem e na exposição das ideias, possuindo linguagem 
clara e objetiva, seguindo conceitos específicos do mundo das ciências sobrenaturais. 
c)  todos  os  exames  periciais  devem  seguir  critérios  rigorosamente  técnico‐criminalísticos  e  serem 
respaldados nas leis da ciência e nos depoimentos subjetivos colhidos no local do fato. 
d)  o  laudo  pericial  deverá  apresentar  uma  estrutura  rígida  que  não  pode  ser  modificada  para  não  ser 
considerado ilegal. 
e) sendo o exame pericial um trabalho científico, o perito criminal deverá seguir as etapas do método 
científico,  na  condução  do  seu  trabalho,  e  as  normas  de  apresentação  de  trabalhos  científicos,  na 
elaboração do laudo pericial. 
 
21.  Ao  realizar  o  levantamento  pericial  em  local  de  arrombamento  ocorrido  em  uma  residência,  o  perito 
depara com os seguintes fatos: 
 a porta da sala apresentava vestígios de arrombamento; 
 sobre um móvel da sala, havia vestígios da permanência prolongada de um televisor, que fora 
retirado; 
 o portão do muro frontal não apresentava vestígios de arrombamentos; 
 não  foram  constatados  vestígios  observáveis  de  escalada  em  nenhum  dos  muros  que 
protegiam as divisas do imóvel. 
 
Em relação ao item modus operandi no laudo, o perito deveria relatar o seguinte. 
a) para adentrar ao imóvel, o meliante escalou e saltou por sobre o muro frontal; em seguida, arrombou 
a porta da sala de estar... 
(  
 
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b) para adentrar ao imóvel, o meliante provavelmente escalou e saltou um dos muros que protegem as 
divisas do imóvel; em seguida, arrombou a porta da sala de estar... 
c)  para  adentrar  ao  imóvel,  o  meliante  utilizou  chave  própria  para  abrir  o  portão  instalado  no  muro 
frontal; em seguida, arrombou a porta da sala de estar... 
d) para adentrar ao imóvel, o meliante arrombou a porta da sala de estar.... 
e)  não  foram  constatados  vestígios  do  procedimento  adotado  pelo  meliante  para  obter  acesso  ao 
interior do imóvel... 
 
22.  Em  um  local  de  arrombamento,  o  meliante  manuseou  diversas  superfícies  de  difícil  levantamento  de 
impressões  latentes  com  o  pó  químico  de  que  o  perito  dispunha  no  local  (caixas  de  papelão,  sarrafo  de 
madeira, etc.). Nessa situação, como o perito deve proceder? 
a) Relatar no laudo que não havia superfícies apropriadas para o levantamento de impressões, digitais 
latentes. 
b) Buscar levantar as impressões, utilizando o pó químico. 
c) Apenas fotografar os objetos e relatar no laudo que o meliante os manuseou. 
d) Coletar os objetos e enviar ao laboratório de papiloscopia forense do Instituto de Criminalística. 
e) Ignorar os objetos, não fazendo menção a eles no laudo. 
 
23. Ao chegar a uma residência para realizar perícia de arrombamento seguido de furto, a proprietária informa 
ao perito não ser necessário proceder ao levantamento, pois havia descoberto ter sido seu próprio filho que 
praticara o furto no local e o havia perdoado. Nesse caso, o perito deve 
a) proceder ao levantamento pericial normalmente. 
b)  retornar  ao  plantão  e  registrar  no  livro  de  ocorrências  especiais  o  motivo  da  não  realização  do 
levantamento pericial. 
c) comunicar o fato à delegacia afeta e não efetivar o levantamento pericial. 
d) comunicar o fato ao chefe imediato, para que este tome as providências cabíveis. 
e) proceder apenas ao levantamento fotográfico do local. 
 
 
 
GABARITO 
01. C  02. A  03. A  04. A  05. B  06. A  07. B  08. C  09. C  10. C 
11. D  12. C  13. A  14. E  15. D  16. A  17. A  18. E  19. C  20. A 
21. C  22. D  23. D               
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  
MATEMÁTICA                       
36 Professor Santos  
 

NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA 4 
 
01. Marque a assertiva incorreta: 
a)  As  Polícias  Investigativas  mais  avançadas  priorizam  a  prova  pericial,  considerando  que,  por  ser 
científica, é mais difícil de ser refutada, contrariada. 
b)  Concebendo‐se  a  perícia  como  prova  primordial  para  a  elucidação  dos  delitos,  o  estudo  da 
Criminalística afigura‐se como de extrema relevância. 
c) Via de regra, a perícia é realizada na fase policial, até porque muitas delas necessitam  serem feitas 
imediatamente ou logo após a prática do crime. 
d) a prova pericial é produzida a partir de fundamentação científica, enquanto que as chamadas provas 
subjetivas dependem do testemunho ou interpretação das pessoas, não existindo a possibilidade de 
distorção dos fatos para não se chegar a verdade. 
   
02. Marque a assertiva incorreta: 
a) No Brasil não há hierarquia entre as provas e o Juiz pode decidir de acordo com a sua consciência, 
desde 
que o faça motivadamente. 
b)  Ocorre  que  analisando  as  sentenças  criminais  verifica‐se  a  prevalência  da  prova  pericial  sobre  as 
demais, pelos motivos já estudados. 
c)  Prova  Criminal  é  aquela  utilizada  para  demonstrar  ao  Juiz  a  veracidade  ou  falsidade  da  imputação 
feita ao réu e das circunstâncias mas que não possam influir no julgamento da responsabilidade e na 
individualização das penas. 
d) A Criminalística é também denominada Polícia Científica, Polícia Técnica, e difere da Criminologia que 
estuda o perfil do criminoso, e os motivos que o levaram à prática do crime. 
 
03. Sobre as provas marque a assertiva incorreta: 
a) As prova testemunhais são constituídas pelos depoimentos das testemunhas, abrangendo, no sentido 
amplo, as declarações das vítimas e o interrogatório dos suspeitos ou indiciados. 
b) ) Não há diferenciação entre corpo de delito e exame de corpo de delito. 
c) As provas técnicas são as perícias, realizadas por peritos criminais, e são formadas pelas evidências 
materiais do crime. 
d) o exame de corpo de delito é um auto em que se descrevem as observações dos peritos e o corpo de 
delito é o próprio crime na sua tipicidade. 
 
04. Marque a afirmativa incorreta: 
a) O exame de levantamento de local deve ser diferenciado de acordo com a natureza da ocorrência. 
b)  isolamento  é  a  proteção  a  fim  de  que  o  local  permaneça  sem  alteração,  possibilitando, 
consequentemente, um levantamento pericial eficaz. 
c)  diante  da  sensibilidade  que  representa  um  local  de  crime,  importante  destacar  que  todo  elemento 
encontrado naquele ambiente não é denominado de vestígio. 
d) após examiná‐los adequadamente é que poderemos saber se este vestígio está ou não relacionado ao 
evento periciado 
 
05. Marque a afirmativa incorreta: 
a) Através do Laudo de Comparação Balística, tendo como objetos de exame o projétil e a arma de fogo 
de um suspeito, não é possível verificar se ele foi expelido pelo cano daquela arma. 
b) Quando das providências de isolamento e preservação, levadas a efeito pelo primeiro policial, nada 
poderá ser desconsiderado dentro da área da possível ocorrência do delito. 
c)  As  fases  de  um  bom  levantamento  pericial  incluem  isolamento,  observações  prévias  ou  exame  do 
local,  fotografia,  desenho  ou  croqui,  coleta  e  embalagem  de  evidências,  transporte  de  evidências, 
exame das evidências em laboratório, avaliação e interpretação, e redação de laudo. 
d)  Na  busca  de  vestígios,  deve‐se  prever  especial  atenção  às  evidências  facilmente  destrutíveis,  tais 
como: marcas de solado, impressões em poeira, dentre outras. 
 
 
 

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06. Julgue e marque a assertiva incorreta: 
a) A fotografia é o mais perfeito dos processos de levantamento de local de crime, por tratar‐se de uma  
”reconstituição permanente da ocorrência, que irá permitir futuras consultas”. 
b)  O  croqui  é  o  desenho  do  local  do  crime,  devendo  sempre  ser  apresentado,  independente  da 
complexidade do local. 
c) As evidências não devem ser anotadas no croqui e fotografias antes da sua coleta. 
d) Todas as evidências devem ser coletadas de forma legal, visando à sua admissão como provas em um 
processo. 
 
07.  Do  Código  de  Processo  penal  Brasileiro  delibera  quanto  aos  procedimentos  da  Polícia  Judiciária  na 
apuração dos delitos, exceto: 
a) Comparecimento e preservação do local. 
b) Apreensão dos instrumentos e todos os objetos relacionados com o fato. 
c) Coleta de todas as provas do fato e de suas circunstâncias. 
d) Oitiva do ofendido ou da vítima em todos os casos. 
 
08. Está afeta ao conceito de criminalística exceto: 
a) Trata da pesquisa, da coleta, da conservação e do exame dos vestígios, ou seja, da prova objetiva ou 
material no campo dos fatos processuais, cujos encargos estão afetos aos órgãos específicos, que são 
os laboratórios de Polícia Técnica. 
b) São disciplinas que integram a Criminalística, dentre outras, Locais de Crime, Medicina Legal, Balística 
Forense,  Papiloscopia,  Documentoscopia,  Odontologia  Legal,  Toxicologia  Forense  e  Hematologia 
Forense. 
c) Não cogita o reconhecimento e análise dos vestígios extrínsecos relacionados com o crime ou com a 
identificação de seus participantes. 
d) Sistema que se dedica à aplicação de faculdades de observação e de conhecimento científico que nos 
levem  a  descobrir,  defender,  pesar  e  interpretar  os  indícios  de  um  delito,  de  modo  a  sermos 
conduzidos à descoberta do criminoso, possibilitando à Justiça ou a aplicação da justa pena. 
 
09. Marque a afirmativa incorreta: 
a) As perícias devem ser realizadas por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior, 
escolhidas,  de  preferência,  entre  as  que  tiverem  habilitação  técnica  relacionada  à  natureza  do 
exame. 
b) A investigação policial tem como foco a obtenção de provas criminais que podem ser testemunhais e 
técnicas. 
c) Perícia é o conjunto de técnicas usadas, visando provar a materialidade do crime e apontar o autor.  
d) Local de crime é toda área onde tenha ocorrido um fato que assuma a configuração de delito e que, 
portanto, exija as providências da polícia. 
 
10. A Criminalística é uma ciência que tem por objetivos exceto: 
a) dar a materialidade do fato típico, não constatando a ocorrência do ilícito penal; 
b)  verificar  os  meios  e  os  modos  como  foi  praticado  um  delito,  visando  fornecer  a  dinâmica  do 
fenômeno; 
c) indicar a autoria do delito, quando possível; 
d) elaborar a prova técnica, através da indiciologia material. 
 
 
GABARITO 
01. D  02. C  03. B  04. C  05. A  06. C  07. D  08. C  09. A  10. A 
 
 
 
 
 
 
 

 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  
MATEMÁTICA                       
38 Professor Santos  
 

NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA 5 
 
01. O material de trabalho da criminalística, o seu objeto de estudo, são os vestígios materiais encontrados na 
cena  do  crime,  os  quais  o  perito  criminal  os  descobre,  coleta,  estuda  e  os  interpreta.  Não  são  objetivos  da 
criminalística:  
a)  Demonstrar  técnica  e  materialmente  a  existência  do  fato  presumidamente  delituoso,  ou  seja, 
constatar a realidade do fato, do crime; 
b) Reconstruir o local, a cena do fato em apuração. O Perito parte de um local estático e pela leitura dos 
vestígios  reconstrói  a  dinâmica  do  evento,  assinalando  os  instrumentos  e  objetos  utilizados  e 
determinando suas posições e devidas participações; 
c) Trabalhar para a identificação da vítima; 
d)Trabalhar os vestígios recolhidos para a identificação dos autores e co‐autores, apenas de forma real 
(nunca de forma presumida), demonstrando materialmente por meio de provas técnico científicas, o 
grau de participação de cada um deles. 
 
02.  O vestígio é definido como: 
a) Toda anormalidade constatada em um local de crime, sendo constituído por todos os objetos vivos e 
inanimados, sólidos, líquidos e gasosos. 
b) É uma expressão jurídica acerca das informações colhidas e um local de crime. 
c) É a prova já analisada técnico e cientificamente. 
d) Todas as opções acima. 
 
03.  Quando  o  local  de  crime  for  mantido  nas  condições  originais  em  que  foram  deixados  pelos  autores 
envolvidos, será considerado: 
a) Preservado e inidôneo. 
b) Não preservado e violado. 
c) Não violado e inidôneo. 
d) Preservado e idôneo. 
 
04. O primeiro policial ao chegar em um local de crime deverá: 
a) Isolar o local e recolher os objetos para entregar posteriormente aos Peritos. 
b)  Isolar  o  local  e  não  permitir  o  acesso,  sob  nenhuma  hipótese,  de  pessoas  (incluindo  parentes  ou 
amigos da vítima) no interior da área. 
c) Isolar o local e providenciar a retirada do cadáver da área isolada. 
d) Nenhuma das respostas acima. 
 
05. Marque a afirmativa CORRETA relativa aos exames de corpo de delito. 
a) Só poderão ser realizados durante o dia no período compreendido entre 6 e 18 horas. 
b) Só serão realizados naquelas localidades onde houver peritos criminais oficiais. 
c) Serão realizados quando a infração deixar vestígios. 
d) Só serão realizados na forma indireta. 
 
06. Quem é responsável pelo isolamento e preservação do local de crime? 
a) A vítima. 
b) O perito criminal designado para a realização da perícia no local de crime. 
c) O primeiro policial a chegar no local de crime. 
d) Qualquer pessoa da comunidade que tomar conhecimento do crime. 
 
07. Qual das alternativas abaixo é FALSA? 
a) Em caso de prisão em flagrante do autor não há necessidade de se proceder o levantamento técnico‐
pericial do local; 
b) Não há supremacia entre provas objetivas e subjetivas, já que ambas são muito importantes para a 
investigação policial. 
c) A prisão em flagrante do autor não exclui a realização do levantamento técnico pericial do local. 
d) O laudo pericial é o documento oficial que contem todo o relato daquilo que o Perito constatou no 
local durante o levantamento. 

(  
 
  39
 
 08. A perícia médico legal: 
a) É realizada somente de forma direta. 
b) Pode geralmente ser substituída pela confissão do acusado. 
c) Somente é realizada em cadáveres. 
d) Pode ser realizada em qualquer dia e a qualquer hora. 
  
09. Sobre a definição de Criminalística considere as seguintes afirmações.  
I. É a ciência que estuda o crime e o criminoso em tudo que for aplicável à elucidação de um crime ou de 
uma infração penal. 
II.  É a  ciência que estuda  as lesões corporais, visando a diagnosticar se ocorreu homicídio, suicídio ou 
acidente. 
III.  É  um  sistema  de  conhecimentos  técnico‐científicos  que  estuda  os  locais  de  crimes  e  os  vestígios 
materiais,  localizados  superficialmente  ou  fora  do  corpo  humano,  visando  a  identificar  as 
circunstâncias e a autoria da infração penal. 
IV.  É  o  sistema  de  conhecimentos  científicos  que  estuda  os  vestígios  materiais  extrínsecos  à  pessoa 
física,  visando  a  esclarecer  e  identificar  as  circunstâncias  do  crime  e  determinar  a  identidade  do 
criminoso. 
 
Quais estão corretas? 
a) Apenas a I. 
b) Apenas a II. 
c) Apenas a II e a IV. 
d) Apenas a III e a IV. 
 
10. Acerca da prova no direito processual penal, julgue os itens que se seguem. 
a)  Nos  crimes  não  transeuntes,  a  confissão  do  acusado  poderá  suprir  a  falta  do  exame  de  corpo  de 
delito direto ou indireto. 
b) Antes  da  realização  de  cada  perícia,  os  peritos  oficiais  têm  de  prestar  o  compromisso  de  bem  e 
fielmente desempenhar o encargo. 
c) Nos  casos  de  morte  violenta,  quando  não  houver  infração  penal  que  apurar,  ou  quando  as  lesões 
externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a 
verificação de alguma circunstância relevante, bastará o simples exame externo do cadáver 
d)  Tratando‐se  de  perícia  complexa  que  abranja  mais  de  uma  área  de  conhecimento  especializado, 
impor‐se‐á  a  atuação  de  mais  de  dois  peritos  oficiais,  sendo  vedado  à  parte  indicar  mais  de  um 
assistente técnico. 
 
 
 
GABARITO 
01. C  02. A  03. D  04. B  05. C  06. C  07. A  08. D  09. D  10. FFVF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  
MATEMÁTICA                       
40 Professor Santos  
 

NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA 6 
 
01. Assinale a alternativa correta: 
A  área  física  onde  ocorreu  um  fato  não  esclarecido  até  então,  que  apresente  características  e/ou 
configurações de um delito, pode ser definida genericamente como: 
a) Local imediato 
b) Local mediato 
c) Local de crime 
d) Local idôneo 
e) Local de corpo de delito 
  
02. _________________: quando são mantidos na integridade ou originalidade com que foram deixados pelo 
agente após a prática da infração penal, até a chegada dos peritos. 
a) Interno 
b) Externo 
c) Relacionado 
d) Idôneo 
e) Violado 
  
03. Um dos requisitos essenciais para que os peritos possam realizar um exame pericial de maneira satisfatória 
é que o local esteja adequadamente ____________ e ___________, a fim de não se perder qualquer vestígio 
que tenha sido produzido pelos atores da cena do crime. 
a) Isolado e preservado 
b) Periciado e isolado 
c) Examinado e preservado 
d) Delimitado e preservado 
e) Analisado e periciado 
  
04. Num local onde existam vítimas com vida a primeira preocupação do Policial será: 
a) Isolar o local 
b) Periciar o local 
c) Preservar o local 
d) Afastar a imprensa do local 
e) Socorrer as vítimas 
  
05. Excetuando os casos previstos na lei 5.970 (acidente de trânsito), nos casos de homicídios em via pública a 
maior preocupação do Policial Militar será: 
a) Movimentar o cadáver 
b) Preservar vestígios 
c) Verificar documento de identificação 
d) Abandonar o local 
e) Socorrer a vítima 
  
06. Quando  nos referimos a todo elemento material relacionado a um crime passível de um exame pericial, 
estamos falando de _______________. 
a) Vestígio 
b) Evidência 
c) Prova 
d) Corpo de delito 
e) Indício 
  
 
 
 
 
 

(  
 
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07. Marque a alternativa incorreta: Através do exame de corpo de delito, há condições de: 
a) Provar se houve ou não infração penal; 
b) Demonstrar a culpabilidade do sujeito ativo; 
c)  Oferecer  a  Polícia  Judiciária  os  primeiros  elementos  através  da  Polícia  técnica,  isto  é,  os  elementos 
essenciais para que as autoridades possam orientar‐se eficazmente para o esclarecimento do fato e 
sua autoria; 
d)  Fornecer  subsídios  de  natureza  técnica,  científica  ou  artísticas  necessárias  à  tipificação  da  infração 
penal; 
e) Comprovar o nexo de causalidade entre o sujeito e a infração penal pelo mesmo cometida. 
  
08. Dentre os procedimentos genéricos abaixo elencados é incorreto afirmar: 
a) Socorrer a vítima (primeiros socorros) ou providenciar atendimento médico; 
b) Prender o infrator se possível; 
c) Permitir a entrada da imprensa na área imediata, antes da chegada da perícia; 
d) Interditar o local; 
e) Preservar o local. 
  
09. Supondo que ao chegar a um local de homicídio o policial militar encontre a mãe da vítima agarrada ao 
corpo da mesma, aos prantos, e ainda uma série de curiosos ao redor do local. Diante de tal situação, o PM 
deverá: 
a) Deixar o local como encontrou sem efetuar sem efetuar seu isolamento; 
b) Isolar apenas o local do acesso aos curiosos, porém, permitir que a mãe permaneça junto ao corpo, 
afinal o PM deve respeitar os sentimentos da mesma; 
c) Isolar o local dos curiosos, impedindo o acesso dos mesmos, e persuadir a mãe da vítima a deixar o 
local,  orientando‐a  que  com  seu  proceder  ela  estaria  dificultando  as  investigações  posteriores  na 
tentativa  de  identificar  o  assassino  de  seu  próprio  filho;  e  se  ainda  assim  não  for  o  PM  atendido, 
utilizar os meios necessários para isolar totalmente o local; 
d)  Isolar  o  local  impedindo  o  acesso  tanto  dos  curiosos  quanto  da  mãe,  porém,  permitir  a  entrada  da 
imprensa caso solicitem ao PM sua entrada para filmagem. 
  
10. Correlacione a coluna de cima com a coluna de baixo: 
(A) Vestígio 
(B) Indício 
(C) Evidência 
(D) Prova 
(E) Isolamento 
  
(    ) Todo objeto ou material bruto constatado e/ou recolhido em um local de crime para análise posterior; 
(   ) É o vestígio que, após as devidas análises, tem constatada, técnica e cientificamente, a sua relação com o 
crime; 
(    ) É  uma expressão utilizada no meio jurídico que significa  cada uma das informações relacionadas com o 
crime;  
(      )  Delimitar  com  a  utilização  de  faixa  zebrada  ou  outro  meio  a  área  provável  em  que  tenha  ocorrido  fato 
delituoso, impedindo o acesso de estranhos: 
(     ) Significa aquilo que serve para estabelecer uma verdade por verificação ou demonstração. 
 
a) A, B, C, D, E 
b) A, C, B, E, D  
c) C, A, B, D, E 
d) D, E, C, B, A 
  
 
 
 
 
 

 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  
MATEMÁTICA                       
42 Professor Santos  
 

11. Observe as assertivas a seguir: 
(12) No local de crime, não deverá o policial prestar informações ou emitir opiniões a não ser àqueles a 
quem por dever de ofício caiba informar sobre o fato. 
(5) Tanto os locais de crime internos como os externos se subdividem em ambiente imediato e ambiente 
mediato. 
(21)  Em  chegando  ao  local  de  crime,  caso  o  policial  militar  perceba  que  este  já  não  mais  se  encontra 
idôneo, não mais se fará obrigatório seu isolamento e preservação. 
(17)  Em  chegando o perito, o policial discorrerá a ele as circunstâncias em  que encontrou o local, e o 
caminho que fez para verificar se a vítima, em havendo, encontrava‐se ou não com vida. 
(4) Em caso de haver vestígios ou objetos a serem inutilizados por intempéries (chuva, vento, umidade, 
etc.), deverá o policial militar recolher tais vestígios ou objetos. 
 
Somando‐se o valor das assertivas corretas, encontra‐se o número: 
a) 38 
b) 34  
c) 21 
d) 17 
e) 26 
  
12.  Julgue  os  itens  que  se  seguem,  colocando  nos  parênteses  “V”  se  julgar  a  afirmativa  verdadeira  e  “F”  se 
julgar falsa. 
(    )  Para  efeito  de  exame  do  local  onde  houver  sido  praticada  infração,  a  autoridade  não  precisa 
providenciar para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos. 
(   ) Havendo conflito entre a prova testemunhal e a prova técnica, PREVALECE A PROVA TÉCNICA, uma 
vez que a perícia incide sobre fatos, prevalecendo o elemento lógico e racional. 
(   ) “Não fumar e nem permitir que fumem, visto que palitos de fósforos, cinzas e pontas de cigarros, 
muitas vezes constituem elementos de valor criminalístico, porque se tiverem depositados no local 
após  o  seu  isolamento,  poderão  confundir  os  peritos”,  estão  entre  uma  das  regras  de 
comportamento do policial militar no local de infração penal. 
 
A sequência que melhor preenche os itens é: 
a) F,V,V  
b) V,F,V 
c) F,F,V 
d) V,V,F 
  
13. O local de infração penal é classificado segundo 03 (três) critérios: 
a) Quanto ao procedimento no local, quanto à natureza do fato e quanto ao fato em si. 
b) Quanto ao local em si, quanto ao exame do local e quando ao procedimento no local. 
c) Quanto á natureza do fato, quanto ao exame do local e quanto ao local em si. 
d) Quanto ao exame do local, quanto ao fato em si e quanto ao procedimento no local. 
  
14. Quanto aos procedimentos em local de crime, observe as assertivas a seguir e marque a ERRADA: 
a) O policial militar deverá entrevistar, quando possível, as vítimas, testemunhas e suspeitos, buscando 
provas para a incriminação dos últimos. 
b) Se houver vestígios ou objetos a serem inutilizados por intempéries (chuva, vento, umidade, etc...), 
tais  como  manchas  de  sangue,  pegadas,  sulcos,  marca  de  arrastamento  de  pneus,  armas  e  outros, 
tais deverão ser protegidos cobrindo‐se com plástico, lona, lata, tábua, ou o que houver a mão. 
c) Nos casos de veículos envolvidos em fatos de interesse criminalístico (extorsão mediante sequestro, 
homicídios, roubos, etc.), o policial militar que primeiro chegar ao local poderá mudar a posição do(s) 
veículo(s)  devendo  interditar  apenas  a  área  que  contenha  vestígios,  procurando,  tanto  quanto 
possível, não interromper o trânsito. 
d)  Poderão  ser  utilizadas,  para  isolamento  do  local,  tábuas,  caixotes,  latas,  folhas  de  zinco,  saca  de 
aninhagem,  arames  ou  quaisquer  outros  materiais  disponíveis.  É  válido  solicitar‐se  o  auxílio  de 
terceiros para obtenção do material necessário. 
  

(  
 
  43
 
15. Nos crimes de extorsão mediante sequestro a vítima, normalmente, é localizada em um determinado local, 
enquanto a ação criminosa originou‐se em outro. Quanto ao exame do local podemos classificá‐lo como: 
a) Local Inidôneo 
b) Local Interno 
c) à Local Relacionado 
d) Local Mediato 
  
16. Marque a assertiva incorreta: 
a)  Na  ocorrência  de  incêndio,  auxiliar  na  evacuação  do  prédio  ou  residência,  conservando  as  pessoas 
“nas áreas mediatas” e abrir portas e janelas de modo a ventilar completamente o ambiente. 
b) à Tendo que optar entre o socorro à vítima e a prisão do criminoso, o socorro tem prioridade. 
c) Se houver cadáver, permanecer em suas proximidades sem mudar sua posição, observando, porém, a 
documentação de identificação contida nos bolsos ou carteira para auxílio ao perito. 
d)  Nos  casos  de  acidente  por  vazamento  de  gás,  deve‐se  fechar  o  registro  geral,  acender  luzes,  para 
melhor iluminação do ambiente, e retirar vítimas do local. 
  
17. Em um dia chuvoso de patrulhamento, o setor “GOLF” de “Maré CINCO UNO” recebe o comunicado pela 
sala de operações que existe um cadáver, com 03 tiros na cabeça em um terreno baldio cercado com arame, 
próximo  a  um  hospital,  sem  os  calçados.  Em  relação  ao  local  onde  estava  o  cadáver,  a  melhor  classificação 
para o local de infração penal é: 
a) Externo, mediato, de suicídio e inidôneo. 
b) Externo, imediato, de homicídio e idôneo. 
c) à Interno, imediato, de homicídio e inidôneo. 
d) Interno, mediato, de suicídio e inidôneo. 
  
18. Relativamente ao exame, o local de infração penal se apresenta sob as seguintes formas: 
a) Local em si, natureza do fato e violado. 
b) à Local Idôneo, Inidôneo e Relacionado. 
c) Interno, Externo e Adjacente. 
d) Imediato, Mediato e Relacionado. 
  
19. Relativamente à natureza do fato, o local de infração penal se apresenta sob as seguintes formas: 
a) à Homicídio, Suicídio e Furto. 
b) Imediato, Mediato e Relacionado. 
c) Interno, Externo e Relacionado. 
d) Idôneo, Inidôneo e examinado. 
  
20. Relativamente ao local em Si, a sua subdivisão se apresenta sob as seguintes formas: 
a) Homicídio e Suicídio. 
b) à Imediata e Mediata. 
c) Interna e Externa. 
d) Idônea e Inidônea.  
 
 
GABARITO 
01. C  02. D  03. A  04. E  05. B  06. A  07. D  08. C  09. C  10. B 
11. B  12. A  13. C  14. C  15. C  16. D  17. B  18. C  19. A  20. B 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  
MATEMÁTICA                       
44 Professor Santos  
 

NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA 6 
 
01.  A  ação  ou  omissão  ilícita,  tipificada  na  norma  penal  como  tal,  atingindo  desta  forma  algum  valor  social 
significativo em determinado momento histórico da vida de relações define: 
a) Local de crime 
b) Fraude 
c) Crime 
d) Infração 
 
02. São os três pressupostos indispensáveis que constituem um crime, exceto: 
a) Arma 
b) Criminoso 
c) Local dos acontecimentos 
d) Vítima  
 
03. A porção do espaço compreendida num raio que, tendo por origem o ponto no qual é constatado o fato, se 
estenda  a  abranger  todos  os  lugares  que,  aparente,  necessária  ou  presumivelmente,  hajam  sido  praticados 
pelo criminoso, ou criminosos, os atos materiais, preliminares ou posteriores, à consumação do delito e com 
estes diretamente relacionados 
a) Local mediato 
b) Local de crime 
c) Local dos acontecimentos 
d) Local imediato  
 
04. São elementos que compõem o local de crime, exceto 
a) Corpo de delito 
b) Vestígios 
c) Indícios 
d) Localização única 
 
05. O conceito mais adequado de feridas contusas é: 
a)  São  lesões  que  produzem  feridas  com  um  orifício  de  entrada,  um  trajeto  e  ocasionalmente,  um 
orifício de saída. 
b) São causadas por instrumentos de saliência obtusa e de superfície dura que se chocam com violência 
contra o corpo humano. 
c) São lesões incisas produzidas por instrumentos cortantes. 
d) São os ferimentos ocasionados pelos instrumentos que, mesmo sendo portadores de gume ou corte, 
são influenciados pela ação contundente, quer pelo seu próprio peso, quer pela força ativa de quem 
maneja. 
 
06. Marque a afirmativa incorreta: 
a)  Local  mediato  é  a  área  adjacente  ao  local  imediato,  geograficamente  ligada  a  ele  e  em  que  haja  a 
possibilidade de serem encontrados vestígios de interesse criminalístico relativos ao fato investigado.  
b) Local relacionado é qualquer lugar sem ligação geográfica com o local de crime, mas que possa ser 
relacionado a ele ou venha a contribuir com o contexto do exame pericial.  
c) Local Imediato é aquele porção de espaço ocupada pelo corpo de delito e seu derredor aproximado. É 
no local imediato que no mais das vezes, se concentram os vestígios de maior valia para os exames 
periciais.  
d) Em termos espaciais Local de crime se divide em imediato, mediato, relacionado e idôneo.  
 
07. Quando deverá ser feita perícia criminalística em um local de crime: 
a) A critério dos peritos. 
b) A critério da autoridade policial 
c) Quanto a prática da infração penal deixar vestígios 
d) A critério dos juízes 
 

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08. Marque a afirmativa incorreta: 
a)  Criminalística  é  a  disciplina  que  tem  por  objetivo  o  reconhecimento  e  interpretação  dos  indícios 
materiais extrínsecos, relativos ao crime ou à identidade do criminoso. 
b)  São  inadmissíveis,  devendo  ser  desentranhadas  do  processo,  as  provas  ilícitas,  assim  entendidas  as 
obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. 
c) Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, 
não podendo supri‐lo a confissão do acusado. 
d) O exame de corpo de delito e outras perícias sempre serão realizados por perito oficial, portador de 
diploma de curso superior. 
 
09. Julgue as afirmativas abaixo: 
a) O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá‐lo ou rejeitá‐lo, no todo ou em parte. 
b) Não será facultada ao ofendido a indicação de assistente técnico. 
c) O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 30 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em 
casos excepcionais, a requerimento dos peritos. 
d) A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos 
sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. 
e) O exame de corpo de delito só poderá ser feito durante o dia. 
 
10. Marque a afirmativa incorreta: 
a)  A  exumação  para  exame  cadavérico  deve  ser  previamente  marcada  e  lavrado  um  auto 
circunstanciado. 
b)  Havendo  dúvida  sobre  a  identidade  do  cadáver  exumado,  proceder‐se‐á  ao  reconhecimento  pelo 
Instituto  de  Identificação  e  Estatística  ou  repartição  congênere  ou  pela  inquirição  de  testemunhas, 
lavrando‐se auto de reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os 
sinais e indicações. 
c) Os cadáveres não poderão ser fotografados na posição em que forem encontrados, bem como não 
poderão ser fotografadas as lesões externas devendo isso ser feito apenas na autópsia. 
d)  Não  sendo  possível  o  exame  de  corpo  de  delito,  por  haverem  desaparecido  os  vestígios,  a  prova 
testemunhal poderá suprir‐lhe a falta. 
 
11. Marque a alternativa incorreta: 
a) Após finalizado o auto de corpo de delito, o mesmo não poderá ser alterado. 
b)  Para  o  efeito  de  exame  do  local  onde  houver  sido  praticada  a  infração,  a  autoridade  providenciará 
imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos. 
c)  Nas  perícias  de  laboratório,  os  peritos  guardarão  material  suficiente  para  a  eventualidade  de  nova 
perícia. 
d) Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da coisa, ou por meio 
de  escalada,  os  peritos,  além  de  descrever  os  vestígios,  indicarão  com  que  instrumentos,  por  que 
meios e em que época presumem ter sido o fato praticado. 
 
12. Marque a afirmativa incorreta: 
a) A autoridade e as partes poderão formular quesitos até o ato da diligência. 
b) Se impossível a avaliação direta, os peritos procederão à avaliação por meio dos elementos existentes 
nos autos e dos que resultarem de diligências. 
c)  Os  peritos  registrarão,  no  laudo,  as  alterações  do  estado  das  coisas  e  discutirão,  no  relatório,  as 
consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos.  
d)  No  caso  de  incêndio,  os  peritos  serão  substituídos  por  profissionais  do  corpo  de  bombeiros,  que 
verificarão a causa e o lugar em que houver começado, o perigo que dele tiver resultado para a vida 
ou  para  o  patrimônio  alheio,  a  extensão  do  dano  e  o  seu  valor  e  as  demais  circunstâncias  que 
interessarem à elucidação do fato. 
 
 
 
 
 

 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  
MATEMÁTICA                       
46 Professor Santos  
 

13. No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, observar‐se‐á o seguinte, EXCETO: 
a) a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada para o ato, se for encontrada. 
b)  para  a  comparação,  poderão  servir  quaisquer  documentos  que  a  dita  pessoa  reconhecer  ou  já 
tiverem  sido  judicialmente  reconhecidos  como  de  seu  punho,  ou  sobre  cuja  autenticidade  não 
houver dúvida. 
c)  a  autoridade,  quando  necessário,  requisitará,  para  o  exame,  os  documentos  que  existirem  em 
arquivos  ou  estabelecimentos  públicos,  ou  nestes  realizará  a  diligência,  se  daí  não  puderem  ser 
retirados; 
d) quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os exibidos, a autoridade não 
mandará que a pessoa escreva o que lhe for ditado.  
 
14. Marque a afirmativa correta: 
a) A autoridade não poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por outros peritos, se julgar 
conveniente. 
b)  Serão  sujeitos  a  exame  os  instrumentos  empregados  para  a  prática  da  infração,  a  fim  de  se  lhes 
verificar a natureza e a eficiência. 
c)  Não  será  necessário,  à  avaliação  de  coisas  destruídas,  deterioradas  ou  que  constituam  produto  do 
crime. 
d) Não será facultada ao ofendido a indicação de assistente técnico. 
 
15. Julgue e marque a afirmativa incorreta: 
a)  Os  elementos  formadores  da  evidência  física  perderão  sua  autenticidade  quando  o  local  não  foi 
isolado adequadamente. 
b) Local idôneo é aquele que não sofreu alterações, que foi devidamente isolado e preservado, tal como 
foi deixado após a consumação do fato, permitindo um completo e eficiente exame pericial. 
c)  Local  relacionado  é  aquele  em  que  o  fato  ocorre  em  dois  ou  mais  locais,  bastante  distante  um  do 
outro. 
d)  O  local  onde  ocorreu  o  fato  recebe  a  denominação  de  "ambiente  mediato",  e  as  áreas  adjacentes, 
constituídas  pela  área  intermediária  entre  o  local  do  fato  e  o  grande  ambiente  exterior  recebe  a 
denominação de "ambiente imediato”. 
 
16. O isolamento do local observa 3 fases distintas. Em relação ao assunto  marque a alternativa correta: 
a) A primeira compreende o período entre a ocorrência do crime até a chegada do perito criminal. 
b) A segunda fase compreende o período desde a chegada do perito criminal até o comparecimento do 
delegado de polícia. 
c) A terceira fase é aquela desde o momento que a autoridade policial já está no local, até a chegada dos 
peritos criminais. 
d) A segunda fase compreende o período desde a chegada do primeiro policial até o comparecimento 
do perito criminal. 
 
17. Marque a afirmativa incorreta: 
a) Vestígio é todo objeto ou material bruto constatado e/ou recolhido em um local de crime para análise 
posterior.  
b) Indícios é uma expressão utilizada no meio jurídico que significa cada uma das informações (periciais 
ou não) relacionadas com o crime.  
c) Evidência é o vestígio, que após as devidas análises, tem constatada, técnica e cientificamente, a sua 
relação com o crime.  
d) O vestígio aponta, o indício encaminha. 
 
18. É instrumentos corto‐contundente: 
a) Foice. 
b) punhal. 
c) Arma de fogo. 
d) Martelo. 
 
 

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19. É instrumento contundente: 
a) Machado 
b) Navalha 
c) Agulhas 
d) Bastão de beisebol 
 
20. É instrumento perfuro‐contundente: 
a) Canivete. 
b) Arma de fogo 
c) Facões. 
d) Prego. 
 
21. É instrumento punctório: 
a) Estilete 
b) Coronha de arma 
c) Lâmina de barbear 
d) Facas especiais 
 
22. Marque a alternativa errada: 
a)  os  efeitos  primários  provocado  por  arma  de  fogo  inclui  a  chamada  ação  direta,  provocada  pelo 
impacto do projétil contra os tecidos do corpo. 
b)  os  efeitos  secundários  são  os  que  resultam,  nos  tiros  encostados  ou  à  curta  distância,  da  ação  dos 
gases, seus efeitos explosivos, de resíduos da combustão da pólvora e de microprojeteis. 
c) A zona de chama, também é denominada zona de chamuscamento ou zona de queimadura. 
d) A distância não interfere no poder lesivo das armas de fogo. 
 
 
GABARITO 
01. C  02. A  03. B  04. D  05. B  06. D  07. C  08. D  09.CEECE 10. C 
11. A  12. D  13. D  14. B  15. D  16. C  17. D  18. A  19. D  20. B 
21. A  22. D                 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  
MATEMÁTICA                       
48 Professor Santos  
 

QUESTÕES SUBJETIVAS – NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA 
 
01.  O  QUE  É  CRIME?    É  toda  a  ação  ou  omissão  ilícita,  tipificada  na  norma  penal  como  tal,  atingindo  desta 
forma algum valor social significativo em determinado momento histórico da vida de relações.  
 
02. O QUE É “TRIANGULO DO CRIME”?  São os três pressupostos indispensáveis que constituem um crime, a 
saber: a vítima, o criminoso e o local dos acontecimentos.  
 
03. O QUE É LOCAL? É uma porção demarcada do espaço.  
 
04. O QUE É “LOCAL DE CRIME”? É o local onde ocorreu a prática de um crime.  
 
05. QUAL O CONCEITO DE “LOCAL DE CRIME”? “É toda a área onde tenha ocorrido qualquer fato que reclame 
as  providências  da  Polícia”.  Carlos  Kehdy.  Ou  “local  de  crime  é  a  porção  do  espaço  compreendida  num  raio 
que,  tendo  por  origem  o  ponto  no  qual  é  constatado  o  fato,  se  estenda  a  abranger  todos  os  lugares  que, 
aparente,  necessária  ou  presumivelmente,  hajam  sido  praticados  pelo  criminoso,  ou  criminosos,  os  atos 
materiais, preliminares ou posteriores, à consumação do delito e com estes diretamente relacionados”. Eraldo 
Rabello.  
 
06. DE QUE ELEMENTOS SE COMPÕE UM “LOCAL DE CRIME”? Para fins didáticos, o “local de crime” pode ser 
decomposto em CORPO DE DELITO e VESTÍGIOS.  
 
07. O QUE É CORPO DE DELITO?  É qualquer ente material relacionado a um crime no qual possa ser realizado 
um exame pericial.  
 
08.  O  QUE  SÃO  VESTÍGIOS?  Em  Criminalística,  vestígios  são  quaisquer  objetos,  marca  ou  sinal  sensível  que 
possa ter relação com o fato investigado.  
 
09. O QUE SÃO EVIDÊNCIAS? Em Criminalística, evidência é o vestígio que APÓS examinado pelos Peritos se 
mostra diretamente relacionado com o fato investigado.  
 
10.  O  QUE  SÃO  INDÍCIOS?  São  a  fusão  do  conhecimento  extraído  pela  PERÍCIA  dos  elementos  materiais 
relativos  a  determinado  fato  investigado,  com  as  conclusões  subjetivas  extraídas  pela  POLÍCIA  JUDICIÁRIA, 
acerca do mesmo fato.  
 
11. EM TERMOS ESPACIAIS, COMO SE PODE DIVIDIR UM “LOCAL DE CRIME”? Em local imediato, local mediato 
e local relacionado.  
 
12.  O  QUE  É  LOCAL  IMEDIATO?  É  aquele  porção  de  espaço  ocupada  pelo  corpo  de  delito  e  seu  derredor 
aproximado.  É  no  local  imediato  que  no  mais  das  vezes,  se  concentram  os  vestígios  de  maior  valia  para  os 
exames periciais.  
 
13. O QUE É LOCAL MEDIATO? É a área adjacente ao local imediato, geograficamente ligada a ele e em que 
haja a possibilidade de serem encontrados vestígios de interesse criminalístico relativos ao fato investigado.  
 
14.  O  QUE  É  LOCAL  RELACIONADO?  É  qualquer  lugar  sem  ligação  geográfica  com  o  local  de  crime,  mas  que 
possa ser relacionado a ele ou venha a contribuir com o contexto do exame pericial.  
 
15.  QUANDO  DEVERÁ  SER  FEITA  PERÍCIA  CRIMINALÍSTICA  EM  UM  LOCAL  DE  CRIME?  Quando  a  prática  da 
infração penal deixar vestígios.  
 
16. QUANDO DEVE O POLICIAL ADENTRAR A UM LOCAL DE CRIME? Sempre que for necessária a verificação da 
veracidade da comunicação da prática de uma infração penal.  
 
17. COMO DEVE O POLICIAL ADENTRAR A UM LOCAL DE CRIME? O policial que adentrar a um local de crime 
deverá fazê‐lo de tal forma que a trajetória do seu deslocamento seja o mais próximo possível de uma linha 

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reta. Deve o policial entrar e sair pelo mesmo caminho e comunicar, ao Perito, informações exatas acerca da 
via de acesso utilizada.  
 
18.  FEITA  A  PRIMEIRA  VERIFICAÇÃO  NO  LOCAL  DE  CRIME,  COMO  DEVERÁ  O  POLICIAL  AGIR?  Deverá  evitar 
tocar ou movimentar qualquer objeto, sair pelo mesmo caminho que entrou e ISOLAR o local.  
 
19. EXISTEM SITUAÇÕES QUE AUTORIZEM O POLICIAL A TOCAR OU MANUSEAR ELEMENTOS CONSTITUTIVOS 
DE  UM  LOCAL  DE  CRIME?  Sim.  São  elas:  SOCORRO  À  VÍTIMA,  PARA  CONHECIMENTO  DO  FATO  (arrombar 
portas  e  janelas),  PARA  EVITAR  MAL  MAIOR  (ocorrências  de  trânsito)  TRABALHO  DOS  BOMBEIROS  EM 
RESGATE OU EXTINÇÃO DE FOGO.  
 
20. QUAL A FUNÇÃO DO ISOLAMENTO DO LOCAL DE CRIME? É preservar os vestígios em um local de crime até 
a chegada da equipe de perícia.  
 
21. ATÉ QUE MOMENTO O ISOLAMENTO DEVE SER MANTIDO? Via de regra, até o momento em que o Perito 
der  por  encerrado  seu  trabalho.  Existem,  porém,  casos  em  que  a  Autoridade  Policial  pode  entender 
imprescindível  para  a  investigação  do  fato,  a  manutenção  do  isolamento  por  tempo  superior  ao  necessário 
para os trabalhos da perícia. Ou, ainda, por solicitação do Perito, quando da necessidade de efetuar trabalhos 
periciais complementares no local do delito.  
 
22.  QUAL  DEVE  SER  A  ABRANGÊNCIA  DO  ISOLAMENTO  DE  UM  LOCAL  DE  CRIME?  A  maior  possível, 
respeitando‐se o bom senso. É de bom alvitre, quando possível, isolar, aqui no sentido de apartar, as eventuais 
testemunhas  do  fato.  Tal  atitude,  além  de  manter  a  segurança  física  das  testemunhas  presenciais,  preserva 
também, através do silêncio, a estória que será por elas narrada.  
 
23. APÓS COMPARECER A UM LOCAL DE CRIME, QUE DOCUMENTOS PODERÃO SER LAVRADOS PELO PERITO 
CRIMINALÍSTICO? Poderá ser lavrado um “Laudo Pericial”, um “Levantamento Pericial” uma “Informação” ou 
um “Ofício‐Informação”. Convém lembrar que ao Papiloscopista compete a lavratura do “Laudo Papiloscópico” 
e do “Auto de Exame Para Verificação do Emprego de Violência”.  
 
24. O QUE É UM “LAUDO PERICIAL”? É o documento lavrado em linguagem descritiva que, a partir de um local 
de crime, explana acerca do local, do corpo de delito e dos vestígios, oferecendo ainda, considerações técnicas 
conclusivas sobre da dinâmica dos fatos ali ocorridos. É firmado por dois Peritos, sendo um o Relator e o outro, 
o Revisor.  
 
25. O QUE É UM “LEVANTAMENTO PERICIAL”? É uma peça essencialmente descritiva “VISUM ET REPERTUM” 
que não apresenta considerações técnicas conclusivas acerca dos fatos ocorridos no local que lhe deu origem. 
O Levantamento também é firmado por dois peritos, o Relator e o Revisor. O Levantamento Pericial é lavrado 
acerca de locais que não apresentam as condições necessárias para a feitura de um Laudo Pericial.  
 
26. O QUE É UMA “INFORMAÇÃO”? É o documento lavrado frente à impossibilidade de resposta a um ou mais 
quesitos ou em qualquer outra hipótese de atendimento parcial à solicitação. A Informação é firmada por dois 
Peritos, o Relator e o Revisor.  
 
27.  O  QUE  É  UM  “OFÍCIO‐INFORMAÇÃO”?  É  o  documento  lavrado  frente  à  impossibilidade  técnica  de 
atendimento à solicitação, é firmado por apenas um Perito.  
 
28.  QUAL  É  O  CONCEITO  DE  MORTE?  “Morte  é  um  processo  de  desequilíbrio  biológico  e  físico‐químico, 
culminando com o desaparecimento total e definitivo da atividade do organismo”.  
 
29. EM TERMOS LEGAIS, COMO PODE A MORTE SER CLASSIFICADA? Em morte natural e morte violenta.  
 
30. O QUE É MORTE NATURAL? É a morte que se dá devido à velhice ou em decorrência de doenças.  
 
31.  QUAL  O  PROCEDIMENTO  POLICIAL  CABÍVEL  EM  CASO  DE  MORTE  NATURAL?  Não  havendo  médico  que 
ateste o óbito da vítima, cabe à Polícia, após a verificação do local e constatação da ausência de vestígios de 

 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  
MATEMÁTICA                       
50 Professor Santos  
 

violência, providenciar no registro da ocorrência e, via Departamento Médico‐Legal, providenciar a remoção 
do corpo para a competente necropsia. Neste caso não há perícia criminalística.  
 
32.  O  TERMO  “MORTE  SÚBITA”  É  TECNICAMENTE  CORRETO?  Não.  O  correto  é  MORTE  SEM  ASSISTÊNCIA 
MÉDICA.  
 
33.  O  QUE  É  MORTE  VIOLENTA?  É  a  morte  que  advém  de  fator  externo  tal  como  homicídio,  suicídio, 
ocorrências de trânsito.  
 
34.  QUAL  É  O  CONCEITO  DE  “TRÂNSITO”?  Trânsito  refere‐se  ao  conjunto,  ao  sistema  de  deslocamento  e 
movimentação de pessoas, veículos e animais pelas vias públicas, no sentido geral.  
 
35.  QUAL  É  O  CONCEITO  DE  “TRÁFEGO”?  Tráfego  é  o  movimento  de  pedestre,  veículo  ou  animal,  sobre  via 
terrestre, em missão de transporte ou deslocamento, considerando cada unidade de per si, ou seu conjunto, 
em um determinado ponto ou via.  
 
36.  QUAL  É  O  CONCEITO  DE  “ACIDENTE”?  No  contexto  em  tela,  acidente  é  um  acontecimento  casual, 
imprevisto, fortuito, inesperado.  
 
37.  QUE  ABRANGÊNCIA  DEVE  TER  O  ISOLAMENTO  DOS  LOCAIS  DE  ACIDENTE  DE  TRÁFEGO  COM  MORTE?  O 
isolamento  deve  abranger  os  veículos  envolvidos  e  as  vítimas.  Nesse  tipo  de  local,  é  de  suma  importância 
preservar as marcas de frenagem e arrasto.  
 
38.  É CABÍVEL NÃO FAZER ISOLAMENTO E NEM PERÍCIA EM LOCAIS? 
Sim. Para tomar tal atitude os policiais que acorrerem ao local deverão levar em conta o fluxo de veículos, as 
condições da estrada e do tempo, buscando sempre evitar riscos a terceiros e aos próprios policiais, peritos e 
demais técnicos envolvidos no atendimento de tais ocorrências.  
 
39. SENDO, POR INICIATIVA DA POLÍCIA, DESFEITO UM LOCAL DE ACIDENTE DE TRÁFEGO COM MORTE, QUE 
PROVIDÊNCIAS  DEVERÃO  SER  TOMADAS?  Deverá  ser  feito  o  registro  da  ocorrência,  as  vítimas  deverão  ser 
removidas e os veículos para o local apropriado mais próximo, onde serão periciados.  
 
40. EM QUE HORÁRIOS SÃO ATENDIDOS PELO DEPARTAMENTO DE CRIMINALÍTICA (DC) OS CASOS DE FURTO? 
Em qualquer horário, durante os sete dias da semana, haja vista ser esse tipo de atendimento atribuição do 
Plantão do DC.  
 
41. COMO PROCEDER AO ISOLAMENTO NOS LOCAIS DE FURTO? Após a entrada em cena do primeiro policial, 
caberá  a  este  a  manutenção  do  local  até  a  chegada  da  equipe  do  Departamento  de  Criminalística  e  a 
permanência até o término do trabalho pericial.  
  
42. UMA VEZ COLETADA A IMPRESSÃO PAPILAR, A QUAL PROCESSAMENTO TAL VESTÍGIO É SUBMETIDO? Os 
fragmentos são fotografados e arquivados, aguardando o momento em que a Polícia informe ao DC o nome do 
Suspeito  de  haver  cometido  o  delito.  Se  após  confrontadas  as  impressões  do  local  com  as  do  suspeito  o 
resultado for “POSITIVO” é lavrado o “Laudo Papiloscópico” informando o resultado e a motivação técnica que 
levou a ele. O Laudo Papiloscópico é lavrado pelo Papiloscopista e firmado por dois Papiloscopistas, sendo um 
o Relator e o outro, o Revisor.  
 
43. O QUE SÃO QUESITOS? São as perguntas feitas pela autoridade solicitante no momento da requisição da 
perícia.  
 
44.  QUEM  PODE  SOLICITAR  A  PERÍCIA?  Normalmente  são  solicitadas  pela  Polícia  Civil.  O  Departamento  de 
Criminalística também atende ao Poder Judiciário e o Ministério Público.  
 
45. A QUEM DEVE SER DIRIGIDA A SOLICITAÇÃO DE PERÍCIA? Ao Departamento de Criminalística.  
 

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46. QUE INFORMAÇÕES DEVEM CONTER A SOLICITAÇÃO DE PERÍCIA? A solicitação de perícia deve ser o mais 
completa e exata possível.  
 
47. O QUE É PROVA TÉCNICA? É aquela obtida através de metodologia técnico‐científica precisa.  
 
48. QUAL A FINALIDADE DA PERÍCIA? É a produção da prova técnica.  
 
 
 
 
 

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