No Brasil, Perito criminal é o servidor público, policial ou não, que
está devidamente investido, por concurso público, nos cargos de nível superior elencados na Lei 12.030/2009. Especializado em encontrar ou proporcionar a chamada prova técnica ou prova pericial, mediante a análise científica de vestígios produzidos e deixados na prática de delitos. Os peritos criminais de local de crime realizam a análise da cena de crime, identificando, registrando, coletando, interpretando e armazenando vestígios, são responsáveis por estabelecer a dinâmica e a autoria dos delitos e realizar a materialização da prova que será utilizada durante o processo penal. As atividades periciais são classificadas como de grande complexidade,[1] em razão da responsabilidade e formação especializada revestidas no cargo. O perito oficial, agindo por requisição da autoridade judicial, pelo ministério público ou pela autoridade policial, estuda o corpo (ou objeto envolvido no delito), refaz o mecanismo do crime (para saber o que ocorreu), examina o local onde ocorreu o delito e efetua exames laboratoriais, entre outras coisas. O perito criminal tem autonomia garantida pela Lei 12.030/2009, não havendo subordinação funcional ou técnica deste perito para com a autoridade requisitante. À semelhança dos magistrados, o Perito age tão somente quando provocado. Em vários Estados, os Institutos de Perícias e de Criminalística, órgãos onde estão lotados os Peritos Criminais, não fazem mais parte da estrutura da Polícia Civil. Nessas localidades a Criminalística tem estrutura administrativa própria. Esse quadro de total independência da Criminalística vem se estabelecendo em muitos desses estados durante as últimas décadas, numa clara tendência de assegurar a autonomia pericial, em todos os sentidos, tornando-a independente da potencial ingerência da autoridade policial, em casos de abuso. Essa posição vai ao encontro do estabelecido no Decreto nº 7.037, de 21 de dezembro de 2009, que aprova o Programa Nacional de Direitos Humanos, e que prevê como um de seus objetivos estratégicos, no âmbito do Ministério da Justiça, a proposição de projeto de lei para proporcionar autonomia administrativa e funcional dos órgãos periciais federais HISTORIA
A Criminalística como conhecemos teria seu início quando
Hans Gross, no final do século XIX, propôs que os métodos da Ciência moderna fossem utilizados para solucionar casos criminais (RABELLO, 1996). Em 1908, foi criado o “Instituto de Polícia Científica” na Universidade de Lausanne na França (ABC, 2006). COMO INGRESSAR
O ingresso na carreira é obtido obrigatoriamente por concurso
público, que pode ser de provas ou de provas e títulos. Embora o Código de Processo Penal não faça diferenciações entre os tipos de Peritos, eles são divididos em perito criminal, perito médico-legista e perito odonto-legista (redação dada pela lei 12030/09). O cargo de perito criminal ou criminalístico (podendo ser, como civil, estadual ou federal) exige formação de nível superior em área específica, conforme já adotavam antes da lei 12030/09 diversos Estados e a Polícia Federal, por exemplo: biotecnologia, biologia, biomedicina, computação, contabili dade, engenharia, farmácia, física, fonoaudiologia, matemática, med icina, psicologia, medicina veterinária, química, odontologia, geneticistas, linguistas, bacharéis em letras e em Direito, contadores, foneticistas, engenheiros de áudio, otorrinolaringologistas. Peritos Criminais geralmente trabalham em locais de crime (perícias de natureza externa) e nos Institutos de Criminalística (natureza interna). Médicos Legistas geralmente trabalham nos Institutos Médicos Legais (IMLs), em conjunto com os Odonto-Legistas, onde também podem trabalhar Peritos Criminais da área Farmacêutica ou Biomédica, responsáveis pelas análises das vísceras e demais vestígios coletados durante os exames de corpo de delito, seja no morto (de cujus) ou na pessoa viva. O QUE FAZ organizam provas; determinam as causas dos fatos; examinam locais de crimes; buscam evidências; selecionam e coletam indícios de materiais; encaminham e executam exames laboratoriais das evidências recolhidas; reconstroem fatos e cenários; NOTAS FINAIS
quem compete o exercício das atividades de polícia científica, ou
seja, a análise e produção da prova pericial no âmbito da Polícia Federal. A ele compete a emissão do Laudo de Perícia Criminal que comporá os processos penais, subsidiando o Juiz dos elementos técnicos para a formação de sua convicção acerca do crime sendo julgado. É especializado em áreas específicas de conhecimento técnico- científico e com diploma de nível superior de Química, Física, Engenharia (Computação, Civil, Elétrica, Eletrônica, Química, Cartográfica, Agronômica e de Minas), Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Ciências Biológicas, Geologia, Farmácia, Bioquímica, Medicina, Medicina Veterinária, Odontologia e Computação Científica. Para se tornar Perito Criminal Federal além de possuir diploma universitário em uma das especialidades citadas, deve ser aprovado em concurso público. Usualmente a relação candidato/vaga para ingresso na carreira de Perito Criminal Federal varia entre 209 candidatos/vaga (químicos) a 1100 candidatos/vaga (Médicos), e o regime de trabalho é integral com dedicação exclusiva. Em 2017 havia aproximadamente 1.100 (um mil e cem) Peritos Criminais Federais na ativa, lotados nos 26 estados da Federação e no Distrito Federal. O primeiro concurso para Perito Criminal Federal ocorreu em 1974. . responsável por atividades ligadas à análise e à investigação técnica, envolvendo mormente o trabalho de profissionais dotados de expertise científica.[1] Dentre as principais carreiras policiais na polícia científica, pode-se elencar o atendente de necrotério policial, auxiliar de necropsia, desenhista técnico-pericial, fotografo técnico- pericial, médico legista, oficial administrativo, perito criminal e o técnico de laboratório