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ISEC

Climatização e refrigeração

Palestra “Condutas de Ar para instalações AVAC”

Pedro Gonçalves

Nº21140237
No dia 7 de janeiro de 2009, pelas 17 horas, realizou-se no anfitiatro Cunha Torres do
departamento de Engenharia Mecânica do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra uma
palestra ministrada pelo Sr. Eng. Luiz Araujo da empresa Decflex, subordinada ao tema
“Condutas de Ar para instalações AVAC”.

A decflex é uma empresa com sede em Leça da Palmeira que, desde 1985, se dedica à
distribuição de equipamentos de ventilação nas áreas dos Ar condicionados, aquecimentos
solares, registos contra-fogo, ventilação, chaminés entre outras.

Foi no entanto no tipo de condutas, acessorios e montagem das mesmas, que o Sr. Eng.
Luiz Araujo incidiu.

Uma conduta de ar tem uma utilidade básica. Transportar o fluido, ar neste caso, entre
dois pontos distanciados a diferentes pressões. No caso de produtos acabados e prontos a
aplicar como os ventiladores, difusores, grelhas e outros acessórios, só precisam de ser
montados nos seus locais predefenidos na rede de condutas. Mas quanto à rede de condutas,
esta deve ser cretiriosamente dimensionada uma vez que hà um conjunto de limitações, tais
como o espaço disponivel, nivel de ruído, a velocidade, as perdas de carga e as fugas, que no
fim de ponderadas levaram à escolha adequada do tipo de conduta e ao tipo de tubo.

Para uma conduta sob determinadas condições, e com um objectivo definido podemos
adoptar por usar entre tubagens de diferentes materiais. Aparecem assim disponiveis
tubagens em chapa galvanizada que se adquir em rolos e se torna dificil o seu transporte e a
sua preparação para ser aplicadas.Se a conduta estiver num ambiente corrosivo pode se optar
por uma conduta em Aço INOX, por outro lado as concutas em Aço INOX apresentam mais dois
pontos a seu favor: conservam o seu aspecto e são fáceis de limpar. Estao também disponiveis
para aplicação tubagens de aluminio, que são de menor custo e facil manuseamento, de fibra
de vidro, de tecido e outos. É então necessário escolher o tipo de conduta a utilizar de acordo
com a situação que temos entre mãos.

Para uma determinada conduta, de um determinado material, tendo em vista certo


objectivo, é preciso optar por o tipo de tubagem, e nesta área foi nos dado a conhecer os
diferentes tipos de tubagem, entre os quais se pode escolher para uma determinada situção.

Há uma variada gama de de tipos de tubagem de acordo com o tipo de obra, do seu
dimensionamento, do local onde vai ser aplicada e da vertente monetária.

Aparece assim o tubo Spiro, contituido por uma chapa logitudinal que é enrolada
formando um tubo de secção circular com a forma de espiral, sendo no final unida e havendo
fiferentes formas de o fazer. O tubo spiro é o mais utilizado quer em ventilação, quer em Ar
condicionado.Apresenta um comprimento fixo de tres metros. Como vantagens à sua
utilização tem o facto de ser de baixo custo, da sua rapidez de fabrico e a facilidade da
montagem dos acessórios disponiveis. No entanto a sua forma pode ser uma desvantagem em
algumas aplicações devido ao seu tamanho. No sentido de continuar a usar o tubo Spiro e
neutralizar a desvantagem da sua forma circular, ou seja, do seu tamanho, aparece o tubo
Spiroval que é na mesma um tubo spiro mas de secção achatada e oval. É utilizado tanto em Ar
condicionado como em ventilação e tem como vantagem adicional à sua rapidez de fabrico, a
sua forma achatada, no entanto o custo é mais elevado que o Spiro mas são sobretudo os
acessórios que aumentam de preço e torna-se dificil de rectificar em obra.

Também muito usadas em Ar condicionado e ventilação são as condutas rectangulares


que apresentam como principal vantagem poder adoptar a forma desejada, o comprimento da
secção ser feito à medida, fácil de montar e de rectificar em obra. O preço da conduta
rectangular é elevado.

O tubo calandrado usado em despoeiramentos, que é de forma circular com costura


longitodinal apresentando assim menos perdas se carga que o spiro. Devido à sua união topo-
a-topo não hà irregularidades internas, reduzindo a rugosidade e a acumulação de detritos. O
seu custo é superior ao do tubo Spiro.

Também existem condutas em material isolante, leves e fáceis de utilizar que podem ser
de fibra de vidro ou poliuretano revestidos com uma pelicula de aluminio. São vendidas em
placas, a sua contrução decorre no local de montagem e as ferramentas a utilizar são
essecialmente de corte.

Temos ainda os tubos flexíveis que permitem com facilidade fazer a ligação entre
condutas e os terminais de difusão. Devem ser usados com bom senso, pois a perda de carga
introduzida é elevada. Podem ser Isolados termicamente, Isolados térmica e
acusticamente ou não isolados.

Por último e tendo sido recentemente o começo de sua utilização, temos as condutas
texteis que se usam na industria, nas piscinas, nos supermercados e escritórios. Apresentam a
vantagem de serem leves, baixo custo, fáceis de lavar, no entanto implicam um bom
planeamento da obra. Têm como desvantagem só se poder fazer insuflação de ar, não
podendo fazer a aspiração devido à maleabilidade do material.

Como acessórios comuns aos tubos e redes de condutas estao as suspenções para
tubagens, suporte para as condutas e os registos de caudal que podem ser de borboleta, iris, e
multi-lâmina.

Os tubos e as condutas que estão armazenados em estaleiro devem estar na posição


vertical e tamponados para evitar que se depositem poeiras e detritos no seu interior.

A climatização e refrigeração de espaços onde o homem labora, vive ou simplesmente


está deve ter em conta a saúde dos demais, uma vez que nos fornece o ar para respirar, ou
seja a renovação de ar,e a velocidade com que é feito, para não causar a sensação de
desconforto. Neste sentido foi nos dado a conhecer algumas normas pelas quais se rege a
instalação destes sistemas de condicionamento de ar. Por exemplo no caso de se querer isolar
um tubo ou conduta há normas que determinam a espessura de isolante que devem ser
aplicados, assim como, 20mm para ar quente e 30mm para ar frio, devendo ser adicionados
20mm de isolante para circuitos frios quando aplicados no exterior se o diâmetro do tubo for
maior que 60mm e 10mm adicionados nos restantes casos. É também necessário a
manutenção das condutas e dos seus acessórios e que estes estejam sempre acessíveis para
eventuais reparações.
As perdas não podem ser superiores a 1,5 l/s a 400Pa , a estanquicidade tem se ser
garantida, e é feita através de fitas e vedantes. Devem ser colocados acessórios especificos de
manutenção como tomadas de pressão nos sitios apropriados.

Em relação ao dimensionamento há vario software disponivel, fazendo a ligação ao CAD,


faz o dimensionamento das condutas, faz a implantação no desenho e a lista de material.
Para o dimensionamento o dimensionamento deuma tubagem de ar é necessário determinar o
caudal necessário em função das necessidades; fazer o traçado da tubagem o mais equilibrado
possivel; calcular as perdas de carga; nao esquecer cada uma das perdas de carga localizadas
(curvas, T’s , filtros, grelhas, tubo flexivel, etc); escolher o tramo mais desfavoravel; a pressao
estatica do ventilador deve ser ligeiramente superior ao calculado(coeficiente de segurança;
caso se pretenda usar conduta rectangular e calcular a secção equivalente.

As perdas de carga podem ser calculadas por varias formas. Podem-se calcular fixando
um valor de velocidade e a partir desse valor determinar a secção da tubagem, devendo esta
forma ser aplicada só em extracção, (pouco usado em AVAC). Podem ser calculadas por
redução da velocidade e ganho da pressão estática, ou seja, começa-se com a velocidade de
saída do ar do ventilador que vai diminuindo a medida que nos aproximamos dos difusores.
Com a velocidade e o caudal, calculam-se as perdas de carga. Por ultimo e o mais simples de
aplicar, é fixar o valor da perda de carga. Fixa-se o valor de perda de carga por metro e
multiplica-se pelo comprimento total da tubagem, tendo em atenção que o comprimento total
é o comprimento da tubagem mais o comprimento equivalente dos acessórios. Os
comprimentos equivalentes dos acessórios estao tabelados.

Outra área em que a Decflex esta a operar é na distribuição de chaminés destinando-se


à evacuacao dos produtos da combustão. Podem ser de parede simples ou de parede dupla.
Em relação aos materiais utilizados, o Aço AISI 304 – para o interior (gas) ou para o exterior, e
o Aço AISI 316 – quase exclusivamente para o interior (chamines policombustivel) tendo o
Aluminio apenas para revestimento exterior.Têm o interior liso, nas de qualidade nao há
costura longitudinal mas soldadura, vêm isoladas de fabrica, e absorvem as dilatacões, isto
devido a estarem sujeitas a grandes gradientes térmicos. Podem ser estanques ou nao.

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