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CDD
157.9
Dedico este trabalho aos meus pais e minha irmã
por estarem sempre em meu coração mesmo
quando deixei de estar com eles para poder me
dedicar a este trabalho, a minha esposa Estela que
me acompanha desde o começo na batalha sobre
escrever e produzir trabalhos sobre as Artes
Marciais, e principalmente a minha filha Heloisa
que quando for à defesa deste, será recém nascida
e estando pronta a ser a mais nova guerreira na
luta contra as controvérsias do nosso mundo, mas
persistente e perseverante, sempre como deve ser
todo (a) praticante de Artes Marciais.
AGRADECIMENTOS
À Profa Dra Marilia Martins Vizzotto que literalmente me adotou como orientando
mesmo ante aos contratempos que tive desde a definição do orientador até mesmo a decisão
sobre o que dissertar, sempre respeitando e ajudando quanto a tudo que acredito com
relação às Artes Marciais.
À Coordenadora de curso Profa Dra Mirlene Maria Matias Siqueira, por ser mais
que uma coordenadora, uma verdadeira líder e protetora de nossos objetivos, necessidades e
dificuldades, zelando sempre por todos, sendo austera e ao mesmo tempo compreensiva e
atenciosa, sempre zelando para o bem de todos.
A Andréia Maura Moura, mais que uma amiga, uma irmã, alguém em especial que
nunca me desamparou ou mesmo me abandonou quando mais precisei para a formatação e
acertos finais do meu trabalho.
A União Qwan Ki Do Brasil, e em especial meu Mestre Evandro Crestani que além
de ser meu mestre de formação marcial, é o irmão que não tive um amigo em especial que
acreditou e sempre me apoiou nesta jornada sobre escrever e acreditar nas Artes Marciais.
Hikitsuchi Sensei
SOUZA, O.M.J. Estratégias de enfrentamento utilizadas por praticantes de artes
marciais. Dissertação de Mestrado – Universidade Metodista de São Paulo, 2007, 80 p.
RESUMO
ABSTRACT
1. APRESENTAÇÃO....................................................................................................... 1
2. SOBRE O ENFRENTAMENTO ................................................................................. 3
2.1 Tipo de Enfrentamento e Análise ............................................................................... 7
2.2 Estratégias de Enfrentamento em situações de doênça ............................................ 10
2.3 Enfrentamento e prática esportiva ............................................................................ 16
3. ORIGEM E HISTÓRIA DAS ARTES MARCIAIS .................................................. 19
3. 1 Kung Fu Chinês ....................................................................................................... 23
3. 2 Kung Fu Vietnamita (Qwan Ki Do) ........................................................................ 25
3. 3 Taekwondo... ........................................................................................................... 29
3. 4 Karatê............ .......................................................................................................... 35
3. 5 As Artes Marciais e a Saúde.................................................................................... 39
Objetivos......................................................................................................................... 41
4. MÉTODO ................................................................................................................... 42
4.1 Participantes ............................................................................................................. 42
4.2 Ambiente .................................................................................................................. 43
4.3 Instrumentos ............................................................................................................. 43
4.4 Procedimentos .......................................................................................................... 44
7. REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 58
ANEXOS
ANEXO I - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ................ 62
ANEXO II – EMEP - Escala Modos de Enfrentamento de Problemas.......................... 63
ANEXO III - APRESENTAÇÃO DOS ÍTENS DA EMEP SEGUNDO OS FATORES
QUE A COMPÕEM....................................................................................................... 67
ANEXO IV – QUESTIONÁRIO DE LEVANTAMENTO DE DADOS...................... 69
LISTA DE TABELAS
esportivas que envolvam artes marciais é que surgiu o interesse em realizar o presente
estudo. Na nossa prática com esportes direcionados às artes marciais, temos observado que
cotidiano. Ballone (2005) considera em seus estudos relacionados ao esporte, que os atletas,
devido à disciplina que o esporte proporciona, têm uma capacidade maior de controle sobre
a ansiedade e o estresse, despertando assim uma maior concentração, bem como maior
motivação; tais considerações podem também ser equivalentes nas tarefas da vida diária,
Outros autores como Zakir (2001) reconhece que as situações estressoras evocam
uma série de respostas, que podem ser classificadas como: stress, propriamente dito ou
2004a; SEIDL, 2005; BORCSIK, 2006) da área de saúde. Estes autores apontam que as
vida diária ou qualquer situação e atividade humana que exija um controle, excesso
somático e/ou psíquico do ser humano; ou mesmo aqueles relacionados com situações em
partir dos anos 80, tem permitido a produção do conhecimento sobre o tema e o
variáveis que envolvem estresse e situações que podem auxiliar aspectos psicológicos das
2001).
Assim, observa-se na literatura que o enfrentamento tem sido compreendido nas mais diferentes situações humanas; de modo que
estudar essas condições de enfrentamento em praticantes de esportes torna-se relevante, já que na especificidade das praticas de artes
marciais quase nada, ou nada tem sido investigado.
2. SOBRE O ENFRENTAMENTO
apud BORCSIK, 2006) que o define como o conjunto dos esforços cognitivos e de conduta
objetivos. Essa exigência adaptada também fora longamente estudada por Lazarus (1969).
e Folkman (1984 apud BORCSIK, 2006) apontam que os atos ligados a coping, nesta
mesma visão psicanalítica, passaram posteriormente a ser tidos como flexíveis, propositais,
orientados para o futuro, consistentes com a realidade externa e diferente dos mecanismos
entre dois modelos distintos. No “modelo do stress”, o coping foi definido como atos
inatos ou adquiridos que diminuem condições aversivas, sejam estas por luta ou fuga. No
psicanalista e a de stress. A partir da década de 1960 surgiu uma segunda geração e, após
Lazarus e Folkman (1984 apud BORCSIK, 2006) fazem parte desta segunda
geração de pesquisadores, e tanto estes autores como para Billings e Moss (1984 apud
forma, o coping é definido por estes autores como todos os esforços de controle, sem
por dimensões, que são distribuídas em áreas como: afetiva (emocional); social; fantasiosas
que faz com que os sujeitos evitem confrontar-se com a ameaça. Para Lazarus e Folkman
(1984 apud BORCSIK, 2006) esse tipo de enfretamento (coping), é considerado como um
processo de reavaliação cognitiva. Explicam os autores que muitas vezes o indivíduo busca
inúmeras formas de artifícios com o objetivo de solucionar os seus problemas deturpando a
então aquele que, ao invés de atrair esse estado estressante e alterar a emoção diante da
resolução dos problemas do dia-a-dia. Caso este controle não seja alcançado com maestria,
e caso as estratégias não sejam efetivas para eliminar ou amenizar o fator estressante, o
(coping) relaciona-se também aos acontecimentos que se sucedem ao longo da vida das
indivíduos precisam enfrentar, e que estão ligados a situações de estresse distintas dos
problemas do dia-a-dia.
que as pessoas respondem ao estresse de várias formas. Segundo Weiten (2002), existem
algumas pessoas que são capazes de suportar melhor o mal do estresse, pois existem
variáveis moderadoras que podem diminuir o impacto do estresse sobre a saúde física e
mental, como o apoio social, o otimismo e a consciência. O autor esclarece que o apoio
social refere-se aos vários tipos de auxílios fornecidos por membros de uma rede social da
como o indivíduo enfrenta o estresse. Descrevem ainda, que o ser humano é capaz de
utilizar algumas estratégias para lidar com as exigências externas ou internas do nosso
corpo, ou seja, é como se o individuo pudesse seguir etapas do processo de estresse, que
quando gerada pela consciência, a pessoa saberá o momento certo de parar e manter o
coping, sendo a primeira é vista como um processo ou uma interação que se dá entre o
ambiente.
permite que a pessoa domine, reduza ou tolere a causa estressante. Já para Pensgaard e
Eriksen (2000 apud LIMA; SAMULSKI e VILANI, 2004) baseados na teoria da ativação
enfrentamento do sujeito ante a uma determinada situação nova ou que lhe produz stress; o
situações estressantes, sejam elas quais forem. Assim, seja qual for o modo de
enfrentamento, seja através de formas mais ou menos amadurecidas, elas serão colocadas à
disposição para buscar solucionar problemas. Deste modo, cabe salientar que as estratégias
sempre serão utilizadas, porém, o que irá distinguir a qualidade do enfrentamento será o
estressoras.
SAVOIA, 1999), enfatiza que o seu conceito ainda pode ser explorado em pesquisas
futuras, mais até do que o estresse, pelo fato de poder ser definido com maior grau de
precisão por ser um processo pelo qual as pessoas tendem a modificar ou eliminar os
problemas que surgem. O conceito de enfrentamento pode ainda ser correlacionado com
Assim, essa conceituação difere daquelas que trabalham com a noção de estilos de
primeira centrada no problema, refere-se a quando a preocupação maior que está focada na
confrontá-las e escolher uma solução, a qual será voltada totalmente para a realidade. O
busca da solução de modo que muitas vezes resulta em ações impulsivas e soluções pouco
de estresse, visando controlar ou lidar com a ameaça, dano ou desafio. Em geral são
indivíduos portadores de HIV e associaram essas estratégias com suporte social e qualidade
de vida. Identificaram que o suporte social teve sua importância destacada a partir do peso
que alcançou como variável preditora nas diferentes dimensões da qualidade de vida, em
também que o nível de escolaridade foi o mais forte preditor, apontando que pessoas com
nível de escolaridade mais alto, e que relataram maior disponibilidade e satisfação com os
ambiente onde viviam. O modelo que analisou a qualidade de vida geral teve apenas duas
concluir que pessoas soropositivas que referiram melhor apreciação da qualidade de suas
vidas relataram ter maior disponibilidade e estar mais satisfeitas com o suporte emocional e
como uma dimensão não adequada para o enfrentamento de situações estressoras, já que
indica que o sujeito, ao invés de buscar a aproximação e a resolução do conflito, este sujeito
Entretanto, Seidel, Trócoli e Zanon (2005) e Seidel e Faria (2005) colocam em duvida essa
dimensão (se positiva ou negativa) pois há variações entre indivíduos e tal aspecto deve ser
contextos de saúde e doença, inclusive com portadores de HIV; identificaram que muitas
como recurso para enfrentar os problemas. Por outro lado, outro estudo de Siegel e
uma variedade de benefícios provenientes de suas crenças e práticas dessa natureza. Esse
resultado semelhante aos estudos de Seidl e Faria (2005) com relação à religiosidade, ou
enfretamento está relacionado às situações em que as pessoas estão envolvidas com alguma
tensão. Neste caso, o mais prudente seria ter o controle para eliminar ou amenizar o fator
estressante para que a pessoa não entre em estado de exaustão (SEIDL e FARIA, 2006;
câncer e o HIV. Trentini, Silva, Valle e Hammerschmidt (2005); Motta e Enumo (2004);
Pereira e Araújo (2005); Silva, Müller e Bonamigo (2006) advertem que tais doenças, por
serem patologias que envolvem um alto risco da saúde, necessitam de um controle maior do
estresse.
suporte emocional.
recursos defensivos utilizados pelo sujeito ante a crise e que o acomodam numa certa
adaptação, podendo ser ou não eficaz. Esta capacidade adaptativa irá ser determinada pela
qualidade das respostas emitidas pelo sujeito na situação de crise. Estas respostas serão,
Assim, explica o autor, nunca um indivíduo pode ser considerado “não-adaptado”, pois
assim sendo ele estaria morto. O individuo possui adaptação eficaz ou ineficaz.
aparato interno que o indivíduo já possui, e que foi construído ao longo de seu
desenvolvimento; portanto fazem parte de seu mundo interno. Este autor criou uma escala
adaptativa dos indivíduos e que pode ser utilizada tanto para detectar a situação de crise
como para avaliar a qualidade das respostas do sujeito e, por conseguinte sua capacidade
instrumental de Simon (1989), têm sido bastante utilizada pelos pesquisadores nos casos de
por Kubler-Ross (1998) que discorre sobre fatores ou fases dos indivíduos acometidos por
doença grave e com expectativas de morte; a autora aponta que a doença traz, além de
conhecimento da malignidade da doença o paciente passa por estágios que, nada mais são
sucessivamente à tona à raiva, quando o diagnóstico for assimilado, a barganha para tentar
negociar a morte, neste estágio aceita-se o fato, mas procura-se adiá-lo, mais adiante será a
depressão com a revisão da vida e enfim a aceitação, onde a pessoa passa a deixar fluir o
Observa-se que, diante da rica literatura psicológica sobre as maneiras de lidar com
experiência de hospitalização, para a criança com câncer, pode trazer prejuízos para o seu
Para lidar com essa situação, o brincar no hospital tem funcionado como estratégia de
crianças em situações semelhantes a esta podem alterar-se devido ao fato que ela vivencia,
ou seja, em relação ao ambiente, pois a criança não tem o mesmo controle que adultos em
situações de estresse. Nos resultados em relação ao grupo (a), observou-se que as situações
que envolvam brincadeiras, conversas, etc., foi uma estratégia mais adequada e útil à
câncer, pois o brincar correspondeu a 78,6% das respostas relacionadas ao que a criança
efetivas nos jovens somente após a descoberta da doença, onde dedicavam seu tempo
realizavam atividades sociais como conversar com amigos, o que pôde demonstrar uma
um discurso que revelou maneiras mais adequadas para conviver com o fato de encarar a
insulina ou tentando seguir a dieta prescrita pelo médico. Assim, a atitude de lidar com a
situação focalizando no problema é descrita como uma estratégia de enfrentamento muito
Macgillicuddy-De Lisi (2000). Isso significa, que os adolescentes com menor grau de
Desta forma, nos jovens portadores de Diabetes Mellitus tipo I, observou-se que apesar do
início da doença ser avaliado como de considerável dificuldade, o tempo de convivência fez
com diabetes ainda apresentavam energia, crenças positivas em relação à doença e à vida,
pacientes e familiares foram fatores promotores que propiciaram uma avaliação menos
estratégias de coping utilizadas pelos jovens para lidar com dificuldades no trabalho, e os
evento estressor, age diretamente sobre o problema, tentando modificá-lo. Este estudo
adolescência apresentam uma preferência por estratégias mais ativas, como é a solução do
problema.
Na prática do esporte, o enfrentamento tem sido estudado desde 1980, não somente
competitivo.
explicam que na maioria dos casos, o que acontece com os indivíduos que passam por
situações de tensão de uma melhor maneira, por estar em prior com o seu estado emocional;
praticante enfrenta seus problemas com mais destreza ao entender a vida esportiva unida e
prática do esporte para controlar as suas expectativas bem como nas situações da vida
diária.
Podemos observar assim, que existem diversas formas com que as pessoas utilizam
esporte.
Lazarus e Folkman (1984 apud BORCSIK, 2006), concebe o enfrentamento como
doses razoáveis pode ser um componente indispensável para a ativação do atleta, pois tem
ser vivenciado em alto grau quando o atleta não consegue enfrentá-lo adequadamente,
múltiplas origens, segundo Sime e Mc Kinney (1994 apud GAERTNER, 2002) o estresse é
(adversa) ou positiva (satisfação) que suscita uma resposta fisiológica que requer uma
desvio dos níveis basais pode ser denominado de tensão... podem produzir conseqüências
fisiopatológicas se são experimentadas com grande intensidade e com alta freqüência por
no esporte, pode ser configurada como positiva ou negativa. Rocha, Nascimento, Silva e
certo grau de ansiedade pode atuar a favor do atleta, desde que as alterações fisiológicas
deste não sejam excessivas; mas caso as alterações fisiológicas sejam excessivas, todo o
esportiva, é indispensável mencionar um estudo feito por Menoncin Jr. (2003), na cidade de
Curitiba, com o objetivo de identificar quais foram os fatores pelos quais levaram os jovens
observou que de uma maneira geral houve diversos aspectos psicológicos que puderam
influenciar o desempenho dos atletas; entre eles cita: motivação, ansiedade, atenção,
desempenho esportivo e a capacidade do atleta em lidar com este tipo de tensão. Sendo
psicológicos.
3. ORIGEM E HISTÓRIA DAS ARTES MARCIAIS
A Arte Marcial faz parte da grande herança cultural do Oriente que, com seus
inumerável quantidade de pessoas. E grande parte dessas pessoas, busca nas Artes Marciais um meio para
aprender defesa pessoal, outros para vencer o medo ou a timidez, outros ainda para manter a saúde. Existem
também aqueles que, além disso, buscam uma resposta no anseio da alma, para completar o seu lado espiritual.
Diante do exposto as Artes Marciais suprem as necessidades de todas essas pessoas, propondo uma
vivência prática que serve como um caminho de autoconhecimento, despertando o poder interno latente em todo
Para um melhor entendimento do que estamos falando mostramos agora uma análise
A palavra Arte denota algo realizado pôr ser capaz, eminente, com habilidade,
perspicácia e sabedoria. Arte implica o sentido de imaginar, inventar, além do
acomodar, adaptar. O termo Marcial é derivado de Marte, nome latino de Ares,
deus da guerra da mitologia grega. Ele era uma das doze divindades do Olimpo,
sendo filho de Júpiter e Juno. Marte foi educado pôr Príapo com quem aprendeu
a dança e outros exercícios corporais, prelúdios da guerra (guerra interior =
busca da paz). Marte simbolizava o caminho da evolução espiritual.
Ainda nas palavras de Imamura (1994, p.75), segue a fusão dos termos:
indivíduo consigo mesmo, com relação à sua existência no mundo e na sua relação com
Não existem registros escritos precisos sobre a origem das Artes Marciais, no
entanto, acredita-se que elas tenham suas raízes mais remotas na Índia, há mais de dois mil
anos atrás. Há indícios de que nessa época tenha surgido a primeira forma de luta
Ela começa mesmo a tomar uma forma mais concreta a partir do século VI, quando
no ano 520 a.C. um monge budista indiano chamado Bodhidharma - 28º patriarca do
Budismo e fundador do Budismo Zen - deixou seu país e partiu numa longa jornada em
Índia para a China, pernoitando nos templos que encontrava pelo caminho e pregando sua
Após ter perambulado por boa parte do território chinês, o destino o conduziu ao
Templo Shaolin, localizado na província de Honan. Registros dizem ainda, que ao adentrar
no velho mosteiro, Bodhidharma deparou-se com a precária condição de saúde dos monges,
fruto de sua inatividade, que passavam grande parte do seu tempo “meditando”. Foi então
que ele iniciou os monges na prática de uma série de exercícios físicos, ao mesmo tempo
desses exercícios logo se tornou uma tradição no templo, vindo mais tarde a atingir um
estado de evolução tal que pôde ser considerada como um verdadeiro e completo sistema de
autodefesa: o Shaolin Kung Fu, que no Japão é conhecido como Shorinji Kenpo
Esta arte marcial em ascensão logo mostrava sua eficiência, primeiro com relação a
propriamente dito, posto em prática contra bandoleiros que por vez ou outra saqueavam o
A reputação dos monges lutadores logo se espalhou pela China, fazendo com que o
Ming (1368-1644), vindo mais tarde a conquistar outros países da Ásia e a dar origem a
Ryukyu. Esta região, que atualmente forma a província de Okinawa, constituía um reino
independente até o final do século XIX, quando foi anexada ao império japonês.
Alguns pesquisadores acreditam ainda que as Artes Marciais tiveram sua origem nas
formas primitivas de autodefesa dos seres humanos contra animais selvagens e nas lutas
tribais. A China foi o grande berço das artes marciais, nas quais se combinavam as
MARCIAIS, 1996).
As Artes Marciais são tidas como atividades físicas plenas, que trabalham o corpo e
indivíduo. Sua prática não só é saudável para uma boa forma física, mas também para o
sempre ligadas a uma filosofia de vida que privilegia o respeito aos outros e a autodefesa
Nos dias de hoje as Artes Marciais tem recebido características desportivas, onde o
fazendo culturalmente parte do quadro curricular na rede de ensino junto com as matérias
tradicionais de classe, como se fosse disciplina essencial para a prática da Educação Física,
bem como, completar o aluno com relação à filosofia. (ENCICLOPÉDIA DAS ARTES
MARCIAIS, 1996).
Kung Fu ou Gong Fu (功夫, Pin Yin: gôngfu), que tem a acepção de uma palavra
chinesa em forma coloquial que pode significar "Estudo, virtude ou habilidade, adquiridos
MARCIAIS, 1996).
O termo não era muito popular até a segunda metade do século XX; por isso
palavra foi usada pela primeira vez no século XVIII, pelo missionário jesuíta francês Jean
Joseph Marie Amiot. Com a imigração de chineses (cantoneses, em sua maioria) para a
costumavam a se referir treino das lutas corporais a atividade que requeria muito tempo de
prática ou trabalho duro sob rigorosa supervisão de um mestre competente, e em seu dialeto
Entretanto, o termo ganhou popularidade de fato a partir do final dos anos 60,
graças aos filmes de arte marcial de Hong Kong (especialmente os de Bruce Lee), e aos
seriados para televisão que levavam no título o termo Kung Fu. Sua popularidade no
mundo se deu pelos filmes a partir dos anos 60 do século passado e dos EUA através de
divisão regional, devido às diferenças geográficas. Apesar da China ser um país com
diversos tipos de relevo e com todos os seus pontos cardeais naturalmente, no Kung Fu,
chineses do norte utilizavam-se de roupas mais grossas para melhor proteção do frio e
pelas grossas roupas que coibiam alguns golpes. Valorizaram bastante os chutes,
principalmente os mais altos, aproveitando as pernas fortes (ENCICLOPÉDIA DAS
O sul chinês possui relevo um pouco mais plano em relação ao norte, com maior
abundância de rios e chuvas, com temperaturas mais elevadas. Por esta razão, os estilos de
bases de pernas são mais baixas, ou seja, mais plantado ao solo, adaptando-se a situação
geográfica da região sul daquele país. Com chutes mais baixos e fortes, sempre priorizando
as pernas e o baixo ventre, e em menor quantidade, valoriza-se o uso dos braços através de
socos, arremessos e agarramentos mais rígidos, visando uma luta mais breve.
Esta é apenas uma pequena descrição nas divisões mais marcantes entre os estilos
do Sul e Norte da China. Naturalmente existem outros fatores que se fazem pertinentes
Este esporte de combate pode ser praticado por adultos, idosos e crianças de ambos
os sexos dependendo do estilo. Combina ginástica completa de todo o corpo, na maioria das
katis, que por mutação lingüística são chamados katas no Japão. Alguns estilos incluem
treinamentos em armas chinesas, como bastão (gun), facão (dao), espadas (jian), lança
(qiang) entre outras. Se bem desenvolvido, possibilita um equilíbrio corporal total,
sobretudo dos chineses. Ao longo de vários séculos com lutas civis, mudanças de dinastias,
desenvolveram uma forma única e particular de arte marcial. Estas artes marciais eram
utilizadas pelos reis vietnamitas no treino das suas tropas e na defesa nacional contra as
MARCIAIS, 1996).
É difícil definir com precisão a data da formação das artes marciais vietnamitas. No
fundo, nascem com a história do próprio país e do imperador Hung Vuong I. Este
imperador funda a dinastia Hồng Bàng que dura de 2879 a 258 a.c. A origem da arte
marcial vietnamita situar-se-á por aí, contendo, portanto, mais de quatro mil anos de
existência. Teremos de ter em conta que o imperador Hung Vuong e a sua dinastia situam-
bastante difícil de discernir num tempo tão remoto. Por isso, em vários livros de história do
Vietnam e esta dinastia não chega a ser sequer considerada. Pinturas encontradas em
cavernas no norte do Vietnam e descrevem cenas de luta com armas. Para além das cenas
de luta com mãos vazias, há registros do uso de machados, pequenos sabres, lanças e paus
longos e curtos. O Vietnam define-se oficialmente como país em 200 d.c. Apesar da
problemática relação com a China, muita da cultura vietnamita assim como pensamento
filosófico provém precisamente daí. Isso seria inevitável já que a China foi o grande pólo
Define-se a mais usada das Artes Marciais o Kung-Fu Vietnamita - O Qwan Ki Do,
realização de 25 anos de estudos e pesquisas efetuadas por uma das maiores personalidades
das artes marciais vietnamitas, o mestre Pham Xuan Tong (TONG, 2001)
de Nam Dinh (Tankin) e elaborou uma síntese dos mais célebres estilos de artes marciais
Chau Qwan Ky que o designou, por testamento, sucessor e depositário de sua Escola
chinesa Nga Mi Ho Hac Trao (E Mei Hu He Zhao). Teve ainda os ensinamentos de arte
marcial vietnamita de seu tio-avô Phan Tru e dos mestres Long Ho Hoi, Pahn Thanh Su e
Le Van Kien. Em 1968, Pham Xuam Tong partiu para a França para terminar os estudos e
passou então a empreender o trabalho de sintetizar as duas grandes correntes que aprendera,
Qwan-Ki-Do, fruto de vários anos de pesquisa teóricas e práticas, dos quais 13 anos
natal e, particularmente ao culto dos seus antepassados. As duas razões por qual o
desejo de valorizar os dois elementos fundamentais de toda a arte marcial, o “Khi” (Qi e
preocupação levou ao termo Qwan Ki Dao (Via da Energia Vital) transcrito, para a
É determinada arte marcial vietnamita porque reúne técnicas das mais variadas, com
algumas combinações de diferentes estilos. Utiliza-se diferentes partes do corpo para ataque
combate corpo a corpo e com armas tradicionais vietnamitas. Tem-se ainda o combate
evolução permanente do corpo e do espírito, o equilíbrio do homem com ele mesmo e com
necessário ser forte para ser útil, mas ter a formação do homem verdadeiro e não somente
Qwan Ki Do pode utilizar além das armas tradicionais, técnicas utilizadas, utilizar o
começam com o aquecimento muscular e das articulações para depois iniciar aos exercícios
ideal para prevenção de processo inflamatório que pode ocorrer nas pessoas que trabalham
Kung-Fu. Os benefícios são semelhantes aos da ginástica aeróbia como queima de calorias,
direcional (não é estática como no halterofilismo). A energia de alto impacto bem como a
através de constante reflexão e desafio próprio. Os praticantes através desse processo vêm
sendo moldado durante vários séculos, e vem sendo transmitido para suas gerações. O
Kung-Fu não é a arte marcial só de exercício muscular mas sim, a arte marcial do exercício
intelectual, espiritual e sobretudo cultural; f) Defesa Pessoal: Por ser arte marcial, todas as
técnicas de Kung-Fu tem a sua prática para fins de defesa própria, mesmo aqueles estilos
que aparentemente são direcionados para fins de terapia ou promover um melhor estado de
saúde. O Kung-Fu tem como objetivo o desenvolvimento técnico global visando dominar
3.3 TAEKWONDO
que surgiu há cerca de dois mil anos. Hoje em dia, é um desporto difundido em todos os
continentes. Nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988, teve seu "batismo de fogo", quando se
converteu num desporto olímpico de exibição. Em Atlanta, 1996, já constava para a disputa
No século VII, a Coréia estava dividida em três reinos: Koguryo, Paekche e Silla.
Descobertas arqueológicas de pinturas nas paredes de Muyong-Chong, uma tumba real que
utilizando técnicas com muitas características da arte, como a "faca da mão", o punho
cerrado e a posição de luta clássica. Nesta época, destes três reinos que viviam em
constantes conflitos, Silla (o menor e menos desenvolvido deles) estava sempre sendo
invadido pelo outros, bem como por piratas japoneses, que se aproveitavam de sua fraqueza
e incompetência militar para saqueá-los. Ignorando suas diferenças com seu vizinho mais
próximo, e preocupado com a segurança de seu próprio reino, o rei de Koguryu amedronta-
se frente aos ataques dos piratas japoneses e resolve enviar forças militares para prestar
e à própria península, dos ataques inimigos. Esta foi a primeira vez que o taekwondo
(naquela época conhecido como Tae-Kyon) foi introduzido no reino de Silla, que seria, a
partir de então, seu maior propagador (ENCICLOPÉDIA DAS ARTES MARCIAIS, 1996).
Uma vez contando com o apoio militar de Koguryo, o rei de Silla convocou a
nobreza do reino para que formassem um grupo de elite, que se responsabilizaria pela
defesa e proteção da nação. Esses nobres criaram um grupo que ficou conhecido como os
todo o reino. Seu rei, porém, acreditava que ainda lhes faltava uma ideologia, pois do
contrário seriam nada mais que um grupo de assassinos bem treinados. Estudaram, então,
história, filosofia confuciana, ética e moral budista. Daí formularam seu código de honra:
Fidelidade ao rei; Lealdade aos amigos; Respeito aos pais; Nunca recuar ante o inimigo; Só
matar quando não houver alternativa. Com a formulação deste código de honra, o
artes marciais orientais). A partir da formação do grupo dos Hwarang, Silla tornou-se tão
poderosa frente a seus inimigos vizinhos que, no ano de 670 d.C., consegue unificar os três
reinos da península sob a sua bandeira. É por isso que algumas fontes de pesquisa indicam
este ano como o ano de surgimento oficial do taekwondo, na cidade de Surabul da Silla;
mas na verdade, a prática desta arte é bem anterior a este período, como nos provam as
A partir daí, os Hwarang viajam pelo interior da península para conhecer mais sobre
a região e a população, e desta forma vão espalhando o Tae-Kyon por todo o reino durante
toda a dinastia Silla, que se estende de 668 d.C. até 935 d.C. Durante esta época, o Tae-
desenvolvimento físico, ainda que fosse também uma excelente forma de defesa pessoal.
Somente durante a dinastia Koryo (935 d.C. - 1392 d.C.) esse foco começa a mudar. Nessa
época o Tae-Kyon passa a ser conhecido como Subak e deixa de ser visto como um sistema
época, muitos coreanos imigraram para o Japão em busca de melhores condições de vida,
sendo que algum destes aprenderam as artes marciais japonesas, como o Karate (Tang Soo
Do em coreano).
CHANG MOO KWAN, onde o Mestre BYUNG IN YOON praticou kung fu Chuan Fa e
Karate Shudokan; - MOO DUK KWAN, onde o Mestre HWANG KEE praticou Tae-Kyon
Karate de Okinawa, sistematizando suas formas com base nos katas japoneses; - JI DO
KWAN, originada pelo Mestre CHUN SANG SUP que sabia Judô e Karate, sendo
posteriormente liderada pelos mestres KWE BYUNG YOON (4º dan karate shudokan) e
CHONG WOO LEE; - CHUNG DO KWAN, pelo mestre WON KOOK LEE, praticante de
da Chung Do Kwan, liderada por CHOI HONG HI (praticou Tae-Kyon na juventude, foi
faixa preta no Japão no estilo Shotokan de Karate) e Nam Tae Hi (treinado na Chung Do
Kwan), esta escola teve papel importante na identificação de uma nova luta na Coréia,
tendo em vista que o General Choi Hong Hi propôs o nome Taekwondo em 11 de Abril de
(I.T.F.), que enviou professores pelo mundo para a divulgação da luta, e elaborou 24 novos
katas (conhecidos como Hyong ou Tul), técnicas e regras específicas, resgatando os chutes
muito valorizados no Tae-Kyon (estilo CHANG HUN), que mantém as posturas marciais
de combate. No início eram utilizados os katas japoneses, com nomes em coreano, daí a
Houve uma centralização das escolas em torno da ITF, todavia alguns mestres não
políticos levaram o Gal. Choi ao exílio, levando consigo a sua federação para o Canadá. O
vazio provocado com essa ruptura gerou a formação da WTF em 28 de maio de 1973, que
coreano (estilo KuKiwon), que elaborou novas formas (Palgwe e Poonse), e enfase em
competições olímpicas). Outra Federação é a STF, do Mestre Haeng Ung Lee que veio da
ITF e em 1983 desenvolveu o estilo Songahm, criando suas próprias formas, chamadas de
fórmulas.
No Brasil em julho de 1970 em São Paulo, trazido pelo mestre Sang Min Cho,
Sang Min Kim ,Kun Mo Bang, Kum Joon Kwon , Woo Jae Lee, Kwang Soo Shin, Chang
Seun Lim, Soon Myong Choi, Ju Yol Oh, Te Bo Lee, Hong Soon Kang, Sung Jang Hong,
formas, bases, golpes e defesas, com a herança dos movimentos rápidos e precisos do
chutes do Tae-Kyon. Podemos dizer que lutas diversas contribuíram no sistema, todavia o
Taekwondo é uma moderna arte, estabelecida na metade do século XX e em constante
aprimoramento. A palavra "taekwondo" significa = "caminho dos pés e das mãos através da
mente".
Gubs e em seguida em Dans. Cada Gub corresponde a uma faixa colorida que o
taekwondista amarra na cintura, por sobre o dobok, a vestimenta característica dessa arte
marcial. São elas: Branca (10º Gub); Laranja (9º Gub); Amarela (8º Gub); Amarela com
Ponta Verde (7º Gub); Verde (6º Gub); Verde com Ponta Azul (5º Gub); Azul (4º Gub);
Azul com Ponta Vermelha (3º Gub); Vermelha (2º Gub); Vermelha com Ponta Preta (1º
Gub).
A partir daí, o praticante chega aos Dans, cujos sinais exteriores limitam-se à
Dan, 2º Dan etc, até o 10º Dan, que só é concedido ao 9º Dan quando o 10° Dan morre. Ou
Quanto aos seus benefícios, são excelentes para aqueles que procuram fazer uma
atividade física e já estão cansados das aulas convencionais de ginásticas oferecidas nas
praticante, seja ele adulto ou criança. Ele desenvolve a coordenação motora, trabalha a
memória, ensina disciplina e valores, bem como noções de hierarquia e respeito. Além
3.4 KARATÊ
A palavra "Karate" é derivada de uma expressão usada na filosofia zen, que pode
ser considerada como parte integrante da filosofia oriental. A palavra "sora" que se
estado de mente que não é afetado por nada, isto é, estado de inexistência. Este "estado",
significa o esforço para livrar a pessoa de qualquer tipo de desejo e desenvolver um caráter
respeitável. Portanto o verdadeiro propósito do karate é treinar de tal forma que o praticante
possa viver de maneira agradável, saudável, honrado e digno, sem criar problemas, sem
temer ao forte ou poderoso, sem se humilhar ante o homem influente, e sem se tornar cego
pelas riquezas da terra (desapego). Esse equilíbrio existe através do Yn e Yang, que em
do karate, se deve ao mestre Gichin Funakoshi, que mudando o sentido original do nome,
introduziu a palavra “KARA” com significado de vazio, Céu, Universo. “TE” significa mão
e “DO” caminho. Literalmente karate significa o caminho das mãos vazias (Por isso se diz
que o lutador de karate usa o próprio corpo como armas para lutar) ou num sentido mais
1996).
medida em que a arte foi sendo desenvolvida, estudada, cultivada e transmitida através das
gerações, mudanças e contribuições foram somadas para a formação de diversos estilos de
Japão, não existia o conceito de esporte os guerreiros praticavam artes marciais também
como forma de exercícios físicos, através dos quais educava a disciplina, a moral, o
Funakoshi, que introduziu o karate como esporte no Japão e foi convidado pelo ministério
da educação japonês, para dar aulas de karate nas escolas e universidades do país. O mestre
Funakoshi pretendeu com seu método que visava à educação física como forma de defesa
pessoal, aliada à filosofia dos samurais, mas com base científica, ajudar os estudantes em
sua formação como homens e cidadãos úteis à sociedade, tudo isso, sem perder o
O karate foi considerado "arte divina" pela sua grande eficiência no combate real.
"karate-competição" como esporte. Nos anos 30 e 40, o karate começou a se espalhar pelo
mundo. Aqueles poucos indivíduos, que realmente alcançaram uma alta condição na arte do
karate, exibem capacidades que parecem estar próximas dos limites do potencial humano.
O praticante de karate, uma pessoa altamente treinada nos aspectos físico-mentais, quando
pensamento intelectual e de emoções como raiva, medo e orgulho. Em lugar disso, ele não
se sente como indivíduo separado das coisas que o cercam, como um indivíduo em seu
ambiente. Até mesmo seu oponente é olhado como uma extensão de si próprio. É natural
que tais sentimentos subjetivos estejam abertos ao estudo científico. No karate existe uma
famosa expressão do mestre Funakoshi: "Karate Ni Sente Nashi", que significa que
primeiro a defesa é importante, depois o ataque, sem perder o espírito ofensivo, esse
provérbio explica claramente o objetivo do karate que é conter o espírito de agressão. Dessa
forma, nota-se a atitude de respeito na prática do "Kata" (Luta imaginária), as quais sempre
se iniciam com técnicas de defesa. Através de muito trabalho e dedicação ele busca a
Cada pessoa tem objetivos diferentes ao optar pela prática do Karate, que devem ser
respeitados. Cada um deverá ter oportunidade de atingir suas metas, sejam elas tornar-se
defesa pessoal. Contudo, não deve o praticante fugir do real objetivo da arte. Aquele que só
pensa em si mesmo, e quiser dominar técnicas de Karate somente para utilizá-lo numa luta,
não está qualificado para aprendê-lo, afinal, o Karate não é somente a aquisição de certas
espiritual do ser humano, e não somente o estado de "ausência de doenças". O Karate é tido
como um vetor de saúde, pois proporciona ao seu praticante: aptidão física total (força,
bem estar, reduz os níveis de ansiedade, aumenta a auto-estima, melhora a imagem física e
para enfrentar obstáculos da vida diária, respeitar o próximo, tendo bons costumes em
relação ao meio ambiente, equilíbrio, boa postura e respiração correta, que serão
perseverança até fazer desses objetivos um hábito. A estabilidade emocional também pode
ser conseguida, a situação de luta colabora eficazmente para sua conquista. Qualquer
muitas vezes deixados de lado. Pai e mãe freqüentemente trabalham e, às vezes, não têm
condições de ajudar a construir estes valores que são conseguidos desde a infância, por não
estarem sempre em contato com os filhos que, normalmente, passam seus dias em frente de
uma televisão e/ou em contato com companhias inadequadas. Além disso, as escolas, em
geral, priorizam o aspecto intelectual, dando menos ênfase aos fundamentos da educação
adolescência e na sua vida adulta, pois todo e qualquer ser humano quando bem orientado e
motivado, será um grande passo para se evitar o aparecimento de certos vícios (como o uso
Nesse sentido, pode-se dizer que a prática correta de qualquer tipo de esporte ou
Antes de tudo devemos assentar as bases de que como qualquer outro tipo de
exercício, realizado em forma e intensidade adequada, os seus praticantes obterão uma série
déficit produzido numa das suas partes repercutirá de forma imediata no conjunto
MARCIAIS, 1996).
Dentre inúmeros benefícios possíveis pela prática das Artes Marciais de um modo
geral, pode-se destacar os que estão ligados as questões psicológicas dos praticantes, onde
decisiva de atuação num dado momento (sentido de ordem e disciplina mental). No aspecto
acadêmico que, além disso, lhe oferece uma normativa ética de comportamento para os
ordem que nessa época da vida surgem em qualquer indivíduo. Uma sólida formação e um
caráter equilibrado vão evitar numerosos problemas de toda índole; d) Por conseguinte, o
conseguir nessa época da vida o mais alto equilíbrio psicofísico dentro de uma linha de
comportamento adequada, numa mente habituada à análise dos seus atos e reações, é o
melhor resultado que as artes marciais podem conferir aos seus praticantes; e)
momento, nesta fase alcança um máximo de segurança e confiança nas suas próprias
situações de "stress" da vida quotidiana, e nas suas relações humanas; f) Os trabalhos com
se psicologicamente, recorrendo à prática marcial não só para "adquirir saúde", para as suas
artérias, obesidade, etc., mas para desintoxicar-se dos conflitos domésticos, laborais,
profissionais, etc.; g) Por último, a experiência acumulada nos seus anos de prática lhe
permitirá obter, junto com um conjunto de técnicas concretas dentro da arte considerada,
algo mais importante, que será a aproximação ao conhecimento das suas próprias
saberá concentrar-se, "verá no seu interior" e estará capacitado a relaxar sua mente e
libertar-se dos altos conteúdos de ansiedade e angústia presentes, próprios dos tempos
Diante do exposto entende-se que a prática das artes marciais pode estabelecer
marciais.
- Relacionar as estratégias de enfrentamento utilizadas por praticantes iniciantes
marciais
4. MÉTODO
4.1 PARTICIPANTES
que se encontravam numa faixa etária heterogênea, ou seja, de 15 até 56 anos, em maioria
conhecidos como office-boy, garçons, até indivíduos de grau superior, como engenheiros,
familiar, esta mostrou heterogeneidade dos grupos, variando de R$ 350,00 reais até R$
15.000,00 mil reais. Estes praticavam (Kung Fu Chinês, Kung Fu Vietnamita (Qwan Ki
amostra foi selecionada por critério de conveniência, como apontam Rea e Parker (2000),
ou seja, os sujeitos foram convidados a participar, não existindo nenhum sorteio prévio.
Porém estabeleceu-se anteriormente que estes sujeitos estivessem em uma faixa etária entre
- Grupo 1 – 67 praticantes com tempo de pratica superior a 12 meses podendo ser ou não
necessários exigidos dentro de sua modalidade marcial que pode variar de modalidade
para modalidade entre 4 a 8 anos em média para se formar. Nestes estão incluídos os
(academia) mediante dia e horário marcado. Em cada academia, foram cedidos locais
separados, que garantiram a neutralidade, sem haver interferências e interrupções para que
academias da região central do município de Santo André e uma academia do centro de São
Paulo que atendem a praticantes de classe media (B2 definida como aquela que tem
de 2005 gerando sete classes sociais do Brasil em 2006, que inclui estimativas de
renda informal). Também foi utilizada uma academia localizada próximo à divisa
do município de São Paulo com o município de Diadema em região mais afastada do centro
que atende a alguns praticantes de classe media baixa e baixa C, D e E definida como
aquela que tem rendimento de R$ 420,00 a R$ 1.890,00 segundo essa mesma fonte de
dados.
4.3 INSTRUMENTOS
para a população brasileira por Gimenes e Queiroz (1997) apud Seidl (2005). A escala é
suporte social (procura de apoio social emocional ou instrumental para ajudar a lidar com o
escores construídos para cada um dos fatores que representam as diferentes estratégias de
enfrentamento, sendo que os maiores escores indicam maior utilização daquela estratégia
4.4 PROCEDIMENTOS
conveniência, ou seja, foram sujeitos da presente pesquisa somente aqueles sujeitos que se
sendo que a aplicação fora realizada nas dependências das próprias academias onde os 94
submetidos ao Statistical Package for Social Science (SPSS), versão 15.0 para Windows e
Optou-se por apresentar os dados e discuti-los em uma mesma seção. Para tanto,
enfrentamento.
apresentação dessa descrição aqui na seção dos resultados e não restringi-los a uma
descrição breve no método, dado a riqueza dos dados a serem discutidos a partir de suas
características.
G2 G1
Estado Civil Freqüência
% Freqüência %
Solteiro 21 77,78 43 64,18
Casado 6 22,22 20 29,85
Outro* --- --- 3 4,48
Não Respondeu --- --- 1 1,49
TOTAL 27 100% 67 100%
* (Outro) representa aqueles que vivem juntos ou são separados
Observa-se pela Tabela 1 que a faixa etária vista isoladamente encontra maior
freqüência dos 19 até 25 anos no grupo 2 (praticantes iniciantes) e de 33 até 39 anos Grupo
ambos os grupos, verifica-se que sua maior concentração está entre 19 até 39 anos. Isto
demonstra uma faixa etária heterogênea; porém é naturalmente esperado que os iniciantes
sejam sujeitos mais jovens, enquanto que aqueles veteranos tenham mais idade, conforme
Método, pode-se dizer que o total de sujeitos da amostra concentra-se numa faixa etária de
A Tabela 3 indica que a maior parte dos sujeitos do G2 era praticante de Qwan Ki
Do, enquanto que os praticantes do G1 praticavam Karate. Lembra-se aqui que o Qwan Ki
Do é uma prática que se define como o Kung Fu Vietnamita - O Qwan Ki Do, que designa
o caminho da energia vital (TONG, 2001). O criador da modalidade elaborou uma síntese
dos mais célebres estilos de artes marciais chinesas e vietnamitas e sintetizou duas grandes
prática que tem como propósito o treino que possibilita ao praticante viver de maneira
agradável, saudável, honrado e digno, sem criar problemas, sem temer ao forte ou
poderoso, sem se humilhar ante o homem influente, e sem se tornar cego pelas riquezas da
terra (desapego). Esse equilíbrio existe através do Yn e Yang, que em conjunto, formam o
ao mestre Gichin Funakoshi, que mudando o sentido original do nome, introduziu a palavra
“KARA” com significado de vazio, Céu, Universo. “TE” significa mão e “DO” caminho.
Literalmente Karate significa o caminho das mãos vazias (por isso se diz que o lutador de
Karate usa o próprio corpo como arma para lutar) ou num sentido mais filosófico, caminho
nesta tabela foi a de demonstrar que em ambos os grupos, os sujeitos praticam artes
estas mesmas técnicas devem ser similares. Porém, observa-se que aqueles praticantes de
artes marciais com maior tempo (anos) de prática estão mais concentrados no Karate,
enquanto que os iniciantes concentram-se mais no Qwan Ki Do. Esse dado pode, em
princípio, indicar que em anos passados o Karate teve uma maior preferência entre os
praticantes no Brasil. Todavia, como o presente estudo trabalhou com uma amostra por
conveniência, esse aspecto não pode ser afirmado, pois para tal afirmação, haveria de se ter
uma amostra maior e estratificada; porém, é de se afirmar que o Karate começou a ser
Qwan Ki Do, segundo Tong (2001) foi uma arte marcial que surgiu já em meados dos anos
40 do século XX. Assim, por uma questão lógica, o Karate é uma arte que fora difundida
primeiro, em nosso País, quando comparada com as demais, e assim os mestres e sujeitos
com maior tempo de prática desta amostra a praticam sob tal influencia. De modo que
esperado que os sujeitos da amostra com maior tempo de prática em artes marciais devam
praticar o Karatê se este era o esporte mais difundido entre nós em anos passados.
G2 de 0 até 1 27 28,72
que com o G1 esse tempo seria variável embora com mais de um ano. Assim, observa-se no
grupo 1 que há maior concentração quando agrupados duas faixas em anos de prática e que
vão de mais de dois anos até 9 anos de prática. Porém, ainda há de se perceber que entre
aqueles pertencentes ao G1, 25 pessoas (25,5%) tinham uma larga experiência, ou seja,
Com esses dados, reafirma-se o fato discutido anteriormente, de que como a arte
marcial “Karate” fora, segundo Tong (2001) a mais difundida no Brasil em anos anteriores
grupos. Ou seja, tanto iniciantes quanto veteranos apresentaram respostas muito similares.
Assim, pode-se dizer que os achados do presente estudo puderam demonstrar com clareza
(2001) e mesmo aquelas situações descritas por Lima, Samulski e Vilani (2004), pois
todos esses autores consideram que os atletas, devido à disciplina que o esporte
proporciona, têm uma capacidade maior de controle sobre a ansiedade e o estresse. E mais,
um atleta praticante enfrenta seus problemas com mais destreza ao entender a vida
Ora, para afirmar essas posições ante os achados do presente estudo, haveríamos de
ter encontrado diferenças marcantes, significativas em ambos os grupos, fato que não
média.
médio da escala. Por esta tabela pode-se observar similaridade entre os dois diferentes
busca de suporte social” aqui utilizadas tendo como referencial a escala de modos de
aquelas que possibilitam a busca de apoio social emocional ou instrumental para ajudar a
ZANNON, 2005).
Para Lazarus e Folkman (1984 apud BORCSIK, 2006), o enfrentamento mais amadurecido
seria então aquele que ao invés de atrair o estado estressante e alterar a emoção diante da
Reafirmando essa posição, é interessante também observar pela mesma tabela 5, que
com relação às “estratégias focadas na emoção”, estas estão entre as menores médias
pensamentos e ações para manejar as emoções perturbadoras que surgem dos encontros
emocional.
mais positivo porém similar. Ao identificarmos esses aspectos positivos com aqueles
descritos por Ballone (2005); Ramires, Carapeta, Felgueiras e Viana (2001) e Lima,
Samulski e Vilani (2004) observamos que ambos grupos de praticantes de artes marciais
igualmente enfrentam seus problemas com mais destreza, porém não se pode dizer que
isto se dá por pela disciplina alcançada pelo esporte ou mesmo pelo fato de que a essa
problema em maior quantidade do que o grupo dos iniciantes. Entretanto, essa contribuição
do autor talvez só fosse possível de ser dita se o presente estudo tivesse avaliado
enfrentamento numa amostra maior e com grupo de controle de não praticantes; ou ainda,
num estudo longitudinal em que se pudessem avaliar estratégias antes do início da prática e
que circundam a natureza humana e que se tornam muitas vezes impossíveis de serem
verificadas com tamanha precisão e controle. Considera-se ainda que o grau de instrução e
amostra pouco heterogênea e que também pode comprometer os resultados. Por isso é que
aqui se sugerimos estudos futuros com amostras mais bem definidas, estratificadas e com
critérios mais rigorosos e que possam efetivamente verificar com maior precisão a
exigência adaptativa diante de seus objetivos. E, sem dúvida, no presente estudo a amostra
mostra-se bem adaptada. O fato aqui demonstrado é que os sujeitos de ambos os grupos
apresentam menos estratégias voltadas para emoções - aquelas imediatistas e que envolvem
pensamentos e ações para manejar as emoções perturbadoras mas que exigem muito
vidas. Todavia, não se pode atribuir essa utilização à prática de artes marciais, dado ao fato
anos de ensino e busca de suporte social entre os sujeitos do Grupo 1 (formados que
lecionam). Com estes dados, pode-se entender que quanto mais tempo essas pessoas se
vista lógico, pode-se dizer que esse contato com alunos durante os anos que o sujeito
de psicologia geral, aponta que, existem pessoas capazes de suportar melhor o estresse,
implicando no fato de que existem variáveis moderadoras que possam diminuir o impacto
do estresse sobre a saúde física e mental. Entre elas, está o suporte social, que se refere aos
vários tipos de auxílios fornecidos por membros de uma rede social da pessoa.
Portanto, há de se pensar que, quando se alude à busca de suporte social, pensa-se
em pessoas que buscam melhores formas de contatos sociais e que ampliam sua rede de
suporte, fato que indica mais amadurecimento. Assim, esses anos de prática no ensino das
artes marciais indicam que esses professores lidam no seu dia-a-dia com o que apontam
Motta, Emuno ( 2004ª; 2004b ; Seidl, (2005) e Borcsik, (2006), que as estratégias de
qualquer situação e atividade humana que exija um controle, excesso somático e/ou
psíquico maior do ser humano. A lida diária com alunos, iniciantes e tudo aquilo que os
modo que o uso dessa “busca de suporte social” entre os sujeitos do G2 que lecionam
enfrentamento do sujeito ante a uma determinada situação nova ou que lhe produz estresse;
situações estressantes, sejam elas quais forem, ou utilizará formas de enfrentamento menos
amadurecidas. Deste modo, cabe salientar que as estratégias sempre serão utilizadas,
porém, o que irá distinguir a qualidade do enfrentamento será o tipo de estratégia mais
verificado nessa tabela 6, os anos de experiência em ensino das artes marciais pareceram
Este trabalho analisou uma amostra de praticantes de artes marciais com o intuito de
(Kung Fu Chinês, Kung Fu Vietnamita (Qwan Ki Do), Taekwondo e Karatê) artes marciais
solteiros e com nível de instrução médio e com grande variação de profissões/ ocupações
(desde operários, até indivíduos com profissões de nível superior), distribuídos em dois
grupos. O grupo 1 – 67 praticantes com tempo de pratica superior a 12 meses podendo ser
ou não formados “faixa-preta”, ou seja, aqueles que tiveram experiência, treino e estudo
estressantes.
social ou instrumental para ajudá-los na lida com situações mais estressantes (estratégias de
Outro aspecto interessante que fora revelado, foi o de que esses mesmos sujeitos,
como a esquiva, à negação na resolução de problemas que causam estresse). Fato esse que
demonstrou que esses praticantes de artes marciais utilizavam menos estas estratégias
pouco amadurecidas e, portanto maior controle emocional. Todavia, não podemos afirmar
que esse controle foi de influência das artes marciais, já que ambos os grupos apresentaram
Outro dado importante e o único a revelar distinção entre os grupos foi à relação
entre os anos de ensino e busca de suporte social entre os sujeitos do Grupo 1 (formados
que lecionam). Ou seja, pôde-se entender que quanto mais tempo essas pessoas se
desenvolveram. De um ponto de vista lógico, pode-se dizer que esse contato com alunos
durante os anos que o sujeito leciona, também favorece um melhor contato social, mais se
enfrentamento utilizadas com mais freqüência pelos praticantes de artes marciais, não se
pode dizer, por esses dados que há uma relação entre estratégias de enfrentamento mais
amadurecidas com a prática deste esporte. Para tal afirmação, há de se fazer um estudo com
amostra maior, estratificada e que tenha maior controle de variáveis; estudo que sugerimos
seja realizado no futuro, comparando com outros esportes, esportes individuais e esportes
amostra foram muito dispersos, revelando uma amostra pouco heterogênea e que também
pode comprometer os resultados. Por isso é que aqui se sugerem estudos futuros com
amostras mais bem definidas e com critérios mais rigorosos e que possam efetivamente
do sujeito.
7. REFERÊNCIAS
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LIMA, F.V.; SAMULSKI, D.M. e VILANI, L.H.P. Estratégias não sistemáticas de coping
em situações críticas de jogo no tênis de mesa. Rev. Bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.18,
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Crianças e Adolescentes Vivendo com HIV/Aids e suas Famílias: Aspectos Psicossociais e
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TONG, Phan Xuan. Qwan ki do. Milano, Itália: Carmelo Jenco, 2001.
ZAGO, T.C. Estudo da eficácia adaptativa de executivos e suas relações com o trabalho,
2004. Dissertação de Mestrado Psicologia – Universidade Metodista de São Paulo, São
Bernardo do Campo, 2004.
Fui informado (a) da pesquisa que tem por objetivo: Verificar as estratégias de
enfrentamento utilizadas por praticantes de artes marciais. Para coleta de dados, será
utilizado o EMEP – Escala Modos de Enfrentar Problemas. Será acrescido ainda uma
entrevista com dados pessoais. É importante ressaltar que esses dados serão confidenciais.
Este estudo tem caráter acadêmico e será realizado por Orlando Marreiro de Souza
Junior e orientado pela Professora Dr.(a). Marilia Martins Vizzotto da Universidade
Metodista de São Paulo. Declaro, ainda, ter compreendido que não sofrerei nenhum tipo de
prejuízo de ordem psicológica ou física e que minha privacidade será preservada. Concordo
que os dados sejam publicados para fins acadêmicos ou científicos, desde que seja mantido
o sigilo sobre a minha participação. Estou também ciente de que poderei, a qualquer
momento, comunicar minha desistência em participar do estudo.
Contatos: marreirojr@uol.com.br
Universidade Metodista/ Mestrado em Psicologia – Fone: 11 4366-5351
Portanto, _________________________________________________________________,
consinto em participar da pesquisa acadêmica que tem por objetivo: Verificar as
estratégias de enfrentamento utilizadas por praticantes de artes marciais.
______________________________________________________________________
Assinaturas: Orlando Marreriro de Souza Junior
Profa. Dra. Marilia Martins Vizzotto
ANEXO II – EMEP - Escala Modos de Enfrentamento de Problemas
_________________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Para responder ao questionário, tenha em mente as coisas que você faz, pensa ou
sente para enfrentar esta situação ou problema, no momento atual.
Veja um exemplo:
Você deve assinalar a alternativa que corresponde melhor ao que você está fazendo
quanto à busca de ajuda profissional para enfrentar o seu problema. Se você não está
buscando ajuda profissional, marque com um X ou um círculo o número 1 (nunca faço
isso); se você está buscando sempre esse tipo de ajuda, marque o número 5 (eu faço isso
sempre). Se a sua busca de ajuda profissional é diferente dessas duas opções, marque 2, 3
ou 4, conforme ela está ocorrendo.
Não há respostas certas ou erradas. O que importa é como você está lidando com a
situação. Pedimos que você responda a todas as questões, não deixando nenhuma em
branco.
1 2 3 4 5
Eu nunca faço Eu faço isso Eu faço isso Eu faço isso Eu faço isso
isso um pouco às vezes muito sempre
1. Eu levo em conta o lado positivo das coisas. 10. Eu insisto e luto pelo que eu quero.
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
2. Eu me culpo
11. Eu me recuso a acreditar que isto esteja
1 2 3 4 5 acontecendo.
1 2 3 4 5
7. Peço conselho a um parente ou a um amigo que
eu respeite. 16. Eu tento evitar que os meus sentimentos
atrapalhem em outras coisas na minha vida
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
8. Eu rezo/ oro
17. Eu me concentro nas coisas boas da minha
1 2 3 4 5 vida.
1 2 3 4 5
9. Converso com alguém sobre como estou me
sentindo. 18. Eu desejaria mudar o modo como eu me sinto.
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
Eu nunca faço Eu faço isso Eu faço isso Eu faço isso Eu faço isso
isso um pouco às vezes muito sempre
19. Aceito a simpatia e a compreensão de 28. Estou mudando e me tornando uma pessoa
alguém. mais experiente.
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
20. Demonstro raiva para as pessoas que 29. Eu culpo os outros.
causaram o problema.
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
30. Eu fico me lembrando que as coisas poderiam
21. Pratico mais a religião desde que tenho esse ser piores.
problema.
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
31. Converso com alguém que possa fazer alguma
22. Eu percebo que eu mesmo trouxe o
coisa para resolver o meu problema.
problema para mim. 1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
32. Eu tento não agir tão precipitadamente ou
seguir minha primeira idéia.
23. Eu me sinto mal por não ter podido evitar o
problema. 1 2 3 4 5
33. Mudo alguma coisa para que as coisas acabem
1 2 3 4 5 dando certo.
1 2 3 4 5
24. Eu sei o que deve ser feito e estou
34. Procuro me afastar das pessoas em geral.
aumentando meus esforços para ser bem
sucedido 1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
26. Eu sonho ou imagino um tempo melhor do
que aquele em que estou. 36. Encaro a situação por etapas, fazendo uma
coisa de cada vez.
1 2 3 4 5
27. Tento esquecer o problema todo. 1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
Eu nunca faço Eu faço isso Eu faço isso Eu faço isso Eu faço isso
isso um pouco às vezes muito sempre
37. Descubro quem mais é ou foi responsável. Você tem feito alguma outra coisa para
enfrentar ou lidar com os seus problemas?
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
39. Eu sairei dessa experiência melhor do que
entrei nela.
1 2 3 4 5
40. Eu digo a mim mesmo o quanto já consegui.
1 2 3 4 5
41. Eu desejaria poder mudar o que aconteceu
comigo.
1 2 3 4 5
42. Eu fiz um plano de ação para resolver o meu
problema e o estou cumprindo.
1 2 3 4 5
43. Converso com alguém para obter informações
sobre a situação.
1 2 3 4 5
44. Eu me apego à minha fé para superar esta
situação.
1 2 3 4 5
problema.
1 2 3 4 5
I - IDENTIFICAÇÃO
Nome:
______________________________________________________________________
________________________
Grau de Instrução:
____________________________________________________________________
_________________________________
_______________________________________________________________
II – PRÁTICA E FORMAÇÃO NA ARTE MARCIAL
Tipo/ Modalidade:
____________________________________________________________________
Tempo de Prática:
____________________________________________________________________
Grau de Formação:
___________________________________________________________________
Qualidade de Formação:
tempo______
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