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ATE XXI Transmissora de Energia S.A.

Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Apresentação

O presente documento consiste no Plano Básico Ambiental (PBA) do Lote I do Leilão de


Transmissão ANEEL nº 01/2013, composto pelas Linhas de Transmissão (LT) 500 kV
Xingu - Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas - Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas - Itacaiúnas e Subestações Associadas, elaborado em conformidade com as
disposições da Licença Prévia n° 508/2015, de 15 de junho de 2015, e Parecer n°
02029.000051/2015-33, emitido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, Superintendência do Tocantins, visando
embasar o licenciamento ambiental do empreendimento (Processo IBAMA n°.
02001.002780/2013-71).

_______________________________________
Bourscheid Engenharia e Meio Ambiente S.A.
Rozane Nogueira
Coordenação Técnica

Porto Alegre, 13 de julho de 2015.

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Plano Básico Ambiental

Índice

Apresentação .......................................................................................................................... 1

1- Apresentação ................................................................................................................ 9

2- Objetivos ....................................................................................................................... 11

3- Plano Básico Ambiental – PBA ..................................................................................... 11

3.1 - Plano de Gestão Ambiental (PGA) .................................................................... 11

3.2 - Programa de Educação Ambiental .................................................................... 23

3.3 - Programa de Comunicação Social ..................................................................... 43

3.4 - Plano de Conservação da Flora ......................................................................... 65

3.4.1 - Programa de Supressão da Vegetação .............................................. 66

3.4.2 - Programa de Coleta de Germoplasma e Resgate de Epífitas .............. 94

3.4.3 - Programa de Reposição Florestal ....................................................... 108

3.5 - Plano de Conservação da Fauna ....................................................................... 120

3.5.1 - Programa de Monitoramento da Fauna ............................................ 120

3.5.2 - Programa de Afugentamento e Resgate da Fauna Silvestre ............... 138

3.6 - Plano Ambiental da Construção ........................................................................ 145

3.6.1 - Programa Ambiental da Construção – PAC ....................................... 146

3.6.2 - Programa de Sinalização Viária ......................................................... 170

3.6.3 - Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes


Líquidos nos Canteiros e Frentes de Obras ........................................ 179

3.6.4 - Programa de Controle da Poluição .................................................... 199

3.6.5 - Projeto de Controle da Poluição Atmosférica .................................... 200

3.6.6 - Projeto de Prevenção de Ruídos ........................................................ 208

3.6.7 - Programa de Proteção ao Trabalhador e Segurança no Trabalho ....... 217

3.6.8 - Programa de Saúde Ocupacional ...................................................... 235

3.7 - Plano de Atendimento à População Atingida .................................................. 248

3.7.1 - Programa de Instituição da Faixa de Servidão .................................... 249

3.7.2 - Programa de Minimização dos Efeitos da Desmobilização ................. 258

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Plano Básico Ambiental

3.8 - Plano de Apoio aos Municípios ........................................................................ 267

3.8.1 - Programa de Seleção, Treinamento e Contratação de Mão de


Obra Local ....................................................................................... 268

3.8.2 - Programa de Apoio à Elaboração/Revisão do Plano Diretor............... 279

3.8.3 - Programa de Apoio à Infraestrutura dos Serviços Públicos ................ 291

3.9 - Programa de Gestão de Interferências com Atividades Minerárias .............. 302

3.10 - Programa de Prospecção, Resgate e Guarda do Patrimônio Histórico e


Arqueológico...................................................................................................... 319

3.11 - Programa de Preservação de Sítios Paleontológicos ...................................... 332

3.12 - Programa de Recuperação de Áreas Degradadas ........................................... 343

3.13 - Programa de Identificação, Monitoramento e Controle de Processos


Erosivos .............................................................................................................. 357

3.14 - Programa de Manutenção da Faixa de Servidão ............................................ 372

3.15 - Programa de Monitoramento das Interferências Eletromagnéticas ............. 385

3.16 - Plano de Compensação Ambiental................................................................... 391

Índice de Figuras

Figura 1 – Programas/Planos Ambientais apresentado neste PBA. ................................... 10

Figura 2 - Estrutura organizacional da Gestão Ambiental. ................................................. 22

Figura 3 - Visão geral de faixa de serviço. ........................................................................... 67

Figura 4 - Equipamento Fellers Buncher para supressão mecanizada ............................... 72

Figura 5 - Equipamento Prenticer e Cabeçotes Processadores para supressão


mecanizada .................................................................................................................... 72

Figura 6 - Visão geral a partir da faixa de serviço ............................................................... 75

Figura 7 - Demonstração da necessidade de picada para o Içamento de mísula.............. 76

Figura 8 - Demonstração da necessidade de picada para o Içamento de mísula .............. 76

Figura 9 - Desgalhamento após a derrubada da árvore ..................................................... 77

Figura 10 - Aspecto geral de embalagem com sementes devidamente etiquetadas. ...... 101

Figura 11 - Espécie epifítica resgatada da área de corte e relocada em forófito


localizado em remanescente florestal adjacente a faixa de serviço. ........................ 102

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Figura 12. Distribuição das áreas de interesse para amostragem de fauna terrestre
ao longo do empreendimento. ..................................................................................... 126

Figura 13 - Uso das estivas de Bobinas, como técnica de cobrimento de áreas


alagáveis. ........................................................................................................................ 166

Figura 14 – Fases dos processos identificados ao longo das Linhas de Transmissão ........ 312

Figura 15 - Usos permitidos na Faixa de Servidão ............................................................... 378

Figura 16 - Esquema para limpeza da Faixa de Servidão - Corte transversal .................... 379

Figura 17 - Esquema para limpeza da Faixa de Servidão - Corte longitudinal .................. 379

Figura 18 - Faixa de servidão no trecho entre Xingu – Parauapebas e Parauapebas


– Miracema. .................................................................................................................... 380

Figura 19 - Tipos de Inspeção para as atividades de Manutenção da Faixa de


servidão .......................................................................................................................... 381

Figura 20 - Exemplo de croqui para controle de edificações na faixa de servidão. .......... 382

Índice de Quadros

Quadro 1 – Relação de profissionais sugeridos. ................................................................... 21

Quadro 2. Assentamentos interceptados ou próximo à faixa de servidão. ...................... 31

Quadro 3. Comunidades lindeiras as LTs. ............................................................................. 37

Quadro 4 – Assentamentos interceptados ou próximos à faixa de servidão. ................... 47

Quadro 5 – Equipe básica PCS................................................................................................ 63

Quadro 6 - Estrutura diamétrica considerando a qualidade de fuste para a


tipologia Floresta Ombrófila Densa na AII do empreendimento ............................... 77

Quadro 7 - Estrutura diamétrica considerando a qualidade de fuste para a


tipologia Floresta Ombrófila Aberta na AII do empreendimento ............................. 78

Quadro 8 - Estrutura diamétrica considerando a qualidade de fuste para a área de


Contato Floresta Ombrófila/Savana na AII do empreendimento .............................. 78

Quadro 9 - Principais usos das espécies arbóreas e arbustivas registradas na área


de influência indireta do empreendimento (EIA/RIMA 2014). ................................... 81

Quadro 10 - Relação de profissionais sugeridos. ................................................................. 93

Quadro 11 - Espécies lenhosas ameaçadas encontradas na área de influencia da LT


da Linha de Transmissão (LT) 500 Kv Xingu - Parauapebas, Parauapebas -
Miracema e Parauapebas - Itacaiúnas - segundo MMA (2014), SEMAS/PARÁ
(2007), IUCN (2001) e CITES (2000). ............................................................................... 97

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Quadro 12 - Relação de profissionais sugeridos para a equipe de salvamento. .............. 106

Quadro 13 - Relação de profissionais sugeridos para o Programa. ................................... 118

Quadro 14 – Canteiros de obra e municípios onde serão instalados ................................ 153

Quadro 15 – Relação de profissionais sugeridos. ................................................................ 169

Quadro 16 – Relação de profissionais sugeridos. ................................................................ 178

Quadro 17 - Classificação dos RSS ........................................................................................ 182

Quadro 18 - Sugestões de destinação dos resíduos sólidos gerados pelas obras. ........... 189

Quadro 19 – Relação de profissionais sugeridos. ................................................................ 197

Quadro 20 – Relação de profissionais sugeridos. ................................................................ 207

Quadro 21 – Relação de profissionais sugeridos. ................................................................ 216

Quadro 22 - Relação das Normas Regulamentadoras que tem relação com a


implantação da Linha de Transmissão ......................................................................... 223

Quadro 23 – Relação de profissionais envolvidos. .............................................................. 233

Quadro 24 – Relação de profissionais envolvidos. .............................................................. 246

Quadro 25 - Relação de profissionais sugeridos. ................................................................ 257

Quadro 26 - Municípios que Irão Receber os Canteiros de Obra ....................................... 259

Quadro 27 – Municípios da AII por Estado, População, Área Urbana inserida na AID
e Situação Quanto a Existência de Plano Diretor Urbano ......................................... 281

Quadro 28 - Lista de processos encontrados com interferência no traçado da LT. .......... 304

Quadro 29 - Relação de profissionais sugeridos. ................................................................ 319

Quadro 30 – Relação de profissionais sugeridos. ................................................................ 331

Quadro 31 – Relação de profissionais sugeridos. ................................................................ 342

Quadro 32 – Relação de profissionais sugeridos. ................................................................ 356

Quadro 33 - Níveis de referência para campos elétricos e magnéticos para


frequência de 60 Hz. ..................................................................................................... 388

Quadro 34 - Identificação e caracterização das Unidades de Conservação (SNUC)


diagnosticadas para a área do empreendimento (envoltória de 10km). ................. 393

Índice de Tabelas

Tabela 1. Coordenadas geográficas dos pontos de interesse para amostragem da


fauna terrestre dentro da AID e AII do empreendimento. ........................................ 124

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Tabela 2. Coordenadas geográficas dos pontos de interesse para amostragem da


fauna terrestre dentro da AID e AII do empreendimento. ......................................... 126

Tabela 3 - Principais resíduos sólidos gerados durante as obras de implantação do


empreendimento e classificação conforme Norma Brasileira ABNT NBR
10.004:2004. .................................................................................................................... 179

Tabela 4 - Principais equipamentos geradores de ruídos. ................................................... 208

Tabela 5 - Valores de K, M e N sugeridos em função do tipo de solo, tipo de uso e


tipo de manejo. .............................................................................................................. 362

Tabela 6 - Valores sugeridos de C, variando em função do tipo de solo e relevo. ........... 363

Tabela 7 - Áreas prioritárias interceptadas pelo empreendimento - Faixa de


Servidão e área de supressão ....................................................................................... 397

Relação de Anexos

Anexo 1 - ARTs da Coordenação do PBA e dos Responsáveis Técnicos

Anexo 2 - Endosso institucional do Laboratório de Arqueologia do PPGA –


Programa de Pós-Graduação em Antropologia sob responsabilidade do
NPEA - Núcleo de Pesquisa e Ensino em Arqueologia, da Universidade
Federal do Pará

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1- Apresentação

O presente documento consiste no Plano Projeto Básico Ambiental (PBA) das Linhas de
Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2, LT 500 kV Parauapebas –
Miracema C1 e C2, LT 500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas (Lote
I do Leilão de Transmissão ANEEL nº 01/2013), elaborado em conformidade com as
condicionantes da LP nº 508/2015, emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA (Processo IBAMA n°. 02001.002780/2013-
71), em 15 de junho de 2015.

O Plano Básico Ambiental, aqui apresentado, têm como finalidade fornecer os subsídios
à Equipe Técnica do IBAMA, para análise, aprovação e emissão da Licença de Instalação
(LI) do empreendimento em questão.

Para o desenvolvimento dos trabalhos foram observadas as recomendações propostas


para a prevenção, mitigação, compensação ou potencialização dos impactos ambientais
prognosticados no Estudo de Impacto Ambiental do empreendimento, as orientações do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) -
órgão licenciador do empreendimento - e demais órgãos intervenientes, como o
Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A organização
dos programas ambientais e/ou medidas mitigadoras considera as diferentes fases do
empreendimento (liberação da faixa de servidão, implantação e operação e
monitoramento) e também a implementação de programas compensatórios. Esta
organização visa a otimização de sua execução e o estabelecimento de roteiro
sistematizado que permita transformar as diretrizes gerais recomendadas no Estudo de
Impacto Ambiental (EIA) e aquelas sugeridas pelo órgão ambiental em ações executivas
a serem implementadas nestas etapas.

Desta forma, o presente PBA contempla a descrição dos seguintes programas


ambientais (Figura 1):

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Figura 1 – Programas/Planos Ambientais apresentado neste PBA.

O escopo dos planos e programas que compõem este PBA segue a itemização
apresentada a seguir:

a) Apresentação
b) Justificativa
c) Objetivos
d) Indicadores Ambientais
e) Público-alvo
f) Metodologia
g) Descrição do Programa
h) Atividades a serem desenvolvidas
i) Cronograma Executivo e Cronograma de Relatórios
j) Equipe
k) Responsáveis Técnicos
l) Instituições Envolvidas

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m) Relação com outros Programas


n) Referências Bibliográficas

O cronograma executivo foi definido em conformidade com o cronograma físico do


empreendimento, que prevê um período de 12 meses de obras a partir da emissão da
Licença de Instalação (LI) pelo órgão ambiental responsável.

Anexas, são apresentadas as Anotações de Responsabilidade Técnica dos responsáveis


técnicos pela elaboração dos planos, programas e projetos ambientais descritos a seguir
(Anexo 1).

2- Objetivos

O Plano Básico Ambiental tem como objetivo consolidar as ações e diretrizes propostas
no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) através do detalhamento dos programas
ambientais propostos, visando subsidiar o processo de licenciamento ambiental para a
implantação do empreendimento e atender a necessidade de cumprimento das
exigências legais relativas à implementação, controle e monitoramento dos impactos
ambientais decorrentes do planejamento, implantação e operação das Linhas de
Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2, LT 500 kV Parauapebas –
Miracema C1 e C2, LT 500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas.

3- Plano Básico Ambiental – PBA

3.1 - Plano de Gestão Ambiental (PGA)

a) Apresentação

Uma das funções da avaliação de impacto ambiental é servir como ferramenta para
planejar a gestão ambiental das ações e iniciativas às quais se aplica. Desta forma, a
gestão ambiental de qualquer atividade e/ou empreendimento deve estar apoiada na
avaliação de impactos ambientais, especificamente através do direcionamento das
propostas de Programas Ambientais elaborados para a prevenção, mitigação,
compensação, potencialização e/ou controle dos impactos ambientais possíveis ou
efetivos.

Entende-se por gestão ambiental o conjunto de medidas de ordem técnica e gerencial


que visam assegurar que o empreendimento seja implantado e operado em
conformidade com a legislação ambiental e outras diretrizes relevantes, a fim de

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minimizar os riscos ambientais e os impactos adversos, além de potencializar os efeitos


benéficos.

Os programas de controle e gestão ambiental devem ser articulados em um Sistema de


Gestão Ambiental. A gestão por sistemas, diferentemente da gestão por programas,
articula-se em torno de um ciclo de planejamento, implantação e controle em que a
experiência adquirida é utilizada para promover melhorias gradativas no sistema. A
gestão por programas, por outro lado, é composta por um conjunto de medidas e ações
não necessariamente articulados entre si e que nem sempre incluem mecanismos de
avaliação.

Através do Sistema de Gestão, o empreendedor define a estrutura gerencial que deve


ser composta para permitir e garantir que as técnicas de proteção, manejo e
recuperação ambiental estejam adequadas a cada situação nas diferentes fases do
empreendimento (planejamento, implantação/obra e operação/manutenção) e que
sejam aplicadas, de forma a garantir o controle da obra e o cumprimento das medidas
de proteção ambiental, preconizadas pelos estudos ambientais e condicionantes dos
licenciamentos.

b) Justificativas

A implantação de um Plano de Gestão Ambiental (PGA) se justifica pela necessidade de


adoção de uma estrutura gerencial que garanta a execução integral dos Programas
Ambientais e medidas preventivas, mitigadoras, compensatórias ou potencializadoras
dos impactos ambientais identificados durante a elaboração do Estudo de Impacto
Ambiental – EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, assegurando,
assim, a condução do empreendimento em conformidade com a legislação vigente,
licenças ambientais e atividades ambientalmente adequadas em suas diferentes fases
(planejamento, implantação/obra e operação/manutenção).

A eficácia do PGA está em coordenar e fiscalizar, técnica e administrativamente, a


execução das medidas propostas no Estudo de Impacto Ambiental e previstas no Plano
Básico Ambiental (PBA) do empreendimento e condicionantes do licenciamento. Essas
ações configuram este Programa como de acompanhamento da execução dos demais
Programas Socioambientais, de forma integrada entre os diferentes agentes internos e
externos, empresas contratadas, colaboradores, consultores, instituições públicas e
privadas conveniadas, permitindo ao empreendimento cumprir as premissas legais e
normativas aplicáveis, mantendo assim sua conformidade ambiental.

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c) Objetivos

O PGA tem por objetivo geral estabelecer os mecanismos de gerenciamento,


acompanhamento e supervisão da execução dos programas e planos a serem
desenvolvidos durante as fases de planejamento, implantação/obra e
operação/manutenção do empreendimento.

Neste sentido, o PGA assume os seguintes objetivos específicos:

 Dotar o empreendedor e o empreendimento de procedimentos para as


contratações dos responsáveis pela execução de cada programa;
 Verificar o atendimento aos requisitos de qualidade, meio ambiente e
segurança, bem como o atendimento às normas e legislações vigentes;
 Proceder com a verificação da eficácia das ações dos programas ambientais;
 Identificar a necessidade de adoção de ações corretivas;
 Estabelecer os mecanismos de diálogo entre os envolvidos nas diferentes fases
do empreendimento: empreendedor, órgãos fiscalizadores e/ou licenciadores,
comunidade, técnicos e colaboradores responsáveis pela execução das obras
ou operação do empreendimento, e, ainda os responsáveis pela execução dos
programas ambientais;
 Gerenciar a execução dos programas ambientais, com acompanhamento dos
cronogramas físico e financeiro de cada programa.

O Plano visa o pleno atendimento de todas as condições/restrições das licenças


ambientais e das exigências legais e normas vigentes, como também o
acompanhamento da implementação de todos os programas apresentados no PBA, de
forma a manter as ações do empreendimento dentro dos parâmetros definidos para sua
viabilidade ambiental.

d) Indicadores Ambientais

Como indicadores para verificação do desempenho ambiental, serão avaliados:

 Número de condicionantes e aspectos legais atendidos;


 Número de não conformidades ambientais registradas;
 Registro de realização do cronograma de execução das ações de todos os
programas ambientais que compõem o PBA;
 Número de advertências, autuações ou multas ambientais recebidas dos órgãos
fiscalizadores.

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e) Público-alvo

O público-alvo deste plano pode ser definido como todos os agentes ou participantes do
empreendimento, desde funcionários de empresas contratadas para construção,
operação/manutenção do empreendimento, até moradores e órgãos públicos envolvidos
no processo de licenciamento ambiental.

f) Metodologia

Aspectos técnicos

A principal premissa referente à Gestão Ambiental é a independência operacional do


sistema em relação à construção propriamente dita, pois só assim será garantida a
execução, na íntegra, de todas as medidas mitigadoras e compensatórias necessárias à
regularidade ambiental do empreendimento.

Antes do início das obras, deverá ser realizada uma análise da situação do
empreendimento quanto às licenças e autorizações ambientais pertinentes, relacionando
exigências e condicionantes de responsabilidade da Construtora e orientando e
acompanhando a obtenção das licenças e autorizações ambientais ainda não emitidas,
além do pleno atendimento das respectivas condicionantes por parte da Construtora,
registrando como não conformidades ambientais a ausência destas
licenças/autorizações, bem como o não cumprimento das condicionantes estabelecidas.

Quanto à adequação dos programas ambientais propostos, devem ser observadas as


seguintes ações:

 Análise dos programas e das condicionantes das licenças a serem atendidas


para sua execução (p.ex. supressão de vegetação);
 Estabelecimento das metas relativas a cada um dos programas ambientais;
 Identificação das instituições/atores envolvidos em cada um dos programas a
serem implementados;
 Planejamento detalhado de execução dos programas a partir do cronograma
instituído para cada um e do cronograma previsto de obra;
 Identificação dos eventuais ajustes necessários para viabilização dos programas;
 Planejamento detalhado da execução dos programas, enfocando as atividades,
recursos, orçamentos e cronogramas;

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 Acompanhamento da evolução da implantação dos programas em seus


aspectos quantitativos e qualitativos, com a adoção das ações pertinentes
visando sua adequada implementação, em todas as etapas;
 Análise dos produtos gerados, a fim de averiguar sua adequação aos objetivos,
metas e prazos estabelecidos;
 Realização de reuniões técnicas junto às equipes responsáveis pela execução
dos programas, a fim de acompanhar a execução das atividades previstas.

As atividades da Equipe de Gestão Ambiental também incluem verificar, in loco, o grau


de adequação das atividades executadas através de inspeções ambientais, realizando
vistorias sistemáticas e periódicas com o objetivo de antecipar e diagnosticar problemas,
de forma proativa e preventiva.

A equipe deverá definir a periodicidade de cada inspeção levando em conta os riscos e


impactos potenciais existentes, a durabilidade e eficácia das medidas de controle
adotadas e a ocorrência de acidentes devido a eventuais falhas do Plano de Inspeção.

Sempre que possível, a vistoria técnica de campo deverá ser acompanhada pelo
responsável da obra, visando à comunicação imediata sobre o registro da ocorrência,
bem como prováveis causas e soluções propostas.

Para as vistorias de inspeção, deve ser confeccionada uma Lista de Verificação das
Principais Atividades, entre elas:

 Legislação: licenciamento, autorizações, certidões, cadastros, outros;


 Vegetação: supressão ou soterramento de vegetação, disposição ou queima de
material;
 Erosão e Assoreamento: processos erosivos de diversos tipos, assoreamento de
corpos d'água, áreas de preservação permanente, entre outros;
 Poluição Atmosférica: emissão de material particulado;
 Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos: gerenciamento inadequado e ou
acidentes;
 Combustíveis: manuseio e estocagem de combustíveis, óleos lubrificantes,
entre outros;
 Segurança: Segurança e higiene do trabalhador;
 Segurança Viária: interferência no tráfego e/ou sinalização viária e da obra;
 Área de Preservação Permanente: intervenção indevida;
 Fauna: interferências com a fauna silvestre;

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 Ruído: emissão de ruído além dos limites legalmente definidos;


 Áreas de Apoio: abertura, utilização e encerramento de áreas de apoio.

i. Coordenação Ambiental

A coordenação será responsável por:

 Intermediar a interlocução entre o empreendedor e os órgãos fiscalizadores;


 Definir e supervisionar a organização das ações necessárias para execução dos
Programas Ambientais;
 Estabelecer as diretrizes que irão nortear as ações de meio ambiente durante o
planejamento, implantação/obra e operação/manutenção do empreendimento;
 Definir os modelos, padrões, parâmetros de medição, formas de
acompanhamento e supervisão dos Programas Ambientais;
 Contratar os serviços e materiais para a execução dos Programas Ambientais;
 Avaliar o desempenho dos resultados dos Programas Ambientais, através dos
indicadores selecionados para cada Programa.

ii. Supervisão Ambiental

A Supervisão Ambiental será responsável por:

 Acompanhar e supervisionar as atividades a serem desenvolvidas durante todo


o período de execução dos Programas Ambientais, das atividades específicas e
da verificação do atendimento às exigências legais, técnicas e operacionais
estabelecidas pelo licenciamento;
 Auditar a implementação dos programas ambientais em relação aos
cronogramas previstos e etapas das obras, providenciando as ações corretivas
necessárias para a adequação;
 Consolidar as informações em relatórios técnicos gerenciais, com periodicidade
mínima trimestral, no que diz respeito à reunião de todas as informações
geradas durante o desenvolvimento dos Programas Ambientais e das obras,
visando à apresentação dos resultados ao público alvo (órgãos licenciadores,
fiscalizadores, empreendedor, e outros);
 Propor medidas preventivas e/ou corretivas, sempre que necessário, para
prevenção ou correção dos problemas identificados.

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

iii. Inspeção Ambiental

Os Inspetores Ambientais deverão acompanhar diariamente as atividades executadas


nos canteiros de obras e frentes de serviço, visando identificar possíveis não
conformidades ou a necessidade de adoção de medidas preventivas e/ou corretivas para
prevenção ou correção dos problemas identificados. Além disso, deverão acompanhar a
implantação dos programas ambientais, identificando a necessidade de adoção de
medidas complementares ou campanhas extras, bem como manter registros
fotográficos de todas as ações ambientais executadas.

As atividades realizadas e apontamentos observados pelos Inspetores Ambientais


deverão ser registrados em relatórios semanais, a serem apresentados à Supervisão e à
Coordenação Ambiental.

Aspectos operacionais

A operacionalização dos diversos programas ambientais apresentados neste PBA pode


ser resumida de acordo com a forma de relacionamento com a obra propriamente dita.

Os programas relacionados diretamente à obra, aqueles agrupados em programas de


apoio a liberação de faixa compõem-se de diretrizes a serem implementadas
diretamente pela Construtora com fiscalização do empreendedor/fiscalizador sob a
responsabilidade direta da Gestão Ambiental. Já os programas relacionados ao apoio,
supervisão e controle das obras e programas de monitoramento devem ser
implementados através de convênios ou de contratação de empresas/profissionais
especializados sob responsabilidade da equipe de Gestão Ambiental. Os programas de
compensação ambiental deverão ser objeto de contratação direta do empreendedor.

Registros

Os registros das atividades de Gestão Ambiental serão realizados através dos relatórios
semanais emitidos pelas Inspeções Ambientais e relatórios trimestrais de implantação
dos programas ambientais e atendimento às condicionantes da Licença Prévia. Além
desses, deverá ser elaborada planilha de controle do atendimento das condicionantes
das licenças e autorizações emitidas para o empreendimento, bem como dos aspectos
legais aplicáveis, a ser atualizada mensalmente, de forma garantir o atendimento a
todos os requisitos e programas ambientais, evitando, desta forma, possíveis
impedimentos na obtenção da Licença de Operação do empreendimento.

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Plano Básico Ambiental

g) Descrição do Plano

A gestão ambiental deve buscar evidências que permitam identificar a ocorrência de


situações de não conformidade em relação a critérios previamente determinados
(exigências da licença ambiental, exigências contratuais e atendimento à legislação
ambiental).

As ocorrências ambientais, aqui definidas como o resultado de uma intervenção ou


procedimento de obra que tenha provocado, ou venha provocar, alterações na
qualidade ambiental da obra, devem ser devidamente registradas, avaliadas e
acompanhadas pela Gestão Ambiental, através de Laudos de Vistoria e Relatórios de
Supervisão Ambiental.

Na ocorrência ou registro de qualquer irregularidade na execução das obras ou má


conduta por parte da empresa construtora, a equipe deverá comunicar o fato ao
empreendedor (devem ser registradas através de relatórios fotográficos nos Laudos de
Vistoria). Elas deverão ser acompanhadas a fim de averiguar se as solicitações de
correção foram atendidas de modo satisfatório. A documentação fotográfica deverá ser
efetuada em três diferentes momentos:

 Cadastro;
 Execução das medidas de correção ou evolução; e
 Após a solução definitiva.

No caso de ocorrências ambientais positivas, como ações proativas para prevenção de


impactos ambientais e controle das atividades, a equipe deverá registrar a ocorrência no
Relatório de Supervisão Ambiental.

h) Atividades a serem desenvolvidas

A estruturação das ações previstas compreende 03 atividades distintas, estando


compostas pelos seguintes eventos:

 Realização de vistorias sistemáticas e periódicas;


 Identificação das não conformidades existentes e proposição de medidas
corretivas;
 Adoção de medidas corretivas indicadas e acompanhamento de sua eficácia.

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O planejamento executivo e operacional das atividades de Gestão e Supervisão


Ambiental (Plano de Inspeção com Lista de Verificação, procedimentos e instruções
técnicas) deverá ser detalhado pela equipe responsável pela implantação do plano.

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Plano Básico Ambiental

i) Cronograma Executivo e de Relatórios

Pré-LI Fase de Implantação (meses)


Atividade Periodicidade
-02 -01 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12

Implantação do Sistema de Gestão Ambiental 2 meses

Inspeção Ambiental das atividades executadas nos Diariamente


canteiros de obras e frentes de serviço

Emissão de relatórios semanais a serem Semanal


apresentados à Supervisão e Coordenação
Ambiental

Manter registros fotográficos de todas as ações Diariamente


ambientais executadas

Avaliação do desempenho dos resultados dos Trimestral


Programas Ambientais

Auditar a implementação dos programas Trimestral


ambientais em relação aos cronogramas previstos
e etapas das obras

Consolidar as informações em relatórios técnicos Trimestral


gerenciais

Relatório Final Final

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j) Equipe Técnica

O Plano de Gestão Ambiental deverá ser conduzido por uma equipe formada por
colaboradores e funcionários do empreendedor. Essa equipe será composta por um
coordenador, um supervisor ambiental e inspetores ambientais, conforme apresentado
no quadro abaixo, cuja estrutura organizacional proposta é apresentada a seguir.

Quadro 1 – Relação de profissionais sugeridos.


Profissional Quantidade Função

Coordenador geral 01 - Intermediar a interlocução entre o empreendedor e os órgãos


fiscalizadores;
- Definir e supervisionar a organização das ações necessárias
para execução dos Programas Ambientais;
- Estabelecer as diretrizes que irão nortear as ações de meio
ambiente durante o planejamento, instalação e
operação/manutenção do empreendimento;
- Definir os modelos, padrões, parâmetros de medição, formas
de acompanhamento e supervisão dos Programas Ambientais;
- Contratar os serviços e materiais para a execução dos
Programas Ambientais;
- Avaliar o desempenho dos resultados dos Programas
Ambientais, através dos indicadores selecionados para cada
Programa.

Supervisor ambiental 02 - Acompanhar e supervisionar as atividades a serem


desenvolvidas durante todo o período de execução dos
Programas Ambientais, das atividades específicas e da
verificação do atendimento às exigências legais, técnicas e
operacionais estabelecidas pelo licenciamento;
- Auditar a implementação dos programas ambientais em
relação aos cronogramas previstos e etapas das obras,
providenciando as ações corretivas necessárias para a
adequação;
- Consolidar as informações em relatórios técnicos gerenciais,
com periodicidade mínima trimestral, no que diz respeito à
reunião de todas as informações geradas durante o
desenvolvimento dos Programas Ambientais e das obras,
visando à apresentação dos resultados ao público alvo (órgãos
licenciadores, fiscalizadores, empreendedor, e outros);
- Propor medidas preventivas e/ou corretivas, sempre que
necessário, para prevenção ou correção dos problemas
identificados.

Inspetor ambiental 01 para cada - Acompanhar diariamente as atividades executadas nos


frente de obra canteiros de obras e frentes de serviço, visando identificar
possíveis não conformidades ou a necessidade de adoção de
medidas preventivas e/ou corretivas para prevenção ou correção
dos problemas identificados.
- Acompanhar a implantação dos programas ambientais,
identificando a necessidade de adoção de medidas
complementares ou campanhas extras, bem como manter
registros fotográficos de todas as ações ambientais executadas.

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Plano Básico Ambiental

Figura 2 - Estrutura organizacional da Gestão Ambiental.

Coordenador Geral - Técnico de nível superior e especialista em área ambiental e/ou


afim, com experiência em execução de estudos ambientais.

Supervisão Ambiental - Técnico de nível superior em área ambiental e/ou afim.

Inspetores Ambientais - Técnico de nível superior em área ambiental e/ou afim.

k) Responsáveis Técnicos

Eng. Florestal Mateus Sabadi Schuh, CREA-RS 200.231 - Registro CTF 5.845.356.

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Biól. Silvia Alessandra Reis, Me. Botânica, Esp. Planejamento e Gerenciamento


Ambiental, CRBio 17.754-03 - Registro CTF 329.722.

l) Instituições Envolvidas

Este plano requer o envolvimento do empreendedor, Construtora, empresas


contratadas, órgão ambiental licenciador e demais órgãos intervenientes.

m) Relação com outros Programas

O Plano de Gestão Ambiental possui interface com todos os programas ambientais do


empreendimento, sendo este o programa que coordena e possui a responsabilidade
pela efetiva execução e controle daqueles que serão implantados pela construtora e pela
consultoria ambiental responsável pela execução do PBA.

n) Referências Bibliográficas

Foram consultadas a legislação aplicável e o diagnóstico/prognóstico ambiental do


empreendimento.

3.2 - Programa de Educação Ambiental

a) Apresentação

O Programa de Educação Ambiental (PEA) tem como fundamento o respeito à


pluralidade e diversidade cultural, o fortalecimento da ação coletiva e organizada, a
articulação dos aportes dos diferentes saberes e fazeres, a compreensão da
problemática ambiental em toda a sua complexidade; dando ênfase, igualmente, a
ações em conjunto com a sociedade civil organizada e, sobretudo com movimentos
sociais, resultando em um processo constituinte de novas relações dos seres humanos
entre si e com a natureza. Assim, neste programa, adota-se o entendimento da
Educação Ambiental como elemento de transformação social baseada no diálogo
pautado na troca e na reciprocidade, conforme defende Loureiro (2004) assim define.

Uma das características importantes da educação ambiental é o fato de ser uma forma
abrangente de educação, que se propõe a atingir todos os cidadãos das localidades em
que é desenvolvida, por meio de processos pedagógicos participativos e permanentes. O
processo educativo deve ser estruturado no sentido de superar a visão fragmentada da

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realidade através da construção e reconstrução do conhecimento sobre ela, ação e


reflexão, de modo dialógico com os sujeitos envolvidos.

O programa de educação ambiental, então, para ser efetivo, deve promover


simultaneamente o desenvolvimento de conhecimento, de atitudes e de habilidades
necessárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental. Deste modo, a
aprendizagem será ainda mais efetiva se as atividades estiverem adaptadas às situações
da vida real das localidades. Além disso, deve buscar a sensibilização efetiva dos
envolvidos, para que o trabalho e os aprendizados compartilhados durante o PEA
tornem-se parte daqueles que construíram e participaram das ações do programa.

A Educação Ambiental preza por valores que conduzam a uma convivência harmoniosa
com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando as pessoas a
analisar criticamente o princípio antropocêntrico, que tem levado à destruição dos
recursos naturais e de várias espécies. Busca desfazer a divisão hierarquizada entre seres
humanos e natureza.

No âmbito dos procedimentos para o licenciamento ambiental das Linhas de


Transmissão (LT’s) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; Parauapebas – Miracema C1 e
C2; Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas, a realização de ações de
Educação Ambiental (EA) assumem relevância e centralidade para que a população, das
diferentes áreas de influência, possam compreender e entender a relação entre o
empreendimento e o meio ambiente. Quais são, como são produzidas e como são
gerenciadas, mitigadas as interferências positivas e negativas do empreendimento. Quais
os aspectos do cotidiano e da interação homem-ambiente que necessitaram de cuidados
e ações específicas decorrentes das diferentes fases do empreendimento.

A EA é ao mesmo tempo, um campo de aprendizado e busca de novos modos de ação


do homem em relação aos recursos naturais, e, no contexto dos processos e
condicionantes de licenciamentos ambientais, um instrumento para a busca, que
considera os saberes locais e regionais, de máxima sustentabilidade do empreendimento
e, quando necessário, de indução/colaboração à mudança de modo e formas de relação
do homem local ou regional em relação as suas práticas socioambientais. Para que essa
colaboração (técnica-conhecimento local) ocorra é preciso que o planejamento e a
realização das atividades de EA sejam colaborativas e participativas entre os diferentes
agentes sociais envolvidos no processo. Pois, a participação, com vista a busca de
corresponsabilidades, evita o reducionismo técnico e abre perspectivas de fortalecimento

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dos valores sociais e éticos necessários ao fortalecimento de uma relação homem-


natureza mais sustentável.

Mas as práticas de EA não se reduzem aos moradores das áreas de influência. Os


trabalhadores, para que realizem suas atividades conforme as normas e programas de
proteção ao meio ambiente, legais e instituídas pelo empreendedor, necessitam
conhecer os resultados dos estudos ambientais e serem, nesse caso, educados a
procederem, não só com base em seus princípios éticos e morais, de forma a minimizar
as ações impactantes e evitar incorrer em ações, fora do contexto do trabalho,
ambientalmente insustentáveis.

O empreendimento caracteriza-se por ser linear, em sua maior parte, e, ao longo dos
seus 964 km, interage de forma direta ou indireta com 22 municípios, em dois estados
brasileiros: Pará e Tocantins. Nesse cenário territorial, o Estudo de Impacto Ambiental
(EIA) identificou que as interferências no cotidiano da população ocorrem a partir da
fase de planejamento, sendo as mais significativas na sua implantação (fase de obras),
sobretudo nas comunidades situadas no entorno do empreendimento. Tais
interferências são associadas a perspectivas sociais, serviços topográficos, mobilização
dos equipamentos, contratação da mão de obra, implantação de canteiros e de
alojamentos, além da execução das obras propriamente dita.

Ainda de acordo com o Diagnóstico do Meio Socioeconômico, parte integrante do EIA


do empreendimento, foram identificadas 8 (oito) comunidade lindeiras às LT’s e 17
Projetos de Assentamento cujos territórios e populações estarão susceptíveis
diretamente a impactos advindos da implantação das linhas. Desse modo, tais
localidades devem ser consideradas prioritárias no desenvolvimento dos trabalhos do
PEA, assim como no PCS.

Com esses pressupostos entende-se que o presente programa está em linha com Lei nº
9.795 de abril de 1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental e o
Decreto no 4.881/02 que regulamenta a Política Nacional de EA. e Instrução Normativa
02 de 27 de março de 2012 - IBAMA.

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A eficácia esperada para as medidas indicadas neste programa é apresentada a seguir:

Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Fragmentação, Alteração ou Perda de Habitats

Esclarecimentos aos
trabalhadores envolvidos
(palestras, reuniões, entre Preventivo e
Implantação Media Empreendedor
outros) visando prevenir e mitigador
mitigar a alteração
desnecessária de ambientes

Afugentamento da fauna

Realizar treinamento com os


Preventivo e
trabalhadores e supervisão Implantação Alta Empreendedor
mitigador
ambiental das obras

Demarcar de forma clara e


precisa os limites das áreas a
Preventivo e
serem utilizadas para evitar o Implantação Alta Empreendedor
mitigador
trânsito de trabalhadores e
máquinas em outras áreas

Realizar manutenção periódica


dos veículos automotores, Preventivo Implantação Alta Empreendedor
equipamentos e máquinas

Geração de Emprego e Renda

Informar a população sobre a


real necessidade de mão de obra Potencializadora Implantação Media Empreendedor
e especificidades da mesma

Informar o período estimado de


Potencializadora Implantação Media Empreendedor
contratação

Pressão na demanda por serviços de saúde durante a construção

Sensibilizar os trabalhadores
quanto a hábitos de higiene e Preventivo Implantação Media Empreendedor
prevenção de doenças;

Implementar medidas de
manutenção e de saneamento
Preventivo Implantação Alta Empreendedor
nos canteiros e nas frentes de
obras

Aplicar o Código de Conduta


dos Trabalhadores com ações de
Preventivo Implantação Media Empreendedor
educação em saúde dirigidas a
mão de obra e a população local

Elaboração do Programa de
Gerenciamento de Risco e do
Plano de Atendimento a
Emergências, pelos profissionais Preventivo Implantação Alta Empreendedor
responsáveis pela saúde e
segurança dos trabalhadores
durante as obras

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Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Implantação de ambulatório
com profissionais da área de Preventivo Implantação Alta Empreendedor
saúde nos canteiros de obras

Aumento do risco de disseminação de doenças tropicais

Realizar ações de educação


para prevenção e saúde dos Preventivo Implantação. Media Empreendedor
trabalhadores envolvidos
Reduzir os riscos de
exposição dos trabalhadores
aos agentes transmissores,
Preventivo Implantação Media Empreendedor
orientando os trabalhadores
quanto à redução dos
impactos ao meio ambiente

Campanhas preventivas e de
esclarecimento sobre as Planejamento, Empreendedor e
Preventivo e
doenças e aplicação de Mitigador
Implantação e Media Prefeituras
medidas de combate a Operação municipais
endemias

b) Justificativa

Nas comunidades do entorno do empreendimento (AID e AII) existem poucas


informações e conhecimentos sobre a importância da Educação Ambiental, apesar do
esforço dos profissionais (professores, agentes de saúde, etc.) que atuam nessas
comunidades em introduzir alguns tópicos a respeito da mesma (ex.: doenças
relacionadas ao acúmulo de lixo gerado na comunidade, uso e utilização da água,
destino e tratamento do lixo, etc.).

Nesse contexto, associado às necessidades do empreendimento, a realização de um


programa de EA justifica-se tanto pela sua possibilidade de fomentar a participação
social nos processos de gestão ambiental do empreendimento, quanto pela
possibilidade de transformação nas práticas sociais em relação ao meio ambiente dos
moradores e trabalhadores.

O programa também se justifica especialmente no componente EA, como instrumento


de fomento a participação cidadã com base no conhecimento dos resultados dos
estudos ambientais e respectivos programas resultantes do processo de licenciamento
do empreendimento.

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c) Objetivos

Geral

Os objetivos do Programa de Educação Ambiental, conforme Instrução Normativa nº 02,


de 27 de março 2012 e com base nos resultados deste EIA é implementar ações
educativas que permitam o exercício da cidadania geral e, em particular, em relação aos
direitos socioambientais, promovendo um processo de sensibilização dos diversos atores
sociais, a fim de incentivar a adoção de práticas compatíveis com a proteção de meio
ambiente. Dessa forma, promovendo a participação social no processo de licenciamento
e funcionando como espaço para discussão das práticas e interações socioambientais
dos trabalhadores e da população residente nas áreas de influência do
empreendimento.

Específicos

 Difundir o conhecimento e a valorização dos ecossistemas e dos recursos


naturais locais, visando a compreensão da importância da preservação do meio
ambiente presente na região, envolvendo aspectos sociais, econômicos e
ecológicos;
 Estimular a preservação e divulgação do patrimônio natural e cultural, a fim de
valorizar a cultura local e a diversidade existente;
 Fortalecer atitudes, valores e ações ambientalmente saudáveis, estimulando o
exercício da cidadania;
 Sensibilizar os cidadãos para a importância do equilíbrio ambiental na melhoria
da qualidade de vida;
 Estruturar grupos para atuarem como multiplicadores ambientais ao restante
da população;
 Promover a sensibilização ambiental dos colaboradores das obras sobre
procedimentos ambientalmente indicados envolvendo saúde ambiental, meio
ambiente e relações com comunidades vizinhas;
 Identificar ações socioambientais realizadas por Secretarias de Educação, Meio
Ambiente, Agricultura e diferentes entidades ambientalistas regionais dos
municípios da área de influência, para propor parcerias e ações conjuntas;
 Realizar atividades de EA envolvendo os educadores das escolas das áreas de
influência do empreendimento.

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d) Indicadores Ambientais

 Percentual de 100% dos residentes nas propriedades no entorno de áreas de


apoio.
 Realizar pelo menos duas oficinas/eventos em cada comunidade, levando-se em
consideração os 17 PA’s e 8 comunidades na AID;
 Diversidade e percentual de participação nas oficinas/ eventos, por comunidade,
idade e sexo, em relação ao total estimada da população;
 Quantidade de pelo menos 3 lideranças comunitárias participantes das oficinas e
eventos por comunidade representada;
 Atingir 100% das secretarias de meio ambiente, saúde, e de educação, além de
instituições municipais e estaduais dos municípios da área de influência;
 Atingir 20% das escolas públicas localizadas na área de influência
 Elaborar materiais didáticos para os públicos-alvo do Programa, tendo como base
as campanhas Educativas;
 Quantidade de ações sustentáveis apontadas como necessárias pelas
comunidades da AID;
 Quantidade de ações sustentáveis potencializadas e executadas fruto das
atividades do PEA e voluntárias, nas comunidades da AID;
 Envolver 100% dos trabalhadores no PEA nas palestras e oficinas realizadas nos
canteiros;
 Quantidade de moradores da AID participantes da etapa de oficinas de
multiplicadores ambientais.

e) Público-alvo

 Moradores cujas propriedades serão atravessadas pela LT, identificados durante


as atividades de campo e conforme o cadastro realizado pelo Programa de
Instituição da Faixa de Servidão;
 Comunidades lindeiras;
 17 PA’s diretamente afetados;
 Lideranças Comunitárias das comunidades na AID;
 Organizações da sociedade civil representativas (ONGs, sindicatos, associações de
moradores e/ou assentamentos, etc.) localizadas ou atuantes nas áreas de
influência do empreendimento;

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 Profissionais das Secretarias de Meio Ambiente, Saúde e Educação atuantes na


AII;
 Educadores das escolas localizadas nas áreas de influência direta do
empreendimento;
 Trabalhadores próprios e terceirizados do empreendedor.

f) Metodologia

A metodologia a ser implementada terá características diferenciadas e pautará suas


ações pela realidade ambiental da região, considerando as características naturais,
populacionais, econômicas e sociais, propondo ações que buscam refletir a situação
ambiental concreta e inerente à municipalidades afetadas.

Todas as atividades, em maior ou menor grau, estarão correlacionadas com os


resultados dos estudos ambientais. O fio condutor das atividades é a "aproximação"
entre o "educando" e o seu cotidiano socioambiental. De que modo os aspectos
ambientais fazem parte da vida dele; como ele interage com esses aspectos e fatores
socioambientais; quais são e como se manifestam os impactos gerados na relação
homem-natureza; quais as implicações do empreendimento nessa relação.

Com esses procedimentos, em termos metodológicos, busca-se o fomento da


participação dos frequentadores das atividades educativas não só como assistentes, mas
também como protagonistas da ação educativa e como sujeito que busca soluções para
os problemas ambientais e socioambientais que circundam sua realidade.

Outro princípio metodológico do Programa de Educação Ambiental aqui proposto


refere-se à educação ambiental como elemento propulsor na equalização, minimização,
e compensação dos impactos ambientais previstos para o empreendimento.

Este Programa envolve ações que possam garantir a participação efetiva e o


envolvimento dos diferentes setores sociais locais com a sustentabilidade
socioambiental. Pretende-se pautar o PEA na integração do ambiente natural com o
ambiente construído, buscando as interações permanentes entre a sustentabilidade
social e a sustentabilidade ambiental, numa abordagem sistêmica de cada área.

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g) Descrição do Programa

O PEA será executado de modo a contemplar a população residente nas áreas de


influencia direta e indireta do empreendimento. Nesse sentido, entende-se que, do
mesmo modo que a vulnerabilidade da população aos possíveis impactos provenientes
da implantação das LT’s varia, em função de inúmeros fatores. As ações e estratégias
devem ser utilizadas, em conformidade com tal situação. Sendo assim, o programa será
executado orientado por quatro eixos de ação. Vale ressaltar que tais eixos
interrelacionam-se entre si e a divisão, aqui apresentada, visa o planejamento e
organização das atividades.

i. Ações voltadas para AII e AID do empreendimento

Para realização dos trabalhos, serão estabelecidas alianças com as prefeituras


municipais, sindicatos, associações, ONG’s, dentre outros, para que sejam executadas
atividades pautadas no princípio metodológico da participação e construção de
conhecimentos.

Ações voltadas para AID do empreendimento

Os Projetos de Assentamentos também deverão ser contemplados pelas atividades


previstas, em especial aqueles 17 considerados com maior vulnerabilidade, por conta de
sua localização em relação às LT’s, conforme Quadro 2.

Quadro 2. Assentamentos interceptados ou próximo à faixa de servidão.

Localização em
Nº de
PA’s Município sede** SIPRA** relação faixa de Lideranças* Nº de famílias*
lotes**
servidão

José Lopes
Novo Dado não
P.A.Tuerê MB0004000 Interceptado Carneiro ("Zé 2.988
Repartimento/PA disponível
Branco")

João da Costa
Nunes (líder
do PA) e
Novo
P.A. Rio Gelado MB0037000 Interceptado Jackson 2.500 2500
Repartimento/PA
Pereira (líder
da Vila Vitória
da Conquista)

Zenita
Novo
P.A. Rio Preto MB0320000 38 m Nascimento da 218 128
Repartimento/PA
Silva

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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Localização em
Nº de
PA’s Município sede** SIPRA** relação faixa de Lideranças* Nº de famílias*
lotes**
servidão

"Dé"
(moradores
entrevistados
P.A. José Cirilo Novo Dado não
MB0319000 Interceptado desconhecem 305
Gomes Repartimento/PA disponível
o nome
próprio do
líder)

Raimundo
Ferreira
P.A. Buritirana Itupiranga/PA MB0104000 Interceptado Feitosa 1000 613
(Raimundo
"Tena do Ar")

Divino Pinto
Gontijo (Vila
José
Capistrano de
Abreu), Jozélio
Rodrigues de
P.A. Cinturão
Itupiranga/PA MB0029000 Interceptado Almeida (Vila 1473 1253
Verde I e II
União),
Antonio
Rodrigues
Cavalcante
(Vila
Buritirana)

Dado não
P.A. Pouso Alegre Marabá/PA MB0364000 Interceptado 22 33
disponibilizado

Almiro costa
P.A. Rio Preto -
Marabá/PA MB0197000 Interceptado Neves 96 94
Malha II
("Bieca")

Elias Ferreira
P.A. Goianos Marabá/PA MB0198000 Interceptado 79 76
de Almeida

Albertina
P.A. Cachoeira Ribeiro de
Marabá/PA MB0420000 Interceptado 121 94
Preta II Freitas
(Neguinha)

Francisco da
P.A. Talismã Marabá/PA MB0402000 Interceptado Cruz (Chico 53 52
Pipira)

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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Localização em
Nº de
PA’s Município sede** SIPRA** relação faixa de Lideranças* Nº de famílias*
lotes**
servidão

P.A. Palmares Sul


(denominação
baseada em
identificação
existente em
arquivo vetorial
em formato shape
Jorge Luis
file e kml, Parauapebas/PA MB0346000 Interceptado 327 321
Rodrigues Neri
disponibilizado
pelo IBAMA em
27 de fevereiro de
2015, mas trata-se
do PA Palmares II,
como verificado
em campo)

Flávio José
P.A. Sereno Marabá/PA MB0013000 Interceptado Teixeira de 557 191
Rezende

P.A. Lajedo Marabá/PA MB0136000 21 m Gilberto 171 101

Raimundo da
Floresta do Silva Lopes
P.A. Travessão MB0151000 Interceptado 504 386
Araguaia/PA (Raimundo
Serafim)

P.A. Escalada do Ireni Anísio


Xinguara/PA MB0112000 Interceptado 145 131
Norte II Lote 28 Pessoa

Damásio
P.A. Providência Bernardo Sayão/TO TO0144000 Interceptado Auricuri dos 292 292
Santos
Fonte: *Pesquisa de campo, realizada em janeiro de 2014 e março de 2015. **Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (NCRA), Projetos de Reforma Agrária conforme Fases de Implementação.

Assim, a operacionalização será realizada através dos seguintes procedimentos:

 Realização cursos e oficinas para alunos das escolas públicas e professores;


 Realização de palestras com a comunidade;
 Produção de Material Didático;
 Produção de Campanhas Educativas;
 Atividades lúdicas: realização de atividades recreativas e educativas nas quais
prevaleçam a brincadeira como forma educativa.

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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

ii. Sensibilização de Trabalhadores

Todos os trabalhadores serão orientados para mitigar os impactos identificados e evitar


impactos comuns em atividades de obras. Para tanto, as ações educativas visam orientá-
los quanto aos procedimentos ambientalmente corretos no exercício de suas funções,
fazendo com que se tornem responsáveis por práticas ambientalmente corretas em seu
ambiente de trabalho, incentivando-se que estas cheguem aos lares e às famílias.
Também, serão realizadas atividades específicas relacionadas à convivência e respeito
com as culturas locais.

Palestras e oficinas:

Para a formação/instrumentalização dos trabalhadores é importante trabalhar com os


mesmos, através de palestras e/ou oficinas, os resultados dos estudos ambientais do
EIA/RIMA, além dos seguintes temas:

 Apresentação de aspectos e impactos do empreendimento contido no


EIA/RIMA e as importância das respectivas medidas de prevenção, mitigação e
compensação.
 Preservação e respeito do patrimônio natural: presença de trilhas ecológicas,
áreas de preservação permanente, área de reserva legal, áreas sensíveis de
nidificação e ocorrência de fauna endêmica e migratória; áreas de
reflorestamento; ocorrência de corpos d’água, dentre outros temas;
 Cuidados pessoais e emergenciais na realização e passeios a trilhas e a lugares
inabitados;
 Informar o trabalho e o contato de Brigada de Incêndio ou Ambiental local,
informar e conscientizar sobre medidas preventivas e corretivas de combate a
incêndios florestais;
 Fazer integração com o Plano de Conservação de Fauna, visando conscientizar
os trabalhadores sobre a importância da preservação dos sistemas naturais,
destacando o efeito deletério da caça predatória, do desequilíbrio dos
ecossistemas naturais e da interferência antrópica sobre as populações animais
presentes nas regiões afetadas pelo empreendimento;
 Realização de palestras nas temáticas de saúde ambiental, vetores (objetivando
medidas de controle de pragas e vetores patogênicos como insetos, roedores e
outros), resíduos sólidos (buscando-se o estabelecimento de diretrizes de
manejo e destinação dos resíduos sólidos e efluentes), higiene pessoal e

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

cuidados com a saúde (proporcionando a prevenção de doenças ocupacionais


ou não, através da eliminação ou minimização dos riscos, visando à
preservação da saúde e do ambiente).
 Respeito e convivência com as comunidades lindeiras e tradicionais e suas
formas de vida.

Comunicação visual:

Implantação de elementos de comunicação visual com instruções sobre a atenção e os


cuidados necessários com o meio ambiente. Esse tipo de estratégia de educação
ambiental tem sido cada vez mais utilizado com sucesso, pois pode ser disseminada na
obra e na comunidade.

Os eixos temáticos a serem abordados na comunicação visual com fins de Educação


Ambiental para este tipo de empreendimento são:

 Prevenção e controle da poluição nos ambientes de trabalho, com avisos sobre a


importância de se manterem os banheiros, aparelhos de ar-condicionado,
refeitórios e demais recintos limpos e isentos de vetores;
 Prevenção e controle da poluição externa do ambiente de trabalho por meio de
placas de advertência e de indicação de recipientes para coleta seletiva, seguindo
os princípios da Política dos 3 Rs (Reciclar, Reduzir e Reutilizar);
 Elaboração e implantação de sinalização com os seguintes conteúdos: 1 - Não
coloque fogo no lixo; 2 - Não faça fogueiras e 3 - Não jogue pontas de cigarro
acesas próxima a vegetação;
 Preservação do patrimônio natural: placas de sinalização advertindo e
informando a presença de trilhas ecológicas, áreas de preservação permanente,
área de reserva legal, áreas sensíveis de nidificação e ocorrência de fauna
endêmica e migratória; áreas de reflorestamento; ocorrência de corpos d’água,
dentre outros temas;
 Por fim, placas de advertência de segurança do ambiente de trabalho;
 Coleta seletiva.

iii. Extensão comunitária

Para a realização da Extensão Comunitária estão previstas três atividades, as quais serão
a seguir apresentadas.

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Atividade 1 – Construção do Diagnóstico Socioambiental Participativo


(DSP)

Realização do Diagnóstico Socioambiental Participativo (DSP) do meio ambiente local,


com foco:

1) Identificação e conhecimento do meio ambiente e ecossistema local. Utilizar a


integração com as informações disponibilizadas no EIA/ RIMA, sobre local, meio biótico,
físico e socioeconômico. Será estimulada a observação e a memória de forma
participativa e coletiva sobre os conhecimentos pelas comunidades do meio ambiente da
região. Serão trabalhados dentro dos focos temáticos de Meio Ambiente, Agricultura,
Saúde e Educação.

2) Os recursos naturais locais e seus usos por gerações. Estimular e orientar uma análise
crítica pelo público alvo e suas percepções sobre os usos dos recursos naturais, estimular
percepções de causa e efeito. Ao final da etapa (2), os participantes irão eleger questões
prioritárias dentro das temáticas Meio Ambiente, Agricultura, Saúde e Educação que
serão trabalhadas em ações práticas, com apoio de uma equipe técnica com experiência
na temática de construções sustentáveis.

3) Finalização e distribuição do DSP

A construção do Diagnóstico Socioambiental Participativo (DSP) do Meio Ambiente Local


será executada em três etapas, conforme os tópicos citados anteriormente. Ao final da
terceira etapa, será elaborado o material educativo, com base nos resultados do
Diagnóstico Socioambiental Participativo (DSP), a ser entregue às escolas da AID, às
instituições da sociedade civil que trabalham na temática, e lideranças comunitárias,
Secretaria de Educação, Meio Ambiente e Saúde, no intuito serem multiplicadores do
conhecimento construído localmente.

Esta atividade também busca a integração com o Plano de Conservação de Fauna,


visando conscientizar a população sobre a importância da preservação dos sistemas
naturais, destacando o efeito deletério da caça predatória, do desequilíbrio dos
ecossistemas naturais e da interferência antrópica sobre as populações animais
presentes nas regiões afetadas pelo empreendimento.

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Público alvo: moradores e as comunidades da AID.

A princípio as comunidades lindeiras, conforme Quadro 3, deverão ser contempladas,


dando enfoque para as instituições públicas governamentais e de iniciativa privada
representativas na AID e envolvidas com o tema, assim como entidades comprometidas
com a educação e capacitação da população dentro da mesma área. Será realizada uma
análise de proximidade e logística entre as comunidades para estudar a viabilidade de
realização de atividades conjuntas, buscando a troca de experiências e conhecimento
entre as comunidades da AID.

Quadro 3. Comunidades lindeiras as LTs.


Distância aprox. da LT
Localidade Município População (aproximada)
(m)

Novo
Novo Planalto ou Quatro Bocas 1.300 848
Repartimento/PA

Novo
Neteolândia ou Pé de Galinha 2.000 771
Repartimento/PA

Bom Jardim Pacajá/PA 3.500 730

Nazaré Pacajá/PA 1.200 701

Sucupira Anapu/PA 280 734

Vila Isabel Anapu/PA Dados não disponíveis 836

Belo Monte do Pombal Anapu/PA Dados não disponibilizados 1.553

Mirandópolis Guaraí Dados não disponibilizados 1.213


Fonte: Levantamento de campo, realizado em março e abril de 2014 e dados colhidos com funcionérios da Pprefeitura e Secretaria de Saúde de Guaraí
em fevereiro de 2015.

A realização do DSP servirá tanto para a equipe executora do PEA conhecer/reconhecer


a situação de referência em relação aos conhecimentos e práticas ambientais locais,
quanto como instrumento propriamente educativo.

Procedimentos:

 Visitação prioritária aos proprietários e comunidades da AID e seu entorno;


 Divulgação e convite para participação das atividades do PEA;
 A partir do mapeamento das lideranças comunitárias realizado pelo PCS,
organizar em conjunto a realização das atividades do PEA;

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

 Organizar a logística de participação nas atividades do PEA junto às


comunidades e população da AID, mas sempre priorizar pela participação de
todos;
 Realização das oficinas, das etapas (1) e (2) de construção do Diagnóstico
Socioambiental Participativo (DSP) conforme explicado anteriormente;
 As Oficinas terão como objetivo promover espaços de diálogo e troca de
experiências com a comunidade local e moradores da AID e de seu entorno;
 Os resultados do DSP serão incorporados nos conteúdos programáticos e
embasados nas linhas temáticas do PEA, além de trabalhar o processo de
Gestão Ambiental das atividades da LT;
 Elaboração de material educativo, com base nos resultados do Diagnóstico
Socioambiental Participativo (DSP), a ser entregue nas escolas da AID, nas
instituições da sociedade civil que trabalham na temática, e lideranças
comunitárias, Secretaria de Educação, Meio Ambiente, Agricultura e Saúde, no
intuito de serem multiplicadores do conhecimento construído localmente.

Período de Execução: durante a fase de implantação do empreendimento.

Quantidade de ações: Duas atividades por comunidade. Bimestral.

Atividade 2 – Oficina de Formação de Multiplicadores Ambientais

Estruturação de grupos para atuarem como multiplicadores ambientais nas


comunidades da AID. Os grupos serão trabalhados por conjunto de comunidades ou por
comunidade. Será avaliado o tamanho e dimensão da comunidade, a logística e a
proximidade entre as comunidades e moradores da AID, no intuito de haver uma troca e
união entre as comunidades e vizinhos na AID.

A definição dos multiplicadores inicia em paralelo ao Diagnóstico Rápido Participativo


(DRP). Na primeira reunião será apresentada a proposta e irão definir, na forma de
votação ou voluntária, os agentes multiplicadores, por meio de perfil de multiplicador,
os quais deverão ser pessoas ativas na comunidade (ou com esse intuito), com
disponibilidade de tempo, ser proativo, saber lidar com ferramentas ou ter interesse para
aprender, ser comunicativo e desinibido.

Os Multiplicadores Ambientais terão acesso direto a material teórico (onde todos


poderão acessar), uma assessoria mais próxima, e serão os responsáveis por repassar as

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

informações e articular as ações práticas, além de serem os agentes propulsores de


ações de mutirão para benefício coletivo. Serão trabalhadas formas de organização de
mutirão e de atividades de uso coletivo, e formas de gestão e organização social.

Os Multiplicadores terão disponíveis dois materiais didáticos: um com foco nos modelos
e técnicas de construção sustentável e outro com foco em informações sobre formas de
gestão coletiva e organização social.

Os procedimentos pedagógicos das oficinas que será desenvolvida privilegiarão os


métodos participativos e coletivos de aprendizagem. Para tanto, serão organizados, com
a participação ativa dos Multiplicadores, atividades práticas durante as Oficinas de
Soluções Sustentáveis e após, como continuidade da atividade desenvolvida.

Por exemplo, realizar visitas aos moradores e conversar/esclarecer sobre procedimentos


adequados de uso da água, do destino final adequado dos resíduos sólidos, dentre
outros. Aqueles que se dispuser a realizar a atividade prática serão orientados da forma
e meio de registrar suas experiências, as quais serão trabalhadas e apresentadas em uma
próxima oficina. A temática a ser trabalhada, após a oficina, é de livre escolha do
interessado desde que esteja em acordo com aquelas trabalhadas na oficina. Dessa
forma, os conhecimentos apreendidos pelas modalidades presenciais, no âmbito das
oficinas/atividades desenvolvidas pelo programa, serão percebidos e ampliados no
cotidiano do público-alvo mediante as ações dos participantes. Desse modo é esperado,
como resultado dessa atividade, que os participantes possam melhorar a sua qualidade
de vida e contribuir para que o mesmo aconteça em suas comunidades na medida em
que novas práticas ambientais sustentáveis são difundidas.

Procedimentos

 Divulgação e convite das datas e dos locais de realização das oficinas.


 Explicação sobre a importância de ser e ter um Multiplicador Ambiental na
comunidade, seu papel, acesso a conhecimentos, estimular praticas coletivas,
ser uma liderança, entre outros.
 Planejamento, organização, levantamento de materiais necessários, logística e
realização das atividades da Oficina, com participação ativa dos
Multiplicadores, como parte do treinamento em organização de mutirão e
organização social.
 Treinamento específico dos Multiplicadores Ambientais.

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
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 Impulsionar e expandir o conhecimento adquirido através de práticas, em


esquema de mutirão ou individual, organizados pelos Multiplicadores
Ambientais, para além das atividades programadas.

Período de Execução: durante a implantação do empreendimento.

Periodicidade: 8 encontros.(bimestral)

h) Atividades a serem desenvolvidas

O Programa de Educação Ambiental e suas etapas seguirão os princípios metodológicos,


ações, procedimentos e periodicidade apresentados anteriormente. Serão
implementadas atividades tanto na AII quanto na AID do empreendimento, com
realização de palestras, oficinas, curso, dentre outros, conforme detalhamento anterior.

Todos os materiais elaborados no âmbito do programa informarão que as ações e


atividades executadas estão baseadas em uma exigência legal e exigidas pelo
licenciamento ambiental federal do empreendimento, conduzido pelo IBAMA, bem
como conterão informações quanto à licença ambiental vigente, logomarca do IBAMA e
divulgação do número da linha verde (0800 618080).

Deverão ser gerados relatórios das atividades executadas, contendo a descrição


detalhada de todas as ações, locais, número de participantes e de materiais utilizados
e/ou distribuídos e registro fotográfico.

i) Cronograma Executivo e de Relatórios

O programa será executado durante todo período de obras.

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Fase de Implantação
Atividade Periodicidade
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Ações Voltadas para AII - (cursos/oficinas/palestras) Bimestral

Extensão Comunitária: Atividade I - Construção do DSP Diária

Extensão Comunitária: Atividade II - Formação de Multiplicadores Mensal

Sensibilização de Trabalhadores Bimestral

Sensibilização de Trabalhadores - Educação Visual Mensal

Elaboração de relatórios periódicos para monitoramento interno Trimestral

Relatório Final para envio ao órgão ambiental

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j) Equipe Técnica

Para execução do PEA serão necessários um coordenador de nível superior com


experiência e/ou conhecimento em atividades de educação ambiental, construções
sustentáveis e/ou natural e atividades coletivas participativas, e profissionais de campo,
com experiência em construções sustentáveis e/ou natural com foco no meio rural e
atividades coletivas participativas. A equipe sugerida para o presente programa é
apresentado no quadro a seguir.

Profissional Quantidade Função


Planejar e produzir materiais informativos; responder a
Coordenador Geral 1
questionamentos; atender às demandas institucionais.

Auxiliares técnicos 4 Aplicar os procedimentos e encaminhamentos.

k) Responsável Técnico

Sociólogo Thiago Mont’Alverne Ribeiro - MTE 411/CE

l) Instituições Envolvidas

Assim como no Programa de Comunicação Social, o Programa de Educação Ambiental


deve primar pelo estabelecimento de parcerias visando ampliação da participação da
população e eficácia do programa. Desse modo, estabelecer alianças com Secretarias
municipais de educação, meio ambiente e agricultura, Instituições e ONGs com atuação
nas comunidades ou na região, dentre outros, deve ser priorizado.

Além disso, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis –


IBAMA deverá ter envolvimento em todas as atividades, direta ou indiretamente.

m) Relações com outros programas

O presente programa tem inter-relação com todos os demais Programas Ambientais


propostos para o empreendimento.

n) Referências Bibliográficas

DEMO, P. Participação é conquista. São Paulo: Cortez, 1993.


GABINATO, Valeska. Ensino de história e patrimônio histórico: pontes para a construção da
memória e cidadania. Ciências e letras¸ Porto Alegre, n. 27, p. 37-48, jan/jun. 2000.

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
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HOLMGREN, David. Os Fundamentos da Permacultura: um resumo dos conceitos e princípios


apresentados no livro “Princípios e Caminhos da Permacultura além da Sustentabilidade”.
Tradução de Alexander Van Parys Piergili e Amantino Ramos de Fraitas. Disponível em: <
http://holmgren.com.au/downloads/Essence_of_Pc_PT.pdf> Acesso em 26 de maio 2015.
LEFF. Enrique. Saber Ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder.
Petrópolis: Vozes, 2001. 344 p.
MOLLISON, Bill. Introdução à Permacultura: Panfletos da Serie Curso de Design em
Permacultura. Publicado por Yankee Permaculture, Centro de Permacultura Barking Frogs.
1981. Disponível em: < http://www.barkingfrogspermaculture.org/panfletostodos.pdf >
Acesso em: 25 de maio de 2015.
TEIXEIRA, E. C. As dimensões da participação cidadã. Caderno CRH, Salvador: Uni- versidade
Federal da Bahia, v. 10, n. 26, 2007. Disponível em: <www.cadernocrh. ufba.
br/include/getdoc.php?id=1007&article=198&modo=pdf>. Acesso em: 26 de maio de 2015.
TRISTÃO. Martha. Tecendo os fios da educação ambiental: o subjetivo e o coletivo, o
pensado e o vivido. Educ. Pesqui., v. 31, n. 2, pp. 251-264, 2005.

3.3 - Programa de Comunicação Social

a) Apresentação

Considerando que a comunicação é um produto funcional da necessidade humana de


expressão e de relacionamento, há de ser trabalhado como um instrumento para
construção de um entendimento entre as partes envolvidas que contemple a efetivação
da participação e do diálogo.

Para a elaboração do Programa de Comunicação Social (PCS), então, adotou-se a


concepção de Comunicação em seu sentido mais amplo, envolvendo a elaboração, de
estratégias de comunicação e a compreensão do caráter da comunicação como suporte
ao conjunto das atividades que serão executadas para a implantação das Linhas de
Transmissão (LT’s) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; Parauapebas – Miracema C1 e
C2; Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas.

A Comunicação Social, não se limita à disseminação de informações e sim na elaboração


de instrumentos de comunicação. Assim, a execução do PCS deve ser pautada no
estabelecimento e manutenção de canais de diálogo por meio dos quais haverão
constantes trocas de conhecimentos e informações.

Portanto, os procedimentos de informação e a comunicação tornam-se essenciais para


se construir um relacionamento e um diálogo constante, ético e transparente entre as
partes interessadas no desenvolvimento do empreendimento e seus programas

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

ambientais. Buscam estabelecer condições para que empreendedor e sociedade


dialoguem na busca de cooperação mútua para a máxima sustentabilidade do
empreendimento. Para tanto, as estratégias de ação adotadas neste PCS estão focadas
no diálogo e no relacionamento com os grupos de interesse e o empreendedor.

A eficácia esperada para as medidas indicadas neste programa é apresentada a seguir:

Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Incremento da Arrecadação Tributária

Desenvolver parcerias com as


Prefeituras Municipais para o
Potencializador Implantação Alta Empreendedor
cadastro dos colaboradores e
fornecedores locais

Promover esclarecimentos à
população quanto à quantidade,
ao perfil e à qualificação da Potencializador Implantação Media Empreendedor
demanda de produtos e serviços
para as obras

Priorizar a contratação de
trabalhadores e empresas locais
e das comunidades próximas à
Potencializador Implantação Media Empreendedor
região atravessada pelo
empreendimento e dos
municípios da AII

Geração de Emprego e Renda

Informar a população sobre a


real necessidade de mão de obra Potencializadora Implantação Media Empreendedor
e especificidades da mesma

Informar o período estimado de


Potencializadora Implantação Media Empreendedor
contratação

Pressão na demanda por serviços de saúde durante a construção

Sensibilizar os trabalhadores
quanto a hábitos de higiene e Preventivo Implantação Media Empreendedor
prevenção de doenças;

Implementar medidas de
manutenção e de saneamento
Preventivo Implantação Alta Empreendedor
nos canteiros e nas frentes de
obras

Aplicar o Código de Conduta


dos Trabalhadores com ações de
Preventivo Implantação Media Empreendedor
educação em saúde dirigidas a
mão de obra e a população local

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
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Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Elaboração do Programa de
Gerenciamento de Risco e do
Plano de Atendimento a
Emergências, pelos profissionais Alta
responsáveis pela saúde e
segurança dos trabalhadores
durante as obras

Implantação de ambulatório
com profissionais da área de Alta
saúde nos canteiros de obras

Interferência no uso e ocupação do solo

Informar a população sobre


Implantação e
os benefícios do Mitigador
Operação.
Media Empreendedor
empreendimento
Informar os proprietários dos
imóveis interceptados sobre
Compensatório Implantação Media Empreendedor
as restrições do uso e
ocupação do solo

Informar os proprietários dos


imóveis atravessados sobre as
indenizações para a Compensatório Implantação Media Empreendedor
instalação da faixa de
servidão

b) Justificativa

O Programa de Comunicação Social (PCS) é um importante instrumento de gestão


ambiental, que dentre outras prerrogativas, está alinhado com Lei Federal 6938/1981
que institui a Política Nacional de Meio Ambiente, no que se refere à divulgação e
acesso a dados ambientais (Art. 40 inciso V da Lei 6938/81) para o fomento e formação
da consciência e participação da cidadania na defesa do meio ambiente. Dentre os
instrumentos de gestão ambiental, o PCS, oportuniza a sociedade em geral e a grupos
populacionais com maior grau de interação direta com o empreendimento conhecer e
se reconhecerem como elementos integrantes/parte do/no processo de gestão
ambiental de um dado empreendimento. É através do PCS que os cidadãos acessam, de
forma direta, informações sobre o empreendimento e os resultados dos estudos e
programas ambientais realizados e previstos para resguardar, minimizar, recuperar, e
preservar os aspectos socioambientais em interação com o empreendimento. Assim, o
PCS justifica-se em primeiro lugar como instrumento de qualificação do exercício da
cidadania. O direito à informação é um dos princípios básicos para o exercício de

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
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cidadania. Em segundo lugar, como espaço de diálogos e "conversação" social entre o


empreendedor, entidades e população residente nas áreas de influência do
empreendimento.

c) Objetivos

Objetivo Geral

O Programa de Comunicação Social pretende estabelecer estratégias de interação com


os principais atores sociais, proprietários e as comunidades locais interceptadas pelo
empreendimento, além dos trabalhadores próprios e terceiros, favorecendo a criação de
espaços de diálogo, de informação e de comunicação dentro do processo de gestão
ambiental e ao longo da fase de implantação do empreendimento.

Objetivos Específicos

 Estabelecer canal de ouvidoria e diálogo contínuo, transparente e ético entre as


partes interessadas.
 Gerenciar eventuais conflitos interpretativos ou demandas específicas de
informação junto à população e instituições da AID e da AII.
 Contribuir para mitigar possíveis impactos socioambientais negativos e
potencializar impactos positivos.
 Informar, em linguagem simples e direta, o início da fase construtiva e o início
da operação do empreendimento e, muito especialmente, as reais
oportunidades de emprego nas respectivas fases.
 Informar sobre os programas ambientais, o atendimento as condicionantes
socioambientais do empreendimento; as atividades necessárias à instalação e
operação da LT e seus respectivos cronogramas; as formas e meios de
comunicação direta e, quando for o caso, de emergência, com o
empreendedor através de canais específicos, tais como o canal de Ouvidoria do
empreendimento (0800);
 Prevenir sobre os riscos ambientais e de acidentes associados às atividades de
obra e operação da LT.
 Fazer a integração entre os Programas ambientais.

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d) Indicadores Ambientais

São os principais indicadores de efetividade:

 Relação entre as atividades previstas e realizadas;


 Registros escrito e fotográfico das atividades realizadas;
 Registro das reuniões para avaliação, os resultados observados e o percentual
de participação dos coordenadores dos programas e da população;
 Registro das ações preventivas e/ou corretivas propostas;
 Informativos elaborados e disseminados para os dois públicos alvos.
 Propriedades e estabelecimentos na AID alcançados com a divulgação de
informações e de material gráfico. É recomendado a utilização de protocolo de
recebimento para registro;
 Reclamações, críticas e sugestões recebidas e solucionadas do Canal de
Ouvidoria.
 Relatório Final do Programa de Comunicação Social.

e) Público-alvo

O público-alvo é constituído por:

 Público Interno: Empreendedor, prestadores de serviço, trabalhadores próprios


e terceiros do empreendimento.
 Público Externo: Gestores públicos e secretarias dos municípios da AII órgãos
ambientais envolvidos no licenciamento, população da AII e AID, em especial as
comunidades da AID e moradores das propriedades interceptadas pela faixa de
servidão.

Quadro dos Projetos de Assentamento escopo desse Programa.

Quadro 4 – Assentamentos interceptados ou próximos à faixa de servidão.

Localização em
Município Nº de Nº de
PA’s SIPRA** relação faixa Lideranças*
sede** lotes** famílias*
de servidão

José Lopes
Novo Dado não
P.A.Tuerê MB0004000 Interceptado Carneiro ("Zé 2.988
Repartimento/PA disponível
Branco")

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Localização em
Município Nº de Nº de
PA’s SIPRA** relação faixa Lideranças*
sede** lotes** famílias*
de servidão

João da Costa
Nunes (líder do
Novo PA) e Jackson
P.A. Rio Gelado MB0037000 Interceptado 2.500 2500
Repartimento/PA Pereira (líder da
Vila Vitória da
Conquista)

Novo Zenita Nascimento


P.A. Rio Preto MB0320000 38 m 218 128
Repartimento/PA da Silva

"Dé" (moradores
entrevistados
P.A. José Cirilo Novo Dado não
MB0319000 Interceptado desconhecem o 305
Gomes Repartimento/PA disponível
nome próprio do
líder)

Raimundo Ferreira
P.A. Buritirana Itupiranga/PA MB0104000 Interceptado Feitosa (Raimundo 1000 613
"Tena do Ar")

Divino Pinto
Gontijo (Vila José
Capistrano de
Abreu), Jozélio
P.A. Cinturão Rodrigues de
Itupiranga/PA MB0029000 Interceptado 1473 1253
Verde I e II Almeida (Vila
União), Antonio
Rodrigues
Cavalcante (Vila
Buritirana)

P.A. Pouso Dado não


Marabá/PA MB0364000 Interceptado 22 33
Alegre disponibilizado

P.A. Rio Preto - Almiro costa


Marabá/PA MB0197000 Interceptado 96 94
Malha II Neves ("Bieca")

Elias Ferreira de
P.A. Goianos Marabá/PA MB0198000 Interceptado 79 76
Almeida

Albertina Ribeiro
P.A. Cachoeira
Marabá/PA MB0420000 Interceptado de Freitas 121 94
Preta II
(Neguinha)

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Localização em
Município Nº de Nº de
PA’s SIPRA** relação faixa Lideranças*
sede** lotes** famílias*
de servidão

Francisco da Cruz
P.A. Talismã Marabá/PA MB0402000 Interceptado 53 52
(Chico Pipira)

P.A. Palmares
Sul
(denominação
baseada em
identificação
existente em
arquivo vetorial
em formato
shape file e
kml, Jorge Luis
Parauapebas/PA MB0346000 Interceptado 327 321
disponibilizado Rodrigues Neri
pelo IBAMA
em 27 de
fevereiro de
2015, mas
trata-se do PA
Palmares II,
como
verificado em
campo)

Flávio José Teixeira


P.A. Sereno Marabá/PA MB0013000 Interceptado 557 191
de Rezende

P.A. Lajedo Marabá/PA MB0136000 21 m Gilberto 171 101

Raimundo da Silva
Floresta do
P.A. Travessão MB0151000 Interceptado Lopes (Raimundo 504 386
Araguaia/PA
Serafim)

P.A. Escalada
do Norte II Lote Xinguara/PA MB0112000 Interceptado Ireni Anísio Pessoa 145 131
28

P.A. Bernardo Damásio Auricuri


TO0144000 Interceptado 292 292
Providência Sayão/TO dos Santos
Fonte: *Pesquisa de campo, realizada em janeiro de 2014 e março de 2015. **Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (NCRA), Projetos de Reforma Agrária conforme Fases de Implementação.

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f) Metodologia

O PCS deve ser executado de modo a efetivar os processos de troca de informação entre
as partes envolvidas no Projeto, respeitando a complexidade da região na qual pretende
inserir-se.

Para a definição das técnicas ou métodos adotados pelo PCS, é preciso considerar duas
variáveis ou aspectos importantes: os impactos serão experimentando de forma e
intensidade diferentes, de acordo com a proximidade/distância do traçado; e a
cronologia do Projeto.

Assim como identificado nos estudos ambientais, é possível definirmos áreas sob
influência direta do empreendimento, bem como áreas de influência indireta. A maneira
como os impactos interagem com essas duas áreas é diferente. Sendo assim, as ações
do PCS também devem ser orientadas levando-se em consideração tais peculiaridades.
Deve-se priorizar as ações focadas na Área de Influência Direta da LT, em especial nas
comunidades lindeiras ao empreendimento e moradores das propriedades interceptadas
pela LT.

Além disso, as ações do PCS devem estar sempre inter-relacionadas com as dos demais
programas. Em especial, as ações executadas pelo Programa de Educação Ambiental
devem ser articuladas às ações de comunicação. De certa maneira, as ações dos dois
programas devem se fundir, em determinados momentos, tendo em vista que educar
também é um processo de transmissão de informação.

Vale ressaltar que toda e qualquer ação e procedimento previsto visam atender, entre
outras prerrogativas legais, aqueles definidos nos seguintes dispositivos legais:

 Lei n° 8.938/81 que instituiu, na forma do art. 224 da Constituição Federal, a


Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e
aplicação.
 Resolução CONAMA n° 237/97 – dispõe sobre a revisão e complementação
dos procedimentos e critérios utilizados para o licenciamento ambiental.
 Resolução CONAMA n° 422/2010 – dispõe sobre a linguagem dos materiais de
projetos de comunicação e educação ambiental.
 Instrução Normativa IBAMA n° 02/2012 – que estabelece as bases técnicas
para programas de educação ambiental, apresentadas como medidas
mitigadoras ou compensatórias, em cumprimento às condicionantes das

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licenças ambientais emitidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos


Recursos Naturais Renováveis.

Além disso, é imperativo que em todos os materiais a serem distribuídos estejam


contidas informações acerca da Licença Ambiental do empreendimento vigente,
logomarca do IBAMA e o número da Linha Verde do IBAMA (0800 618080). Outrossim,
os materiais também deverão informar que tais medidas são parte integrante de ações
exigidas no âmbito do licenciamento ambiental federal conduzido pelo IBAMA.

g) Descrição do Programa

O Programa é uma das principais ferramentas que auxiliará na gestão ambiental do


empreendimento, atuando na interação entre as ações previstas em todos os programas
do Projeto Básico Ambiental (PBA), bem como na sustentação de um fluxo de
comunicação, de forma a identificar os anseios da população e de todos os segmentos
sociais envolvidos, dando o retorno adequado às dúvidas e/ou sugestões de melhoria,
promovendo nivelamento das informações sobre o empreendimento.

O Programa de Comunicação Social trás a proposta de criação de espaços e mecanismos


de comunicação com o intuito de promover uma comunicação mais participativa e
transparente, sendo este um dos principais elementos norteadores do Programa.

Em relação às técnicas de comunicação, será utilizada uma abordagem denominada de


agir comunicativo, onde se buscará formas de comunicação que transcendam o simples
ato da informação, tendo a capacidade de construir o diálogo entre diferentes atores
sociais envolvidos. Nessa perspectiva, a comunicação se faz instrumento centrado na
capacidade de negociação de compromissos, o que significa instaurar uma modalidade
de trabalho orientada para a busca de entendimento (consentimento) entre os
diferentes sujeitos que se comunicam.

Assim, o Programa de Comunicação Social é também o principal canal de comunicação,


informação e divulgação dos demais Programas, visando a integração entre as ações.

De modo objetivo, o PCS será estruturado em três etapas. A etapa de planejamento,


implantação e inicio da energização. Portanto, para cada etapa as ferramentas de
comunicação terão objetivos e informações diferentes de acordo com o andamento da
obra.

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Segue a estruturação e detalhamento das Etapas e fases da obra, de acordo com as


ferramentas de comunicação e público alvo.

h) Atividades a serem desenvolvidas

i. Etapa 1 - Fase de planejamento/pré-obra

Reuniões de Alinhamento e Planejamento

Procedimento voltado para o direcionamento e diretriz do programa, com a participação


da equipe do PCS e PEA do empreendedor e da consultoria contratada. Neste momento
serão esclarecidos e definidos os aspectos relativos aos procedimentos metodológicos,
definido o direcionamento das ações e dos materiais informativos, responsabilidades,
setores dentro da estrutura do empreendedor a serem parceiros das ações, gestão
integrada dos programas ambientais, e planejamento da Vistoria de Trecho.

Propõe-se que essas reuniões aconteçam com periodicidade mensal, para alinhamento
de informações e readequação de ações.

Vistoria de Trecho

A consultoria contratada deverá realizar no inicio das atividades a Vistoria de Trecho,


para identificar e localizar os Canteiros e as Frentes de Obra, e os acessos a serem
utilizados, e assim precisar a localização das comunidades e aglomerados populacionais
(inclusive Projetos de Assentamento Rural) diretamente afetados pelo empreendimento
e suas respectivas lideranças comunitárias, visitar as Prefeituras da AII, principalmente
com Canteiros de Obra, identificar potenciais parceiros, e desenhar a Gestão das Partes
Interessadas. Essa ação deverá contar com apoio da equipe do empreendedor na região.

Devendo ser realizada uma identificação mais apurada do público externo, na área
vizinhas de Canteiro, ao longo dos acessos, e nas frentes de obra.

Essa etapa é a base do reconhecimento do escopo e da localização do público alvo dos


programas ambientais, de forma integrada, para assim conseguir fazer o planejamento
logístico da equipe e das ações.

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Nessa vistoria deverá ser realizada a atualização da Gestão das partes interessadas, dos
dados dos representantes públicos dos Municípios da AII e respectivas secretarias
prioritárias. Além de ser realizado o primeiro contato com as lideranças dessas
comunidades da AID, e agendar a primeira Reunião de Comunicação. Assim como o
primeiro contato nas Prefeituras da AII com Canteiro de obras e agendar a primeira
Reunião Institucional.

Apresentação de Plano de Trabalho

Apresentar o detalhamento das estratégias e logística com base nas diretrizes desse
Programa, materiais informativos a serem utilizados, e planejamento das ferramentas de
comunicação, distribuição da equipe nos Trechos de obra, cronograma detalhado de
execução por estratégia, alinhado as frentes de obra e aos Canteiros; logística da equipe
em campo; materiais gráficos propostos, conteúdos, formatos, quantidade e qualidade;
etc.

Este plano de trabalho será complementado e ajustado após a Vistoria de Trecho e


alinhamento com as lideranças comunitárias das comunidades e aglomerados
populacionais da AID, e com os setores internos do empreendedor decorrente do
planejamento das ações junto a esses atores.

ii. Etapa 2 - Fase de implantação

Reunião de Comunicação

Reuniões realizadas junto às comunidades da AID a fim de construir um canal de diálogo


transparente, ético, proativo e constante, no intuito de mantê-los informados e
atualizados a acerca do empreendimento, do andamento das obras e dos programas
ambientais e sua execução, questões de segurança, planejar os programas que serão
executados em conjunto, divulgar o canal de ouvidoria, explicar sobre os materiais
informativos e distribuí-los, entre outros.

Na primeira Reunião de Comunicação deverá ser construído o Plano de Comunicação


junto a cada comunidade, com o cronograma de reuniões, e das ações integradas com
os demais programas ambientais, principalmente PEA, além da forma de divulgação das
reuniões e ações.

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Os proprietários e moradores das propriedades interceptadas pela LT, serão convidados


a participar dessas Reuniões de Comunicação, caso sejam parte integrante dessas
comunidades ou aglomerados populacionais (Projetos de Assentamento Rural). Caso
não participem, serão realizadas Visitas Individuais, para esclarecimento do
empreendimento, mas principalmente sobre questões de segurança e Frentes de Obra.

Público Externo: comunidades ou aglomerados populacionais listadas no capítulo


Público Alvo.

Periodicidade: trimestral (a primeira deverá ocorre antes da chegada da Frente de Obra).

Material de apoio: Apresentação do Empreendimento, em power point e impressa,


Folder institucional, Boletim Informativo (de acordo com sua periodicidade), Cartaz de
divulgação do Canal de Ouvidoria.

As reuniões de Comunicação e Visitas Individuais deverão ser registradas através de Ata,


lista de presença e registro fotográfico.

Visitas Individuais

Caso os proprietários e moradores das propriedades interceptadas pela LT, mesmo que
convidados a participar das Reuniões de Comunicação, não se identifiquem como parte
integrante de algum aglomerado populacional da AID, onde haverá as reuniões.
Deverão ser realizadas Visitas Individuais nessas propriedades, para esclarecimento do
empreendimento, andamento da obra e dos programas ambientais, frentes de obra,
mas principalmente sobre questões de segurança e Frentes de Obra, pois nessas
propriedades haverá abertura de faixa de serviço e execução de etapas da obra, entrada
e sápida de trabalhadores e equipamentos do empreendimento, e deverão ser
orientados sobre medidas de segurança e saúde (inclusive no que se refere a riscos
elétricos, na fase de operação).

Disponibilizar um canal de comunicação direto, além do Canal de ouvidoria, para caso


de emergência.

Público Externo: proprietários e moradores das propriedades interceptadas pela LT.

Periodicidade trimestral, porem deverá ocorrer visita antes da chegada da Frente de


Obra e durante a execução na respectiva propriedade.

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Material de apoio: Apresentação do Empreendimento, em power point e/ou impressa,


Folder institucional e Boletim Informativo (de acordo com sua periodicidade).

Reuniões Institucionais:

Atividade de articulação institucional, abertura de um canal de comunicação e diálogo


permanente junto aos gestores públicos municipais da AII, de forma a se obter uma
maior sincronia com as ações desenvolvidas pelo empreendedor. Deverá ser agendada a
primeira reunião no momento da Vistoria de Trecho, para apresentação do
empreendimento, os programas ambientais que serão realizados, potenciais alianças, e
definição de um cronograma de reuniões ao longo da fase de implantação do
empreendimento.

Público Externo: gestores públicos municipais da AII, principalmente municípios com


Canteiros de obra.

Periodicidade: A primeira deverá ocorrer nos 3 primeiros meses do início das obras e as
demais deverá ocorrer de acordo com a demanda.

Material de apoio: Apresentação do Empreendimento em Power Point, Folder


institucional e Boletim Informativo (de acordo com sua periodicidade).

Diálogos Internos:

Reunião com os trabalhadores próprios e terceiros, no inicio da contratação, para


apresentação do empreendimento, etapas da obra, impactos e medidas mitigadoras,
programas ambientais, comunidades e aglomerados populacionais vizinhos ao
empreendimento e o respeito e convívio harmônico, questões de saúde, segurança e
meio ambiente.

Público alvo: Interno.

Periodicidade: de acordo com a programação de contratação, devendo ser mensal.

Material de apoio: Apresentação do Empreendimento em Power Point, Folder


institucional e Boletim Informativo (de acordo com sua periodicidade).

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Exposições Dialogadas:

Dialogo com os trabalhadores próprios e terceiros, ao longo da obra, sobre o


andamento das obras e dos programas ambientais, questões de saúde, segurança e
meio ambiente, respeito e convívio harmônico com as comunidades e aglomerados
populacionais vizinhos ao empreendimento, interações com os demais programas
ambientais, entre outros.

Deverá ser trabalhado com dinâmicas participativas, criativas, interativas, com jogos,
brincadeiras, teatro, musica etc.

Público alvo: Interno.

Periodicidade: Mensal.

Material de apoio: Cartaz informativo.

Folder Institucional

Primeiro material informativo a ser confeccionado, será o material informativo para


ambos os públicos, e conteúdo as informações principais sobre o inicio das obras,
apresentação do empreendimento, etapas da obra, programas ambientais que serão
executados, importância do empreendimento, questões gerais de segurança, divulgação
do canal de ouvidoria, e outras questões importantes referentes a essa etapa.

Publico alvo: interno e externo.

Periodicidade: única. No inicio da obra.

Boletim Informativo

O Boletim Informativo - BI será o principal material informativo do empreendimento,


onde manterá o público interno e externo atualizado sobre o andamento das obras e
dos programas ambientais em execução; as principais ações realizadas; informações
sobre Saúde, Segurança e Meio Ambiente; divulgará informações relevantes e
interessantes sobre a região de atuação identificadas nos resultados nos Programas;
conterá jogos e brincadeiras trabalhando temas ambientais; divulgar alguma dúvida
vinda do Canal d Ouvidoria, que possa ser relevante para todo o publico alvo;

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divulgação do canal de ouvidoria; além de divulgar ações que serão executadas para
participação do público externo; entre outras.

Periodicidade: trimestral.

Público alvo: interno e externo.

Cartaz informativo:

Cartazes de divulgação do canal de ouvidoria, amplamente distribuído na AII, cartazes


de convite e divulgação de ações que serão executadas pelos programas ambientais,
como reuniões, oficinas, etc.

Periodicidade: mensal e de acordo com demanda por divulgar temáticas especificas.

Público alvo: interno e externo.

Ação informativa pontual, em rádios, ou carro de som

De acordo com a necessidade, deverão ser realizadas duas campanhas de comunicação


em massa, AII e AID, referente ao início das obras no Município e outra no término da
obra e início da fase de energização.

Canal de Ouvidoria – gratuito 0800

Disponibilização do canal gratuito de ouvidoria com a comunidade (0800), disponível de


2ª (segunda feira) a 6ª (sexta-feira) em horário comercial, das 8:00 h as 18:00h, e com
possibilidade de chamadas a cobrar. Deverá ser elaborado um Q&A (Questions and
Answers) como padronização de perguntas e respostas, pois o atendente poderá
fornecer algumas respostas imediatamente, as que não estiverem inseridas no Q&A
deverão ser encaminhados para a coordenação da consultoria e do empreendimento.

O Canal de Ouvidoria deverá ser amplamente divulgado para a população da AII e AID,
para que sejam tiradas dúvidas, feitas reclamações e sugestões, aproximando ainda mais
a população atingida da realidade do empreendimento. O atendente desse canal será
capacitado e imbuído de todas as informações necessárias sobre o empreendimento,
fases de licenciamento e obra, etc.

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Todas as ligações deverão ser registradas (nome, horário, local de residência, descrição
do motivo da ligação, itemização da ligação, se a resposta foi dada ou encaminhada,
contato para a resposta, etc). Além de ser elaborado um relatório mensal e um final que
servirão de subsídio ao empreendedor na manutenção e melhoria das ações
desenvolvidas. Após a conclusão da devolutiva, aqueles que utilizarem o serviço serão
procurados pelos atendentes para retorno e avaliação do serviço. Esse procedimento
servirá como um dos indicadores da eficácia do PCS.

Público alvo: interno e externo.

Periodicidade: durante toda a fase de implantação, até os 3 primeiro meses da fase de


operação.

Caixa de Ouvidoria: dúvidas, orientações, reclamações e sugestões.

Instalação e disponibilização de Caixa de Ouvidoria para recebimento por escrito de


dúvidas, orientações, reclamações, sugestões, denúncia, nas comunidades do público
externo. Deverão ser instaladas em locais de fácil acesso, de grande circulação de
moradores, que ofereça segurança quanto à degradação, permitindo acesso às
comunidades e moradores da área rural, a canal de informação e comunicação com o
empreendedor.

Na Reunião de Comunicação nas respectivas comunidades, os participantes deverão


receber orientações de como preencher as solicitações, formas de retorno, periodicidade
de recolhimento e devolutiva, e definir em conjunto o local de instalação.

Deverá ser instalado na Caixa de Ouvidoria um adesivo orientativo da forma de


preenchimento, informações relevantes do solicitante, formas de devolutiva, informar o
número de contato do canal de ouvidoria do empreendimento para qualquer dúvida
mais urgente.

Publico alvo: externo.

iii. Etapa 3 – Início da energização das LT’s

Terá como objetivo informar o início da operação da LT e monitorar/avaliar, através de


instrumentos de pesquisa qualitativos, a percepção/avaliação dos resultados de
comunicação e interação entre o empreendimento (inclui-se aqui seus trabalhadores em

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todas as esferas, não só aquelas atinentes às obras) e os moradores, proprietários e de


modo geral com as comunidades.

As ações abaixo deverão ser realizadas antes da energização da linha de transmissão, e


deverão informar sobre inicio da fase de operação, atividades do empreendimento que
ocorrerão na fase de operação, Faixa de Servidão, usos permitidos e não permitidos do
uso do solo na faixa de servidão, canal de ouvidoria, informações integradas aos
programas ambientais, além dos procedimentos de segurança necessários ao convívio
cotidiano com a LT energizada.

São atividades dessa etapa:

 Folder Informativo: contendo as informações descritas anteriormente de forma


detalhada, com escrita simples e de fácil compreensão, contendo ilustrações.

Público alvo: externo.

Distribuição: comunidades da AID (publico externo), moradores das


propriedades interceptadas pela LT, instituições escolas e postos de saúde da
AID, secretarias e poder público dos municípios da AII.

 Cartaz informativo: contendo as informações descritas anteriormente de forma


detalhada, com escrita simples e de fácil compreensão, contendo ilustrações.

Local de disposição: Postos de saúde e instituições escolas da AID, locais de


grande circulação de pessoas das comunidades da AID, locais de grande
circulação de pessoas na AII (como rodoviárias).

Público alvo: externo.

 Reunião de Comunicação: Realizar reunião informativa nas comunidades da


AID e instituições escolares da AID.

Público alvo: externo.

Material de Apoio: Folder Informativo e Cartaz informativo

 Visitas Individuais: realizar visitas aos moradores das propriedades interceptadas


pela LT avisando sobre a etapa de energização a linha de transmissão e demais
temas descritos anteriormente.

Material de Apoio: Folder Informativo.

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

 Aplicação dos instrumentos de avaliação


 Veiculação de Comunicado oral nas rádios locais e/ou carro de som, com
alcance em toda a AII.

i) Cronograma Executivo e de Relatórios

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Plano Básico Ambiental

Pré-
Fase de Implantação Ener.
Obra
Atividade Periodicidade
-1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1

Etapa I:

Reuniões de Alinhamento e Planejamento -

Vistoria do trecho -

Etapa II:

Reunião de comunicação Trimestral

Trimestral e durante as
Visita aos moradores da faixa de servidão atividades de obra nas
respectivas propriedades

Reuniões Institucionais* -

Diálogos Internos Mensal

Exposições Dialogadas Mensal

Confecção e apresentação de Folder Institucional Pontual

Boletim Informativo Trimestral

Cartazes de divulgação do canal de ouvidoria Mensal

Ação informativa em rádios ou carro de som Pontual

Canal de Ouvidoria Diária

Etapa III:

Distribuição de materiais informativos sobre a energização -

Reuniões e visitas -

Avalições do PCS -

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Plano Básico Ambiental

Pré-
Fase de Implantação Ener.
Obra
Atividade Periodicidade
-1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1

Informações na mídia local sobre a energização das LT's -

Elaboração de relatório de monitoramento interno Trimestral

Elaboração de Relatório Técnico de Atividades para envio ao órgão


Semestral
ambiental

Elaboração do Relatório Final Final

* A primeira deverá ocorrer em algum périodo durante os 3 primeiros meses do início das obras
e as demais deverá ocorrer de acordo com a demanda .

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Plano Básico Ambiental

j) Equipe Técnica

A equipe básica sugerida será composta por um Coordenador de campo, além de


profissionais com experiência em ações de comunicação inseridas no contexto do
licenciamento ambiental. Essa equipe será responsável por organizar e planejar as
estratégias, executá-las, preparar o material informativo, diagramação, elaboração de
arte visual, impressão e divulgação junto ao público-alvo, conforme descritas ao longo
do documento. Toda a equipe deverá ser alocada na região da ATE, com dedicação full
time. Recomenda-se que a formação do Coordenador Geral seja ligada a área de
comunicação social ou ciências humanas.

Quadro 5 – Equipe básica PCS


Profissional Quantidade Função

Propor, Planejar, elaborar cronograma executivo detalhado,


executar, elaborar, (incluindo artes visual e diagramação e
impressão), produzir materiais informativos; responder a
Coordenador de campo 1 questionamentos; atender às demandas institucionais.
Elaborar relatórios. Acompanhar e executar as atividades
desse Programa. Fazer as articulações Institucionais com
empreendedor e com o público externo.

Propor, Planejar, elaborar cronograma executivo detalhado,


executar, elaborar, (incluindo artes visual e diagramação e
impressão), produzir materiais informativos; responder a
Analista de comunicação social 1
questionamentos; atender às demandas institucionais.
Elaborar relatórios. Acompanhar e executar as atividades
desse Programa.

Executar as atividades desse Programa, distribuir material


Mobilizadores sociais 3 informativo, fazer todas as atividades de mobilização social
descritas nesse Programa.

k) Responsável Técnico

Sociólogo Thiago Mont’Alverne Ribeiro - MTE 411/CE

l) Instituições Envolvidas

Para obtenção de melhores resultado, o PCS deve trabalhar para estabelecer alianças
com as prefeituras municipais e suas secretarias, ONG’s, associações e organizações
sociais, sindicatos, dentre outros. Além disso, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renováveis – IBAMA deverá ter envolvimento em todas as atividade,
direta ou indiretamente.

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m) Relação com outros programas

Esse programa tem inter-relação com todos os demais Programas Ambientais propostos
para o empreendimento. O mesmo constitui-se no meio prioritário, junto aos diferentes
públicos das áreas de influência, de informação e comunicação acerca das diferentes
demandas, programas e ações necessárias à implementação e operação do
empreendimento.

Através do PCS que se espera que sejam identificadas demandas sociais relativas aos
demais programas previstos, sendo que entre o PCS e o PEA existe uma
complementaridade de ações. Sendo assim, espera-se que toda ação do Programa de
Comunicação Social tenha um pouco de Educação Ambiental, do mesmo modo que nas
ações e atividades do PEA haja sempre o caráter informativo relacionado ao
empreendimento.

n) Referências Bibliográficas

BONI, V.; QUARESMA, S. J. Aprendendo a entrevistar: Como fazer entrevistas em


Ciências Sociais. Revista Eletrônica dos Pós-Graduandos em Sociologia Política da UFSC,
Florianópolis, v. 2, n. 1(3p. 68-80), jan/jul. 2005. Disponível em: <
https://periodicos.ufsc.br/index.php/emtese/article/viewFile/18027/16976 > Acesso em:
25 mai. 2015.

BOURSCHEID. Estudo de Impacto Ambiental da Linha de Transmissão 500kV Xingu –


Parauapebas C1 e C2; Parauapebas – Miracema C1 e C2; Parauapebas - Itacaiúnas e
Subestações Associadas. Porto Alegre: Outubro, 2014.

BRASIL. Lei Federal n° 6.938/1981. Institui a Política Nacional do Meio Ambiente.


Brasília, 1981.

COMPANHIA HIDRO ELÉTRICA DE SÃO FRANCISCO – CHESF; FURTADO, R. C.; BRAGA,


J. D. Gestão Ambiental em Linhas de Transmissão. 2003. Disponível em:<
http://www.linhadetransmissao.com.br/artigos/gestao_ambiental_em_lts.pdf>. Acesso
em: 24 de maio 2015.

CONAMA. Resolução n° 237/1997. Dispõe sobre a revisão e complementação dos


procedimentos e critérios utilizados para o licenciamento ambiental. Brasília, 1997.

CONAMA. Resolução n° 422/2010. Estabelece diretrizes para as campanhas, ações e


projetos de Educação Ambiental, conforme Lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999, e dá
outras providências. Brasília, 2010.

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. A. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de


pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e interpretação de
dados. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1996.

SCHLITHLER, C.; KISIL, M. Desenvolvimento de lideranças comunitárias: reflexões e


sugestões. São Paulo. IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social,
2008. Disponível em: <www.ciesp.com.br/arquivo-download/?id=5726> Acesso em: 25
maio 2015.

3.4 - Plano de Conservação da Flora

O Plano de Conservação da Flora pretende reduzir os impactos negativos nos


remanescentes de vegetação nativa, causados pela implantação e operação do
empreendimento, como a redução na área de cobertura vegetal, a remoção de
indivíduos, a fragmentação de áreas de vegetação nativa, o efeito de borda e as
alterações na dinâmica da vegetação, que ocorrerão em função da necessidade de
supressão de vegetação ao longo de sua faixa de serviço (7 metros em área de
preservação permanente/APP e 8 metros fora de APP para o bioma Amazônico, já para
o bioma Cerrado, estas distâncias são de 4 metros em APP e 5 metros fora de APP), área
de subestações, praças de montagens de torres e lançamento de cabos e aberturas de
acessos, além da supressão seletiva ao longo da faixa de servidão. Entre outras ações, é
importante que as etapas referentes à supressão sejam seguidas conforme o Programa
de Supressão proposto, para reduzir as interferências geradas pela implantação do
empreendimento.

O salvamento de germoplasma vegetal é um instrumento importante para mitigar parte


da perda de espécimes gerada pela implantação da LT, sendo que o Programa de Coleta
de Germoplasma e Resgate de Epífitas complementa o Programa de Supressão de
Vegetação. Em contribuição, o Programa de Reposição Florestal busca atender a
necessidade de compensação ambiental, contemplando o plantio de mudas de espécies
nativas, preferencialmente em Áreas de Preservação Permanente (APP), Unidades de
Conservação e/ou Áreas Prioritárias para a Conservação em conformidade com a
Instrução Normativa MMA 06, de 15/12/2006.

O Plano de Conservação de Flora é composto, portanto, pelos seguintes programas:

 Programa da Supressão de Vegetação;


 Programa de Coleta de Germoplasma e Resgate de Epífitas;
 Programa de Reposição Florestal.

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A quantificação da área de supressão de vegetação nativa para a implantação do


empreendimento será obtida após a execução do Inventário Florestal, que objetiva
subsidiar a obtenção da Autorização de Supressão da Vegetação.

3.4.1 - Programa de Supressão da Vegetação

a) Apresentação

A supressão da cobertura vegetal, através do corte raso e do corte seletivo (nas fases de
implantação e operação), é uma ação que provocará alterações locais na composição
específica da vegetação e na quantidade de indivíduos presentes na área de influência
do empreendimento.

A área de influência do empreendimento, nos estados do Tocantins e do Pará, encontra-


se inserida em dois biomas distintos, o Cerrado (Savana segundo IBGE, 2012) e a
Amazônia, onde predominam remanescentes florestais representativos da Floresta
Ombrófila Densa e Floresta Ombrófila Aberta, além de fragmentos localizados em área
de contato entre a Floresta Amazônica e o Cerrado, especialmente no Pará.

De acordo com Xavier et al (2007), a manutenção do fornecimento de energia elétrica


sem risco de interrupção depende do manejo empregado sobre a vegetação nativa
localizada sob as linhas de transmissão, onde um sistema de manejo sustentável deverá
priorizar a maior diversidade biológica e a diminuição dos riscos de interrupção do
fornecimento de energia elétrica, sem que haja a fragilização do ambiente.

O corte raso (supressão total) ocorrerá na faixa de serviço, suficiente para trânsito de
veículos, transporte de materiais e lançamento de cabos pilotos e condutores (Figura 3).
Também ocorrerá corte raso na área de implantação das torres, canteiros de obra, na
abertura de novos acessos e nas praças de lançamento dos cabos, além da área de
subestações.

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Figura 3 - Visão geral de faixa de serviço.


Fonte: ABENGOA 2010.

O corte seletivo será realizado segundo a Norma Técnica ABNT NBR 5422/85, sendo
definidas as árvores a serem cortadas levando em consideração o porte de cada uma,
com posterior identificação em campo, de forma clara, dos indivíduos a serem
removidos da área, ou daqueles que deverão permanecer, conforme a situação. O
emprego de supressão seletiva pode reduzir os impactos negativos referentes aos meios
físico e biótico, além de promover a redução nas taxas de erosão e perda de habitats
uma vez que são retiradas apenas as árvores que poderão causar danos às instalações,
tendo em vista a distância de segurança entre a copa destas e o campo elétrico formado
em torno dos cabos condutores (XAVIER et al 2007), permanecendo na área, todas as
espécies vegetais cujas alturas não infringem as distâncias mínimas de segurança. Para
este empreendimento, a distância dos cabos até a copa das árvores é de 6,7 m, e até o
solo de 13 m.

A quantificação da área de supressão de vegetação nativa para a implantação do


empreendimento será obtida após a execução do Inventário Florestal, que objetiva
subsidiar a obtenção da Autorização de Supressão da Vegetação.

Na fase de operação, imediatamente abaixo das redes elétricas, poderão ser realizadas
podas e/ou corte seletivo, em indivíduos que apresentem potencial elevado de risco na
interrupção de transmissão de energia elétrica, considerando as taxas de crescimento da
vegetação.

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Entre as tipologias diagnosticadas no Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA 2014),


merece atenção o trecho do traçado onde a futura linha de transmissão segue paralela a
outra linha de transmissão existente junto à rodovia Transamazônica, que apresenta
algumas áreas de Floresta Ombrófila Densa em estágio avançado de regeneração.

A eficácia esperada para as medidas indicadas neste programa é apresentada a seguir:

Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Interferência em Áreas de Preservação Permanente (APP)

Restringir o desmatamento em Implantação e


Preventivo Alta Empreendedor
APP ao estritamente necessário Operação

Implantar um Programa de Implantação e


Compensatório Média Empreendedor
Reposição Florestal Obrigatória Operação

Implantar a recuperação de APPs


através do Programa de Implantação e
Compensatório Médio Empreendedor
Recuperação de Áreas Operação
Degradadas (PRAD)

Interferência em Áreas de Interesse Conservacionista

Restringir o desmatamento ao
estritamente necessário à Implantação e
Preventivo Alta Empreendedor
construção e manutenção do Operação
empreendimento

Executar a Compensação
Ambiental conforme Programa Implantação e
Compensatório Media Empreendedor
de Compensação Ambiental em Operação
Unidade(s) de Conservação

Implantar um Programa de
Reposição Florestal Obrigatória, Implantação e
Compensatório Media Empreendedor
cuja abrangência inclua as áreas Operação
prioritárias para a conservação.

Perda de vegetação nativa

Restringir o desmatamento da
Implantação e
vegetação nativa ao estritamente Preventivo alta Empreendedor
Operação
necessário

Realizar salvamento e coleta de


espécies nativas durante a Preventivo Implantação médio Empreendedor
retirada de vegetação;

Implantação e
Recuperar áreas degradadas; Compensatório Médio Empreendedor
Operação

Realizar o plantio de espécies


Compensatório Operação Médio Empreendedor
nativas.

Fragmentação de áreas de vegetação nativa e alterações na dinâmica da vegetação

Restringir o desmatamento da
vegetação nativa ao estritamente Preventivo Implantação Alta Empreendedor
necessário

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Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Implantação e
Recuperar áreas degradadas; Compensatório Media Empreendedor
Operação

Realizar o plantio de espécies


Compensatório Operação Media Empreendedor
nativas.

Afugentamento da fauna

Realizar treinamento com os


Preventivo e
trabalhadores e supervisão Implantação Alta Empreendedor
mitigador
ambiental das obras

Demarcar de forma clara e


precisa os limites das áreas a
Preventivo e
serem utilizadas para evitar o Implantação Alta Empreendedor
mitigador
trânsito de trabalhadores e
máquinas em outras áreas

Realizar manutenção periódica


dos veículos automotores, Preventivo Implantação Alta Empreendedor
equipamentos e máquinas

b) Justificativas

Para as atividades de instalação e operação do empreendimento é necessário realizar


supressão de vegetação natural, com o objetivo de proporcionar maior acessibilidade
para o transporte de materiais e estruturas de montagem das torres, assim como manter
durante a fase de operação a integridade física da LT (torres e cabos), propiciando
condições ideais para a transmissão de energia elétrica e atendendo a distância mínima
de segurança entre os cabos e a vegetação existente na projeção da LT.

Neste contexto, sua implantação ocasionará impactos nos remanescentes de Floresta


Nativa que podem ser mitigados, sendo que este programa estabelecerá as diretrizes e
critérios a serem adotados durante a limpeza da área e corte da vegetação.

Este Programa promoverá o melhor aproveitamento do material lenhoso resultante do


processo de supressão de vegetação. Os procedimentos a serem adotados, inclusive
quanto à orientação do sentido dos trabalhos, promoverão uma supressão vegetal de
forma gradativa, provocando a migração induzida da fauna e a disponibilização, aos
proprietários interceptados pela faixa de servidão, do material vegetal resultante e dos
laudos de cubagem da madeira suprimida.

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c) Objetivos

Objetivos Gerais

 Mapear e localizar as áreas a serem suprimidas;


 Minimizar a supressão de vegetação, visando à redução dos impactos;
 Estabelecer as diretrizes técnicas para a execução da atividade de corte de
vegetação;
 Quantificar a vegetação suprimida e disponibilizar o material vegetal resultante
aos proprietários da faixa de servidão;
 Identificar a ocorrência de espécies lenhosas de interesse para conservação a
serem suprimidas com o objetivo de subsidiar ações de conservação propostas
no Programa de Coleta de Germoplasma e Resgate de Epífitas;
 Acompanhar e conduzir as atividades de supressão de vegetação, de acordo
com as normas vigentes, de forma a se obter um melhor aproveitamento da
madeira e dos outros usos identificados para o material lenhoso.

Objetivos específicos

 Executar a limpeza das áreas e o corte da vegetação de acordo com os


procedimentos detalhados neste Programa;
 Disponibilizar aos proprietários os laudos de cubagem e a documentação
necessária à solicitação e obtenção do Documento de Origem Florestal (DOF).
 Subsidiar as atividades de afugentamento e resgate da fauna silvestre.

d) Indicadores Ambientais

 Área de vegetação efetivamente suprimida em relação aos valores estimados e


autorizados pelo IBAMA;
 Volume efetivamente suprimido em relação aos valores previstos no inventário
florestal e autorizados pelo IBAMA.

e) Público-alvo

Constituem-se os públicos-alvo deste Programa: o empreendedor, as empresas


construtoras, os proprietários dos terrenos atravessados pelo empreendimento, e o
órgão ambiental concedente da Autorização de Supressão Vegetal (ASV).

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f) Metodologia

i. Quantificação da Vegetação a ser Suprimida

Inicialmente, é necessário mapear, localizar e quantificar os remanescentes nativos que


serão alvos de supressão. Estas informações serão fornecidas após a execução do
Inventário Florestal, que objetiva subsidiar a obtenção da Autorização de Supressão da
Vegetação, contendo:

 Mapeamento das áreas sujeitas à supressão;


 Identificação de intervenção em APP;
 Descrição fitogeográfica da área;
 Descrição da vegetação a ser suprimida verificando o estágio sucessional dos
povoamentos em que estão inseridos e a ocorrência de espécies de interesse
para conservação (ameaçadas e endêmicas);
 Quantificação do volume de vegetação efetivamente suprimida, de forma a
subsidiar a emissão de Documento de Origem Florestal (DOF), quando
solicitado pelo proprietário.

ii. Procedimentos para Corte da Vegetação

Corte e derrubada de árvores

Corte Raso

A supressão da vegetação deverá ser uniforme e contínua, facilitando o arraste e o


baldeio das toras, com o corte realizado de forma mecanizada, semi-mecanizada (com
uso de motosserras) e manual. Nas situações onde for necessário o uso de motosserra
(habitualmente diâmetro maior que 15 cm), a licença do equipamento deve estar em
posse do operador durante o corte.

Visando a mitigação de impactos ambientais significativos, proporcionando maior


aproveitamento dos produtos florestais suprimidos, devido à possibilidade da orientação
de queda e evitando a derrubada de árvores suprimidas sobre áreas adjacentes, a
supressão mecanizada deverá ser realizada com o uso de Fellers Buncher no trecho da
linha localizado no Bioma Amazônia, além de Prenticer e Cabeçotes Processadores.

O equipamento Fellers Buncher consiste em um trator florestal com cabeçote de corte e


direcionamento de queda (Figura 4), enquanto Prenticer e Cabeçotes Processadores são

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equipamentos utilizados na limpeza de sub-bosque e processamento do material


lenhoso de baixa volumetria (Figura 5), que promovem a incorporação de serapilheira no
solo, proporcionando maior cobertura e proteção contra processos erosivos, uma vez
que há acúmulo de material triturado que atua como camada amortecedora.

Figura 4 - Equipamento Fellers Buncher para supressão mecanizada


Fonte: ABENGOA 2015

Figura 5 - Equipamento Prenticer e Cabeçotes Processadores para supressão mecanizada


Fonte: ABENGOA 2015

Nas áreas de contato entre a Floresta Amazônica e o Cerrado, os ambientes florestais se


sobressaem, sugerindo-se utilizar, para supressão de vegetação, os mesmos
equipamentos propostos para a Amazônia. No trecho da linha localizado no Bioma
Cerrado, sugere-se empregar a mesma metodologia, uma vez que, segundo os
levantamentos realizados em campo para o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA
2014), observou-se que remanescentes de vegetação amostrados na área localizada
neste bioma são representativos de áreas de contato entre Floresta Ombrófila
(Amazônia) e Savana (Cerrado).

Em áreas de declividade média a acentuada, alagadas, com presença de afloramentos


rochosos e áreas sensíveis do ponto de vista ambiental (na área de supressão localizada

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no trecho do traçado onde a futura linha segue paralela a outra existente junto à
rodovia Transamazônica, que apresenta algumas áreas de Floresta Ombrófila Densa em
estágio avançado de regeneração), deverá ser realizada a supressão semi-mecanizada,
que consiste na utilização de motosserras com capacidade para derrubar, desgalhar e
traçar o material, com auxílio de machados, foices, cordas ou cabos de aço.

Nestas áreas, será realizada uma limpeza prévia, retirando-se toda a vegetação arbustiva
dos locais de corte de árvores e eliminando a presença de cipós e lianas (quando
presentes) que, porventura, envolvam a árvore (nesta situação, o direcionamento da
queda é dificultado, aumentando o risco de acidentes com a equipe de corte, podendo,
ainda, danificar outras árvores vizinhas). A retirada do sub-bosque, quando existente,
deve anteceder a derrubada dos indivíduos arbóreos, propiciando a fuga de parte da
fauna.

Basicamente, a técnica de derrubada consiste em uma sequência de dois cortes: o


entalhe direcional (ângulo de corte) e o corte de abate. O entalhe direcional tem como
objetivo direcionar a queda da árvore, sendo formado por cortes oblíquo (telhado) e
horizontal (base), formando um ângulo de 45° a 60°, proporcional à topografia do
terreno. A profundidade do entalhe direcional deve ser de 20 a 25% o diâmetro da
árvore.

O corte de abate tem como objetivo propiciar a queda da árvore, e é realizado no lado
oposto ao entalhe direcional e com uma altura que varia de 2 a 10 cm em relação à
base do entalhe direcional, sendo essa variação proporcional ao diâmetro da árvore, de
forma a manter a faixa de fratura1. Além disso, é importante que, durante o corte de
abate, sempre mantenha o filete de ruptura2.

Em cortes especiais, de acordo com o caso, emprega-se a técnica específica, sempre


tendo como base a técnica-padrão:

 Para árvores com direção natural de queda contrária à desejada, se faz o


estaiamento direcionado da mesma, por meio de cordas, catracas e tiffors em
estacas ou piquetes, alocados no local desejado.

1
Faixa de fratura é a altura entre a base do entalhe direcional e o corte de abate. A faixa de fratura tem
por finalidade manter a direção de queda desejada da árvore, durante a execução do corte de abate,
evitando-se acidentes, bem como rachaduras longitudinais na madeira.
2
Filete de ruptura ou dobradiça consiste na parte do tronco não cortado, situada entre o corte de abate e
o entalhe direcional possuindo uma largura de aproximadamente 10% do diâmetro da árvore, pois se
este possuir largura superior poderá casar o rachamento da árvore na hora da queda.

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 Para as espécies com tendência a apresentar rachaduras durante o corte,


procede-se a um corte nas bordas da dobradiça para reduzir a tensão e,
consequentemente, as chances de rachaduras durante o abate.
 Outras características que requerem cortes especiais são: a presença de oco no
tronco, tronco muito inclinado, árvores muito grandes ou com presença de
sapopemas basais.

Destaca-se que o tombamento das árvores deverá ser, sempre que possível, direcionado
para dentro da faixa alvo da supressão e qualquer árvore que cair dentro de cursos de
água, deverá ser imediatamente removida. Para a limpeza das áreas, fica proibido o uso
de herbicidas ou semelhantes.

Para a supressão de espécies protegidas por legislação federal e/ou estadual vigente,
serão seguidos requisitos de identificação e localização geográfica por indivíduos, que
serão demonstrados através de relatórios de supressão que serão entregues a gestão de
meio ambiente do empreendimento, tais como:

 Localização geográfica, através de coordenadas UTM;


 Identificação do individuo, levando em consideração aspectos taxonômicos,
acompanhados de nome popular e científico;
 Registro fotográfico antes e após o abate;
 Enumeração sequencial de indivíduos suprimidos ao longo do percurso do
empreendimento;
 Elaboração de laudo biométrico.

Durante a execução da supressão vegetal, os profissionais responsáveis pelo corte da


vegetação deverão interromper sua atividade sempre que encontrar algum animal,
solicitando a presença do profissional responsável pelo resgate de fauna (Programa de
Afugentamento e Resgate da Fauna Silvestre) para devida captura, ou caso o seja
solicitado pela equipe de resgate sempre que algum animal for avistado.

Corte Seletivo

A partir da abertura da faixa de serviço é possível visualizar árvores de grande porte que
ficarão próximas dos cabos no momento do lançamento e regulagem de cabos
condutores (Figura 6). Entende-se como corte seletivo, para este empreendimento, a
supressão de árvores de maior porte, essencialmente caracterizadas no estrato superior
da floresta, bem como aquelas que se sobressaem a este nível, localizadas na faixa de
servidão e que possam interferir com a instalação e operação da LT provocando desta

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forma prejuízos ao sistema de transmissão, colocando em risco todo o conjunto


ecológico remanescente de supressão de faixa de serviço uma vez não atendidas as
distâncias de segurança entre copas das árvores e cabos condutores, conforme projeto.

Figura 6 - Visão geral a partir da faixa de serviço


Fonte: ABENGOA, 2010

Deverão ser marcados, de forma clara e com procedimento adequado, os indivíduos a


serem removidos da área, ou os que deverão permanecer, conforme a situação. Poderá
ser realizado o corte seletivo das árvores que se localizem fora da faixa de servidão, cuja
copa e padrão de crescimento possam apresentar riscos potenciais à LT. A altura da
árvore a ser suprimida será definida pela distância de segurança cabo-vegetação
indicada na NBR 5422/85, considerando, também, o balanço dos cabos. Essa altura será
fixa a partir do cabo, pois a interferência da altura da vegetação reduzirá à medida que
esta se afaste da faixa de serviço.

Picada para o Iaçamento de Mísulas de torres autoportantes

A montagem de estruturas autoportantes, instaladas no interior de fragmentos


florestais, tem apresentado dificuldades no içamento das mísulas dos cabos condutores
e no estaiamento dos montantes para a montagem da torre, sendo que precisam ser
afastadas do corpo da estrutura no momento do deslocamento vertical, para evitar que

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a mesma fique presa, bem como no momento do engate do conjunto no local de


instalação.

Para a garantia da integridade da estrutura e mastro de montagem, e para a garantia da


segurança dos colaboradores envolvidos na atividade, o responsável pelo tracionamento
do rabicho deve ficar posicionado a uma distância equivalente a três vezes a altura da
mísula, no sentido transversal da linha, conforme mostram as figuras abaixo (Figura 7 e
Figura 8).

Figura 7 - Demonstração da necessidade de picada para o Içamento de mísula


Fonte: ABENGOA, 2015

Figura 8 - Demonstração da necessidade de picada para o Içamento de mísula


Fonte: ABENGOA, 2015

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Desgalhamento

As árvores de grande porte devem sofrer desgalhamento prévio de modo a não atingir a
vegetação fora da faixa após o corte. Nas demais (menor porte) o desgalhamento
poderá ocorrer após a derrubada das árvores, sempre rente ao tronco (Figura 9).

Figura 9 - Desgalhamento após a derrubada da árvore


Fonte: ABENGOA 2010

Desdobro de toras

O desdobro, através da divisão das toras em corte com comprimentos comercializáveis,


ocorrerá a partir da classificação por diâmetros (DAP). Preliminarmente, foi realizado o
cálculo do potencial madeireiro a partir das parcelas mensuradas dentro da área de
influência indireta (AII) para cada tipologia amostrada. A distribuição em classes de
diâmetro (limites de classes resumidas nos diâmetros utilizados regionalmente para o
aproveitamento comercial da madeira) é apresentada no Quadro 6, Quadro 7 e Quadro
8. Entretanto, somente o inventário florestal definirá se as espécies ocorrentes podem
ou não ser destinadas a diferentes usos.

Quadro 6 - Estrutura diamétrica considerando a qualidade de fuste para a tipologia Floresta


Ombrófila Densa na AII do empreendimento
Niv.1 - Laminação e serraria Niv.2 - Lenha de fuste Resíduo
Classe de DAP
N. fust./ha. V. com. m3/ha N. fust./ha V. com. m3/ha N. fust./ha V. com. m3/ha

<10 - - - - 116,04 0,83

10 e 40 - - 448,05 43,40 60 7,20

>40,0 16,77 45,54 - - 10,43 4,80

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Niv.1 - Laminação e serraria Niv.2 - Lenha de fuste Resíduo


Classe de DAP
N. fust./ha. V. com. m3/ha N. fust./ha V. com. m3/ha N. fust./ha V. com. m3/ha

Total 16,77 45,54 448,05 43,40 198,04 13,81

Número. fustes/ha (16,77+448,05+198,04) = 662,86


3
Volume com. m /ha (45,54+43,40+13,81) = 102,75

Quadro 7 - Estrutura diamétrica considerando a qualidade de fuste para a tipologia Floresta


Ombrófila Aberta na AII do empreendimento
Niv.1 - Laminação e serraria Niv.2 - Lenha de fuste Resíduo
Classe de DAP
N. fust./ha. V. com. m3/ha N. fust./ha V. com. m3/ha N. fust./ha. V. com. m3/ha

<10 - - - - 96,50 0,66

10 e 40 - - 426,09 37,25 77,81 7,99

>40,0 14,59 9,46 - - 10,20 3,07

Total 14,59 9,46 426,09 37,25 184,54 11,72

Número. fustes/ha. (14,59+426,09+184,54) = 625,22

Volume com. m3/ha. (9,46+37,25+11,72) = 58,43

Quadro 8 - Estrutura diamétrica considerando a qualidade de fuste para a área de Contato


Floresta Ombrófila/Savana na AII do empreendimento
Niv.1 - Laminação e serraria Niv.2 - Lenha de fuste Resíduo
Classe de DAP
N. fust./ha. V. com. m3/ha. N. fust./ha. V. com. m3/ha. N. fust./ha. V. com. m3/ha.

<10 - - - - 89 0,55

10 e 40 - - 431 26,55 16 0,79

>40,0 11 6,16 - - 4 0,15

Total 11 6,16 431 26,55 109 1,49

Número fustes/ha. (15+ 447 +89) = 551

Volume com. m3/ha. (6,38 + 27,27 +0,55) = 34,20

Empilhamento e cubagem

As peças desdobradas serão agrupadas em pilhas separadas por classes de


aproveitamento, facilitando o ordenamento para a medição (cubagem) e carregamento.
A mensuração das pilhas fornecerá o volume real da madeira suprimida em metros
estéreis. As madeiras deverão ficar fora da faixa de serviço (no mínimo 1 metro de
distancia desta) em um pátio próprio (por proprietário), para evitar a perda da madeira.

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Os tocos e raízes existentes na área de supressão devem ser removidos, de modo a


permitir o livre trânsito de equipamentos. A retirada dos tocos deverá ser realizada de
forma mecanizada nas áreas alvo de supressão que serão usadas como acessos. Sempre
que possível, será evitada a destoca em áreas muito íngremes, como forma de prevenir a
erosão do terreno. Não serão utilizados produtos químicos para inibir a rebrota como
procedimento alternativo para o destocamento.

iii. Armazenamento do material vegetal

As formas de disposição de árvores e arbustos deverão atender às restrições dos locais e


das licenças, sendo que os troncos de árvores deverão ser empilhados organizadamente
no limite da área de corte. No empilhamento, deverão ser deixados intervalos formando
áreas livres para passagem da fauna local.

O material não deverá ser estocado em valas de drenagem ou dentro de áreas sujeitas à
inundação, nem nas margens de rios. No caso de impossibilidade de deslocamento para
outras áreas, estas deverão ser empilhadas junto ao limite da área de corte nas cotas
mais elevadas e jamais no leito menor de rios, amarradas e ancoradas, com a finalidade
de evitar seu arraste nas inundações.

iv. Destinação do material vegetal residual

Após o encerramento das atividades de supressão, o material vegetal devidamente


cubado e ordenado fora da área de corte será doado e disponibilizado aos respectivos
proprietários, em área onde este possa acessá-lo, quando for possível, após
levantamento sobre as possíveis fontes receptoras do material lenhoso suprimido. Ao
fim das atividades de cubagem, o proprietário receberá o Laudo de Cubagem e o Termo
de Recebimento do Material Vegetal, que foi doado.

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Todo transporte de material para fora da área da propriedade será de responsabilidade


do proprietário e deverá possuir documentação emitida pelo IBAMA. A galharia e o
material lenhoso de pequeno diâmetro poderão ser armazenados e utilizados para
enriquecimento orgânico do substrato empregado na recuperação de áreas degradadas
e reposição florestal.

Está prevista a utilização da madeira suprimida pela construtora, quando necessário,


desde que na mesma propriedade, para a adequação de acessos para o reparo de
pontes, porteiras, e mata-burros; a escora de fundações e a construção de estruturas
para proteção de cercas, durante o lançamento dos cabos.

A destinação do material não lenhoso de interesse é apresentada no Programa de


Coleta de Germoplasma e Resgate de Epífitas. Para as demais espécies, sugere-se que o
material vegetal não lenhoso seja utilizado como cobertura morta, principalmente nos
projetos de reposição florestal e/ou recuperação de áreas degradadas.

Através da compilação de dados secundários, são apresentadas informações


preliminares sobre o uso de espécies registradas na área de influência indireta (AII)
(Quadro 9), onde é possível indicar o uso potencial do material vegetal lenhoso para
produção de lenha, carvão e estacas, celulose, indústria, laminação e serraria.

Quadro 9 - Principais usos das espécies arbóreas e arbustivas registradas na área de influência
indireta do empreendimento (EIA/RIMA 2014).
Nome científico Nome comum Habito Usos

Abarema jupunba (Willd.) Britton & Killip. Saboeiro, sabugueiro, Faveira Arbóreo Bm / Or

Abuta grandifolia (Mart.) Sandwith Abuta-verdadeira, Pau-ferro Arbóreo Me

Acacia loretensis J. F. Macbr Arbóreo Or

Acacia mangium Wild Arbóreo Se / Or

Acacia nigrescens Oliv. Namuno Arbóreo Or

Acosmium dasycarpum (Vogel) Para-Tudo, Cascudinho Arbóreo Or

Aegyphylla selowiana Cham Tamanqueira Arbóreo Or

Agonandra brasiliensis Miers ex Benth. & Pau marfim Arbóreo Se


Hook.f.

Alchornea discolor Poepp. Supiarana Arvoreta Bm

Alchornea glandulosa Poepp & Endl. Tapiá fl.grande Arbóreo Se

Alexa grandiflora Ducke Melancieira Arbóreo Se

Alibertia edulis A. Rich. Ex DC. Apuruí,Goiaba-preta, Arbóreo Bm

Anacardium giganteum W. Hancock ex Engl. Cajuaçu Arbóreo Se / Or

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Nome científico Nome comum Habito Usos

Anacardium occidentale L. Cajueiro Arbóreo Ind / Me / Or


/ Se

Anacardium parvifolium Ducke Caju-da-mata Arbóreo Se

Anacardium spruceanum Benth. ex Engl Cajuí Arbóreo Or / Se

Andira retusa (Poir.) Kunth Morcegueira Arbóreo Se / Bm

Andira vermifuga (Mart.) Benth. Angelim-amargoso Arbóreo Se

Aniba canelilla (Kunth) Mez Casca-preciosa Arbóreo Se / Bm

Aniba hostmanniana (Nees) Mez Louro-amarelo Arbóreo Se / Bm

Aniba panurensis (Meisn.) Mez Louro, Louro-aritu Arbóreo Se / Bm

Annona coriacea Mart. Araticum, Marolo do cerrado Arbóreo Bm / Se

Annona crassiflora Mart. Araticum do cerrado Arbóreo Me

Aparisthmium cordatum (A.Juss.) Baill. Arataciu, Marmeleiro, Velome Arbóreo Bm

Apeiba echinata Gaertn. Pente de macaco Arbóreo Se

Apeiba tibourbou Aubl. Pau jangada Arbóreo Se / Or

Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr. Garapiá, Amarelinho Arbóreo Se / Bm

Aspidosperma araracanga Marc. Ferr. Cupiuba Arbóreo Se

Aspidosperma carapanauba Pichon Carapanauba Arbóreo Se

Aspidosperma macrocarpon Mart. Guatambu, Peroba-cetim Arbóreo Se

Astrocaryum aculeatum G. Mey. Tucumã-açú Arbóreo Or

Astrocaryum gynacanthum Mart. Mumbaca Arbóreo Or

Astronium le-cointei Ducke Aderno-preto,Aroeirão, Arbóreo Lm / Se

Attalea maripa (Aubl.) Mart. Inajá Arbóreo Ind / Or

Bactris sp. Tucum Arbóreo Or

Bagassa guianensis Aublet Tatajuba, Bagaceira, Garroteiro Arbóreo Se / Bm

Bauhinia guianensis Aubl. Cipó Arbóreo Bm / Me

Bauhinia rufa (Bong.) Steud. Pata de vaca Arbóreo Bm / Me

Bellucia grossularioides (L.) Triana Goiaba de anta Arbóreo Biom / Cel

Bertholletia excelsa Bonpl Castanha-do-Pará Arbóreo Ind / Lm / Me


/ Se

Bixa arborea Huber. Urucum-da-mata Arbóreo Cel / Or

Bixa orellana L. Coloral Arbóreo Ind

Bocageopsis multiflora (Mart.) R.E. Fr. Envira-preta Arbóreo Bm / Or

Bowdichia nitida Spruce ex Benth. Sucupira amarela Arbóreo Lm / Se

Bowdichia virgilioides Kunth Sucupira preta Arbóreo Se / Me / Bm

Brosimum gaudichaudii Trécul Conduru, Inharé-preto Arbóreo Se / Me

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Nome científico Nome comum Habito Usos

Brosimum guianense (Aubl.) Huber Pau-rainha-roxo Arbóreo Se

Brosimum parinarioides Ducke Amapá doce Arbóreo Cel / Me / Se

Brosimum rubescens Taub. Garrote, Pau-rainha Arbóreo Se

Brosimum utile (Kunth) Pittier Amapá, Garrote Arbóreo Se / Me

Buchenavia macrophylla Spruce ex Eichler Tanibuca Arbóreo Se

Buchenavia parvifolia Ducke Tatajuba,Bagaceira Arbóreo Se

Byrsonima coccolobifolia Kunth Muricí-azedinho, Sumanera Arbóreo Se / Or

Byrsonima crispa A. Juss. Muricí-da-mata Arbóreo Ind

Byrsonima verbascifolia (L.) DC. Murici-folha-larga Arbóreo Se

Carapa guianensis Aubl. Andiroba Arbóreo Se / Bm

Cardiopetalum calophylum Schltdl. Arbusto Me

Caryocar brasiliensis St. Hil. Pequi Arbóreo Me

Casearia grandiflora Cambess. Pau de espeto Arbóreo Me

Casearia javitensis Kunth Canela de velho Arbóreo/Arv Se


oreta

Casearia sylvestris Sw. Cambroé, Guaçatonga Arbóreo Se / Me / Or

Castilloa ulei Warb. Caucho Arbóreo Se

Cecropia hololeuca Miq. Embauba Arbóreo Me

Cecropia pachystachya Trécul Embaúba Arbóreo Se

Cecropia sciadophylla Mart. Embaúba vermelha Arbóreo Se / Cel

Cedrela odorata L. Cedro-do-brejo, Cedro Arbóreo Lm / Or / Se

Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Sumauma Arbóreo Ind / Bm /


Me / Se

Cenostigma tocantium Ducke Fava-do-campo, pau-preto Arbóreo Se

Chimarrhis barbata (Ducke) Bremek. Canela-de-velho Arbóreo Se

Citronella paniculata (Mart.) R.A.Howard Assis, congonha-verdadeira, pau- Arbóreo Or


de-sapo

Clarisia racemosa Ruiz & Pav. Guariúba Arbóreo Se

Cochlospermum orinocense (Kunth) Steud. Periquiteira Arbóreo Bm

Connarus suberosus Planch. Pau-ferro, Arariba-do-campo Arbóreo Se / Or

Copaifera langsdorffii Desf. Pau-óleo, Copaiba Arbóreo Ind / Me / Se

Cordia naidophylla Johnston. Louro-branco Arbóreo Se

Cordia nodosa Lam. Erva-de-bugre Arbusto Lm / Se

Cordia sellowiana Cham. Chá-de-bugre, Louro-mole Arbóreo Lm / Se

Couratari guianensis Aubl. Cachimbeiro,Tauarí Arbóreo Se / Bm

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Plano Básico Ambiental

Nome científico Nome comum Habito Usos

Couratari stellata A.C.Sm. Tauari Arbóreo Lm / Se

Coussarea hydrangeaefolia Benth. & Hook Farinha-seca, marmelada-preta, Arbóreo Bm


conduru.

Curatella americana L. Lixeira, Sambaiba Arbóreo Me

Dalbergia vilosa (Benth.) Benth Canafistula-brava Arbóreo Se

Dialium guianense (Aubl.) Sandwith Jutai pororoca Arbóreo Se / Bm

Dimorphandra mollis Benth. Faveira, Fava-d'anta Arbóreo Se

Diospyros hispida A.DC. Caqui-do-cerrado, Olho-de-boi, Arbóreo Se / Bm


Cafui

Diplotropis purpurea (Rich.) Amshoff Sucupira-preta Arbóreo Se / Bm

Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. Cumaru Arbóreo Lm / Se / Me

Dipteryx polyphylla (Huber) Ducke Cumarurana Arbóreo Lm / Se

Dulacia candida (Poepp.) Kuntze Cachaceiro Arbóreo Se

Enterolobium gummiferum (Mart.) J.F.Macbr. Tamboril do cerrado Arbóreo Se / Bm

Enterolobium schomburgkii (Benth.) Benth. Pau-canoa, Tamboril Arbóreo Se / Bm

Eriotheca globosa (Aubl.) A. Robyns Mamorana da terra firme, Arbóreo Or / Se


Munguba

Eschweilera coriacea (DC.) S.A.Mori Murrão branco Arbóreo Lm / Or / Se

Eschweilera nana (O.Berg) Miers Tucari, Tucari-do-campo, Arbóreo Or


Sapucaia

Eugenia dysenterica DC. Cagaiteira Arbóreo Me

Euterpe oleracea Mart. Açaí Arbóreo Ind / Or

Faramea cyanea Müll. Arg. Arbusto Me

Ferdinandusa elliptica (Pohl) Pohl Bacabinha quina Arbóreo Or

Geissospermum argenteum Woodson Acariquara-branca Arbóreo Or

Geissospermum laevis Miers Pau-pereira, Tringuaba Arbóreo Me

Geonoma sp. Arbóreo Or

Glycydendron amazonicum Ducke Casca doce Arbóreo Cel / Me / Se

Goupia glabra Aubl. Cupiúba Arbóreo Lm / Se

Guarea guidonia (L.) Sleumer Marinheiro Arbóreo Se

Guarea macrophylla Vahl. Jataúba Arbóreo Se

Guarea trichilioides L. Marinheiro Arbóreo Se

Guatteria olivacea R.E. Fr. Envira-bobo, Envira-fofa Arbóreo Se

Guazuma ulmifolia Lam. Mutambo Arbóreo Se

Guettarda viburnoides Cham. & Schltdl. Angélica, Amescla Arbóreo Bm

Gustavia augusta L. Jeniparana Arbóreo Or / Se

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Nome científico Nome comum Habito Usos

Hancornia speciosa Gomes Mangaba Arbóreo Ind

Handroanthus aurea (Silva Manso) Benth. & Ipê-da-serra Arbóreo Se / Or


Hook. f ex S. Moore

Handroanthus serratifolius (A.H.Gentry) S.Grose Ipê-amarelo Arbóreo Or / Se

Helicostylis tomentosa (Poepp. & Endl.) Rusby Amora-preta,Inharé-da-folha- Arbóreo Se


peluda

Himatanthus obovatus (Müll.Arg.) Woodson Pau-de-leite, Tiborna Arbóreo Se

Hirtella gracilipes (Hook.f.) Prance Bosta-de-cabra, laranjeira-do- Arbóreo Or


mato

Hymenaea courbaril L. Jatobá Arbóreo Lm / Se

Hymenaea intermedia Ducke Jutai-açú Arbóreo Lm / Se

Hymenaea parvifolia Huber Jatobá-da-casca-fina Arbóreo Lm / Se

Hymenolobium excelsum Ducke Angelim-da-mata Arbóreo Me / Se / Bm

Hymenolobium heterocarpum Ducke Angelim aroeira Arbóreo Se / Bm

Ilex theezans Mart. ex Reissek Caúna Arbóreo Bm / Ind

Inga alba (SW.) Willd. Ingá-felpudo Arbóreo Se

Inga chrysantha Ducke Ingá ferro Arbóreo Bm

Inga cinnamomea Spruce ex Benth. Inga-facão, Inga-branca Arbóreo Bm

Inga nobilis Willd. Ingá amarelo, Ingá-sapo Arbóreo Se

Inga paraensis Ducke Ingarana Arbóreo Se / Bm

Jacaranda copaia (Aubl.) D. Don Parapara,Marupá, Caroba Arbóreo Cel / Or / Se

Jacaratia spinosa (Aubl.) A.DC. Jaracatiá, Mamão-bravo Arbóreo Cel

Kielmeyera coriacea Mart. & Zucc. Paina-do-campo, Saco-de-boi Arbóreo Se / Bm

Lacunaria jenmanii (Oliv.) Ducke Papo-de-mutum Arbóreo Bm

Laetia procera (Poepp.) Eichler Pau-jacaré Arbóreo Se

Lafoensia pacari A.St.-Hil. Dedaleiro, Pacari, Mangabeira, Arbóreo Se


Paricá

Lantana camara L. Cambará, Carrasco Arbusto Me / Or

Lecythis lurida (Miers) S.A.Mori Jarana-branca, Sapucaia Arbóreo Se / Bm

Licania apetala (E. Mey.) Fritsch Caripé,Oiticica Arbóreo Se

Licania heteromorpha Benth. Caraipé Arbóreo Se

Licania oblongifolia Standl. Macucu-farinha Arbóreo Se

Licaria aritu Ducke Louro pirarucu Arbóreo Se / Bm

Licaria cannella (Meissn.) Kosterm. Louro-preto Arbóreo Se / Bm

Machaerium aculeatum Raddi Jacarandá-de-espinho Arbóreo Lm / Se

Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld. Jacarandá-bico-de-pato Arbóreo Bm

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Nome científico Nome comum Habito Usos

Maclura tinctoria (L.) D.Don ex Steud. Amoreira, Tatajuba Arbóreo Se

Magonia pubescens A.St.-Hil. Tingui do cerrado Arbóreo Me

Manilkara huberi (Ducke) Standl. Maparajubinha Arbóreo Lm / Se

Maprounea guianensis Aubl. Vaquinha, Marmeleiro Arbóreo Se

Maquira coriacea (H.Karst.) C.C.Berg Muiratinga Arbóreo Se

Matayba guianensis Aubl. Miguel pintado Arbóreo Se

Micropholis guyanensis (A. DC.) Pierre Abiurana Arbóreo Se

Minquartia guianensis Aubl. Aquariquara Arbóreo Se

Myrcia splendens (Sw.) DC. Cambui Arbóreo Se

Myrcia sylvatica (G.Mey.) DC. Vassourinha Arbóreo Me

Myrciaria floribunda (H. West ex Willd.) O. Berg Guamirim Arbóreo Bm

Naucleopsis caloneura (Huber) Ducke Cabreúva Arbóreo Se

Neea madeirana Standl. Capa-rosa, João-mole Arbóreo Se

Neea oppositifolia Ruiz & Pav. João mole Arbóreo Se

Ocotea neblinae C.K.Allen Louri-sabão Arbóreo Biom

Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer Canela-sassafraz Arbóreo Se / Me

Ocotea olivacea A.C.Sm. Louro-branco Arbóreo Se

Ocotea opifera Mart. Canela-de-cheiro, Louro-d'água Arbóreo Me

Oenocarpus bacaba Mart. Bacaba, Bacabão, Patauá Arbóreo Ind

Oenocarpus distichus Mart. Bacaba Arbóreo Ind

Onichompetalum amazonicum R.E.Fries Envira pindaúba Arbóreo Se

Ormosia paraensis Ducke Tento molongó Arbóreo Se

Osteophloeum platyspermum (Spruce ex A.DC.) Ucuuba-chorona Arbóreo Se


Warb

Ouratea castaneifolia (DC.) Engl. Ucuúbarana chorona Arbóreo Se / Bm

Ouratea hexasperma (A.St.-Hil.) Baill. Vassoura-de-bruxa Arbóreo Me / Or

Parinari excelsa Sabine Uchirana Arbóreo Se

Parkia multijuga Benth. Paricá, Bengue, Paure, Faveira Arbóreo Se / Or

Parkia pendula (Willd.) Benth. ex Walp. Fava-de-bolota, Visgueiro Arbóreo Se / Bm

Peltogyne catingae Ducke Pau-roxo Arbóreo Se / Bm

Piper aduncum L. Pau-de-junta, Pimenta-longa Arbusto Me

Plathymenia reticulata Benth. Vinhático Arbóreo Bm / Me

Platymiscium floribundum Vogel Rabugem, Sacambú Arbóreo Or

Platypodium elegans Vogel Canzileiro Arbóreo Se

Pourouma guianensis Aubl. Itararanga, embaúba-da-mata Arbóreo Se

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Nome científico Nome comum Habito Usos

Pouteria anomala (Pires) T.D. Penn. Abiu-rosadinho Arbóreo Se / Bm

Pouteria cladantha Sandwith Abiu Arbóreo Se / Bm

Pouteria eugenifolia (Pierre) Baehni Arbóreo Se / Bm

Pouteria filipes Eyma Bapeba-ferro Arbóreo Se

Pouteria freitasii T.D.Penn. Arbóreo Se

Pouteria guianensis Aubl. Abiurana Arbóreo Se / Bm

Pouteria hispida Eyma Tuturubá-de-canção Arbóreo Se / Bm

Pouteria opposita (Ducke) T.D.Penn. Abiu Arbóreo Se

Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk. Massaranduba Arbóreo Se / Bm

Pouteria reticulata (Engl.) Eyma Guapeva Arbóreo Se / Bm

Pouteria robusta (Mart. et Eichler) Eyma Abiurana Arbóreo Se / Bm

Pouteria torta (Mart.) Radlk. Abiú cascudo Arbóreo Or

Pradosia cochlearia (Lecomte) T.D.Penn. Abiu-casca-fina, Guapeva Arbóreo Se

Protium apiculatum Swart Breu Grande Arbóreo Se

Protium giganteum Engl. Kingdom Breu-branco Arbóreo Se

Protium hebetatum D.C. Daly Breu-canoa, Cumarina Arbóreo Se

Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand Almacega Arbóreo Me / Se

Protium spruceanum (Benth.) Engl. Almecegueira-do-brejo Arbóreo Se

Protium subseratum (Engl.) Engl. Breu-tiririca Arbóreo Lm / Se

Pseudobombax tomentosum (Mart. & Zucc.) Embiruçu Arbóreo Lm / Se


A.Robyns

Pseudolmedia laevigata Trécul Chau-chau, Pama Arbóreo Ind / Lm / Se

Psidium myrsinoides O. Berg. Muiratinga, Inharé-da f. miúda Arbóreo Or

Pterodon emarginatus Vogel Sucupira-branca Arbóreo Se

Qualea grandiflora Mart. Faveira, sucupira-amarela Arbóreo Se

Qualea multiflora Mart. Cinzeiro, Pau-de-tucano, Pau- Arbóreo Bm


terra-do-campo

Qualea parviflora Mart. Pau-terra-folha-miuda Arbóreo Or

Rinorea guianensis Aubl. Biriteiro Arbóreo Se

Rinorea racemosa (Mart.) Kuntze Canela-de-velho, Canela-de- Arbóreo Se


jacamim

Rollinia insignis R.E. Fr. Biriba-bravo, Envira-bobó Arbóreo Se

Roupala montana Aubl. Carne-de-vaca Arbóreo Se

Ruizterania cassiquiarensis (Spruce ex Warm.) Maritacaca, Casca-de-barata Arbóreo Bm


Marc.-Berti

Sacoglottis guianensis Benth. Uchirana Arbóreo Se

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Nome científico Nome comum Habito Usos

Salvertia convallariaeodora A.St.-Hil. Gonsaleiro, paruru, uchirana Arbóreo Or

Sapium glandulatum (Vell.) Pax. Pau-de-leite Arbóreo Bm / Me

Sarcaulus brasiliensis (A.DC.) Eyma Cambucá, Cramari, Pau-doce Arbóreo Se

Schizolobium amazonicum Huber ex Ducke Paricá, Pinho-cuiabano Arbóreo Se

Sclerolobium aureum (Tul.) Benth. Tatarema Arbóreo Se

Simaba cedron Planch. Pau-para-tudo Arbóreo Me

Simarouba amara Aubl. Marupá Arbóreo Or / Se

Simarouba versicolor A.St.-Hil. Caraiba, Pau-caixeta Arbóreo Se / Or

Siparuna guianensis Aubl. Caá-pitiú Arvoreta Me

Socratea exorrhiza (Mart.) H. Wendl. Paxiuba Arbóreo Or

Spondias mombin L. Cajá, Taperebá Arbóreo Ind

Sterculia striata St. Hill et Naud. Xixá Arbóreo Me

Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville Barbatimão Arbóreo Me

Stryphnodendron pulcherrimum (Willd.) Hochr. Barbatimão Arbóreo Lm / Se / Or

Tachigali myrmecophylla Ducke Tachi-preto Arbóreo Se

Tachigali paniculata Aubl. Tachi-preto Arbóreo Se

Talisia cupularis Radlk. Veludo, Pau-fedido, Carvoeiro Arbóreo Se

Talisia praealta Radlk. Tatarema, Carvoeiro Arbóreo Se

Tapirira guianensis Aubl. Camboatã, Copiuba, Peito-de- Arbóreo Se / Bm


pomba

Tapirira obtusa (Benth.) J.D.Mitch. Tachi pitomba, Pau-pombo Arbóreo Se

Tapura amazonica Poepp. & Endl. Copiúva, Pau-de-bicho Arbóreo Bm / Ind / Se

Tapura guianensis Aubl. Pau-pombo, Fruto-de-pombo Arbóreo Se

Terminalia glabrescens Mart. Capitão, Mirindibaba Arbóreo Se

Theobroma subincanum Mart. Cupuí Arbóreo Se

Thyrsodium spruceanum Benth. Caeté, Caboatã-de-leite Arbóreo Se

Tocoyena formosa (Cham. & Schltdl.) K.Schum. Amaparana Arbóreo Ind

Trattinnickia burserifolia Mart. Breu sucuruba Arbóreo Se

Trattinnickia rhoifolia Willd. Amescla Arbóreo Se / Bm

Trema micrantha (L.) Blume Periquitera, Candiúva Arbóreo Me / Or

Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke Angelim, Pau-amargo Arbóreo Se / Me

Vatairea sericea (Ducke) Ducke Faveira-amargosa Arbóreo Se

Virola callophylla (Spruce) Warb. Ucuuba Arbóreo Se

Virola michelii Heckel Assa-peixe Arbóreo Se

Virola pavonis (A.DC.) A.C.Sm. Ucuuba-da-mata, Ucuuba- Arbóreo Se

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Nome científico Nome comum Habito Usos


vermelha

Virola sebifera Aubl. Assa-peixe Arbóreo Me

Virola surinamensis (Rol. ex Rottb.) Warb. Ucuuba-vermelha Arbóreo Se / Bm

Virola theiodora [Spruce ex Benth.] Warb. Ucuuba, Paricá Arbóreo Se

Vismia guianensis (Aubl.) Choisy Lacre branco Arvoreta Ind / Lm / Se

Vitex megapotamica (Spreng.) Moldenke Lacre Arvoreta Biom

Vitex polygama Cham. Piúna, Maria-preta Arbóreo Se

Vochysia rufa Mart. Cambará, Pau-doce Arbóreo Se

Vouacapoua americana Aubl. Acapu Arbóreo Se / Bm

Vouacapoua pallidior Ducke Acapu Arbóreo Se / Bm

Xylopia aromatica (Lam.) Mart. Pimenta-de-macaco, Imbira Arbóreo Se / Ind / Me

Xylopia benthamii R.E.Fr. Envira-amarela Arbóreo Se / Me

Xylopia nitida Dunal Envireira-vermelha, Sarassará Arbóreo Se

Xylopia sericea A.St.-Hil. Pindaíba Arbóreo Se

Zanthoxylum rhoifolium Lam. Mamica de porca, Mamica-de- Arbóreo Se / Me


cadela

Zygia juruana (Harms) L. Rico Bolsa-de-pastor Arbóreo Se


Bm (Biomassa); Cel (Celulose); Ind (Indústria); Lm (Laminação); Me (Medicinal); Or (Ornamental); Se
(Serraria)

v. Planejamento e acompanhamento da operação de supressão

Na execução do corte da vegetação, devem ser especialmente cuidados os limites da


supressão junto às áreas estabelecidas como de preservação permanente (APP). Este
procedimento facilitará o deslocamento e refúgio da fauna ainda existente para áreas
adjacentes.

Os trabalhadores, bem como a população, serão informados e alertados quanto à


proibição da caça e da pesca, principalmente durante a supressão vegetal, bem como da
retirada ou comercialização de qualquer espécime de flora e fauna existentes na área,
sem a devida autorização. A informação junto à população ocorrerá através dos
Programas de Comunicação Social e de Educação Ambiental.

O planejamento executivo e operacional das atividades, incluindo a elaboração de


procedimentos e instruções técnicas, deverá ser detalhado pela Equipe responsável pela
implantação do Programa de Supressão de Vegetação, sendo ordenadas para que
ocorra a facilidade na execução, segurança para os trabalhadores da obra e minimização
de impactos. Todos os procedimentos devem estar de acordo com as recomendações da

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

NBR-5.422/1985, que estabelece a necessidade de restringir ao mínimo necessário a


supressão para a implantação e operação do empreendimento.

É importante ressaltar que o empreendedor somente poderá executar as atividades de


supressão nas propriedades cuja situação fundiária estiver regularizada, ou seja, onde
obtiver a servidão administrativa.

g) Descrição do Programa

As atividades previstas no Programa de Supressão de Vegetação ocorrerão nas áreas de


supressão, que incluem a faixa de serviço3, a área de implantação das torres, canteiros
de obras, a abertura de novos acessos e as praças de lançamento dos cabos e
subestações.

Através do mapeamento das classes de uso do solo e cobertura vegetal foi possível
estimar os quantitativos de supressão nas áreas onde existe necessidade de remoção da
cobertura vegetal para implantação da faixa de serviço, sendo que a execução do
Inventário Florestal permitirá mapear, localizar e quantificar efetivamente as áreas a
serem suprimidas, sendo o corte executado somente após a emissão da Autorização de
Supressão Vegetal pelo IBAMA. O inventário florestal também definirá a destinação mais
adequada aos materiais vegetais lenhosos provenientes da supressão, classificados antes
de sua remoção.

A destinação do material não lenhoso de interesse para conservação é apresentada no


Programa de Coleta de Germoplasma e Resgate de Epífitas. Para as demais espécies,
sugere-se que o material vegetal não lenhoso seja usado como cobertura morta,
principalmente na área de corte para favorecer a recuperação ambiental ou nos projetos
de reposição florestal e/ou recuperação de áreas degradadas.

Previamente ao início da supressão, as áreas deverão ser inspecionadas pelas equipes de


fauna, que realizarão a definição da direção da supressão, o resgate prévio, a
demarcação de áreas interditadas e remoção de ninhos, enxames ou animais, quando
for o caso. O corte propriamente dito deve ser executado por empresa ou equipe
treinada, e com equipamentos devidamente registrados no órgão ambiental

3
Largura de 7 metros em área de preservação permanente/APP e 8 metros fora de APP para o bioma
Amazônico, já para o bioma Cerrado, estas distâncias são de 4 metros em APP e 5 metros fora de APP.

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

competente. Além disso, será obrigatório o uso de Equipamentos de Proteção Individual


(EPI) para todas as atividades constantes deste Programa.

h) Atividades a serem desenvolvidas

A estruturação das atividades programadas compreende 03 etapas distintas, estando


compostas pelos seguintes eventos:

 Execução do Inventário Florestal;


 Execução do Manejo da Vegetação;
 Destinação do material lenhoso resultante.

i) Cronograma Executivo e de Relatórios

Após a emissão da Autorização de Supressão Vegetal pelo IBAMA, as atividades de


supressão deverão ser executadas de acordo com o cronograma da obra de implantação
do empreendimento, estimado em 12 meses para obras civis.

Como ilustração, o cronograma a seguir foi elaborado considerando a presença de 09


frentes de trabalho da obra, considerando cada equipe executando a supressão em
aproximadamente 108 km de extensão da LT. A execução das atividades deve ser
realizada pela empresa responsável pelas obras (construtora), que deverá manter uma
equipe qualificada para fiscalização ambiental de todos os serviços executados,
principalmente o registro das supressões de vegetação realizadas, assinalando o início e
término das atividades em cada trecho.

Durante o período de supressão de vegetação e limpeza das áreas, deverão ser


elaborados relatórios de atividades periódicos, detalhando todas as ações executadas no
período, acompanhados de registros fotográficos, além de banco de dados e mapa com
informações sobre as áreas de corte (localização, área suprimida, quantidade de material
suprimido, entre outros). Também devem ser elaborados Relatórios Técnicos Semestrais,
e Relatório Final, a serem enviados ao IBAMA para acompanhamento e avaliação.

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Plano Básico Ambiental

Fase de Implantação (meses)


Atividade Periodicidade
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12

Demarcação das áreas de supressão vegetal Diário

Corte da vegetação Mensal

Elaboração de relatório de monitoramento interno Mensal

Elaboração de Relatório Técnico de Atividades para Semestral


envio ao órgão ambiental

Elaboração do Relatório Final Final

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j) Equipe Técnica

Prevê-se a formação de equipes, buscando atender as atividades propostas para a


execução deste Programa, a seguir detalhadas e apresentadas no Quadro 10:

 Equipe de Coordenação e Supervisão das Atividades, comandada por 01


Profissional Habilitado (além de 01 Operador de Auto-Cad), responsável pelas
atividades de planejamento e dimensionamento das áreas de corte,
mobilização e treinamento das demais equipes e supervisão das atividades
durante o desenvolvimento do programa, incluindo o controle do material
lenhoso e destinação adequada dos resíduos gerados e liberação de áreas para
o corte, além do salvamento de germoplasma. Este profissional também será
responsável pela manutenção do banco de dados e a elaboração de relatórios.
 Equipe de Demarcação de Áreas de Supressão, comandada por 01 Profissional
Habilitado (além de auxiliares técnicos), e responsável pela demarcação da área
de supressão.
 Equipe de Corte da Vegetação, comandada por 01 Profissional Habilitado além
de auxiliares técnicos, responsáveis pelo corte da vegetação; deve atuar após a
equipe de demarcação de Áreas de Supressão.

Quadro 10 - Relação de profissionais sugeridos.


Profissional Quantidade Função

Coordenador e supervisor das 01 profissional - Planejar e dimensionar as áreas de corte;


atividades habilitado - Mobilização e treinamento das demais equipes e
supervisão das atividades durante o desenvolvimento do
Operador de Auto-Cad 01 profissional
programa, incluindo o controle do material lenhoso e
habilitado
destinação adequada dos resíduos gerados e liberação de
áreas para o corte, além do salvamento de germoplasma;
- Manutenção do banco de dados e a elaboração de
relatórios.

Equipe de demarcação de 01 profissional - Demarcação das áreas de supressão.


áreas de supressão habilitado +
auxiliares
técnicos

Equipe de Corte da 01 profissional - Responsáveis pelo corte da vegetação.


Vegetação habilitado +
auxiliares
técnicos

A equipe deverá receber treinamento das atividades a serem desenvolvidas, inclusive de


segurança e manuseio de equipamentos para o desenvolvimento das atividades a
campo, antes do início da execução do programa.

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k) Responsável Técnico

Biól. Silvia Alessandra Reis, Me. Botânica, Esp. Planejamento e Gerenciamento


Ambiental; CRBio 17.754-03 - Registro no CTF 329.722.

l) Instituições Envolvidas

Este programa não envolverá outras instituições: será integralmente desenvolvido pelo
empreendedor em conjunto com as empresas contratadas para a implantação do
empreendimento e para a execução dos serviços necessários à supressão de vegetação.

m) Relação com outros Programas

O Programa deverá interagir com as ações implementadas pelo Plano Ambiental da


Construção, Programa de Educação Ambiental, Programa de Comunicação Social, Plano
de Conservação da Fauna, Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, Programa
de Reposição Florestal e Programa de Coleta de Germoplasma e Resgate de Epífitas.

n) Referências Bibliográficas

Foram consultadas a legislação aplicável e o diagnóstico/prognóstico ambiental do


empreendimento (EIA/RIMA 2014), além de:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 5422:1985 - Projeto de


linhas aéreas de transmissão de energia elétrica.

XAVIER et al. Manejo da vegetação sob linhas de transmissão de energia elétrica na


Serra de Baturité. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 17, n. 4, p. 351-364, out-dez, 2007.

3.4.2 - Programa de Coleta de Germoplasma e Resgate de Epífitas

a) Apresentação

A área de influência do empreendimento, localizada nos estados do Tocantins e do Pará,


encontra-se inserida em dois biomas distintos, o Cerrado (Savana segundo IBGE 2012) e
a Amazônia.

O Cerrado é o segundo maior bioma do país em área, superado somente pela Floresta
Amazônica, possuindo uma porcentagem de cobertura vegetal natural de 50,84%
(MMA 2011). É considerado a savana mais rica do mundo, porém um dos biomas mais
ameaçados do país, especialmente pela conversão de áreas com vegetação nativa para

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usos alternativos do solo (CSR/IBAMA 2009 e MMA 2010). Possui apenas 7,44% de sua
área protegida por unidades de conservação, federais, estaduais e municipais, sendo
que aproximadamente 2,91% do Cerrado são protegidos na forma de unidades de
conservação de proteção integral (CSR/IBAMA 2009 e MMA 2011).

No domínio Amazônico, a Floresta Ombrófila Densa é a principal tipologia florestal


registrada, seguida pela Floresta Ombrófila Aberta. Os remanescentes florestais
representam mais de 80% do Bioma e as áreas de contato entre as diferentes tipologias
representam 14% (MMA 2006). No Pará, os remanescentes florestais ocupam 77,15%;
o Tocantins tem pequena área de seu território no Bioma (24.863,01 km 2), e desta área,
somente 38,42% possui remanescentes florestais. b

Atualmente, a crescente preocupação com a proteção da flora nativa e do patrimônio


fitogenético natural tem conduzido a implantação de políticas conservacionistas
essenciais à perpetuação e preservação de muitas espécies destes biomas, que
representam uma parcela significativa da biodiversidade vegetal brasileira, considerando-
se os diferentes grupos de plantas terrestres existentes.

Assim, torna-se de fundamental importância a conservação dos recursos genéticos


vegetais das principais formações naturais existentes na área de influencia do
empreendimento em seus habitats naturais, seja através da implementação de Unidades
de Conservação, do fomento ao desenvolvimento sustentável ou da elaboração de
planos de manejo de espécies, que podem envolver ações de resgate, relocação e
monitoramento de exemplares de espécies de interesse para a conservação em suas
áreas de ocorrência natural.

A eficácia esperada para as medidas indicadas neste programa é apresentada a seguir:

Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Interferência em Áreas de Preservação Permanente (APP)


Restringir o desmatamento
Implantação e
em APP ao estritamente Preventivo Alta Empreendedor
Operação
necessário
Implantar um Programa de
Implantação e
Reposição Florestal Compensatório Média Empreendedor
Operação
Obrigatória
Implantar a recuperação de
APPs através do Programa de Implantação e
Compensatório Médio Empreendedor
Recuperação de Áreas Operação
Degradadas (PRAD)

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Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Interferência em Áreas de Interesse Conservacionista


Restringir o desmatamento
ao estritamente necessário à Implantação e
Preventivo Alta Empreendedor
construção e manutenção do Operação
empreendimento
Executar a Compensação
Ambiental conforme
Implantação e
Programa de Compensação Compensatório Media Empreendedor
Operação
Ambiental em Unidade(s) de
Conservação

Implantar um Programa de
Reposição Florestal
Obrigatória, cuja Implantação e
Compensatório Media Empreendedor
abrangência inclua as áreas Operação
prioritárias para a
conservação.

Perda de vegetação nativa


Restringir o desmatamento
Implantação e
da vegetação nativa ao Preventivo alta Empreendedor
Operação
estritamente necessário

Realizar salvamento e coleta


de espécies nativas durante a Preventivo Implantação médio Empreendedor
retirada de vegetação;

Implantação e
Recuperar áreas degradadas; Compensatório Médio Empreendedor
Operação

Realizar o plantio de espécies


Compensatório Operação Médio Empreendedor
nativas.

b) Justificativa

O salvamento de germoplasma vegetal é um instrumento importante para mitigar parte


da perda de espécimes gerada pela implantação do empreendimento. Os exemplares de
espécies de interesse para conservação (ameaçadas de extinção e endêmicas) com
potencial ocorrência na área de implantação do empreendimento serão atingidos
durante o corte da vegetação, perdendo-se, assim, importante material genético que
seria passível de resgate.

O levantamento realizado durante a campanha de campo na área de influência indireta


e direta do empreendimento revelou a existência de 19 espécies lenhosas ameaçadas,
que se encontram nas listas do MMA (Portaria MMA 443/2014), SEMAS/PARÁ
(Resolução 054/2007), IUCN (2001) e CITES (2000) (Quadro 11).

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Quadro 11 - Espécies lenhosas ameaçadas encontradas na área de influencia da LT da Linha de


Transmissão (LT) 500 Kv Xingu - Parauapebas, Parauapebas - Miracema e Parauapebas -
Itacaiúnas - segundo MMA (2014), SEMAS/PARÁ (2007), IUCN (2001) e CITES (2000).
Espécie Nome popular E IUCN CITES MMA PARÁ

Apuleia leiocarpa Garapiá, Amarelinho NE - Não VU -

Bertholletia excelsa Castanha-do-Pará NE VU Não VU VU

Cedrela odorata Cedro rosa NE VU Sim VU VU

Couratari guianensis Cachimbeiro,Tauarí NE VU Não - -

Helicostylis tomentosa Amora-preta, Inharé-da-folha-peluda NE LR Não - -

Hymenaea parvifolia Jatobá NE - Não VU -

Hymenolobium excelsum Angelim-da-mata E - Não VU VU

Lecythis barnebyi Jarana-de-folha-grande E VU Não - -

Lecythis lurida Jarana-branca, Sapucaia NE LR Não - -

Manilkara huberi4 Maparajubinha NE - Não - VU

Minquartia guianensis Aquariquara NE LR Não - -

Myrocarpus frondosus Cabreúva, Cachaceiro NE DD Não - -

Ocotea cymbarum Louro-canela NE LR Não - -

Ocotea odorifera Canela sassafrás NE - Não EN -

Pouteria platyphylla Abiurana- vermelha-da- folha-grande NE LR Não - -

Sorocea guilleminiana Jaca-brava, Jaca-branca NE VU Não - -

Tabernaemontana muricata Jasmim E EN Não - -

Virola surinamensis Ucuuba-vermelha NE EN Não VU -

Vouacapoua americana Acapu NE CR Não EN -

Status: IUCN: LR - Pouco Preocupante; VU - Vulnerável; EN - Em Perigo; CR - Criticamente em perigo; DD -


Dados Insuficientes. CITES: vu - Vulnerável. MMA (2014): EN - em perigo, VU - vulnerável; PARÁ (2007)
VU - Vulnerável; EN - Em Perigo. E = endemismo; E = endêmica do Brasil no Cerrado e/ou Amazônia; NE =
não endêmica do Brasil ou endêmica do Brasil também em outros domínios fitogeofráficos além do
Cerrado e/ou Amazônia (Flora do Brasil, 2015).

4
Em acordo com Flora do Brasil (2015) Manilkara huberi (Ducke) A.Chev. é nome legítimo, mas incorreto;
nome correto Manilkara elata (Allemão ex Miq.) Monach.

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Plano Básico Ambiental

Protium giganteum var. crassifolium é considerada vulnerável (SEMAS/PARÁ, 2007 e


MMA 2014), assim como P. heptaphyllum spp. cordatum (SEMAS/PARÁ, 2007),
Abarema cochleata var. moniliformis (IUCN 2001) e Buchenavia parvifolia subsp.
rabelloana (MMA 2014); Pouteria reticulata ssp. surinamensis é considerada Pouco
Preocupante (IUCN 2001). No EIA/RIMA (2014) foram registradas a espécie Protium
giganteum, P. heptaphyllum, A. cocheata, Pouteria reticulata e Buchenavia parvifolia na
amostragem realizada na AII e AID. Nenhuma das espécies arbustivas e herbáceas
registradas no EIA/RIMA compõe a lista da Portaria MMA 443/2014 e Resolução SEMAS
054/2007.

Desta forma, em função da necessidade de supressão de vegetação para a implantação


do empreendimento, existe a possibilidade de obtenção de material botânico apto a ser
preservado e propagado, apresentando como foco principal a conservação do
patrimônio genético das espécies a serem suprimidas (categorizadas como endêmicas e
ameaçadas de extinção), justificando a implantação das ações de salvamento propostas
neste Programa.

c) Objetivos

Objetivos gerais

 Planejar e executar as atividades de coleta de germoplasma, assegurando a


qualidade do material resgatado;
 Realizar o salvamento e o aproveitamento do material botânico disponível na
área de supressão (frutos, sementes e mudas/plântulas de espécies de interesse
para conservação);

Objetivos específicos

 Disponibilizar o material vegetal não lenhoso (coleta de sementes e frutos) de


árvores nativas de interesse para conservação e/ou propagação, objetivando a
potencial produção de mudas destinadas à Reposição Florestal do
empreendimento;
 Disponibilizar o material não lenhoso resgatado para transplante/relocação em
áreas imediatamente adjacentes a faixa de domínio (mudas/plântulas de
espécies de interesse para conservação), promovendo sua conservação in situ.

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d) Indicadores Ambientais

 Número de sementes e frutos e espécies coletadas.


 Número de exemplares e espécies relocadas/transplantadas.

e) Público-alvo

O empreendedor, as empresas contratadas para a implantação do empreendimento, os


proprietários das terras e propriedades atravessadas pelo empreendimento, o órgão
ambiental e instituições técnicas/científicas interessadas no material resgatado e/ou
viveiros habilitados para a produção de mudas.

f) Metodologia

i. Seleção de Táxons da Flora com Interesse para a Conservação

A categorização ou seleção das espécies como de interesse para a conservação


considerou os parâmetros abaixo relacionados:

 Espécies ameaçadas e em risco de extinção, elencadas a partir de listas oficiais


de flora ameaçada de extinção e.
 Espécies endêmicas do Brasil no Cerrado e/ou Amazônia (Flora do Brasil 2015).

A partir dos resultados obtidos durante a execução de estudos florísticos para a


elaboração do EIA/RIMA das Linhas de Transmissão (LT) 500kV Xingu – Parauapebas C1
e C2, LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2, LT 500 kV Parauapebas - Itacaiúnas
e Subestações Associadas, foi identificada a presença 19 espécies lenhosas ameaçadas,
que se encontram nas listas do MMA (Portaria MMA 443/2014), SEMAS/PARÁ
(Resolução 054/2007), IUCN (2007) e CITES (2000), conforme Quadro 11 apresentado
anteriormente. Nenhuma das espécies arbustivas e herbáceas registradas no EIA/RIMA
compõe a lista da Portaria MMA 443/2014 e Resolução SEMAS 054/2007; entretanto, a
lista de espécies deverá ser consolidada a partir das informações fornecidas após a
execução do Inventário Florestal, que objetiva subsidiar a obtenção da Autorização de
Supressão da Vegetação.

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ii. Coleta de Material para a Conservação

Coleta de mudas, frutos e sementes das espécies arbóreas e arbustivas

Material que consiste em mudas, frutos e sementes das espécies arbóreas e arbustivas,
que serão resgatados das áreas de corte, antecipadamente à supressão, subsidiando
uma potencial produção de mudas para o Programa de Reposição Florestal.

A coleta de sementes e frutos é uma atividade imprescindível e básica na obtenção e


produção de mudas para a conservação das espécies da flora nativa com interesse para
a preservação (e.g. endêmicas e ameaçadas de extinção). Os frutos devem ser coletados
quando atingirem sua maturidade fisiológica, pois é nesta época que as sementes
apresentam maior vigor e taxa de germinação mais alta. Na área alvo de supressão
deverão ser coletados propágulos das árvores e arbustos com interesse para a
conservação que estiverem em frutificação durante o período de obras, objetivando
coletar propágulos de espécies frutificando em diferentes épocas do ano (estimativa de
12 meses de obras civis).

Nas árvores, a coleta será realizada prioritariamente no vegetal em pé, subindo na


árvore ou utilizando podão. Em exemplares de maior altura, pode ser utilizada escada
extensível, ou subir diretamente pelo tronco, sempre com auxílio de cinta e cordas de
segurança, além de pares de esporas (do tipo usado para subir em postes). Deve-se
estender uma lona no pé da árvore, para facilitar a coleta dos frutos.

Deve ser evitada a coleta de frutos atacados por doenças ou herbívoros e também a
coleta de sementes de indivíduos muito próximos, que sejam da mesma espécie, devido
a maior possibilidade de similaridade genética.

Ao serem coletados, os frutos e sementes devem ser colocados em sacos de plástico ou


de aniagem, a fim de reduzir ao mínimo o processo de deterioração, com respectiva
etiqueta de identificação (nome da planta, data e local de coleta - Figura 10); também
podem ser indicadas informações adicionais como aspecto geral e tipo de ambiente.

As sementes de cada árvore devem ser colocadas em um saco separado com


identificação própria. Os sacos com os frutos e sementes coletados devem ser
acondicionados em local sombreado, fresco e em temperatura ambiente até o momento
de serem levados para a triagem/beneficiamento. Frutos carnosos maduros, que são
mais facilmente danificados no transporte, necessitam de refrigeração e
acondicionamento em embalagem reforçada.

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Figura 10 - Aspecto geral de embalagem com sementes devidamente etiquetadas.


Fonte: Foz do Chapecó Energia/Bourscheid 2010.

O material coletado (frutos e sementes) poderá ser encaminhado a instituições


conveniadas, integrando coleções de referência de caráter científico e cultural, e/ou
subsidiar a produção de mudas de espécies arbóreas nativas - a qual poderá ser
realizada por instituições conveniadas ou interessadas - e consequente recomposição,
recuperação ou reflorestamento de áreas. O beneficiamento do material será
responsabilidade da instituição receptora.

A coleta de mudas de indivíduos lenhosos deverá ser realizada com o auxílio de pá de


corte, arrancando-se a muda e cuidando para não danificar as raízes. As mudas poderão
ser transplantadas ou também encaminhadas a instituições conveniadas, como subsídio
à produção de mudas de espécies arbóreas nativas. Para o transplante, as covas deverão
possuir dimensões proporcionais ao sistema radicular das mudas e deverá ser realizada
poda procurando-se eliminar os ramos secos, mal localizados e mais fracos, bem como
uma poda geral da copa de modo a deixá-la com 1/2 a 2/3 de seu volume inicial.

Os locais de transplante (replantio de mudas) devem ser adjacentes aos de supressão, na


mesma fitofisionomia, como forma de se evitar o transplante a longas distâncias do
material biológico, que poderia causar prejuízos por estresse hídrico. É aconselhável que
o resgate e transplante dos indivíduos resgatados ocorram no período chuvoso, para
evitar desidratação ou dessecamento das plantas. Sugere-se que o transplante seja
realizado para mudas com até 1 metro de altura.

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Coleta de Exemplares Herbáceos

Também deverão ser resgatadas e transplantadas mudas de espécies herbáceas de


hábito terrícola e epifítico, como bromélias e orquídeas, de interesse para conservação
(e.g. espécies endêmicas e ameaçadas), que possuem potencial ocorrência
principalmente nas áreas de Floresta Ombrófila Densa.

A coleta de espécies terrestres deve ser realizada com auxílio de ferramentas manuais
como enxada, pá e facão, tomando o cuidado para não danificar seu sistema radicular.

Para as espécies epífitas a coleta deve ser manual, com o mesmo critério de manutenção
das raízes. É aconselhável que o plantio ocorra imediatamente ao resgate, a fim de
minimizar o estresse causado pela retirada dos indivíduos de seu ambiente natural. Os
exemplares resgatados devem ser amarrados pelo rizoma e pelas folhas a troncos
verticais em seus novos forófitos, com fitas/cordas de origem orgânica (algodão, sisal)
pelo efeito biodegradável (Figura 11).

Figura 11 - Espécie epifítica resgatada da área de corte e relocada em forófito localizado em


remanescente florestal adjacente a faixa de serviço.
Fonte: Foz do Chapecó Energia/Bourscheid 2010

As espécies de forófitos, bem como a rugosidade de suas cascas e suas fenologias de


perda foliar, não foram capazes de influenciar significativamente a sobrevivência e nem
o brotamento das epífitas transplantadas por Duarte e Gandolfi (2013). Segundo os
autores, eventualmente, as características das epífitas a serem transplantadas podem ser
mais importantes do que aquelas das árvores hospedeiras. Contudo, quando possível,
sugere-se a manutenção entre as espécies de epífita e a espécie de seu forófito de

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origem, pois existir, para algumas espécies, uma relação positiva entre essas duas formas
de vida.

De maneira similar aos procedimentos sugeridos para o replantio de mudas de espécies


lenhosas (arbustivas e arbóreas), os locais de transplante também devem ser adjacentes
aos de supressão, na mesma fitofisionomia, como forma de se evitar o transplante a
longas distâncias do material biológico, que poderia causar prejuízos por estresse
hídrico.

iii. Destino do Material Vegetal

As instituições/viveiros devidamente qualificados e em condições regulamentadas junto


aos órgãos responsáveis e que forem mapeados como interessadas em receber o
material resgatado deverão manifestar-se formalmente através de correspondências com
papel timbrado, devidamente assinado pelo responsável, sendo que cópias destas
correspondências deverão ser entregues à contratante antes da doação/disponibilização
do material. O procedimento que será adotado para envio e confirmação de
recebimento, bem como as formas de controle do material coletado e enviado às
diversas instituições/viveiros conveniados deverá ser elaborado pela equipe responsável
pela implantação do Programa, e entregue antes do início das atividades de campo.

g) Descrição do Programa

Durante o desenvolvimento do programa, as atividades de coleta de frutos e sementes


deverão ser executadas antes da supressão. As mudas - tanto de espécies lenhosas
quanto herbáceas - deverão ser resgatadas e retiradas da área de supressão também
antes do corte da vegetação.

Toda a área diretamente afetada deverá ser percorrida pelas equipes, realizando o
resgate e a relocação/transplante de mudas de espécies ameaçadas de extinção e
endêmicas (lenhosas e herbáceas epífitas e/ou terrícolas), e também a coleta de frutos e
sementes de espécies com interesse para a conservação (em fase de frutificação) que
possam fornecer material para a potencial produção de mudas.

Os veículos e equipamentos a serem utilizados deverão atender as normas de segurança


vigentes e possuir as devidas licenças dos órgãos competentes e seus
condutores/operadores habilitados para tal. Da mesma forma todos os membros das
equipes de trabalho deverão possuir treinamento e utilizar os Equipamentos de Proteção

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Individual (EPI) exigidos pela legislação pertinente, garantindo a segurança nos


deslocamentos necessários.

A implantação do programa ficará sob responsabilidade da Construtora, sob fiscalização


do empreendedor, cabendo a ela contratar serviços e técnicos capacitados para a
realização desse programa de acordo com a legislação vigente, e ficando a cargo desses
técnicos a execução correta das atividades previstas, além da solicitação de Licença para
Coleta e Transporte de Material Botânico (para espécies ameaçadas de extinção),
encaminhada ao órgão ambiental competente.

O planejamento executivo e operacional das atividades, incluindo a elaboração de


procedimentos e instruções técnicas, deverá ser detalhado pela Equipe responsável pela
implantação do Programa de Coleta de Germoplasma e Resgate de Epífitas, sendo
ordenadas para que ocorra a facilidade na execução, segurança para os trabalhadores
da obra e minimização de impactos.

h) Atividades a serem desenvolvidas

A estruturação das atividades programadas compreende 03 etapas distintas, estando


compostas pelos seguintes eventos:

 Coleta de material para preservação e/ou propagação;


 Transplante/relocação das plântulas (mudas de espécies lenhosas) e espécies
epífitas/rupícolas;
 Acondicionamento e destinação dos frutos e sementes coletados.

i) Cronograma Executivo e de Relatórios

Foi prevista 01 campanha a ser executada na área de influência direta (AID) do


empreendimento, antes do início das atividades de supressão de vegetação,
considerando todas as frentes de supressão.

Ao final da execução do Programa, deverá ser elaborado o Relatório Final das atividades,
detalhando todas as ações executadas, acompanhados de registros fotográficos, além
de banco de dados e mapa com informações sobre os locais de coleta e
relocação/transplante, para envio ao órgão ambiental para avaliação.

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Fase de Implantação (meses)


Atividade Periodicidade
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12

Campanha coleta antes da supressão vegetal -

Elaboração do relatório final Final

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j) Equipe Técnica

As equipes de salvamento deverão estar compostas por 01 especialista em botânica


(Técnico de Nível Superior responsável pela identificação botânica), além de auxiliares
técnicos.

Para a campanha de coleta de frutos e sementes poderá ser mobilizada uma ou mais
equipes de campo, contendo, cada uma, um Técnico de Nível Superior responsável pela
identificação botânica. O Quadro 12 a seguir sintetiza a relação dos profissionais
sugeridos.

Os especialistas serão responsáveis pelo preenchimento das fichas de campo com a


anotação precisa dos dados relativos a cada coleta e relocação. Também compete a
estes profissionais a seleção do material a ser conservado/propagado e sua destinação,
além da orientação dos auxiliares de campo, assim como a conferência da concordância
da coleta de dados.

Aos auxiliares de campo compete apoio na execução da coleta de material e das


informações necessárias ao preenchimento correto dos dados de coleta, assim como o
acondicionamento de frutos e sementes para transporte e envio as instituições.

Os profissionais que integrarão as equipes de resgate deverão passar previamente por


treinamento especializado em técnicas de coleta de sementes/frutos de espécies
florestais, transplante de mudas, coleta de mudas, métodos de subida em árvores,
adoção de ações preventivas quando da possibilidade de resgate de animais
peçonhentos (fauna associada a espécies epífitas), entre outros.

Quadro 12 - Relação de profissionais sugeridos para a equipe de salvamento.


Profissional Quantidade Função

Coordenador 01 técnico - Identificação botânica.


especialista em - Preenchimento das fichas de campo com a anotação precisa
botânica dos dados relativos a cada coleta e relocação.
- Seleção do material a ser conservado/propagado e sua
destinação, além da orientação dos auxiliares de campo,
assim como a conferência da concordância da coleta de
dados.

Auxiliares técnicos - - Coleta de Exemplares Herbáceos


- Coleta de mudas, frutos e sementes das espécies arbóreas e
arbustivas.

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k) Responsável Técnico

Biól. Silvia Alessandra Reis, Me. Botânica, Esp. Planejamento e Gerenciamento


Ambiental; CRBio 17.754-03 - Registro no CTF 329.722.

l) Instituições Envolvidas

Entidades potencialmente receptoras de material vegetal para conservação,


credenciadas junto ao Conselho de Gestão do Patrimônio Genético/CGEN como fiéis
depositárias:

 Amostras mantidas no Banco de Germoplasma de Plantas Medicinais e


Aromáticas da Embrapa Amazônia Oriental;
 Banco Ativo de Germoplasma de Castanheira-do-Brasil (Bertholletia excelsa) -
BAG - CASTANHA / Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa;
 Banco Ativo de Germoplasma de Fruteiras Nativas (BAGFRUN) da Embrapa
Amazônia Ocidental;
 Coleção de Espécies Florestais Tropicais (COFLOREST) da Embrapa Amazônia
Ocidental.

Entidades potencialmente receptoras de material vegetal para propagação (devem estar


devidamente regulamentadas junto aos órgãos responsáveis):

 Altaflora Jr.
 Projeto Amazônia Nativa
 Viveiro Municipal (Araguaína/TO)
 Viveiro Beija-Flor (Araguaína/TO)
 Aflorart Viveiros (Araguaína/TO)
 Viveiro Municipal (Colinas do Tocantins/TO)
 Floricultura e Viveiro Cantinho das Plantas (Colinas do Tocantins/TO)
 Viveiro Municipal (Miranorte/TO)
 Viveiro Municipal (Miracema do Tocantins/TO)

m) Relação com outros Programas

O programa deverá interagir com as ações implementadas pelo Plano Ambiental da


Construção, Programa de Educação Ambiental, Programa de Comunicação Social, Plano
de Conservação da Fauna, Programa de Recuperação de Áreas Degradadas e Programa
de Reposição Florestal.

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n) Referências Bibliográficas

Foram consultadas a legislação aplicável e o diagnóstico/prognóstico ambiental do


empreendimento, além de:

DUARTE, M. M. e GANDOLFI, S. Enriquecimento de florestas em processo de


restauração: aspectos de epífitas e forófitos que podem ser considerados. Hoehnea
40(3): 507-514, 2 tab., 2 fig., 2013.

FOZ DO CHAPECÓ ENERGIA/BOURSCHEID. Programa de Salvamento de Flora da Linha


de Transmissão SE Guarita – UHE Foz do Chapecó – SE Xanxerê. Relatório Final. Agosto
2010.

3.4.3 - Programa de Reposição Florestal

a) Apresentação

A forte pressão antrópica vem modificando as características originais das formações


naturais, alterando sua composição florística, seus aspectos fisionômicos, estruturais e
ecológicos. Atualmente, os habitats naturais vêm sendo suprimidos ou substituídos por
outros ambientes (e.g. áreas cultivadas, pastagens, núcleos urbanos, reservatórios,
indústrias, entre outros), ocasionando sua fragmentação e/ou isolamento.

De acordo com o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das


Queimadas no Cerrado (PPCerrado) (MMA 2014):

O Cerrado vem experimentando taxas de desmatamento no nível da


Amazônia, apesar de ter apenas a metade de sua área. A última
estimativa do PMDBBS5 para o desmatamento do Cerrado em 2010 foi
de 6.469 km2, enquanto na Amazônia Legal o desmatamento no
mesmo ano foi de 7.000 km2.

A agropecuária é o principal elemento modificador da paisagem do Cerrado, onde o


processo de mecanização e a evolução das tecnologias agrícolas propiciaram condições
adequadas para sua expansão e consolidação. Os dados do Plano demonstram que essa
transformação foi mais intensa na porção sul do bioma, porém, mais recentemente, há
uma nova frente de expansão da fronteira agrícola na parte norte, na região conhecida
como MATOPIBA (referência ao conjunto de Estados com maior expansão Maranhão,
Tocantins, Piauí e Bahia) (MMA 2014).

5
Programa de Monitoramento do Desmatamento dos Biomas Brasileiros por Satélites.

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Na Amazônia, o processo de desmatamento não é homogêneo, e varia de acordo com


as diferentes partes da região e ao longo do tempo (MMA 2013). A contribuição
proporcional de cada Estado à área total desmatada vem seguindo um padrão
relativamente constante, sendo que o Mato Grosso e Pará contribuíram com cerca de
70% do desmatamento da Amazônia no período avaliado (1990 - 2011). A partir de
2006, o Estado do Pará apresentou a maior contribuição ao desmatamento da
Amazônia, com 57% em 2009, 54% em 2010 e 47% em 2011. Estes foram os
primeiros registros de um único estado contribuir com mais da metade do
desmatamento total verificado no bioma. No Estado, entre os municípios prioritários
para a prevenção e combate ao desmatamento, encontram-se Marabá, Novo
Repartimento e Anapu, localizados na área de influencia do empreendimento6.

Frente a este cenário, considera-se fundamental, como forma de contribuir com a


preservação dos ambientes naturais nos biomas brasileiros, a elaboração e implantação
de programas de restauração/recuperação ambiental, onde a reposição florestal buscaria
promover um incremento no percentual de cobertura vegetal lenhosa na região de
implantação do empreendimento.

A eficácia esperada para as medidas indicadas neste programa é apresentada a seguir:

Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Interferência em Áreas de Preservação Permanente (APP)


Restringir o desmatamento
Implantação e
em APP ao estritamente Preventivo Alta Empreendedor
Operação
necessário
Implantar um Programa de
Implantação e
Reposição Florestal Compensatório Média Empreendedor
Operação
Obrigatória

Implantar a recuperação de
APPs através do Programa de Implantação e
Compensatório Médio Empreendedor
Recuperação de Áreas Operação
Degradadas (PRAD)

Interferência em Áreas de Interesse Conservacionista


Restringir o desmatamento
ao estritamente necessário à Implantação e
Preventivo Alta Empreendedor
construção e manutenção do Operação
empreendimento

6
Disponível em
http://www.mma.gov.br/images/arquivo/80120/municipios%20prioritarios%20e%20monitorados.jpg

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Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Executar a Compensação
Ambiental conforme
Implantação e
Programa de Compensação Compensatório Media Empreendedor
Operação
Ambiental em Unidade(s) de
Conservação

Implantar um Programa de
Reposição Florestal
Obrigatória, cuja Implantação e
Compensatório Media Empreendedor
abrangência inclua as áreas Operação
prioritárias para a
conservação.

Perda de vegetação nativa

Restringir o desmatamento
Implantação e
da vegetação nativa ao Preventivo alta Empreendedor
Operação
estritamente necessário
Realizar salvamento e coleta
de espécies nativas durante a Preventivo Implantação médio Empreendedor
retirada de vegetação;

Implantação e
Recuperar áreas degradadas; Compensatório Médio Empreendedor
Operação

Realizar o plantio de espécies


Compensatório Operação Médio Empreendedor
nativas.
Fragmentação de áreas de vegetação nativa e alterações na dinâmica da vegetação

Restringir o desmatamento da
vegetação nativa ao Preventivo Implantação Alta Empreendedor
estritamente necessário

Implantação e
Recuperar áreas degradadas; Compensatório Media Empreendedor
Operação

Realizar o plantio de espécies


Compensatório Operação Media Empreendedor
nativas.

b) Justificativa

A Lei 12.651/2012 (novo Código Florestal brasileiro) estabelece, em seu Art. 33 § 1º,
que são obrigadas à reposição florestal as pessoas físicas ou jurídicas que utilizam
matéria-prima florestal oriunda de supressão de vegetação nativa ou que detenham
autorização para supressão de vegetação nativa.

Assim, a necessidade de se estabelecerem programas ambientais com o objetivo de


adequar as atividades impactantes aos requisitos legais vigentes em função do
licenciamento ambiental, direciona a implantação deste Programa, atuando como

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instrumento compensatório aos impactos causados pela supressão de vegetação natural


para a implantação do empreendimento.

c) Objetivos

Objetivos gerais

 Atender à Reposição Florestal Obrigatória, conforme regulamentação aplicável;


 Propor a reposição florestal através de plantio de mudas de espécies nativas,
contemplando, especialmente, as Áreas de Preservação Permanente (APP),
Unidades de Conservação e Áreas Prioritárias para a Conservação da
Biodiversidade, em cumprimento a legislação ambiental aplicável; ou, através
da regularização fundiária de propriedades prioritárias passíveis de
regularização em Unidade de Conservação de proteção integral / aquisição de
área para sua ampliação.
 Auxiliar na recomposição e/ou recuperação de ambientes naturais alterados na
área de abrangência do empreendimento;
 Minimizar os impactos sobre a flora e fauna regional.

Objetivos específicos

 Realizar a seleção de áreas potenciais para reposição florestal; ou de


propriedades prioritárias passíveis de regularização fundiária em Unidade de
Conservação de proteção integral / aquisição de área para sua ampliação.
 Selecionar as espécies a serem empregadas a partir dos dados registrados no
Inventário Florestal e levantamentos fitossociológicos já realizados na região.

d) Indicadores Ambientais

 Número de mudas plantadas efetivamente utilizadas no reflorestamento em


relação ao previsto;
 Hectares de vegetação nativa destinadas para conservação;
 Relação entre a área definida para reflorestamento e a área efetivamente
reflorestada;
 Taxa de mortalidade de mudas.
 Percentual de áreas regularizadas ou quantidade de área adquirida para
ampliação de Unidade de Conservação de proteção integral.

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e) Público-alvo

O empreendedor, as comunidades situadas no entorno das áreas recuperadas e seus


proprietários; viveiros conveniados para a produção de mudas e grupos interessados na
conservação da biodiversidade e recursos naturais (Organizações Não
Governamentais/ONGs, empresas privadas, órgãos ambientais municipais, estaduais e
federais e instituições de pesquisa) ou responsáveis pela gestão de Unidades de
Conservação.

f) Metodologia

i. Proposta para o plantio de mudas

Seleção de Áreas

As atividades previstas no Programa de Reposição Florestal deverão priorizar a


recuperação - através de plantio de mudas de espécies lenhosas nativas características
do Cerrado e da Amazônia - de Áreas de Preservação Permanente, Unidades de
Conservação e seu entorno, áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade
(potencializando o estabelecimento de ligação entre elas, quando indicado) e/ou locais
onde já existam iniciativas para a recuperação, podendo ser realizadas parcerias com
entidades e instituições públicas, privadas e organizações não governamentais -
cooperação com secretarias municipais/estadual da agricultura, meio ambiente,
associações de produtores, cooperativas, agroindústrias entre outros - objetivando
viabilizar a implantação de programas e projetos de reflorestamento com espécies
nativas já existentes na região do empreendimento.

Espécies Indicadas Para o Plantio

A seleção das espécies com potencial para serem utilizadas no plantio deverá ser
realizada a partir das informações registradas durante a execução do Inventário Florestal
do empreendimento. As espécies a serem plantadas deverão ser compatíveis com a
fitofisionomia a ser recuperada e o número de mudas por espécie será variável em
função das características da área(s), das espécies com mudas disponíveis e do modelo
de plantio selecionado.

As mudas poderão ser produzidas a partir de frutos e sementes coletados na área de


influência do empreendimento e/ou adquiridas em viveiros conveniados, devidamente

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habilitados junto ao órgão ambiental, localizados nos municípios situados no entorno do


empreendimento. É importante que, quando selecionadas no viveiro, apresentem bom
estado fitossanitário sendo isentas de pragas, doenças e ferimentos, com o sistema
radicular bem distribuído. No caso das raízes danificadas, estas deverão ser eliminadas.
A muda deve possuir aproximadamente 50 cm de altura.

Cabe ressaltar que as mudas devem passar por processo de rustificação (manejo hídrico
com diminuição gradual no fornecimento de água), com o objetivo de aumentar sua
resistência ao estresse hídrico durante o plantio.

Definição do Modelo e Arranjo de Plantio

A reposição florestal deverá ser realizada através de plantio de mudas, sendo


estabelecidas algumas premissas básicas, tais como utilizar espécies nativas e
ecologicamente adequadas aos ambientes a serem reabilitados, além de induzir ao
desenvolvimento rápido da vegetação a ser implantada, por meio de práticas
silviculturais.

Neste sentindo, sugere-se que o plantio seja realizado através dos métodos
apresentados a seguir.

Reposição por Reflorestamento

Compreende o plantio de mudas para implantação de florestas em áreas naturalmente


florestais que, por ação antrópica ou natural, perderam suas características originais.
Sugere-se que este modelo seja empregado para reflorestamento em áreas de Floresta
Ombrófila Densa e Floresta Ombrófila Aberta, ao longo de todo o traçado, com um
espaçamento médio de 3 m x 2 m. Este espaçamento busca proporcionar uma
cobertura rápida do solo, restringindo o crescimento de espécies invasoras e criando um
microclima adequado para as espécies com maiores exigências ambientais (e. g.
luminosidade e umidade).

Reposição por Adensamento

O adensamento é indicado para locais onde é necessária a ocupação de eventuais


espaços vazios, não cobertos pela regeneração natural, com mudas de espécies
pioneiras e secundárias iniciais, preferencialmente utilizando-se novos indivíduos de
espécies já existentes no local, cuja densidade encontra-se abaixo do esperado em
função de poucos indivíduos presentes na área. Esse modelo é recomendado para suprir

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eventuais falhas da regeneração natural ou para o plantio em áreas de borda de


fragmentos e grandes clareiras, visando controlar a expansão de espécies invasoras e
nativas em desequilíbrio e favorecer o desenvolvimento das espécies secundárias tardias
e climácicas por meio do sombreamento.

Sugere-se que seja empregado em áreas de Floresta Ombrófila Aberta e áreas de


contato entre Floresta Amazônica e Cerrado. O espaçamento deverá ser definido para
cada área de plantio, respeitando a densidade e distribuição dos indivíduos existentes na
área e objetivando promover o adensamento de exemplares lenhosos.

Reposição por Enriquecimento

O enriquecimento pode ser usado nas áreas ocupadas com vegetação nativa em melhor
estado de conservação, mas que apresentam menor diversidade florística. O
enriquecimento representa a introdução de mudas de novas espécies, existentes no
local/região, mas ausentes na formação a recuperar, devendo ser empregadas espécies
secundárias iniciais, tardias e climácicas, especialmente aquelas de maior interação com
a fauna.

Deverá ser priorizado o plantio em áreas de preservação permanente, unidades de


conservação e áreas prioritárias para a conservação, além de remanescentes de Floresta
Ombrófila Densa em estágio avançado de regeneração.

As mudas de espécies florestais poderão ser produzidas a partir de frutos e sementes


coletados na área de influência e/ou adquiridas em viveiros conveniados, devidamente
habilitados junto ao órgão ambiental, localizado nos municípios situados no entorno do
empreendimento. As espécies a serem plantadas deverão ser compatíveis com a
fitofisionomia a ser recuperada.

Cálculo do Valor da Reposição

O calculo de reposição florestal, terá como base a Instrução Normativa MMA nº 6 de 15


de dezembro de 2006, que trata da reposição florestal através de volumes de madeira.
Neste sentido, os valores referentes à reposição florestal conforme a referida Instrução,
art 9º, inciso I e II, serão objetivo do Inventário Florestal.

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Fertilidade e Análise de Solo

A adubação química é uma técnica adequada para agregar nutrientes ao solo quando
não há suprimento nutricional eficiente para o desenvolvimento de mudas, e se
recomenda que seja quantificada com base nos resultados da análise química do solo.
Assim, onde inexistam dados disponíveis, na literatura ou em instituições de
pesquisa/governamentais/privadas, deverá ser realizada a análise de solo na região de
plantio para indicar a recomendação de adubação. Destaca-se que a metodologia de
amostragem deverá se adequar aquela empregada quando as amostras são submetidas
ao tratamento usual de análise de fertilidade dos solos.

Metodologia de Plantio

O plantio de mudas deverá ser realizado em linhas, apresentando alternância de


espécies pioneiras, secundárias e/ou climácicas na mesma linha, com as espécies
desencontradas quanto aos grupos ecológicos, pois a alternância entre grupos
ecológicos na mesma linha oferece uma distribuição mais uniforme e promove um
sombreamento mais regular para as espécies mais exigentes.

Se necessário, a execução de cercamento será realizado com objetivo primordial de


proteger as áreas contra a invasão do gado e/ou de outros animais que possam interferir
no desenvolvimento satisfatório das mudas através do pisoteio/herbivoria.

Manutenção e Monitoramento

As ações de manutenção e monitoramento envolvem o combate à formiga, replantio,


limpeza dos locais de plantio (roçadas e coroamento) e inspeção fitossanitária (controle
de pragas e doenças), iniciando 2 meses (60 dias) após o início do plantio.
Preliminarmente, se prevê, a partir da primeira manutenção, que as atividades se
estendam por até 24 meses.

Após o plantio, deve-se fazer uma inspeção geral da área para avaliar a necessidade de
reposição das mudas que morreram ou daquelas que apresentam problemas
fitossanitários.

ii. Proposta de Regularização Fundiária

Uma alternativa indicada para substituir as atividades de plantio de mudas no Programa


de Reposição Florestal é a regularização fundiária de propriedades prioritárias passíveis

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de regularização em Unidade de Conservação de Proteção Integral, em atendimento a


Lei Federal nº 9.985, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, no
qual em seu artigo 42 dispõe:

As populações tradicionais residentes em unidades de conservação nas


quais sua permanência não seja permitida serão indenizadas.
...
O poder público, por meio do órgão competente, priorizará o
reassentamento das populações tradicionais a serem relocadas.

Desta forma sugere-se que se faça a conversão dos recursos ora destinados ao
investimento em reposição florestal, a bem da desapropriação de terras ocupadas por
pessoas físicas em área de Unidade de Conservação de Proteção Integral.

Caso se inviabilize a regularização fundiária, sugere-se a aquisição de área para a


ampliação de Unidade de Conservação de Proteção Integral.

Entre as Unidades preliminarmente prospectadas pelo empreendedor, destacam-se a


FLONA do Itacaiúnas e FLONA Carajás no Pará, além do Parque Estadual do Cantão, no
Tocantins.

g) Descrição do Programa

O Programa de Reposição Florestal indica duas propostas para a compensação oriunda


da supressão, apresentadas a seguir:

 Compensação através do plantio de mudas ou:


 Compensação através da regularização fundiária em Unidade de Conservação
de Proteção Integral ou a aquisição de área para sua ampliação.

A implantação do programa ficará sob responsabilidade do empreendedor, cabendo a


ele contratar serviços e técnicos capacitados para a sua execução de acordo com a
legislação vigente, ficando a cargo desses técnicos a execução correta das atividades
previstas; e/ou adquirir e doar, ao órgão responsável pela gestão da Unidade de
Conservação, das propriedades indicadas.

h) Atividades a serem desenvolvidas

A estruturação das ações previstas compreende 03 atividades distintas, estando


compostas pelos seguintes eventos:

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Compensação através do plantio de mudas:

 Seleção de áreas e espécies para plantio;


 Execução do plantio de mudas;
 Execução de atividades de manutenção e monitoramento das áreas
implantadas.

Regularização Fundiária em Unidade de Conservação de Proteção Integral:

 Elaboração de um cadastro da população locada de forma irregular dentro


Unidade de Conservação de Proteção Integral;
 Indenização e reassentamento das populações atingidas.

Aquisição de área para a ampliação de Unidade de Conservação de Proteção Integral

 Aquisição de propriedade rural localizada em áreas prioritárias para ampliação


de Unidade de Conservação de Proteção Integral;
 Doação da propriedade ao órgão gestor da Unidade.

i) Cronograma Executivo e de Relatórios

O programa será implementado durante o período de vigência da Autorização de


Supressão de Vegetação, conforme preconiza a Instrução Normativa MMA 06/2006,
preferencialmente realizando os plantios no período chuvoso.

Durante a execução do Programa, deverão ser elaborados relatórios de atividades


periódicos, detalhando todas as ações executadas no período, acompanhados de
registros fotográficos, além de banco de dados e mapa com informações sobre as áreas
de plantio. Também devem ser elaborados Relatórios Técnicos Semestrais, e Relatório
Final, a serem enviados ao IBAMA para acompanhamento e avaliação.

j) Equipe Técnica

Prevê-se a formação de equipes, buscando atender as atividades propostas para a


execução deste programa, a seguir detalhadas:

 Equipe de Coordenação e Supervisão das Atividades, comandada por 01


Profissional Habilitado (além de 01 Operador de Auto-Cad), responsável pelas
atividades de planejamento e dimensionamento das áreas de plantio,
mobilização e treinamento das demais equipes e supervisão das atividades

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durante o desenvolvimento do Programa. Este profissional também será


responsável pela manutenção do banco de dados e a elaboração de relatórios;
 Equipe de Delimitação de Áreas, cercamento (quando necessário) e preparação
das linhas de plantio, comandada por 01 Profissional Habilitado (além de
auxiliares técnicos), e responsável pela limpeza do terreno, demarcação da
área, execução de cercamento, demarcação das linhas de plantio, das covas e
coveamento, além de operações preventivas de combate à formiga;
 Equipe de Plantio de Mudas, comandada por 01 Profissional Habilitado além de
auxiliares técnicos, responsável pelo plantio das mudas propriamente dito,
replantio e manutenção das mudas; deve atuar após a equipe de delimitação
de áreas, cercamento e preparação das linhas de plantio;
 Equipe de Manutenção do Plantio, comandada por 01 Profissional Habilitado
(preferencialmente o mesmo profissional da equipe de Plantio de Mudas), além
de auxiliares técnicos, responsável pela revisão das áreas plantadas,
acompanhamento do desenvolvimento das mudas em campo e execução das
atividades de manutenção.

Quadro 13 - Relação de profissionais sugeridos para o Programa.


Profissional Quantidade Função

Coordenador e supervisor das 01 profissional - Planejar e dimensionar as áreas de corte;


atividades habilitado - Mobilização e treinamento das demais equipes e supervisão
das atividades durante o desenvolvimento do programa;
- Supervisão das atividades durante o desenvolvimento do
01 profissional Programa;
Operador de Auto-Cad
habilitado
- Manutenção do banco de dados e a elaboração de
relatórios.

Destaca-se que a demanda definitiva de auxiliares técnicos deverá ser dimensionada


após a localização das áreas efetivamente destinadas ao plantio de Reposição Florestal
Obrigatória. A equipe para execução das atividades deverá receber treinamento das
atividades a serem desenvolvidas, implicando a aprendizagem de técnicas de plantio,
confecção de cerca e de segurança e manuseio de equipamentos para o
desenvolvimento das atividades de campo.

Para a execução das atividades deverá ser observada toda a normatização pertinente à
execução de trabalhos que envolvam questões de segurança e higiene do trabalho, além
do treinamento e disponibilidade de equipamentos de proteção individual (EPI).

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k) Responsável Técnico

Biól. Silvia Alessandra Reis, Me. Botânica, Esp. Planejamento e Gerenciamento


Ambiental; CRBio 17.754-03 - Registro no CTF 329.722.

l) Instituições Envolvidas

Viveiros Florestais com potencial para produção de mudas, tendo sido preliminarmente
identificados (devem estar regulamentados junto ao órgão responsável):

 Altaflora Jr.
 Projeto Amazônia Nativa
 Viveiro Municipal (Araguaína/TO)
 Viveiro Beija-Flor (Araguaína/TO)
 Aflorart Viveiros (Araguaína/TO)
 Viveiro Municipal (Colinas do Tocantins/TO)
 Floricultura e Viveiro Cantinho das Plantas (Colinas do Tocantins/TO)
 Viveiro Municipal (Miranorte/TO)
 Viveiro Municipal (Miracema do Tocantins/TO)

Grupos interessados (ONGs, empresas privadas, órgãos ambientais municipais estaduais


e federais e instituições de pesquisa) na conservação da biodiversidade e manutenção de
ecossistemas naturais.

Órgãos gestores de Unidades de Conservação de Proteção Integral onde houver


regularização ou ampliação da área.

m) Relação com outros Programas

Este programa tem inter-relação com os Programas de Supressão de Vegetação, com o


Programa de Coleta de Germoplasma e Resgate de Epífitas e com o Plano Ambiental de
Construção (PAC), Programa de Comunicação Social, Programa Educação Ambiental,
Plano de Conservação da Fauna Silvestre e Programa de Recuperação de Áreas
Degradadas.

n) Referências Bibliográficas

Foram consultadas a legislação aplicável e o diagnóstico/prognóstico ambiental do


empreendimento, além de:

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Plano de Ação para prevenção e controle do


desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm): 3ª fase (2012-2015) pelo uso sustentável
e conservação da Floresta / Ministério do Meio Ambiente e Grupo Permanente de
Trabalho Interministerial. Brasília: MMA, 2013.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. PPCerrado – Plano de Ação para prevenção e controle


do desmatamento e das queimadas no Cerrado:2ª fase (2014-2015) / Ministério do
Meio Ambiente, Organizador. Brasília: MMA, 2014.

3.5 - Plano de Conservação da Fauna

3.5.1 - Programa de Monitoramento da Fauna

a) Apresentação

As regiões de abrangência do empreendimento em tela podem ser consideradas de alta


diversidade de espécies, sendo a região Amazônica considerada a maior e mais diversa
floresta tropical do mundo e o Cerrado o terceiro bioma mais diverso do Brasil e
considerado um dos Hotspots para a conservação da Biodiversidade mundial (DA SILVA
et al. 2005; KLINK & MACHADO, 2005). Ambos, Amazônia e Cerrado, estão entre os
ecossistemas mais ameaçados em todo o planeta, isso graças a grande pressão causada
pela expansão agrícola, bovinocultura, extração madeireira e projetos de
desenvolvimento convertendo as florestas em um mosaico de habitats alterados pelo
homem (pastagens e florestas superexploradas) e remanescentes isolados.

Este Programa de Monitoramento de Fauna Terrestre apresenta as atividades que serão


adotadas durante a implantação das Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu –
Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas.

A eficácia esperada para as medidas indicadas neste programa é apresentada a seguir:

Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Colisão de Espécimes da Avifauna

Instalar sinalizadores nas áreas


Preventivo Implantação Alta Empreendedor
mais propícias a esses acidentes.

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b) Justificativa

Os impactos ambientais causados pela implantação de Linhas de Transmissão a


comunidades naturais dependerão de uma série de fatores que devem ser avaliados no
planejamento da implantação destes empreendimentos. Desta forma, o planejamento
prévio levando em consideração as características ambientais da área e a dinâmica das
comunidades faunísticas associadas é de extrema importância para a garantia do
sucesso de instalação e operação.

Um dos grupos da fauna diretamente afetados pela implantação e manutenção de


linhas de transmissão de energia elétrica são as aves (HELLAWELL 1991; JANSS 2000;
INFANTE et al. 2005), e, entre as avarias em potencial que este grupo pode sofrer
segundo Infante et al. (2005), estão:

 Eletrocussão: Ocorre quando a ave toca em dois fios condutores ou em um fio


condutor e em fase terra simultaneamente, fechando um circuito e ocasionado
passagem de corrente através do corpo; muitas morrem imediatamente, mas
outras ficam injuriadas, podendo vir a óbito posteriormente. Aves de rapina e
outras de grande porte, por exemplo, são frequentemente vítimas de
eletrocutamento;
 Colisões: Acontece quando a ave em voo não detecta a presença da linha,
colidindo-a com ela, resultando geralmente na queda e/ou morte do indivíduo,
e;
 Perda de habitat (direta): Em função da instalação da infraestrutura da linha de
transmissão, que inclui as próprias linhas, áreas de acesso, deslocamento de
solo, etc.

Apesar das fatalidades decorrentes de tais acidentes, geralmente, não serem


preocupantes em níveis populacionais, para aquelas espécies naturalmente raras,
qualquer interferência pode desencadear sérias alterações na sua dinâmica populacional,
tornando-se um problema crítico (DRÍADE, 2010; JANSS & FERRER, 1998; SERGIO et al.
2004; RUBOLINI et al. 2005). Impactos positivos também são relacionados, tais como o
aumento na disponibilidade de locais para nidificação, descanso e poleiro de caça, por
exemplo, para aves de rapina que caçam a partir de um ponto fixo (“senta e espera”).
De outra forma, danos envolvendo aves podem acarretar prejuízos no fornecimento de
energia, comprometendo o serviço das unidades geradoras (SERGIO et al. 2004;
RUBOLINI et al. 2005).

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Tais interferências vêm sendo reportadas desde o século XIX para a região temperada do
globo (COUES, 1876), e neste contexto, é notória a incipiência de estudos sistemáticos e
a consequente lacuna de conhecimento acerca do impacto provocado por linhas de
transmissão sobre a fauna do Neotrópico. Deste modo, esforços para monitorar a
utilização e os impactos das linhas de transmissão sobre a fauna são imprescindíveis
para a elucidação de sua magnitude tanto no âmbito local quanto regional, gerando
também subsídios para adequação de um banco de dados que subsidiará na
conservação da biodiversidade em empreendimentos energéticos.

c) Objetivos

Objetivo Geral

O presente programa tem como objetivo principal o monitoramento da fauna de


vertebrados terrestres nas áreas de influência das Linhas de Transmissão (LT) 500 kV
Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas.

Objetivos Específicos

Os objetivos específicos deste programa são:

 Atualizar a lista de espécies presente nas áreas de influência do


empreendimento;
 Monitorar as atividades de implantação da LT e seus possíveis impactos sobre a
comunidade faunística;
 Comparar a riqueza, abundância e diversidade entre as estações amostrais,
antes, durante e após a conclusão da obra;
 Acompanhar o padrão de distribuição e abundância de espécies raras,
indicadoras de qualidade ambiental, de interesse cinegético, de importância
econômica, endêmicas e/ou ameaçadas de extinção nas áreas de influência do
empreendimento;
 Avaliar os impactos do empreendimento previstos no EIA/RIMA e propor
estratégias para mitigação durante a implantação e operação do
empreendimento.

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d) Metas

As metas a serem alcançadas são:

 Realizar campanhas de campo semestral, em cada área, uma na fase pré-


instalação, durante toda a implantação do empreendimento e até dois anos
após a operação;
 Determinar de que forma a abertura e manutenção da faixa de servidão atua
sobre a fauna da região do empreendimento;
 Obter índices ecológicos para cada campanha de amostragem e para cada
grupo, contemplando no mínimo a riqueza, diversidade e equitabilidade;
 Identificar as possíveis alterações da comunidade faunística presente nas áreas
de influência do empreendimento, tendo como foco principal as espécies raras,
endêmicas e/ou ameaçadas de extinção;
 Pontuar as áreas mais suscetíveis à colisão de fauna junto a LT e sugerir
medidas mitigadoras para cada ponto;
 Aumentar o conhecimento sobre a fauna ocorrente na região do
empreendimento.

e) Indicadores

Os indicadores de efetividade aqui apresentados servirão de subsídio para o


acompanhamento do Programa de Monitoramento de Fauna e sua eficácia.

 Registro do número e temporalidade das campanhas de monitoramento


durante a fase de implantação;
 Planilha contendo os dados brutos coletados em campo de cada grupo;
 Tabela contendo a riqueza, abundância, diversidade e equitabilidade por
campanha para cada uma das espécies registradas nas áreas de estudo;
 Registro de espécies de fauna ameaçadas de extinção, raras e endêmicas;
 Planilha de registros da quantificação e qualificação das espécies obtidos nas
áreas correspondentes a faixa de servidão;
 Elaboração de relatório pontuando as áreas mais suscetíveis à colisão e
sugestões de medidas mitigadoras para cada ponto;
 Elaboração de relatório comparando os dados obtidos durante o Estudo de
Impacto Ambiental/EIA e os resultados obtidos durante a execução do
Programa, considerando as diferentes campanhas e a AID e AII.

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f) Público Alvo

É considerado público alvo deste programa os órgãos ambientais envolvidos no processo


de licenciamento, a empresa contratante, a equipe de monitoramento de fauna, a
comunidade científica e a população moradora das áreas de influência do
empreendimento.

g) Metodologia

Fase pré-monitoramento

Antes do início das obras, será realizada a 3ª campanha do diagnóstico, com todos os
grupos amostrados (avifauna, herpetofauna e mastofauna), em todas as áreas
amostrais, onde a partir de análise no escritório, algumas estações de amostragem
foram reposicionadas para contemplar a AID e AII (Tabela 1). No entanto, a confirmação
das estações de amostragem só serão confirmadas in loco durante as atividades de
campo, tomando sempre o cuidado de reposiciona-las nas AID e AII do
empreendimento. O relatório desta campanha deverá ser protocolado no IBAMA 30 dias
após emissão da LI.

Tabela 1. Coordenadas geográficas dos pontos de interesse para amostragem da fauna terrestre
dentro da AID e AII do empreendimento.
Coordenada métricas UTM das estação amostrais
Área Grupo
AID AII

Avifauna 22M 450101/9638360 22M 449664/9637140

1 Herpetofauna 22M 450432/9638710 22M 451012/9639973

Mastofauna 22M 450087/9638856 22M 449736/9636523

Avifauna 22M 532942/9564591 22M 532381/9561899

2 Herpetofauna 22M 532743/9564858 22M 531622/9563929

Mastofauna 22M 533698/9563740 22M 531427/9564360

Avifauna 22M 559061/9494994 22M 560446/9494351

3 Herpetofauna 22M 559111/9493891 22M 557383/9494484

Mastofauna 22M 558584/9495090 22M 559958/9494790

Avifauna 22M 637787/9349646 22M 638685/9350997

4 Herpetofauna 22M 638781/9349237 22M 639681/9349635

Mastofauna 22M 638056/9349112 22M 639628/9350282

Avifauna 22M 693801/9374727 22M 693614/9374988


5
Herpetofauna 22M 694865/9374920 22M 694788/9375434

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Coordenada métricas UTM das estação amostrais


Área Grupo
AID AII

Mastofauna 22M 693787/9374183 22M 694913/9375595

Avifauna 22M 666124/9274488 22M 667196/9274710

6 Herpetofauna 22M 666200/9272972 22M 667656/9273928

Mastofauna 22M 666947/9273075 22M 667837/9272739

Avifauna 22M 693725/9177940 22M 694366/9175050

7 Herpetofauna 22M 694129/9176967 22M 692399/9174724

Mastofauna 22M 694349/9176907 22M 693016/9174524

Avifauna 22L 753368/9072235 22L 752197/9072536

8 Herpetofauna 22L 753167/9072413 22L 752245/9072513

Mastofauna 22L 752937/9072310 22L 751699/9073177

Avifauna 22L 764548/8990347 22L 763451/8989881

9 Herpetofauna 22L 764697/8990018 22L 765193/8990070

Mastofauna 22L 764020/8990380 22L 764952/8990457

Fase de monitoramento

Para a realização do Programa de Monitoramento de Fauna Terrestre serão monitorados


nove pontos amostrais ao longo do traçado da LT. Durante esta etapa, serão
monitorados apenas o grupo da herpetofauna e avifauna, excluindo as estações de
amostragem da mastofauna. A Figura 1 mostra o traçado da LT e os locais de interesse
para a amostragem da fauna e a Tabela 2 as coordenadas geográficas7 das áreas a
serem monitoradas.

7
Correspondem a coordenadas geográficas centrais de cada área, sendo que o raio é de 10km, e as amostragens levarão em conta o item 20 do
Parecer 02029.000051/2015.33 NLA/TO/IBAMA.

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Plano Básico Ambiental

Figura 12. Distribuição das áreas de interesse para amostragem de fauna terrestre ao longo do
empreendimento.

Tabela 2. Coordenadas geográficas dos pontos de interesse para amostragem da fauna terrestre
dentro da AID e AII do empreendimento.
Coordenada métricas UTM das estação amostrais
Área Grupo
AID AII

Avifauna 22M 450101/9638360 22M 449664/9637140


1
Herpetofauna 22M 450432/9638710 22M 451012/9639973

Avifauna 22M 532942/9564591 22M 532381/9561899


2
Herpetofauna 22M 532743/9564858 22M 531622/9563929

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Coordenada métricas UTM das estação amostrais


Área Grupo
AID AII

Avifauna 22M 559061/9494994 22M 560446/9494351


3
Herpetofauna 22M 559111/9493891 22M 557383/9494484

Avifauna 22M 637787/9349646 22M 638685/9350997


4
Herpetofauna 22M 638781/9349237 22M 639681/9349635

Avifauna 22M 693801/9374727 22M 693614/9374988


5
Herpetofauna 22M 694865/9374920 22M 694788/9375434

Avifauna 22M 666124/9274488 22M 667196/9274710


6
Herpetofauna 22M 666200/9272972 22M 667656/9273928

Avifauna 22M 693725/9177940 22M 694366/9175050


7
Herpetofauna 22M 694129/9176967 22M 692399/9174724

Avifauna 22L 753368/9072235 22L 752197/9072536


8
Herpetofauna 22L 753167/9072413 22L 752245/9072513

Avifauna 22L 764548/8990347 22L 763451/8989881


9
Herpetofauna 22L 764697/8990018 22L 765193/8990070

Os métodos de amostragem para todos os grupos aqui apresentados devem ter como
prioridade a divisão do esforço entre Área de Influência Direta (AID) e Área de Influência
Indireta (AII) em cada área de amostragem.

Os animais capturados durante o monitoramento deverão ser marcados de acordo com


o grupo monitorado e posteriormente liberados no mesmo local de captura de modo a
não interferir em sua territorialidade. A marcação visa estimar a abundância das espécies
nas áreas amostrais, assim como, acompanhar o desenvolvimento ao longo das
campanhas de monitoramento. Os animais que porventura vier a óbito durante o
monitoramento ou de identificação duvidosa que for coletada deverão ser depositadas
em instituições reconhecidas, como o Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém.

h) Descrição do Plano

Programa de Monitoramento da Herpetofauna

O monitoramento da herpetofauna nas áreas de influência do empreendimento será


baseado em dois protocolos metodológicos: procura visual limitada por tempo e
transecções auditivas. A descrição metodológica de cada uma delas é dada a seguir:

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Procura Visual Limitada por Tempo (PVLT) (MARTINS & OLIVEIRA, 1998): consiste
na realização de lentas caminhadas em busca de animais em atividade ou em abrigos. A
procura por animais em abrigos, por sua vez, consiste na vistoria do maior número
possível de microhabitats potencialmente utilizados pelos répteis e anfíbios, tais como:
tocas, sob rochas, troncos caídos, cupinzeiros, madeiras e restos de construção e/ou
demolição (metodologia adaptada de MARTINS & OLIVEIRA, 1998). Vestígios, tais como
fragmentos de mudas, encontrados durante as buscas também deve ser considerados,
desde que possibilitem a identificação segura do táxon. Para esta metodologia deverá
ser dispensado 10 horas de procura visual por dia (cinco horas no período diurno e cinco
horas no período noturno) durante quatro dias consecutivos (dois dias na AID e dois dias
na AII), totalizando 40 horas de amostragem por área-campanha e 360 horas de
amostragem por campanha.

Transecções auditivas (Audio Strip Transect - AST): consiste em percorrer trechos


ou áreas pré-definidas, registrando quali-quantitativamente as espécies em atividade de
vocalização (ZIMMERMAN, 1994). Esta metodologia será aplicada durante uma hora no
período noturno, durante quatro noites consecutivas (duas na AID e duas na AII),
totalizando quatro horas por área-campanha e 36 horas para todas as áreas-campanha,
conforme apresentado na

Tabela 2, de acordo com o solicitado no item 20 do Parecer 02029.000051/2015.33


NLA/TO/IBAMA.

Programa de Monitoramento da Avifauna

Para o monitoramento da avifauna será adotada uma combinação de protocolos


metodológicos descritos a seguir.

Censo por Pontos de Contagem

O método de pontos de contagem consiste em pontos fixos no centro de um círculo


imaginário com ou sem raio definido no qual os indivíduos visualizados e/ou ouvidos são
identificados e contabilizados (BIBBY et al. 2000). Um raio de 50 metros será
empregado, e a abundância de cada espécie calculada através do Índice Pontual de
Abundância (IPA) que é igual ao número de contatos obtido dividido pelo número de
pontos de contagem (ALEIXO & VIELLIARD, 1995).

Serão realizados 30 pontos de escuta em cada área amostral, divididos em 15 pontos


alocados na AID e 15 pontos na AII, respeitando-se uma distância mínima de 200

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metros entre os pontos a fim de reduzir a interferência entre as unidades amostrais,


permitindo a independência das amostras (VIELLIARD et al. 2010). Será dispendido 10
minutos para cada ponto de escuta, reduzindo assim a probabilidade de contagens
duplicadas de indivíduos devido à movimentação dos animais durante a observação. O
esforço amostral para esta metodologia será de 300 minutos por área-campanha e total
de 2.700 minutos por campanha, conforme apresentado na Tabela 1, de acordo com o
solicitado item 20 do Parecer 02029.000051/2015.33 NLA/TO/IBAMA.

As amostragens quantitativas deverão ocorrer nos horários de maior atividade das aves,
começando com o nascer do sol e estendendo-se até o meio da manhã, conforme
recomendado por Vielliard et al. (2010).

Transecções para Rapinantes Diurnos e Aves Noturnas

Para a amostragem de rapinantes diurnos (Cathartidae e Falconiformes) e aves noturnas


(Tytonidae, Strigidae, Caprimulgidae e Nictibiidae) serão realizadas transecções com o
comprimento de 1km, localizados na AID e na AII, percorridos a uma velocidade
constante de 2km/h, durante as quais, todas as aves visualizadas e/ou ouvidas devem ser
contabilizadas, sem limite de altura de voo ou distância do observador. Deste modo,
para cada área amostral serão realizados dois transectos diurnos (um na AID e um na
AII) e dois transectos noturnos (um na AID e um na AII), com duração de uma hora
cada. Esta metodologia terá um esforço amostral por área de quatro horas por
campanha e total de 36 horas de transecções por campanha.

Subprograma da avaliação dos trechos para a instalação de sinalizadores


anticolisão.

Com base nos dados levantados em campo nas amostragens já realizadas foi possível
determinar com base nas características morfológicas, etológicas e ecológicas, um grupo
de 20 famílias (147 aves) com potencial risco de colisão. Os dados de campo também
mostraram “áreas de fluxo de espécies” que são áreas cujos atributos de habitat (e.g.:
presença de corpos d’água significativos, topografia, presença de banhados, altura do
dossel florestal, presença de árvores emergentes, estado de conservação dos
remanescentes, presença de pequenas ilhas de vegetação) servem de refúgio para as
espécies.

Para a definição das áreas que receberão os sinalizadores anticolisão será feita em
escritório uma primeira análise, a partir de visualização do traçado sobre imagens de
satélite, de áreas que apresentem algum dos atributos descritos acima. Com efeito,

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essas áreas serão classificadas de acordo com a sua prioridade para o recebimento de
sinalizadores.

Após essa classificação será realizada uma vistoria de campo, para confirmação de áreas
susceptíveis a instalação dos sinalizadores. Após primeira análise através de imagens, os
trechos considerados de alto risco de colisão, deverão ser visitados por um ornitólogo
experiente, onde devem ser executados pontos de observação para registro de aves com
potencial risco de colidir com a LT, como por exemplo, as aves de rapina (ordens
Cathartiformes, Accipitriformes e Falconiformes), as Ciconiiformes (família Ciconiidae),
as Pelecaniformes (famílias Ardeidae e Threskiornithidae), além de algumas aves
migratórias das ordens Charadriiformes (família Scolopacidae) e Passeriformes (famílias
Tyrannidae e Turdidae).

Em cada ambiente deve ser realizado, dois Pontos de Observação de 15 minutos cada.
Cada ponto será amostrado uma vez nos horários de maior atividade das aves (nos
períodos da manhã ou final da tarde). Assim, serão gerados os Índices Pontuais de
Abundância (IPA) por espécie para cada trecho estudado.

Além destes registros nos Pontos de Observação, devem ser listados como “Registro
Ocasional” todas as espécies de aves observadas com risco de colisão ao longo do
traçado da LT em cada trecho (a uma distância máxima de 1 km do eixo). Esses registros
também serão considerados na elaboração da lista de espécies com ocorrência em cada
trecho.

Os trechos estudados devem receber pontuação de acordo com os resultados obtidos


em campo criando-se uma categorização por prioridade, assim obter-se-á um
refinamento dos trechos que devem receber sinalização e também trechos que deverão
ser monitorados após instalação desses sinalizadores. Os critérios para essa
categorização serão os seguintes:

a - Trechos com Prioridade Alta

 locais utilizados para reprodução ou uso frequente por parte de espécies de


aves com alto risco de colisão (como espécies migratórias e de médio/grande
porte) e presença de espécies ameaçadas;
 locais com concentrações regulares e com alta abundância de aves com alto
risco de colisão (como áreas úmidas, aterros sanitários, dormitórios de aves,
etc.);
 locais onde a LT atravessará estruturas lineares relevantes (rios, canais, etc.);

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 locais em que a LT atravessará ou acompanhará picos ou cristas de montanhas


e serras altas abruptas (que apresentam caminhos obrigatórios para aves em
trânsito).

b - Trechos com Prioridade Média

 zonas adjacentes aos Trechos de Prioridade Alta que possam apresentar


algumas características similares a essas áreas (“buffer” de segurança);
 matas nativas utilizadas para reprodução ou uso por aves de grande porte
 vales estreitos com mata;
 rotas migratórias usadas pelas aves residentes.

c - Trechos com Prioridade Baixa

 locais onde a LT atravessará matas ciliares, fragmentos de mata, pequenas


lagoas e brejos, mesmo sem presença de espécies ameaçadas ou altas
concentrações de aves;
 cristas de serras e pequenas serras com trânsito de aves grandes.

O resultado destas análises será apresentado em formato de relatório no prazo de 90


dias a contar da data de emissão da LI, acompanhado de um caderno de mapas
representando a categorização dos trechos estudados e que devem receber sinalização,
bem como a indicação da metodologia e trechos que devem ser monitorados durante a
fase de operação do empreendimento.

Após essa definição deverá ser avaliada a efetividade dos sinalizadores (Subprograma de
Monitoramento de colisões de aves), para tal deverão ser escolhidos pontos de
monitoramento que contenham sinalizadores e a mesma quantidade de pontos sem
sinalizadores, como controle, para que sejam monitorados o comportamento das aves.

Subprograma de Monitoramento de colisões de aves

A efetividade do Subprograma de Monitoramento de colisões começará a ser avaliado


na fase de lançamento de cabos, nos pontos pré-definidos para o monitoramento e para
a instalação dos sinalizadores (com base na classificação sugerida acima no
Subprograma da avaliação dos trechos para a instalação de sinalizadores
anticolisão) e se estenderá por dois anos após a operação do empreendimento,
verificando a eficácia dos sinalizadores. Essa fase será acompanhado por um ornitólogo,
iniciando assim o monitoramento de colisão.

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Com o resultado do monitoramento realizado na fase de lançamento, serão definidos os


trechos considerados de alto risco de colisão (que possuem sinalizadores) e trechos sem
sinalizadores (controle), para avaliação da eficácia da instalação dos sinalizadores,
durante a fase de operação.

Nos dois primeiros anos de operação, serão realizadas campanhas semestrais nos
trechos definidos na etapa anterior (trechos com e sem sinalizadores a serem
monitorados), para avaliação da eficácia da instalação dos sinalizadores, durante a fase
de operação.

Observações Livres (ad libtum)

Este método consiste em realizar caminhadas intermitentes com início ao amanhecer,


estendendo-se até o final da tarde/começo da noite, registrando-se todas as espécies
observadas. Estas observações serão utilizadas apenas como metodologia complementar
para os dados qualitativos e será aplicada no intervalo das outras metodologias. As
observações livres possibilitam observar interações entre as aves e a LT sendo possível a
partir destas definir pontos de passagens de bandos, pontos de pouso, além do uso das
torres como pontos de descanso ou nidificação.

Análise dos dados

A partir dos dados quantitativos coletados em campo serão calculados alguns índices
matemáticos. A descrição teórica de cada um dos índices empregados é dada a seguir.

Diversidade de Shannon-Wiener: Este índice é utilizado para medir a diversidade de


espécie em cada área amostrada. Ele utiliza o número de indivíduos de cada espécie
presente nas amostras e calcula de acordo com a fórmula de Shannon-Wiener (H' = -
*pi log pi); onde pi é a proporção da espécie em relação ao número total de espécimes
encontrados nos levantamentos realizados.

Equitabilidade: A medida de Equitabilidade (J) ou Equidade compara a diversidade de


Shannon-Wiener com a distribuição das espécies observadas que maximiza a
diversidade. Este índice é obtido através das equações: J = H/Hmax’, onde H’ é o Índice
de Shannon-Wiener e Hmax’ é dado pela seguinte expressão: Hmax’ = Log s, onde s é o
número de espécies amostradas.

Dominância de Berger-Parker: Índice que demonstra o quanto uma amostra é


dominada por uma ou mais espécies. Sua fórmula é: C = (ni/N)2, onde ni = valor de

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importância de cada espécie (nº de indivíduos); N = número total de valores de


importância. De modo a simplificar os resultados dessa expressão são apresentados em
notação percentual.

Similaridade: A análise de similaridade será calculada através da presença e ausência


das espécies nas áreas amostradas, objetivando avaliar aspectos relativos à distribuição
da espécie na área de estudo. Um dendrograma indicará os agrupamentos com maior
similaridade.

Série de Hill: Na série de Hill são geradas curvas através dos índices de diversidade
anteriormente apresentados, de maneira que o perfil varia de acordo com o parâmetro
alfa (α) analisado. Para o parâmetro α= 0, o valor de diversidade é igual ao número de
espécies na amostra. Para α tendendo a 01 (um), o valor de diversidade é equivalente ao
Índice de Shannon, para 02 (dois) o valor corresponde ao Índice de Simpson e a partir de
03 (três), o valor corresponde à equidade (MELO, 2008).

i) Atividades a serem desenvolvidas

O Programa de Monitoramento de Fauna Terrestre (deverá ocorrer com periodicidade


semestral com duração de quatro dias efetivos de campo em cada área amostral). O
monitoramento deverá iniciar com uma campanha na fase pré-instalação, e se estender
durante toda a implantação e por dois anos na fase de operação. Em atendimento aos
requisitos 35 e 36 do parecer do IBAMA 02029.000051/2015-33 NLA/TO/IBAMA o
monitoramento da avifauna deverá acompanhar o cronograma de lançamento dos
cabos de modo a avaliar as colisões da avifauna com estes.

j) Cronograma executivo e de Relatórios

A fase pré-monitoramento (3ª campanha do diagnóstico) será iniciada logo após o


aceite do órgão ambiental do PBA e emissão da autorização para captura, coleta e
transporte de material biológico.

Já o programa de monitoramento de herpeto e aves somente deverá ser iniciado após a


emissão da licença de autorização de manejo e transporte de fauna emitida pelo
IBAMA. Após a emissão, deverá ser executado em período semestral uma campanha de
monitoramento na fase pré-instalação (3ª campanha do diagnóstico), durante toda a
fase de implantação e por dois anos na fase de operação do empreendimento, para
todos os grupos estudados. A continuidade após este período deverá ser avaliada pelo
órgão ambiental licenciador mediante os relatórios emitidos a cada campanha.

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O subprograma de monitoramento de colisões deve iniciar na fase de lançamento de


cabos e se estender até dois anos após a operação com os sinalizadores já instalados.

Os resultados do programa de monitoramento de aves e herpeto e do subprograma de


monitoramento de colisões de aves devem ser reportados em relatórios semestrais de
monitoramento de fauna visando uma avaliação e acompanhamento de possíveis
interferências da implantação do empreendimento. Já o resultado do subprograma da
avaliação dos trechos para a instalação de sinalizadores anticolisão deverá ser
enviado em até 90 dias. No final do monitoramento, será realizado um relatório final
contendo os resultados obtidos ao longo do monitoramento.

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Cronograma executivo

Pré
Instalação - Ano I Operação - Ano II
Atividade instalação

-1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Elaboração do Plano de Trabalho X

Contatos com Instituições recebedoras X

Mobilização de campo X X

Recebimento da licença de autorização de manejo e transporte emitida IBAMA X

Campanha fase pré - instalação (3ª campanha do diagnóstico) X

Relatório Monitoramento fase pré-instalação X

Campanha de avaliação dos trechos para instalação de sinalizadores X

Relatório da avaliação dos trechos para instalação de sinalizadores X

Campanha de monitoramento de herpeto e aves* X X X X

Relatórios referentes a campanha de monitoramento de herpeto e aves X X X X

Campanha de monitoramento concomitante à atividade de lançamento dos cabos X X X X X X

Relatório referente ao monitoramento concomitante a atividade de lançamento dos


X
cabos

Campanha de monitoramento de colisões de aves**

Relatório do monitoramento de colisões de aves X

Elaboração de relatório final X


*A primeira campanha de monitoramento deverá ocorrer após a emissão das autorizações de manejo de fauna.
**A atividade de lançamento de cabos tem uma previsão de cinco meses de execução para todo o traçado da LT, o que significa que o monitoramento de colisões
de aves acontecerá simultaneamente junto a cada trecho em que estiver sendo executada a atividade de lançamento de cabos. Ressalta-se que o monitoramento de
colisões de aves não terá um período de cinco meses corridos, somente quando a atividade de lançamento de cabos for executada.

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k) Equipe Técnica

A equipe técnica do monitoramento deverá ser composta por profissionais


multidisciplinares especialistas em cada grupo (herpetofauna e aves), além de auxiliar de
campo e um coordenador geral.

l) Responsáveis técnicos

 Elaboração: Biólogo Luciano Vieira, CRBio 32933-02 – Registro CTF n° 245184


– Responsável pela elaboração do Programa de Monitoramento de Fauna
Terrestre.

m) Instituições envolvidas

A principal instituição envolvida com este programa será o IBAMA, órgão de


licenciamento ambiental responsável por emitir as autorizações de manejo e transporte
da fauna necessário para este programa. Já os materiais coletados deverão ser
depositado em coleção zoológica de instituições reconhecidas, como o Museu Paraense
Emílio Goeldi.

n) Relações com outros programas

O Programa de Monitoramento de Fauna relaciona-se com os seguintes programas:

 Programa de Afugentamento e Resgate de Fauna Silvestre;


 Programa de Coleta de Germoplasma e Resgate de Epífitas;
 Programa de Educação Ambiental;
 Programa de Comunicação Social;
 Plano Ambiental da Construção;
 Programa de Gestão Ambiental;
 Programa Supressão da Vegetação.

o) Referências bibliográficas

ALEIXO, A. & J. M. E. VIELLIARD .1995. Composição e dinâmica da avifauna da Mata de Santa


Genebra, Campinas, São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba, 12 (3): 493-
511.
BECKER, M.; DALPONTE, C. J. Rastros de mamíferos silvestres brasileiros: um guia de
campo. Brasília: Universidade de Brasília, 1991. 181 p.
COUES, E. 1876. The destruction of birds by telegraph wire. American Naturalist 10: 734-

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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

736.
DA SILVA, J. M. C.; RYLANDS, A. B. & FONSECA, G. A. B. 2005. O destino das áreas de
endemismo da Amazônia. Megadiversidade. 1(1): 124-131.
DRÍADE. 2010. Avaliação sobre o uso de sinalizadores nos cabos para-raios nas linhas de
transmissão Serra da Mesa II – Luziânia – Samambaia, Luziânia- Paracatu IV –
Emborcação. 2º Relatório. Rio de Janeiro, Dríade Ambiental e Serra da Mesa Transmissora de
Energia S.A. 22p.
HELLAWELL, J. M. 1991. Development of a rationale for monitoring. In: Goldsmith, F. B. (Ed.).
Monitoring for Conservation and Ecology. London: Chapman e Hall, p. 276.
INFANTE, S.; NEVES, J.; MINISTRO, J. & BRANDÃO R. 2005. Estudo sobre o impacto das
linhas eléctricas de média e alta tensão na avifauna em Portugal. SPEA – Sociedade
Portuguesa para o Estudo das Aves; QUERCUS – Associação Nacional de Conservação da
Natureza, Castelo Branco (relatório não publicado). Disponível em: <www.spea.pt>.
JANSS, G. F. E. & FERRER, M. 1998. Rate of bird collision with power lines: effects of conductor-
marking and static wire-marking. Journal of Field Ornithology 69: 8-17.
KLINK, C. A.; MACHADO, R. B. (2005) A conservação do Cerrado brasileiro. Belo Horizonte.
Megadiversidade, v. 1, n. 1, jul. 2005, p. 148-155.
MARTINS, M. & M.E. OLIVEIRA. 1998. Natural history of snakes in forests of the Manaus region,
Central Amazonia, Brazil. Herpetological Natural History 6: 78-150.
Oliveira, T. G.; Cassaro, K. Guia de campo dos felinos do Brasil. Instituto Pró- Carnívoros;
Fundação Parque Zoológico de São Paulo; Sociedade de Zoológicos do Brasil; Pró - Vida
Brasil: São Paulo, 2005. 80 p.
MELO, A. S. 2008. O que ganhamos ‘confundindo’ riqueza de espécies e equabilidade em
índices de diversidade. Biota Neotropica. 83(3): 021-027.
RUBOLINI, D.; GUSTIN, M.; BOGLIANI, G. & GARAVAGLIA, R. 2005. Birds and powerlines in
Italy: an assessment. Bird Conservation International 15:131-145.
SERGIO, F.; MARCHESI, L.; PEDRINI, P.; FERRER, M. & PENTERIANI, V. 2004. Electrocution alters
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Ecology 41: 836-845.
VIELLIARD, J. M. E.; ALMEIDA, M. E.; ANJOS, L. & SILVA, W. R. 2010. Levantamento quantitativo
por pontos de escuta e o Índice Pontual de Abundância (IPA). p. 47-60 In: Von Matter, S.;
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Conservação: ciência aplicada, técnicas de pesquisa e levantamento. Rio de Janeiro:
Technical Books Editora.
ZIMMERMAN, B.L. 1994. Audio strip transects. Pages 92-97 In W.R.Heyer, M.A. Donnelly, R.W.
McDiarmid, L.C. Hayek, and M.S. Foster (Editors). Measuring and Monitoring Biological
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D.C.

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
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3.5.2 - Programa de Afugentamento e Resgate da Fauna Silvestre

a) Apresentação

Ações antrópicas nos ambientes naturais levam, inevitavelmente, a modificação na


composição da biota local, pois alteram, mesmo que de maneira pouco expressiva, as
relações inter e intraespecíficas dos seres pertencentes à comunidade atingida. Essas
alterações podem provocar mudanças na estrutura e composição das populações de
fauna, aumentar efeitos deletérios em função de competições e produzir migrações. De
qualquer forma, essas atividades implicam em uma nova dinâmica das populações
(SANTOS & SILVA Jr., 1999).

Entende-se por resgate de fauna a atividade de recolher animais que não conseguem,
por limitação da própria locomoção ou pelo estresse causado pelas atividades humanas,
se deslocar de uma determinada área onde está sendo realizada a supressão de
vegetação, alagamento, aterramento ou instalação de obras. Esta operação consiste na
captura, resgate ou afugentamento de espécimes animais, principalmente vertebrados e
destiná-los a ambientes próximos e seguros.

Este Programa de Afugentamento e Resgate da Fauna apresenta os procedimentos que


deverão ser adotados em campo durante o acompanhamento das obras para a
implantação das Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT
500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Inacianas e
subestações associadas.

A eficácia esperada para as medidas indicadas neste programa é apresentada a seguir:

Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Afugentamento da fauna

Realizar treinamento com os


Preventivo e
trabalhadores e supervisão Implantação Alta Empreendedor
mitigador
ambiental das obras

Demarcar de forma clara e


precisa os limites das áreas a
Preventivo e
serem utilizadas para evitar o Implantação Alta Empreendedor
mitigador
trânsito de trabalhadores e
máquinas em outras áreas

Realizar manutenção periódica


dos veículos automotores, Preventivo Implantação Alta Empreendedor
equipamentos e máquinas

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b) Justificativa

No que concerne à manutenção da biodiversidade, a fauna terrestre tem sido objeto de


procedimentos específicos que permitem a minimização dos impactos sofridos, de forma
a garantir a sobrevivência dos animais na área diretamente afetada pelo
empreendimento. O direcionamento dos esforços ocorre devido a menor capacidade de
deslocamento desses animais, que os torna suscetíveis a sofrer diretamente os efeitos da
fragmentação de habitats, causado principalmente pela atividade de supressão vegetal.
Por esse motivo, as operações de afugentamento, captura e resgate de fauna tornaram-
se frequentes na implantação de empreendimentos como forma de minimização desse
impacto.

A etapa primordial do Programa de Afugentamento e Resgate da fauna é o


planejamento que deve considerar as características da área afetada pelo
empreendimento e das áreas no entorno que serão potencialmente utilizadas para
soltura de indivíduos capturados. Este programa serve para mitigar a perda da
biodiversidade na área diretamente afetada pelo empreendimento.

c) Objetivos

Objetivo geral

O objetivo do presente Programa é apresentar as diretrizes metodológicas para


minimizar o risco de acidentes com a fauna vertebrada terrestre (herpetofauna, avifauna
e mastofauna) residente nas áreas diretamente afetadas pela implantação do
empreendimento.

Objetivos específicos

 Afugentar os animais com condições de locomoção para locais de ambiente


adequado;
 Capturar e realocar, em ambiente adequado, os animais que possuem
capacidades limitadas de locomoção;
 Encaminhar para cuidados médicos veterinários os indivíduos que por ventura
estejam debilitados;
 Registrar eventos de mortalidade que venham a ocorrer durante as atividades
de supressão vegetal;

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 Encaminhar, para coleções científicas, os exemplares da fauna nativa que


venham a óbito durante as atividades de resgate.

d) Indicadores

 Número de dias que a equipe acompanhou a supressão da vegetação;


 Número de animais encontrados mortos e encaminhados para instituição
conveniada;
 Controle do índice de mortandade, sendo que, quanto menor o número de
animais encontrados mortos maior é a efetividade do Programa;
 Número de espécimes resgatados que serão enviados para clínica veterinária
conveniada ao longo da área de influência direta do empreendimento;
 Número de espécimes capturados e realocados mensalmente ao longo da área
de influência direta do empreendimento;
 Número de espécimes da fauna ameaçados de extinção, endêmicos e
bioindicadores resgatados.

e) Público Alvo

São considerados como público alvo desse programa:

 Os órgãos ambientais envolvidos no licenciamento;


 A empresa empreendedora;
 A comunidade científica;
 A população moradora das áreas de influência do empreendimento;
 Os trabalhadores da obra especialmente aqueles envolvidos na supressão da
vegetação;
 A equipe de resgate de fauna.

f) Metodologia

i. Métodos de Execução do Resgate de Fauna

Para a realização do Programa de Resgate de Fauna Terrestre deverá ser adotada a


premissa básica de se evitar ao máximo qualquer contato com aqueles animais que
possuem uma alta capacidade de locomoção (tais como aves e mamíferos) uma vez que
muitos espécimes entram em estresse frente às ações de captura, manejo e transporte.
Tais ações somente serão adotadas quando for confirmada a incapacidade de
locomoção através de seus próprios meios, sendo priorizado o afugentamento da fauna.

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Este programa de resgate está direcionado para a fase de implantação do


empreendimento, em especial para as atividades de supressão da vegetação, destoca de
raízes e remoção de solo orgânico.

Se porventura for encontrado algum exemplar morto na área de influência da obra, ou


se porventura algum exemplar vier a óbito durante o seu manejo, este deverá ser
depositado em instituições que possuam coleções científicas ou didáticas.

Os animais encontrados feridos e debilitados deverão ser resgatados e encaminhados


para clínicas de animais silvestres para tratamento por médicos veterinários, com
experiência em fauna silvestre, onde serão efetuados todos os procedimentos
necessários. Deverá ser realizado, antecipadamente, convênio com clínicas veterinárias
localizadas nas proximidades do empreendimento. Recomenda-se que os animais
deverão permanecer internados pelo menor tempo possível, de modo a melhor se
restabelecerem à vida livre. Depois de completado o tratamento, os espécimes serão
soltos na área de soltura do empreendimento pela equipe técnica do resgate.

g) Descrição do Plano

i. Fase Preliminar

Nesta fase serão realizados os contatos com possíveis clínicas veterinárias localizadas ao
longo do traçado da LT e com instituições científicas (coleções zoológicas, museus,
etc...) para a destinação dos animais que porventura venham a morrer, além da
definição da equipe de campo.

ii. Resgate na Fase de Pré-Supressão da Vegetação

A equipe responsável pelo afugentamento e resgate de fauna realizará uma visita prévia
as áreas a serem afetadas pela supressão um dia antes de iniciar o resgate de fauna.

O início das atividades de resgate de fauna na área da vegetação a ser suprimida


ocorrerá uma hora antes do início da supressão, com o intuito de se retirar o maior
número possível de animais com locomoção limitada da área, minimizando os impactos
ocasionados pelas atividades que envolvem supressão vegetal e limpeza do terreno. Para
tal, deverão ser utilizadas diferentes metodologias para captura da fauna (anfíbios,
répteis, aves e mamíferos). Os indivíduos capturados que não apresentarem condições
de serem realocados deverão ser encaminhados a clínicas veterinárias conveniadas para

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que recebam o tratamento adequado. Neste local, os animais deverão ser pesados,
biometrados e marcados com anilhas ou microchips. Após sua recuperação deverão ser
encaminhados para a área de soltura.

iii. Resgate Durante a Supressão da Vegetação e Destoca de Raízes

A fase de supressão e destoca de raízes é certamente o momento mais crítico do


resgate, pois os animais tendem a se recolher em meio aos galhos espalhados no solo.
Portanto, a captura nesta etapa exige olhar experiente de profissionais devidamente
habilitados, uma vez que a grande quantidade de material vegetal depositado no solo
gera incontáveis abrigos aos diversos grupos de animais.

Como dito anteriormente, deverá ser seguida a premissa de que o resgate apenas será
feito em último caso, quando comprovada a impossibilidade do animal de se dispersar
por seus próprios meios. Assim, no caso de visualização de algum indivíduo, esforços
deverão ser feitos de modo a possibilitar o afugentamento para outro local, sendo que a
avaliação da situação permanecerá sobre responsabilidade do técnico que estiver
acompanhando as atividades. Quando necessário o manejo dos animais, este, será
realizado manualmente ou com auxílio de pinções, ganchos, puçá, cambões, laços
retrateis. É válido ressaltar que a soltura deverá ser realizada no mesmo dia em que o
animal for capturado, em horários de temperaturas mais amenas.

Quando for necessária a realização de atendimento veterinário, o animal deverá ser


encaminhado para clínicas de animais silvestres, previamente conveniadas, onde deverá
ser atendido. Após análise do veterinário, no prazo mais curto possível, deverá ser dada
destinação final ao animal (realocação, internação ou encaminhamento para instituições
científicas). Para cada animal resgatado, deverá ser preenchida a ficha de campo,
contendo o local de resgate (georreferenciado), a espécie resgatada, informações sobre
a situação, biometria e sua destinação final.

iv. Resgate da fauna atropelada

É sabido que durante a fase de instalação do empreendimento haverá um incremento


na movimentação de veículos nas estradas que dão acesso a área diretamente afetada
do empreendimento. Este aumento de fluxo poderá resultar no atropelamento de
exemplares da fauna silvestre ocasionando impactos sobre as populações locais. Em
atendimento ao requisito 29 do parecer do IBAMA 02029.000051/2015-33

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NLA/TO/IBAMA, sugere-se aqui diretrizes para a realização do resgate da fauna


atropelada na área de influência do empreendimento.

O registro desses animais será feito durante os deslocamentos diários para execução do
programa de Afugentamento e Resgate, nas estradas de acesso à obra especialmente
aquelas de maior fluxo e que terão maior movimentação devido à implantação do
empreendimento. Todos os animais, vestígios ou carcaças encontrados atropelados
deverão ser registrados fotograficamente e ter a sua posição geográfica capturada com
o uso de GPS e, quando possível, identificado.

A destinação dos animais vivos ou mortos será a mesma dada aos animais resgatados
durante a fase de supressão da vegetação.

h) Atividades a serem desenvolvidas

Acompanhamento diário nas atividades de supressão vegetal por equipe habilitada.

i) Cronograma executivo e de Relatórios

Este programa somente iniciará após a emissão da licença de autorização de manejo e


transporte de fauna emitida pelo IBAMA. As atividades de resgate de fauna ocorrerão
concomitantes às atividades que envolvem supressão vegetal, destoca de raízes, e
limpeza do terreno.

Os resultados devem ser reportados em relatórios mensais ao empreendedor, semestrais


ao órgão ambiental licenciador e um relatório final contendo os resultados obtidos
durante as etapas envolvidas no resgate de fauna.

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Instalação - Ano I
Atividade
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Elaboração do Plano de Trabalho e Contatos com Instituições recebedoras

Solicitação da licença de autorização de captura, coleta e transporte de material


biológico

Recebimento da licença de autorização de captura, coleta e transporte de material


biológico emitido pelo IBAMA

Mobilização da equipe

Afugentamento e resgate de fauna

Relatórios mensais (Interno)

Entrega de relatórios semestrais ao IBAMA

Entrega de relatório final ao IBAMA

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Plano Básico Ambiental

j) Equipe Técnica

Em cada frente de serviço, ou seja, em cada uma das frentes de supressão existentes ao
longo do traçado do empreendimento a equipe deverá ser composta por no mínimo um
biólogo especialista em fauna, que deverá ser responsável pelas tomadas de decisões
durante o resgate de fauna e por um auxiliar de campo.

Esta avaliação de demanda de equipe ficará na responsabilidade do coordenador do


programa de resgate de fauna.

k) Responsáveis técnicos

Biólogo Luciano Vieira, CRBio 32933-02 – Registro CTF n° 245184.

l) Instituições envolvidas

A principal instituição envolvida com este programa será o IBAMA, órgão de


licenciamento ambiental responsável por emitir as autorizações de manejo e transporte
da fauna necessário para estre programa. Já os materiais coletados deverão ser
depositado em coleção zoológica de instituições reconhecidas.

m) Relações com outros programas

O Programa de Resgate de Fauna relaciona-se com os seguintes programas: Programa


de Supressão de Vegetação; Programa de Monitoramento de Fauna; Programa de
Conservação da Flora; Programa de Educação Ambiental; Programa de Comunicação
Social; Plano Ambiental da Construção; Programa de Sinalização Viária e Programa de
Gestão Ambiental.

n) Referências bibliográficas

SANTOS, H. G. P. & SILVA JR, N. J. 1999. Resgate de fauna do aproveitamento


hidrelétrico (AHE) Serra da Mesa, Goiás. In: XV SNPTEE Seminário Nacional de Produção
e Transmissão de Energia Elétrica. Foz do Iguaçu, Paraná.

3.6 - Plano Ambiental da Construção

O Plano Ambiental da Construção das obras de implantação das Linhas de Transmissão


(LT) 500 kV Xingu - Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas - Miracema C1 e C2;

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LT 500 kV Parauapebas - Itacaiúnas e Subestações Associadas compreende os


programas a serem implantados durante a fase de construção do empreendimento.

A formulação deste Plano visa atender aos preceitos da Política Nacional de Meio
Ambiente, estabelecendo princípios que deverão ser seguidos pelo empreendedor e
empresas contratadas, norteando sobre a aplicação de métodos de construção
sustentáveis, que interfiram o menos possível com o meio ambiente, e promovam a
melhoria da qualidade de vida de seus trabalhadores e das comunidades envolvidas.

Para tanto, o Plano Ambiental da Construção proposto para este empreendimento é


compostos por 06 Programas, relacionados abaixo e especificados a seguir:

 Programa Ambiental da Construção;


 Programa de Sinalização Viária;
 Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos nos
Canteiros e Frentes de Obras;
 Programa de Controle da Poluição;
 Programa de Proteção ao Trabalhador e Segurança no Trabalho; e
 Programa de Saúde Ocupacional.

3.6.1 - Programa Ambiental da Construção – PAC

a) Apresentação

O Programa Ambiental da Construção - PAC apresenta as diretrizes e orientações a


serem seguidas pelo empreendedor e seus contratados, durante a fase de implantação
do empreendimento, indicando também os cuidados a serem tomados, com vistas à
preservação da qualidade ambiental das áreas que irão sofrer intervenção e à
minimização dos impactos sobre as comunidades locais e vizinhas, e sobre os
trabalhadores.

Este programa contempla as atividades descritas a seguir:

 Métodos construtivos;
 Transporte das estruturas, equipamentos, materiais e funcionários até a área de
implantação do empreendimento;
 Medidas de prevenção, contenção e controle de impactos ao ambiente;
 Medidas mitigadoras para os impactos significativos identificados para a fase
de implantação do projeto.

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Desse modo, o Programa constitui um manual cujo conteúdo apresenta as diretrizes


básicas que deverão ser atentadas pelas construtoras contratadas para realização das
atividades vinculadas ao processo construtivo. O acompanhamento da implementação
deste programa e da execução das medidas será efetuada pela Equipe de Gestão
Ambiental, por meio do Plano de Gestão Ambiental.

A eficácia esperada para as medidas indicadas neste programa é apresentada a seguir:

Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Afugentamento da fauna

Realizar treinamento com os


Preventivo e
trabalhadores e supervisão Implantação Alta Empreendedor
mitigador
ambiental das obras

Demarcar de forma clara e


precisa os limites das áreas a
Preventivo e
serem utilizadas para evitar o Implantação Alta Empreendedor
mitigador
trânsito de trabalhadores e
máquinas em outras áreas

Realizar manutenção periódica


dos veículos automotores, Preventivo Implantação Alta Empreendedor
equipamentos e máquinas

Interferência em Áreas de Interesse Conservacionista

Restringir o desmatamento ao
estritamente necessário à Implantação e
Preventivo Alta Empreendedor
construção e manutenção do Operação
empreendimento

Executar a Compensação
Ambiental conforme Programa Implantação e
Compensatório Media Empreendedor
de Compensação Ambiental em Operação
Unidade(s) de Conservação

Implantar um Programa de
Reposição Florestal Obrigatória, Implantação e
Compensatório Media Empreendedor
cuja abrangência inclua as áreas Operação
prioritárias para a conservação.

Pressão na demanda por serviços de saúde durante a construção

Sensibilizar os trabalhadores
quanto a hábitos de higiene e Preventivo Implantação Media Empreendedor
prevenção de doenças;

Implementar medidas de
manutenção e de saneamento
Preventivo Implantação Alta Empreendedor
nos canteiros e nas frentes de
obras

Aplicar o Código de Conduta


dos Trabalhadores com ações de
Preventivo Implantação Media Empreendedor
educação em saúde dirigidas a
mão de obra e a população local

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Plano Básico Ambiental

Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Elaboração do Programa de
Gerenciamento de Risco e do
Plano de Atendimento a
Emergências, pelos profissionais Alta
responsáveis pela saúde e
segurança dos trabalhadores
durante as obras

Implantação de ambulatório com


profissionais da área de saúde Alta
nos canteiros de obras

Aumento do risco de disseminação de doenças tropicais

Realizar ações de educação para


prevenção e saúde dos Preventivo Implantação. Media Empreendedor
trabalhadores envolvidos

Reduzir os riscos de exposição


dos trabalhadores aos agentes
transmissores, orientando os Preventivo Implantação Media Empreendedor
trabalhadores quanto à redução
dos impactos ao meio ambiente

Campanhas preventivas e de
Planejamento, Empreendedor e
esclarecimento sobre as doenças Preventivo e
Implantação e Media Prefeituras
e aplicação de medidas de Mitigador
Operação municipais
combate a endemias

b) Justificativa

A implantação de uma Linha de Transmissão exige a realização de diversas intervenções


no ambiente onde a mesma será instalada, tais como abertura de acessos, implantação
de canteiros de obras, abertura de áreas de torre, abertura de faixas de serviço para
lançamento de cabos, realização de escavações e concretagens, entre outras. Tais
atividades podem causar impacto significativo, uma vez que podem alterar as
características da paisagem local.

Para evitar que os impactos venham a ser potencializados de forma negativa, e para
reduzir a sua magnitude, é importante que as ações das atividades vinculadas ao
processo construtivo atendam a padrões e requisitos preestabelecidos no Programa
Ambiental de Construção, e condicionantes presentes nas licenças e/ou autorizações
emitidas pelo órgão ambiental licenciador do empreendimento, bem como as
normativas ambientais e de saúde e segurança do trabalho.

Para tanto, o Programa Ambiental da Construção estabelece metas e princípios que


deverão ser seguidos pela empresa construtora, obrigando-a ao exercício de métodos
construtivos compatíveis com a menor agressão ambiental possível e à melhoria da

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qualidade de vida de seus empregados, bem como a minimização das interferências nas
comunidades envolvidas, durante as obras. No entanto, caberá à construtora
acrescentar, em seus procedimentos executivos, estas e todas as práticas adicionais que
se tornarem necessárias para a excelência ambiental na implantação do
empreendimento.

c) Objetivos

Objetivo geral

O Programa Ambiental da Construção - PAC tem como objetivo geral estabelecer


diretrizes e procedimentos que possibilitem controlar as interferências no meio
ambiente, e, inerentes às atividades da etapa de implantação, além de atender aos
requisitos legais pertinentes e condicionantes expressas no licenciamento ambiental.

Objetivos específicos

Dentre os objetivos específicos, podem-se destacar:

 Estabelecer diretrizes para o Gerenciamento de Risco;


 Definir as diretrizes ambientais associadas aos procedimentos executivos de
obras, visando, sobretudo, à eliminação ou mitigação de impactos ambientais e
sociais;
 Estabelecer diretrizes do Código de Conduta e Educação do Trabalhador;
 Estabelecer diretrizes ambientais para as áreas que serão utilizadas durante as
obras (canteiro de obras, acessos provisórios, áreas de empréstimo e bota fora
etc.);
 Executar o Plano Ambiental de Construção considerando os requisitos do
Programa, das condicionantes de licenças e autorizações e dos programas
vinculados ao processo construtivo do empreendimento;
 Monitorar a emissão de material particulado para atmosfera e a geração de
ruído considerando as diretrizes apresentadas no Programa de Controle de
Poluição.

d) Indicadores Ambientais

 Número de ocorrências relativas à conduta dos trabalhadores;


 Número de registro de acidentes de trabalho e afastamento;

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Plano Básico Ambiental

 Quantitativo das intervenções de controle da erosão do solo e de assoreamento


dos corpos hídricos;
 Quantitativo de notificações de não conformidade, quanto a geração de
resíduos e efluentes, com registro mensal de acompanhamento;
 Quantitativo de manifestos de resíduos encaminhados para destinação final;
 Quantitativo de reclamações no serviço da Ouvidoria do Programa de
Comunicação Social.

e) Público-alvo

O público-alvo deste programa são as empresas e trabalhadores contratados para


construção do empreendimento, órgãos ambientais e o empreendedor.

f) Metodologia

O PAC trata de atividades, procedimentos e diretrizes que visam o estabelecimento de:

 Métodos padronizados de construção;


 Medidas de prevenção, contenção e controle de vazamentos (de efluentes,
óleos lubrificantes, combustível, etc);
 Medidas preventivas e/ou mitigadoras para os impactos ambientais
significativos identificados no Estudo de Impacto Ambiental;
 Medidas preventivas e/ou mitigadoras para os impactos significativos
identificados durante as obras de implantação do projeto.

O Programa Ambiental da Construção abrangerá as diretrizes e propostas necessárias


para minimizar os impactos causados pela implantação do empreendimento. Entre as
atividades do PAC, estão também relacionadas as atividades ligadas ao bom andamento
da engenharia de implantação.

A implantação do empreendimento envolverá uma sequência de atividades e


procedimentos a serem seguidos e/ou executados, contemplando:

 Canteiros de obra e áreas de armazenamento de materiais;


 Alojamentos;
 Instalações de apoio para frentes de obras;
 Disposição adequada dos resíduos sólidos e do esgotamento sanitário;
 Diretrizes básicas do código de conduta;
 Controle de processos erosivos;

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

 Preparo e nivelamento do solo superficial;


 Medidas permanentes de restauração;
 Obras de drenagens e proteções permanentes.

Durante todas as atividades de construção do empreendimento é de responsabilidade


da(s) empresa(s) construtora(s) executar as atividades que visam minimizar ou mitigar os
danos ambientais, garantidos por meio do Sistema de Gestão Ambiental e de uma
estrutura gerencial do empreendedor, procurando estabelecer formas de operação que
privilegiem a preservação das condições naturais, tanto em relação à rotina das
comunidades no entorno, quanto na preservação da qualidade ambiental da região.

Tão logo a área tenha concluído sua função no empreendimento, deve ser procedida a
sua recuperação, através de processos de reconformação de terrenos, revegetação,
obras de drenagem, estabilização de encostas, entre outras medidas físicas e biológicas.
A faixa de servidão, bem como as áreas de uso temporário (canteiros de obra, praças de
montagem das torres e de lançamento de cabos, acessos provisórios, entre outros)
deverão ser recuperadas e revegetadas, conforme descrito no Programa de Recuperação
de Áreas Degradadas.

As instalações do canteiro de obras deverão atender ao disposto neste Programa e nas


Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, tais como:

 NR-10: Instalações e Serviços em Eletricidade;


 NR-11: Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais;
 NR-12: Máquinas e Equipamentos;
 NR-18: Condições de Trabalho na Indústria da Construção;
 NR-23: Proteção Contra Incêndio;
 NR-24: Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho;
 NR-26: Sinalização de Segurança.

Os canteiros de obras deverão ser cercados, de acordo com os limites estabelecidos no


memorial descritivo, com instalação de guarita de vigilância e placa de identificação,
contemplando informações sobre o empreendimento e do licenciamento ambiental.

As medidas e mecanismos para controle dos processos erosivos e de assoreamento


estão previstas no Programa de Identificação, Monitoramento e Controle de Processos
Erosivos.

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

g) Descrição do Programa

i. Requisitos Gerais para a Construção

Alguns critérios deverão ser observados pela empresa responsável pela implantação da
linha de transmissão, entre eles:

 A força de trabalho deverá atender as Diretrizes referentes à Segurança, Meio


Ambiente e Saúde definidas nos programas ambientais e na legislação
pertinente;
 Para manutenção e limpeza da área será utilizado um sistema de sinalização de
trânsito e outro de drenagem superficial;
 Para proporcionar o devido tratamento e monitoramento dos efluentes
gerados será previsto o uso da devida infraestrutura (separadores de água e
óleo, estações de tratamento de efluentes, banheiro químico, caixas de
gordura, fossa e filtro);
 Para uma permanente higienização, os víveres deverão estar constantemente
armazenados em locais adequados;
 A água destinada ao consumo humano deverá sempre atingir ao padrão de
potabilidade, e seu armazenamento deverá ser inspecionado frequentemente;
 O canteiro deverá comportar o tráfego de máquinas e equipamentos sem ter
sua estrutura de drenagem afetada;
 Tanto o sistema de drenagem de águas pluviais como o sistema de drenagem
de esgoto deve ser independente, sem interligações;
 A lei do silêncio deverá ser respeitada;
 Os Diálogos Diários de Segurança, Meio Ambiente e Saúde devem servir para
alertar os trabalhadores contra qualquer tipo de risco que os mesmos estejam
correndo, inclusive doenças sexualmente transmissíveis;
 A supressão da vegetação deverá ser acompanhada por profissional habilitado
ao resgate de germoplasma vegetal e de qualquer animal que por ventura seja
avistado ou atingido pelo procedimento;
 Os Planos de Gerenciamento de Risco e de Ação de Emergência deverão ser
utilizados como referência para o gerenciamento de riscos de acidentes e
atendimentos emergenciais;
 Devem ser implementadas as Diretrizes Básicas do Código de Conduta dos
Trabalhadores e Diretrizes para o Programa de Segurança, Meio Ambiente e
Saúde nas Obras.

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Os serviços de montagem industrial deverão seguir as práticas recomendadas nas


normas técnicas aplicáveis e as diretrizes de segurança, meio ambiente e saúde do
empreendedor. Os testes de comissionamento das instalações deverão atender às
normas brasileiras aplicáveis.

Para a supressão de vegetação, devem ser observados os procedimentos apresentados


no Programa de Supressão da Vegetação, sendo que nenhuma atividade de supressão
poderá ser realizada sem a autorização dos órgãos competentes. Todos os resíduos
gerados durante o corte de vegetação devem seguir as recomendações do Programa de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos nos Canteiros e Frentes de
Obras.

ii. Implantação de Canteiros de Obras e demais Instalações

Está prevista a implantação de 18 canteiros de obras para construção deste


empreendimento, dos quais quatro localizam-se nas áreas das subestações: 01 (um) na
SE Xingu, no município de Anapu/PA, 01 (um) na SE Parauapebas, no município de
Curionópolis/PA, 01 (um) na SE Itacaiúnas, no município de Marabá/PA, 01 (um) na SE
Miracema, no município de Miracema do Tocantins/TO e os outros 14 distribuídos ao
longo do traçado do empreendimento, nos demais municípios conforme apresentado
no Quadro 14.

Quadro 14 – Canteiros de obra e municípios onde serão instalados


Coordenada de
Referência
Principal/
Nome canteiro Município / Estado SE/LT (UTM SIRGAS 2000, Fuso
Apoio 22)

Lat. Long.

SE Xingu Anapu/PA SE P 423354 9656487

Anapu Anapu/PA LT P 480630 9613549

Pacajá Pacajá/PA LT P 537107 9576389

Vila Gelado Novo Repartimento/PA LT P 545089 9442946

SE Itacaiunas Marabá/PA SE P 705035 9396658

Vila União Marabá/PA LT P 591710 9389515

Vila Sororó Marabá/PA LT A 709104 9376402

SE Parauapebas Curionópolis/PA SE P 645996 9323863

656287 9327294
Curionópolis Curionópolis/PA LT P
656291 9327315

Sapucaia Sapucaia/PA LT P 644266 9232757

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Coordenada de
Referência
Principal/
Nome canteiro Município / Estado SE/LT (UTM SIRGAS 2000, Fuso
Apoio 22)

Lat. Long.

Paraíso do Araguaia Xinguara/PA LT A 685692 9219741

Bela Vista Floresta do Araguaia/PA LT A 677228 9172444

Pau D´Arco Pau D’Arco/TO LT P 680829 9166600

Bernardo Sayão Bernardo Sayão/TO LT P 731921 9126951

Itaporã do Tocantins Itaporã do Tocantins/TO LT A 755423 9052059

Guaraí Guaraí/TO LT P 773744 773744

Rio dos Bois Rios dos Bois/TO LT A 770031 8965318

Miracema do
SE Miracema SE P 771858 8944300
Tocantins/TO
Fonte: ATE XXI, 2015.

A seguir estão descritas as diretrizes e os critérios a serem considerados pela empreiteira


contratada para as locações dos Canteiros de Obras:

 Priorizar locais que disponibilizam de mão de obra local não especializada,


procurando-se assim evitar a mobilização de pessoas estranhas à região e, ao
mesmo tempo, diminuir a estrutura de apoio às obras (alojamentos, despejos
sanitários, resíduos, entre outros). Cabe esclarecer que, em função dos
procedimentos de segurança, meio ambiente e saúde, a rotatividade de mão
de obra deverá ser minimizada;
 Em locais afastados dos canteiros de obras, dever-se-á considerar o alojamento
da mão de obra em casas alugadas, repúblicas, hotéis e pensões existentes nas
redondezas. O objetivo é causar o mínimo de impacto como o transporte diário
da mão de obra até as frentes de trabalho, e para fora, em suas horas de lazer;
 O local para a implantação dos canteiros deverá ser autorizado pelo órgão
competente;
 O local deverá ser cercado, de acordo com os limites estabelecidos no
memorial descritivo, com instalação de guarita de vigilância e placa de
identificação, contemplando informações sobre o empreendimento e do
licenciamento ambiental;
 O local deverá apresentar o tipo de solo e acessos compatíveis com o porte dos
veículos/equipamentos e com a intensidade do tráfego. Deverá ser dotado de
um sistema de sinalização de trânsito para vias de acesso e de um sistema de
drenagem superficial, com um plano de manutenção e limpeza periódica;

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

 A localização não deverá interferir expressivamente com o sistema viário e de


saneamento básico, sendo necessário contatar as Prefeituras dessas
localidades, órgãos de trânsito, segurança pública, sistema hospitalar,
concessionária de água, esgoto, energia elétrica, telefone, etc., para qualquer
intervenção em suas áreas e redes de atuação.

A Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego especifica a obrigação da


elaboração e implantação do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho -
PCMAT em estabelecimentos (incluindo frente de obra) com 20 trabalhadores
(empregados e terceirizados) ou mais. Dentre os elementos que devem constar no
PCMAT, está a exigência de que os canteiros de obra devem dispor, entre outros, de
instalações sanitárias, vestiário, local de refeições, lavanderia, alojamento, área de lazer e
ambulatório. O empreendedor e seus contratados são os responsáveis pela
implementação do PCMAT.

Os canteiros de obras para o estabelecimento das Linhas de Transmissão (LT) 500 kV


Xingu - Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas - Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas - Itacaiúnas e Subestações Associadas, terão as seguintes instalações:
Instalações sanitárias, Refeitório, Alojamento, Área de vivência, Ambulatório, Área
administrativa (composta de salas de escritório de setores como: área técnica,
administração, fiscalização, SESMT e Meio Ambiente), Central dosadora de concreto,
Área para equipamentos e materiais, Área de corte de estais e fios contrapeso, Oficina
mecânica, Posto para Abastecimento de Veículos e Guarita. É prevista a alocação de
uma ambulância nos canteiros de obras centrais, que para este empreendimento serão
09 (um para cada município: Anapu/PA; Pacajá/PA; Novo Repartimento/PA; Marabá/PA
(Vila União); Curionópolis/PA; Sapucaia/PA; Pau D’Arco/TO; Bernardo Sayão/TO; e
Guaraí/TO) que prestarão apoio a todas as frentes de obra, com os primeiros socorros e
remoções.

O Projeto Executivo dos 18 canteiros de obras para construção do empreendimento,


contendo as descrições físicas das áreas, diretrizes gerais e infraestrutura está
apresentado no Anexo do projeto Executivo do empreendimento.

A contratada deverá realizar e manter no Canteiro de Obras, durante toda a duração do


Contrato, por sua conta e responsabilidade, todas as instalações que se tornarem
necessárias para a completa execução dos serviços, devendo, para isso, dotar o canteiro
de vigilância e segurança necessárias à manutenção da integridade física de seus bens e

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os do empreendedor. Deverá manter, também, veículos adequados para permitir a


locomoção de pessoal, e transporte de materiais e equipamentos.

Ao final das atividades, as empresas contratadas para a implantação do


empreendimento deverão retirar da área onde foi instalado o canteiro e áreas de apoio
todo o efetivo, além dos equipamentos e materiais de propriedade exclusiva da
Contratada, entregando a área das instalações devidamente limpa ao empreendedor,
conforme prevê a Instrução para Desmobilização de Canteiro, apresentada como Anexo
do Projeto Executivo.

iii. Gestão de Resíduos e Efluentes

A gestão de resíduos e efluentes, através do manuseio, tratamento e disposição


adequados durante a construção do empreendimento é apresentada no Programa de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos nos Canteiros e Frentes de
Obras (Item 3.6.3 deste relatório).

iv. Código de conduta

Para a realização dos serviços de implantação do empreendimento, a força de trabalho


irá interagir com o meio ambiente e a população local, com o consequente impacto
inerente à presença dos mesmos durante a implantação do empreendimento. Para que
o impacto seja mitigado todos estes profissionais deverão seguir códigos de conduta
com o intuito de preservar o meio ambiente onde estarão inseridos, preservar a saúde e
proporcionar a segurança nas atividades desenvolvidas, seguindo diretrizes de conduta
durante os serviços e fora dele, quando em convívio com a população local próxima ao
empreendimento.

As normas de conduta, a serem cumpridas pelos trabalhadores nas frentes de trabalho,


canteiros e estradas de acesso, deverão conter, no mínimo, as seguintes diretrizes:

 É expressamente proibido, sob qualquer hipótese, caçar, pescar, comercializar,


guardar ou maltratar qualquer tipo de animal silvestre (Art. 29 da Lei 9.605/98
– Lei de Crimes Ambientais e Art. 24 do Decreto 6.514/08);
 Não serão permitidas extrações, comercializações e/ou manutenções de
quaisquer espécies vegetais nativas (Parágrafo Único do Art. 46 da Lei 9.605/98
e Inciso 1º do Art. 47 do Decreto 6.514/08);
 Durante a realização das atividades da obra, caso algum animal silvestre seja
ferido, o Inspetor Ambiental deverá ser prontamente notificado;

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 Em nenhum local da obra será permitido o porte de armas brancas e de fogo;


 Diariamente deverá ser recolhido todo equipamento de trabalho que
eventualmente possa ser usado como arma (facão, machado, motosserra, etc.);
 É proibido comercializar, manter ou consumir bebidas alcoólicas nos locais de
trabalho e alojamentos;
 Deverão ser observadas as diretrizes de geração de resíduos, de utilização de
sanitários e, principalmente, de não lançamento de resíduos ao meio ambiente,
tais como recipientes e restos de refeições ou materiais descartados na
manutenção de veículos;
 Os trabalhadores deverão comportar-se corretamente em relação à população
vizinha às obras, evitando brigas, desentendimentos e alterações significativas
no cotidiano da população locais;
 É expressamente proibido o uso de drogas ilegais em qualquer lugar da obra;
 É proibido o tráfego de veículos em velocidades que comprometam a
segurança das pessoas, equipamentos e animais;
 O abastecimento e a lubrificação de veículos e de todos os equipamentos serão
realizados em áreas especificadas, localizadas, no mínimo, a 40 m dos corpos
d’água ou fora dos limites das Áreas de Preservação Permanente;
 Tomar cuidados com relação aos recursos naturais, sítios arqueológicos, dentre
outros. Caso ocorra algum achado, comunicar imediatamente ao Inspetor
Ambiental.

As normas do Código de Conduta serão divulgadas em meios de comunicação interna


como DDS, palestras de integração, treinamentos e ações de educação ambiental.

v. Frentes de Obra

Requisitos gerais:

 Deverá ser evitada a implantação próxima a áreas de preservação permanente


e reservas florestais;
 Os efluentes gerados nos canteiros móveis ou frentes de obra deverão ser
recolhidos pela empreiteira e encaminhados para destinação adequada
conforme o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes
Líquidos nos Canteiros e Frentes de Obras. Qualquer frente de obra com
efetivo acima de 10 (dez) pessoas deverá dispor deste recurso como banheiro
químico;

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
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 Todas as frentes de trabalho deverão contar com um kit de emergências


ambientais, para conter possíveis vazamentos de combustível, óleo, etc
composto de: pá ou enxada, serragem, bacias de contenção, estopas, sacos
para descarte, luvas, etc.
 As frentes de trabalho deverão contar com um kit de primeiros socorros sob a
guarda de um responsável.

A sinalização de cada frente de obra deverá ser cuidadosamente planejada para cada
etapa dos serviços, incluindo delimitação das frentes de obra, delimitação de áreas de
restrição, indicação de eixos de circulação de veículos e equipamentos e sinalização de
tráfego, sinalização de identificação de instalações, sinalização de advertência de riscos
(explosivos, produto inflamável, se existentes) e outros aspectos pertinentes.

Cuidados especiais devem ser adotados em trecho onde houver algum tipo de interação
com usos urbanos, estruturas físicas ou servidões existentes, em especial aquelas que
permitem a passagem de pessoas, como rodovias e acessos locais.

vi. Recebimento e Armazenamento de Materiais

Logo após o recebimento, os materiais devem ser inspecionados antes de sua aplicação
na montagem. Todos os materiais devem estar em conformidade com os documentos
de compra e as especificações do projeto.

Todos os materiais metálicos, quando não identificados e não certificados, devem ser
submetidos aos ensaios de reconhecimento de aços e ligas metálicas conforme norma
regulamentadora, confrontando o seu resultado com a especificação do projeto.

vii. Movimentação e Estocagem de Materiais

As operações de transporte de materiais serão realizadas de forma planejada,


observando a capacidade de armazenamento do pátio de estocagem, a mão de obra
necessária ao descarregamento e seguindo a disposição das autoridades responsáveis
pelo trânsito na região atravessada. As ruas, rodovias ou estradas particulares não serão
obstruídas durante o transporte, devendo este ser feito de forma a não constituir perigo
para o trânsito normal de veículos. A empreiteira deverá orientar os caminhoneiros
acerca dos procedimentos de segurança, utilização de EPI, relacionamento com as
comunidades, estacionamento das cargas a região, entre outros, sendo observado o
Plano de Gerenciamento de Riscos.

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Nos locais de armazenamento e distribuição de materiais, será mantido efetivo suficiente


de pessoal e equipamentos adequados para manuseio dos materiais, manutenção e
limpeza da área. Os veículos utilizados para o transporte de materiais nas áreas de
depósitos, acessos e na própria faixa de servidão deverão se locomover cuidadosamente
visando evitar acidentes.

viii. Abertura de Estradas de Acesso

Antes do início da obra, deverá ser realizado um relatório fotográfico das condições
anteriores das vias de acesso, edificações ao longo da faixa, nos casos de existirem
edificações que possam ser diretamente impactadas pelas atividades da obra. Também
deverá ser elaborado, por profissional habilitado, um relatório de vistoria predial e de
seu entorno (para cada imóvel), com a finalidade de evitar futuras reclamações de danos
causados pela execução da obra.

Os acessos aos locais de instalação das estruturas deverão ser realizados a partir de
estradas e caminhos vicinais existentes, procurando-se a menor extensão possível em
função da topografia local. Inexistindo tais estruturas, deverá ser dada prioridade ao
acesso na faixa de serviço (07 metros em APP e 08 metros para o restante da LT, no
Bioma Amazônico, e 04 metros em APP e 05 metros para o restante da LT no Bioma
Cerrado), e em ultimo caso serão abertas novas vias de acesso de aproximadamente 05
m de largura permitindo o fluxo de equipamentos, pessoal e maquinário necessário à
implantação das torres.

A utilização de acessos particulares só poderá ser considerada depois de concedida


autorização de passagem do proprietário.

Caso seja necessária, a abertura de novas estradas de acesso fica condicionada a não
existência de acessos antigos e a aprovação do empreendedor e dos órgãos públicos/
ambientais pertinentes. Devem ser observados no projeto e na implantação desses
novos acessos os seguintes aspectos:

 O planejamento de novos acessos deve ser realizado de maneira a evitar a


interferência em fragmentos de vegetação nativa, quando possível;
 Na definição do acesso, observar a topografia da região, buscando
acompanhar as curvas de nível, transpondo-as de forma suave, minimizando
assim o desencadeamento de focos erosivos;

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 Evitar, dentro do possível, a ocorrência de cortes e aterros. Caso ocorram, os


mesmos devem ser dotados de proteção, como canaletas de crista e pé, e
revegetação;
 Na transposição de redes de drenagem ou passagem sobre pequenos cursos
d’água: cuidados devem ser tomados buscando não provocar carreamento de
material sólido; serão construídas passagens molhadas, bueiros com o
devido/correto encabeçamento, pontes, estivas, pontes brancas e/ou
pontilhões, de acordo com o dimensionamento adequado para comportar a
vazão do fluxo hídrico, a sazonalidade e capacidade para suportar o tráfego
dos equipamentos/veículos em serviço. Não será permitida a interrupção,
redução do fluxo de água, ou o desvio da drenagem.
 As saídas d’água devem ser encaminhadas para o talvegue mais próximo,
evitando deixá-las a “meia-vertente”, o que favorece o surgimento de
processos erosivos.
 Na abertura de novos acessos permanentes ou provisórios em ambientes
florestados e na transposição de corpos d’água, deverá ser considerada a
possibilidade do aumento da caça e da pesca predatórias por parte dos
trabalhadores envolvidos na obra. Os colaboradores serão orientados quanto à
proibição destas atividades e sobre a importância da conservação da fauna
local. Deverão ser colocadas placas de advertência envolvendo esta questão em
locais estratégicos, alertando sobre a proibição das atividades de caça e pesca.
 Na transposição de cercas/divisas de propriedades: serão instaladas porteiras
provisórias ou definitivas, de forma a possibilitar o tráfego pela via.

De uma forma geral, tanto na utilização de acessos existentes ou novos, alguns fatores
devem ser observados:

 Durante as obras, a empreiteira deverá manter as estradas de acesso em


condições de trafegabilidade compatíveis com o tráfego previsto (fluxo e porte
dos equipamentos);
 Após a conclusão das obras as estradas de acessos deverão ser restauradas nas
condições anteriores a construção, exceto se o proprietário da terra especifique
diferente e haja aprovação dos órgãos competentes e empreendedor;
 As estradas de acesso deverão possuir sinalização (placas de controle de
velocidade, passagem de animais silvestres, cruzamentos), a qual deverá ser
intensificada no caso de utilização de acesso existente, buscando reduzir a
possibilidade de acidentes;

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 Nos acessos existentes devem ser minimizados, sempre que possível, os


impactos ao tráfego local, com distribuição do transporte ao longo do dia para
que não ocorra concentração num único período, transporte de determinadas
cargas e equipamentos em período de menor fluxo de veículos, entre outros;
 O setor de Segurança da construtora deverá mapear locais como escolas,
hospitais e centros urbanos a fim de desviar o tráfego da obra ou estipular
horários especiais de trafegabilidade.
 Deverá ser fornecida manutenção adequada aos equipamentos e veículos, de
forma a minimizar a poluição sonora e emissão de gases e fluídos (óleos,
graxas);
 Serão adotadas normas que garantam a não agressão ao meio-ambiente, pelo
tráfego das máquinas, buscando evitar a destruição desnecessária de
vegetação às margens dos acessos e proibir a descarga de quaisquer materiais
no campo, como combustíveis, peças, concreto, entre outros.

ix. Tráfego de Veículos

Durante a fase de implantação, será verificado um aumento na movimentação de


veículos. Entretanto, este aumento se dará de maneira gradual com o progresso das
atividades de linhas e subestações ao longo do período de construção do
empreendimento.

A sinalização no entorno da área do empreendimento deverá ser replanejada e os


veículos que possuem altos índices de emissão de ruídos devem ser manejados para
horários alternativos quando forem transitar nas proximidades das comunidades do
entorno do empreendimento (Programa de Sinalização Viária). O empreendedor deverá
verificar a documentação dos terceiros a respeito do atendimento às normas legais de
emissão de ruídos e emissões veiculares, em consonância com o Programa de Controle
da Poluição.

É necessário esclarecer à população quanto aos locais e áreas que serão afetadas pelos
canteiros de obras, bem como as mudanças temporárias que ocorrerão nas
comunidades relacionadas a trânsito, interrupção de vias terrestres (interface com o
Programa de Comunicação Social).

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x. Levantamento Topográfico

Após a elaboração do projeto executivo de engenharia deverá ser iniciada a locação da


obra. Nesta etapa, com o objetivo de minimizar os impactos ao meio ambiente, os
procedimentos adotados devem atender aos requisitos apresentados a seguir:

 A entrada das equipes de topografia em qualquer propriedade somente poderá


ocorrer com a devida autorização de passagem;
 Deverá ser elaborado relatório detalhado (com fotos e ilustrações) das áreas
que sofrerão intervenção. Esse relatório servirá para comprovar impactos
causados por terceiros nessas áreas, bem como para futura recomposição
fitofisionômica e topográfica das áreas que terão de ser recuperadas;
 Atividades de alargamento de faixa de serviço com supressão de vegetação não
poderão ser realizadas sem a autorização do órgão ambiental competente;
 Deverá ser realizado treinamento com as equipes de limpeza da área, buscando
conscientizá-los da importância de minimizarem ou eliminarem os impactos
ambientais dos serviços;
 Havendo a necessidade de utilização de motosserra nos serviços, as mesmas
deverão ter as licenças específicas, que ficarão junto aos equipamentos ou em
posse do operador;
 Deverão ser cumpridas as recomendações constantes nas normas de segurança
do trabalho;
 Encontrando-se restos cerâmicos ou artefatos de pedras lascadas ou qualquer
vestígio relacionado a civilizações antigas, ao longo de travessias de corpos
d’água ou nas proximidades onde serão instaladas as torres e as praças de
lançamento de cabos, ou quando da abertura de novos acessos, o fato deverá
ser comunicado imediatamente à equipe de gestão ambiental, para que
tomem as devidas providências, em atendimento ao Programa de Prospecção,
Resgate e Guarda do Patrimônio Histórico e Arqueológico.

xi. Faixa de Servidão

Observar o Programa de Instituição da Faixa de Servidão.

xii. Escavação em solo para fundação das torres

A abertura de cavas/valas para as bases e fundações das torres atenderá às autorizações


emitidas pelo órgão responsável ou proprietário, tais como: sinalização, tapumes,
remanejamento, passagens provisórias, escoramentos, proteções de estruturas e

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edificações adjacentes. O material proveniente das escavações deve ser disposto de


modo a não causar obstruções a terceiros ou impactos negativos aos recursos naturais
(vegetação nativa, córregos, rios, dentre outros).

A escavação deverá ser iniciada com a remoção do solo superficial (topsoil), o qual
deverá ser armazenado separadamente, para ser utilizado posteriormente na
recomposição de áreas.

Os critérios para esse tipo de escavação são:

 O solo superficial orgânico e o subsolo deverão ser segregados durante o


processo de escavação e, posteriormente, armazenados separadamente;
 O solo superficial não poderá ser utilizado, em nenhuma circunstância, em
aterros;
 Se possível, deverá ser evitada a decapagem do solo superficial em áreas de
cultivo e áreas úmidas;
 Durante as escavações deverão ser adotados sistemas de controle de erosão e
produção de sedimentos que possam provocar assoreamento em drenagens e
corpos d’água.

Na escavação das fundações, será evitado alargamento das praças de montagem, não
devendo ser realizadas durante chuvas intensas. As cavas já abertas serão protegidas
com material impermeável, além de executada drenagem eficiente ao seu redor.

Cuidados especiais devem ser tomados na execução das fundações de torres junto a
cursos d’água, visando não provocar qualquer alteração ou interrupção no sistema de
drenagem natural; com o objetivo de evitar o transporte de sedimentos para o corpo
d'água, devem ser implantadas as contenções que se façam necessárias. As escavações
em áreas alagadas/alagáveis devem ser realizadas prioritariamente na época de seca.

No caso de escavação em rocha, os fragmentos poderão ser usados durante a


construção da LT, em estruturas da contenção e passagens de vias em drenagens. O
material rochoso que não puder ser reaproveitado poderá ser removido e depositado em
local previamente aprovado ou, então, espalhado em áreas de bota-fora ou na área de
influência da torre, com anuência do proprietário.

Todas as obras de fundações, quando de seu término, terão o terreno à sua volta
recuperado, em acordo com o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas. Caso
haja necessidade de escavação em taludes, os mesmos deverão ser obrigatoriamente,

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recompostos à inclinação adequada, com posterior plantio de gramíneas e/ou


leguminosas adaptadas à região, e/ou com o uso de espécies nativas, de acordo com as
indicações do PRAD.

Devem ser observados, além do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas,


também o Programa de Prospecção, Resgate e Guarda do Patrimônio Histórico e
Arqueológico e o Programa de Afugentamento e Resgate da Fauna Silvestre.

xiii. Fundação das Torres

Para este empreendimento, foram projetadas fundações normais e especiais


(estaqueada). As fundações das estruturas serão feitas com utilização de concreto
acabado, originário de concreteiras em caminhões betoneira e eventualmente para solos
especiais, com utilização adicional de estacas. O ancoramento poderá ser realizado em
solo ou em rocha, dependendo da área de locação das estruturas. Os vergalhões de aço
para as armaduras e a madeira para as formas serão armazenados na área dos canteiros
de obras.

xiv. Implantação das Praças de Montagem das Torres e de


Lançamento de Cabos

As estruturas metálicas treliçadas serão montadas por partes, erguidas na medida do


levantamento das bases e presas no concreto dos blocos de fundação por peças fixas
embutidas, e previamente instaladas para este fim. As cadeias de isoladores e ferragens
respectivas serão montadas no nível do solo e içadas após a instalação das estruturas.

As ferragens de suporte dos acessórios e peças isoladas serão montadas por pessoal
especializado, com as estruturas no local.

Os cabos condutores e para-raios serão lançados e tensionados, completando-se a


atividade com o emprego de estruturas de proteção com altura adequada, a fim de
garantir a distância mínima exigida dos obstáculos. Será executada sinalização visual de
segurança para prevenir acidentes com veículos, pedestres em trânsito e animais.

A proteção contra descargas atmosféricas durante a etapa de construção será feita pela
instalação em avanço do aterramento por estrutura, trechos do cabo para-raios e dos
dispositivos de proteção em cada estrutura. As partes metálicas em montagem serão
necessariamente aterradas durante manuseio.

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O lançamento e tensionamento dos cabos obedecerão às normas técnicas brasileiras.


Antes do início das atividades de lançamento de cabos, serão confeccionados os Planos
de Lançamento de Cabos. Na elaboração desse documento serão verificadas e
estudadas alternativas para o lançamento, com a preocupação de evitar, ao máximo,
danos nos: cursos d’água; locais de interferência ambiental em que as estruturas
extremas dos “tramos” sejam submetidas a esforços excessivos por ocasião do
lançamento dos condutores; e emendas em vãos de cruzamentos com rodovias ou
linhas de transmissão.

Alguns procedimentos e recomendações ambientais e de segurança a serem adotados


são apresentados a seguir.

 Dever-se-á priorizar procedimentos que reduzam a abertura de áreas


destinadas às atividades de construção das linhas de transmissão, diminuindo,
principalmente, o uso de equipamentos de grande porte, de forma a preservar
as áreas atingidas;
 Os serviços de montagem serão executados dentro da área estipulada para a
praça de montagem, mantendo-se o processo de recolhimento de resíduos
sólidos e oleosos;
 Só poderão permanecer dentro da praça de montagem os funcionários
necessários à execução dos serviços;
 Em áreas alagadas, a montagem de torre pode ser viabilizada através de estivas
de madeira sobre o solo encharcado, o que viabiliza o tráfego dos veículos
pesados;
 Na execução desses serviços nas proximidades de áreas urbanas/habitacionais,
serão providenciadas as proteções adequadas para evitar acidentes, tais como
tapumes, cercas isolantes, sinalizações, entre outros.
 Nos pontos de maior sensibilidade, o projeto das torres da LT deverá considerar
o alteamento das torres, buscando reduzir as interferências em fragmentos de
vegetação preservada.

xv. Instalação de Contrapeso

A instalação do aterramento das torres será feita antes do lançamento dos cabos para-
raios. As torres da LT serão aterradas de maneira a tornar a resistência de aterramento
compatível com o desempenho desejado e com a segurança de terceiros. O aterramento
será restrito à faixa de servidão da Linha e não deverá interferir com outras instalações
existentes e com atividades desenvolvidas dentro desta faixa.

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A abertura adequada das valetas para instalação do cabo contrapeso garantirá


condições adequadas de drenagem e proteção contra erosão, recompondo o terreno ao
seu término. Daí a importância de se efetuar uma compactação adequada do solo, em
camadas de 20 em 20 cm isento de material orgânico como raízes, gramíneas, entre
outros, reservando o top soil para a cobertura da área a ser recomposta.

xvi. Sinalização para as Linhas de Transmissão

A faixa de servidão contará com sinalização e indicação de perigo, de modo a alertar e


prevenir acidentes. As passagens sobre vias de transporte serão projetadas e construídas
com critérios de segurança adicionais, de forma a não representar nenhum risco. As
passagens das linhas de transmissão sobre vales e estradas terão sinalização padronizada
fixada sobre o cabo para-raios.

xvii. Controle Ambiental dos Procedimentos Construtivos em Á reas


Alagadas ou Alagáveis/Inundáveis

As principais estruturas de apoio e acesso às frentes de obra nos trechos de terrenos


alagadiços podem ser as estivas (construídas com a lateral das bobinas dos cabos -
Figura 13), aterros, ou pontes brancas, constituídas de painéis com suportes metálicos
ou de madeira. Em geral, permitem um alcance ou percurso de até 5.000 m. Tais
estruturas permitirão a circulação de pessoal, máquinas e equipamentos de montagem.

Figura 13 - Uso das estivas de Bobinas, como técnica de cobrimento de áreas alagáveis.
Fonte: EIA Norte Brasil, 2010.

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Para a implantação dos métodos construtivos será verificado se o solo possui uma boa
ou baixa sustentação, desta forma definindo qual a melhor técnica a ser aplicada, ou até
a utilização concomitante para dar a estabilização da intervenção e demais
características necessárias para se manter a integridade do meio e a segurança da obra.
Assim, tenta-se de uma forma geral descrever alguns aspectos de construção de cada
um dos métodos aqui citados.

 A estiva será construída através da disposição, ao longo de todo o percurso,


com toras de madeira roliça de eucalipto ou de madeira nativa suprimida da
faixa de serviço, ou estivas de bobinas;
 As toras serão dispostas nos sentidos longitudinal e transversal à faixa de
domínio;
 A construção da estiva, quando necessária, será manual;
 As toras transversais serão travadas por estacas de madeira roliça, cravadas no
solo;
 Para cada tora transversal, haverá uma estaca de travamento;
 A estiva terá largura suficiente para movimentação dos equipamentos;
 Após o lançamento de cabos, a estiva deve ser totalmente removida;
 A recomposição do terreno será realizada na mesma operação de remoção da
estiva;
 O terreno será recomposto de forma igual ou semelhante aos seus contornos
originais. Do mesmo modo, o regime de fluxo das águas terá que ser
restaurado nas mesmas condições anteriores à obra.

Em terrenos sujeitos a inundação ao longo do traçado, as torres devem ser implantadas,


preferencialmente, no período de estiagem, quando o acesso às áreas é facilitado.

Ressalta-se que as pontes brancas e estivas, por se tratar de estruturas vazadas,


permitem a livre circulação de água e dispensam a construção de aterros para caminhos
de serviços, bem como reduz a carga sobre o solo alagado/encharcado.

Como última alternativa, em caso de necessidade de aterramento do acesso, este deverá


prever a instalação de dispositivos que não interrompam o fluxo natural da água.

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xviii. Desativação de frentes de serviço e Recuperação de Áreas


Degradadas

Ao final da etapa de construção, serão executadas atividades necessárias à


desmobilização da obra e recuperação de todas as áreas degradadas. Esses serviços,
apesar de fundamentais, não impedem a energização da Linha de Transmissão. Dessa
forma, as atividades de desmobilização e recuperação poderão ocorrer
concomitantemente ao início da fase de operação.

A desmobilização de todas as frentes de obra ocorrerá somente quando forem


encerradas todas as atividades previstas no projeto construtivo e adotadas todas as
medidas de desmobilização e recuperação ambiental das áreas diretamente afetadas,
incluindo a faixa de servidão, os acessos exclusivos e não exclusivos da obra, e as áreas
de apoio.

Na desmobilização de cada frente de serviço, será realizada a limpeza geral da área,


observada a recuperação de feições de erosão, conforme medidas previstas no
Programa de Identificação, Monitoramento e Controle de processos Erosivos; Proteção
superficial mediante forração vegetal e/ou outras medidas específicas definidas apenas
após análise geotécnica da área; Remoção de assoreamentos, com uso de métodos
manuais ou mecânicos; e demais ações descritas nas diretrizes do PRAD.

As instalações provisórias serão completamente desmobilizadas. Todas as instalações


auxiliares, exceto as administrativas, serão removidas antes da aprovação definitiva da
obra pelo empreendedor. As instalações, como alojamentos, depósitos de materiais ou
produtos químicos e unidades produtoras de concreto serão desmontadas ou
demolidas. Os terrenos serão limpos e os resíduos resultantes, encaminhados para locais
adequados e autorizados.

Os acessos implantados para a execução das obras, e que não serão utilizados
posteriormente para a manutenção do empreendimento, terão suas condições originais
restituídas, inclusive com implantação de cobertura vegetal compatível (forração,
revegetação arbórea, pasto, entre outros). As vias utilizadas pela obra apresentarão,
após o término das atividades construtivas, condições de uso compatível com a sua
situação antes do início das obras.

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h) Atividades a serem desenvolvidas

A construtora é a responsável pela execução do PAC, devendo os Inspetores Ambientais


executar a fiscalização e supervisão da implementação, dentro do escopo do Plano de
Gestão Ambiental.

Os Inspetores Ambientais deverão efetuar palestras para as diversas equipes da


Empreiteira durante a fase de mobilização a fim de apresentar os aspectos gerais do
PAC e aqueles aspectos que são mais específicos de cada uma das equipes.

As palestras deverão ser apoiadas por material audiovisual, tais como vídeos e
apresentações, bem como de panfletos a serem produzidos pela equipe do Programa de
Comunicação Social, com apoio da equipe de Educação Ambiental.

i) Cronograma Executivo e de Relatórios

O PAC deverá ser executado durante toda a fase de implantação e o cronograma


seguirá o mesmo da obra do empreendimento, com doze (12) meses de duração.

Deverão ser elaborados relatórios semestrais para envio ao órgão ambiental das
atividades do Programa Ambiental da Construção de forma integrada ao Plano de
Gestão Ambiental.

j) Equipe Técnica

O Inspetor Ambiental será o responsável pela Supervisão Ambiental das Obras e


implantação do Programa, devendo acompanhar diretamente as frentes de obra e
monitorar as medidas mitigadoras para os impactos ambientais e socioeconômicos,
conforme apresentado no quadro a seguir.

Quadro 15 – Relação de profissionais sugeridos.


Profissional Quantidade Função

01 Inspetor - Supervisão Ambiental das Obras;


Ambiental para - Acompanhamento direto das frentes de obra;
Inspetor ambiental
cada frente de - Monitoramento das medidas mitigadoras para os impactos
obra ambientais e socioeconômicos.

k) Responsáveis Técnicos

Eng. Ambiental Anderson Spolavori Pereira, CREA-RS 184.330 - Registro CTF 5.678.124.

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Biól. Silvia Alessandra Reis, Me. Botânica, Esp. Planejamento e Gerenciamento


Ambiental, CRBio 17.754-03 - Registro CTF 329.722.

l) Instituições Envolvidas

Este Programa não envolverá outras instituições: será integralmente desenvolvido pelo
empreendedor em conjunto com as empresas contratadas para a implantação do
empreendimento.

m) Relação com outros Programas

Este programa relaciona-se com o Plano de Gestão Ambiental; Programa de Sinalização


Viária; Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos nos
Canteiros e Frentes de Obras; Programa de Controle da Poluição; Programa de Proteção
ao Trabalhador e Segurança no Trabalho; Programa de Saúde Ocupacional; Programa de
Supressão de Vegetação; Programa de Educação Ambiental; Programa de Comunicação
Social; Programa de Seleção, Treinamento e Contratação de Mão de Obra; Programa de
Recuperação de Áreas Degradadas; Programa de Identificação, Monitoramento e
Controle de Processos Erosivos; Programa de Minimização dos Efeitos da
Desmobilização; Programa de Preservação de Sítios Paleontológicos; e Programa de
Prospecção, Resgate e Guarda do patrimônio Histórico e Arqueológico.

n) Referências Bibliográficas

Foram consultadas a legislação aplicável e o diagnóstico/prognóstico ambiental do


empreendimento.

3.6.2 - Programa de Sinalização Viária

a) Apresentação

Este Programa relaciona um conjunto de medidas que buscam mitigar impactos direta e
indiretamente associados ao aumento da circulação de pessoas, veículos e máquinas
durante a implantação das Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu - Parauapebas C1 e
C2; LT 500 kV Parauapebas - Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas - Itacaiúnas e
Subestações Associadas, sendo desenvolvido de forma a prever ações de sinalização
para segurança dos moradores, trabalhadores e usuários das vias.

A eficácia esperada para as medidas indicadas neste programa é apresentada a seguir:

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Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Geração de Emprego e Renda

Informar a população sobre a


real necessidade de mão de obra Potencializadora Implantação Media Empreendedor
e especificidades da mesma

Informar o período estimado de


Potencializadora Implantação Media Empreendedor
contratação

b) Justificativa

As obras para implantação do empreendimento exigirão uma série de ações preventivas


relacionadas ao aumento do tráfego de veículos e, consequentemente, alterações na
dinâmica de circulação de tráfego de modo a proporcionar a convivência segura entre a
população residente, os veículos que frequentemente circulam na região, os
trabalhadores e os respectivos veículos utilizados e/ou conduzidos pelos mesmos.

A sinalização desempenha papel fundamental ao informar aos trabalhadores e


comunidade em geral sobre os diversos riscos inerentes às atividades desenvolvidas na
área de implantação do empreendimento, conduzindo-os à atitudes preventivas capazes
de reduzir o risco de acidentes.

Sinalização, portanto, é o conjunto de estímulos que informam ao indivíduo a melhor


conduta a tomar perante determinadas circunstâncias relevantes. Sinalização de
Segurança e de Saúde é aquela que, relacionada a um objeto, atividade ou situação
determinada, fornece indicação ou prescrição relativa à segurança e/ou à saúde no
trabalho.

c) Objetivos

Objetivo geral

O presente programa objetiva manter a área de implantação do empreendimento


adequadamente sinalizada de forma a chamar a atenção, de forma rápida e inteligível,
para situações que representem riscos.

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Objetivos específicos

A implantação da sinalização viária para obras tem como objetivos específicos:

 Advertir, com a necessária antecedência, a existência de obras ou situações de


emergência adiante, e a situação que se verificará na via/acesso;
 Regulamentar a velocidade e outras condições para a circulação segura;
 Canalizar e ordenar o fluxo de veículos junto à obra de modo a evitar
movimentos conflitantes, reduzir o risco de acidentes e minimizar
congestionamentos;
 Fornecer informações corretas, claras e padronizadas aos usuários da via;
 Garantir e salvaguardar a integridade física dos trabalhadores das obras.

d) Indicadores Ambientais

São indicadores de efetividade:

 Número de registros de ocorrências e acidentes relacionados ao trânsito de


veículos e equipamentos vinculados às obras;
 Número de reclamações advindas da população;
 Número de novas situações observadas que demandem a instalação de
sinalização pertinente.

e) Público-alvo

 Trabalhadores próprios e terceiros


 Empreiteiras contratadas;
 Comunidades circunvizinhas ao empreendimento;
 Visitantes.

f) Metodologia

O programa adota as seguintes metodologias para os itens a serem observados a seguir:

 Controle do fluxo – Considerando o comportamento do tráfego atual deve-se


ter atenção quanto à distribuição dos veículos empregados nas diferentes fases
da obra. Atenção especial deve ser dada na fase de implantação, para que os
veículos pesados circulem em horários alternativos evitando turnos
compreendidos entre 07h30min e 09h00min, bem como 16h00min e
20h00min. Nas proximidades do acesso à obra deve-se ter o cuidado na

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aglomeração de veículos, para evitar que veículos fiquem parados na pista,


sendo necessária a previsão de área de chegada de veículos da obra. O
treinamento de motoristas envolvidos na obra também deverá ser previsto,
buscando diminuir os impactos no fluxo.
 Sinalização – No período de implantação do empreendimento a sinalização no
acesso da área destinada ao empreendimento deverá ser intensificada, visto a
presença de veículos pesados e lentos, alertando os condutores, transeuntes e
população local a respeito dos veículos presentes nas vias. Durante a fase de
operação não haverá incremento significativo na tipologia dos veículos. A
sinalização deverá seguir a normatização vigente.
 Cargas perigosas – Em todas as fases, o transporte de cargas perigosas como:
combustíveis, solventes, resíduos químicos e produtos químicos em geral
devem ser transportados em veículos adequados, atendendo a legislação
vigente. Deve ser evitado o estacionamento destes veículos por períodos longos
na área do empreendimento, visando reduzir as possibilidades de ocorrer
algum vazamento destes produtos, desta forma interferindo na qualidade da
água/solo na região.

O controle de velocidade será realizado através do equipamento tacógrafo instalados


em todos os veículos que obrigatoriamente fazem uso do mesmo, por profissionais do
setor administrativo e devidamente acompanhados pelo setor de Segurança do Trabalho
(SESMT) da construtora e de suas empreiteiras subcontratadas. Quando identificada a
ocorrência de não atendimento aos requisitos de velocidade estabelecidos, o condutor
do veículo poderá ser encaminhado para treinamento e reciclagem, bem como,
dependendo da gravidade da situação, o funcionário responsável poderá receber
sanções administrativa.

g) Descrição do Programa

i. Características

A sinalização a ser utilizada será assim dividida:

 Sinais de Obrigação: aqueles cuja função é indicar comportamentos ou ações


específicas e a obrigação de utilizar equipamento de proteção individual – EPI;
 Sinais de Perigo: aquele com a função de indicar situações de atenção,
precaução, verificação ou atividades perigosas;

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 Sinais de Aviso: os que possuem a função de indicar atitudes proibidas ou


perigosas para o local;
 Sinais de Emergência: aqueles com a função de indicar direções de fuga, saídas
de emergência ou localização de equipamento de segurança. Os locais onde
serão aplicados os elementos de sinalização serão previamente identificados,
bem como serão determinados, os tipos de sinais a serem empregados em
cada situação.

Os elementos de sinalização serão previamente concebidos, mediante projeto específico,


seguindo-se padrões previstos na Norma Brasileira. Para sinalização de vias, serão
utilizadas as normas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte – DNIT.

O conteúdo informativo da comunicação visual será claro e objetivo, estando de acordo


com as demais informações distribuídas pelos diversos locais. Será utilizada a mesma
linguagem em todos os sinais, evitando-se o conflito no fluxo de informações. Todos os
sistemas informativos - informações externas e internas, gerais ou setoriais – estarão
interligados e obedecerão às mesmas características, seguindo as seguintes diretrizes:

 Tipologia de fácil leitura, compreensão, com grafismo, cor e tamanho


adequado;
 Colocação de painéis informativos nos locais de risco e de circulação existentes,
com visualidade e localização de fácil acesso;
 Cores, letra/fundo, possibilitando contraste adequado beneficiando os
trabalhadores com dificuldade de compreensão e evitando perturbações ou
desconforto no usuário geral.

Para auxílio aos motoristas que usam as estradas vicinais e acessos que se direcionam
até as áreas das torres, poderá ser implantado um sistema de sinalização de indicação
que, de acordo com o croqui elaborado quando da identificação dos acessos existentes,
contemplará sinalização em todas as curvas e acessos a propriedades, a fim de se
evitarem voltas desnecessárias pela faixa.

ii. Diretrizes de Uso

No sentido de assegurar a eficácia da sinalização, serão atendidas as seguintes diretrizes


relativas às condições de utilização:

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 A sinalização será instalada em altura, posição e condição legível durante o dia


e a noite, bem como à distância apropriada, seguindo orientação do DNIT e da
legislação pertinente;
 A sinalização será retirada sempre que a situação que os justificava deixar de
existir;
 Os meios e os dispositivos de sinalização serão regularmente limpos,
conservados, verificados e, se necessário, reparados ou substituídos;
 O bom funcionamento e a eficiência da sinalização será verificada antes da sua
entrada em serviço e, posteriormente, de forma periódica;
 O número e a localização dos meios ou dispositivos de sinalização dependerão
da significância dos riscos, dos perigos e da extensão da zona a cobrir;
 No caso de dispositivos de sinalização que funcionem mediante uma fonte de
energia será assegurada a alimentação alternativa de emergência, exceto se o
risco sinalizado desaparecer com o corte da mesma energia;
 A sinalização luminosa ou acústica, que indique o início de uma determinada
ação, prolongar-se-á durante o tempo que a situação o exigir;
 A sinalização luminosa ou acústica será rearmada imediatamente após cada
utilização.

iii. Atendimento a requisitos legais e normativos

Durante a execução desse programa devem ser observadas as seguintes normas, leis e
resoluções pertinentes:

ABNT

 NBR 07501/2011 - Transporte Terrestre de Produtos Perigosos - Terminologia;


 NBR 09735/2012 – Conjunto de Equipamentos para Emergências no
Transporte Terrestre de Produtos Perigosos;
 NBR 13221/2010 – Transporte Terrestre de Resíduos;
 Legislação
 Lei nº 11.442, de 05 de janeiro de 2007: Dispõe sobre o transporte rodoviário
de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração.

Resoluções Conselho Nacional de Transito

 Resolução CONTRAN Nº 243, de 22 de junho de 2007: Aprova o Volume II –


Sinalização Vertical de Advertência, do Manual Brasileiro de Sinalização de
Trânsito;

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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

 Resolução CONTRAN Nº 236, de 11 de maio de 2007: Aprova o Volume IV –


Sinalização Horizontal, do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito;
 Resolução CONTRAN Nº 210, de 13 de novembro de 2006: Estabelece os
limites de peso e dimensões para veículos que transitem por vias terrestres e dá
outras providências;
 Resolução CONTRAN Nº 180, de 26 de agosto de 2005: Aprova o Volume I -
Sinalização Vertical de Regulamentação, do Manual Brasileiro de Sinalização de
Trânsito.

h) Atividades a serem desenvolvidas

Preliminarmente, deverá ser realizada vistoria do local e da área de influência, obtendo o


maior número possível de dados, referentes à intervenção e vias envolvidas, onde devem
ser observados, entre outros:

 Volume e composição do tráfego;


 Características físicas e geométricas;
 Itinerário de ônibus;
 Uso do solo;
 Movimentação de pedestres;
 Sinalização existente.

Após este diagnóstico, deve ser avaliada a necessidade de sinalização para Restrição de
Velocidade, Segurança para Pedestres, Desvio e/ou Orientação de Tráfego, entre outros.

O empreendedor deverá fazer contato com o órgão/a entidade responsável pelos


sistemas viários com o intuito de realizar manutenção ou implantação/adequação dos
seguintes dispositivos:

 Sinalização horizontal e vertical;


 Implantação de sistemas para atendimento às emergências e acidentes
envolvendo veículos e situações relacionados às obras;
 Avaliação da adequação da sinalização para as diferentes situações de
interrupção de faixas (faixa central impedida, faixa esquerda impedida, faixa
direita impedida), pista escorregadia, distância ao local das obras, obras no
acostamento, homens na pista, caminhões e máquinas na pista, trecho
impedido, desvio à direita e desvio à esquerda, bem como para outras
situações de obra;

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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

 Controle da regulagem e da velocidade de operação dos equipamentos e


veículos;
 Garantir os bloqueios ao tráfego onde necessário e a segurança em situações
de trânsito de máquinas, carretas etc.;
 Sinalizar os locais que possam estar sujeitos ao acesso de pessoas ou veículos
alheios às obras, indicando a entrada e saída de veículos ligados às obras.

Nas vias locais a serem utilizadas pelos veículos a serviço das obras, a sinalização deverá
ser previamente acordada com o órgão responsável.

Recomenda-se que todos os condutores de veículos a serviço da implantação do


empreendimento apresentem o certificado do curso de direção defensiva.

Todos os motoristas que atuarão durante as atividades de implantação do


empreendimento e não tiverem apresentado certificado válido de direção defensiva
deverão receber treinamento específico de direção defensiva que deverá ser ministrado
por instituição qualificada para tal atividade (exemplo: SENAI), ou profissional habilitado,
e deverão ser emitidos certificados para os participantes ao término das aulas.

A equipe responsável pela implantação do Programa de Educação Ambiental com os


Trabalhadores (PEA) também deverá abordar, de forma superficial, informações sobre
direção defensiva e riscos de acidentes, incluindo o respeito para com a população
residente na região e atenção ao trânsito de estudantes nas vias utilizadas, bem como
em relação aos motociclistas.

Para casos de atendimento a acidentes de trânsito envolvendo vítimas, as ações


adotadas estão diretamente relacionadas ao Plano de Atendimento de Emergência do
empreendimento, no qual ainda encontra-se em fase de elaboração pela Construtora
contratada.

i) Cronograma Executivo e de Relatórios

O programa será executado ao longo de toda fase de obras para implantação do


empreendimento. Deverão ser elaborados relatórios trimestrais de monitoramento
interno, e semestrais para envio ao órgão ambiental das atividades de Sinalização Viária
de forma integrada ao Plano de Gestão Ambiental.

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

j) Equipe Técnica

A implantação e execução do Programa de Sinalização Viária deverá ser realizada por


Eng. Civil e auxiliares técnicos, conforme equipe técnica sugerida no quadro abaixo.

Quadro 16 – Relação de profissionais sugeridos.


Profissional Quantidade Função
- Avaliação da necessidade de sinalização para Restrição
de Velocidade, Segurança para Pedestres, Desvio e/ou
Orientação de Tráfego, entre outros;
01 Engenheiro - Contato com o órgão/a entidade responsável pelos
Coordenador sistemas viários com o intuito de realizar manutenção
Civil
ou implantação/adequação dos seguintes dispositivos;
- Avaliação do desempenho do programa;
- Elaboração de relatórios técnicos.

- Identificação de possíveis necessidades de


Auxiliares técnicos A definir adequações;
- Auxílio à implantação de sinalizações.

k) Responsáveis Técnicos

Eng. Civil Cylon Rosa Neto, CREA/RS 044.757 – CTF n° 194.403.

Eng. Ambiental Anderson Spolavori Pereira, CREA-RS 184.330 - Registro CTF 5.678.124.

l) Instituições Envolvidas

Este programa será integralmente desenvolvido pelo empreendedor em conjunto com as


empresas contratadas para a implantação do empreendimento. As agências/órgãos
reguladores do trânsito nas áreas de obras deverão ser consultadas para viabilização das
ações programadas.

m) Relação com outros Programas

O presente programa tem inter-relação com o Plano de Gestão Ambiental, Programa de


Comunicação Social, Programa de Educação Ambiental, Programa Ambiental da
Constução, Programa de Proteção ao Trabalhador e Segurança no Trabalho e Programa
de Afugentamento e Resgate de Fauna.

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n) Referências Bibliográficas

CET – Companhia de Engenharia de Tráfego. Manual de Sinalização Urbana: Obras.


Volume 8/ 2ª Edição. GPV/Normas. Julho, 2004. Disponível em <
http://www.cetsp.com.br/media/45679/msuobrasrev1.pdf> Consulta em maio de 2015.

3.6.3 - Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e


Efluentes Líquidos nos Canteiros e Frentes de Obras

a) Apresentação

A instalação de empreendimentos como as Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu -


Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas - Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas - Itacaiúnas e Subestações Associadas, gera um volume de resíduos sólidos
e efluentes que, caso não sejam adotados procedimentos adequados de manejo,
destinação e tratamento, poderão impactar negativamente o meio ambiente. Desta
forma, torna-se necessária a elaboração e implantação de um Programa de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos nos Canteiros e Frentes de
Obras que estabeleça procedimentos para coleta, transporte, transbordo, tratamento e
destinação final durante a fase de instalação do empreendimento, o qual deverá
observar a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização,
reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e efluentes e disposição final adequada.

Conforme apresentado no Capítulo 4 do EIA (Caracterização do Empreendimento), são


passíveis de serem gerados pelas obras de implantação do empreendimento os
seguintes resíduos sólidos (Tabela 3).

Tabela 3 - Principais resíduos sólidos gerados durante as obras de implantação do


empreendimento e classificação conforme Norma Brasileira ABNT NBR 10.004:2004.
Resíduo Exemplo Classificação

Restos de vegetação e corte de grama

Resíduos Orgânicos Restos de alimentos Classe IIA – Não Perigoso - Não inerte

Resíduo sanitário

Limpeza superficial de terreno

Solo

Limpeza da Área; Concreto


Classe IIB - Inerte
Resíduos da Construção Civil Argamassa

Cerâmica e telhas

Telhas sem amianto

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
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Resíduo Exemplo Classificação

Alvenaria

Tijolos

Restos de concreto

Pneu

Capa dos fios e cabos


Borracha Classe IIB - Inerte
Mangueiras de borracha

Placas de borracha

Papéis

Sacos de cimento
Papéis Classe IIA – Não Perigoso - Não inerte
Papelão ondulado

Caixas

Lâmpadas incandescentes
Vidro Classe IIB - Inerte
Janelas, recipientes, garrafas

PET
PEAD
PVC
Plástico Classe IIB - Inerte
PEBD
PP
PS

Ferro de armadura

Cabos e fios de alumínio

Cabos e fios de cobre

Ferramentas

Ferro galvanizado

Vergalhões de aço

Perfilados
Metais Ferrosos Classe IIB - Inerte
Chapas de aço

Malhas de aço

Tubos de aço

Cabos e fios de aço

Latas

Esquadrias

Tubulação

Formas de madeira
Madeira Classe IIA – Não Perigoso - Não inerte
Madeiras importadas

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
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Resíduo Exemplo Classificação

Caixarias de equipamentos

Madeira para construção

Gesso Gesso Classe IIA – Não Perigoso - Não inerte

Luvas contaminadas

Solo, areia e/ou serragem


contaminada
Óleos, graxas, lubrificantes e Panos e estopas contaminados Classe I - Perigoso
derivados de petróleo
Embalagens vazias

Óleo de corte

Óleo usado

Latas

Pincéis
Tintas Classe I - Perigoso
Panos e estopas contaminados

Restos de materiais com tinta

Latas de solventes

Pó de solda

Químicos Embalagens Classe I - Perigoso

Pincéis

Resíduos de espumas expansivas

Pilhas
Pilhas e baterias Classe I - Perigoso
Baterias

Lâmpadas fluorescentes

Lâmpadas Lâmpadas mistas Classe I - Perigoso

Lâmpadas a vapor de mercúrio

Amianto Telhas
Classe I - Perigoso
Asbestos Lã de rocha

Resíduos de Serviço de Saúde Algodão, gase, luvas, curativos, etc. Classe I - Perigoso
Fonte: EIA, 2014.

Adicionalmente, alguns Canteiros de Obras do empreendimento contarão com um


Ambulatório no qual seus resíduos serão caracterizados com Resíduos de Serviço de
Saúde (RSS). A Resolução RDC nº 306/04 da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária

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(ANVISA) e a Resolução RDC nº. 358/05 do Conselho nacional de Meio Ambiente


(CONAMA), define RSSS como:

“Todos aqueles provenientes de atividades relacionados com o


atendimento à saúde humana ou animal, inclusive de assistência
domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos
para saúde; necrotérios; funerárias e serviços onde se realizem
atividades de embalsamamento; serviços de medicina legal; drogarias e
farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimento de ensino e
pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses;
distribuidores de produtos farmacêuticos; importadores, distribuidores e
produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades
móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços de
tatuagem, entre outros similares” (ANVISA 306, 2004; CONAMA 358,
2005).

Também de acordo com Resolução RDC nº 306/04 da ANVISA, os resíduos de serviços


de saúde serão classificados em cinco grupos conforme o Quadro 17.

Quadro 17 - Classificação dos RSS


Grupo
Característica
(Resolução RDC nº 306/04 ANVISA)

Potencialmente Infectante: Resíduos com possível


presença de agentes biológicos que, por suas
Grupo A
características de maior virulência ou concentração,
podem apresentar risco de infecção.

Risco químico: Resíduos que apresentam risco potencial à


saúde pública e ao meio ambiente, independente de suas
Grupo B
características de inflamabilidade, corrosividade,
reatividade e toxicidade.

Rejeitos Radioativos: rejeitos radioativos de qualquer


material resultante de atividades humanas que
contenham radionuclídeos em quantidades superiores
Grupo C
aos limites de isenção especificados na norma CNEN–NE-
6.02, e para as quais a reutilização é imprópria ou não
prevista. - resíduos contaminados com radionuclídeos.

Resíduos Comuns: todos os resíduos gerados nos serviços


abrangidos por esta resolução que, por suas
características não necessitam de processos diferenciados
Grupo D
relacionados ao acondicionamento, identificação e
tratamento, devendo ser considerados resíduos sólidos
urbanos – RSU.

Materiais perfurocortantes ou escarificantes, que podem


Grupo E
ou não apresentar riscos de contaminação.
Fonte: ANVISA 306, 2004.

Em relação aos efluentes líquidos, poderão ser gerados pelas obras:

 Esgotos Sanitários - provenientes dos banheiros instalados em todas as áreas


dos canteiros de obras, alojamentos, refeitórios e cozinhas;

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 Efluentes Industriais - provenientes das oficinas de manutenção mecânica e da


lavagem e lubrificação de veículos e equipamentos (águas oleosas), das áreas
de centrais de concreto e britagem (águas com material em suspensão,
cimento, areia e brita);
 Águas que contenham resíduos com outros derivados de petróleo, como
combustíveis e lubrificantes, provenientes de estruturas de armazenagem
destes produtos.

Desta forma, este programa estabelece as diretrizes a serem seguidas no gerenciamento


dos resíduos sólidos e efluentes durante as obras de implantação do empreendimento.

A eficácia esperada para as medidas indicadas neste programa é apresentada a seguir:

Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Geração/Descarte de Resíduos e Efluentes nos Canteiros e Frentes de Obras

Gerenciamento e destinação
adequada dos resíduos sólidos Preventivo/
Mitigatória Implantação Empreendedor
gerados nos canteiros e frentes Mitigador
de obras

Selecionar empresas
devidamente licenciadas e aptas
Preventivo/
a recolher e tratar os efluentes e Mitigatória Implantação Empreendedor
Mitigador
resíduos dos banheiros químicos
nas frentes de serviço.

Educação ambiental para os


Mitigatória Implantação Preventivo Empreendedor
trabalhadores

b) Justificativa

O presente programa justifica-se pela necessidade de gerenciamento dos resíduos e


efluentes advindos das obras civis do empreendimento, considerando a Política Nacional
de Resíduos Sólidos (Lei Federal n° 12.305, de 2 de agosto de 2010) e Resolução
CONAMA n° 357/2005 e CONAMA n° 430/2011, garantindo que os mesmos sejam
acompanhados desde sua geração até sua destinação final. O gerenciamento
inadequado dos resíduos e efluentes gerados durante as obras de implantação do
empreendimento podem resultar em riscos à saúde humana e ao meio ambiente.

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c) Objetivos

Objetivo geral

O objetivo geral deste programa consiste no estabelecimento de diretrizes de manejo e


destinação dos resíduos sólidos e efluentes gerados durante a implantação do
empreendimento, nos canteiros e frentes de obras, de forma a atender os requisitos de
proteção, preservação e economia dos recursos naturais, segurança do trabalhador e da
saúde pública.

Objetivos específicos

 A coleta, segregação, tratamento e disposição final e ambientalmente


adequada de todos os resíduos sólidos e efluentes líquidos durante as obras de
instalação do empreendimento;
 Implantação e execução de um plano permanente de avaliação e
monitoramento das instalações de saneamento de resíduos sólidos e efluentes
líquidos, de acordo com o sistema de gestão ambiental;
 Atendimento à legislação brasileira vigente.

d) Indicadores Ambientais

 Registro mensal de acompanhamento das atividades, incluindo notificações de


não conformidade;
 Percentual da quantidade de resíduo gerada em relação à quantidade
destinada para reciclagem ou reuso ou para disposição final;
 Documentos integrantes da gestão de resíduos e efluentes (MTR, certificados
de destinação, etc.).

e) Público-alvo

 Empreiteiras contratadas;
 Empresas de coleta e transporte terceirizadas;
 Empresas de destinação contratadas ou parceiras;
 Profissionais envolvidos na implantação do programa.

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f) Metodologia

A implantação do presente programa será realizada através de procedimentos de


identificação prévia das fontes geradoras de resíduos sólidos e efluentes, classificação
conforme as normas e legislação vigente e quantificação do volume a ser gerado, a
partir do qual poderão ser definidos os demais recipientes, equipamentos e
procedimentos adequados para a segregação, acondicionamentos, transporte e
destinação final e tratamento dos resíduos e efluentes gerados.

O adequado dimensionamento deste programa, considerando a segregação dos


resíduos na fonte, permitirá o estabelecimento de medidas de redução, reutilização e
reciclagem dos resíduos sólidos e efluentes gerados durante as obras de implantação do
empreendimento. A identificação de oportunidades de redução, reutilização e
reciclagem deve ser considerada uma ação prioritária do programa, visando a redução
do volume de resíduos e efluentes a serem destinados para aterros sanitários ou outros
destinos finais.

Todas as instituições e empresas de coleta, transporte ou destinação relacionadas ao


presente programa devem estar com a licença ambiental vigente, devendo o
empreendedor manter o controle e a atualização periódica das mesmas.

g) Descrição do Programa

i. Resíduos Sólidos

A implantação do programa deverá ser realizada através da execução das seguintes


etapas:

Levantamento das fontes geradoras

Deverão ser identificadas todas as fontes geradoras de resíduos sólidos durante a


implantação do empreendimento. Para tanto, devem ser analisadas todas as fases
construtivas de implantação, utilizando-se procedimentos de “Identificação e Avaliação
de Aspectos e Impactos Ambientais”, de modo a verificar os focos geradores de
resíduos sólidos.

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Classificação dos Resíduos Sólidos

Os resíduos sólidos gerados durante a implantação do empreendimento devem ser


classificados conforme a Norma ABNT NBR 10.004:2004, que estabelece os critérios de
classificação e os códigos para a identificação dos resíduos de acordo com as suas
características, e na Resolução CONAMA 307/2002, que estabelece as diretrizes,
critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.

Conforme a NBR 10.004:2004, os resíduos sólidos são classificados em:

 Classe I – Resíduos perigosos;


 Classe IIA – Resíduos não perigosos não inertes; e
 Classe IIB – Resíduos não perigosos inertes.

Ainda, segundo a classificação estabelecida na resolução CONAMA 307/2002, os


resíduos da construção civil serão classificados em:

 Classe A – compreende os resíduos reutilizáveis ou recicláveis na forma de


agregados, tais como:

o Resíduos de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação


e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de
terraplanagem;
o Resíduos de construção, demolição, reformas e reparos de edificações:
componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento,
etc.), argamassa e concreto;
o Resíduos de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-
moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos
canteiros de obras;

 Classe B – compreende os resíduos recicláveis para outras destinações, tais


como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e gesso;
 Classe C – compreende os resíduos para os quais não foram desenvolvidas
tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua
reciclagem ou recuperação;
 Classe D – compreende os resíduos perigosos oriundos do processo de
construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles
contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e
reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como

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telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros


produtos nocivos à saúde.

Quantificação dos Resíduos Sólidos

Deverá ser estimada a quantidade de resíduos sólidos a serem gerados, baseada em


dados e histogramas de mão de obra e de produção de serviços para a implantação do
empreendimento, considerando a fonte geradora e a tipologia do resíduo a ser gerado.
Ao final desse processo deverão ser elaborados histogramas de resíduos sólidos a serem
gerados conforme a etapa de implantação do empreendimento.

Segregação e Acondicionamento

A segregação dos resíduos na fonte geradora é o requisito essencial para a implantação


de um sistema efetivo de gerenciamento de resíduos e uma ação primordial para o
desenvolvimento das próximas etapas de manejo dos resíduos.

Assim, a segregação deve considerar as características físicas, químicas e biológicas dos


resíduos gerados, bem como a fonte geradora e a quantidade/volume de resíduos
gerado, de modo a garantir que as etapas de acondicionamento, armazenamento e
destinação final sejam as mais adequadas possíveis para cada tipologia de resíduo.

Os resíduos deverão ser segregados, minimamente, conforme a classificação


estabelecida na Resolução CONAMA 307/2002 – Classes A, B, C e D. No entanto, uma
segregação mais detalhada também deverá ser avaliada, considerando os materiais com
possibilidade de reutilização ou reciclagem como, por exemplo, madeira, papel, plástico,
vidro, resíduos metálicos, dentre outros. Também deverá ser considerada a
incompatibilidade química no caso de produtos perigosos, de modo a evitar a ocorrência
de reações adversas como liberação de gases tóxicos e inflamáveis.

A definição da forma de acondicionamento dos resíduos deve considerar a quantidade


de resíduos estimada, conforme a fonte geradora, características físicas e químicas, bem
como o tipo de transporte a ser utilizado. Podem ser utilizados como coletores
bombonas, tonéis, contêineres ou a granel, dentre outros, conforme o resíduo a ser
acondicionado. Os coletores devem ser locados próximos à fonte geradora do resíduo,
possuir identificação especificando o tipo de resíduo a ser acondicionado e atender ao
padrão de cores estabelecido na Resolução CONAMA 275/2001, qual seja:

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 Papel, papelão - azul;


 Plástico – vermelho;
 Vidro – verde;
 Metal – amarelo;
 Madeira – preto;
 Resíduos perigosos – laranja;
 Resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde – branco;
 Resíduos orgânicos – marrom;
 Resíduos não recicláveis ou misturados – cinza;
 Resíduos radioativos – lilás.

Armazenamento

Se houver a necessidade de armazenamento temporário dos resíduos até a destinação


final, deverá ser implantada no canteiro de obras uma Central de Armazenamento de
Resíduos, constituída de baias específicas para cada tipologia de resíduo a ser
armazenado.

A Central de Armazenamento de Resíduos deve observar os seguintes requisitos:

 Acesso restrito;
 Identificação das baias de armazenamento;
 Base impermeabilizada;
 Sistema para contenção de líquidos;
 Sistema para contenção de sólidos (baias, paredes, outros);
 Vias de acesso adequadas;
 Medidas de controle de pragas e vetores patogênicos como insetos, roedores e
outros;
 Procedimentos em caso de emergência.

O armazenamento dos resíduos deve atender às recomendações das normas da ABNT


NBR 11174/90 (Armazenamento de resíduos Classe IIA - não inertes e Classe IIB –
inertes) e NBR 12235/92 (Armazenamento de resíduos perigosos) e estar distante de
redes elétricas, munido de extintor de incêndio próprio para as substâncias que
armazenará, e conforme as Normas da ABNT. Óleos e graxas deverão ser
acondicionados em tambores tampados ou recipientes similares (em PVC ou PP) e seguir
as diretrizes preconizadas na Resolução CONAMA nº 362, de 23 de junho de 2005 -
Dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou

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contaminado. Os tambores deverão dispor de rótulo fixado em local visível, informando


seu conteúdo.

Transporte dos Resíduos

O transporte dos resíduos deve ser feito por empresa licenciada pelo órgão ambiental
competente para a atividade. O transporte dos resíduos perigosos deve ser
acompanhado do Manifesto de Transporte de Resíduos – MTR.

Destinação Final

Os resíduos sólidos gerados durante as obras de implantação do empreendimento


poderão ser doados para reutilizadores e recicladores, comercializados ou encaminhados
diretamente para disposição final, conforme a tipologia do resíduo.

Deve-se observar a legislação específica para cada tipologia de resíduos, como a


Resolução CONAMA n. 362/2005, que dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação
final de óleo lubrificante usado ou contaminado, e a Resolução CONAMA n. 358/2005,
que dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e
dá outras providências.

Conforme a Resolução n. 362/2005, o óleo lubrificante usado ou contaminado deverá


ser destinado à reciclagem por meio do processo de re-refino, ficando proibido qualquer
descarte em solos, subsolos, nas águas interiores, no mar territorial, na zona econômica
exclusiva e nos sistemas de esgoto ou evacuação de águas residuais.

O Quadro 18 abaixo apresenta alguns exemplos de destinação de resíduos passíveis de


serem gerados em obras de linhas de transmissão de energia elétrica.

Quadro 18 - Sugestões de destinação dos resíduos sólidos gerados pelas obras.


Resíduo Destinação sugerida

Restos de comida, rejeitos e outros resíduos


Aterro sanitário devidamente licenciado
com características de resíduos domésticos

Resíduos da Construção Civil (RCC) Aterro para RCC devidamente licenciado e/ou reciclagem

A destinação poderá ser o reuso, reciclagem, coprocessamento em fornos


Borracha e Material Plástico
cimenteiros ou destruição térmica e aterros sanitários.

Graxa e Óleos Lubrificantes Deverá ser destinado à reciclagem por meio de processo de rerrefino
Usados (conforme Resolução CONAMA nº 362/2005).

Os óleos usados deverão ser encaminhados a reciclagem por meio de


Óleos usados
rerrefinados.

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Resíduo Destinação sugerida

De acordo com a Resolução CONAMA nº 416/2009 os consumidores


finais de pneus e o Poder Público deverão, em articulação com os
fabricantes e importadores, implementar os procedimentos para a coleta
dos pneus. Os estabelecimentos de comercialização de pneus são
Pneus Usados
obrigados, no ato da troca de um pneu usado por um pneu novo ou
reformado, a receber e armazenar temporariamente os pneus usados
entregues pelo consumidor, adotando procedimentos de controle que
identifiquem a sua origem e destino.

De acordo com a Resolução CONAMA 257/1999, a correta disposição de


baterias e acumuladores em geral caberá aos fabricantes, competindo
aos usuários sua devolução aos comerciantes ou à rede de assistência
Pilhas e Baterias
técnica credenciada pelos fabricantes. Assim sendo, a empresa
construtora deverá negociar com os fornecedores a devolução das
unidades usadas quando houver a compra para substituição.

Deverá ser reunida e armazenada para posterior venda à sucateiros


Sucata Metálica Não Contaminada
devidamente licenciados.

Resíduos Perigosos Contaminados com Deverá ser reunido e armazenado para posterior encaminhamento a
óleos, graxas e solventes Aterros industriais Classe I, ou Coprocessamento/Incineração.

Esse material deverá ser armazenado em caixas de papelão ou sacos


plásticos e, posteriormente, destinado à coleta pública de resíduos da
Papéis e plásticos localidade, ou reciclagem.

Resíduo Sanitário Aterro Sanitário, devidamente licenciado

Deverá ser seguido um plano para retirada e estocagem desse material


Solos e restos vegetais
até sua reutilização na recuperação das áreas degradadas.

ii. Resíduos de Serviço de Saúde

A geração de resíduos dos Serviços de Saúde nos canteiros que contam com
ambulatórios deverá contemplar as recomendações dispostas na NR 32 – Segurança e
Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde, no que couber.

Deverá haver na área externa do Ambulatório do canteiro, um local apropriado e sem


acesso para o armazenamento temporário dos resíduos gerados naquele local, até que
sejam recolhidos para destino final.

Os trabalhadores envolvidos nos serviços de saúde deverão comunicar imediatamente ao


responsável pela área ou ao Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho todo e
qualquer incidente como derramamento de resíduos em potencial e eventual exposição
não controlada a agentes biológicos. Sendo que para o controle de eventual
derramamento de resíduos deverá ser utilizado o Kit de Limpeza.

Os resíduos de saúde gerados no Ambulatório, do tipo resíduo hospitalar ou biológico,


deverão ser acondicionados em sacos plásticos atendendo ao disposto na Norma
Brasileira ABNT NBR 9191:01 e ainda ser:

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 Preenchidos até 2/3 de sua capacidade;


 Fechados de tal forma que não permita seu derramamento, mesmo que
virados com a abertura para baixo;
 Retirados imediatamente do local de geração após o preenchimento e
fechamento;
 Mantidos íntegros até o tratamento ou a disposição final do resíduo.

Os coletores para segregação e armazenamento dos resíduos de serviço de saúde


possuirão os símbolos de identificação:

Símbolos de Identificação dos grupos de resíduos

Os resíduos do grupo A são identificados pelo símbolo


de substância infectante, com rótulos de fundo branco,
desenho e contornos pretos.

Os resíduos do grupo B são identificados através do


símbolo de risco associado e com discriminação de
substância química e frases de risco.

Os rejeitos do grupo C são representados pelo símbolo


internacional de presença de radiação ionizante (trifólio
de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e
contornos pretos, acrescido da expressão material
radioativo.

Os resíduos do grupo D podem ser destinados à


reciclagem ou à reutilização. Quando adotada a
reciclagem, sua identificação deve ser feita nos
recipientes e nos abrigos de guarda de recipientes,
usando código de cores e suas correspondentes
nomeações, baseadas na Resolução CONAMA no
275/01, e símbolos de tipo de material reciclável. Para
os demais resíduos do grupo D deve ser utilizada a cor
cinza ou preta nos recipientes. Pode ser seguida de cor
determinada pela Prefeitura. Caso não exista processo
de segregação para reciclagem, não há exigência para

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Símbolos de Identificação dos grupos de resíduos


a padronização de cor desses recipientes.

Os produtos do grupo E são identificados pelo símbolo


e substância infectante, com rótulos de fundo branco,
desenho e contornos pretos, acrescido da inscrição de
resíduo perfurocortante, indicando

Fonte: ANVISA, 2006.

Para a coleta de material perfurocortante, deverá ser utilizado como coletor, caixas de
papelão apropriadas, tipo DESCARPACK/DESCARTEX, entre outras. O limite máximo de
enchimento deve estar localizado 5 cm (cinco centímetros) abaixo do bocal.

O resíduo de serviço de saúde deverá ser encaminhado à empresas devidamente


licenciadas para tratamento e disposição final, incineração, co-processamento e/ou
aterro licenciado.

O resíduo comum deverá ser coletado em sacos plásticos de até 50L (cinquenta litros),
de cor preta, e terá o mesmo tratamento dos resíduos gerados em outras unidades do
empreendimento.

iii. Efluentes Líquidos

A geração de efluentes líquidos ocorrerá nos canteiros de obras e em menor volume nas
frentes de trabalho, como resultado das atividades humanas realizadas nessas áreas.

Efluente Sanitário

Considerando como atividades dos canteiros os serviços de alimentação, lavanderia,


banho, ambulatório, escritório, banheiros, etc., estima-se uma geração total de
efluentes líquidos de 160 l/dia por trabalhador (ABNT NBR 9649:86), sendo este valor
fornecido apenas como orientação geral. A empreiteira, entretanto, determinará e

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providenciará o equipamento necessário para tratar todos os efluentes gerados na fase


de construção, sob a aprovação do empreendedor.

O sistema mínimo de tratamento de efluentes sanitários será composto por fossa


séptica, conforme a ABNT NBR 7.229, que determina as características de construção e
tratamento de esgoto sanitário. O sistema será composto basicamente de dois
reservatórios, um para recebimento dos efluentes (tanque séptico) e outro para
filtragem e decantação (filtro anaeróbio). Os resíduos líquidos serão destinados a
sumidouros compostos de material filtrante, como areia e brita. A limpeza dos resíduos
provenientes da decantação deverá ser realizada por empresa especializada e licenciada
para tal atividade.

Deverá ser realizada análise semestral da qualidade química dos efluentes pós-
tratamento, de forma a verificar sua conformidade com os padrões estabelecidos pela
Resolução CONAMA n° 430/2011 – Dispõe sobre as condições e padrões de
lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução n° 357, de 17 de março de
2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA.

Nas frentes de trabalho será providenciada a disponibilização de tendas sanitárias ou


banheiros químicos. Os efluentes gerados nos banheiros químicos deverão ser coletados
por empresa especializada e licenciada para a atividade ou pela própria empresa
responsável pelos banheiros devidamente licenciada.

Efluentes da usinagem de concreto e lavagem de caminhões betoneiras

Nos canteiros de obras está prevista a realização de processos de usinagem de concreto


e lavagem de caminhões betoneiras, os quais poderão gerar efluentes com resíduos de
concreto.

A minimização destes resíduos será realizada através da construção de uma área


destinada ao armazenamento dos resíduos sólidos oriundos da concretagem in loco e
decantação do resíduo gerado a partir do lodo de concreto, utilizando-se de tanques
adaptados para este fim. A segregação do lodo de concreto com a água permite um
melhor aproveitamento deste tipo de resíduo, para as mais diversas finalidades, uma
delas esta relacionada à utilização desta na recuperação de estradas de acesso.

Desta forma, deverá ser realizada a instalação de tanques bate–lastro, a ser construído
dentro do canteiro de obras para decantação do lodo de concreto, que poderá ser
reaproveitado, oportunamente.

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Águas pluviais

As águas pluviais serão conduzidas a corpos receptores, de maneira que sejam


observados cuidados para evitar processos erosivos e o transporte de sedimentos na
ocorrência de precipitações pluviométricas normais. A possibilidade de contaminação
das águas pluviais, quando detectada, deverá ser comunicada às empresas contratadas,
que deverão reforçar o monitoramento e propor formalmente medidas preventivas e
corretivas. Os sistemas de drenagem de águas pluviais deverão ser segregados dos
demais sistemas de drenagem de efluentes. Em áreas de escavação e bota-fora deverão
ser adotadas medidas preventivas para evitar processos erosivos, evitando o transporte
de sedimentos e assoreamento de corpos d’água.

h) Atividades a serem desenvolvidas

Deve ser feita a avaliação de desempenho através da análise dos registros mensais de
quantidade, natureza e destinação dos resíduos e efluentes, de modo a identificar
possibilidades de melhoria no gerenciamento dos resíduos sólidos e efluentes gerados
ou necessidade de readequação e alteração dos procedimentos.

Devem ser realizadas auditorias e fiscalização contínua das atividades geradoras, central
de armazenamento temporário e local de destinação final dos resíduos gerados na fase
de implantação do empreendimento, bem como o controle do licenciamento ambiental
das empresas envolvidas no gerenciamento ambiental dos resíduos e efluentes gerados.

Devem ser realizados treinamentos periódicos com os funcionários responsáveis pelo


manejo dos resíduos e efluentes, demais trabalhadores e terceirizados, visando o
conhecimento dos procedimentos adequados para coleta, acondicionamento,
armazenamento e transporte dos resíduos, bem como dos riscos do manejo
inadequado, e o tratamento adequado dos efluentes líquidos gerados. Devem ser
abordados também assuntos relativos à redução de geração de resíduos, efluentes e à
valorização das ações e dispositivos que viabilizem a reutilização, reciclagem e reuso de
materiais originados durante as obras de implantação do empreendimento.

Devem ser mantidos registros, na forma de planilhas, constando a quantidade de


resíduos gerados, fontes de origem e destinação final adotada.

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i) Cronograma Executivo e de Relatórios

O Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos nos Canteiros e


Frentes de Obras deverá ser executado ao longo de toda fase de obras para implantação
do empreendimento.

Deverão ser elaborados relatórios semestrais para envio ao órgão ambiental das
atividades de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos nos Canteiros e
Frentes de Obras de forma integrada ao Plano de Gestão Ambiental.

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Fase de Implantação (meses)


Atividade Periodicidade
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12

Descrição do Programa de Gerenciamento de Resíduos


Sólidos e Efluentes Líquidos nos Canteiros e Frentes de -
Obras

Realização de auditorias e fiscalização contínua das


atividades geradoras, central de armazenamento Mensal
temporário e local de destinação final dos resíduos gerados

Controle do licenciamento ambiental das empresas


envolvidas no gerenciamento ambiental dos resíduos e Trimestral
efluentes

Avaliação de desempenho do programa Trimestral

Elaboração de relatórios periódicos para envio ao órgão


Semestral
ambiental

Elaboração do relatório final para envio ao órgão ambiental Final

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j) Equipe Técnica

Este programa deverá ser implementado pela construtora, com a fiscalização da equipe
de Gestão Ambiental do empreendimento, conforme apresentado no quadro a seguir.

Quadro 19 – Relação de profissionais sugeridos.


Profissional Quantidade Função

- Gerenciar as atividades de manuseio e destinação dos resíduos sólidos e


efluentes;
- Manter os registros dos MTR emitidos;
01 Engenheiro - Manter registros de quantitativos e destinação final de resíduos sólidos;
Coordenador
Ambiental
- Controle das licenças ambientais;
- Identificação de não conformidades;
- Elaboração de relatórios periódicos.

01 para cada Supervisão Ambiental das atividades de gerenciamento e destinação de


Inspetor ambiental
canteiro de obra resíduos sólidos e efluentes.

k) Responsável Técnico

Eng. Ambiental Anderson Spolavori Pereira, CREA-RS 184.330 - Registro CTF 5.678.124.

l) Instituições Envolvidas

Empreendedor, Construtora, trabalhadores, órgãos ambientais, prefeituras municipais e


empresas de destinação de resíduos e efluentes.

m) Relação com outros Programas

O presente programa tem inter-relação com o Plano de Gestão Ambiental, Programa de


Comunicação Social, Programa de Educação Ambiental, Programa Ambiental da
Construção, Programa de Proteção ao Trabalhador e Segurança no Trabalho e Programa
de Saúde Ocupacional.

n) Referências Bibliográficas

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Resolução da Diretoria


Colegiada RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004. Brasília, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7.229:1993. Projeto,


construção e operação de sistemas de tanques sépticos. São Paulo, 1997.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004: 2004. Resíduos sólidos
– Classificação. São Paulo, 2004.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11174:1990. Armazenamento


de resíduos classes II - não inertes e III - inertes – Procedimento. São Paulo, 1990.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12235:1992. Armazenamento


de resíduos sólidos perigosos – Procedimento. São Paulo, 1992.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9649:1986. Projeto de Redes


de esgoto. São Paulo, 1986.

BRASIL. Lei Federal n° 12.305, de 2 de agosto de 2010: Institui a Política Nacional de


Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras
providências. Brasília/DF. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2010/lei/l12305.htm. Acessado em maio de 2015.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução n° 257, de 30 de junho de


1999: Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de
efluentes, e dá outras providências. Diário Oficial da União n° 053, de 18/03/2005.
Disponível em: < http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=459>.
Acessado em maio de 2015.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução n° 307, de 05 de julho de


2002: Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da
construção civil. Diário Oficial da União n° 136, de 17/07/2002. Disponível em: <
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=307>. Acessado em maio
de 2015.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução n° 357, de 17 de março de


2005: Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de
efluentes, e dá outras providências. Diário Oficial da União n° 053, de 18/03/2005.
Disponível em: < http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=459>.
Acessado em maio de 2015.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução n° 358, de 29 de abril de 2005:


Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá
outras providências. Diário Oficial da União n° 084, de 04/05/2005. Disponível em: <
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=462>. Acessado em maio
de 2015.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução n° 362, de 23 de junho de
2005: Dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado

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ou contaminado. Diário Oficial da União n° 121, de 27/06/2005. Disponível em: <


http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=466>. Acessado em maio
de 2015.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução n° 401, de 04 de novembro de


2008: Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e
baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu
gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências. Diário Oficial da
União n° 401, de 04/11/2008. Disponível em: <
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=589>. Acessado em maio
de 2015.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução n° 416, de 30 de setembro de


2009: Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis
e sua destinação ambientalmente adequada, e dá outras providências. Diário Oficial da
União n° 188, de 01/10/2009. Disponível em: <
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=616>. Acessado em maio
de 2015.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução n° 430, de 13 de maio de


2011: Dispõe sobre condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e
altera a Resolução no 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio
Ambiente. Diário Oficial da União n° 092, de 16/05/2011. Disponível em: <
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=646>. Acessado em maio
de 2015.

SINDUSCON. Gestão ambiental de resíduos da construção civil: a experiência do


Sinduscon-SP/ Tarcísio de Paulo Pinto, coordenador. – São Paulo: Obra Limpa: I&T:
Sinduscon-SP, 2005.

3.6.4 - Programa de Controle da Poluição

Algumas das diversas atividades relacionadas aos aspectos construtivos da implantação


das Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu - Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas - Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas - Itacaiúnas e Subestações
Associadas apresentam potencial para emissão de poluentes atmosféricos e material
particulado (poeira), e geração de poluição sonora (ruídos),.

O monitoramento destas atividades, e, consequentemente, mitigação dos impactos


causados por estes aumentos nos níveis de emissão de gases, poeiras e ruídos são o

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foco desse Programa. Para tanto, o monitoramento das fontes emissoras de poluentes
para a atmosfera e geradoras de ruídos será realizado mediante atividades específicas,
denominadas, neste documento, como Projeto de Controle de Poluição Atmosférica e
Projeto de Prevenção de Ruídos.

Com base nas informações levantadas frente a execução destes Projetos, o


empreendedor e construtora poderão verificar, dentro das possíveis ações a serem
desenvolvidas e apresentadas a seguir, o controle e mitigação dos respectivos impactos
ambientais.

3.6.5 - Projeto de Controle da Poluição Atmosférica

a) Apresentação

A implantação de empreendimentos de linha de transmissão demanda a mobilização de


máquinas e equipamentos para as obras de construção civil, abertura de acessos,
supressão de vegetação, dentre outras atividades, que podem gerar emissões de
poluentes no ar, principalmente material particulado, tanto devido às emissões
decorrentes dos escapamentos de veículos automotores, como na forma de poeira
durante o trânsito de veículos e movimentação de solos e materiais.

O uso de máquinas, equipamentos e veículos automotores movidos a diesel durante a


implantação do empreendimento é imprescindível, ocorrendo emissão de poluentes em
quantidade e local de acordo com cada avanço e etapa das obras. Desta forma,
considera-se principalmente a emissão de poluentes do ar no transporte de materiais,
remoção de vegetação, atividades de escavação, terraplanagem e execução das
fundações das torres.

A poluição do ar constitui-se em importante aspecto relacionado à saúde humana, ao


meio ambiente e materiais. A diversidade de poluentes do ar que atinge os receptores,
sua composição química, sua concentração, o tempo de exposição e os riscos de cada
espécie química constituem fatores que determinam possível degradação da qualidade
do ar.

A eficácia esperada para as medidas indicadas neste programa é apresentada a seguir:

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Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Aumento da poluição por material particulado

Priorizar a utilização de
equipamentos e veículos mais
Preventivo Implantação Média Empreendedor
eficientes e com menores taxas
de emissão de poluente

Priorizar a utilização de vias


Preventivo Implantação Média Empreendedor
asfaltadas

Realizar a umectação das vias


Preventivo Implantação Média Empreendedor
não asfaltadas

Utilizar lonas para recobrimento


de caminhões no transporte de
materiais e proteção dos
Preventivo Implantação Média Empreendedor
insumos armazenados em
canteiros de obras e frentes de
serviço

b) Justificativa

O programa justifica-se pela necessidade de evitar o impacto do trânsito de veículos, em


geral movidos a diesel, e a emissão de poeiras nas comunidades lindeiras ao
empreendimento, canteiros de obras e vias de acesso.

c) Objetivos

Objetivo geral

Este projeto tem por finalidade adotar ações de redução, controle e monitoramento da
emissão de materiais particulados e poluentes atmosféricos durante a fase de
implantação do empreendimento, assegurando o atendimento à legislação ambiental,
como a Portaria IBAMA n° 85 de 17 de outubro de 1996, dentre outras, e às normas
técnicas pertinentes, de forma a evitar impactos às comunidades próximas ao
empreendimento.

Objetivos específicos

 Monitorar a emissão de poluentes atmosféricos e material particulado (poeira),


durante a implantação do empreendimento;
 Aplicação de medidas preventivas e corretivas para minimização de poluentes
do ar, quanto aos parâmetros de material particulado e emissões gasosas;
 Atender os requisitos legais brasileiros vigentes relacionados aos aspectos de
qualidade do ar;

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 Reduzir os possíveis impactos às comunidades localizadas no entorno ao


empreendimento.

d) Indicadores Ambientais

Os indicadores desse programa consistem nos seguintes itens:

 Enquadramento de todas as máquinas, equipamentos e veículos nos requisitos


normativos de emissões, segundo o parâmetro de opacidade;
 Constatação de emissão de material particulado, originado nas vias, canteiros e
tráfego de veículos de carga;
 Número de ocorrências mensais de reclamações da comunidade, agravando-se
no caso de reincidência.

e) Público-alvo

O público-alvo deste programa são as empresas e trabalhadores contratados para


construção do empreendimento, órgãos ambientais, comunidades circunvizinhas ao
empreendimento e o empreendedor.

f) Metodologia

Este projeto deverá ser executado através de avaliações mensais de todas as máquinas,
equipamentos e veículos automotores utilizados na obra, com a utilização da escala de
Ringelmann, a qual permite a avaliação colorimétrica da densidade de fumaça e é
constituída de seis padrões com variações uniformes de tonalidade entre o branco e o
preto, numerados de 0 a 5, conforme abaixo:

0 – Fumaça totalmente branca (densidade 0%);


1 – Fumaça com linhas pretas de reticulado de 1 mm de espessura, com espaços
brancos de 9 mm (densidade 20%);
2 - Fumaça com linhas pretas de 2,3 mm de espessura, com espaços brancos de 7,7
mm (densidade 40%);
3 - Fumaça com linhas pretas de 3,7 mm de espessura, com espaços brancos de 6,3
mm (densidade 6%);
4 - Fumaça com linhas pretas de 5,5 mm de espessura, com espaços brancos de 4,5
mm (densidade 80%);
0 – Fumaça totalmente preta (densidade 100%).

202/397 Julho de 2015


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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Deverá ser realizada a comparação visual da escala de Ringelmann com a fuligem


emitida na extremidade dos tubos de escape. Sendo que serão aceitos os padrões de
emissão de fumaça 1 e 2, sendo:

 Ringelmann n° 1 para emissão de fumaça preta emitida por fontes


estacionárias; e
 Ringelmann n° 2 para emissão de fumaça preta emitida por veículos a diesel a
qualquer altitude em operação normal.

No caso de detecção de padrões superiores de emissão, os veículos ou equipamentos


deverão ser encaminhados para manutenção, de forma a evitar a continuação da
emissão de fumaça preta em excesso.

A execução deste projeto contempla ainda o monitoramento mensal de emissão de


material particulado na forma de poeira, gerado pelo trânsito de veículos em vias não
asfaltadas, atividades de escavações e terraplanagens e no transporte de materiais,
como areia, argila, dentre outros, prevendo-se procedimentos preventivos e corretivos,
como o uso de lonas sobre os caminhões durante o transporte dos materiais e o
umedecimento das vias não asfaltadas, na medida do possível, visando evitar incômodos
às comunidades lindeiras e o atendimento dos requisitos legais vigentes.

g) Descrição do programa

i. Avaliação prévia de máquinas, equ ipamentos e veículos


automotores

Todas as máquinas, equipamentos e veículos automotores deverão ser inspecionados


previamente à sua utilização nas obras desse empreendimento, de maneira que
atendam aos requisitos normativos vigentes relacionados às suas emissões de poluentes
do ar, especialmente aqueles que possuem motor a diesel. A avaliação será realizada
pelo parâmetro fumaça, utilizando-se a escala de Ringelmann.

ii. Identificação e avaliação de máquinas, equipamentos e veículos


automotores

Todas as máquinas, equipamentos e veículos automotores deverão ser identificados e


registrados. As alterações de número, tipo de máquina, equipamento e veículo

Julho de 2015 203/397


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Plano Básico Ambiental

automotor deverão ser informadas mensalmente, de maneira que estejam cadastradas


anteriormente à realização das avaliações por amostragem.

Os operadores ou condutores deverão receber treinamento para providenciar as


manutenções preventivas e corretivas, garantindo que os motores a diesel não operem
sob condições inadequadas ou alteradas. Veículos automotores a gasolina e álcool
deverão ser relacionados e avaliados periodicamente.

O monitoramento amostral de emissão de máquinas, equipamentos e veículos


automotores será realizado mensalmente, com registro das condições encontradas,
relacionando os encaminhamentos e medidas adotadas.

iii. Identificação e avaliação de fontes de emissão de material


particulado

Quanto à identificação de fontes de emissão de material particulado, estas encontram-


se principalmente nas vias de acesso não pavimentado e caminhos de serviço, que
deverão ser relacionados e avaliados periodicamente. A avaliação será visual,
empregando-se a umectação das vias, quando se mostrar necessário e possível.

As contratadas deverão instruir os condutores a utilizarem as vias de menor impacto às


comunidades, definindo por escrito e submetendo à aprovação prévia do empreendedor
as rotas de acesso. Caso ocorra a necessidade de alteração das rotas, por qualquer
motivo, o empreendedor deverá ser consultado com antecedência, devendo-se justificar
a atualização ou alteração.

Os veículos automotores deverão ser lavados periodicamente, minimizando a


quantidade de solo e brita, desprendidos nas vias pavimentadas, ocorrendo especial
atenção em dias posteriores ou com ocorrência de chuva. A possibilidade de
desprendimento de solo dos veículos automotores aumenta principalmente junto dos
acessos das vias pavimentadas, quando os veículos não realizam a remoção do material
que pode se desprender inclusive ao longo do trajeto. Caso isso seja constatado, pela
fiscalização do empreendedor, as contratadas deverão providenciar a remoção e
limpeza. Deverão ser evitadas quaisquer formas de reclamação por parte da comunidade
e dos órgãos fiscalizadores de tráfego.

As caçambas de caminhões basculantes destinados ao transporte de solo, brita e areia


deverão ser protegidas pelo uso de tela ou lona, reduzindo-se a emissão de material
particulado.

204/397 Julho de 2015


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Plano Básico Ambiental

iv. Uso de EPI

O uso de EPI, nesse caso as máscaras contra poeiras, será obrigatório para trabalhadores
vinculados às obras de implantação do empreendimento, em áreas com intensa emissão
de material particulado.

v. Incômodos à comunidade

Caso seja percebida insatisfação da comunidade, constatadas e encaminhadas através


do Programa de Comunicação Social ou através de outros meios, deverão ser reforçadas
as medidas preventivas e corretivas por parte das contratadas.

h) Atividades a serem desenvolvidas

As frentes de obras e canteiros deverão ser inspecionados periodicamente por um


técnico ambiental, o qual registrará os veículos e equipamentos avaliados, atividades
executadas e situações de não conformidade em relatório descritivo e fotográfico, a ser
elaborado mensalmente.

As situações de não conformidade observadas deverão ser comunicadas à equipe de


Gestão Ambiental, a qual deverá encaminhar aos responsáveis pela adoção das medidas
adequadas à solução da não conformidade.

i) Cronograma Executivo e de Relatórios

Este subprograma de Controle da Poluição Atmosférica deverá ser executado durante


toda a obra para implantação do empreendimento. Deverão ser elaborados relatórios
semestrais para envio ao órgão ambiental das atividades de Controle da Poluição
Atmosférica de forma integrada ao Plano de Gestão Ambiental.

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Fase de Implantação (meses)


Atividade Periodicidade
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12

Avaliação prévia de máquinas, equipamentos e veículos


Primeiro mês
automotores

Identificação e avaliação de máquinas, equipamentos e


Mensal
veículos automotores

Identificação e avaliação de fontes de emissão de material


Diariamente
particulado

Elaboração de relatório para envio ao órgão ambiental Semestral

Elaboração de relatório final para envio ao órgão ambiental Final

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j) Equipe Técnica

A execução do Projeto de Controle da Poluição Atmosférica deverá ser realizada por um


técnico ambiental ou de segurança do trabalho por frente de obra, o qual inspecionará
as obras diariamente registrando as emissões atmosféricas decorrentes do trânsito de
veículos em vias não pavimentadas e as interferências nas comunidades lindeiras, bem
como avaliará todas as máquinas, equipamentos e veículos automotores quanto à
emissão de fumaça, utilizando-se a escala de Ringelmann.

Quadro 20 – Relação de profissionais sugeridos.


Profissional Quantidade Função

- Inspeção das obras diariamente registrando as emissões


atmosféricas decorrentes do trânsito de veículos em vias não
pavimentadas;
Técnico ambiental ou de 01 por frente de
- Interferências nas comunidades lindeiras;
segurança do trabalho obra
- Avaliação de máquinas, equipamentos e veículos
automotores quanto à emissão de fumaça, utilizando-se a
escala de Ringelmann

k) Responsáveis Técnicos

Eng. Ambiental Anderson Spolavori Pereira, CREA-RS 184.330 - Registro CTF 5.678.124.

l) Instituições Envolvidas

Empreendedor, construtora, trabalhadores, órgãos ambientais e comunidades lindeiras.

m) Relação com outros Programas

O Projeto de Controle da Poluição Atmosférica relaciona-se com os seguintes


programas: Plano de Gestão Ambiental, Programa de Comunicação Social, Programa de
Educação Ambiental e Programa Ambiental da Construção.

n) Referências Bibliográficas

COELHO, Paulo. Escala Ringelmann. Disponível em


<http://www.engquimicasantossp.com.br/2013/08/escala-ringelmann.html>. Acessado
em maio de 2015.

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3.6.6 - Projeto de Prevenção de Ruídos

a) Apresentação

A poluição sonora, principalmente em áreas urbanas e industriais, é fator determinante


de incômodo à vizinhança. Com a finalidade de controlar e reduzir a poluição sonora
nas fontes geradoras, a legislação brasileira estabelece normas de avaliação em fontes e
receptores.

A Resolução CONAMA 01/90 estabelece que os níveis de ruídos, em decorrência de


quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas, inclusive as de
propaganda política, obedecerão, no interesse da saúde e do sossego público, aos
padrões, critérios e diretrizes estabelecidos na ABNT NBR 10.152:87 Versão corrigida:
1992, que fixa índices aceitáveis de ruídos, visando o conforto da comunidade e a
proteção da saúde.

O Inciso II da Resolução supracitada estabelece também que são prejudiciais à saúde e


ao sossego público, os ruídos com níveis superiores aos considerados aceitáveis pela
ABNT NBR 10.151.

O Inciso IV estabelece que a emissão de ruídos produzidos por veículos automotores e


os produzidos no interior dos ambientes de trabalho obedecerão às normas expedidas,
respectivamente, pelo Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN e pelo órgão
competente do Ministério do Trabalho.

Conforme apresentado no Capítulo 4 do EIA (Caracterização do Empreendimento),


durante as obras está prevista a utilização de equipamentos, máquinas e veículos com
potencial de gerar ruídos, cuja relação está apresentada na Tabela 4 a seguir. Além
destes, as próprias atividades de construção civil são responsáveis por gerar ruídos que
podem impactar negativamente as comunidades do entorno. Desta forma, torna-se
necessária a implantação de um Projeto de Prevenção de Ruídos, com o objetivo de
minimizar o incomodo da poluição sonora nas comunidades afetadas.

Tabela 4 - Principais equipamentos geradores de ruídos.


Etapa de construção/montagem
Equipamento Descrição
do empreendimento

Equipamento utilizado para mistura de


Obra Civil Betoneira materiais necessários a produção de
concreto.

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Etapa de construção/montagem
Equipamento Descrição
do empreendimento

Disco ou lâmina de metal utilizado para


cortar madeira ou outros materiais;
Serras Circulares
pode também referir-se à máquina que
segura o lâmina

Máquina utilizada para compactar,


Compactadores (sapo) de solo comprimir ou diminuir as dimensões do
solo

Equipamento utilizado para execução de


fundações profundas em grandes
construções. Método no qual se crava
Bate Estacas
estacas no solo, que podem ser pré-
moldadas em concreto, madeira,
metálica, etc.

Máquina que realiza perfurações em


solo ou rochas com o objetivo de
Perfuratriz
produzir um furo para construção de
fundações.

Fontes de energia elétrica, acionado por


Geradores motor de combustão (óleo diesel, gás
natural, biogás, etc.)

Trator com uma pá montada na frente e


Retroescavadeira
outra pequena na traseira

Equipamento utilizado para manuseio


Pá Carregadeira
de materiais

Equipamento com sistema hidráulico


para movimentação, içamento, remoção
Caminhão Guindauto
de equipamentos e máquinas industriais
e de construção civil.

Equipamentos utilizados em demolições


Rompedores e quebra de pisos, vigas, sapatas,
concreto de alta resistência, etc.

Equipamento utilizado para sucção e


Moto Bomba
drenagem de áreas alagadas

Trator Máquina que exerce tração

Equipamento utilizado para vibração de


Vibrador
concreto

Serra acionada por um motor, utilizada


Motosserra
na poda e supressão de vegetação

Equipamento utilizado para corte de


Policorte
ferragens

Equipamento utilizado para poda de


Roçadeira de Grama
vegetação rasteira

Caminhão com carroceria de caçamba


Caminhão Basculante basculante para transporte de materiais
(areia, brita, etc.)

Lançamento de Cabos Puller Freio e Puller são equipamentos que


trabalham conjuntamente nas atividades

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Etapa de construção/montagem
Equipamento Descrição
do empreendimento
de lançamento de cabos, de forma que,
Freio à medida que o Freio solta os cabos
condutores, o Puller os puxa.

Equipamento utilizado para a elevação e


Guindaste a movimentação de cargas e materiais
pesados

São máquinas térmicas alternativas, de


combustão interna, destinadas ao
GMG - Grupo Motor Gerador
suprimento de energia mecânica ou
força motriz de acionamento

Equipamento utilizado para amenizar a


alta capacitância nos sistemas de linhas
de transmissão e que podem sofrer
Reator de Alta Tensão 500 kV
Subestações variações indesejáveis de tensão seja por
chaveamentos ou em momentos de
baixa demanda

Transformadores de Alta Tensão


utilizados para elevar ou abaixar a
Autotransformadores 500 kV tensão elétrica possibilitando assim a
transmissão da energia em níveis
adequados para cada região
Fonte: ATE XXI, 2014

A eficácia esperada para as medidas indicadas neste programa é apresentada a seguir:

Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Afugentamento da fauna

Realizar treinamento com os


Preventivo e
trabalhadores e supervisão Implantação Alta Empreendedor
mitigador
ambiental das obras

Demarcar de forma clara e


precisa os limites das áreas a
Preventivo e
serem utilizadas para evitar o Implantação Alta Empreendedor
mitigador
trânsito de trabalhadores e
máquinas em outras áreas

Realizar manutenção periódica


dos veículos automotores, Preventivo Implantação Alta Empreendedor
equipamentos e máquinas

b) Justificativa

A geração de ruídos durante as fases de implantação da linha de transmissão, originada


principalmente pelo uso de máquinas e equipamentos, determina a necessidade de
ações que minimizem possíveis impactos à saúde humana e ao meio ambiente na área
do empreendimento e entorno.

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c) Objetivos

Objetivo geral

Estabelecer diretrizes e procedimentos com a finalidade de minimizar os possíveis


impactos ambientais gerados pela poluição sonora, sob o aspecto prevencionista,
baseando-se e atendendo a legislação aplicável.

Objetivos específicos

 Implantar e executar avaliações através de monitoramentos periódicos pela


medição de níveis de ruído efetivamente emitidos pelas atividades de
implantação do empreendimento, atuando na minimização preferencialmente
na fonte de geração de ruído.
 Manter os níveis de emissão de poluição sonora compatíveis com os níveis
estabelecidos através da legislação vigente, considerando os diferentes tipos de
uso de solo predominantes na área de influência direta do empreendimento.
 Subsidiar e garantir a adoção de medidas preventivas e de atenuação que
compatibilizem a geração de ruído com o conforto acústico de trabalhadores e
da comunidade de entorno, segundo a legislação aplicável.

d) Indicadores Ambientais

Os indicadores do programa consistem em:

 Número de ultrapassagem de níveis de pressão sonora, mensuradas com uso


de medidor de pressão sonora, considerando o enquadramento de acordo com
a ocupação predominante no entorno imediato;
 Número de registros de incômodos originados nas comunidades na área de
implantação e operação do empreendimento;
 Constatação de prejuízo ao sistema auditivo de trabalhadores da obra.

e) Público-alvo

O público-alvo do programa abrange as comunidades lindeiras, órgãos ambientais,


trabalhadores próprios e terceiros e o empreendedor.

Julho de 2015 211/397


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f) Metodologia

O presente projeto considera a execução de campanhas periódicas de avaliação dos


níveis de ruídos gerados durante as obras de implantação do empreendimento em
relação à situação anterior às obras, segundo os procedimentos e diretrizes da NBR
10.151/2000, que fixa as condições exigíveis para avaliação da aceitabilidade do ruído
em comunidade, e Decisão de Diretoria no 100/2009/P da CETESB, que dispõe sobre a
aprovação do procedimento para avaliação de níveis de ruído em sistemas lineares de
transporte.

Para tanto, deverão ser observados os procedimento descritos a seguir.

g) Descrição do programa

A execução do programa deve considerar a identificação das fontes de ruído


previamente à sua utilização durante a fase de implantação e a realização de uma
campanha antes do início das atividades de implantação do empreendimento. Esta
campanha deverá considerar a proximidade da linha de transmissão com as
comunidades lindeiras, as áreas das subestações e os canteiros de obras. Os pontos
monitorados nesta primeira campanha deverão ser os mesmos considerados nas
campanhas posteriores.

Deverá ser realizada uma seleção criteriosa das máquinas, equipamentos e veículos a
serem utilizados nas obras, que atendam à legislação relacionada ao ruído e que possam
permitir uso de dispositivos atenuadores de emissão sonora. Deverão ser realizadas
ações de manutenção preventiva e corretiva, quando necessárias, de maneira que as
fontes identificadas não apresentem alterações quanto às suas características de emissão
de ruído durante a fase de implantação do empreendimento.

Recomenda-se, ainda, que as atividades de implantação do empreendimento sejam


realizadas em período diurno.

Durante as obras de implantação do empreendimento, deverão ser realizadas medições


periódicas, trimestralmente, dos níveis de ruído ambiente (Lra) realizadas nos limites dos
canteiros de obras, subestações e em pontos externos, nos mesmos pontos do
monitoramento inicial. Poderão ser incluídos novos pontos de monitoramento de ruído,
mesmo fora de áreas habitadas, para comparação com valores de referência, aplicando-
se a canteiros de obras e subestações.

212/397 Julho de 2015


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Deverão ser medidos os valores de Lra e Leq, segundo a NBR 10.151, assim como os
índices estatísticos L10, L50, L90 para melhor caracterizar o ambiente acústico local. Todas
as medições deverão ser realizadas a 1,2m do solo e pelo menos 2,0m afastados de
quaisquer superfícies refletoras, não devendo ser realizadas caso existam interferências
audíveis advindas de fenômenos da natureza (trovões, chuvas fortes, etc.). Segundo a
NBR 10.151/2000, o tempo de medição deverá ser escolhido de forma a permitir a
caracterização do ruído em questão. Nesse caso, recomenda-se que o tempo de
medição não seja inferior a dez minutos, com leituras nos períodos diurno e noturno.
Ressalta-se a necessidade de registro da velocidade do vento durante a medição,
devendo-se evitar medições quando a velocidade do vento for superior a 5,0 m/s.

Os valores dos níveis de ruído encontrados deverão ser comparados novamente com o
nível critério de avaliação (NCA) estabelecido nas normas referidas. Caso tais valores
sejam superiores, medidas mitigadoras complementares deverão ser introduzidas, para
adequar o ruído emitido pelo empreendimento. Neste caso deverá ser feita nova
medição após as ações para redução do ruído.

Para a fase de comissionamento, envolvendo etapas de teste e pré-operação do


empreendimento, deverá ser realizado monitoramento de ruído, nos limites das
subestações.

Deverão ser elaborados relatórios periódicos a cada campanha de medição de ruídos,


analisando-se o histórico de medições das campanhas anteriores.

h) Atividades a serem desenvolvidas

Deverão ser executadas campanhas semestrais de medição de ruídos em pontos fixos


predeterminados, ao longo de todo o traçado do empreendimento, em pontos próximos
a comunidades e sensíveis, subestações e nos canteiros de obras, cujos resultados
deverão ser comparados com os níveis estabelecidos na Norma NBR 10151 e
apresentados em relatórios conclusivos, demonstrando o histórico das medições
anteriores.

i) Cronograma Executivo e de Relatórios

Este programa deverá ser executado durante toda a fase de implantação do


empreendimento, considerando a realização de campanhas trimestrais de
monitoramento de ruídos nos limites de canteiros, subestações e em pontos externos.

Julho de 2015 213/397


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Deverão ser elaborados relatórios semestrais para envio ao órgão ambiental das
atividades de Monitoramento de Ruídos de forma integrada ao Plano de Gestão
Ambiental.

214/397 Julho de 2015


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Fase de Implantação (meses)


Atividade Periodicidade
-01 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12

Execução de campanha prévia à implantação do


-
empreendimento

Campanhas periódicas de medição de ruídos Semestral

Campanhas de medições de ruídos na fase de comissionamento -

Elaboração de relatórios periódicos ao órgão ambiental Semestral

Elaboração de relatório final ao órgão ambiental Final

Julho de 2015 215/397


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j) Equipe Técnica

O Projeto de Prevenção de Ruídos deverá ser executado por um engenheiro de


segurança do trabalho e meio ambiente e um auxiliar técnico, conforme quadro abaixo.

Quadro 21 – Relação de profissionais sugeridos.


Profissional Quantidade Função

01 Engenheiro - Realização de medições periódicas;


de Segurança do - Avaliação dos resultados e indicadores ambientais;
Coordenador
Trabalho e Meio - Identificação e proposição de medidas preventivas ou
Ambiente corretivas necessárias.

Auxiliar técnico 01 - Auxiliar nas medições e elaboração de relatórios.

k) Responsável Técnico

Eng. Ambiental Anderson Spolavori Pereira, CREA-RS 184.330 - Registro CTF 5.678.124.

l) Instituições Envolvidas

Empreendedor, construtora, trabalhadores, comunidades lindeiras e órgãos ambientais.

m) Relação com outros Programas

O Projeto de Prevenção de Geração de Ruídos relaciona-se com os seguintes programas:


Plano de Gestão Ambiental, Programa de Comunicação Social e Plano Ambiental da
Construção.

n) Referências Bibliográficas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.151:2.000: Acústica -


Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade –
Procedimento. Rio de Janeiro, 2003.

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Decisão de Diretoria n°


100/2009/P, de 19 de maio de 2009: Dispõe sobre a aprovação do Procedimento para
Avaliação de Níveis de Ruído em Sistemas Lineares de Transporte. Diretoria Plena da
CETESB, São Paulo, 2009.

216/397 Julho de 2015


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3.6.7 - Programa de Proteção ao Trabalhador e Segurança no


Trabalho

a) Apresentação

O presente programa apresenta as principais exigências a serem cumpridas durante a


execução das obras de implantação da linha de transmissão e visa estabelecer as
condições necessárias e suficientes para que os cuidados com a Proteção ao Trabalhador
e Segurança no Trabalho dos trabalhadores sejam efetivamente tomados.

Este programa contempla as atividades descritas a seguir:

 Diretrizes Gerais para Proteção ao Trabalhador e Segurança no Trabalho;


 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção;
 Ações Preventivas de Caráter Educacional;
 Ações Preventivas, de Controle e Comunicação de Acidentes.

A eficácia esperada para as medidas indicadas neste programa é apresentada a seguir:

Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Acidentes de trabalho

Sensibilizar os trabalhadores
para a adoção de medidas de Preventivo Implantação Media Empreendedor
segurança

Elaboração do Programa de
Gerenciamento de Risco e do
Plano de Atendimento a
Preventivo/
Emergências, pelos profissionais Implantação Alta Empreendedor
mitigador
responsáveis pela saúde e
segurança dos trabalhadores
durante as obras

Implantação de ambulatório com


Preventivo/
profissionais da área de saúde Implantação Alta Empreendedor
mitigador
nos canteiros de obra

b) Justificativa

A implantação deste Programa é baseada no atendimento às legislações vigentes no


país, relacionadas com as atividades de Segurança no Trabalho. A partir das orientações
previstas neste documento, a implantação do Empreendimento seguirá as normas, leis
trabalhistas e decretos sancionados.

Julho de 2015 217/397


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No Brasil8, a Norma Regulamentadora NR-18 do Ministério do Trabalho e Emprego, que


trata das condições e meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção – PCMAT,
estabelece, entre os seus diversos itens, diretrizes de ordem administrativa, de
planejamento e de organização, que visam a implementação de medidas de controle e
sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de
trabalho na Indústria da Construção. A NR-11 – que versa sobre transporte,
movimentação, armazenagem e manuseio de materiais estabelece os requisitos de
segurança observados nos locais de trabalho, tanto de forma mecânica quanto manual,
objetivando a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. Adicionalmente, durante
a implementação do empreendimento, deverá ser considerada a NR-10, que estabelece
os requisitos e condições mínimas para a segurança e a saúde dos trabalhadores que,
direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade; e
a NR-35, que define os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em
altura, envolvendo o planejamento a organização e a execução, de forma a garantir a
segurança e saúde dos trabalhadores envolvidos direta e indiretamente com esta
atividade.

O presente programa se justifica plenamente, considerando o contingente de


trabalhadores envolvidos nas obras de construção e montagem do empreendimento, as
características peculiares das obras e a localização das mesmas e, considerando ainda o
que consta da Portaria MTb nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho, que regulamenta,
através de 36 (trinta e seis) Normas Regulamentadoras (NR), a segurança e saúde no
trabalho.

c) Objetivos

Objetivo geral

O objetivo do Programa de Proteção ao Trabalhador e Segurança no Meio Ambiente de


Trabalho é proporcionar ambientes de trabalho dentro das condições adequadas ao
desenvolvimento das atividades laborais favorecendo a prevenção de acidentes através
da eliminação ou minimização dos riscos, visando a integridade física dos trabalhadores
envolvidos em todas as fases do empreendimento.

8
Fonte: http://www.fundacentro.gov.br/dominios/PROESIC/anexos/fact_15%20(2).pdf. Acesso em 13 de
junho de 2013.

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Objetivos Específicos

 Identificar e caracterizar antecipadamente os riscos;


 Avaliar os agentes detectados e passíveis de provocar danos à saúde ou
integridade física do trabalhador;
 Estabelecer controle efetivo dos meios aplicados na prevenção de acidentes ou
doenças, monitorando e verificando as alterações ou situações dos agentes
(físicos, químicos e biológicos) ou novas situações que se apresentem no
ambiente de trabalho e, que de alguma forma, estejam ou possam vir a
provocar danos à saúde e à integridade física dos trabalhadores;
 Registrar e divulgar apropriadamente os dados e as informações levantadas,
conscientizando os empregados sobre os riscos a que estão submetidos e suas
respectivas medidas de controle;
 Realizar a comunicação de acidente do trabalho (CAT) através do site da
Previdência Social de maneira a cumprir a Lei nº 8.213/91 que determina no
seu artigo n. 22 que todo acidente do trabalho ou doença profissional deverá
ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena de multa em caso de omissão.

d) Indicadores Ambientais

São indicadores de efetividade:

 100% de atendimento das metas do Programa de Prevenção de Riscos


Ambientais - PPRA;
 Atendimento do limite máximo admissível para a Taxa de Frequência de
Acidentes com Afastamento - TFCA.
 Atendimento do limite máximo admissível para a Taxa de Frequência de
Acidentes sem Afastamento - TFSA.
 Atendimento do limite máximo admissível para a Taxa de Gravidade9.

e) Público-alvo

Trabalhadores próprios e terceirizados, empreiteiras contratadas, comunidade


circunvizinhas ao empreendimento e visitantes.

9
A Taxa de Gravidade é uma forma de a empresa determinar qual a previsão de dias perdidos para cada
acidente ocorrido na empresa.

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f) Metodologia

A metodologia deverá atender as premissas preconizadas na legislação adotando


dispositivos sistemáticos de acompanhamento da segurança do ambiente de trabalho e
estado de saúde dos trabalhadores diretamente envolvidos na implantação do
empreendimento.

Ações preventivas de proteção ao trabalhador e segurança no trabalho deverão ser


promovidas através de treinamentos admissionais e periódicos de maneira a minimizar
acidentes de trabalho e afastamento por doença ocupacional.

g) Descrição do Programa

i. Ações de Atendimento a Legislação Vigente

Implantação do SESMT - Serviço Especializado em Segurança e Medicina no Trabalho:


Deverão ser mantidos, em cada obra, um SESMT – Serviço Especializado em Engenharia
e em Medicina do Trabalho, registrado na SRTE - Superintendência Regional do Trabalho
e Emprego, obedecendo no mínimo ao Quadro II da NR-4, levando-se em consideração
o número de trabalhadores. O empreendedor poderá, no interesse da melhoria da
Saúde e da Segurança em sua área, promover a cooperação entre o SESMT de diversas
contratadas que porventura existam na área, nas formas previstas na NR-4 e dentro dos
limites de cada contrato.

Elaboração do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA): A Empreiteira


deverá, com base no Mapa de Riscos Ambientais, elaborar um PPRA, conforme NR-9, o
qual deve conter no mínimo a seguinte estrutura:

 Planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;


 Estratégia e metodologia de ação;
 Forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;
 Periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.

O planejamento dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) necessários a cada tipo


de serviço deve constar no PPRA caso não seja possível a adoção de medidas de
eliminação dos riscos. O fornecimento, o controle e a obrigação ao uso deverão estar de
acordo com a NR-6. A Empreiteira deverá sinalizar as áreas indicando a obrigatoriedade
de uso e o tipo adequado de EPI a ser utilizado.

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Elaborar um Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da


Construção (PCMAT), conforme a NR-18: deve contemplar no mínimo os seguintes
documentos:

 Memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e


operações, levando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do
trabalho e suas respectivas medidas preventivas;
 Projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas
da execução da obra;
 Especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas;
 Cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT;
 Layout inicial do canteiro de obra, contemplando, inclusive, previsão de
dimensionamento das áreas de vivência;
 Programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e
doenças do trabalho, com sua carga horária.

Está determinado também na NR-18 que todo canteiro de obras deve contar com a
presença de áreas de vivência mantidas em perfeito estado de conservação, higiene e
limpeza, e que sejam equipadas com instalações sanitárias, vestiário, local de refeições,
lavanderia; área de lazer; ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com 50
(cinquenta) ou mais trabalhadores.

Instalações de Uso Temporário:

Quando da necessidade de construir ou alugar um prédio para uso temporário, tais


como alojamentos, vestiários e oficinas, a Construtora e seus subcontratados deve
adotar medidas de Saúde e Segurança submetendo-as para aprovação da Contratante.
No mínimo os seguintes requisitos devem ser seguidos, quando aplicáveis:

 Instalações elétricas, máquinas, equipamentos, tanques e container metálicos


devem ser protegidos contra contatos, choques elétricos, curto circuito e
descargas atmosféricas;
 Os alojamentos, instalações auxiliares e locais de descanso a serem construídos
devem possuir cômodos com dimensões apropriadas para o conforto e higiene,
conforme requerido pela NR 18, item 18.4;
 Todas as instalações devem ser providas de extintores devidamente localizados
e sinalizados conforme regulamentos locais do Corpo de Bombeiros ou
conforme NR 23, itens 23.15, 23.16 e 23.17;

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 As áreas para estocagem de alimentos e preparação de refeições quando de


responsabilidades da Construtora e seus subcontratados devem ser aprovadas
através de Alvará da Vigilância Sanitária;
 O projeto de tratamento dos esgotos sanitários ou da instalação de banheiros
químico deve ser submetido à aprovação da equipe de SESMT da Contratante;
 É proibida a utilização de escadas metálicas nas atividades com risco de choque
elétrico;
 Não é permitido nenhum tipo de improvisação de sistemas, fiação e
equipamentos energizados que gere riscos adicionais aos trabalhadores
envolvidos.

Para alimentação nos locais de trabalho considerar que:


 É proibido a preparação ou aquecimento de refeições nas frentes de serviços,
propriedades visitadas, etc., conforme especificado na NR 18. As refeições
provenientes do restaurante devem ser transportadas em recipientes
hermeticamente fechados os quais as mantém aquecidas;
 As refeições devem ser fornecidas em embalagens individuais;
 Para todas as equipes de campo deverá ser disponibilizada água potável em
recipientes hermeticamente fechados e/ou copos individuais, conforme previsto
na NR 24, item 24.7;
 Todos os resíduos provenientes das refeições (embalagens, sobras de
alimentos, etc...) devem ser recolhidos, armazenados em sacos plásticos de
acordo com a natureza de cada resíduo e levados até lixeira para disposição
adequada conforme diretrizes do Programa de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos.

Elaboração de Plano de Atuação da CIPA: A Empreiteira deverá criar, para todas as áreas
de obras, uma CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, de forma a
transmitir a todo o pessoal envolvido as normas de segurança a serem cumpridas
durante o período de implantação da Linha de Transmissão. Devem ser observados os
requisitos estabelecidos na NR-5 do Ministério do Trabalho. A empreiteira deverá
permitir a participação de empregados de suas subcontratadas, na sua CIPA, quando
estas, por estarem aquém das exigências legais, não forem obrigadas a constituir CIPA
própria.

Comunicação de Acidentes: os acidentes com ou sem afastamento, deverão ser


comunicados ao empreendedor, num prazo máximo de 24 horas, de maneira detalhada

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e indicando as providências tomadas, independentemente da comunicação obrigatória


prevista na Legislação. No caso de ocorrência de acidente fatal, a empreiteira deverá:
 Comunicar o acidente de forma “imediata” ao empreendedor e, conforme a
NR-18 item 18.31, aos organismos competentes nos níveis federal, estadual e
municipal;
 Providenciar para que, com a máxima urgência, os familiares sejam notificados
do ocorrido, fornecendo o devido apoio social;
 Instituir, formalmente, uma comissão de investigação, em até 48 horas após o
acidente, para, no prazo máximo de 15 dias, identificar as causas e recomendar
medidas que se façam necessárias para evitar acidentes semelhantes;
 Elaborar um relatório contendo no mínimo

o Descrição do acidente;
o Local preciso;
o Dados relativos à(s) pessoa(s) acidentada(s);
o Causas básicas e imediatas;
o Providências a serem tomadas visando prevenir repetição.

 Garantir à comissão autoridade e autonomia suficiente para conduzir as


investigações sem quaisquer restrições;
 Concluídos os trabalhos da comissão, caberá ainda à Empreiteira, por
solicitação do empreendedor, a divulgação dos resultados do relatório, de
modo a repassar a experiência no acidente às demais empresas contratadas.

Deverão ser observadas rigorosamente, além das NRs destacadas anteriormente, as


demais NRs aplicáveis, constantes da Portaria MTb nº 3.214/78 do Ministério do
Trabalho, devendo os programas e planos serem revisados e atualizados pelo
Empreendedor e seus subcontratados nos prazos estabelecidos ou quando detectada
necessidade de complementação ou alteração.

A seguir apresentamos a listagem dos principais requisitos aplicáveis a saúde e


segurança.

Quadro 22 - Relação das Normas Regulamentadoras que tem relação com a implantação da
Linha de Transmissão
Norma Diretrizes Site para consulta

NR 1 Disposições Gerais – Define Norma Regulamentadora e http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regul


responsabilidades pelo seu cumprimento amentadoras/nr_01_at.pdf

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Norma Diretrizes Site para consulta

NR 4 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regul


em Medicina do Trabalho – Cria o SESMT e define amentadoras/nr_04.pdf
responsabilidades

NR 5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – Cria a http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regul


CIPA e define responsabilidades amentadoras/nr_05.pdf

NR 6 Equipamento de Proteção Individual - EPI – Dá http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regul


orientações gerais sobre uso de EPI’s amentadoras/nr_06.pdf

NR 7 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regul


Cria o PCMSO e define responsabilidades amentadoras/nr_07_at.pdf

NR 8 Edificações – Estabelece requisitos técnicos mínimos http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regul


que devem ser observados nas edificações, para amentadoras/nr_08.pdf
garantir segurança e conforto aos que nelas trabalhem.

NR 9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – Cria o http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regul


PPRA e define responsabilidades amentadoras/nr_09_at.pdf

NR 10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade – http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regul


Estabelece os requisitos e condições mínimas amentadoras/nr_10.pdf
objetivando a implementação de medidas de controle e
sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e
a saúde dos trabalhadores que, direta ou
indiretamente, interajam em instalações elétricas e
serviços com eletricidade.

NR 11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regul


de Materiais – Estabelece normas de segurança para amentadoras/nr_11.pdf
transporte e movimentação de materiais em locais de
trabalho.

NR 12 Máquinas e Equipamentos – Estabelece critérios para http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regul


disposição e uso de máquinas e equipamentos em amentadoras/nr_12.pdf
locais de trabalho.

NR-15 Atividades e Operações Insalubres– Define atividades e http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regul


operações insalubres, concede direitos e determina amentadoras/nr_15.pdf
responsabilidades.

NR 17 Ergonomia – Estabelecer parâmetros que permitam a http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regul


adaptação das condições de trabalho às características amentadoras/nr_17.pdf
psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a
proporcionar um máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente.

NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regul


da Construção – Estabelece diretrizes de ordem amentadoras/nr_18geral.pdf
administrativa, de planejamento e de organização, que
objetivam a implementação de medidas de controle e
sistemas preventivos de segurança nos processos, nas
condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria
da Construção.

NR 18 Fichas de notificação de acidentes do trabalho. http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regul


amentadoras/nr_18anexo1.pdf

NR 18 Plano de cargas para gruas. http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regul


amentadoras/nr_18anexo3.pdf

NR 21 Trabalhos a Céu Aberto - Estabelece normas para http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regul


segurança de trabalhadores expostos a intempéries. amentadoras/nr_21.pdf

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Norma Diretrizes Site para consulta

NR 24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regul


Trabalho – Segurança e conforto em instalações amentadoras/nr_24.asp
sanitárias, dormitórios, cozinhas e refeitórios.

NR 35 Requisitos mínimos e as medidas de proteção para o http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regul


trabalho em altura, envolvendo o planejamento a amentadoras/nr_35.asp
organização e a execução, de forma a garantir a
segurança e saúde dos trabalhadores envolvidos direta
e indiretamente com esta atividade.

ii. Ações Preventivas de Caráter Educacional

À Construtora cabe promover, para todo o seu pessoal de execução até a supervisão, o
treinamento em Saúde e Segurança, admissional e periódico, dentro do horário de
trabalho, com carga horária mínima de 6 (seis) horas, conforme a NR-18, item 18.28.

O conteúdo desse treinamento deverá ser apresentado para aprovação do


empreendedor e incluir, no mínimo, o que está previsto na NR-18, com:

 Informações sobre as condições e meio ambiente de trabalho;


 Riscos inerentes a sua função;
 Prevenção de riscos ocupacionais de natureza física, química e biológica.
 Uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual – EPIs;
 Informações sobre os Equipamentos de Proteção Coletiva – EPCs, existentes no
canteiro de obra;
 Programas de Prevenção (PPRA, PCMSO, PPP).

O treinamento deverá ser apresentado em linguagem acessível, eventualmente com


conteúdos e meios diferenciados, conforme o nível cultural de cada grupo, com ênfase
na preservação da saúde e segurança.

A Empreiteira deverá apresentar um programa de treinamento periódico para


segurança, dirigido a todos os seus empregados. Dentre os programas necessários,
destacam-se:

 Diálogo Diário de Segurança (DDS) ao início de cada dia;


 Programa de Segurança no Trânsito, com treinamento em direção defensiva
para os condutores de veículos e Programa de Manutenção Preventiva para os
Veículos;
 Treinamento de Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade conforme
preconiza a NR-10;

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 Treinamento para atendimento da NR-35 quando o trabalho é realizado em


altura.

O treinamento periódico será ministrado:

 Sempre que se tornar necessário;


 Ao início de cada fase da obra.

iii. Ações Preventivas e de Controle de caráter geral

São elas:

 Evitar perigos / fatores de risco: Utilizar máquinas, estruturas e ferramentas


adequadas; Planejar criteriosamente, evitando operações de construção
simultâneas e incompatíveis; Considerar cuidadosamente o tempo adequado
para a execução das tarefas de modo a minimizar pressões posteriores.
 Avaliar os perigos e os fatores de risco que não podem ser evitados: Elaborar
planos de inspeção e monitoramento de todas as operações relevantes da
obra, para os fatores de risco envolvidos; Cuidar da manutenção técnica,
verificar regularmente instalações e equipamentos para corrigir eventuais falhas
que possam afetar a segurança e a saúde dos trabalhadores.
 Combater perigos / fatores de risco na fonte: Delinear maneiras de confinar e
neutralizar os fatores de risco na sua origem; Evitar o uso de equipamentos
ruidosos, selecionando na aquisição os menos ruidosos; Realizar isolamento
acústico do compartimento de máquinas; Utilizar ar-condicionado na cabine do
condutor de equipamentos de terraplenagem, de modo que o trabalho possa
ser realizado com as janelas fechadas, sem expor o condutor a ruído e outros
perigos ambientais, como poeira e fumaça.
 Adaptar o trabalho ao indivíduo evitando a atividade monótona e repetitiva:
Para reduzir os riscos, considerar o uso de equipamentos ergonômicos; Analisar
os fatores de risco na escolha de equipamentos e processos/métodos de
construção; Evitar pressões indevidas no planejamento do projeto; Realizar
monitoramento de saúde dos trabalhadores sistematicamente.
 Adaptar o processo de trabalho ao avanço tecnológico: Usar apenas
equipamentos certificados de acordo com os regulamentos e normas;
Organizar um banco de dados com todos os regulamentos/normas pertinentes,
mantendo-o atualizado; Implementar mecanismos para evitar o uso não
intencional de documentos técnicos obsoletos.

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 Substituir produtos e processos perigosos por não perigosos ou menos


perigosos: Reduzir riscos, substituindo nas formas óleos perigosos por óleos
vegetais; Substituir amianto por outros equivalentes e não perigosos; Cuidar
para que haja remoção segura de materiais perigosos; Manter a sinalização e o
layout em boas condições nas áreas de armazenamento de materiais diversos,
em especial, os materiais ou substâncias perigosas; Planejar o armazenamento
e a eliminação ou remoção de resíduos e detritos.
 Desenvolver uma política de prevenção coerente geral, que cubra tecnologia,
organização do trabalho, condições de trabalho, relações sociais e fatores de
influência relacionados ao ambiente de trabalho: Elaborar uma política formal
de segurança e saúde (com foco na prevenção) e fornecer, a cada contratante,
no local; Garantir a cooperação entre empregados próprios e trabalhadores
terceirizados; Cuidar pela interação das atividades industriais com as atividades
existentes nas proximidades do local, onde o canteiro de obras está localizado;
Escolher a localização de postos de trabalho, considerando o acesso,
identificando as vias de passagem, a circulação de equipamentos, mantendo o
canteiro de obras em ordem e em condições satisfatórias de limpeza; Checar as
condições sob as quais diferentes materiais são manuseados; Implementar
auditorias e inspeções periódicas de segurança e saúde.
 Fornecer prioritariamente medidas de proteção coletivas em relação às
individuais: Utilizar, por exemplo, equipamentos de proteção contra quedas,
quando necessário, e redes de segurança complementares e/ou linhas de vida
com cintos de segurança (juntamente com todos os outros equipamentos de
proteção que são obrigatórios, incluindo capacetes e sapatos de segurança),
uso dos sistemas de escoramento adequado ou declive nas paredes das
escavações.
 Fornecer instruções apropriadas aos trabalhadores: As instruções devem ser
simples, sendo detalhadas apenas no quanto for necessário; Utilizar
comunicação visual; Promover reuniões de segurança e saúde.

iv. Ações Preventivas e de Controle para Acidentes de Tráfego


relacionados ao Trabalho

No Brasil, os acidentes de transporte são as mais comuns causas de acidentes de


trabalho fatais, podendo ser típicos ou de trajeto, embora essa predominância dos

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acidentes com veículo possa ser o resultado de vieses de registro10, porque não imputam
diretamente o empregador ou o empregado. Sabe-se também que acidentes
envolvendo veículos podem ser típicos em obras civis, como no trabalho de
terraplenagem, movimentação de equipamentos, descarregamento de veículos etc. Para
os casos específicos de acidentes em rodovias, resultados de estudos indicam a
necessidade de sinalização adequada, o treinamento, fornecimento de equipamentos de
proteção individual, controle de velocidade, cumprimento da legislação, o planejamento
visando à realização de operações seguras, o uso de vestimentas e de sinalização que
garantam alta visibilidade, o uso de barreiras e controle do tráfego, dentre outras.

São medidas de prevenção de acidentes de trabalho envolvendo veículos a serem


adotadas pelo trabalhador:

 Usar cinto de segurança;


 Respeitar os limites de velocidade;
 Não dirigir cansado;
 Não fazer o uso de bebidas ou outras drogas;
 Ter familiaridade com procedimentos de manutenção do veículo.

E adotadas pelo empregador:

 Checar a CNH do trabalhador;


 Prover veículos dotados de cintos de segurança e exigir o seu uso;
 Manter rotinas que permitam os motoristas obedecer às suas atividades nos
limites de velocidade;
 Limitar as horas de serviço dos motoristas de acordo com a legislação;
 Oferecer treinamento em direção defensiva;
 Garantir o uso adequado de equipamentos de segurança do veículo;
 Fazer manutenção adequada;
 Ter uma política de segurança para o trânsito de veículos e maquinários.

v. Ações Preventivas e de Controle de Quedas

Segundo o documento Segurança e Saúde na Indústria da Construção no Brasil:


Diagnóstico e Recomendações para a Prevenção dos Acidentes de Trabalho11, as quedas

10
Fonte: http://www.fundacentro.gov.br/dominios/ESTATISTICA/anexos/construcao.pdf. Acesso em 21 de
maio de 2013.
11
Segurança e saúde na Indústria da construção no Brasil: Diagnóstico e Recomendações para a

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de altura são a segunda causa de mortes fatais na Indústria da Construção e, por tanto,
especial atenção deve se dar para preveni-las.

Todas as atividades com potencial de risco de queda em altura superior a 2 metros, por
exemplo, carga e descarga de materiais, subida em árvores para podas e montagem de
torres de transmissão, devem ser realizadas mediante a adoção de medidas de proteção
individual e coletiva.

As medidas de controle para proteção contra quedas devem seguir as orientações da


Norma Regulamentadora NR-35 que estabelece os requisitos mínimos e as medidas de
proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a
execução, de forma a garantir a segurança e saúde dos trabalhadores envolvidos direta
e indiretamente com esta atividade.

Entre as medidas de prevenção contra quedas podemos citar a identificação de todos os


fatores/situações de riscos de queda, e realizar uma análise de risco para cada tarefa a
ser executada, fornecendo treinamento para o reconhecimento e prevenção de
situações de insegurança, o uso adequado de equipamentos de proteção contra a
queda e a realização de inspeções programadas e não programadas de segurança na
área de trabalho. Devem se considerar as condições ambientais, diferenças de
linguagens, métodos e equipamentos alternativos para desenvolver as tarefas
desenhadas, o estabelecimento de programas médicos e de resgate, como o incentivo
aos trabalhadores a participarem ativamente na segurança do trabalho.

As recomendações de prevenção para quedas podem ser sumarizadas como:

 Medidas de controle relativas a elementos e operações da construção:


Aplicadas para evitar quedas e limitar os seus efeitos. Podem ser coletivas
(medidas primárias) ou pessoais (secundárias), mas as coletivas devem ter
prioridade e devem ser complementares. As medidas devem ser planejadas de
acordo com as necessidades, e requer a inclusão de inspeções para checar o
status de conformidade com as normas vigentes;
 Medidas de controle relativas ao trabalho: Incluem regulamentações específicas
de cada país sobre o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI). Esses
equipamentos devem ser usados quando os riscos e perigos não podem ser

Prevenção dos Acidentes de Trabalho /Vilma Sousa Santana, organizadora; [autores] Andrea Maria
Gouveia Barbosa...[et al.]. – Brasília: SESI/DN, 2012.60p.: il. (Programa Nacional de Segurança e Saúde no
Trabalho para a Indústria da Construção)

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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
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evitados por medidas de prevenção coletiva, mantidos em condições de


acessibilidade e controle de uso pelos empregados, com informações sobre os
principais riscos, as áreas mais perigosas, e onde é requerido o uso permanente
do equipamento etc. Os trabalhadores devem ser adequadamente treinados
sobre o uso apropriado de equipamentos de proteção contra quedas,
compreendendo as normas de proteção, os papéis e responsabilidades dos
empregados nesses regulamentos, os programas existentes nas empresas, e os
procedimentos de emergência pós-queda. O treinamento do trabalhador deve
estar documentado, e esses registros devem ser mantidos e colocados à
disposição dos inspetores do Ministério do Trabalho, mediante solicitação. O
treinamento contínuo e atualizado é chave para manter um elevado grau de
consciência de segurança entre os funcionários. Medidas de controle do
consumo de álcool e drogas e vigilância de outros aspectos da saúde devem ser
adotadas;
 Medidas de controle relativas aos equipamentos de segurança: Assegurar que
todo o equipamento de segurança esteja em boas condições e seja
periodicamente checado (SPAGENBERGER et al., 2003; CDC-NIOSH, 2010).
Além das medidas específicas, é recomendável que o processo de construção
seja adequadamente planejado, começando na fase do projeto, visando a
minimização do risco de quedas (EASHW, 2010).

h) Atividades a serem desenvolvidas

 Mobilização e criação do SESMT;


 Detalhamento das diretrizes de Segurança;
 Apresentação de Manual de Saúde e Segurança;
 Apresentação de Indicadores de Saúde e Segurança;
 Detalhamento e apresentação do PPRA;
 Detalhamento e apresentação do PCMSO;
 Aquisição de equipamentos e materiais;
 Constituição da CIPA;
 Treinamentos Admissional conforme NR 18 item 18.28 para todos os
funcionários;
 Treinamentos Diários através do Diálogo Diário de Segurança (DDS);
 Treinamento periódico para funcionários expostos a riscos específicos como
instalações e serviços em eletricidade, trabalho em altura, condução de veículos
e etc.;

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 Atendimento às demais NRs;


 Elaboração de Relatórios Parciais;
 Elaboração de Relatório Final.

i) Cronograma Executivo e de Relatórios

O programa será executado durante todo o período de obras e contemplará relatórios


trimestrais de monitoramento interno, e semestrais a serem apresentados ao órgão
ambiental contendo todas as atividades de Proteção ao Trabalhador e Segurança no
Trabalho desenvolvidas pelo empreendedor e suas respectivas estatísticas.

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Fase de Implantação (meses)


Atividade Periodicidade
-2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Mobilização Diário

Detalhamento das diretrizes Diário

Apresentação de manual de saúde e segurança Diário

Implantação das diretrizes PPRA – NR-9 Diário

Implantação das diretrizes do PCMSO – NR-7 Diário

Aquisição de equipamentos e materiais Diário

Apresentação de indicadores de saúde e segurança Diário

Constituição da CIPA – NR-5 Anual

Reuniões mensais da CIPA Mensal

Treinamento de Conscientização em Proteção do Trabalhador e Mensal


Segurança no Trabalho

Atendimento as demais NRs Diário

Relatórios Mensais Mensal

Relatórios de monitoramento interno Trimestral

Elaboração de relatório final ao órgão ambiental Semestral

Relatório Final Mensal

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j) Equipe Técnica

A promoção e a preservação da saúde e segurança do trabalhador serão de


responsabilidade das empresas participantes no processo de implantação da Linha de
Transmissão (construtora e os subcontratados da construtora) e do próprio
empreendedor.

De acordo com a legislação trabalhista a responsabilidade técnica fica a cargo do


pessoal que compõem o SESMT – Serviço Especializado em Segurança e Medicina do
Trabalho.

O dimensionamento do SESMT é realizado conforme a NR-4 que considera o grau de


risco da atividade de maior risco e também deve levar em conta o numero de total de
seus empregados somados ao numero de empregados de seus subcontratados. Em
atendimento a NR-4 a Construtora e seus Subcontratados deverão manter um SESMT
registrado na SRTE - Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. A composição
do SESMT poderá envolver parte ou a totalidade dos seguintes profissionais:

Quadro 23 – Relação de profissionais envolvidos.


Profissional Função

Engenheiro de Segurança Elaborar e executar projetos de normas e sistemas para programas de


segurança do trabalho, desenvolvendo estudos e estabelecendo métodos e
técnicas, para prevenir acidentes de trabalhos e doenças profissionais;
Estudar as condições de segurança dos locais de trabalho das instalações e
equipamentos, com vistas especialmente aos problemas de controle de risco
(físicos, químicos e biológicos), controle de poluição, higiene do trabalho,
ergonomia, prática contra incêndio e saneamento.
Proceder a orientação técnica quanto ao cumprimento do disposto nas
Normas Regulamentadoras – NRs - e Códigos Sanitários aplicáveis às
atividades funcionais executadas na Instituição, no que diz respeito à
segurança e saúde do trabalho;

Médico Coordenador do PCMSO Realizar exames de admissão, retorno ao trabalho, periódicos, e demissão dos
trabalhadores.
Implementar medias de segurança e proteção ao trabalhador, promover
campanhas de saúde e ações de controle de vetores e zoonoses.
Participar juntamente com outros profissionais, da elaboração e execução de
programas de proteção à saúde do trabalhador, analisando em conjunto os
riscos, as condições de trabalho, os fatores de insalubridade, de fadiga e
outros.
Elaborar e executar ações para promoção da saúde, prescrever medidas
higiênico-dietéticas e ministrar tratamento preventivos.

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Profissional Função

Técnico de Segurança do Trabalho Promover inspeções nos locais de trabalho, identificando condições perigosas,
tomando todas as providências necessárias para eliminar as situações de
riscos, bem como treinar e conscientizar os funcionários quanto a atitudes de
segurança no trabalho.
Preparar programas de treinamento sobre segurança do trabalho, incluindo
programas de conscientização e divulgação de normas de segurança, visando
ao desenvolvimento de uma atitude preventiva nos funcionários quanto à
segurança do trabalho.
Determinar a utilização pelo trabalhador dos equipamentos de proteção
individual (EPI), bem como indicar e inspecionar equipamentos de proteção
contra incêndio, quando as condições assim o exigirem, visando à redução
dos riscos à segurança e integridade física do trabalhador.

Enfermeiro do Trabalho Estuda as condições de segurança e periculosidade da empresa, efetuando


observações nos locais de trabalho e discutindo-as em equipe, para identificar
as necessidades no campo de segurança, higiene e melhoria do trabalho.
Elabora e executa planos e programas de promoção e proteção à saúde dos
empregados, participando de grupos que realizam inquéritos sanitários,
estudam as causas de absenteísmo, fazem levantamentos de doenças
profissionais e lesões traumáticas, procedem a estudos epidemiológicos,
coletam dados estatísticos de morbidade e mortalidade de trabalhadores,
investigando possíveis relações com as atividades funcionais, para obter a
continuidade operacional e o aumento da produtividade.
Executa e avalia programas de prevenção de acidentes e de doenças
profissionais e não profissionais, fazendo análise de fadiga, dos fatores de
insalubridade, dos riscos e das condições de trabalho do menor e da mulher,
para propiciar a preservação da integridade física e mental do trabalhador.

Auxiliar de Enfermagem Auxiliar o enfermeiro na execução de programas de avaliação da saúde dos


trabalhadores, a nível de sua qualificação:
observando, reconhecendo e descrevendo sinais e sintomas e executando
ações de simples complexidade.
Executar atividades de enfermagem do trabalho, a nível de sua qualificação
nos programas:
- de prevenção e controle das doenças profissionais e acidentes do trabalho;
- de controle de doenças transmissíveis e não transmissíveis e vigilância
epidemiológica dos trabalhadores;
- de educação para a saúde da clientela.

k) Responsável Técnico

Engª Química e de Segurança do Trabalho Márcia Eidt, Esp. em Perícia, Auditoria e


Gestão Ambiental; em Ecobusiness e Produção Limpa; e em Engenharia de Produção,
CREA/RS 83.362 – Registro CTF n° 3.086.129.

l) Instituições Envolvidas

As instituições envolvidas são o Ministério da Previdência Social – MPS, através do


Instituto Nacional do Seguro Social - INSS quando do procedimento de emissão da
Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) e Ministério do Trabalho e Emprego –
MTE.

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m) Relação com outros Programas

O presente programa tem inter-relação com os Programas de Comunicação Social,


Educação Ambiental, Programa Ambiental da Construção (PAC), Sinalização Viária e
Saúde Ocupacional.

n) Referências Bibliográficas

ARCADIS. Projeto Básico Ambiental para a Implantação das Linhas de Transmissão 1, 2


e 3 de 500kV UHE JIRAU – Subestação Coletora Porto Velho. São Paulo. Agosto 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde Legis – Sistema de Legislação da Saúde. Disponível


em <http://portal2.saude.gov.br/saudelegis/leg_norma_pesq_consulta.cfm>. Acesso em
maio. 2014.

BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria no 3.214, de 8 de agosto de 1978. Aprova as


Normas Regulamentadoras (NR) do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do
Trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho. Disponível em
<http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp>. Acesso em
maio. 2014.

OHSAS. Especificação para sistemas de gestão de saúde e segurança no trabalho.


Norma 18001:1999

PETROBRAS. Diretrizes Corporativas de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) da


Petrobras. Disponível em http://www.petrobras.com.br/pt/meio-ambiente-e
sociedade/preservando-meio-ambiente/downloads/pdf/diretrizes_seguranca.pdf. Acesso
em maio de 2014.

3.6.8 - Programa de Saúde Ocupacional

a) Apresentação

O presente Programa de Saúde do Ocupacional apresenta as principais exigências a


serem cumpridas durante a fase de implantação da linha de transmissão, visando
estabelecer as condições necessárias e suficientes para que sejam efetivamente tomados
os cuidados com a saúde dos trabalhadores. O Programa de Saúde Ocupacional envolve
as seguintes atividades:

 Elaborar um Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO);


 Conscientização para Prevenção de Doenças – Treinamento;
 Plano de Emergência Médica e Primeiros Socorros.

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A eficácia esperada para as medidas indicadas neste programa é apresentada a seguir:

Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Pressão na demanda por serviços de saúde durante a construção

Sensibilizar os trabalhadores
quanto a hábitos de higiene e Preventivo Implantação Media Empreendedor
prevenção de doenças;

Implementar medidas de
manutenção e de saneamento
Preventivo Implantação Alta Empreendedor
nos canteiros e nas frentes de
obras

Aplicar o Código de Conduta


dos Trabalhadores com ações
de educação em saúde dirigidas Preventivo Implantação Media Empreendedor
a mão de obra e a população
local

Elaboração do Programa de
Gerenciamento de Risco e do
Plano de Atendimento a
Emergências, pelos profissionais Alta
responsáveis pela saúde e
segurança dos trabalhadores
durante as obras

Implantação de ambulatório
com profissionais da área de Alta
saúde nos canteiros de obras

Aumento do risco de disseminação de doenças tropicais

Realizar ações de educação


para prevenção e saúde dos Preventivo Implantação. Media Empreendedor
trabalhadores envolvidos
Reduzir os riscos de
exposição dos trabalhadores
aos agentes transmissores,
Preventivo Implantação Media Empreendedor
orientando os trabalhadores
quanto à redução dos
impactos ao meio ambiente

Campanhas preventivas e de
esclarecimento sobre as Planejamento, Empreendedor e
Preventivo e
doenças e aplicação de Mitigador
Implantação e Media Prefeituras
medidas de combate a Operação municipais
endemias

b) Justificativa

A implantação de uma linha de transmissão exige do empreendedor o estabelecimento


de normas e procedimentos visando a manutenção de condições adequadas à saúde e
segurança para todos os trabalhadores diretamente envolvidos com o Empreendimento.

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Neste sentido, é necessária a existência de um Programa de Saúde Ocupacional que


reúna e ordene as normas e procedimentos pertinentes e oriente o cumprimento de
todas as exigências legais. Isso irá propiciar a efetiva adoção de medidas de prevenção
que promoverão ações de controle de doenças ocupacionais, transmissíveis e/ou
endêmicas. Além de atender a NR 7, que determina que caberá à empresa contratante
informar à empresa contratada, os riscos existentes e auxiliar na elaboração e
implementação do PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional) nos
locais de trabalho onde os serviços serão prestados

O presente Programa justifica-se pela necessidade de promover um meio ambiente


ocupacional salutar, melhorando as condições de trabalho e contribuindo na formação
de uma sociedade que promova a saúde preventiva nos espaços de trabalho.

c) Objetivos

Objetivo geral

O objetivo do Programa de Saúde Ocupacional é proporcionar a prevenção de doenças


ocupacionais ou não, através da eliminação ou minimização dos riscos, visando a
preservação da saúde dos trabalhadores envolvidos em todas as fases do
empreendimento.

Objetivos específicos

Entre os objetivos específicos, destacam-se:

 Desenvolver ações de prevenção de doenças, educação em saúde para os


trabalhadores vinculada à obra, de forma a atender a todas as Normas
Regulamentadoras (NR) da legislação vigente e demais legislações aplicáveis.
 Orientar os trabalhadores a desenvolverem hábitos e procedimentos voltados à
higiene relacionada à saúde, inclusive em relação às doenças sexualmente
transmissíveis e níveis de alcoolismo e drogas.
 Disponibilizar os serviços de saúde indispensáveis para o bem-estar dos
trabalhadores da obra e prover tratamento das doenças que forem adquiridas;
 Realizar a divulgação os prazos para realização dos exames médicos periódicos.

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d) Indicadores Ambientais

São indicadores de efetividade:

 Atendimento de 100% às diretrizes levantadas no PCMSO (exame admissional,


periódico, demissional, vacinação e conscientização para prevenção de
doenças).
 100% de Atestado de Saúde Ocupacional – ASOs - válidos;
 Atendimentos do limite máximo admissível para a Taxa de Incidência de
Doença Ocupacional – TIDO.

e) Público-alvo

Inserem-se como público-alvo do presente programa, os trabalhadores próprios e


terceirizados, construtoras contratadas e visitantes.

f) Metodologia

A metodologia deverá atender as premissas preconizadas na legislação adotando


dispositivos sistemáticos de acompanhamento da segurança do ambiente de trabalho e
estado de saúde dos trabalhadores diretamente envolvidos nas obras.

Ações preventivas de saúde deverão ser promovidas através de treinamentos


admissionais e periódicos.

Os procedimentos para atuação em caso de acidentes deverão ser estabelecidos,


envolvendo os órgãos públicos oficiais de saúde, para suprimento de recursos que
auxiliem no atendimento às demandas de saúde por causa destes acidentes.

g) Descrição do Programa

i. Elaborar um Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional


(PCMSO)

O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO é considerado como


parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas do empreendimento no campo
da preservação da saúde dos trabalhadores. O inventário de riscos à saúde identificados
no PPRA subsidia a elaboração do PCMSO, em particular na definição dos exames
complementares necessários, condutas a serem adotadas e a emissão do Atestado de
Saúde Ocupacional - ASO.

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Os dados dos relatórios do PCMSO proporcionam informação, realimentam o processo


de avaliação de riscos e favorecem a avaliação da eficácia das medidas de controle
implantadas, através da definição de indicadores de desempenho reativos relacionados
ao registro de doenças ocupacionais.

Previsto na NR-7 neste programa deverão estar contemplados seu pessoal, e da(s) sua(s)
subcontratada(s), contendo nome do Médico do Trabalho, empregado ou não da
empresa, responsável pelo PCMSO. A Construtora deverá apresentar ao empreendedor
o PCMSO, considerando a influência endêmica local no planejamento das ações de
saúde do seu pessoal, tais como dengue, malária, febre amarela e acidentes com
animais peçonhentos, dentre outros, em conformidade com o Órgão de Saúde Pública
da região. Somente será permitido acesso às frentes de serviço os trabalhadores que
comprovem vacinação através de carteira e/ou comprovante de vacinação fornecido por
serviço de saúde pública. Dentre as vacinas obrigatórias, destacam-se febre amarela,
tétano e hepatite B.

Deverão ser realizados exames médicos iniciais e periódicos dos empregados, sendo que
os arquivos dos Atestados de Saúde Ocupacional (ASO) emitidos de seus empregados
devem ser mantidos atualizados. O exame, além de demonstrar o perfil atual da saúde
do trabalhador, deve conter informações quanto a doenças transmissíveis, envolvendo o
histórico de saúde do trabalhador, de modo a se ter um controle da disseminação de
doenças à população local oriunda da população trabalhadora, que pode ter origem em
outros locais (bairros, cidades vizinhas ou próximas), regiões (outras cidades do estado)
ou estados. Essa medida deve ser inserida no Programa Ambiental da Construção, que é
responsável pela contratação da mão de obra e no exame admissional durante a
entrevista realizada pelo médico do trabalho visando a emissão do ASO - Atestado de
Saúde Ocupacional.

Todos os prontuários dos exames admissionais, periódicos e demissionais, bem como de


atendimento a acidentados com lesão, deverão ficar arquivados no SESMT no canteiro
de obras.

ii. Conscientização para Prevenção de Doenças – Treinamento

À Construtora cabe promover, para todo o seu pessoal de execução até a supervisão, o
treinamento em saúde admissional e periódico, dentro do horário de trabalho, com
carga compatível com o conteúdo a ser administrado.

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O treinamento deverá ser apresentado em linguagem acessível, eventualmente com


conteúdos e meios diferenciados, conforme o nível cultural de cada grupo, com ênfase
na preservação da saúde e segurança. Essa atividade pode ser planejada e executada em
conjunto com o Programa de Educação Ambiental e através do Dialogo Diário de
Segurança (DDS).

Essas ações podem ser desenvolvidas de diferentes formas:

 Palestras: desenvolvimento de tema por profissional capacitado em forma de


apresentação para o grupo de trabalhadores, e ou
 Panfletos, cartazes: divulgação de um tema específico de maneira clara e
objetiva, com divulgação em pontos chave da circulação do público alvo.
Utilizar-se de recursos ilustrativos para chamar a atenção do transeunte.

Dentre os temas principais a serem abordados, destacam-se:

 Orientar os trabalhadores a desenvolverem hábitos e procedimentos voltados à


higiene pessoal, prática de hábitos saudáveis; saneamento e manuseio com
resíduos; qualidade da alimentação, prevenção de doenças decorrente de má
alimentação e da não prática de exercícios;
 Prevenção e controle de doenças infecciosas e parasitárias, especialmente as de
caráter endêmico e sexualmente transmissíveis;
 Combate ao tabagismo, controle do alcoolismo e drogas que causem
dependência química;
 Prevenção de acidentes com animais peçonhentos;
 Prevenção de riscos ocupacionais de natureza física, química e biológica.

iii. Elaboração de Plano de Emergência Médica e Primeiros Socorros

Serão disponibilizadas informações necessárias para a prestação de serviço médico


seguro e eficaz, para atendimento de acidentes envolvendo quedas, cortes e animais
peçonhentos. Estes centros devem prestar o serviço durante as 24 horas do dia,
garantindo-se que a comunicação seja imediata.

O preparo da equipe de serviços médicos incluirá: a capacitação e treinamento; a


identificação de recursos, incluindo o pessoal, instalações, equipamentos e materiais; O
subsídio de informações; o fornecimento de recursos para estabelecimento de
comunicação; disponibilização de medicamentos e antídotos para o tratamento de
vítimas de acidentes com animais peçonhentos; participação em treinamentos e

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simulados, interagindo com todas as outras equipes envolvidas na implantação da Linha


de Transmissão.

A construtora deverá, antes do início da mobilização da mão de obra, apresentar ao


empreendedor, para apreciação e aprovação, um detalhamento dessas diretrizes, com
base nas experiências verificadas em fases de implantação de outras linhas de
transmissão no Brasil em condições semelhantes.

Deverá existir um sistema de comunicação entre os canteiros, frentes de obras,


alojamentos e instituições externas (hospitais, pronto-socorro, clínicas), de forma a
garantir socorro o mais rápido possível pela unidade saúde mais próxima, no caso de
ocorrência de acidente.

iv. Monitoramento e diagnóstico dos trabalhadores em relação a


Leishmaniose Viceral

Em virtude das características epidemiológicas e do conhecimento ainda insuficiente


sobre os vários elementos que compõem a cadeia de transmissão da leishmaniose
visceral, as estratégias de controle desta endemia ainda são pouco efetivas e estão
centradas no diagnóstico e tratamento precoce dos casos, redução da população de
flebotomíneos, eliminação dos reservatórios e atividades de educação em saúde.

A metodologia proposta para a vigilância e adoção de medidas, baseia-se em uma


melhor definição das áreas de transmissão ou de risco. O novo enfoque é o de
incorporar os estados e municípios silenciosos, ou seja, sem ocorrência de casos
humanos ou caninos da doença, nas ações de vigilância da mesma, visando assim evitar
ou minimizar os problemas referentes a este agravo em áreas sem transmissão. Nas
áreas com transmissão de LV, após estratificação epidemiológica, as medidas de
controle serão distintas e adequadas para cada área a ser trabalhada, entretanto, é de
fundamental importância que as medidas usualmente empregadas no controle da
doença sejam realizadas de forma integrada.

Orientações dirigidas ao controle do vetor

A indicação das atividades voltadas para o controle vetorial dependerá das


características epidemiológicas e entomológicas de cada localidade. É importante
salientar que as ações de controle deverão sempre ser realizadas de forma integrada.

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Controle químico

O controle químico por meio da utilização de inseticidas de ação residual é a medida de


controle vetorial recomendada no âmbito da proteção coletiva. Esta medida é dirigida
apenas para o inseto adulto e tem como objetivo evitar e/ou reduzir o contato entre o
inseto transmissor e a população humana, consequentemente, diminuir o risco de
transmissão da doença.

a. Quando é recomendado o controle químico?

Em áreas com registro do primeiro caso autóctone de LV humano, imediatamente após


a investigação entomológica.

Em áreas com transmissão moderada e intensa, se a curva de sazonalidade do vetor for


conhecida, a aplicação do inseticida de ação residual deverá ser realizada no período do
ano em que se verifica o aumento da densidade vetorial.

b. Onde deve ser feita a borrifação?

Nas paredes internas e externas do domicílio, incluindo o teto, quando a altura deste for
de até 3 metros.

Nos abrigos de animais ou anexos, quando os mesmos forem feitos com superfícies de
proteção (parede) e possuam cobertura superior (teto).

c. Qual produto deverá ser utilizado?

Os produtos mais empregados atualmente no controle a esses vetores são a


cipermetrina, na formulação pó molhável (PM) e a deltametrina, em suspensão
concentrada (SC).

Os defensivos químicos para combater os insetos transmissores de doenças são


considerados insumos estratégicos e o seu fornecimento para os estados e municípios
está garantido pelo Ministério da Saúde, conforme determinado na Portaria n.º 1.399,
de 15 de dezembro de 1999.

Orientações dirigidas às atividades de educação em saúde

As atividades de educação em saúde devem estar inseridas em todos os serviços que


desenvolvem as ações de controle da LV, requerendo o envolvimento efetivo das

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equipes multiprofissionais e multi-institucionais com vistas ao trabalho articulado nas


diferentes unidades de prestação de serviços, através de:

 Divulgação à população sobre a ocorrência da LV na região, alertando sobre os


sinais clínicos e os serviços para o diagnóstico e tratamento;
 Capacitação das equipes, englobando conhecimento técnico, os aspectos
psicológicos e a prática profissional em relação à doença e aos doentes;
 Adoção de medidas preventivas considerando o conhecimento da doença,
atitudes e práticas da população, relacionada às condições de vida e trabalho
das pessoas;
 Estabelecimento de relação dinâmica entre o conhecimento do profissional e a
vivência dos diferentes estratos sociais através da compreensão global do
processo saúde/doença, no qual intervêm fatores sociais, ambientais,
econômicos, políticos e culturais;
 Incorporação das atividades de educação em saúde voltadas à leishmaniose
visceral dentro de um processo de educação continuada;
 Desenvolvimento de atividades de educação em saúde junto à comunidade;
 Estabelecimento de parcerias buscando a integração interinstitucional.

Medidas Preventivas

Para evitar os riscos de transmissão, algumas medidas de proteção individual devem ser
estimuladas, tais como: uso de mosquiteiro com malha fina, telagem de portas e janelas,
uso de repelentes, não se expor nos horários de atividade do vetor (crepúsculo e noite)
em ambientes onde este habitualmente pode ser encontrado.

v. Plano de Ação para o Controle de Malária – PACM

A Avaliação do Potencial Malarígeno, parte integrante dos estudos ambientais, foi


submetida à Secretaria de Vigilância em Saúde - SVS/MS, e a próxima etapa consiste em
alinhar junto ao empreendedor-SVS-prefeituras locais o Plano de Ação para o Controle
de Malária, onde serão detalhadas ações específicas de controle e monitoramento,
tendo como foco os municípios que receberão canteiros de obras.

h) Atividades a serem desenvolvidas

 Mobilização e criação do SESMT;


 Detalhamento das diretrizes de Segurança;
 Apresentação de Manual de Saúde e Segurança;

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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

 Apresentação de Indicadores de Saúde e Segurança;


 Detalhamento e apresentação do PPRA;
 Detalhamento e apresentação do PCMSO;
 Aquisição de equipamentos e materiais;
 Realização dos Exames Médicos Ocupacionais;
 Emissão do Atestado de Saúde Ocupacional (ASO);
 Programa de vacinação preventivo;
 Constituição da CIPA;
 Treinamentos Diários através do Diálogo Diário de Segurança (DDS) com temas
da área de saúde;
 Treinamento de Conscientização em Saúde e Prevenção de Doenças;
 Disponibilização de Unidades Médicas Avançadas e de Unidades Médicas
Básicas;
 Acompanhamento médico emergencial;
 Transporte médico emergencial;
 Elaboração de Relatórios Parciais;
 Elaboração de Relatório Final.

i) Cronograma Executivo e de Relatórios

A execução do presente programa acompanhará todo período de realização de obras.


Deverão ser elaborados relatórios trimestrais de monitoramento interno, e semestrais
para envio ao órgão ambiental das atividades de Saúde Ocupacional de forma integrada
ao Plano de Gestão Ambiental.

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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Fase de Implantação (meses)


Atividade Periodicidade
-2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Mobilização Diário

Detalhamento das diretrizes Diário

Apresentação de manual de saúde e segurança Diário

Apresentação de indicadores de saúde e segurança Diário

Apresentação do PPRA – NR-9 Diário

Apresentação do PCMSO – NR-7 Diário

Realização dos exames médicos ocupacionais e emissão do atestado de saúde Mensal


ocupacional (ASO)

Realizar o programa de vacinação preventivo Mensal

Apresentação do plano de atendimento a emergência medica e primeiros socorros Diário

Aquisição de equipamentos e materiais Diário

Disponibilização de unidades médicas básicas Diário

Treinamento de Conscientização em Saúde Mensal

Elaboração de relatórios internos de monitoramento Trimestral

Emissão de relatórios periódicos para envio ao órgão ambiental Semestral

Relatório Final Mensal

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

j) Equipe Técnica

A promoção e a preservação da saúde e segurança do trabalhador serão de


responsabilidade das empresas participantes no processo de implantação da Linha de
Transmissão (construtora e os subcontratados da construtora) e do próprio
empreendedor.

De acordo com a legislação trabalhista a responsabilidade técnica fica a cargo do


pessoal que compõem o SESMT – Serviço Especializado em Segurança e Medicina do
Trabalho.

O dimensionamento do SESMT é realizado conforme a NR-4 que considera o grau de


risco da atividade de maior risco e também deve levar em conta o numero de total de
seus empregados somados ao numero de empregados de seus subcontratados. Em
atendimento a NR-4 a Construtora e seus Subcontratados deverão manter um SESMT
registrado na SRTE - Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. A composição
do SESMT poderá envolver parte ou a totalidade dos seguintes profissionais:

Quadro 24 – Relação de profissionais envolvidos.


Profissional Função

Engenheiro de Segurança Elaborar e executar projetos de normas e sistemas para programas de segurança do
trabalho, desenvolvendo estudos e estabelecendo métodos e técnicas, para prevenir
acidentes de trabalhos e doenças profissionais;
Estudar as condições de segurança dos locais de trabalho das instalações e
equipamentos, com vistas especialmente aos problemas de controle de risco (físicos,
químicos e biológicos), controle de poluição, higiene do trabalho, ergonomia, prática
contra incêndio e saneamento.
Proceder a orientação técnica quanto ao cumprimento do disposto nas Normas
Regulamentadoras – NRs - e Códigos Sanitários aplicáveis às atividades funcionais
executadas na Instituição, no que diz respeito à segurança e saúde do trabalho;

Médico Coordenador do Realizar exames de admissão, retorno ao trabalho, periódicos, e demissão dos
PCMSO trabalhadores.
Implementar medias de segurança e proteção ao trabalhador, promover campanhas
de saúde e ações de controle de vetores e zoonoses.
Participar juntamente com outros profissionais, da elaboração e execução de
programas de proteção à saúde do trabalhador, analisando em conjunto os riscos, as
condições de trabalho, os fatores de insalubridade, de fadiga e outros.
Elaborar e executar ações para promoção da saúde, prescrever medidas higiênico-
dietéticas e ministrar tratamento preventivos.

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Profissional Função

Técnico de Segurança do Promover inspeções nos locais de trabalho, identificando condições perigosas,
Trabalho tomando todas as providências necessárias para eliminar as situações de riscos, bem
como treinar e conscientizar os funcionários quanto a atitudes de segurança no
trabalho.
Preparar programas de treinamento sobre segurança do trabalho, incluindo
programas de conscientização e divulgação de normas de segurança, visando ao
desenvolvimento de uma atitude preventiva nos funcionários quanto à segurança do
trabalho.
Determinar a utilização pelo trabalhador dos equipamentos de proteção individual
(EPI), bem como indicar e inspecionar equipamentos de proteção contra incêndio,
quando as condições assim o exigirem, visando à redução dos riscos à segurança e
integridade física do trabalhador.

Enfermeiro do Trabalho Estuda as condições de segurança e periculosidade da empresa, efetuando


observações nos locais de trabalho e discutindo-as em equipe, para identificar as
necessidades no campo de segurança, higiene e melhoria do trabalho.
Elabora e executa planos e programas de promoção e proteção à saúde dos
empregados, participando de grupos que realizam inquéritos sanitários, estudam as
causas de absenteísmo, fazem levantamentos de doenças profissionais e lesões
traumáticas, procedem a estudos epidemiológicos, coletam dados estatísticos de
morbidade e mortalidade de trabalhadores, investigando possíveis relações com as
atividades funcionais, para obter a continuidade operacional e o aumento da
produtividade.
Executa e avalia programas de prevenção de acidentes e de doenças profissionais e
não profissionais, fazendo análise de fadiga, dos fatores de insalubridade, dos riscos e
das condições de trabalho do menor e da mulher, para propiciar a preservação da
integridade física e mental do trabalhador.

Auxiliar de Enfermagem Auxiliar o enfermeiro na execução de programas de avaliação da saúde dos


trabalhadores, a nível de sua qualificação:
observando, reconhecendo e descrevendo sinais e sintomas e executando ações de
simples complexidade.
Executar atividades de enfermagem do trabalho, a nível de sua qualificação nos
programas:
- de prevenção e controle das doenças profissionais e acidentes do trabalho;
- de controle de doenças transmissíveis e não transmissíveis e vigilância
epidemiológica dos trabalhadores;
- de educação para a saúde da clientela.

k) Responsável Técnico

Engª Química e de Segurança do Trabalho Márcia Eidt, Esp. em Perícia, Auditoria e


Gestão Ambiental; em Ecobusiness e Produção Limpa; e em Engenharia de Produção,
CREA/RS 83.362 – Registro CTF n° 3.086.129.

l) Instituições Envolvidas

As instituições envolvidas são o Ministério da Previdência Social – MPS, através do


Instituto Nacional do Seguro Social - INSS quando do procedimento de emissão da
Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) e Ministério do Trabalho e Emprego –
MTE.

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Plano Básico Ambiental

m) Relação com outros Programas

O presente Programa tem inter-relação com os Programas de Comunicação Social,


Educação Ambiental, Programa Ambiental da Construção, Programa de Gerenciamento
de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos e Programa de Proteção ao Trabalhador e
Segurança no Trabalho.

n) Referências Bibliográficas

ARCADIS. Projeto Básico Ambiental para a Implantação das Linhas de Transmissão 1, 2


e 3 de 500kV UHE JIRAU – Subestação Coletora Porto Velho. São Paulo. Agosto 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde Legis – Sistema de Legislação da Saúde. Disponível


em <http://portal2.saude.gov.br/saudelegis/leg_norma_pesq_consulta.cfm>. Acesso em
maio. 2014.

BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria no 3.214, de 8 de agosto de 1978. Aprova as


Normas Regulamentadoras (NR) do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do
Trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho. Disponível em
<http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp>. Acesso em
maio. 2014.

OHSAS. Especificação para sistemas de gestão de saúde e segurança no trabalho.


Norma 18001:1999

PETROBRAS. Diretrizes Corporativas de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) da


Petrobras. Disponível em http://www.petrobras.com.br/pt/meio-ambiente-e
sociedade/preservando-meio-ambiente/downloads/pdf/diretrizes_seguranca.pdf. Acesso
em maio de 2014.

3.7 - Plano de Atendimento à População Atingida

O Plano de atendimento à População Atingida é composto por 2 subprogramas: o


Programa de Instituição da faixa de Servidão e o Programa de Minimização dos Efeitos
da Desmobilização. Tais instrumentos, que farão parte do escopo do Plano Básico
Ambiental das Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500
kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e
Subestações Associadas, serão detalhados a seguir.

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3.7.1 - Programa de Instituição da Faixa de Servidão

a) Apresentação

A faixa de servidão administrativa12 da ATE XXI contempla os 30 metros para ambos os


lados do eixo principal da LT, ao longo da sua extensão. Esta área, apesar de ser
declarada de utilidade pública, continua pertencendo ao proprietário, porém o seu
domínio apresenta algumas restrições de uso. Por este motivo, o proprietário da área
atingida deverá receber uma compensação financeira, cujo valor é definido com base
em diretrizes técnicas e legais.

Essa faixa é necessária tanto para a implantação das torres, quanto para a garantia de
áreas livres de determinadas práticas econômicas, garantido, assim, a segurança
operacional e dos moradores do entorno do empreendimento.

O programa para liberação e efetivação da faixa de servidão é composto por ações que,
de um lado, visam a sustentabilidade socioambiental nos procedimentos de liberação da
referida faixa, e, de outro lado, a aplicação das normativas institucionais e legais que
asseguram o conjunto de direitos socioeconômicos dos proprietários e moradores
diretamente atingidos pelo empreendimento. A busca de sustentabilidade nessa relação
passa pelo entendimento de que o polo dos proprietários é composto por sujeitos
socialmente e culturalmente heterogêneos e que apresentam em relação ao
empreendedor, pelo menos em tese, menor grau de compreensão em relação aos seus
direitos e possibilidades de negociação. Assim todos os esforços de esclarecimento
relativos aos direitos, especialmente dos atingidos, deverão nortear a execução do
presente programa.

Para mitigar e compensar tais impactos, este Programa deverá abranger um eficiente e
transparente canal de comunicação com os proprietários, seguido da efetivação das
indenizações, seja pela instituição da faixa de servidão e remoção de benfeitorias ou
pelos danos causados pela implantação e manutenção do empreendimento. O
Programa será iniciado com 8 meses antes do início das obras da Linha de Transmissão.

Em relação às indenizações, se faz necessária a elaboração de um planejamento que


englobe todas as atividades essenciais, desde o cadastro de propriedades e/ou

12
Faixa de terra ao longo do eixo da LT aérea cujo domínio permanece com o proprietário, com restrições
ao uso, declarada de utilidade pública e instituída através de instrumento público extrajudicial, decisão
judicial ou prescrição aquisitiva, inscritos no cartório de registro de imóveis.

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benfeitorias, até a conclusão da averbação dessa faixa de servidão na matrícula do


imóvel, conforme metodologia a seguir.

A eficácia esperada para as medidas indicadas neste programa é apresentada a seguir:

Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Interferência no uso e ocupação do solo

Informar a população sobre os Implantação e


Mitigador Media Empreendedor
benefícios do empreendimento Operação.

Informar os proprietários dos


imóveis interceptados sobre as
Compensatório Implantação Media Empreendedor
restrições do uso e ocupação
do solo

Informar os proprietários dos


imóveis atravessados sobre as
Compensatório Implantação Media Empreendedor
indenizações para a instalação
da faixa de servidão

b) Justificativa

Uma linha de transmissão caracteriza-se como um empreendimento linear,


estabelecendo interações, positivas e negativas, em diferentes contextos
socioambientais. Porém, as interações mais diretas e com efeitos práticos ao cotidiano e,
muitas vezes no modo de reprodução econômica, concentram-se junto aquelas
atividades ligadas ao setor primário e minerador. Assim, esse programa justifica-se na
medida em que orienta a ação do empreendedor, privilegiando mecanismos de
negociação, com base em critérios de avaliação justos para as compensações financeiras
dos proprietários atingidos e as atividades econômicas afetadas, nas propriedades rurais.

c) Objetivos

Objetivo geral

O objetivo do Programa de Instituição da Faixa de Servidão é executar todas as


atividades necessárias à instituição e liberação da faixa de servidão da linha de
transmissão, de forma a privilegiar a negociação amigável baseada em critérios de
avaliação justos para as indenizações dos ocupantes da referida faixa e das atividades
econômicas nela existentes. Em conjunto com o Programa de Comunicação Social,
informar e orientar os proprietários que já foram previamente identificados na fase de

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elaboração do EIA-RIMA sobre os procedimentos e seus direitos, indenizatórios e de


restrições e usos possíveis na respectiva faixa de servidão.

Objetivos específicos

 Cadastrar as propriedades inseridas na Faixa de Servidão;


 Negociar indenizações para liberação da Faixa de Servidão, com base no
cadastro e coeficiente de servidão;
 Liberar a faixa de servidão, preferencialmente, via realização de acordos para
obtenção de permissão de passagem em áreas privadas;
 Minimizar e solucionar, na medida do possível, problemas e conflitos
decorrentes do processo de negociação das terras e benfeitorias.

d) Indicadores Ambientais

São indicadores de efetividade do programa:

 Percentual do público-alvo comunicado previamente sobre os critérios de


levantamentos, avaliações e indenizações;
 Percentual de proprietários, arrendatários, posseiros e moradores de imóveis
afetados cadastrados;
 Percentual de proprietários, arrendatários, posseiros e moradores de imóveis
interceptados pela faixa de servidão indenizados;
 Percentual da faixa de servidão desimpedida para obras;
 Cumprimento dos prazos para instituição da faixa de servidão e indenização
dos proprietários.

e) Público-alvo

O público-alvo deste é composto por:

 Proprietários, arrendatários, posseiros e moradores de imóveis interceptados


pela faixa de servidão;
 Prefeituras municipais e outras instituições públicas detentoras de posse de
bens imóveis interceptados pela faixa de servidão.
 Proprietários de benfeitorias em que foi identificada a necessidade de remoção:

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Trecho Ação Coordenadas

Xingu - Parauapebas Necessidade de remoção de uma casa, com relocação X 509904


de uma família. Y 9592727

Xingu - Parauapebas Necessidade de remoção de uma casa, um curral e um X 531377


barraco e relocação de uma família. Y 9568900

Xingu - Parauapebas Necessidade de remoção de uma casa, um curral e um X 553516


cocho de sal para gado, e relocação de uma família. Y 9527269

Xingu - Parauapebas Necessidade de remoção de uma casa, um curral e um X 558825


cocho de sal para gado, uma pocilga e relocação de Y 9497786
uma família.

Xingu - Parauapebas Necessidade de remoção de uma casa, porém, não X 556031


haverá remoção de família, pois a casa não é habitada. Y 9470941

Xingu - Parauapebas Necessidade de remoção de um curral. X 554740


Y 9468675

Xingu – Parauapebas Necessidade de remoção de três casas de madeira e um X 505020


barracão, porém com necessidade de relocação de Y 9596397
apenas uma família, pois dois dos imóveis não estão
habitados.

Xingu - Parauapebas Necessidade de remoção de uma casa de madeira, um X 533695


barraco, um curral e relocação de uma família. Y 9581820 e
X 523679
Y 9581777

Xingu - Parauapebas Necessidade de remoção de uma casa de madeira, um X 591989


curral e relocação de uma família. Y 9401571

Xingu - Parauapebas Necessidade de remoção de uma casa de madeira não X 603863


habitada. Y 9383622 e
X 603879
Y 9383654

Parauapebas - Miracema Necessidade de remoção de uma casa de alvenaria, um X 686890


curral e relocação de uma família. Y 9195064

Parauapebas - Miracema Necessidade de remoção de uma casa de alvenaria e X 686913


relocação de uma família. Y 9195411

Parauapebas - Miracema Necessidade de remoção de uma casa de alvenaria, um X 753160


curral coberto e relocação de uma família. Y 9072071

Parauapebas - Miracema Necessidade de remoção de um curral X 685463


Y 9206918

Parauapebas - Miracema Necessidade de remoção de um barraco de madeira e X 757055


uma casa de alvenaria com remoção de uma família. Y 9051005 e
X 757069
Y 9051020
*As informações serão atualizadas conforme o avanço das negociações fundiárias.

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f) Metodologia

O Programa de Instituição da Faixa de Servidão contempla as ações necessárias para


liberar a faixa de servidão antes do início das obras, obtendo as autorizações de
passagem e assegurando a remoção das benfeitorias identificadas dentro da faixa,
tornando possível a construção do empreendimento.

A Instituição da Faixa de Servidão da Linha de Transmissão segue diretrizes técnicas e


legais que asseguram os direitos, tanto de proprietários quanto de concessionários.
Portanto, as ações propostas neste Programa são complementares ao que já é
regulamentado e visa à gestão desse processo no contexto do licenciamento ambiental.

Além das indenizações para a liberação das propriedades com o objetivo de implantar as
Linhas de Transmissão, ocorrerá o diligenciamento da construção, que é a etapa em que
serão procedidos os levantamentos, avaliações e indenizações de eventuais danos
durante a etapa de implantação do empreendimento.

g) Descrição do Programa

Todas as propriedades afetadas pela faixa de servidão serão objeto de Cadastro Físico,
que quantificará a área total a ser atingida, assim como levantará as benfeitorias
existentes nestas. O nível de detalhamento das informações cadastrais será o suficiente
para viabilizar a avaliação das propriedades de acordo com o estipulado pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT:

 NBR-14.653-1/2001: Avaliação de Bens - Procedimentos Gerais;


 NBR-14.653-2/2011: Avaliação de Bens - Imóveis Urbanos;
 NBR-14.653-3/2004: Avaliação de Bens - Imóveis Rurais;
 NBR-14.653-4/2002: Avaliação de Bens - Empreendimentos.

O Cadastro Físico incluirá o levantamento da situação fundiária de cada imóvel,


realizado a partir das informações e documentos obtidos com a citação e autorização
dos detentores de propriedade e/ou compromisso, bem como os beneficiários de
direitos de locação, arrendamento, exploração, comodato ou concessão de uso.

A avaliação e indenização de propriedades e benfeitorias atingidas pela faixa de servidão


tomará por base o Cadastro Físico, aplicando os critérios definidos nas normas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT para Avaliação de Bens (NBR-14.653).

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A Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL expedirá Declaração de Utilidade Pública


para fins de instituição de servidão administrativa, incidente sobre a faixa de terra
destinada à implantação da linha de transmissão.

Propriedades com titulação irregular, mas sem questionamento da titularidade ou posse,


serão avaliadas da mesma forma que as propriedades legalmente regulares e poderão
ser indenizadas pelo empreendedor através do mecanismo da negociação amigável.

h) Atividades a serem desenvolvidas

 Acompanhamento do Programa de Comunicação Social;


 Distribuição prévia da cartilha informativa;
 Cadastro Físico de Propriedades;
 Visita ao proprietário para a obtenção da Licença de Passagem (Anuência),
cadastro da propriedade e levantamento físico da faixa de segurança e
benfeitorias;
 Avaliação das Terras e Benfeitorias Afetadas;
 Pesquisa de preços de terras para a composição do valor da terra nua a ser
aplicado na avaliação da área do imóvel atingida pela faixa de servidão.
Pesquisa de preços para a composição de valores de benfeitorias (culturas e
edificações) localizadas na faixa;
 Conferência dos dados da propriedade e do proprietário com base nas plantas
e memoriais descritivos individuais dos imóveis atingidos pela faixa de servidão
da Linha de Transmissão;
 Indenização e legalização da faixa de servidão e benfeitorias.
 Apresentação dos valores indenizatórios aos proprietários. Após acordo dos
valores avaliados é elaborado o Laudo de Avaliação e Recibo para a solicitação
de recursos junto à área financeira do empreendedor;
 Emissão de Relatórios Preliminares;
 Emissão de Relatório Final.

O Programa de Comunicação Social dará o apoio necessário para que, na etapa da


implantação da faixa de servidão, sempre que necessário, haja reuniões, oficinas, entre
outros instrumentos com informações sobre os critérios, procedimentos e padrões de
negociações. Outros materiais como cartilhas também poderão ser utilizados junto a
esse público.

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i) Cronograma Executivo e de Relatórios

O Programa de Instituição da Faixa de Servidão é iniciado antes do início das obras. O


processo de avaliação, negociação e indenização dos imóveis e benfeitorias, poderá se
estender por todo o período de implantação do empreendimento.

Deverão ser elaborados relatórios trimestrais de monitoramento interno, e semestrais


para envio ao órgão ambiental das atividades de Instituição da Faixa de Servidão de
forma integrada ao Plano de Gestão Ambiental.

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Plano Básico Ambiental

Fase Instalação (meses)


Periodicidade
Atividade -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Distribuição prévia da cartilha informativa Diário

Cadastro físico de propriedades Diário

Avaliação das terras e benfeitorias afetadas Diário

Indenização da servidão e benfeitorias Diário

Acompanhamento do Programa de Comunicação Social Diário

Emissão de relatórios internos de monitoramento Mensal

Emissão de relatórios preliminares Bimestral

Emissão de relatório final Anual

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Plano Básico Ambiental

j) Equipe Técnica

Profissionais de nível superior com experiência e com habilidades em processos de


levantamento físico, da situação legal e de negociação de bens imóveis, e profissionais
de nível médio para realizar o cadastramento.

Suplementarmente, caso sejam confirmados casos de propriedades menores de três


hectares e constada a necessidade de remoção de moradias, contratação de um
especialista em laudos técnicos sociais ou busca de parceria junto às secretarias
municipais de assistência social, para a realização de um parecer quanto a condição de
autogestão para a recomposição da moradia.

Quadro 25 - Relação de profissionais sugeridos.


Profissional Quantidade Função

Coordenador geral 01 - Coordenar e executar as atividades de levantamento físico, da


situação legal e de negociação de bens imóveis.

Auxiliares - Realização do cadastramento físico das propriedades.

k) Responsável Técnico

Sociólogo Leandro Carneiro - MTB/450-BA

l) Instituições Envolvidas

Nos casos especiais, as secretárias municipais de assistência social. Na ausência dessa, a


secretária de agricultura e meio ambiente.

m) Relação com outros Programas

O presente programa inter-relaciona-se com o Programa de Comunicação Social e


Programa de Gestão de Interferências com Atividades Minerarias.

n) Referências Bibliográficas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-14.653-1:2001: Avaliação de


Bens – Procedimentos Gerais. Rio de Janeiro, 2005.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-14.653-2:2011: Avaliação de
Bens – Imóveis Urbanos. Rio de Janeiro, 2011.

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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-14.653-3:2004: Avaliação de


Programa de Minimização dos Efeitos da Desmobilização.

3.7.2 - Programa de Minimização dos Efeitos da Desmobilização

a) Apresentação

Este Subprograma insere-se no contexto do licenciamento ambiental da ATE XXI Linhas


de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas –
Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas,
como uma medida mitigatória aos impactos causados pelo empreendimento. O
Programa de Minimização dos Efeitos da Desmobilização busca definir algumas ações
com o intuito de mitigar ou reduzir o impacto decorrente do término da construção do
empreendimento. Para isto, o Programa visa atender aos trabalhadores da obra.

b) Justificativa

Conforme apontado no Capítulo 9- Identificação e Avaliação de Impactos, a


implantação e a operação da ATE XXI Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu –
Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas produzirão diversos impactos
socioambientais diretos e indiretos para população da Área de Influência (AI) do
empreendimento. De modo geral, os municípios atravessados pelo empreendimento são
considerados pequenos quanto à estrutura urbana, com população total inferior a 50
mil habitantes em 81% dos 22 municípios da AII. A chegada e presença de grande
contingente de trabalhadores de outros municípios, além de pessoas atraídas pelo
empreendimento, causarão impactos na dinâmica socioeconômica local.

Dentre os impactos elencados positivamente durante a fase de implantação estão o


aumento da oferta de postos de serviços, aumento da demanda por produtos e serviços
locais, maior volume de circulação de capital e consequente aumento da arrecadação
pública.

As atividades de construção do empreendimento irão gerar um efetivo direto de postos


de trabalho estimado de 6.165 e indireto de 594 no pico da obra, que está previsto para
ocorrer entre os meses de março e abril de 2016. Além dos empregos diretos, a criação
de empregos indiretos também deverá gerar oportunidades em outras cadeias
econômicas onde estão inseridos os ramos do comércio de materiais de construção,
indústria de transformação e de produção de matérias primas. Também estão incluídos

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
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aqui as contratações de serviços ligados a esfera da alimentação, transportes, dentre


outros.

Durante a fase de implantação do empreendimento se fará necessária a aquisição de


insumos e equipamentos visando o suprimento e manutenção dos canteiros e das
frentes de obras, o que propicia a dinamização da economia, a geração de renda, o
acréscimo da arrecadação municipal. De acordo com o projeto, serão 15 canteiros,
sendo 11 distribuídos ao longo da linha de transmissão e 4 voltados para as
subestações. São eles, de acordo com o Quadro 26.

Quadro 26 - Municípios que Irão Receber os Canteiros de Obra


Estado do Pará Estado de Tocantins

Anapu Pau D’Arco

Pacajá Bernardo Sayão

Novo Repartimento Guaraí

Marabá Miracema do Tocantins

Curionópolis

Sapucaia
Fonte: Abengoa, 2015

Outros serviços voltados para manutenção e gestão dos canteiros, bem como demandas
especificas das frentes de obra, irão contribuir positivamente para as regiões.
Acrescenta-se a essa realidade as demandas sobre o setor de serviços que envolvem
lazer, saúde, transporte, hospedagem e restaurantes.

Os impactos sobre essa cadeia de serviços através das contratações representam maior
base de arrecadação tributária municipal. Esses recursos se bem administrados, podem
ser voltados para a população local dos municípios da Área de Influência.

A partir da conclusão das obras, são esperados que algumas atividades e como
consequência, os impactos positivos relacionados, sejam encerrados. Para o fator de
contratação de trabalhadores, conforme o cronograma de mão de obra, após o seu
pico, deverá ocorrer de forma gradativa as desmobilizações, a medida em que os
trechos são concluídos. É nesse momento em que os trabalhadores que não poderão ser
realocados em outros trechos serão desligados. Partindo desse cenário, o programa
justifica-se como uma medida para reduzir os impactos negativos decorrentes do
encerramento das obras e consequente redução dos postos de trabalho gerados pelas

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obras, desmobilização dos trabalhadores e fornecedores, diminuição da circulação de


capital, da demanda por produtos e serviços e da arrecadação municipal.

c) Objetivos

Objetivo geral

O objetivo principal deste Programa é mitigar os impactos provenientes da


desmobilização dos trabalhadores em decorrência da finalização das obras de
implementação do empreendimento, principalmente nos municípios previstos para
receber canteiros de obras.

Objetivos específicos

 Minimizar os efeitos da desmobilização da obra;


 Orientar quanto a encaminhamentos dos trabalhadores locais do
empreendimento dispensados devido ao processo de desmobilização;
 Fornecer orientação para subsidiar as ações fornecedores locais do
empreendimento diante da variação de demanda por serviços e produtos;
 Promover adequações metodológicas ao longo do Programa e avaliar a
receptividade do mesmo pelo público participante.

d) Metas

São metas do Programa de Minimização dos Efeitos da Desmobilização:

 Realizar pelo menos 1 oficina para os fornecedores locais nos municípios da AII
onde haverá instalação de canteiros
 Ter pelo menos 60% da mão de obra local em atividade no empreendimento
cadastrada no banco de dados de empregos até o final da construção;
 Elaborar pelo menos 2 tipos de materiais a serem utilizados pelo Programa de
Comunicação Social tendo como conteúdo principal as ações do Programa de
Minimização dos Efeitos da Desmobilização para os processos de articulações
institucionais;
 Distribuição do Material com o Conteúdo do Programa de Minimização dos
Efeitos da Desmobilização em 100% das Prefeituras onde serão instalados os
canteiros de suporte a obra;

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 Realizar pelo menos 1 reunião com as Prefeituras dos Municípios que irão
receber os canteiros para tratar das ações do Programa de Minimização dos
Efeitos da Desmobilização

e) Indicadores Ambientais

 Número de municípios contemplados pelo Programa X número de municípios


recebedores de canteiros de obras e outros considerados prioritários para o
Programa;
 Dados sistematizados semestralmente, por municípios;
 Banco de dados criado e cadastramento de trabalhadores da obra residentes
no município;
 Porcentagem dos trabalhadores do empreendimento cadastrados no banco de
dados;
 Avaliações positivas da oficina superior a 70%;
 Material elaborado;
 Quantitativo de material distribuído;
 Número de Plano de Trabalho e relatórios de andamento de atividades do
Programa de Minimização dos Efeitos da Desmobilização elaborados por
semestre.

f) Público-alvo

As ações propostas no âmbito do Programa de Minimização dos Efeitos da


Desmobilização visam atender aos seguintes públicos prioritários, nos 14 municípios que
receberão canteiros da LT:

 Trabalhadores locais e residentes dos municípios da AII do empreendimento;


 Gestores Públicos dos Municípios com Canteiro na AII do empreendimento;
 Fornecedores locais do empreendimento

Além dos municípios que receberão canteiros de obras, outros municípios poderão ser
contemplados pelo Programa de Minimização dos Efeitos da Desmobilização, se
constatada a relevância do impacto negativo da desmobilização nestes sítios. Isto pode
se dar tanto pela instalação de alguma infraestrutura de apoio no Município, quanto
pela contratação e utilização de volume significativo de serviços e/ou estruturas
específicos frente à dinâmica econômica de cada município da AII do empreendimento.

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g) Metodologia

A metodologia que deverá ser adotada para a execução desse programa deve estar
vinculada aos impactos identificados através do diagnóstico ambiental no que compete
a desmobilização dos trabalhadores e conclusão das obras. Os pilares para o sucesso
desse programa passam por 4 etapas: planejamento inicial, articulação com os poderes
públicos; cadastramento dos trabalhadores da obra em Bancos de Empregos, oficinas
para os fornecedores locais, e relatórios de monitoramento e avaliação.

h) Descrição do Programa

O Programa de Minimização dos Efeitos da Desmobilização integra o Plano de


Atendimento à População Atingida a partir de medidas que buscam após os momentos
de contratação e desenvolvimento da obra, estabelecer mecanismos e ações para que os
efeitos da desmobilização dos trabalhadores sejam minimizados. Com isso, procura-se
sensibilizar os trabalhadores e fornecedores locais, além do poder público dos
municípios com canteiro de obra, para que estejam cientes da temporalidade do
empreendimento, para que planejem estrategicamente a renda, o emprego e a
arrecadação tributária extra para organizar o presente e futuro, dos respectivos atores
desse programa.

A execução das atividades que irão compor esse programa deverão ser planejadas de
forma que se considere, não apenas os efeitos com o desligamento dos trabalhadores,
mas também junto aos setores econômicos e público dos municípios que serão afetados
com o arrefecimento da obra.

i) Atividades a serem desenvolvidas

i. Planejamento

A primeira ação do Programa de Minimização dos Efeitos da Desmobilização consiste no


recrutamento dos profissionais para atuar na execução deste programa, a partir da
leitura do EIA. A seguir, deverão ser definidas as estratégias para o levantamento das
informações junto as instituições públicas e privadas que podem vir a abranger uma
parcela do público-alvo, tais como secretarias municipais, associações de lojistas,
sindicatos, entre outros, mediante um plano de trabalho.

ii. Preparação do Poder Público para a Fase de Construção e


Desmobilização

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Decorrente da temporalidade de um aumento na arrecadação fiscal e tributária pelos


Municípios da AII, principalmente os que possuem Canteiro de Obras, decorrente do
aumento do fornecimento de serviços e produtos nos respectivos municípios, além de
considerar a perspectiva dos impactos previstos para a fase de desmobilização, essa
atividade busca orientar os gestores públicos quanto a essa situação.

Para isso, prevê-se a elaboração de um material informativo a ser distribuído aos


gestores públicos, contendo os planos e programas federais e estaduais disponíveis e as
orientações de como realizar o cadastramento, entre outras informações identificadas
junto ao público alvo, como relevantes. Essa atividade deve ser integrada com a etapa
de articulação institucional realizada pelo Programa de Comunicação Social. Deve ser
realizada preferencialmente antes da conclusão do período construtivo.

iii. Realização de Cadastramento para Trabalhadores da Obra em


Bancos de Emprego

O processo de cadastramento dos trabalhadores da obra tem como objetivo maior a


possibilidade de recontratação destes para outras atividades, seja pelo empreendedor ou
por outras atividades que por ventura possam surgir na AII. Um dos locais sugeridos é o
SINE (Sistema Nacional de Empregos - Ministério do Trabalho e Renda).

Além disso, a criação de um banco de empregos municipal pode facilitar a contratação e


prestação de serviços a nível local. Este cadastramento deve ser realizado para cada
trabalhador antes de sua desmobilização. O cadastramento deverá contemplar também
os trabalhadores que participarem das atividades do Programa de Capacitação da Mão
de obra local/regional e Serviços, mesmo que estes não tenham sido absorvidos pelo
empreendimento. Orientar os trabalhadores locais do empreendimento, sobre
encaminhamento de currículo, oportunidades de aperfeiçoamento profissional gratuito,
orientação de currículo e apresentação pessoal, entre outras informações relevantes
para a inserção no mercado de trabalho. Essa etapa deverá ser realizada em parceria
com o Programa de Comunicação social e o Programa de Seleção, Treinamento e
Contratação de Mão de Obra.

iv. Oficinas para Fornecedores locais

As oficinas para os fornecedores locais, que são microempresários e pequenos


produtores e/ou prestadores de serviço registrados nos Municípios da AII, principalmente
de Canteiro de obras do empreendimento, têm como objetivo orientá-los para a

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geração temporária de receita e renda promovida pela implantação do


empreendimento, e auxiliá-los no planejamento financeiro e estratégico, de seu
negócio, de forma a otimizar a renda extra provida pela temporalidade do
empreendimento. Além dos conteúdos específicos sobre empreendedorismo, deve-se
abordar a questão do desenvolvimento local e estimular a criação de redes e cadeias de
produção, em parceria com o poder público local. Esta oficina deve ter carga horária
mínima de 40h e contemplar os fornecedores locais dos municípios recebedores de
canteiros de obras, com presença de pelo menos 10 participantes de cada município.
Para sua realização, pode-se contar com a articulação e parceria com outras instituições
que já desenvolvem cursos sobre o tema. Essa atividade deverá ser realizada no último
semestre do período construtivo.

v. Realização de Relatórios de Monitoramento e Avaliação

Como forma de sistematizar as ações desenvolvidas e as avaliações, possibilitando o


acompanhamento, a equipe responsável pela implementação do Programa de
Minimização dos Efeitos da Desmobilização deverá elaborar relatórios, a saber:

Relatórios semestrais produzidos ao longo do Programa contendo a descrição das


atividades realizadas e planejadas, análise crítica qualitativa e quantitativa, avaliação dos
resultados parciais, além do registro fotográfico e demais evidências das ações
desenvolvidas.

01 (um) relatório final consolidado ao término do Programa, contendo a descrição,


análise crítica qualitativa e quantitativa e avaliação das ações desenvolvidas ao longo de
todo o Programa de Minimização dos Efeitos da Desmobilização, devendo aferir o
cumprimento das metas estabelecidas a partir da análise dos indicadores, sugestões de
ações futuras, além do registro fotográfico e demais evidências das ações desenvolvidas.

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j) Cronograma Executivo e de Relatórios

Fase de Implantação (meses)


Atividade
-8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Planejamento Inicial
Acompanhamento do Programa de Comunicação Social
Elaboração de Material Informativo para o Poder Público
Articulação com Poder Público
Cadastramento de Trabalhadores em Bancos de Empregos
Planejamento das Oficinas
Material Didático para Oficinas
Oficinas para os Microempresários e Pequenos Produtores
Emissão de Relatórios Preliminares
Emissão de Relatório Final

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k) Equipe Técnica

Profissionais de nível superior com experiência e com habilidade em processos de


pesquisas socioeconômicas, gestão de negócios e de recursos humanos para as
articulações com as prefeituras, associações comerciais e sindicatos. Profissionais
de nível médio para realizar o cadastramento dos funcionários da obra.

l) Responsável Técnico

Sociólogo Leandro Carneiro - MTB/450-BA

m) Instituições Envolvidas

Prefeituras Municipais, Associações Comerciais e Sindicatos

n) Relação com outros Programas

Conforme indicado na metodologia, o Programa de Minimização dos Efeitos da


Desmobilização relaciona-se com os seguintes Programas, também previstos neste
EIA:

Programa de Comunicação Social: O Programa de Comunicação Social deve estar


inter-relacionado com o Programa de Minimização dos Efeitos da Desmobilização
para a realização das atividades de Articulação com Poder Público e elaboração e
distribuição para este público de material informativo sobre a variação
orçamentária municipal, decorrente da realização das obras. Além disso, a inclusão
nas campanhas de comunicação de alertas à população sobre o caráter temporário
das obras e, consequentemente, da permanência limitada dos trabalhadores no
local, tendem a contribuir para a minimização dos impactos negativos associados à
desmobilização dos trabalhadores.

Programa de Educação Ambiental para os Trabalhadores: Este Programa pode


auxiliar na orientação aos trabalhadores quanto aos impactos de sua permanência
na localidade, visando minimizar os impactos negativos previstos para o período de
sua desmobilização. Além disso, o Programa de Educação Ambiental para o

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Trabalhador pode fornecer suporte à atividade de cadastramento dos


trabalhadores em bancos de emprego.

Programa de Seleção, Treinamento e Contratação de Mão de Obra: No processo


de formação da mão de obra local, os trabalhadores devem ser informados do
caráter temporário das atividades. A capacitação de trabalhadores para atividades
para as quais há uma demanda local, independente das obras do
empreendimento, possibilita que a capacitação possa ajudar na reinserção
profissional do trabalhador após a desmobilização por parte do empreendimento.
Além disso, o Programa pode orientar o cadastramento de profissionais nos
bancos de emprego.

o) Referências Bibliográficas

ABENGOA. Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental


das Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500
kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e
Subestações Associadas, 2014. Elaborado por Bourscheid Engenharia e Meio
Ambiente S.A.

3.8 - Plano de Apoio aos Municípios

O Plano de Apoio aos Municípios tem como objetivo a proposição de ações que
beneficiem a população residente nas áreas de influência do empreendimento,
minimizando os eventuais impactos sociais adversos que possam ser ocasionados
pela atividade. Para atender a todas as necessidades identificadas, o plano
compreende os seguintes programas a serem desenvolvidos:

 Programa de Seleção, Treinamento e Contratação da Mão de Obra;


 Programa de Apoio à elaboração/Revisão do Plano Diretor; e
 Programa de Apoio à Infraestrutura dos Serviços Públicos.

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3.8.1 - Programa de Seleção, Treinamento e Contratação de


Mão de Obra Local

a) Apresentação

Esse programa visa qualificar os trabalhadores contratados, com base em critérios


mínimos de formação, conhecimento e experiências de trabalho, para o exercício
das atividades afins para as quais serão contratados. Portanto, trata-se de um
programa que visa assegurar, com base em critérios pré-estabelecidos pelas
empresas contratantes, o máximo de mão de obra residente nas áreas de
influência do empreendimento.

Dessa forma o Programa representa, do ponto de vista da sustentabilidade dos


empreendimentos, a busca de alternativas para a contratação em maior número
possível de trabalhadores locais ou das áreas de influência do empreendimento.
Conforme os cenários realizados no EIA/RIMA para a contratação de mão de obra
nas áreas de influência do empreendimento, estima-se que 60% da força de
trabalho seja contratada no local. Vagas, como operadores de máquinas,
carpinteiros, ferreiros, auxiliares eletricistas, auxiliares de escritório, motoristas de
carga pesada, requerem o domínio de técnicas específicas. Entretanto, na ausência
de habilidades específicas e complexas como as necessárias a instalação de uma
LT, em curto espaço de tempo, é possível identificar sujeitos com capital humano
suficiente para o aprimoramento de suas habilidades tornando-os, através de
treinamentos intensivos e rápidos, aptos a novas funções. Cabe ressaltar que
grande parte da mão de obra a ser contratada requer o mínimo de escolarização e
especificidade técnica.

Assim, a realização do presente programa, de um lado deverá potencializar os


principais impactos positivos gerados pelo empreendimento ao promover a
qualificação dos trabalhadores da região. De outro lado, vai se configurar também
como um atenuante nos impactos socioambientais gerados pelo empreendimento,
a exemplo da geração de incômodos à população residente, sobrecarga no sistema
de saúde, desmobilização da mão de obra e outros.

A eficácia esperada para as medidas indicadas neste programa é apresentada a


seguir:

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Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Geração de Expectativas da População

Implantar o programa de
Comunicação Social,
estabelecendo um canal de
Planejamento,
comunicação entre o
Preventivo Implantação e Média Empreendedor
empreendedor e a
Operação
sociedade local,
informando sobre as fases
do empreendimento

Orientar a população Planejamento,


quanto ao convívio com o Mitigador Implantação e Media Empreendedor
empreendimento Operação

Geração de Emprego e Renda

Informar a população sobre


a real necessidade de mão
Potencializadora Implantação Media Empreendedor
de obra e especificidades
da mesma

Informar o período
Potencializadora Implantação Media Empreendedor
estimado de contratação

b) Justificativa

O Programa de Seleção, Treinamento e Contratação de Mão de Obra Local faz


parte do Plano de Apoio aos Municípios que integra o licenciamento das Linhas de
Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas –
Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas.

A execução desse programa é justificada tanto pelo seu caráter sinérgico a indução
de movimentação da economia local e das áreas de influência do
empreendimento, quanto pelo aspecto preventivo em relação a possíveis fluxos
migratórios intensos para as cidades com canteiros de obras para a instalação do
empreendimento. Com a diminuição dos possíveis fluxos migratórios, atenuam-se
também pressões sobre os serviços públicos básicos.

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c) Objetivos

Objetivo geral

O Programa tem por objetivo potencializar a absorção de trabalhadores das Áreas


de Influência do empreendimento nas oportunidades de trabalho geradas com as
obras de implantação das Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas
C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas –
Itacaiúnas e Subestações Associadas, contribuindo, portanto, para o crescimento
econômico local e regional e, especialmente, evitando grandes fluxos migratórios
para as áreas de influência do empreendimento.

Objetivos específicos

Os objetivos específicos do Programa são:

 Fomentar a absorção de mão de obra e o desenvolvimento local e


regional no âmbito das obras do referido empreendimento;
 Requalificar/treinar a mão de obra local e regional;
 Ofertar oportunidades para a qualificação de trabalhadores locais e
regionais, através do estabelecimento parcerias e/ou convênios com
instituições presentes na AII capazes de ministrar cursos de formação da
mão de obra;
 Implementar um centro de seleção de trabalhadores;
 Estabelecer parcerias com instituições presentes na Área de Influência
capazes de ministrar cursos de qualificação da mão de obra não
especializada;
 Ofertar treinamentos e palestras que versem sobre os temas de saúde
ocupacional, meio ambiente, segurança do trabalho, entre outros
pertinentes as atividades e o empreendimento.

d) Indicadores Ambientais

São considerados como indicadores básicos do Programa de Seleção, Treinamento


e Contratação de Mão de Obra:

 Número de trabalhadores inscritos no programa;

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 Número de vagas abertas por função e de contratados por mês;


 Número de cursos realizados;
 Número de profissionais que foram contratados no local, frente ao
número de trabalhadores totais da obra;
 Porcentagem de trabalhadores concluintes dos cursos em relação ao
número de inscritos.

e) Público-alvo

O público alvo desse programa, prioritariamente, são os trabalhadores


contratados, conforme os critérios mínimos estabelecidos pelas empresas
contratantes e, secundariamente, os trabalhadores, mediante vaga disponível, que
se candidataram a alguma vaga e não foram inicialmente contratados.

f) Metodologia

Conforme o objetivo do programa fica evidenciado que, em diferentes momentos,


será necessária a utilização de metodologias específicas conforme o curso a ser
realizado. Portanto, o primeiro passo é o reconhecimento da força de trabalho
disponível nas áreas de influência do empreendimento. O que deverá ser feito com
base em um banco de dados ou currículos. Para tanto, os procedimentos são:

 Divulgação nas agências de emprego, prefeituras e sindicatos da AII e


região, de informações a respeito das vagas oferecidas, para facilitar o
acesso aos postos de trabalho gerados pelo empreendimento;
 Estabelecer lugares onde, independente da qualificação do profissional,
poderão ser entregues currículos. É importante que nesses locais exista
um modelo de currículo simplificado para preenchimento pelo próprio
trabalhador ou por alguém que o possa auxiliar;
 Realização de treinamento(s): as especificidades só poderão ser
estabelecidas após a pré-seleção e edificação das necessidades
específicas.

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g) Descrição do Programa

O Programa de Seleção, Treinamento e Contratação de Mão de Obra Local foi


criado para qualificar a mão de obra local que atuará diretamente na construção
das Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e
Subestações Associadas. O principal objetivo desse programa é potencializar a
contratação da população residente nos municípios da AII e, desta maneira,
reduzir o impacto da atração de nova população na região. Além disso, o
Programa proporciona a capacitação de trabalhadores locais permitindo o
aproveitamento futuro dessa mão de obra, após a conclusão das obras.

Para isso, o êxito do programa passa por duas etapas bases:

Etapa 1: Divulgação dos cursos, cadastramento da mão de obra contratada e


execução das aulas a serem realizadas antes do ingresso na obra.

Etapa 2: Contratação de mão de obra oriundas da AID, AII ou dos cursos ofertados
pelo empreendedor.

Para a viabilização deste Programa deverão ser desenvolvidas parcerias com órgãos
públicos, com entidades capacitadoras como as do Sistema S (SENAI e SEBRAE),
Sistema Nacional de Emprego – SINE e/ou organizações da sociedade civil.

h) Atividades a serem desenvolvidas

A seguir são apresentadas as principais atividades do Programa de Seleção,


Treinamento e Contratação de Mão de Obra Local.

i. Levantamento inicial, estabelecimento de parceria s e


instalação do Centro de Triagem e Seleção de
Colaboradores

Inicialmente, serão realizados levantamentos básicos que subsidiarão o


planejamento dos treinamentos do Programa. Esses levantamentos incluem o
mapeamento de potenciais entidades parceiras, levantamento socioeconômico dos
municípios, definição dos cursos oferecidos e quantidades de vagas. Dentre outras
ações iniciais a serem realizadas, incluem:

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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT
500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

 Definição das datas e locais das inscrições e dos cursos;


 Organização dos locais de inscrição (Centros de Triagem);
 Definição da estrutura de alimentação e transporte durante os cursos se
necessário;
 Seleção, treinamento e contratação da equipe de apoio;
 Possíveis adequações da infraestrutura;
 Planejamento de comunicação para divulgação do Programa;
 Apresentação do Programa para prefeitos e autoridades locais e /ou
instituições parceiras.

ii. Divulgação e inscrição

Antes do início das contratações do empreendimento deverá ser iniciado o


processo de divulgação do Programa. A divulgação do Programa deverá incluir a
apresentação com clareza dos critérios de seleção e contratação ao final dos
cursos. Para isso, deverão ser utilizados os mecanismos de comunicação, conforme
descrito no Programa de Comunicação Social.

Serão realizadas etapas de mobilização que incluem a divulgação e inscrição do


Programa prioritariamente nos municípios onde existirão os canteiros.

Para recebimento de inscrições, haverá pontos de apoio instalados nesses


municípios ou através de outros meios de comunicação como internet, fax e
correio. Nesses pontos de apoio também serão realizados os processos de seleção
de trabalhadores para as obras (Centros de Triagem).

O candidato disposto a trabalhar nas obras das Linhas de Transmissão deverá


portar o seu currículo profissional quando se dirigir ao Centro de Triagem. A
infraestrutura desses pontos deverá contar com escritório para que a equipe do
Programa possa desenvolver a atividade, bem como, espaços para entrevistas de
salas de capacitação, caso não haja suporte de instituições profissionalizantes
contratadas próximas a esses municípios.

É importante ressaltar que durante a triagem de candidatos será priorizada a


contratação de pessoas residentes na região, prestadores de serviços e empresas aí
existentes, em especial na AID e AII.

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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT
500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Após a seleção dos trabalhadores, os resultados serão divulgados e se dará início a


convocação dos aprovados para a realização dos cursos. Os participantes irão
assinar um termo de adesão e receberão material didático, se necessário,
alimentação e transporte gratuitamente.

iii. Atividades dos Cursos Ofertados

A metodologia dos cursos de capacitação contemplará treinamento teórico e


prático.

No treinamento em sala de aula serão expostos os fundamentos das técnicas


necessárias ao desempenho da função tais como o objetivo do seu trabalho, uso
de ferramentas, relacionamento em equipe, segurança no trabalho, cuidados
ambientais e outros.

O treinamento prático será direcionado para as funções que demandam este tipo
de treinamento a ser definido pelo empreendedor, junto com a empresa executora
do treinamento. Está prevista a realização de aulas práticas para capacitação do
exercício da função.

Os cursos do Programa devem ser iniciados antes do início das obras,


prolongando-se durante os primeiros seis meses de implantação do
empreendimento.

O Programa de Seleção, Treinamento e Contratação de Mão de Obra Local é


voltado para a qualificação do nível operacional da obra. O processo de
qualificação está estruturado em dois módulos definidos da seguinte forma:

 Módulo Básico

O Módulo Básico do programa tem como objetivo introduzir conceitos básicos e


fundamentais a população que tem interesse em trabalhar nas obras das Linhas de
Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas –
Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas.

Os assuntos tratados nesse módulo são basicamente: saúde e segurança do


trabalho, meio ambiente, psicologia do trabalho, educação ambiental, ética e
qualidade do trabalho. Está prevista a duração de 40 horas para este módulo.

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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT
500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

 Módulo Técnico

O Módulo Técnico foi desenvolvido para qualificar profissionais nas principais


funções demandadas para a obra.

A carga horária do Módulo Técnico será definida de acordo com a categoria do


curso. Na área Construção Civil, por exemplo, está previsto módulo de 80 horas.
As aulas práticas serão realizadas em oficinas ou nas instituições contratadas, que
disporão de todos os materiais, equipamentos e ferramentas necessárias para as
atividades. Os cursos obrigatórios das Normas Regulamentadoras do Ministério do
Trabalho (NRs) também serão obrigatoriamente contemplados nessa fase. Tais
como:

 NR 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes;


 NR 06 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI;
 NR 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional;
 NR 09 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais;
 NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;
 NR 16 - Atividades e Operações Perigosas;
 NR 17 - Ergonomia;
 NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção;
 NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho;
 NR 25 - Resíduos Industriais;
 NR 26 - Sinalização de Segurança;
 NR 35 - Trabalho em Altura.

As modalidades de curso só poderão ser definidas a partir do levantamento das


instituições existentes na AII com capacidade de atender os requisitos demandados
pelo empreendimento.

iv. Conclusão dos cursos

Os cursos de capacitação possuirão um sistema específico para avaliação do


desempenho dos participantes, que incluem a realização de provas teóricas e
práticas. Os alunos aprovados nestes testes serão considerados aptos a desenvolver

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500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

a função para qual foram capacitados e receberão certificado de conclusão do


curso.

i) Cronograma Executivo e de Relatórios

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Fase Instalação (meses)

Atividade -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Levantamento inicial e estabelecimento de parcerias

Divulgação e inscrição dos cursos

Execução dos cursos

Seleção e contratação da mão de obra

Acompanhamento do Programa de Comunição Social

Emissão de relatórios mensais de monitoramento interno

Emissão de relatórios preliminares para órgão ambiental

Emissão de relatório final

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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT
500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

j) Equipe Técnica

A implementação desse programa será realizada a partir de recursos próprios do


empreendedor ou contratação de instituição especializada. A efetivação das ações
ocorrerá em parcerias com os órgãos públicos, entidades de capacitação como o
SENAI e entidades da organização civil.

k) Responsável Técnico

Sociólogo Leandro Carneiro - MTB/450-BA

l) Instituições Envolvidas

Instituições do Sistema S (SESI, SENAI), Prefeituras Municipais, Secretarias de


Assistência Social, SINE, Sindicatos e Escola de Capacitação de Mão de Obra Locais
e Regionais.

m) Relação com outros Programas

O Programa de Seleção, Treinamento e Contratação de Mão de Obra Local


relaciona-se com os Programas de Comunicação Social, Programa de Educação
Ambiental, Plano Ambiental da Construção (PAC), Programa de Saúde
Ocupacional e com o Programa de Minimização dos Efeitos da Desmobilização.

n) Referências Bibliográficas

ABENGOA. Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental das


Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e
Subestações Associadas, 2014. Elaborado por Bourscheid Engenharia e Meio
Ambiente S.A.

COMPANHIA HIDRELÉTRICA TELES PIRES. Projeto Básico Ambiental (PBA) da UHE


Teles Pires, 2011.

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500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
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3.8.2 - Programa de Apoio à Elaboração/Revisão do Plano


Diretor

a) Apresentação

As obras da ATE XXI Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e


C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas –
Itacaiúnas e Subestações Associadas incidirão sobre o território de 16 municípios
distribuídos pelos estados do Pará e Tocantins. Contrabalançando os significativos
benefícios potenciais do projeto para sua Área de Influência (Direta e Indireta), são
nesses municípios, isto é, ao longo da Área Diretamente Afetada (ADA), que
estará concentrada a manifestação inicial dos principais aspectos adversos
relacionados às obras e à operação do empreendimento.

Alguns desses impactos já previstos podem ser evitados ou mitigados através de


medidas específicas conforme apontadas pelo EIA/RIMA. Outros são de baixa
previsibilidade ou de difícil controle, como a chegada de pessoas de fora em busca
de emprego e a possível expectativa pessoal, entre os habitantes locais, face às
possíveis mudanças em suas rotinas devido a obra e operação do
empreendimento.

Do ponto de vista conceitual, portanto, a execução deste Programa decorre da


intenção de compensar, por um lado, os impactos (ainda que difusos)
causados pelo empreendimento durante a sua construção, e futuramente a sua
operação, sobre a estrutura dos municípios da AII.

De acordo com o Parecer Técnico PAR. 02029.000051/2015-33 NLA/TO/IBAMA,


no item 10 quanto as Recomendações para elaboração do projeto executivo e
detalhamento do PBA, este informa que:

“Prever a elaboração/revisão dos planos diretores naqueles


municípios que abrigarão canteiro de obras, os municípios que
estão na AID da Linha de Transmissão e aqueles que ainda não o
possuem, como exemplo: município de Guaraí-TO.”

Com base nisso, os municípios da AII do empreendimento serão contemplados


com a revisão e ou elaboração dos Planos Diretores Urbanos.

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b) Justificativa

Avaliando-se a situação da existência de legislações específicas voltadas para o


ordenamento urbano nos municípios pertencentes à AII, observou-se que em parte
dos municípios este tipo de legislação ainda está em processo de elaboração para
posterior aprovação pelas respectivas câmaras municipais. Existe, no entanto,
outras já postas em atividades, tecendo regras sobre práticas pontuais na utilização
do espaço físico das cidades e as consequências geradas por ela.

Na AII, de acordo com os dados do Diagnóstico do Meio Socioeconômico, 16


municípios interceptados pelas LTs já possui Plano Diretor, de acordo com os
dados primários obtidos nas prefeituras e informações disponibilizadas pelo
IBGE, sendo estes os seguintes: Anapu/PA, Pacajá/PA, Novo Repartimento/PA,
Itupiranga/PA, Marabá/PA, Curionópolis/PA, Eldorado dos Carajás/PA,
Xinguara/PA, Rio Maria/PA, Floresta do Araguaia/PA, Araguaína/TO, Pau
D’Arco/TO, Arapoema/PA, Fortaleza do Tabocão/TO, Rio dos Bois/TO e
Miranorte/TO. Os demais municípios, 6 no total, não possuem Plano Diretor. São
eles: Sapucaia/PA, Bernardo Sayao/TO, Pequizeiro/TO, Itaporã do Tocantins/TO,
Guaraí/TO e Miracema do Tocantins/TO.

Vale ressaltar que todos os 22 municípios da AII foram consultados, conforme


Resolução CONAMA Nº 237/97, quanto à conformidade da implantação do
empreendimento com a legislação local referente ao uso e ocupação do solo. O
projeto das linhas de transmissão (LT’s) foi apresentado às prefeituras e cartas de
consulta, acompanhadas de mapas com a localização do empreendimento no
território do município foram protocolados, tendo como anexos arquivos
vetoriais em formato shapefile (“.shp” e .”kml”). Assim, todos os municípios
puderam avaliar a conjectura e, a partir disso, todas as administrações locais
emitiram documento de Anuência.

Além disso, a ATE XXI realizou consulta ao Ministério das Cidades acerca da
elaboração ou revisão de Plano Diretor como medida compensatória no âmbito do
licenciamento ambiental de empreendimentos de transmissão de energia.

Em resposta, por meio do Ofício nº 000456/2014/GAB/SNAPU/MCIDADES, o


Ministério se posicionou a favor da obrigatoriedade de elaboração/revisão de Plano
Diretor como medida compensatória, em casos onde o Estudo de Impacto

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500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
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Ambiental – EIA avalie como significativo o impacto do empreendimento no uso e


ocupação do solo do município.

Apesar de entender que a implantação de linhas de transmissão não são


obstáculos à expansão urbana e que a maioria dos impactos advindos desse
tipo de empreendimento ocorre durante a fase de implantação do mesmo, o
Parecer Técnico do IBAMA n. 02029.000051/2015-33 NLA/TO/IBAMA, ratifica a
necessidade de que todos os municípios pertencentes a AII sejam contemplados
com as avaliações ou elaboração de Planos Diretores Urbanos.

Entretanto, dada a quantidade de municípios envolvidos e considerando que a


construção ou mesmo revisão de um Plano Diretor Urbano é um processo que
necessita de encaminhamento envolvendo sociedade civil, executivo e legislativos
municipais, o prazo para o cumprimento total da condicionante pode não ser
suficiente durante o período da LI. Assim, deverá ser solicitado ao órgão
licenciador, que a continuidade das tratativas visando sanar esse item da Licença
de Instalação possa ser estendido durante a fase de operação, sem prejuízo ao
empreendedor.

c) Objetivos

Objetivo geral

O objetivo principal do Programa de Apoio à Revisão e Elaboração de Planos


Diretores é apoiar tecnicamente os representantes do Poder Público local na
elaboração ou revisão, quando couber, dos Planos Diretores Municipais dos
municípios (ver Tabela XX) que integram a Área de Influência Indireta (AII) da Linha
de Transmissão (LT) (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e
Subestações Associadas (Quadro 27).

Quadro 27 – Municípios da AII por Estado, População, Área Urbana inserida na AID e
Situação Quanto a Existência de Plano Diretor Urbano
Área Urbana Inserida Populaç Possui Plano Tratativa
UF Município
na AID ão Diretor (Revisão/Elaboração)

PA Anapu Sim 20.543 SIM Revisão

PA Pacajá Não 39.979 SIM Revisão

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500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
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Área Urbana Inserida Populaç Possui Plano Tratativa


UF Município
na AID ão Diretor (Revisão/Elaboração)

Novo
PA Repartimento Não 62.050 SIM Revisão

PA Itupiranga Não 51.220 SIM Revisão

PA Marabá Não 233.669 SIM Revisão

PA Curionópolis Sim 18.288 SIM Revisão

Eldorado dos
PA Carajás Não 31.786 SIM Revisão

PA Sapucaia Não 5.047 NÃO Elaboração

PA Xinguara Não 40.573 SIM Revisão

PA Rio Maria Não 17.697 SIM Revisão

Floresta
PA Araguaia Não 17.768 SIM Revisão

TO Araguaína Não 150.484 SIM Revisão

TO Pau D'Arco Não 4.588 SIM Revisão

TO Arapoema Sim 6.742 SIM Revisão

TO Bernardo Sayão Não 4.456 NÃO Elaboração

TO Pequizeiro Não 5.054 NÃO Elaboração

Itaporã do
TO Tocantins Sim 2.445 NÃO Elaboração

TO Guaraí Não 23.200 NÃO Elaboração

Fortaleza do
TO Tabocão Não 2.419 SIM Revisão

TO Rio dos Bois Sim 2.570 SIM Revisão

TO Miranorte Não 12.623 SIM Revisão

Miracema do
TO Tocantins Não 20.684 NÃO Elaboração
Fonte: Abengoa, 2015

Objetivos específicos

Dentre os objetivos específicos do Programa, importa citar:

 Colaborar para estabelecer equipes interdisciplinares com vistas a apoiar


tecnicamente os representantes do poder público dos municípios
contemplados pelo Programa;

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500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
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 Elaborar ou revisar o Plano Diretor dos municípios da AII contemplados


pelo Programa;
 Divulgar os documentos e informações produzidos no âmbito do
Programa, bem como o cronograma de suas atividades.

d) Indicadores Ambientais

 Cumprimento do cronograma elaborado em parceria com equipe


municipal;
 Atas de Reunião;
 Quantidade de debates realizados no município;
 Registros de aprovação pela população dos resultados apresentados;
 Campanhas de divulgação realizada no município.

e) Público-alvo

O público-alvo do programa contempla representantes do poder público,


sociedade civil organizada e população dos municípios da AII do empreendimento.

f) Metodologia

A Metodologia a ser adotada está conforme determina o Estatuto da Cidade, e o


Ministério das Cidades, envolvendo o corpo técnico das prefeituras e construído
essencialmente de forma participativa, com estímulo a participação cidadã, e
incluir os princípios da Agenda 21 na elaboração da revisão do Plano Diretor. O
processo de revisão ou de elaboração do Plano Diretor deve ser democrático e
tecnicamente bem desenvolvido pela municipalidade, a qual terá a
responsabilidade, em última instância, de encaminhar e coordenar todas as ações
desse processo de modo que o produto elaborado atenda aos anseios da
sociedade e sirva adequadamente aos seus propósitos.

g) Descrição do Programa

Inicialmente, será definida e mobilizada equipe técnica necessária para a execução


do Programa, que deverá atuar como gestora do mesmo e acompanhar e
colaborar tecnicamente com a equipe municipal. Em seguida, deverá ser
estabelecido Contato Institucional com a administração local para apresentar

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500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
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o Programa, estabelecer parcerias com órgãos locais e definir a equipe do


município que trabalhará na avaliação da necessidade de revisão do Plano Diretor
e, caso detectada a necessidade de revisão, trabalhará em conjunto na
execução. Neste contato inicial, será, ainda, definido um cronograma de reuniões
técnicas a ser seguido para execução dos trabalhos.

Posteriormente, com base em Diagnósticos dos municípios, serão promovidas


reuniões para apreciação e consolidação do diagnóstico e avaliação da
necessidade de revisão e/ou elaboração do Plano Diretor. Se for necessário o
ajuste ou revisão do instrumento de ordenação urbana, os trabalhos
prosseguirão baseados no diálogo e parceria com as equipes locais.

Por fim, serão realizados debates nos municípios com objetivo de apresentar
à população local os resultados dos trabalhos, que serão submetidas a
validação por parte dos presentes.

h) Atividades a serem desenvolvidas

As fases de trabalho (ou atividades) que organizam esse processo como um


todo, e às etapas técnicas que conduzem a revisão do documento do Plano
Diretor propriamente dito, estão dispostas a seguir:

i. Fase 1: Formação dos Grupos de Traba lho

Compreende a seleção dos técnicos – técnicos consultores e técnicos das


municipalidades – que, reunidos em grupos temáticos de trabalho, estarão
envolvidos em todo o processo de elaboração, revisão e implementação do Plano
Diretor.

ii. Fase 2: Estruturação da Atuação dos Grupos de Trabalho

1. Compreende a discriminação das atribuições e organização da forma de


atuação desses grupos de trabalho no processo de consecução das atividades
previstas.

2. Reuniões técnicas com as Prefeituras buscando definir conceitos e


metodologias de acordo com os princípios e objetivos do Plano, identificar

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as diretrizes de desenvolvimento e as indicações, sob a perspectiva da


municipalidade, para a elaboração do Plano.

iii. Fase 3: Revisão Técnica do Plano Diretor

Compreende o processo de estudos técnicos e de elaboração ou revisão do


documento do Plano Diretor iniciando por pesquisa junto aos órgãos setoriais
para coletar dados secundários com o objetivo de sistematizar e analisar os
dados, mapear as informações, elaborar relatórios setoriais, identificar
problemas, analisar e sintetizar as informações geradas considerando-se as
seguintes etapas:

 Levantamento de Dados
 Processamento e Análise de Dados
 Elaboração do Diagnóstico Municipal
 d) Elaboração do Prognóstico Municipal
 e) Definição de Diretrizes

O diagnóstico a ser realizado deverá apontar os recursos disponíveis nas


municipalidades, que possibilite a revisão ou elaboração do Plano Diretor e sua
consequente implementação, à partir de extensiva entrevista com o corpo técnico
disponibilizado pelas municipalidades para prestar as informações necessárias
que possam compor um quadro das potencialidades e fragilidades do
Município.

iv. Fase 4: Discussão com a Sociedade Civil

Mobilização da comunidade local por meio de: mobilização de lideranças locais


dos diversos segmentos, realização de atividades para informação e
capacitação, ações de divulgação e realização de fóruns locais. Compreende
a organização da logística do processo de participação da sociedade visando à
apresentação técnica do documento elaborado junto às instâncias representativas
a fim de que seja realizada a sua ampla discussão, o qual poderá vir a ser
revisado em consequência do que for decidido nesse fórum. Consideram-se
as seguintes etapas:

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Organização do Processo Participativo

Compreende a convocação das entidades representativas da sociedade e o


planejamento do desenvolvimento do processo de discussão em todas as suas
etapas, provendo-se os recursos para a sua realização, estabelecendo-se a
sua estrutura logística, estipulando-se a agenda a ser cumprida, prevendo-se
os meios materiais de suporte necessários para a sua consecução,
envolvendo-se a participação da mídia para a sua divulgação e apoio etc.

Capacitação da Participação

Compreende a capacitação dos representantes das entidades participante desse


processo, envolvendo a divulgação prévia do documento elaborado para que
possam analisá-lo previamente, bem como o esclarecimento acerca da
estrutura e da discussão que se pretende realizar.

Preparação da Apresentação

Compreende o planejamento da apresentação do documento elaborado, isto é, a


definição da estratégia a ser adotada para que o documento elaborado possa ser
bem compreendido pelo público.

v. Fase 5: Consolidação do Plano Diretor

Compreende a sua consolidação para aprovação após ter se procedido às


revisões solicitadas, isto é, a sua formatação como instrumento legal e a
elaboração dos demais instrumentos legais complementares pertinentes à
implementação das diretrizes estabelecidas nas seguintes etapas;

1. Elaboração do documento preliminar com o perfil do Município –


Potencialidades e Problemas a partir da formulação da problemática urbano-
territorial do município e elaboração do documento síntese como base para as
proposições do plano;

2. Elaboração da proposta preliminar do Plano Diretor com formulação dos


objetivos, diretrizes de desenvolvimento local e subprogramas.

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3. Reuniões técnicas para discussão da Proposta para avaliação preliminar


pelas autoridades e segmentos representativos da sociedade com base nas
oficinas e fóruns de discussão participativa e contribuições de conteúdo.

4. Anteprojeto de Lei com a redação do anteprojeto do Plano para ser


entregue ao Executivo Municipal que deve enviar à Câmara Municipal para
análise, debate e votação.

vi. Fase 6: Aprovação do Plano Diretor

Compreende a sua apresentação à Câmara de Vereadores Municipal para que seja


analisado e posteriormente aprovado.

Após esta fase, inicia-se o processo de implementação e a gestão


propriamente dita do Plano Diretor, a cargo das Prefeituras Municipais, que
compreende a divulgação e absorção do documento elaborado e de sua
aplicação cuidadosa pelo corpo técnico da administração municipal e
institucional vinculado de modo a se efetivar adequadamente a sua
paulatina implementação no cumprimento das determinações por ele
estabelecidas.

Deverão ser observadas as seguintes etapas referentes à revisão técnica do


Plano Diretor, as quais correspondem às Fases de Atividades 3, 4 e 5 acima
descritas.

Etapa 1: Levantamento de Dados

Objetivará o levantamento de informações visando à elaboração de um


Diagnóstico acerca da situação atual do Município concernente aos seguintes
aspectos, entre outros de relevância para cada realidade em questão:

a) Aspectos Geobiofísicos

Deverão ser investigados, entre outros, aspectos como: geologia, geomorfologia,


pedologia, recursos hídricos, cobertura vegetal, fauna, flora, e Unidades de
Conservação.

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b) Aspectos Socioeconômicos

Deverão ser investigados, entre outros, aspectos como: dinâmica


populacional, economia, educação, saúde, habitação, segurança pública,
transporte coletivo, cultura, patrimônio histórico e arqueológico, e organização
social.

c) Aspectos de Infraestrutura

Deverão ser investigados, entre outros, aspectos como: abastecimento de


água, esgotamento sanitário, drenagem pluvial, coleta e disposição de lixo,
suprimento e distribuição de energia elétrica, iluminação pública, suprimento
e distribuição de gás, e transportes.

d) Aspectos Urbanísticos

Deverão ser investigados, entre outros, aspectos como: uso e ocupação do


solo, parcelamento do solo, e equipamentos urbanos.

e) Aspectos Legais

Deverão ser investigados, entre outros, aspectos como: legislação urbanística


e ambiental municipal.

f) Aspectos Institucionais Administrativos

Deverão ser investigados, entre outros, aspectos como: composição e


funcionamento da estrutura administrativa, relação institucional com as
esferas estadual e federal, e plano e programas existentes nas diversas áreas de
atuação.

Etapa 2: Processamento e Análise de Dados

Objetivará o processamento e análise conjunta das informações coletadas.

Etapa 3: Elaboração do Diagnóstico Municipal

Objetivará a consolidação do documento de diagnóstico da situação atual do


Município.

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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT
500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Etapa 4: Elaboração do Prognóstico Municipal

Objetivará, a partir do diagnóstico consolidado, o exercício da projeção de cenários


futuros para o Município – construídos considerando ou não a implementação das
revisões do Plano Diretor - de modo a gerar-se um quadro situacional
abrangente a partir do qual se estabeleçam as estratégias a serem adotadas
para a concepção das diretrizes.

Etapa 5: Definição de Diretrizes

Objetivará a definição das medidas diretivas recomendáveis para o Município em


função do que foi diagnosticado e prognosticado, devendo estas medidas ser
consolidadas, em linhas gerais, no seguinte âmbito temático:

 Diretrizes Ambientais
 Diretrizes de Desenvolvimento Econômico
 Diretrizes de Desenvolvimento Social
 Diretrizes de Ordenamento Físico-Territorial
 Diretrizes Institucionais Administrativas

Etapa 6: Discussão com a Sociedade Civil

Já mencionado.

Etapa 7: Consolidação do Plano Diretor

Já mencionado.

i) Cronograma Executivo e de Relatórios

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Plano Básico Ambiental

Fase de Implantação (meses)


Atividade
-8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Apresentação do Programa as Prefeituras da AII
Formação dos Grupos de Trabalho
Estruturação da Atuação dos Grupos de Trabalho
Revisão e/ou Elaboração Técnica do Plano Diretor
Levantamento de Dados
Processamento e Análise de Dados
Elaboração do Diagnóstico Municipal
Elaboração do Prognóstico Municipal
Definição de Diretrizes
Discussão com a Sociedade Civil
Organização do Processo Participativo
Capacitação da Participação
Preparação da Apresentação
Consolidação do Plano Diretor
Aprovação do Plano Diretor
Acompanhamento do Programa de Comunicação Social
Emissão de Relatórios Preliminares
Emissão de Relatório Final

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

j) Equipe Técnica

Equipe de profissionais multidisciplinar de nível superior com experiência na elaboração


de Planos Diretores Urbanos. Aconselhável contratação de empresa para esse programa.

k) Responsável Técnico

Sociólogo Leandro Oliveira Carneiro - MTB/450-BA

l) Instituições Envolvidas

Prefeitura Municipal, Associações, Organizações, Câmara de Vereadores e Sociedade


Civil dos Municípios da AII.

m) Relação com outros Programas

Esse programa poderá manter estreita relação com os seguintes programas do PBA:

Plano Ambiental de Construção (PAC), Programa de Comunicação Social e Programa de


Educação Ambiental.

n) Referências Bibliográficas

ABENGOA. Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental da ATE XXI


Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações
Associadas, 2015.

MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO REGIONAL. Programa de Apoio Técnico às Prefeituras


para Elaboração de Seus Planos Diretores do Projeto de Integração do Rio São Francisco.
Disponível em < http://www.integracao.gov.br/web/guest/38-programas-ambientais>.
Acessado em 18 de Maio de 2015.

3.8.3 - Programa de Apoio à Infraestrutura dos Serviços Públicos

a) Apresentação

O Programa de Apoio à Infraestrutura dos Serviços Público está baseado na premissa de


impactos decorrentes do processo de atração de mão de obra junto aos municípios da
AII para a implantação das Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e


Subestações Associadas.

A necessidade de infraestruturas de apoio para as obras, principalmente os canteiros,


durante 12 meses implicará na concentração de pessoas que podem eventualmente
fazer uso dos serviços públicos existentes na AID/AII. Essa nova dinâmica populacional
poderá, portanto, ocasionar transtornos na execução e manutenção das políticas
públicas municipais e estaduais em áreas consideradas essenciais como saúde e
segurança pública.

Partindo dessa condição e com o objetivo de mitigar os impactos com a possível


sobrecarga aos mecanismos públicos de serviços para a população dos municípios da AII
que irão receber os canteiros, esse programa buscar utilizar metodologias e ações
integradas com as Prefeituras através do monitoramento de forma a promover a melhor
adequação da infraestrutura local, de modo a impedir o impacto negativo nas condições
de vida das populações residentes nos municípios, especialmente aqueles que receberão
canteiros de obras.

b) Justificativa

A inserção das Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500
kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e
Subestações Associadas no contexto dos municípios que compõem a AII pode ser
classificado como uma atividade de curto prazo, ou seja, a conclusão da obra deve
ocorrer em até 12 meses após o seu início.

As diversas fases da construção estarão sob a fiscalização do órgão licenciador federal. A


partir do licenciamento, o empreendedor assume, dentre diversas responsabilidades, a
contratação de mão de obra local com uma estimativa de até 70% do seu contingente
de trabalhadores. A necessidade de mão de obra e/ou empresas especializadas fora da
AII certamente deverá ocorrer, mas que não significa necessariamente, a fixação dessas
pessoas ao território desses municípios.

O Programa de Apoio a Infraestrutura dos Serviços Públicos tem como justificativa a


necessidade de monitorar e prevenir impactos negativos nas dinâmicas socioeconômicas
dos municípios onde serão instalados os canteiros e que, portanto, a concentração de
pessoas, máquinas e serviços também serão ampliados.

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Outro fator fundamental para a exequibilidade do programa diz respeito a formalização


de convênios junto as Prefeituras e as Secretaria de Segurança dos Estados durante o
período de instalação, que irão permitir o monitoramento dos dados das variáveis
pertinentes relacionadas a saúde e segurança, etc. entre outros fatores a partir da
instalação do empreendimento na AII. Simultaneamente, as prefeituras da AII receberão
todas as informações pertinentes durante a fase de obra, os procedimentos de
mobilização, os resultados dos monitoramentos, para que sejam elaboradas políticas
públicas visando a mitigação dos impactos.

c) Objetivo

Objetivo geral

O Programa de Apoio a Infraestrutura dos Serviços Públicos tem como objetivo


primordial apoiar ações preventivas e de controle para temáticas consideradas essenciais
como saúde, educação e segurança pública dos municípios da AII que irão receber os
canteiros, e que somente possuam relação com a implantação das Linhas de
Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas –
Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas.

Objetivo específico

O programa tem como objetivos específicos:

 Realizar ações junto aos trabalhadores da obra com viés de conscientização e


prevenção envolvendo as temáticas de saúde e segurança, bem como código
de conduta para esses colaboradores quanto aos comportamentos junto às
comunidades, com o suporte dos Programas de Educação Ambiental e
Comunicação Social;
 Fornecer infraestrutura de atendimento básico de saúde adequada para os
funcionários da obra, evitando dessa forma pressão sobre os equipamentos
públicos de saúde dos municípios da AII;
 Priorizar a contratação de mão de obra e serviços existentes na AII através do
Programa de Seleção, Treinamento e Contratação de Mão de Obra Local;
 Elaborar parceria com as secretarias municipais e com o governo do Estado
para execução do monitoramento e controle de indicadores sobre as questões

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de saúde e segurança de forma a acompanhar alterações socioeconômicas


locais a partir da instalação do empreendimento;
 Realizar encontros bimestrais com as prefeituras municipais e suas respectivas
secretarias para avaliar os indicadores e ações em andamento;
 Custear integralmente o atendimento de saúde dos trabalhadores da obra de
forma a não onerar as receitas municipais que mantém a rede pública de
atendimento, quando houver necessidade de uso dos equipamentos
disponíveis nos municípios;

d) Indicadores Ambientais

São indicadores de efetividade do Programa:

 Número de Trabalhadores Inscritos no Programa de Seleção, Treinamento e


Contratação de Mão de Obra Local;
 Número de Profissionais Contratados da AII frente ao Número Total de
Trabalhadores da Obra;
 Número de Atendimentos nas Unidades de Saúde dos Canteiros Versus
Atendimentos nas Unidades Municipais de Saúde;
 Número de Ocorrências ligadas a Segurança Pública Antes e Durante a Obra;
 Número de reuniões realizadas junto as Prefeituras e a Secretaria de Segurança
Pública dos Estados;
 Número de Treinamentos realizados juntos aos trabalhadores;
 Número de reclamações realizadas junto ao serviço de ouvidoria do
Programa de Comunicação Social relacionado à convivência dos
trabalhadores junto à população residente no entorno dos canteiros e
alojamentos.

e) Público-Alvo

População Residente, Trabalhadores da Obra, Secretaria de Segurança Pública dos


Estados atravessados pela Linha de Transmissão e Prefeituras Municipais da AII onde
serão instalados os canteiros.

f) Metodologia

As ações definidas para esse programa têm como base principal a gestão e o custeio
relativas as ferramentas que irão monitorar os impactos potenciais com a implantação
do empreendimento e a relação com os demais programas que serão executados para

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cumprimento de condicionantes a partir da emissão da Licença de Instalação pelo


IBAMA. Caberá ao monitoramento e avaliação de indicadores ambientais esse papel e
também a partir dos seus resultados, outras ações se necessárias. Dentre os eixos mais
sensíveis e que serão acompanhados de forma prioritária estão:

i. Eixo –Saúde (Infraestrutura Pública e do Trabalhador)

Os colaboradores envolvidos na implantação do empreendimento serão alvo do


controle e monitoramento das condições de saúde e dos casos de doenças que,
eventualmente, possam ser acometidos durante o período de obras ou que estes se
concentrarem no canteiro de obras. Caso haja necessidade de utilização de atendimento
externo aos canteiros serão priorizados as estruturas privadas de saúde. Havendo
indisponibilidade desse tipo de prestador, será acionado a rede pública, cujo custeio (em
ambas as situações) das despesas será arcado de forma integral pelo empreendimento.

Além disso, as ações relacionadas aos trabalhadores do empreendimento são


voltadas à conscientização e prevenção de riscos e aspectos relacionados à
temática da saúde, segurança e convivência harmoniosa junto à população do entorno
do empreendimento de maneira geral. Estas ações, em função da convergência
temática, deverão ser realizadas em conjunto com o PEAT e PCS – mediante
execução de palestras ou Diálogos Diários de Segurança. Também poderão ser
aproveitados materiais e apostilas destes programas, com direcionamento
adequado ao presente programa.

Nota-se, no que tange à execução do presente programa, a importante


divulgação e difusão apropriada do Código de Conduta dos Trabalhadores. Como
complementação didática, propõe-se a exposição de indicadores de saúde municipais,
endemias e notícias de acometimentos ambientais locais, de modo a prevenir a
disseminação de doenças entre os trabalhadores.

Para este programa, em especial, recomenda-se a confecção de cartazes, a serem


dispostos nos locais de atendimento ao trabalhador, como ambulatórios, e nos
refeitórios instalados nos canteiros de obras e alojamentos.

Essas medidas minimizam os impactos aos serviços de saúde dos municípios, em


especial, àqueles que receberão canteiros.

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ii. Eixo - Segurança Pública

Todos os envolvidos diretamente na implantação do empreendimento serão contratados


sob as premissas da responsabilidade social, análise de antecedentes e passarão
por um processo de sensibilização sobre a inserção do empreendimento no
cotidiano das comunidades locais, a sua responsabilidade nos aspectos de
segurança, no processo econômico dos municípios, entre outros. Em consonância
haverá, também, a presença de segurança patrimonial que se responsabilizarão
pelos canteiros de obras e pelas áreas de alojamento dos trabalhadores envolvidos na
implantação do empreendimento, mesmo aqueles localizados distantes dos núcleos
urbanos ou de aglomerados rurais.

Serão monitorados também se a implantação do empreendimento produziu novas


ocorrências no âmbito da segurança pública. Caso fique comprovado, esse aumento a
partir das atividades de implantação das linhas de transmissão, o empreendedor irá
avaliar junto aos gestores ligados a segurança pública, que medidas serão adotadas. Tais
ações visam à minimização dos problemas relacionados à segurança pública e alteração
do cotidiano da população residente.

Fase I - Articulação Institucional

A articulação entre o empreendimento e os gestores públicos considerando as


Secretarias Municipais de Saúde e Estadual de Segurança Pública, deverá ocorrer
antes da fase de instalação do empreendimento, com o objetivo de apresentar o
presente programa, seus objetivos, atividades, expectativas acerca dos resultados e,
sobretudo, visando o estabelecimento de parcerias para a execução das atividades.

No primeiro momento, deverão ocorrer levantamentos de informações sobre as


vulnerabilidades da região de instalação da LT nos seguintes aspectos de forma
prioritária: saúde e segurança pública.

Na ocasião, deverá ser esclarecido às partes interessadas, que, possivelmente, a


maior ocorrência de impactos do empreendimento se dará nos municípios
receptores de canteiros de obras. A atividade deverá ocorrer com transparência,
objetividade e visando a integração social dos participantes das atividades do programa.
Se necessário, materiais explicativos deverão ser produzidos, em conjunto com o PCS e
com o PEA, a exemplo de: power point ou panfleto sobre o programa.

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Uma agenda de encontros e reuniões deverá ser estabelecida bimestralmente entre os


atores envolvidos, para que novos encaminhamentos sejam tratados e, resultados
sejam apresentados. Caberá ao empreendedor articular estes encontros em agenda
compatível com os agentes públicos. Considera-se como Articulação Institucional a ação
executada em conjunto com o PCS que, por meio de encontros com Prefeituras
Municipais e outras instituições que produzam indicadores socioambientais, visam o
estabelecimento das parcerias, ou a troca de informações concernentes à implantação
do empreendimento.

Por fim, é importante destacar que todos os encontros deverão ser registrados em lista
de presença, ata de reuniões e registro fotográfico. A articulação institucional, em
resumo, deverá formalizar as parcerias junto aos municípios com canteiros de obras, e
formalizar as atividades e prazos de execução daquelas que possuam ação conjunta e
de corresponsabilidade entre as partes interessadas.

Fase II - Monitoramento e Avaliação de Indicadores Ambientais

A atividade de monitoramento e avaliação de indicadores socioambientais e/ou


àqueles relacionados aos serviços públicos de saúde e segurança, está relacionada
ao recebimento de informações primárias ou secundárias por parte das prefeituras
municipais, secretarias estaduais de segurança e análise das mesmas pela equipe do
programa, com o objetivo de verificar se houveram interferências efetivas nos
municípios relacionadas ao empreendimento, em quais áreas públicas ou de serviços
públicos e quais as medidas passíveis de atenção do empreendedor e/ou poder
público local.

Em razão do maior contingente de trabalhadores e então maior possibilidade de


ocorrência de alteração de indicadores socioambientais relacionados à saúde e
segurança pública, serão avaliados os municípios receptores de canteiros:
Anapu/PA, Pacajá/PA, Novo Repartimento/PA, Curionópolis/PA, Marabá/PA,
Sapucaia/PA, Xinguara/PA, Floresta do Araguaia/PA, Pau D’Arco/TO, Bernardo Sayão/TO,
Itaporã do Tocantins/TO, Guaraí/TO, Rio dos Bois/TO e Miracema do Tocantins/TO.

Os temas de interesse de monitoramento e avaliação de indicadores são: saúde pública


(número variante de usuários de postos de saúde ou de hospitais municipais nas
proximidades da LT e canteiros de obras, número total de notificações de doenças
desenvolvidas por contaminação ou por transmissão registradas nas proximidades na
LT e canteiros de obra, número de atendimentos registrados em decorrência de

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acidentes de trabalho); segurança pública (número total de ocorrências e tipos de


ocorrências registradas nas proximidades da LT e canteiros de obra, aumento do
número de acidentes rodoviários nas proximidades da LT).

Os dados obtidos para essas variáveis deverão considerar um período anterior à


implantação do empreendimento e terão periodicidade indicada pelas secretarias de
saúde e secretarias de segurança pública dos Estados.

Outros aspectos, caso necessários, poderão ser objeto do monitoramento, ou seja,


incluídos na listagem acima, de acordo com as necessidades observadas no
decorrer da execução desse programa e implantação do empreendimento.

A obtenção de tais dados deve ocorrer mediante formalização de parceria com


Instituições Públicas Municipais e Estaduais ou Instituições ligadas ao Poder Público Local
responsável pela produção de tal material, sendo de integral responsabilidade das
instituições públicas o fornecimento de informações à equipe do programa. As
informações fornecidas para este fim serão trabalhadas apenas para avaliação dos
indicadores e indicação de ações e/ou áreas passíveis de maior atenção dos envolvidos
no programa. Em hipótese alguma o material deverá ser utilizado pelo empreendedor
para divulgação de notícias, exceto com a aprovação dos demais parceiros do programa.
As análises sobre os indicadores em foco serão compartilhadas com os demais públicos
alvo do programa semestralmente – mesmo que não haja indicação de medidas afins.

É de fundamental importância, o estabelecimento de prazos para envio de


informações por parte do poder público e do responsável pelo programa, assim
como as diferentes formas de envio (e-mail, impresso ou CD/DVD), garantindo,
dessa forma, a coerente produção de materiais do programa.

O envio e recebimento de informações por parte do poder público e da solicitante deve


considerar a temporalidade das informações, sendo que é imprescindível que as
informações fornecidas retratem período anterior à instalação do empreendimento em
até 6 (seis) meses. Após este período, as informações fornecidas podem ser
bimestrais.

Caso as Prefeituras Municipais possam disponibilizar informações mensais, deve


considerar as mesmas – em especial naqueles municípios receptores de canteiros
de obras.

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A periodicidade da obtenção dos dados deverá ser estabelecida em conjunto com


as instituições públicas, porém não poderão ser superiores a 1 (um) semestre.
Caso necessário a equipe deste programa deverá coletar in loco informações
complementares e/ou que diminua a periodicidade das informações fornecidas pelas
Prefeituras Municipais. Neste caso um roteiro de perguntas deve ser desenvolvido
para cada temática em questão.

A análise de dados deverá resultar, se constatadas as alterações dos indicadores em


foco, em uma investigação mais profunda acerca dos agentes geradores,
considerando a inserção deste empreendimento na região.

A investigação estabelecerá o cruzamento de dados fornecidos pelas instituições


públicas e aqueles produzidos internamente sobre saúde do trabalhador, acidentes de
trânsito e outros. O resultado do cruzamento de dados de ambas as fontes serão
alvo de ações pontuais que deverão ser propostas internamente – mediante execução e
apoio de outros programas ambientais.

g) Descrição do Programa

Inicialmente serão contratados profissionais com experiência técnica na área de


comunicação e diagnóstico socioambiental. A partir desse ponto, esses profissionais irão
elaborar os materiais voltados para apresentação da razão, objetivo e funcionamento
Programa de Apoio à Infraestrutura dos Serviços Público.

As articulações institucionais irão se dar com os encontros junto as Prefeituras


Municipais onde serão instalados os canteiros de obra e a Secretaria de Estadual de
Segurança. Nessas reuniões serão criados os mecanismos para que as ações de
programa possam ser executados com o objetivo de mitigar os possíveis impactos com a
presença do contingente populacional alocados nas frentes de obra, principalmente
aqueles não pertencentes a AII.

Com isso, serão coletados os dados com periodicidade de 6 meses antes do início das
obras e que posteriormente serão comparados com as estatísticas geradas ao longo dos
18 meses de instalação do empreendimento. Esses dados serão objeto de avaliação em
conjunto com os gestores municipais e com as secretarias de segurança pública dos
Estados. Caberá ao empreendedor, apresentar nas situações necessárias, o custeio ou
repasse dos valores para as prefeituras municipais quanto as questões de saúde caso a

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estrutura dos canteiros não consiga dar o suporte básico e haja utilização do sistema
público de saúde, na ausência de prestadores privados.

Quanto a segurança pública, as situações decorrentes da presença do empreendimento


que ampliem as estatísticas de violência, deverão ser tratadas com as Secretarias
Estaduais no tocante as ações a serem utilizadas.

h) Atividades a Serem Desenvolvidas

As seguintes etapas planejadas serão executadas:

 Contratação de profissionais para execução das atividades


 Elaboração dos materiais sobre o programa para apresentação junto as
Prefeituras onde os canteiros serão instalados e Secretarias de Segurança
Pública dos Estados
 Reunião Inicial para apresentação do Programa junto aos poderes públicos
 Coleta e Monitoramento dos dados ligados aos eixos de Saúde e Segurança
 Reuniões Bimestrais para apresentação e avaliação dos dados do
monitoramento.

i) Cronograma Executivo e de Relatórios

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Fase de Implantação (meses)


Atividade
-8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Contratação de Profissionais para Execução das Atividades
Elaboração dos Materiais para os Gestores Públicos
Apresentação do Programa para os Poderes Públicos
Coleta e Monitoramento dos Dados de Saúde e Segurança
Reuniões para Apresentação dos Resultados do Monitoramento
Acompanhamento do Programa de Comunicação Social
Emissão de Relatórios Preliminares
Emissão de Relatório Final

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j) Equipe Técnica

Equipe multidisciplinar de profissionais de nível superior com experiência em diagnóstico


e comunicação social.

k) Responsável Técnico

Sociólogo Leandro Carneiro - MTB/450-BA

l) Instituições Envolvidas

Prefeituras Municipais da AII onde serão instalados os canteiros e Secretaria de


Segurança Pública do Estado do Pará e Tocantins.

m) Relação com Outros Programas

O Programa de Apoio à Infraestrutura dos Serviços Públicos relaciona-se com os


Programas de Comunicação Social, Programa de Educação Ambiental, Plano Ambiental
da Construção (PAC), Programa de Saúde Ocupacional e com o Programa de Seleção,
Treinamento e Contratação de Mão de Obra Local.

n) Referências Bibliográficas

ABENGOA. Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental da ATE XXI


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Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações
Associadas, Rio de Janeiro (2014). Elaborado por Bourscheid Engenharia e Meio
Ambiente S.A.

IBAMA. Licença Prévia n.508/2015.

3.9 - Programa de Gestão de Interferências com Atividades


Minerárias

a) Apresentação

Conforme consulta realizada junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral –


DNPM, foram identificadas áreas com direito minerário atribuídos na AID do
empreendimento. Este programa irá apresentar os procedimentos e diretrizes a serem
tomados em caso de interferência entre as áreas com interesse minerário cadastradas e
a LT.

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A eficácia esperada para as medidas indicadas neste programa é apresentada a seguir:

Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Interferência em Atividades Minerárias

Definir critérios para compensação


Compensatório Implantação e Operação Alta Empreendedor
e indenização de perdas

Comunicar ao DNPM das


possibilidades de interferências e
incompatibilidades, para solicitação Planejamento e
Preventivo Alta Empreendedor
de bloqueio minerário na faixa de Implantação
servidão (conforme parecer PROGE
DNPM n. 500/2008).

b) Justificativa

Dados levantados junto ao DNPM, do ano de 2014, durante a elaboração do


diagnóstico do EIA, indicaram a presença de áreas com processos minerários localizadas
na faixa de servidão do empreendimento. O Quadro 28 apresenta a atualização dos
processos minerários identificados na área de estabelecimento do empreendimento para
o mês de abril de 2015.

Julho de 2015 303/397


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ATE XXI Transmissora de Energia S.A.

Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Quadro 28 - Lista de processos encontrados com interferência no traçado da LT.


Processo Área (ha) Fase Nome Substância UF

851753/1984 10000,00 Autorização De Pesquisa Mineracao Araguaia Ltda Fosfato PA

855028/1994 5008,00 Autorização De Pesquisa Vale S A Ouro PA

851754/1984 10000,00 Autorização De Pesquisa Mineracao Araguaia Ltda Fosfato PA

851964/1995 615,45 Autorização De Pesquisa Noranda Exploração Mineral Ltda. Ouro PA

852306/1992 9000,00 Autorização De Pesquisa Rio Minas Mineração S.A. Ouro PA

851993/1995 271,40 Autorização De Pesquisa Recursos Minerais Do Brasil S.A Minério De Cobre PA

850493/2005 3180,04 Autorização De Pesquisa Xstrata Brasil Exploração Mineral Ltda. Minério De Níquel PA

850321/1995 1000,00 Requerimento De Pesquisa Mauro Tailor Gerhardt Ouro PA

850966/2005 684,47 Autorização De Pesquisa Vale S A Minério De Níquel PA

850506/2008 7206,98 Autorização De Pesquisa Vale S A Minério De Cobre PA

850467/2002 10000,00 Requerimento De Pesquisa AtlÓntica Do Brasil Mineração Ltda. Minério De Ouro PA

850754/2009 9799,46 Autorização De Pesquisa Recursos Minerais Do Brasil S.A Minério De Ouro PA

850828/2006 4884,00 Autorização De Pesquisa Xstrata Brasil Exploração Mineral Ltda. Cobre PA

850270/2012 2210,60 Requerimento De Pesquisa Terrativa Minerais S.A. Minério De Ouro PA

850252/2003 3996,28 Autorização De Pesquisa Mineração Iraja S A. Minério De Ouro PA

850512/2003 7962,00 Autorização De Pesquisa Xstrata Brasil Exploração Mineral Ltda. Ilmenita PA

850166/2003 3626,98 Autorização De Pesquisa Natalino De Matos Minério De Ouro PA

850396/2010 3967,85 Requerimento De Pesquisa Mineração Parabrás Ltda Minério De Ferro PA

850099/2010 8988,10 Requerimento De Pesquisa Cnm Companhia Nacional De Mineração Minério De Ouro PA

851163/2007 48,24 Autorização De Pesquisa Ppw Pesquisa E Mineração Ltda Minério De Ferro PA

851117/2007 4887,18 Autorização De Pesquisa Mineração Maravaia Ltda. Minério De Cobre PA

304/397 Julho de 2015


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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Processo Área (ha) Fase Nome Substância UF

850625/2005 9728,72 Autorização De Pesquisa Agropecuária Santa Bárbara Xinguara Sa Minério De Níquel PA

850410/2007 9937,48 Autorização De Pesquisa Rio Minas Mineração S.A. Minério De Ouro PA

850451/2002 665,69 Autorização De Pesquisa Amagran Imp. Exp. Ltda Granito PA

Impex Importação Exportação Comércio Representação


850698/2010 5969,39 Autorização De Pesquisa Ltda Ilmenita PA

850775/2009 4,31 Requerimento De Pesquisa Araçatuba Participações Societárias E Mineração Ltda. Minério De Ouro PA

850784/2011 87,81 Autorização De Pesquisa Santa Clara Agro Indústria Ltda. Me Minério De Ouro PA

850262/2010 5441,08 Requerimento De Lavra Garimpeira Cooperativa Dos Garimpeiros Do Xingu Minério De Ouro PA

Impex Importação Exportação Comércio Representação


850515/2003 1290,96 Requerimento De Lavra Ltda Minério De Tit├Énio PA

850275/2010 251,39 Requerimento De Pesquisa Pedreira Vale Do Abunã Ltda Minério De Estanho PA

850678/2010 9923,11 Autorização De Pesquisa Agropecuária Santa Bárbara Xinguara Sa Minério De Cobre PA

850838/2010 9988,16 Autorização De Pesquisa Ppw Pesquisa E Mineração Ltda Minério De Ferro PA

851223/2011 9000,00 Autorização De Pesquisa Gold Hills Mining Ltda Minério De Cobre PA

851555/2011 6766,58 Requerimento De Pesquisa Terrativa Minerais S.A. Minério De Cobre PA

850147/2012 8136,73 Requerimento De Pesquisa Terrativa Minerais S.A. Minério De Cobre PA

850723/2011 1935,17 Requerimento De Pesquisa Sanevias Consultorias E Projetos Ltda Minério De Ouro PA

850935/2011 9954,96 Requerimento De Pesquisa Amagran Imp. Exp. Ltda Minério De Ouro PA

850847/2011 10,09 Autorização De Pesquisa Vale S A Minério De Cobre PA

851020/2011 4524,51 Requerimento De Pesquisa União Mineração Ltda Minério De Ferro PA

851075/2011 3,66 Requerimento De Pesquisa Michigan Trade Ltda Minério De Ouro PA

850991/2011 9860,66 Autorização De Pesquisa Codelco Do Brasil Mineração Ltda Minério De Cobre PA

Julho de 2015 305/397


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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Processo Área (ha) Fase Nome Substância UF

850396/2010 937,72 Requerimento De Pesquisa Mineração Parabrás Ltda Minério De Ferro PA

850340/2006 5000,00 Requerimento De Pesquisa Vale S A Minério De Cobre PA

850070/2012 5862,18 Autorização De Pesquisa Jose Humberto De Oliveira Fosfato PA

850115/2012 5359,05 Requerimento De Pesquisa Terrativa Minerais S.A. Minério De Cobre PA

850575/2012 4840,16 Requerimento De Pesquisa Terrativa Minerais S.A. Minério De Cobre PA

850131/2012 8301,61 Requerimento De Pesquisa Terrativa Minerais S.A. Minério De Cobre PA

851596/2011 39,09 Requerimento De Pesquisa Florest Vale Agroindustrial Imp & Exp Ltda Epp Minério De Ouro PA

850091/2012 49,01 Autorização De Pesquisa Moldar Engenharia Ltda Granito PA

850244/2012 7507,69 Requerimento De Pesquisa Araguaia N├¡Quel Mineração Ltda. Minério De Níquel PA

850744/2010 1,32 Requerimento De Lavra Garimpeira Gilberto Gomes Do Amaral Minério De Ouro PA

850071/2014 4060,89 Requerimento De Pesquisa Terrativa Minerais S.A. Fosfato PA

850682/2012 755,26 Requerimento De Pesquisa Codelco Do Brasil Mineração Ltda Minério De Cobre PA

850072/2014 7052,05 Requerimento De Pesquisa Recursos Minerais Do Brasil S.A Fosfato PA

850321/2011 9905,65 Autorização De Pesquisa G 4 Esmeralda Fosfato PA

850698/2012 9774,90 Requerimento De Pesquisa Terrativa Minerais S.A. Minério De Cobre PA

850618/2014 2,60 Requerimento De Licenciamento Construções E Comércio Camargo Corrêa S.A Cascalho PA

850100/2013 50,00 Requerimento De Lavra Garimpeira João Edson Becali Minério De Cobre PA

854245/1996 7307,89 Autorização De Pesquisa Xstrata Brasil Exploração Mineral Ltda. Minério De Ouro PA

850055/2014 8308,08 Requerimento De Pesquisa Recursos Minerais Do Brasil S.A Fosfato PA

851022/2014 287,04 Requerimento De Pesquisa Santa Clara Agro Indústria Ltda. Me Minério De Ouro PA

850874/2013 9707,27 Autorização De Pesquisa Recursos Minerais Do Brasil S.A Fosfato PA

306/397 Julho de 2015


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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Processo Área (ha) Fase Nome Substância UF

851132/2011 7591,93 Requerimento De Pesquisa Caubi André Caldeira Fernandes Minério De Ouro PA

851077/2013 7408,69 Requerimento De Pesquisa Recursos Minerais Do Brasil S.A Fosfato PA

850238/2012 5072,45 Autorização De Pesquisa Vegas Mineraçao Ltda Minério De Ouro PA

850187/2011 458,87 Autorização De Pesquisa Alberico Araújo E Silva Júnior Minério De Ouro PA

851512/2011 7,50 Requerimento De Pesquisa Terrativa Minerais S.A. Minério De Cobre PA

850785/2011 286,60 Autorização De Pesquisa Alberico Araújo E Silva Júnior Minério De Ouro PA

Cooperativa Mista Da Agricultura Familiar E Mineração


850112/2012 0,05 Requerimento De Lavra Garimpeira De Curionópolis E Região Tantalita PA

850878/2011 9,66 Requerimento De Pesquisa Pedreira Vale Do Abunã Ltda Minério De Estanho PA

850936/2011 9968,39 Requerimento De Pesquisa Amagran Imp. Exp. Ltda Minério De Ouro PA

850827/2008 466,78 Requerimento De Pesquisa Vale S A Minério De Cobre PA

850687/2011 9941,58 Requerimento De Pesquisa Bazico Comercial E Mineração Ltda Minério De Ferro PA

850071/2012 1256,53 Autorização De Pesquisa Eli Pio Da Silva Minério De Cobre PA

851556/2011 6552,02 Requerimento De Pesquisa Terrativa Minerais S.A. Minério De Cobre PA

851512/2011 6,77 Requerimento De Pesquisa Terrativa Minerais S.A. Minério De Cobre PA

850186/2011 198,65 Autorização De Pesquisa Santa Clara Agro Indústria Ltda. Me Minério De Ouro PA

855030/1994 5091,97 Autorização De Pesquisa Vale S A Ouro PA

850272/2012 9388,93 Requerimento De Pesquisa Terrativa Minerais S.A. Minério De Ouro PA

851072/2012 43,33 Autorização De Pesquisa Reginaldo Da Silva Sobrinho Fosfato PA

850645/2012 358,24 Requerimento De Pesquisa Nilton Bertuchi Minério De Cobre PA

850515/2012 9974,93 Autorização De Pesquisa Mineração Vale Do Araguaia Ltda. Diamante PA

Julho de 2015 307/397


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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Processo Área (ha) Fase Nome Substância UF

850355/2010 5837,32 Requerimento De Pesquisa Vale S A Minério De Cobre PA

850114/2015 5813,02 Requerimento De Pesquisa Andorra Participações E Emprendimentos Ltda Minério De Manganês PA

850157/2012 6404,59 Requerimento De Pesquisa Terrativa Minerais S.A. Minério De Cobre PA

850158/2012 6456,18 Requerimento De Pesquisa Terrativa Minerais S.A. Minério De Cobre PA

850670/2012 8300,00 Autorização De Pesquisa Codelco Do Brasil Mineração Ltda Minério De Cobre PA

850153/2012 1786,45 Requerimento De Pesquisa Terrativa Minerais S.A. Minério De Cobre PA

851512/2011 52,65 Requerimento De Pesquisa Terrativa Minerais S.A. Minério De Cobre PA

851002/2005 1957,42 Requerimento De Pesquisa Vale S A Minério De Níquel PA

850952/2014 274,11 Requerimento De Pesquisa Alberico Araújo E Silva Júnior Minério De Ouro PA

850755/2012 76,49 Requerimento De Pesquisa Vale S A Minério De Cobre PA

851020/2014 746,02 Requerimento De Pesquisa Alberico Araújo E Silva Júnior Minério De Ouro PA

850913/2012 8309,01 Requerimento De Pesquisa Terrativa Minerais S.A. Minério De Cobre PA

851232/2008 4931,08 Autorização De Pesquisa Vale S A Minério De Manganês PA

850806/2014 49,85 Requerimento De Lavra Garimpeira Felix Gonçalves De Miranda Minério De Cobre PA

851011/2012 50,00 Requerimento De Lavra Garimpeira Cooperativa Mista Do Garimpo Da Cutia Minério De Ouro PA

850816/2014 49,91 Requerimento De Lavra Garimpeira Felix Gonçalves De Miranda Minério De Cobre PA

850237/2014 3314,87 Requerimento De Pesquisa Mineração Maravaia Ltda. Minério De Ouro PA

850762/2012 3577,73 Requerimento De Pesquisa Solo Mineral Extração De Areia Ltda Me Minério De Ouro PA

851960/2013 4,81 Requerimento De Lavra Garimpeira Rodrigo Milani Minério De Ouro PA

850806/2012 787,72 Requerimento De Pesquisa Nilton Bertuchi Minério De Cobre PA

850276/2008 4826,65 Autorização De Pesquisa Recursos Minerais Do Brasil S.A Minério De Ouro PA

850533/2012 2166,30 Requerimento De Pesquisa Joélcio Camilo Da Silva Minério De Ouro PA

308/397 Julho de 2015


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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Processo Área (ha) Fase Nome Substância UF

850878/2007 4643,96 Requerimento De Pesquisa José Ribamar Gomes Abrantes Minério De Ouro PA

850548/2012 1173,31 Requerimento De Pesquisa Brasil Recursos Naturais Internacional Ltda. Minério De Cobre PA

851280/2013 8768,55 Requerimento De Pesquisa Xiangse Brasil Mineração Ltda Minério De Ouro PA

850014/2014 7052,05 Requerimento De Pesquisa Recursos Minerais Do Brasil S.A Fosfato PA

850789/2014 8223,95 Requerimento De Pesquisa Recursos Minerais Do Brasil S.A Minério De Cobre PA

850811/2004 10000,00 Autorização De Pesquisa Mineração Itamaracá Ltda. Minério De Cobre PA

801847/1976 10000,00 Autorização De Pesquisa Mineração Santarém Ltda. Cobre PA

850755/2012 1,21 Requerimento De Pesquisa Vale S A Minério De Cobre PA

850805/2014 49,96 Requerimento De Lavra Garimpeira Felix Gonçalves De Miranda Minério De Cobre PA

850519/2014 11,93 Requerimento De Licenciamento CerÐmica Rio Verde Ltda Areia PA

851292/2013 9864,09 Requerimento De Pesquisa Xiangse Brasil Mineração Ltda Minério De Ouro PA

851037/2014 3217,28 Requerimento De Pesquisa Chesther Gomes Pedro Diamante PA

851279/2013 8873,74 Requerimento De Pesquisa Xiangse Brasil Mineração Ltda Minério De Ouro PA

851281/2013 9930,27 Requerimento De Pesquisa Xiangse Brasil Mineração Ltda Minério De Ouro PA

850952/2014 458,03 Requerimento De Pesquisa Alberico Araújo E Silva Júnior Minério De Ouro PA

850807/2014 8891,99 Requerimento De Pesquisa Zohar Mineração Ltda Minério De Manganês PA

Cooperativa Mista Da Agricultura Familiar E Mineração


850112/2012 49,92 Requerimento De Lavra Garimpeira De Curionópolis E Região Tantalita PA

850844/2012 6870,31 Requerimento De Pesquisa Solo Mineral Extração De Areia Ltda Me Minério De Ouro PA

850272/2010 8,06 Requerimento De Pesquisa Recursos Minerais Do Brasil S.A Minério De Ouro PA

850619/2014 4,93 Requerimento De Licenciamento Construções E Comércio Camargo Corrêa S.A Cascalho PA

Julho de 2015 309/397


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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Processo Área (ha) Fase Nome Substância UF

851850/2013 9997,56 Requerimento De Pesquisa Recursos Minerais Do Brasil S.A Fosfato PA

850953/2014 87,02 Requerimento De Pesquisa Santa Clara Agro Indústria Ltda. Me Minério De Ouro PA

850148/2014 615,42 Requerimento De Pesquisa Recursos Minerais Do Brasil S.A Fosfato PA

850506/2005 7406,35 Autorização De Pesquisa Vale S A Minério De Cobre PA

850446/2010 5000,29 Autorização De Pesquisa Morinaka Exportação E Importação Ltda. Minério De Ferro PA

850277/2012 35,38 Requerimento De Pesquisa Terrativa Minerais S.A. Minério De Ouro PA

851341/2013 9999,23 Requerimento De Pesquisa Araguaia E Tocantins Mineração Ltda Diamante PA

851514/2011 8046,54 Requerimento De Pesquisa Terrativa Minerais S.A. Minério De Cobre PA

850237/2014 2,19 Requerimento De Pesquisa Mineração Maravaia Ltda. Minério De Ouro PA

850006/1996 5000,00 Disponibilidade Vale S A Manganês PA

850755/1996 5000,00 Disponibilidade Vale S A Minério De Manganês PA

850005/2003 3000,00 Disponibilidade Brilasa - Britagem E Laminação De Rochas S/A Minério De Ouro PA

850668/2006 8200,16 Disponibilidade Vale S A Minério De Níquel PA

850249/2003 8962,07 Disponibilidade Aura Gold Mineração Ltda Minério De Ouro PA

850129/2001 10000,00 Disponibilidade Xstrata Brasil Exploração Mineral Ltda. Minério De Cobre PA

DADO NÃO
300930/2010 3933,20 Disponibilidade Dado Não Cadastrado Dado Não Cadastrado CADASTRADO

850324/2006 9971,13 Disponibilidade Xstrata Brasil Exploração Mineral Ltda. Minério De Níquel PA

850169/2005 9980,15 Disponibilidade Xstrata Brasil Exploração Mineral Ltda. Minério De Cobre PA

850250/2003 10000,00 Disponibilidade Mineração Santa Elina Industria E Comercio S A Minério De Ouro PA

854832/1995 8326,97 Disponibilidade Mineração Itamaracá Ltda. Minério De Cobre PA

850915/2010 5122,63 Disponibilidade Cnm Companhia Nacional De Mineração Minério De Ouro PA

310/397 Julho de 2015


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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Processo Área (ha) Fase Nome Substância UF

DADO NÃO
300666/2012 334,31 Disponibilidade Dado Não Cadastrado Dado Não Cadastrado CADASTRADO

850409/1987 10000,00 Disponibilidade Norpel -Petolização Do Norte S.A. Ouro PA

864186/2006 9994,66 Disponibilidade Álvaro Agapito De Moura Minério De Ouro TO

864280/2010 9979,92 Autorização De Pesquisa Minfer Do Brazil Mineração Ltda Minério De Ferro TO

864278/2010 9738,86 Autorização De Pesquisa Minfer Do Brazil Mineração Ltda Minério De Ferro TO

864077/2008 5,23 Autorização De Pesquisa Cleber Aparecido Zocoli Minério De Ouro TO

864197/2009 3269,69 Autorização De Pesquisa Mineração De Calcário Montividiu Ltda. Minério De Ouro TO

864026/2013 7143,96 Autorização De Pesquisa Espirito Santo Mineradora Ltda. Minério De Cobre TO

864024/2013 7352,60 Autorização De Pesquisa Valmesa Mineração Ltda. Minério De Ferro TO

864272/2013 3663,00 Autorização De Pesquisa Goyaz Minérios Ltda Me Fosfato TO

Requerimento De Registro De
864147/2014 0,65 Extração Pau D'Arco Prefeitura Municipal Areia TO

864073/2013 9663,09 Requerimento De Pesquisa Valmesa Mineração Ltda. Minério De Ferro TO

864074/2013 9416,78 Requerimento De Pesquisa Valmesa Mineração Ltda. Minério De Ferro TO

864049/2015 8841,93 Requerimento De Pesquisa Mineralbrax Exploração De Minerios Ltda. Minério De Chumbo TO

860536/1993 9288,17 Disponibilidade Caltins Calcário Tocantins Ltda Minério De Tântalo TO

864379/2008 8842,18 Disponibilidade Mineralbraz Exploração De Minerios Ltda. Minério De Ouro TO

850548/2012 1947,12 Requerimento De Pesquisa Brasil Recursos Naturais Internacional Ltda. Minério De Cobre PA

850421/2009 7322,35 Autorização De Pesquisa Mineração Maravaia Ltda. Minério De Ouro PA

Julho de 2015 311/397


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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Ao todo foram encontrados 163 processos. Destes, a maioria se encontra em fase de


requerimento de pesquisa (77) e autorização de pesquisa (51). O restante dos processos
estão nas seguintes fases: disponibilidade (17), requerimento de lavra garimpeira (10),
requerimento de licenciamento (3) requerimento de lavra (1), requerimento de registro
de extração (1), conforme apresentado na Figura 14.

Requerimento De Registro De Extração

Requerimento de Pesquisa

Requerimento de Licenciamento

Requerimento de Lavra Garimpeira

Requerimento de Lavra

Disponibilidade

Autorização de Pesquisa

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

Figura 14 – Fases dos processos identificados ao longo das Linhas de Transmissão

Tais áreas poderão sofrer interferências e/ou alterações com a implantação do


empreendimento. Sendo assim, será solicitado junto ao DMPM o pedido de bloqueio
das atividades minerárias consideradas incompatíveis e que interfiram com o
empreendimento. Neste caso, os acordos deverão ser estabelecidos de acordo com o
decreto de lei n° 227/67, bem como o Parecer PROGE n°. 500/2008, que aponta os
procedimentos a serem adotados em caso de pedido de bloqueio para áreas para
atividades minerárias.

Cabe ressaltar que o pedido de bloqueio já foi realizado, em dezembro de 2014. Em


abril foi aberto outro protocolo para atender alguns questionamentos do órgão com
atualização da lista de processos.

Prescreve-se, portanto, o exame dos casos existentes identificados para avaliar a


necessidade de acordo com alguns dos requerentes, no sentido de compensar os
investimentos realizados.

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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

c) Objetivo

Objetivo geral

Este programa tem por objetivo solucionar os problemas ou impactos negativos


relacionados à instituição da faixa de servidão das Linhas de Transmissão (LT) 500 kV
Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas, em áreas de exploração mineral –
desde requerimentos para pesquisa até direitos minerário atribuídos, nos seus diferentes
estágios de licenciamento, a fim de evitar que ocorram restrições ou bloqueios
operacionais que dificultem a implantação da obra.

Objetivos específicos

São objetivos específicos desse programa:

 Levantar, junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM, as


informações de todos os processos relacionados a atividades minerárias, a fim
de identificar quais realmente podem gerar interferência;
 Cadastrar a área da faixa de servidão da LT como prioritária para o bloqueio
junto ao DNPM;
 Promover a atualização da base de dados referentes aos processos minerários a
sofrerem interferência, descrevendo o atual cenário após o estabelecimento da
Faixa de Servidão.
 Bloquear as áreas dos processos cujos direitos já foram requeridos ou
adquiridos, em caso de interferência ou que possam gerar algum tipo de
restrição à construção e/ou operação da LT;
 Estabelecer diretrizes para a realização de acordos com os titulares dos
processos cadastrados. Estes acordos devem conciliar os interesses de ambas as
partes, e garantir o ressarcimento em caso de eventuais perdas de receitas,
liberando a área para implementação do empreendimento, sem que restem
pendências jurídicas.

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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

d) Indicadores de efetividade

Neste caso o grau de efetividade do programa não poderá ser medido por indicadores
ambientais. O sucesso do programa será avaliado através da comprovada agilidade e
efetividade no bloqueio de novos requerimentos, bem como rapidez e segurança dos
acordos firmados.

São indicadores de efetividade deste programa:

 O número de acordos realizados para os processos em fase de pesquisa,


licenciamento ou lavra mineral;
 O número de processos passíveis de indenização já existentes, ou outros novos
que possam ser cadastrados juntos ao DNPM, até a data do bloqueio.
 Porcentagem da Faixa de Servidão cadastrada como área prioritária para
bloqueio junto ao DNPM.

e) Público Alvo

Identifica-se como público-alvo deste programa o empreendedor, representantes do


DNPM, moradores locais e todos os requerentes de processos de atividades legais de
lavra, licenciamento e/ou de pesquisa mineral existentes na faixa de servidão do
empreendimento. Além disso, fazem parte do público-alvo também o Ministério de
Minas e Energia - MME e as Secretarias de Meio Ambiente dos municípios envolvidos.

f) Metodologia

Este programa consiste na confirmação e atualização de levantamentos cadastrais dos


títulos minerários em suas diferentes fases, junto ao Departamento Nacional de
Produção Mineral - DNPM; estabelecer acordos com detentores de títulos que terão
áreas afetadas pelo empreendimento, ou que a atividade mineradora venha a interferir
no empreendimento; e o pedido de bloqueio das atividades minerárias ao DNPM a fim
de evitar novas autorizações para essa área.

A metodologia consiste basicamente nas seguintes ações:

 Levantamento Cadastral e de Campo;


 Pesquisa (atualização) junto ao DNPM;

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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

 Mapeamento das poligonais ativas (plotar em planta de escala adequada as


poligonais existentes).

Esta fase envolve o mapeamento e levantamento junto à base de dados


georreferenciada do DNPM em que constam todos os processos minerários na área da
faixa de servidão do empreendimento. Neste levantamento, são obtidos os tipos de
substâncias minerais, bem como a situação em que se encontram os processos.

Estes dados são obtidos a partir da sobreposição da poligonal da área a ser interceptada
pelo empreendimento na plataforma Sigmine (http://sigmine.dnpm.gov.br).

O pedido de bloqueio, já realizado, pelo empreendedor, foi realizado conforme o


parecer PROGE 500/2008, cujas diretrizes levam em consideração dois requisitos:

1. Incompatibilidade entre as atividades: esta se justifica quando não há


possibilidade de coexistência entre as obras de implantação do empreendimento
e a execução da atividade minerária em questão, independente da fase em que
se encontra o processo. Neste caso, o pedido de bloqueio deverá conter dados,
documentos e informações que comprovem a incompatibilidade das atividades.

2. Superação da utilidade do aproveitamento mineral na área pelo interesse


envolvido no projeto energético: neste caso, a análise da superação de utilidade
fica a critério do governo, que faz a análise de caso a caso. São levados em
consideração o impacto em comunidades regionais, rigidez locacional da jazida,
valores envolvidos, interesses nacionais e dos interessados, e ainda, a demanda
existente pelo bem mineral em sua área específica de ocorrência. O Ministério de
Minas e Energia é o responsável por determinar qual projeto é o preponderante
segundo os interesses da União.

 Elaboração de relatório de conhecimento pormenorizado da situação da


atividade mineral na faixa de servidão do empreendimento;
 Contato com os detentores/solicitantes dos processos;
 Contato com proprietários de áreas onde se desenvolvem atividades de
mineração de caráter formal que foram identificadas no diagnóstico ambiental;
 Estabelecimento de acordos e comunicação aos detentores dos processos e ao
DNPM.

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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

As negociações com os titulares dos direitos minerários atribuídos são de


responsabilidade do empreendedor, que deverá estudar a melhor metodologia de
abordagem para estipulação de valores e negociação, de acordo com a fase que estiver
o processo de licenciamento, considerando-se que quanto mais avançado, maior o valor
indenizatório.

O empreendedor fica responsável por indenizar apenas os custos arcados pelos titulares
durante o processo de obtenção de licença de exploração de lavra, sendo as
indenizações necessárias apenas para as áreas onde as atividades minerárias venham a
ser inviabilizadas pela implantação do empreendimento.

Também deverão ser indenizados os titulares cujas atividades minerárias venham a ser
desativadas ou destruídas em função do estabelecimento da LT. Ressalta-se que as
benfeitoras existentes não poderão operar em coexistência com a instalação e/ou
operação da LT, conforme parecer PROGE 500/2008.

Este programa abrange a execução das seguintes ações:

 Identificação de forma atualizada e avaliação dos direitos minerários localizados


na faixa de servidão do empreendimento;
 Confirmação das áreas junto ao DNPM;
 Pedido de bloqueio das atividades minerárias junto ao DNPM;
 Trabalhos de campo com visitas a áreas selecionadas, especialmente onde
ocorre lavra formal;
 Consolidação dos dados;
 Estabelecimento de acordos com detentores de direito minerário e
homologação junto ao DNPM.

g) Descrição do plano

i. Identificação das áreas com processos minerários

Incialmente deverá ser realizada a identificação das áreas com processos minerários em
andamento na faixa do empreendimento, junto ao DNPM. Esta consulta deve ser
realizada online, na plataforma SIGmine (informações geográficas da mineração) do
DNPM. Nesta plataforma deverá ser desenhado o polígono da AID e baixadas as
informações referentes aos processos minerários na área do empreendimento.

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

A partir das informações obtidas sobre as áreas com processo em andamento, deverá
ser realizado um levantamento de campo para confirmação das áreas onde
efetivamente pode haver conflito e interferência.

Deverá ser realizado o pedido de bloqueio de atividades minerárias junto ao DNPM,


conforme estabelecido no parecer PROGE n° 500/2008.

Para os casos onde for confirmado que de fato há interferência deverá ser realizado
contato com os detentores dos títulos minerários, a fim de se buscar a negociação das
indenizações de acordo com o grau de interferência.

h) Atividades a serem desenvolvidas

As atividades a serem desenvolvidas neste plano incluem a identificação das áreas com
direitos minerários atribuídos junto ao DNPM, levantamento e confirmação em campo e
realização de acordos com os detentores dos direitos minerários.

i) Cronograma executivo

O Programa de Gestão de Interferência com Atividades Minerárias está sendo executado


(fase de planejamento) e a sua duração dependerá, em larga medida, da rapidez e
eficiência que se puder obter junto ao DNPM e na realização dos acordos com os
titulares de direitos.

Deverão ser elaborados relatórios trimestrais de monitoramento interno, e semestrais


para envio ao órgão ambiental das atividades de Gestão de Interferências com
Atividades Minerárias de forma integrada ao Plano de Gestão Ambiental.

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Fase de Implantação (meses)


Atividade Periodicidade
-6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Identificação atualizada e avaliação de direitos minerários na faixa Mensal


de servidão

Confirmação das áreas junto ao DNPM Mensal

Pedido de bloqueio das atividades minerárias ao DNPM Mensal

Visita às áreas de exploração especialmente as formais Mensal

Consolidação dos dados Mensal

Estabelecimento de acordos e homologação no DNPM Mensal

Elaboração de relatórios internos de monitoramento Trimestral

Emissão de relatórios periódicos para envio ao órgão ambiental Semestral

Relatório Final para o órgão ambiental Final

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Plano Básico Ambiental

j) j) Equipe técnica

Profissionais de nível superior com experiência e com habilidades em processos de


levantamento físico, da situação legal e de negociação.

Quadro 29 - Relação de profissionais sugeridos.


Profissional Quantidade Função

Coordenador Técnico 01 - Coordenação das atividades.


- Identificação atualizada e avaliação de direitos minerários
na faixa de servidão;
- Negociação e homologação no DNPM.

k) Responsável técnico

Geólogo Fernando Galvão Klein, CREA/RS 199.099; CTF 6.107.451.

l) Instituições envolvidas

Empreendedor, detentores dos direitos minerários e DNPM.

m) Relação com outros programas

Este Programa de Gestão de Interferência com Atividades Minerárias deverá estar


relacionado com o Programa de Comunicação Social, Plano Ambiental de Construção, e
Programa de Instituição da Faixa de Servidão.

n) Referências bibliográficas

BRASIL. Decreto Lei 227/67, em associação ao Parecer PROGE 500/2008.

3.10 - Programa de Prospecção, Resgate e Guarda do Patrimônio


Histórico e Arqueológico

a) Apresentação

O Programa de Prospecção, Resgate e Guarda do Patrimônio Histórico e Arqueológico


do Plano Básico Ambiental (PBA) das Linhas de Transmissão LT 500 kV Xingu -
Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas visa atender à condicionante 2.1 da
Licença Prévia nº 508/2015 e corresponde ao detalhamento do Programa apresentado

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Plano Básico Ambiental

no Estudo de Impacto Ambiental e do Projeto de Diagnóstico Arqueológico Prospectivo


e Interventivo autorizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional –
IPHAN (conforme permissão n°05, Portaria n°26/2014, de 16/05/2014).

O programa de prospecção é um instrumento importante de planejamento, e permite


ações sobre as alterações que serão provocadas na área de influência direta do
empreendimento, com intuito de minimizar o possível impacto ao patrimônio
arqueológico existente, antes da implantação do empreendimento. Pois o impacto
direto, imediato e irreversível ocorrerá na fase inicial de construção, quando as ações
estarão relacionadas à preparação do terreno.

O programa de prospecção está sendo realizado e os resultados serão apresentados por


meio de relatório técnico-científico ao Centro Nacional de Arqueologia – Departamento
do Patrimônio Material e Fiscalização do IPHAN em Brasília.

A eficácia esperada para as medidas indicadas neste programa é apresentada a seguir:

Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Interferência em sítios históricos e/ou arqueológicos

Realizar o Diagnóstico
Arqueológico Prospectivo Preventivo Planejamento Alta Empreendedor
interventivo;

Executar ações de educação Planejamento


Preventivo Media Empreendedor
patrimonial implantação

Demarcar/sinalizar os sítios de
gravuras rupestres localizados Preventivo e
Implantação Alta Empreendedor
no município de Anapu/PA, de Mitigador
forma a evitar impactos

b) Justificativa

Entende-se por impactos do empreendimento sobre o patrimônio arqueológico,


qualquer alteração que a construção da LT possa vir a causar sobre os bens
arqueológicos e históricos identificados, em seu contexto ambiental no que se refere às
formas de uso e ocupação do solo.

Qualquer empreendimento que cause alterações no uso do solo precisa considerar os


recursos arqueológicos entre os fatores ambientais. Os registros arqueológicos podem
ser usados para conhecer o passado da humanidade e não são constituídos apenas de
vestígios culturais, como artefatos, estruturas, áreas de atividades, etc., mas também
partes do ambiente que foram utilizadas ou modificadas pelo homem no passado, ou

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que poderiam ajudar a compreender as relações entre o homem e o ambiente no


passado (CALDARELLI, 1998).

Conforme a Portaria do IPHAN nº 230 de 2002, a ação mitigadora cabível para


empreendimentos desta natureza é o desenvolvimento de Programas de Pesquisa e
Resgate do Patrimônio Arqueológico. Pois a intervenção física para a implantação do
empreendimento conduz à necessidade de prospecção para o correto tratamento em
relação à preservação dos testemunhos arqueológicos. Em vista da possibilidade de
existência de evidências arqueológicas na área de estudo foi recomendada a
continuidade das pesquisas, através do levantamento arqueológico prospectivo na
medida em que ocorrerão alterações superficiais de diferentes profundidades para a
implantação da LT, e o salvamento arqueológico (quando necessário) de possíveis
remanescentes culturais como ação mitigadora. Neste caso, confirmada a necessidade
de salvamento, será encaminhado um novo projeto, detalhando a metodologia e os
sítios arqueológicos objeto de resgate.

c) Objetivos 13

Objetivos Gerais

Ao se tratar-se de uma pesquisa que visa atender às exigências do IPHAN, no sentido de


avaliar potenciais impactos impostos ao Patrimônio Arqueológico, decorrentes da
implantação do empreendimento em questão, os objetivos gerais deste projeto são os
seguintes:

 Prevenir danos ao Patrimônio Cultural Arqueológico, através da realização de


prospecção arqueológica e avaliação de impactos e definição de medidas a
serem adotadas para a sua mitigação ou compensação;
 Indicar, quando for o caso, danos já existentes ao Patrimônio Arqueológico;
 Indicar, se for o caso, a aplicação de novas abordagens de pesquisa, o resgate
arqueológico e/ou programas de conservação e/ou preservação de eventuais
bens de interesse encontrados.

13
Conforme Projeto de Diagnóstico Arqueológico Prospectivo e Interventivo autorizado pelo IPHAN
conforme Portaria n°26, de 16 de maio de 2014, publicada no Diário Oficial da União em 19 de maio de
2014, secção 1, anexo I, projeto 05.

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Objetivos Específicos

Como objetivos específicos podem também ser relacionados:

 Averiguar de forma sistemática e oportunística, através da aplicação de


atividades específicas de prospecção arqueológica, se nas áreas a serem
diretamente afetadas subsistem ocorrências ou sítios arqueológicos que
possam ser afetados pelas obras de implantação do empreendimento
proposto, assegurando assim, à empresa contratante, à sociedade em geral e
aos órgãos de gestão, que não ocorrerão danos a vestígios arqueológicos
durante a execução das obras;
 Caso sejam identificados ocorrências e/ou sítios arqueológicos de interesse,
recomendar à empresa responsável pelo empreendimento as medidas mais
adequadas a serem tomadas quanto à preservação ou ao estudo dos bens
dispostos nas áreas que poderão sofrer interferências decorrentes da
implantação das obras previstas;
 Para os sítios e/ou ocorrências arqueológicas que porventura forem
encontrados, propor o desenvolvimento de ações que visem à divulgação das
pesquisas arqueológicas e seus resultados para a comunidade científica,
possibilitando que os dados produzidos possam ser utilizados por outros
pesquisadores para complementação ou desenvolvimento de estudos
arqueológicos, integrando os novos resultados ao conhecimento arqueológico
nacional a fim de divulgá-los, inclusive, ao público em geral;
 Propor metodologias apropriadas quando houver necessidade de implantação
de ações de resgate científico e/ou de preservação de bens culturais, as quais
poderão variar em função da natureza do sítio encontrado, dos tipos de
vestígios associados, do estado de conservação apresentado e do seu
ineditismo com relação aos demais sítios já identificados na região, de forma
que se possa compensar a eventual perda física com a produção de
conhecimento científico sobre os mesmos;
 Produzir conhecimento científico sobre a ocupação humana pré-colonial e
histórica regional, e dessa forma, também contribuir para a ampliação do
conhecimento a respeito do patrimônio cultural arqueológico nacional, seja
através da tentativa de entender as relações espaciais entre o(s) sítio(s)
arqueológico(s) com o meio circundante e do inter-relacionamento do(s) sítio(s)
com o quadro conhecido da arqueologia regional.
 Promover atividades de educação patrimonial com o intuito de difundir o
conhecimento sobre o passado e das pesquisas realizadas, assim como

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estimular o sentido de ressignificação e apropriação do Patrimônio


Arqueológico existente;
 Elaborar relatório técnico, a ser apresentado ao IPHAN, com os resultados
pertinentes às atividades das pesquisas desenvolvidas e as recomendações a
serem adotadas, a fim de dar seguimento às etapas subsequentes do
licenciamento ambiental.

d) Indicadores Ambientais

 Número de ocorrências de vestígios arqueológicos passíveis de interferência


durante a implantação do empreendimento (por tipo de ocorrência de
vestígio);
 Número de salvamento de ocorrências de vestígios arqueológicos registrados.

e) Público-alvo

O Programa de Prospecção, Resgate e Guarda do Patrimônio Histórico e Arqueológico


têm como público alvo o empreendedor, o órgão ambiental, os órgãos de preservação
do patrimônio arqueológico, além da divulgação de resultados junto à comunidade
científica e para as populações localizadas na AID e AII do empreendimento.

O empreendedor participa do público alvo deste programa na medida em que, além de


oferecer a estrutura necessária para sua realização, passa a ser o receptor de uma
proposta de preservação do patrimônio cultural.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN é o responsável legal


para a avaliação do programa de arqueologia, bem como é o responsável direto pela
fiscalização dos trabalhos e será informado periodicamente do andamento do mesmo,
através de relatórios parciais acerca dos trabalhos e o relatório final do programa, a ser
elaborado na conclusão do mesmo.

f) Metodologia

Etapas de desenvolvimento do programa, conforme Projeto autorizado pelo IPHAN:

i. Prospecção

Através das atividades de prospecção é possível localizar os sítios arqueológicos, não


identificados durante o diagnóstico preliminar que nesta primeira etapa estavam

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inacessíveis devido à baixa visibilidade e/ou que possivelmente ainda encontram-se


encobertos por sedimentos. Neste momento é que se procede à identificação,
recuperação e preservação dos vestígios culturais e materiais.

A prospecção é o aprimoramento da fase anterior de intervenção em subsolo nos


compartimentos ambientais de maior potencial arqueológico da área de estudo, através
do caminhamento nas áreas denominadas primordiais: traçado projetado da LT e
seccionamentos, considerando a faixa de servidão, estradas de acesso, subestações e
canteiros de obras.

As intervenções em superfície estão sendo realizadas sob forma de sondagens, com


diâmetro de 0,20 m e, nas áreas de maior potencial, uma ou mais sondagens foram
ampliadas e aprofundadas, para a confirmação de continuidade dos vestígios em um
espaço mais amplo no subsolo, considerando as caraterísticas físicas e locacionais do
relevo.

Nos locais onde estão sendo identificados vestígios arqueológicos, foi delimitada sua
ocorrência, com objetivo de analisar suas dimensões, utilizado o método proposto por
Chartkoff (1978), no uso de transects (radiais ou paralelos), traçados a partir de um
ponto zero correspondente ao local onde o vestígio foi encontrado. Escavações
arqueológicas de 1x1 m em níveis artificiais de 0,10 cm de espessura ou camadas
naturais, também foram realizadas, conforme o contexto revelado nas sondagens.

A coleta do material está sendo mapeada, ocorrendo apenas nos pontos em que houve
intervenção arqueológica, para não produzir alterações nos sítios, que possam prejudicar
pesquisas sistemáticas futuras, antes que se decida qual a melhor medida a ser adotada
em cada caso.

Todas as sondagens foram registradas antes da perfuração, bem como os sedimentos


removidos e os buracos resultantes, através de fotos, diários de campo, desenhos,
mapas e pontos de GPS com objetivo de analisar o seu conjunto.

Ressaltando que estas ações estão diretamente relacionadas com o cronograma de


implantação do empreendimento, de modo a garantir a integridade do patrimônio
arqueológico existente.

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ii. Resgate

Identificado sítio arqueológico, o resgate (quando necessário) seguirá as seguintes


etapas:

 Realização de sondagens para definição das unidades estratigráficas e


deposição de origem antrópica;
 Demarcação do local da escavação através de uma malha ortonormada de
quadrículas de um metro quadrado;
 Escavação da área através da retirada dos sedimentos em níveis naturais ou
artificiais de deposição previamente estabelecidos, sendo os objetos plotados
tridimensionalmente em croquis planimétricos e embalados com ficha de
identificação;
 Peneiramento dos sedimentos oriundos das quadrículas por níveis e resgate
completo das evidências arqueológicas;
 Registro em diário de campo, croquis de quadrículas, perfis estratigráficos e
registro fotográfico;
 Recolhimento de amostras de carvão para a possível realização de datações
radiocarbônicas dos estratos de origem antrópicos;
 Recolhimento de amostras do solo para futuras análises palinológicas,
pedológicas e químicas;
 Elaboração do mapa topográfico do sítio;
 Documentação do entorno físico;
 Fichamento segundo o sistema estabelecido pelo IPHAN.

É importante destacar que no decorrer da pesquisa arqueológica, podem surgir


complementações das atividades, de acordo com as necessidades observadas em
campo.

iii. Guarda do Patrimônio Histórico e Arqueológico

Propõem-se que a guarda definitiva do material arqueológico identificado nas Etapas da


pesquisa de prospecções e salvamento arqueológico, sejam depositados no Laboratório
de Arqueologia do PPGA – Programa de Pós-Graduação em Antropologia sob
responsabilidade do NPEA - Núcleo de Pesquisa e Ensino em Arqueologia, da
Universidade Federal do Pará, com sede em Belém/PA, conforme endosso institucional
apresentado no Anexo 2.

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iv. Educação Patrimonial

A partir da concepção de que os vestígios arqueológicos compõem um patrimônio


nacional, a preservação desse patrimônio permite ampliar o processo de construção do
conhecimento arqueológico, como forma de compreender um passado rico em
atividades relacionadas a pré-história e a história regional. Além do objetivo científico, a
concepção de patrimônio arqueológico refere-se à sua apropriação por um número
maior de agentes, no caso, a nação, pois:

“O que pensamos e atribuímos sobre/ao passado (...) nos auxilia a


compreender, explicar e justificar o que sentimos e desejamos em
relação ao nosso presente como indivíduos e como coletividade.
Somente assim podemos divisar o que é importante como referencial
balizador de nossa identidade.” (GABINATTO14, 2000, p. 40)

Neste sentido, a apropriação dos vestígios arqueológicos como patrimônio cultural pode
acontecer através da metodologia conhecida como educação patrimonial, que através
de uma série de procedimentos busca articular uma relação entre os elementos culturais
e os agentes envolvidos. Apresenta-se com suma importância a utilização desta
metodologia em trabalhos de salvamento arqueológico, na medida em que o
patrimônio preservado pode estar à disposição das comunidades envolvidas com o
empreendimento, o que caracteriza a própria proteção do mesmo como bem da União.

O público alvo do Programa de Educação Patrimonial será dividido por categorias,


estabelecidas a partir dos diferentes profissionais que formam o quadro de funcionários
do empreendimento; as comunidades situadas no entorno do empreendimento, bem
como, estudantes de diferentes níveis de escolaridade e atores do sistema de ensino
local.

Neste sentido, a execução do programa teve início durante os trabalhos de campo, no


diagnóstico arqueológico interventivo, iniciado em março de 2015, com objetivo de
promover as pesquisas arqueológicas que estão sendo realizadas na região, tendo em
vista a implantação do empreendimento.

Nesta fase do diagnóstico busca-se o contato com a comunidade próxima em relação à


área de estudo, visando levantar informações relativas à ocorrência de vestígios
arqueológicos, conhecidos ou resgatados pela população local em decorrência dos

14
GABINATO, Valeska. Ensino de história e patrimônio histórico: pontes para a construção da memória e
cidadania. Ciências e letras¸ Porto Alegre, n. 27, p. 37-48, jan/jun. 2000.

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achados fortuitos, bem como das informações sobre lugares e fatos históricos da
localidade.

A principal intenção da equipe de arqueologia será informar à comunidade local os


motivos e intenções que levaram a execução dos estudos arqueológicos realizados na
área de abrangência do empreendimento. Além disso, os arqueólogos explicarão os
procedimentos e o cronograma de execução dos estudos arqueológicos dentro do
contexto de execução do empreendimento.

Nas ocasiões, também serão fornecidas informações referentes às implicações jurídico-


legais de descumprimento das recomendações quanto a ações danosas ao Patrimônio
Arqueológico local. Os indivíduos também serão orientados quanto aos procedimentos
que devem ser adotados, caso encontrem vestígios arqueológicos nas áreas de
influência do empreendimento.

O conteúdo trabalhado está de acordo com a proposta apresentada e autorizada pelo


IPHAN no Programa de Educação Patrimonial:

 Noções de arqueologia enquanto ciência, sua atuação sociopolítica e cultural;


 Conceitos e noções de patrimônio cultural e arqueológico;
 O registro arqueológico no contexto do patrimônio cultural brasileiro;
 As especificidades do Patrimônio Arqueológico regional;
 Legislação que regulamenta a preservação do Patrimônio Arqueológico
brasileiro;
 A importância da participação coletiva na preservação do Patrimônio
Arqueológico na área de abrangência do empreendimento.

g) Descrição do Programa

A prospecção corresponde à continuidade das pesquisas arqueológicas, visto que essas


ações possibilitaram melhores condições de avaliação dos compartimentos ambientais
nos locais não estudados na etapa anterior durante o diagnóstico interventivo e nos
locais onde o resultado das sondagens foi positivo para a presença de material
arqueológico.

As palestras estão sendo elaboradas com o objetivo de informar e conscientizar os


participantes (professores e alunos) do significado e da importância do Patrimônio
Cultural e suas diferentes manifestações, através de atividades expositivo-dialogadas,

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
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onde foram apresentados os conceitos de patrimônio, direcionado ao patrimônio


arqueológico. Nesses trabalhos, procura-se destacar a importância do trabalho
arqueológico e sua contribuição para a pré-história local e regional, por meio dos
estudos da cultura material, alertando sobre as implicações da destruição destes bens.

Após a análise dos resultados das prospecções será possível inferir sobre a presença de
sítios arqueológicos com intuito de obter informações detalhadas de profundidade,
espessura, dimensão etc., bem como do contexto arqueológico identificado.

Assim, o empreendedor poderá verificar a viabilidade de deslocar trecho da linha,


canteiros e acessos para fora dos limites do sítio ou optar pela permanência das
instalações no local, precedido do salvamento arqueológico.

h) Atividades desenvolvidas

A prospecção está sendo executada nos compartimentos de maior potencial


arqueológico da área de estudo, através do caminhamento e intervenções em
subsuperfície nas áreas denominadas primordiais, que corresponde: o traçado projetado
da LT, considerando a faixa de servidão, as estradas de acesso, subestações e canteiros
de obras.

O material de apoio utilizado na educação patrimonial executadas nas escolas, segue


abaixo:

 Apresentações em Power Point e data-show;


 Folders;
 Mapas;
 Mini-exposições do material arqueológico coletado nas áreas de influência do
empreendimento.

i) Cronograma Executivo e de Relatórios

O programa de prospecção está sendo executado (fase de planejamento), com objetivo


de investigar de forma mais detalhada as áreas do empreendimento. É neste momento
da pesquisa que será apontada a necessidade de salvamento arqueológico dos sítios em
riscos, identificados durante as atividades prospectivas. Em caso de salvamento, durante
a implantação do empreendimento, quando ocorrem as obras de engenharia, será
executado o Programa de Resgate. Os trabalhos de salvamento serão realizados nos
sítios selecionados, por meio de escavações exaustivas, registro detalhado de cada sítio e

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
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coleta de exemplares estatisticamente significativos da cultura material encontrado em


cada sítio arqueológico.

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Fase de Fase de Implantação (meses)


Planejamento
Atividade Periodicidade (meses)
1 2 3 4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Prospecção nas áreas das subestações, canteiros de obras, acessos e Diário


torres da LT e seccionamentos

Ações Educativas Diário

Relatório de Prospecção e Educação Patrimonial

Solicitação de portaria para o Programa de Resgate Arqueológico Anual

Execução do Programa de Resgate Arqueológico Diário

Relatório do Programa de Resgate Arqueológico

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j) Equipe Técnica

Arqueólogos coordenadores munidos de portaria de permissão do IPHAN, responsável


pela guarda provisória dos materiais arqueológicos coletados e com endosso técnico. No
quadro abaixo, apresenta-se a equipe técnica sugerida para o presente programa.

Quadro 30 – Relação de profissionais sugeridos.


Profissional Quantidade Função

Arqueólogo 1 Coordenador

Arqueólogo 2 Coordenadores de Campo

Arqueólogos/Auxiliares 2 Campo (prospecção/salvamento)

Topografia e 2 Elaboração dos mapas


geoprocessamento

Educador/pedagogo 4 Elaboração e execução das ações educativas

k) Responsáveis Técnicos

Arqueólogos coordenadores:

Wagner Fernando da Veiga e Silva - Geógrafo, Técnico em Arqueologia (MPEG/MCT),


Especialista em Gestão de Recursos Ambientais e Política Econômica e Mineral (UFPA),
Arqueólogo (NPEA-UFPA)

l) Instituições Envolvidas

 Laboratório de Arqueologia do PPGA – Programa de Pós-Graduação em


Antropologia, Universidade Federal do Pará;
 Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.

m) Relação com outros Programas

 Plano de Gestão Ambiental;


 Programa de Educação Ambiental;
 Plana Ambiental da Construção;
 Programa de Comunicação Social;
 Programa de Supressão da Vegetação.

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n) Referências Bibliográficas

BASTOS, Rossano Lopes; SOUZA, Marise Campos de; GALLO, Haroldo. Normas e
gerenciamento do patrimônio arqueológico. São Paulo: 9SR/IPHAN, 2005.

CALDARELLI, Solange Bezerra. Arqueologia e Avaliação de Impacto Ambiental. IAIA


Notícias, 1998:8 (2).

GABINATO, Valeska. Ensino de história e patrimônio histórico: pontes para a construção


da memória e cidadania. Ciências e letras¸ Porto Alegre, n. 27, p. 37-48, jan/jun. 2000.

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, www.iphan.gov.br

JULIANI, L. J. C. O. 1997. Avaliação de impactos ambientais de empreendimentos


urbanísticos e medidas mitigadoras aplicáveis. Atas do Simpósio sobre Política Nacional
do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (Caldarelli, S. B. org.), Instituto Goiano de Pré-
História e Antropologia, Goiânia, p. 71-79.

PETROBRAS/BOURSCHEID. Estudo de Impacto Ambiental do Sistema de Dutos e


Terminais do COMPERJ. Relatório Técnico não publicado. Rio de Janeiro, 2009.

PETROBRAS/BOURSCHEID. Complementação do Estudo de Impacto Ambiental do


Sistema de Dutos e Terminais do COMPERJ. Relatório Técnico não publicado. Rio de
Janeiro, 2010.

PROUS, Arqueologia Brasileira. Brasília: Ed. UnB. 613p.

RENFREW, C. & BAHN, P. 1993. Arqueologia. Teorias, Métodos y Práctica. Akal, Madrid,
571 p.

3.11 - Programa de Preservação de Sítios Paleontológicos

a) Apresentação

Durante as campanhas de campo para o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), foram


observadas formações sedimentares com alto potencial fossilífero associado. Durante as
fases de aberturas de cavas, escavações, terraplanagem para implementação das Linhas
de Transmissão LT 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2, LT 500 kV Parauapebas –
Miracema C1 e C2, LT 500 KV Parauapebas – Itacaiúnas poderá ocorrer interferência em
sítios paleontológicos ou evidências fósseis ainda não descobertos, especialmente nas
áreas onde foram mapeadas unidades sedimentares com conhecido conteúdo

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fossilífero. Estas áreas estão delimitadas no mapa de potencial paleontológico do EIA


(Apêndice 6.12).

Em virtude disso, este programa visa estabelecer as diretrizes em caso de serem


encontrados fósseis durante a etapa de implantação do empreendimento. São definidas
as atitudes a serem tomadas logo que forem encontrados vestígios (caso venham a
ocorrer), bem como a forma como deverá ser resgatado e preservado o patrimônio
fossilífero encontrado.

A eficácia esperada para as medidas indicadas neste programa é apresentada a seguir:

Responsabilidade
Medida Natureza Fase do Empreendimento Eficácia
pela Implantação

Interferência em Sítios Paleontológicos

Realizar treinamento dos


funcionários para
identificar rochas com Preventivo Implantação Alta
potencial de ocorrência
de fósseis

Realizar o salvamento de
material paleontológico
Preventivo/
com supervisão de Implantação Alta Empreendedor
mitigador
técnico habilitado
(Paleontólogo).

b) Justificativa

As bacias sedimentares com alto potencial fossílifero associado, identificadas na área de


influência do empreendimento, são: Bacia do Amazonas, Bacia do Parnaíba e Bacia do
Grajaú. Deste modo, durante as fases de aberturas de cavas e escavações na fase de
implantação do empreendimento, podem ser descobertos sítios de ocorrência fossilífera.

São reportados na literatura (Correa et. al. 2004, Ponciano 2011) sítios paleontológicos
nas proximidades de áreas onde se encontra o empreendimento, no povoado de Belo
Monte do Pontal, município de Anapu/PA e Miranorte/TO. Também, durante os estudos
de campo para o Diagnóstico deste EIA, foi encontrado um afloramento com ocorrência
fossilífera, situado próximo ao município de Anapu/PA, dentro da área de influência
indireta (AII).

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Desta forma, a possibilidade de virem a ser encontrados fósseis durante a fase de


implantação do empreendimento é alta e justifica um plano para resgate dos mesmos,
caso venham a ser descobertos.

É importante ressaltar que, em função de não haver legislações específicas em tempos


passados, nem a necessidade de realizar o resgate dos mesmos em empreendimentos
como este, uma parcela do patrimônio paleontológico da União foi perdida. Sob o
ponto de vista acadêmico e social, a omissão de resgate dos fósseis prejudica o
desenvolvimento da ciência, quando sítios como este podem fornecer importantes
informações sobre os tempos primitivos, os paleoambientes e evolução da vida em
tempos remotos.

Desta forma, atualmente, a principal Lei que rege a proteção do patrimônio


paleontológico é a Constituição Federal de 1988, que determina, nos artigos 20, 23, 24
e 216, de forma bastante clara, que os fósseis são patrimônio da União. Conforme:

“Artigo 20. São bens da União:


I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vieram a ser
atribuídos; ...
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e
pré-históricos.”
Artigo 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios:
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor
histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens
notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e descaracterização de obras
de arte e de outros bens de valor histórico, artístico e cultural;
Artigo 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
corretamente sobre:
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, turístico e
paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao
consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico,
turístico e paisagístico.”
Artigo 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de
natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto,
portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes

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grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem”:


V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico,
artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.”
É importante ainda citar ainda os seguintes decretos:

Decreto-Lei 4.146 de 1942 - “Artigo 1º - “... os depósitos fossilíferos


são propriedade da Nação, e, como tais, a extração de espécimes fósseis
depende de autorização prévia e fiscalização do Departamento Nacional
da Produção Mineral, do Ministério da Agricultura.”
Decreto nº 72.312 de 31/05/1973 - “Artigo 1º - Para os fins da presente
Convenção, a expressão “bens culturais” significa quaisquer bens que,
por motivos religiosos ou profanos, tenham sido expressamente
designados por cada Estado como de importância para a arqueologia, a
história, a literatura, a arte ou a ciência, e que pertençam às seguintes
categorias:
as coleções e exemplares raros de zoologia, botânica, mineralogia e
anatomia, e objetos de interesse paleontológico.”
Decreto nº 8.176 de 08/02/1991 - “Artigo 2° - Constitui crime contra
o patrimônio, na modalidade de usurpacão, produzir bens ou explorar
matéria-prima pertencentes à União, sem autorização legal ou em
desacordo com as obrigações impostas pelo título autorizativo.”
“Artigo 163 do Código Penal - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa
alheia.
Parágrafo Único - se o crime é cometido: ...
III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa
concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista.”
Artigo 180 do Código Penal: Receptação
Adquirir, receber ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que
saber ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a
adquira, receba ou oculte.”

A responsabilidade pela preservação do patrimônio cultural brasileiro é do Instituto de


Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. Conforme o já citado artigo 216, os
fósseis são considerados patrimônios culturais e portanto o IPHAN é o órgão responsável
por protegê-lo, embora a constituição também estabeleça que cabe ao poder público
(União, Estados e Municípios), com apoio da comunidade, a proteção, preservação e
gestão do patrimônio histórico e artístico do país.

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c) Objetivos

Objetivo Geral

O objetivo deste programa é garantir a integridade e o resgate de quaisquer fósseis que


possam vir a ser afetados em virtude da implantação do empreendimento. Também
serão apresentados procedimentos a serem adotados em caso de descoberta de sítios
paleontológicos na faixa de servidão ou nos acessos abertos pelo empreendedor, a fim
de preservar o patrimônio encontrado.

Em caso de serem encontrados fósseis durante as fases de implantação do


empreendimento é de fundamental importância que os mesmos sejam identificados,
coletados, acondicionados e preservados de forma correta.

Objetivos Específicos

Para tanto, são objetivos específicos deste programa:

 Promover a capacitação dos profissionais responsáveis da obra pelas atividades


de remoção de sedimentos (durante as fases de escavações e aberturas de
acesso) para que os mesmos sejam capazes de reconhecer evidências de
interesse do programa;
 Estabelecer as diretrizes a serem tomadas em caso de serem encontrados
vestígios fossíliferos, por meio da correta coleta e descrição dos mesmos;
 Promover a divulgação do material por meio da consolidação das informações
levantadas e elaboração de um relatório final que servirá como material
didático de cunho educativo sobre a importância dos sítios paleontológicos;
 Contribuir para a preservação do patrimônio fossilífero da União, bem como
com o desenvolvimento desta ciência, posto que os fósseis encontrados
poderão ser estudados por diversos especialistas no futuro.

d) Indicadores de efetividade

Os principais indicadores no salvamento dos fósseis são:

 Percentual de funcionários capacitados para reconhecimento dos fósseis


através do treinamento;
 Porcentagem das frentes de obra com acompanhamento.

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 Número de exemplares resgatados em relação à quantidade encontrada;


 Relatórios e divulgação do material encontrado, de caráter educativo e de
divulgação científica.

e) Público-alvo

O público-alvo desse programa contempla os funcionários da obra e terceirizados, a


sociedade em geral e a comunidade científica.

f) Metodologia

As metodologias de ação deste programa envolvem etapas de capacitação técnica e


resgate e análise laboratorial do conteúdo fossilífero que por ventura venha a ser
encontrado.

A metodologia a ser utilizada no presente programa se dará através do


acompanhamento das obras de implantação do empreendimento, especialmente
aquelas que envolvem a movimentação de solo, quando poderá ser observada a
ocorrência de vestígios paleontológicos. Para tanto, deverá ser realizado o treinamento
das frentes de obras para a identificação de vestígios. Considerando as áreas de
potencial paleontológico, a frente de acompanhamento e eventual resgate ficará restrita
somente aos municípios de Anapu e Miranorte.

Sempre que registrada a possibilidade de ocorrência de um vestígio paleontológico,


deverão ser paralisadas as atividades na área para que um profissional especialista possa
avaliar e determinar os procedimentos de salvamento, quando aplicáveis.

i. Capacitação técnica

Para que a meta de resgate do patrimônio paleontológico seja atendida, deve ser
previsto o treinamento das pessoas envolvidas na supervisão ambiental nas frentes de
obras. Este treinamento deve ser feito de forma didática, por meio de palestra por um
profissional especializado, utilizando-se imagens de possíveis fósseis que podem ser
encontrados na área do empreendimento, conforme apresentado no diagnóstico do
Estudo de Impacto Ambiental deste empreendimento, bem como treinando a equipe
para o reconhecimento de unidades geológicas que podem hospedar fósseis (rochas

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sedimentares), ressaltando-se a importância do conteúdo fossilífero para a ciência e


patrimônio da união.

ii. Acompanhamento das Frentes de Obras

A implementação deste programa se dará principalmente pelo acompanhamento das


frentes de obras, especialmente nas áreas com maiores riscos associados identificados,
conforme o mapa de potencial fossilífero. Para tanto, deverá haver um treinamento
prévio da equipe para reconhecimento das unidades sedimentares passíveis de conterem
fósseis, bem como noções sobre o reconhecimento e identificação de fósseis.

O acompanhamento das obras deverá ser realizado com especial cuidado nas áreas
atravessadas pelo traçado da LT onde o potencial associado para a ocorrência de fósseis
é mais alta, conforme o diagnóstico do EIA. Nestas áreas os fiscais deverão verificar com
frequência as rochas escavadas, a fim de buscar evidências da presença de fósseis.

iii. Resgate do Conteúdo Fossilífero

Em caso de serem encontrados fósseis, os trabalhos deverão ser interrompidos


imediatamente para o salvamento dos mesmos, em caso de interferência. O trabalho de
resgate do registro fossilífero deve envolver um paleontólogo, que avaliará a
necessidade da implementação do Programa de Resgate. Caso se aplique, sob
orientação do paleontólogo responsável, devem ser realizados os seguintes
procedimentos:

 Localização do sítio, registro das coordenadas e georreferenciamento do sítio;


 Elaboração de croquis esquemáticos com orientação do fóssil (com auxílio de
bússola) para que não sejam perdidas as informações espaciais;
 Levantamento de uma seção estratigráfica, com descrição dos estratos
sotopostos e sobrepostos à camada com nível fossilífero;
 Registro fotográfico dos fósseis, bem como dos estratos que o contém.

Somente após a conclusão destas etapas deve ser procedida a coleta dos fósseis. Esta
deverá ser feita com cuidado e com uso de ferramentas adequadas (martelos, pás,
gesso, pincéis, etc.) fazendo-se a identificação e catalogação do material, que deverá ser
encaminhado a uma instituição de ensino ou pesquisa mais próxima.

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iv. Elaboração de Relatório Educativo

Por fim, deve ser confeccionado um relatório, de cunho educativo e de divulgação


científica, no qual deve ser destacada a importância da preservação do patrimônio
fossilífero da União. Neste relatório devem constar também as descrições dos fósseis
encontrados, com fotos, bem como mostrar as possíveis reconstruções que podem ser
feitas a partir do estudo dos mesmos, em linguagem acessível e com ilustrações
pertinentes ao tema. Em caso do patrimônio encontrado não ser conclusivo (nem
sempre um sítio paleontológico isolado pode fornecer modelos paleoambientais),
sugere-se que sejam utilizadas ocorrências análogas na literatura para efeito de
divulgação científica.

g) Descrição do Plano

Este plano consiste basicamente de prever medidas para o caso de serem encontrados
vestígios fossilíferos durante as escavações e obras para implantação do
empreendimento. Inicialmente é prevista a capacitação técnica de uma equipe
responsável pelo acompanhamento das escavações.

Deverá ser realizado, por parte da equipe treinada, o acompanhamento nas frentes
durante toda a fase de obras. Os profissionais envolvidos nesta etapa deverão ter
cuidado especialmente nas áreas onde é maior a probabilidade de ocorrência de fósseis,
devendo reconhecer os tipos de rochas envolvidos, buscando sempre identificar
possíveis vestígios fósseis associados a elas.

Em caso de encontrados vestígios fossilíferos, está prevista a interrupção imediata dos


trabalhos para avaliação por parte de um paleontólogo. Este ficará responsável por
orientar as equipes sobre os procedimentos a serem tomados e fazer o levantamento
das informações, georreferenciamento do sítio e proceder a coleta do material.

Por fim, em caso de encontrados fósseis, será elaborado um relatório ilustrado de cunho
educativo, destacando-se a importância deste tipo de ciência.

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h) Atividades a serem desenvolvidas

As atividades a serem desenvolvidas envolvem o treinamento de equipes,


acompanhamento de obras e, em caso de interferência, salvamento e descrição do sítio
paleontológico.

i) Cronograma Executivo e de Relatórios

Este programa deve ter início imediatamente após a concessão da Licença de Instalação
(LI) e se prolongar durante toda fase de implantação do empreendimento devendo, em
caso de achado de fósseis, ser solicitada a presença de um profissional especialista para
a identificação e salvamento dos vestígios, juntamente com auxiliares de campo.

Deverão ser elaborados relatórios trimestrais de monitoramento interno, e semestrais


para envio ao órgão ambiental das atividades de Preservação de Sítios Paleontológicos,
de forma integrada ao Plano de Gestão Ambiental.

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Fase de Implantação (meses)


Atividade Periodicidade
-01 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12

Treinamento da equipe de acompanhamento das Mês inicial


frentes de serviço

Acompanhamento das frentes de serviço Diário

Elaboração de relatórios de monitoramento Trimestral


interno

Elaboração de relatórios periódicos para envio ao Semestral


órgão ambiental

Elaboração de relatório final para envio ao órgão Mês final


ambiental

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j) Equipe Técnica

Este programa contará com as frentes de serviços que serão responsáveis pela
identificação de possíveis vestígios paleontológicos.

Quadro 31 – Relação de profissionais sugeridos.


Profissional Quantidade Função

A definir
Frentes de serviço conforme fase da - Identificação de possíveis vestígios paleontológicos.
obra

- Treinamento das frentes de serviço para o reconhecimento


Profissional especialista em de possíveis vestígios paleontológicos;
01
paleontologia - Identificação e salvamento dos vestígios, juntamente com
auxiliares de campo.

k) Responsáveis Técnicos

O responsável técnico pela elaboração deste programa está relacionado abaixo:

Profissional Formação Nº de Registro - Conselho de CTF IBAMA


Classe

Fernando Galvão Klein Geólogo 221232099-0 6107451

l) Instituições Envolvidas

Empreendedor, empresas contratadas, trabalhadores das obras, inspetores ambientais,


comunidade cientifica, universidades federais.

m) Relação com outros Programas

Este programa está relacionado com o Plano de Gestão Ambiental, Plano Ambiental da
Construção, Programa de Educação Ambiental e Programa de Comunicação Social.

n) Referências Bibliográficas

BRASIL. Constituição Federal de 1988.

BRASIL. Lei nº 2.248 de 07 de dezembro de 1940.

BRASIL. Lei nº 4.146 de 04 de março de 1942

BRASIL. Lei nº 72.312, de 31 de maio de 1973.

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

BRASIL. Lei nº 8.176 de 08 de fevereiro de 1991.

CORRÊA, L. M. S. A.; AGOSTINHO, S.; FERNANDES, A. C. S.; VIEIRA, P. M. Icnofósseis da


Formação Pimenteira (Devoniano da Bacia Do Parnaíba), Município de Miranorte, Estado
do Tocantins, Brasil. Arquivos do Museu Nacional, Rio de Janeiro, v.62, n.3, p.283-291,
jul./set.2004

PONCIANO, L.C.M.O. 2011. Programa de Salvamento Patrimônio Paleontológico UHE


Belo Monte. Eletronorte energia, Pará. Disponível em:
http://licenciamento.ibama.gov.br/Hidreletricas/Belo%20Monte/Outros%20Documentos
/A%E7%F5es%20Antecipat%F3rias%20-
%20relat%F3rios%20de%20acompanhamento/3%BA%20Relat%F3rio/ANEXOS%20-
%203%BA%20Relat%F3rio%20de%20A%E7%F5es%20Antecipat%F3rias/Anexo%2
08%20-%20Programa%20de%20Salvamento%20Paleontol%F3gico.pdf Acesso em
02/07/2015.

3.12 - Programa de Recuperação de Áreas Degradadas

a) Apresentação

A recuperação de áreas degradadas, oriundas de atividades previstas em


empreendimentos de instalação de linhas de transmissão de energia elétrica, baseia-se
não só em determinações legais, mas também na necessidade do convívio harmonioso
entre atividades antrópicas e o meio ambiente. Neste sentido, a elaboração de um
programa, onde estejam previstas ações que restabeleçam as condições ambientais o
mais próximo possível daquelas observadas antes da instalação do empreendimento, é
fundamental para minimizar o impacto da atividade sobre o equilíbrio do sistema.

O conjunto de atividades previstas no Programa de Recuperação de Áreas Degradadas


(PRAD) deve considerar as particularidades relacionadas ao fator gerador do impacto e o
efeito da degradação estabelecida sobre o equilíbrio de áreas circunvizinhas. Este
direcionamento é fundamental, sobretudo, para a maximização da exequibilidade,
eficácia e eficiência das ações de recuperação, considerando os objetivos elencados no
PRAD. Além disso, o programa deve estar balizado em diretrizes dispostas na Instrução
Normativa nº 4 de 13 de abril de 2011 e na Resolução CONAMA nº 429 de 28 de
fevereiro de 2011, as quais estabelecem regras e parâmetros para a elaboração de
projetos de recuperação de áreas degradadas.

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A eficácia esperada para as medidas indicadas neste programa é apresentada a seguir:

Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Compactação de solos e substratos

Descompactação do solo
Mitigadora Implantação Média Empreendedor
(subsolagem);

Fazer o plantio de
espécies mais adequadas
Mitigadora Implantação Média Empreendedor
à situação de resistência
à penetração de raízes

Interferência em Áreas de Preservação Permanente (APP)

Restringir o
desmatamento em APP
Preventivo Implantação e Operação Alta Empreendedor
ao estritamente
necessário

Implantar um Programa
de Reposição Florestal Compensatório Implantação e Operação Média Empreendedor
Obrigatória

Implantar a recuperação
de APPs através do
Programa de Compensatório Implantação e Operação Médio Empreendedor
Recuperação de Áreas
Degradadas (PRAD)

Perda de vegetação nativa

Restringir o
desmatamento da
Preventivo Implantação e Operação Alta Empreendedor
vegetação nativa ao
estritamente necessário

Realizar salvamento e
coleta de espécies nativas
Preventivo Implantação Médio Empreendedor
durante a retirada de
vegetação;

Recuperar áreas
Compensatório Implantação e Operação Médio Empreendedor
degradadas;

Realizar o plantio de
Compensatório Operação Médio Empreendedor
espécies nativas.

Fragmentação de áreas de vegetação nativa e alterações na dinâmica da vegetação

Restringir o
desmatamento da
Preventivo Implantação Alta Empreendedor
vegetação nativa ao
estritamente necessário

Recuperar áreas
Compensatório Implantação e Operação Media Empreendedor
degradadas;

Realizar o plantio de
Compensatório Operação Media Empreendedor
espécies nativas.

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Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Indução de processos erosivos e Assoreamento de corpos hídricos

Implantação do
Programa de
Mitigatório Implantação/operação Média Empreendedor
Recuperação de Áreas
Degradadas

Recomposição da Mitigadora e
Implantação/operação Média Empreendedor
cobertura vegetal; compensatória

Instalação de terraços ou
Preventivo Implantação/operação Alta Empreendedor
sulcos em curva de nível

Desenho adequado das


Preventivo Planejamento Alta Empreendedor
fundações das torres

Projeto otimizado dos


movimentos de terra Preventivo Implantação/operação Alta Empreendedor
(acessos)

b) Justificativa

A implantação da linha de transmissão, seccionamentos e subestações implicam em


obras que podem provocar efeitos adversos no solo em função da remoção de sua
cobertura, revolvimento e compactação e supressão da vegetação já estabilizada, ambos
os processos ocorrendo por ocasião das operações de instalação do empreendimento.
Estes impactos, apesar de mais intensos e localizados em alguns pontos, requerem a
elaboração de um programa que defina as diretrizes para a recuperação dessas áreas
degradadas, considerando a necessidade de preservação ambiental e de recuperação
mais rápida e eficiente como estabelece a legislação.

Para implantação do empreendimento são necessárias ações que envolvem a remoção


de cobertura vegetal, de camadas do material superficial e até escavações em maior
profundidade. Essas ações expõem a superfície do solo aos efeitos desagregadores da
chuva e alteram o microrrelevo, interferindo na infiltração de água no perfil e
favorecendo o escoamento superficial, fatores que contribuem para a perda de solo na
superfície. Além disso, pode ser necessário o aterramento e nivelamento de
determinadas áreas de modo a facilitar o trânsito de máquinas durante os estágios
iniciais de instalação do empreendimento, alterando completamente a configuração do
sistema e levando a condições inadequadas para o crescimento e desenvolvimento da
flora e fauna nativas, comprometendo o seu restabelecimento natural. Ainda, os efeitos

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destas alterações podem ser potencializados quando ocorridos em áreas de maior


fragilidade ambiental, como é o caso das Áreas de Preservação Permanente (APP’s).

Neste sentido, é fundamental que o planejamento das atividades de implantação de


linhas de transmissão de energia preveja ações destinadas à mitigação do impacto
gerado nas ações de construção e instalação de canteiros de obra, torres e subestações,
e abertura de acessos. O conjunto destas atividades, contidas no PRAD, é o alicerce para
que a atividade interaja de forma harmoniosa com o meio ambiente.

c) Objetivos

Objetivo Geral

O objetivo deste programa é o de recuperar total ou parcialmente as características das


áreas alteradas ou degradadas pela execução de obras durante a implantação do
empreendimento de forma a equilibrar o sistema afetado em condições mais próximas
possíveis de seu estado anterior.

Objetivos Específicos

 Identificação e classificação de áreas diagnosticadas como alteradas ou


degradadas, resultantes da implementação de atividades previstas pelo
empreendimento, bem como de seu fator gerador;
 Estabelecer a área de abrangência do impacto a partir da definição das
interações da área impactada com seu entorno;
 Promover o controle dos processos erosivos por meio de ações de estabilização
dos terrenos;
 Reconstituir a vegetação nas áreas impactadas com o objetivo de restabelecer o
equilíbrio do sistema em condições ambientais mais próximas possível daquelas
anteriores à intervenção;
 Definir as estratégias de recuperação das áreas degradadas ou alteradas, em
função das particularidades da área e do fator gerador do impacto;
 Reintegrar as áreas degradadas à paisagem regional.

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d) Indicadores de efetividade

Os indicadores ambientais que permitirão avaliar o desempenho do programa estão


relacionados ao desenvolvimento da cobertura vegetal, a variações de atributos
morfológicos do solo e ocorrência de plantas indicadoras, conforme explicitados a
seguir.

 Uniformidade topográfica da área em processo de recuperação;


 Taxa pega de mudas;
 Taxa de cobertura da superfície pelo extrato vegetal introduzido;
 Taxa de emergência de plantas espontâneas nas áreas em processo de
recuperação.

e) Público-alvo

O público-alvo do programa engloba a população estabelecida na AID, em especial os


proprietários dos imóveis rurais afetados pelo empreendimento, empresas contratadas
para construção do empreendimento, o empreendedor, prefeituras municipais,
secretarias de meio ambiente e governos estaduais.

f) Metodologia

Os procedimentos básicos deste programa consistem de:

i. Localização e identificação das áreas degradadas

Serão alvos deste procedimento as áreas que forem submetidas à degradação em


função de atividades previstas pelo empreendimento, cuja utilização ocorrerá apenas
durante as obras da fase de instalação da linha de transmissão e subestações.

As áreas degradadas deverão ser identificadas através da inspeção visual de todas as


áreas onde foram desenvolvidas quaisquer das atividades previstas no empreendimento,
incluindo-se canteiros de obras, locação das torres, subestações e vias de acesso. As
áreas identificadas deverão ser classificadas segundo o fator gerador e intensidade da
degradação, procedendo-se o seu devido registro fotográfico. Também deverão ser
posicionadas geograficamente e plotadas em mapa topográfico constando sua
localização em relação à linha de transmissão, rodovias, estradas e vias de acesso,

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tamanho da área degradada, tipo de degradação e outros dados pertinentes. Todas as


informações levantadas, incluindo os registros fotográficos e mapas, deverão constar no
relatório semestral do programa elaborado conforme instrução normativa nº4, de 13 de
abril de 2011, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis
(IBAMA).

ii. Remoção de estruturas, máquinas, equipamentos e resíduos

Deverão ser removidas das áreas degradadas as estruturas construídas com o fim
específico de apoio às obras, máquinas, equipamentos e resíduos de qualquer tipo de
entulho porventura existentes nos terrenos a serem recuperados. Os resíduos sólidos
deverão ser destinados conforme Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e
Efluentes Líquidos.

iii. Regularização topográfica

O processo de regularização topográfica será realizado em áreas cuja magnitude da


remoção do material superficial ou do aterramento conduza à condição do relevo
inadequada do ponto de vista do desenvolvimento de plantas ou da dinâmica dos
processos erosivos. A angulação dos taludes formados por ocasião das atividades de
corte ou aterro deve ser readequada preferencialmente ao mesmo nível de declividade
observado anteriormente ao início das obras. Em caso de impossibilidade, a
readequação deve acontecer de forma a evitar a ocorrência de movimentos de massa
e/ou potencialização da velocidade de escoamento superficial, facilitando a drenagem
da água na base do talude. Os procedimentos de regularização topográfica e
estabilização mecânica dos taludes devem ser realizados conforme indicação técnica de
profissional devidamente habilitado, tomando como base os resultados apresentados
nos estudos de diagnóstico ambiental e em possíveis ensaios geotécnicos que por
ventura se façam necessários, onde a angulação de corte do terreno deverá estar de
acordo com a NBR 11682/91.

iv. Sistema de drenagem

Esta etapa poderá estar presente ou não, dependendo do tipo de recomposição


topográfica a ser realizada e da necessidade de implantação de um sistema de
drenagem, sendo realizada apenas em terrenos onde houver formação de depressões
em que os movimentos horizontal e vertical da água sejam prejudicados. Os

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procedimentos de drenagem deverão ser realizados conforme indicação técnica de


profissional devidamente habilitado, com base nas particularidades diagnosticadas por
ocasião da identificação das áreas degradadas.

v. Revegetação

Nesta etapa poderão ser realizadas as ações listadas abaixo:

 Correção da fertilidade do solo

Depois de realizada a etapa de regularização topográfica e alocação de drenos, deverá


ser procedida a correção das condições químicas do solo, visando o estabelecimento de
condições adequadas para o desenvolvimento da vegetação pioneira.

Para correção dos níveis de acidez do solo, deverá ser procedida a aplicação de 50 g de
Calcário Dolomíticopor cova, ou metro de sulco, devendo ser feito o ajuste da dose em
função do PRNT do corretivo. O calcário deverá ser aplicado imediatamente antes do
plantio das mudas, sendo disposto na base das covas ou sulcos de plantio.

Os macronutrientes Fósforo e Potássio deverão ser aplicados na forma de Superfosfato


Triplo e Cloreto de Potássio, respectivamente. A aplicação dos fertilizantes deve ser
realizada concomitantemente à aplicação do corretivo, devendo também ser dispostos
nas bases das covas ou sulcos de plantio. O nitrogênio deverá ser aplicado na forma de
ureia, sendo a dose total parcelada em duas aplicações, compreendendo 40 e 60% para
a primeira e segunda, respectivamente. A primeira aplicação deverá ocorrer
concomitantemente aos demais macronutrientes, obedecendo-se os mesmos
procedimentos de aplicação. A segunda aplicação deverá ocorrer 20 dias após o plantio
das mudas.

No caso de abertura de covas para plantio de mudas de espécies arbóreas, deverão ser
aplicados na cova por ocasião do plantio 50% das doses de nitrogênio e potássio, e
100% das doses de calcário e fósforo determinadas pela análise de solo. O restante da
dose de nitrogênio e potássio deverão ser aplicadas em cobertura 6 meses após o
plantio das mudas. No caso de utilização de fertilizantes orgânicos, o volume aplicado
deverá corresponder a 50% da dose recomendada para o nutriente com maior
deficiência. Todo fertilizante orgânico deverá ser aplicado na cova por ocasião do
plantio, juntamente com o corretivo e o fertilizante fosfatado. Os 50% restantes da

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dose recomendada de nitrogênio e potássio deverão ser aplicados em cobertura na


forma de cloreto de potássio e ureia, 6 meses após o plantio das mudas.

Em áreas para as quais foram previstos a remoção, armazenamento e reposição da


camada superficial do solo, 100% das doses de calcário e de fósforo, e 50% da dose de
potássio devem ser misturadas ao solo antes de sua reposição.

Doze (12) meses após o plantio das mudas deverão ser aplicados 50% das doses de
Potássio e Nitrogênio recomendadas para o estabelecimento da cobertura, nas áreas em
recuperação com baixa taxa de cobertura da superfície pelo extrato vegetal.

 Recomposição da cobertura vegetal

A estratégia de restabelecimento da cobertura em áreas onde houve supressão da


vegetação deverá considerar tipo de solo, relevo, posição em relação à linha de
transmissão e à tipologia da área.

De forma geral, o restabelecimento da cobertura vegetal deverá ocorrer por plantio de


mudas tanto para o estrato herbáceo como para o arbóreo-arbustivo.

Nas áreas de maior suscetibilidade ao desencadeamento de processos erosivos, como


aquelas de maior declividade e dominadas por solos arenosos rasos ou que contenham
horizonte B textural, a recomposição do estrato herbáceo deverá ser realizada por meio
de plantio em faixas perpendiculares ao sentido do declive. Quando o fator gerador da
degradação compreender a exposição de taludes em área não passível de redução da
angulação e com solos arenosos, além do plantio das espécies herbáceas, deverá ser
procedida a disposição de manta de geotêxtil sobre a superfície do talude, visando sua
adequada estabilização da superfície. No caso da indisponibilidade do geotêxtil, poderá
ser utilizado outro material, desde que possua efeito similar em relação à estabilização
da superfície. Para as áreas protegidas localizadas fora da faixa de servidão, além dos
procedimentos supracitados, deverão ser introduzidas espécies arbóreo-arbustivas. Nas
áreas úmidas (brejos, olhos d’água, etc.) não será realizada nenhuma intervenção,
devendo a revegetação ocorrer de forma espontânea.

Abaixo estão descritas as espécies indicadas para a revegetação das áreas degradadas.

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Espécies herbáceas:

 Cynodon dactylon (Grama Bermuda);


 Axonopus compressus (Grama São Carlos);

Espécies arbóreo-arbustivas:

 Cariocar villosum (Piquiá);


 Spondias luten (Cajá-Mirim);
 Cedrela fissilis (Cedro);
 Genipa americana (Jenipapo);
 Hymenaea courbaril (Jatobá);
 Jacaranda copaia (Parapará);
 Ceiba pentandra (Samaúma);
 Acacia magnum (Acácia);

As espécies herbáceas descritas foram selecionadas com base em seu alto poder
adaptativo, hábito de crescimento e estabelecimento, rápido desenvolvimento e alta
capacidade de cobertura do solo, critérios essenciais para o restabelecimento da
cobertura do solo na região. Contudo, estas apresentam variações quanto à exigência
de luz. A grama bermuda é indicada para a recuperação de áreas abertas com poucas
árvores, em função de sua maior sensibilidade ao sombreamento. Já a grama São Carlos
tolera melhor o sombreamento, sendo a espécie mais indicada para a recuperação de
áreas mais fechadas, como as APP’s por exemplo.

As mudas das espécies arbóreas utilizadas deverão ser adquiridas com uma
antecedência mínima de 30 dias antes do plantio, e deverão estar em perfeito estado de
sanidade. Deverá ser realizada a aquisição de um excedente de 30% em relação ao
número de mudas estimado, para reposição de possíveis áreas que apresentarem
problemas de pega. No caso da necessidade de produção das mudas este deverá ser
iniciado concomitantemente ao início das obras, sendo os procedimentos de produção
das mudas de espécies florestais aqueles descritos por Macedo et al. (1993)15.

15
Disponível em:
http://www.fca.unesp.br/Home/Extensao/GrupoTimbo/Manualdeproducaodemudasemviveiros.pdf

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Os sulcos de plantio das espécies herbáceas pioneiras deverão apresentar dimensões de


10 cm profundidade e 15 cm de largura, espaçados em 30 cm. O corretivo e fertilizante
deverão ser aplicados no fundo dos sulcos, procedendo-se imediatamente o plantio das
mudas as quais deverão apresentar espaçamento não superior a 15 cm. Os sulcos
deverão ser então recobertos com o material anteriormente removido. Para o caso da
cobertura vegetal de taludes, as covas de plantio deverão apresentar 15 cm de diâmetro
e 10 cm de profundidade, mantendo-se um raio de 30 cm de espaçamento entre covas.
As covas também deverão ser recobertas com o material removido, após a aplicação do
fertilizante, corretivo e plantio das mudas. As operações de plantio deverão ocorrer
estritamente por ocasião do início do período chuvoso (outubro/novembro), de forma a
evitar estresses por déficit ou excesso de água.

Nas áreas de APP localizadas na faixa de servidão não deverão ser introduzidas espécies
arbóreas, em função dos riscos relacionados ao contato das árvores com os cabos de
alta tensão. Quando a APP localizar-se fora da área de servidão, deverá ser realizado o
plantio de mudas das espécies arbóreas supracitadas, ou qualquer outra espécie arbórea
nativa da região adotando-se o espaçamento de 2x2 m. As mudas deverão ser dispostas
em covas de 50x50x30 cm, sendo previamente realizados os procedimentos de correção
da fertilidade do solo. Uma vez dispostas as mudas, o solo em torno das mudas deve ser
estabilizado. Deverá ser posicionado um tutor de madeira de aproximadamente 80 cm
de comprimento, o qual pode ser confeccionado de qualquer material com resistência
suficiente para manter a muda de pé frente o impacto de agentes climáticos. As mudas
devem ser presas ao tutor que deverá ser mantido até sua completa estabilização no
solo. Durante os primeiros 12 meses a partir do plantio das mudas, deverá ser realizado
o controle de formigas, utilizando método que proporcione o menor impacto possível à
fauna local, o qual deverá ser definido pelo profissional habilitado responsável pela
execução do PRAD.

Outros procedimentos de recobrimento do solo poderão ser adotados caso haja


necessidade constatada e reportada pelo profissional responsável pela execução do
PRAD.

Desse modo, a recomposição vegetal envolverá as atividades:

 Definição do método de revegetação para cada área;


 Escolha das espécies vegetais para aplicação nas áreas degradadas;
 Preparação de mudas;

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 Técnicas de plantio e definição do período de trabalho e da distribuição e


densidade de mudas por área.

vi. Controle de Áreas Degradadas por Derramamento de


Combustível

Embora possa ocorrer com determinada frequência em áreas submetidas a obras de


engenharia, o volume de combustível derramado é, na maioria dos casos, pequeno não
representado risco de contaminação de corpos hídricos subsuperficiais. Além disso,
hidrocarbonetos estabelecem relações estáveis com minerais e moléculas orgânicas do
solo reduzindo sua mobilidade. Considerando os baixos volumes de hidrocarbonetos
derramados em acidentes de trabalho, a remediação deve ser feita pelo simples
revolvimento da área contaminada, favorecendo a degradação do composto pela
microbiota do solo.

vii. Monitoramento das atividades previstas no PRAD.

As atividades previstas no PRAD devem ser monitoradas semestralmente, conforme


determina a instrução normativa IBAMA n 4, de 13 de abril de 2011, devendo ser
procedido o preenchimento do formulário contido no Anexo III da referida normativa.

g) Descrição do Plano

O programa de recuperação de áreas degradadas (PRAD) configura-se como um


conjunto de atividades a serem desenvolvidas, com o intuito de restabelecer o equilíbrio
do sistema, afetado por atividades previstas para a implantação do empreendimento.
Dadas as características relacionadas ao tipo de empreendimento e à região onde se
localiza a área de estudo, o foco principal do PRAD está relacionado à recuperação de
áreas degradadas por remoção da cobertura vegetal, para instalação da linha e
construção das vias de acesso, e por aterramentos, cortes e compactação nos canteiros
de obras. Ainda, conforme descrito no cronograma de execução, as etapas previstas
estão definidas em uma sequência lógica, possibilitando a definição a priori e a
posteriori das atividades, induzindo à sua constante avaliação e possibilitando a
readequação das técnicas pré-estabelecidas. Neste sentido, o programa deve ser
desenvolvido de forma integrada, exigindo a participação continuada e interativa entre
os profissionais envolvidos tanto nas etapas de planejamento e como nas etapas de
execução do programa.

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h) Atividades a serem desenvolvidas

De forma geral o programa compreende as seguintes atividades:

 Localização e identificação de áreas degradadas;


 Definição da estratégia logística de execução das atividades de recuperação das
áreas degradadas por atividades de instalação da LT e SEs, a qual deve ser
baseada no tipo e grau de degradação observado, privilegiando áreas cujo
processo apresente maior risco de evolução e de impacto sobre áreas
circunvizinhas, Implementação das atividades de recuperação, nas áreas
degradadas pelas atividades de implantação da LT e SEs, imediatamente após
sua identificação e estabelecimento da estratégia logística, conforme descrito
no item cronograma;
 Monitoramento semestral das atividades do PRAD, e de sua eficácia, conforme
instrução normativa IBAMA nº4, de 13 de abril de 2011, devendo ser
procedido o preenchimento do formulário contido em seu Anexo III, e
elaborado relatório técnico.

i) Cronograma Executivo e de Relatórios

O programa de execução e monitoramento das ações de recuperação de áreas


degradadas pelo empreendimento deverá ser conduzido até a estabilização da
vegetação implantada, preferencialmente durante a fase de implantação do
empreendimento.

Deverão ser elaborados relatórios trimestrais de monitoramento interno, e semestrais


para envio ao órgão ambiental das atividades de Recuperação de Áreas Degradadas de
forma integrada ao Plano de Gestão Ambiental.

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Fase de Implantação (meses)


Atividade Periodicidade
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Mobilização Diário

Identificação das áreas a serem recuperadas Mensal

Ações de recuperação durante a obra Diário

Acompanhamento de áreas recuperadas Quinzenal

Elaboração de relatórios periódicos para envio ao órgão ambiental Semestral

Emissão de relatório final ao órgão ambiental Final

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j) Equipe Técnica

Engenheiros Agrônomos, Engenheiros Florestais, técnicos agrícolas e florestais, além do


pessoal de apoio diretamente envolvido.

Quadro 32 – Relação de profissionais sugeridos.


Profissional Quantidade Função

Coordenador Técnico 01 Engenheiro - Coordenação das atividades


Florestal, - Identificação das áreas a serem recuperadas
Geólogo ou
Agrônomo - Definição das medidas a serem executadas
- Acompanhamento dos trabalhos
- Monitoramento das áreas recuperadas

Equipe de execução Biólogos, - Acompanhamento dos trabalhos


Técnicos - Monitoramento das áreas recuperadas
agrícolas e/ou
florestais

Auxiliares de campo A definir - Execução das medidas de recuperação definidas.

k) Responsáveis Técnicos.

Eng. Agrônomo Ruy José Costa da Silveira, Doutor em Agronomia, CREA/RS 9.432, CTF
nº 604.592.

Eng. Agrônomo Marcos Lima Campos do Vale, Mestre em Agronomia, CREA/RS


195.260, CTF nº 5.240.321

l) Instituições Envolvidas

Viveiros conveniados para a produção de mudas, órgãos ambientais e/ou instituições


atuantes na área de conservação e recuperação ambiental, além do Empreendedor,
Empreiteira e/ou empresa contratada para execução dos serviços.

m) Relação com outros programas

Este programa está inter-relacionado com os seguintes programas:

 Plano Ambiental da Construção (PAC) - ação interativa em relação às diretrizes,


medidas preventivas durante a obra, como a manutenção da camada
superficial do solo removida para utilização nas ações de recuperação da faixa;
 Programa de Monitoramento e Controle de Processos Erosivos - ação interativa
em relação às medidas preventivas e de controle de processos erosivos, como a
dissipação da velocidade da água e recuperação de taludes;

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 Programa de Educação Ambiental e Comunicação Social - ação interativa em


relação às ações de divulgação e envolvimento das comunidades de entorno.

n) Referências Bibliográficas

BRASIL. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000.

BRASIL. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012.

CONAMA. Resolução nº 429, de 28 de fevereiro de 2011.

IBAMA. Instrução normativa nº 4, de 13 de abril de 2011.

MACEDO, A. C. Produção de mudas em viveiros florestais. São Paulo: Fundação


Florestal, 1993. 18 p.

3.13 - Programa de Identificação, Monitoramento e Controle de


Processos Erosivos
a) Apresentação

O ambiente, como um sistema aberto, está constantemente sujeito à troca de energia e


matéria com seu meio externo. Com o passar do tempo esta dinâmica de trocas
aproxima-se do equilíbrio, conferindo certa estabilidade ao sistema. Contudo, esta
estabilidade pode ser facilmente prejudicada quando são alteradas relações tanto do
sistema com o meio, como as relações entre componentes do próprio sistema. Embora
intervenções no ambiente possam ter como consequência sua desestabilização, o
equilíbrio do sistema pode ser novamente alcançado por um rearranjo de seus
componentes.

No que diz respeito ao desencadeamento de processos erosivos, intervenções no


ambiente, como as obras para viabilizar a instalação de linhas de transmissão de
energia, podem funcionar como agentes desestabilizadores. Para evitar que a atividade
resulte na potencialização dos mecanismos de perda de matéria do sistema, ações
devem ser tomadas de forma a restabelecer uma relação equilibrada entre seus
componentes. Além disso, a manutenção de um sistema desequilibrado pode ter
reflexos negativos sobre a própria estrutura da atividade, causando prejuízos ao seu
adequado funcionamento. Neste sentido, a identificação de perturbações que possam
potencializar os mecanismos relacionados à erosão do solo é fundamental para o
planejamento de ações que visem estabelecer um convívio harmonioso entre a atividade
antrópica e o meio ambiente.

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A eficácia esperada para as medidas indicadas neste programa é apresentada a seguir:

Responsabilidade
Medida Natureza Fase do Empreendimento Eficácia
pela Implantação

Indução de processos erosivos e Assoreamento de corpos hídricos

Implantação do
Programa de
Mitigatório Implantação/operação Média Empreendedor
Recuperação de Áreas
Degradadas

Recomposição da Mitigadora e
Implantação/operação Média Empreendedor
cobertura vegetal; compensatória

Instalação de terraços ou
Preventivo Implantação/operação Alta Empreendedor
sulcos em curva de nível

Desenho adequado das


Preventivo Planejamento Alta Empreendedor
fundações das torres

Projeto otimizado dos


movimentos de terra Preventivo Implantação/operação Alta Empreendedor
(acessos)

Movimento de Massa

Realizar investigações
geológicas (estudo
técnico para adequação
da escolha dos locais Preventivo Planejamento Alta Empreendedor
para instalação das
torres, conforme o tipo
de solo);

Realizar o escoramento
de valas (construção de
apoios para evitar Preventiva e
Implantação Alta Empreendedor
desmoronamentos Mitigadora
durante as atividades de
fundações)

Compactação de solos e substratos

Descompactação do solo
Mitigadora Implantação Média Empreendedor
(subsolagem);

Fazer o plantio de
espécies mais adequadas
Mitigadora Implantação Média Empreendedor
à situação de resistência
à penetração de raízes

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b) Justificativas

Este é um programa que deverá nortear todas as atividades potencialmente


provocadoras de erosão. Como já descrito no item referente aos impactos, a erosão é
um processo natural cuja intensidade depende do equilíbrio entre as forças que atuam
na remoção e manutenção das partículas na superfície. A instabilidade do equilíbrio
depende das características do sistema e pode ser afetada em menor ou maior grau
dependendo do tipo de interferência sobre o estado das forças envolvidas.

É inevitável que a implantação do empreendimento cause impactos sobre o equilíbrio do


sistema. Mesmo que esta situação possa representar risco para as áreas adjacentes, sua
extensão configura-se como um risco de maior potencial para estruturas do próprio
empreendimento, podendo refletir em perda da capacidade do suporte de carga do solo
sobre o qual foram instaladas. Desta forma, a adoção de um plano de prevenção,
controle e monitoramento da erosão é fundamental para a preservação da qualidade
ambiental dos sistemas adjacentes, e para a segurança operacional do empreendimento.

Para o desenvolvimento de um programa com tal intuito, é necessário o planejamento


de atividades que permitam a rápida execução das etapas de identificação de áreas
submetidas ao processo de erosão, bem como a quantificação de sua intensidade. Para
o monitoramento da efetividade das ações é necessário que se disponha de mecanismos
de obtenção periódica de informações acuradas acerca da taxa de perdas de material da
superfície. Contudo, poderá ser necessária a adaptação dos mecanismos de
monitoramento, de forma a obter informações de qualidade para uma condição
determinada.

c) Objetivos

Objetivo Geral

Este programa objetiva prevenir, identificar, controlar e monitorar os processos erosivos


gerados pela implantação do empreendimento, cuja intensidade tenha efeitos negativos
sobre as estruturas do empreendimento e ecossistemas vizinhos.

Objetivos Específicos

 Identificação e classificação de áreas onde o processo de erosão seja evidente;


 Identificação do mecanismo gerador da erosão;

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 Estabelecimento da abrangência do mecanismo de erosão, através do


estabelecimento das interações entre a área erodida e áreas circunvizinhas;
 Controlar e estabilizar áreas afetadas por processos erosivos preexistentes, que
possam interferir na implantação e operação da LT, ou que tenham sido
desencadeados por atividades previstas pelo empreendimento;
 Monitorar áreas suscetíveis ao desencadeamento de processos erosivos,
definidas no estudo de impacto ambiental (EIA);
 Monitorar as áreas com existência prévia de processos erosivos que possam
gerar problemas na fase de implantação e operação do empreendimento.

d) Indicadores de efetividade

Os indicadores ambientais que permitirão avaliar o desempenho do programa estão


relacionados à ocorrência de formações no macro e microrrelevo, cobertura da
superfície, atributos físicos do solo e à mobilização e deposição de sedimentos,
conforme explicitado a seguir:

 Avaliação visual da cobertura vegetal e do solo na faixa de servidão, para


identificação de áreas com solo descoberto e/ou indícios do estabelecimento de
erosão linear, ou surgimento de voçorocas por erosão subsuperficial;
 Nível de restabelecimento e regeneração da cobertura vegetal das áreas
recuperadas;
 Manutenção do talude estabelecido após as operações de readequação de
áreas com voçorocas;
 Avaliação da concentração de sedimentos e do assoreamento dos cursos
d’água influenciados indiretamente pelo traçado da linha de transmissão.

e) Público-alvo

O público-alvo do programa engloba a população estabelecida na AID, em especial os


proprietários de imóveis rurais afetados pelo empreendimento, empresas contratadas
para a construção do empreendimento e o empreendedor, prefeituras municipais, e
órgãos ambientais.

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f) Metodologia

Este programa envolve as seguintes etapas:

i. Exame preliminar da área da linha de transmissão e subestações

Nesta etapa deverá ser realizada inicialmente a consulta do material elaborado por
ocasião do estudo de impacto ambiental (EIA), a fim de se delimitar as áreas com maior
suscetibilidade à ocorrência de processos erosivos. Após, deverá ser realizado o exame
visual da área de influência direta (AID) da linha de transmissão, definida no EIA, acessos
e subestações, a fim de se identificar a presença de voçorocas, sulcos de erosão e
superfícies descobertas. Os processos erosivos identificados em campo devem ser
georreferenciados e classificados segundo o mecanismo atuante.

ii. Regularização topográfica

O processo de regularização topográfica será realizado em áreas com ocorrência de


voçorocas. Nesta, as laterais deverão ser suavizadas, sendo a cobertura vegetal
imediatamente introduzida, utilizando-se as espécies herbáceas pioneiras de acordo com
os procedimentos descritos no Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD).
Deverá ser feito o isolamento da área a ser regularizada de forma a impedir o trânsito de
animais e pessoas, acelerando o processo de estabilização da superfície. O isolamento
deve ser realizado pelo cercamento com tela, ou qualquer outro material que garanta a
limitação do trânsito na área. Caso seja observado o afloramento de água subterrânea
na base da voçoroca, esta deve ser drenada e conduzida ao curso d’água mais próximo.
A disposição dos drenos deve ser do tipo espinha de peixe. Em situações de voçorocas
em avançado estágio de aprofundamento, deve-se adotar técnicas adicionais de
controle do desbarrancamento e fluxo de sedimentos, como a introdução de paliçadas e
barramentos transversais. Também devem ser adotadas técnicas de controle do
escoamento superficial na área acima da voçoroca, segundo técnicas que serão descritas
nos itens posteriores.

iii. Revegetação

Todos os procedimentos de revegetação, adotados para as áreas descobertas, deverão


ser realizados da mesma forma descrita no Programa de Recuperação de Áreas
Degradadas.

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iv. Descompactação do solo

A descompactação do solo por meio de operações mecanizadas deverá ser realizada


apenas nas áreas de canteiro de obras, onde houve selamento da superfície do solo por
ocasião das obras de instalação do empreendimento. O rompimento da camada
superficial compactada deverá ser realizado preferencialmente por grade pesada,
visando o estabelecimento de condições adequadas para o desenvolvimento radicular.
No caso de impossibilidade de utilização da grade pesada, a descompactação deverá ser
realizada segundo método definido e reportado pelo profissional habilitado responsável
pela execução do programa. Concomitantemente, deverá ser procedido o processo de
revegetação da área.

v. Sistema de contenção do escorrimento superficial

Em áreas com declive acentuado do relevo deverão ser introduzidos terraços para a
redução da velocidade do escorrimento superficial da água no intuito de reduzir a
intensidade de perdas de material da superfície. De forma geral, deverão ser utilizados
terraços em nível do tipo Nichols, de base estreita, comum, embutido, com sulcos
triangulares. O espaçamento entre os terraços deverá ser determinado por:

100 × EV
EH = (
)
D
Onde EH é a distância horizontal (m), entre os terraços (espaçamento), EV é a distância
vertical (m) entre os terraços e D é a declividade (%) do terreno.

A distância vertical entre os terraços deverá ser determinada por:

M+N
EV = 0,4518 × K ×D0,58 × ( )
2
Onde K é o fator de erodibilidade do solo (adimensional), M é o fator de uso do solo
(adimensional) e N é o fator de manejo do solo (adimensional).

Abaixo (Tabela 5) são apresentadas sugestões para os valores de K, M e N, em função


das condições predominantes da área de abrangência do empreendimento.

Tabela 5 - Valores de K, M e N sugeridos em função do tipo de solo, tipo de uso e tipo de


manejo.
Tipo de solo1 K

A 1,25

B 1,10

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C 0,90

D 0,75

Tipo de Uso M

Plantas cultivadas 1,00

Frutíferas 1,50

Pastagem 1,75

Floresta 2,00

Tipo de Manejo N

Convencional 1,00

Plantio direto 2,00


1
As categorias de solo vão de A mais resistente à erosão à D mais suscetível.
Fonte: Adaptado de Waldt (2003)

A largura da base do sulco do terraço deverá ser determinada por:

Ve × 2
B=
h
Onde B é a largura da base do sulco do terraço, Ve é o volume total do escoamento
superficial e h é a profundidade do sulco do terraço (determinada pelo profissional
responsável pela condução do projeto, com base principalmente nas características do
solo, sendo recomendado o valor médio de 0,6 m).

O volume total do escoamento superficial (Ve) deverá ser determinado por:

Pmáx × EH × C
Ve =
1000
Onde Pmáx é o volume máximo (mm) observado em 24 durante um período de 10 anos e
C é o coeficiente de escoamento superficial.

A tabela abaixo (Tabela 6) apresenta sugestões de valores de C, baseados na declividade


da área e no tipo de solo.

Tabela 6 - Valores sugeridos de C, variando em função do tipo de solo e relevo.


Tipo de solo
Relevo
A B C D

Plano 0,3 0,4 0,5 0,6

Ondulado 0,4 0,5 0,6 0,7

Acidentado 0,5 0,6 0,7 0,8


Fonte: Adaptado de Waldt (2003)

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No caso de solos com horizonte Bt, a profundidade do terraço (h) deve ser suficiente
para que o terço inferior da parede do terraço seja formada por este horizonte. Quando
a área apresentar declive muito acentuado, os terraços deverão ser dispostos em
desnível de 4%, com alocação de canais de escoamento da enxurrada. Visando a
simplificação do processo, e considerando a declividade dos terraços e o comprimento
não superior a 500 m, deverá ser adotado um tempo de concentração de 15 minutos.
Da mesma forma, o valor de Pmáx adotado para determinação das dimensões do terraço
deverá ser o valor de Pmáx observado em 10 anos multiplicado pelo fator de correção 0,9.
Além das dimensões dos terraços, também deverão ser determinadas as dimensões dos
canais escoadouros. O volume total do escoamento para a área entre dois terraços
deverá ser determinado por:

C × i × A
Q =
360.000
Onde Q é o volume total do escoamento para a área entre dois terraços, i é precipitação
máxima corrigida pelo fator 0,9 e A é a área de captação entre dois terraços.

A área de captação deverá ser determinada multiplicando-se EH pelo comprimento do


terraço. A largura da base do sulco do terraço deve ser determinada por:

Q
S=
Ve
Onde S é a largura da base do sulco do terraço e Ve é a velocidade máxima admissível
para a enxurrada. Determina-se Ve por:

√D
Ve =
3,4
Onde D é a declividade do canal do terraço (4%).

As dimensões do canal escoadouro deverão ser determinadas por:

Qtotal
S=
Vtotal
Onde Qtotal é o somatório dos volumes de escoamento de todos os terraços presentes e
Vtotal é a velocidade total da enxurrada.

Pode-se determinar Vtotal por:

Vtotal = 0,15 √D
Onde D é a declividade do terreno.

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Todos os procedimentos de determinação da quantidade, espaçamento e dimensões do


terraço estão de acordo com os descritos em Bertoni& Lombardi (1990). Adoção dos
métodos descritos acima se baseou em sua simplicidade e boa precisão quando
aplicados a pequenas áreas. Após a construção, os terraços, bem como a área entre
estes, devem ser imediatamente revegetados, utilizando, respectivamente, os
procedimentos de semeadura em linha e a lanço descritos anteriormente no Programa
de Recuperação de Áreas Degradadas.

Em áreas cuja declividade impossibilitar a construção de terraços, o controle do fluxo na


superfície deverá ser realizado por meio da instalação de telas-filtro, dispostas em linha
perpendicular ao sentido do declive. O procedimento de determinação da distância
entre as linhas de tela-filtro deverá ser semelhante aquele descrito para os terraços. Em
situações onde também houver risco de desencadeamento de movimentos de massa,
técnicas de contenção, como barreiras com sacos de aniagem e muros de contenção,
poderão ser adotadas. A adoção destas técnicas dependerá de verificação do
profissional responsável pela condução do projeto.

Para o controle de erosão e contenção de sedimentos nos canteiros de obra e de


estocagem de tubos, devem ser elaborados projetos específicos de drenagem superficial,
a serem aprovados previamente pelos Inspetores Ambientais. Este sistema de drenagem
deve ser semipermanente, sendo construído para funcionar durante todo o período de
utilização dessas instalações.

vi. Manutenção das estradas que terão o fluxo de veículos


aumentado pela obra

Essas atividades devem levar em conta as áreas com alto grau de risco geotécnico
conforme estabelecido no diagnóstico ambiental do Meio Físico do EIA. É preferível
manter a estrada ou caminho num nível elevado, com inclinação do leito para as laterais
e uma drenagem das sarjetas que deverá ser dissipada nas proximidades. Longos
trajetos da água da chuva nas sarjetas provocam aprofundamento da erosão. O principal
problema de conservação das estradas de terra está ligado à posição da estrada em
relação ao terreno natural.

Geralmente o leito da estrada situa-se em nível inferior ao do terreno natural, seja


devido aos cortes nas partes altas, seja pelo trabalho da erosão. Nesta situação, há uma
tendência da estrada funcionar como um canal de drenagem, concentrando muitas

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vezes, as águas da periferia, enquanto o desejável é a dispersão da água que cai sobre o
leito para o terreno natural protegido pela vegetação. A manutenção feita apenas com
motoniveladora favorece a erosão, recomendando-se a compactação com rolo.

Recomenda-se uma experiência de construção de trecho de estrada na forma de


enrocamento com pedras maiores na base e menores no topo. O recobrimento poderia
ser com saibro. Num enrocamento, a drenagem interna é facilitada e o leito poderia
ficar mais elevado. Em adição, a durabilidade de um enrocamentoé maior que o de uma
cobertura simples de saibro.

Deve-se dar preferência a unidades de extração de rochas e saibro, devidamente


projetadas e licenciadas. Nas estradas que serão alargadas e nas que serão construídas
haverá necessidade de maior quantidade de rochas do que de saibro.

A proteção do leito da estrada poderá ser feita com pedras na forma de seixos ou brita e
um material ligante.

vii. Monitoramento da eficiência das atividades previstas no


programa

A efetividade das operações de prevenção e controle de processos erosivos deverá ser


verificada através da observação periódica dos indicadores ambientais elencados
anteriormente. A seguir é apresentado um modelo de planilha de acompanhamento das
condições da superfície do solo na faixa de domínio após a instalação dos dispositivos de
controle e prevenção de erosão para auxílio no planejamento das manutenções.

Planilha para Caracterização de Condições da Faixa

1. Dados Gerais
●Trecho: ● Data: ____/____/____ ●Ficha:
● Km: ●Coordenadas:

●Preenchidapor: ●Fotos:
●Estrutura: ( ) terraços
( ) dispositivo de drenagem
( ) Ações de terceiros, especificar:

● Cadastramento anterior: ( ) Sim - Data:_____/_____/________ ( ) Não


● Em caso positivo: Houve evolução do problema? ( ) Sim ( ) Não

Foram realizadas manutenções? ( ) Sim ( ) Não

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●Especificar
● Existe projeto de estabilização (PRAD especifico): ( ) Sim ( ) Não

2. Dimensões da Ocorrência
●Comprimento: m ●Largura: m ●Profundidade: m

●Outradimensãorelevante:

3. Tipo de Ocorrência
●Erosão laminar ( )

● Erosão linear: ( ) Sulco ( ) Ravina ( ) Voçoroca ( ) Interna (piping)


( ) Paralela ao eixo ( ) Perpendicular ao eixo ( ) Diagonal ao eixo

●Instabilização: ( ) Rastejo ( ) Escorregamento ( ) Queda/rolamento de blocos

( ) Corridas de massa ( ) Outros, especificar:

4. CausasAssociadas
●Cobertura Vegetal ( ) Deficiente ( ) Ausente ●Inclinaçãoacentuada( )

● Altura e volume de material( ) ●InfiltraçãoouSaturação ( )

●Drenagem superficial ( ) Insuficiente ( ) Inexistente ●Evoluçãoda erosão ( )

●Drenagemprofunda ( ) Insuficiente ( ) Inexistente ●Compactaçãoinadequada ( )

● Drenagem imprópria ( ) manejo agrícola ( ) implantação de obras ( ) acesso a propriedades

● ( ) Outra, especificar:

5. ImpactoObservado
●Deformação da superfície ( ) ●Ravinamentos ( )

●Fluxosconcentrados de drenagem ( ) ● Degradação da faixa de domínio( )

●Supressão de formaçõesciliares ( ) ●Situaçãopotencialparaacidentes ( )

● Obstrução do sistema de drenagem( )

●Interferência com lindeiros ( )

● Degradação da faixa de domínio( )

● Perda de solo e Assoreamento de curso de água( )

● Interferência em Área de Preservação Permanente - APP( )

●Degradação da paisagem ( )

● ( ) Outra, especificar:

6. Gravidade da Situação
●À segurança da Linha de Transmissão ( ) Oferece perigo ( ) Não oferece perigo

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( ) Evoluçãopodeoferecerperigo

●Às áreas adjacentes ( ) Oferece perigo ( ) Não oferece perigo


( ) Evoluçãopodeoferecerperigo

7. Croqui com Localização das Fotos

8. Observações

g) Descrição do Programa

O programa de identificação, monitoramento e controle de processos erosivos


configura-se como um conjunto de atividades a serem desenvolvidas, com o intuito de
restabelecer o equilíbrio da relação pedogênese/morfogênese, a partir da estabilização
da superfície, perturbada por atividades previstas pelo empreendimento. Dadas as
características relacionadas ao tipo de empreendimento e à região onde se localiza a
área de estudo, o foco principal do programa está relacionado à redução das taxas de
perda de sedimentos da superfície, a partir da redução do efeito desagregador e
mobilizador das chuvas por métodos físicos e biológicos. Ainda, conforme descrito no
cronograma de execução, as etapas previstas estão definidas em uma sequência lógica,
possibilitando a definição a priori e a posteriori das atividades, induzindo à sua
constante avaliação e possibilitando a readequação das técnicas pré-estabelecidas. Neste
sentido, o programa deve ser desenvolvido de forma integrada, exigindo a participação
continuada e interativa entre os profissionais envolvidos tanto nas etapas de
planejamento e como nas etapas de execução do programa.

h) Atividades a serem desenvolvidas

De forma geral o programa compreende as seguintes atividades:

 Localização e identificação de processos erosivos instalados antes do início das


obras de instalação, conforme descrito nos itens metodologia e cronograma;

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 Definição da estratégia logística de execução das atividades de recuperação, a


qual deve ser baseada no tipo e grau de evolução do processo erosivo
observado privilegiando áreas cujo processo apresente maior estágio de
evolução e maior risco de impacto sobre áreas circunvizinhas;
 Implementação das atividades de controle, imediatamente após a identificação
do processo erosivo, conforme descrito no item cronograma;
 Monitoramento trimestral das atividades do programa, e de sua eficácia, com
base no formulário acima descrito e por elaboração de relatório técnico.

i) Cronograma Executivo e de Relatórios

As etapas de identificação, monitoramento e controle de processos erosivos deverão ser


conduzidas até a estabilização do sistema. O programa deverá ter início antes da fase de
implantação, onde serão identificados processos já instalados e procedidas as
adequações das ações de monitoramento, sendo também desenvolvido durante a fase
de instalação do empreendimento.

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Pré Fase de Implantação (meses) Pós


Atividade Periodicidade
-1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Mobilização Diário

Identificação deprocessos erosivos Semanal

Ações de prevenção/recuperação durante a


Diário
obra

Acompanhamento do controle da erosão Quinzenal

Emissão de relatórios periódicos de


Semestral
desempenho

Emissão de relatório final ao órgão


Final/Semestral
ambiental

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j) Equipe

Engenheiros Agrônomos, Engenheiros Florestais, técnicos agrícolas e florestais, e pessoal


de apoio diretamente envolvido.

k) Responsáveis Técnicos

Eng. Agrônomo Ruy José Costa da Silveira, Me. em Ciência do Solo, Dr. em Agronomia,
CREA/RS 9.432, CTF n° 604.592

Eng. Agrônomo Marcos Lima Campos do Vale, Me. em Agronomia, CREA/RS 195.260,
CTF n° 5.240.321.

l) Instituições Envolvidas

Órgãos ambientais municipais, órgão ambiental licenciador, empreendedor, Construtora


e/ou empresa contratada para execução dos serviços (empreiteiras).

m) Relação com outros programas

Este programa está inter-relacionado com os seguintes programas:

 Plano Ambiental da Construção (PAC) - ação interativa em relação às diretrizes,


medidas preventivas durante a obra, como a manutenção da camada
superficial do solo removida para utilização nas ações de recuperação da faixa,
implantação de acessos, áreas de empréstimo e bota-fora, canteiros de obra e
SEs;
 Programa de Recuperação de Áreas Degradadas - ação interativa em relação às
medidas preventivas e de controle de processos erosivos;
 Programa de Supressão da Vegetação - ação interativa, não apenas no sentido
de limitar a supressão de vegetação ao mínimo necessário, mantendo o
máximo de cobertura natural do solo, mas possibilitando técnicas de
manutenção da serapilheira e galhos, folhas e cepas na faixa suprimida;
 Programa de Reposição Florestal - ação interativa em relação às diretrizes,
medidas e modelos de plantio a serem observados na condução dos
procedimentos voltados ao recobrimento vegetal das áreas degradadas pela
implantação do empreendimento, bem como recomendações dirigidas à
recuperação ambiental das áreas adjacentes a faixa, especialmente o
repovoamento com espécies vegetais nativas ou ao potencial de regeneração
natural do ambiente degradado.

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n) Referências Bibliográficas

BERTONI, J.; LOMBARDI NETO, F. Conservação do solo. São Paulo: Ícone, 1990. 355 p.

WALDT, P. G. S. Construção de terraços para o controle da erosão pluvial no Estado do


Acre. Rio Branco, p. 44. 2003.

3.14 - Programa de Manutenção da Faixa de Servidão

a) Apresentação

No Brasil a energia elétrica (geração) normalmente é produzida em locais distantes dos


grandes centros consumidores, exigindo extensas linhas de transmissão para distribuí-la
por todas as regiões. Neste contexto, as Linhas de Transmissão (LT), veiculadoras da
energia gerada por todo o país, exigem maior atenção no que diz respeito à sua gestão,
dada a expressiva representatividade das torres e as grandes extensões da própria linha,
que influenciam também o entorno dos locais por elas ocupadas.

Além do espaço destinado à estrutura de transmissão (torres e cabos), a norma técnica


ABNT NBR nº 5422/1985 – “Projeto de linhas aéreas de transmissão de energia elétrica”
determina áreas laterais adjacentes ao trecho da LT, com intuito de proteger o sistema
elétrico, evitando a utilização destas áreas para algumas atividades que possam colocá-la
em riscos. A norma também estabelece algumas condições para manutenção destas
faixas, de forma que toda vegetação e/ou objeto próximo à LT seja eliminado, e/ou
regulado, conforme estabelecido nas regras de seguranças vigentes.

Estas áreas adjacentes apresentam-se como um corredor, designado Faixa de Servidão,


com 30 metros de largura a partir do eixo da LT em direção às suas laterais, ficando esta
área impossibilitada de receber usos que tragam risco à população e ao sistema, em
decorrência de possíveis acidentes, devido à descargas elétricas, queda de estrutura e
existência de campos elétricos e magnéticos próximos aos cabos.

Os riscos explicitados pelas normas de segurança, e a aquisição destes espaços pela


concessionária para garantir a proteção deste corredor de segurança, fazem com que se
estabeleçam manutenções periódicas nestas faixas, além de regular as atividades
executadas próximas a elas.

O Programa de Manutenção da Faixa de Servidão busca realizar a verificação preventiva


e identificação de não conformidades de natureza ambiental na área da faixa de

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servidão, além de promover a adoção, execução, fiscalização, monitoramento e


aprovação das ações corretivas relacionadas.

Os principais fatores que podem causar interferências no funcionamento das linhas de


transmissão, causando eventuais desligamentos, são (ECOLOGYBRASIL 2013):

 Crescimento de vegetação além das distâncias mínimas de segurança, podendo


se agravar por balanço dos cabos;
 Ocorrência de queimadas, representando alto risco de desligamento das linhas
de transmissão; que são provocadas, sobretudo, por vegetação de fácil
combustão na faixa de servidão e entorno imediato;
 Ocorrência de erosão, podendo comprometer as estruturas e estabilidade das
torres e impedimento de tráfego nas vias de acesso a faixa.

Assim, deve ser promovida a recuperação de todas as áreas que sofreram algum tipo de
alteração nas suas características, a fim de que o local da interferência volte a ter uma
condição adequada conforme restrições estabelecidas para a faixa de servidão.

A eficácia esperada para as medidas indicadas neste programa é apresentada a seguir:

Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Compactação de solos e substratos

Descompactação do solo
Mitigadora Implantação Média Empreendedor
(subsolagem);

Fazer o plantio de
espécies mais adequadas
Mitigadora Implantação Média Empreendedor
à situação de resistência
à penetração de raízes

Perda de vegetação nativa

Restringir o
desmatamento da
Preventivo Implantação e Operação Alta Empreendedor
vegetação nativa ao
estritamente necessário

Recuperar áreas
Compensatório Implantação e Operação Média Empreendedor
degradadas;

Fragmentação de áreas de vegetação nativa e alterações na dinâmica da vegetação

Restringir o
desmatamento da
Preventivo Implantação Alta Empreendedor
vegetação nativa ao
estritamente necessário

Recuperar áreas
Compensatório Implantação e Operação Média Empreendedor
degradadas;

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b) Justificativa

Diante das limitações impostas pela Linha de Transmissão no trecho de faixa de


servidão, a manutenção destas áreas justifica-se pela necessidade de mantê-la livre de
benfeitorias e atividades não permitidas, e assim cumprir com o estabelecido nas normas
de segurança vigentes.

c) Objetivo

Objetivo geral

O principal objetivo deste Programa é definir as ações e os procedimentos a serem


adotados na área da Faixa de Servidão durante toda a etapa de operação/manutenção
da LT, bem como atuar, de forma preventiva, na verificação e identificação de não
conformidades de natureza ambiental nestas áreas.

Objetivos específicos

 Evitar qualquer tipo de interferência que possa prejudicar a operação do


empreendimento, principalmente em relação ao crescimento da vegetação sob
a LT e à ocorrência de queimadas;
 Evitar a ocupação nas áreas da faixa de servidão e entorno, visando a
segurança operacional e da população local e do entorno.
 Atender todas as condicionantes das licenças ambientais e à legislação vigente
durante o período de operação do empreendimento.

d) Indicadores Ambientais

Como indicadores para verificação do desempenho deste programa, são sugeridos:

 Número de indivíduos arbóreos suprimidos na faixa;


 Índice de acidentes (incluindo queimadas) dentro dos limites da Faixa de
Servidão, relacionados à LT;
 Índice de desativação de imóveis construídos de forma irregular na área;
 Índice de invasões nas áreas restritas.

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e) Público-alvo

O público alvo deste programa será os trabalhadores envolvidos na operação da LT e os


proprietários das terras interceptadas pela implantação da Linha de Transmissão.

f) Metodologia

O processo de manutenção da Faixa de Servidão será executado com a elaboração de


restrições de uso desta área (observando-se as restrições definidas na Norma Técnica
ABNT NBR nº 5422/1985), onde se destacam:

 Edificações de qualquer natureza, tais como edículas, garagens, residências,


galpões, currais, etc.
 Instalação de indústrias, comércios, estacionamento de veículos, campo de
futebol ou esporte em geral, áreas recreativas ou de outras atividades que
provoquem concentração de pessoas;
 Depósitos de quaisquer tipos de materiais, principalmente inflamáveis e/ou
explosivos, tais como: pólvora, papéis, plásticos, resíduo reciclável, carvão,
postos de gasolina;
 Pedreiras, mineração ou outras atividades que modifiquem o perfil do terreno
da faixa, em prejuízo da estabilidade das estruturas da LT;
 Instalações e/ou construções de igrejas, salões comunitários, templos, escolas e
cemitérios, entre outros;
 Cabines telefônicas, pontos de ônibus ou táxi, guaritas, portarias;
 Placas de publicidade, "outdoors", antenas de rádio ou televisão;
 Irrigação artificial por aspersão ou com jato d’água dirigido para cima;
 Desvios de água que venham a comprometer a estabilidade das estruturas;
 Realização de queimadas de qualquer natureza.

Para a garantia da plena execução da manutenção da faixa de servidão da LT deverá ser


realizada a limpeza das áreas de torre, durante a operação do empreendimento.

Para essa atividade, a equipe técnica do Programa deverá estar devidamente instruída
com as normas regulamentadores indicadas na NBR 5.422/1985. A seguir serão
apresentadas, separadamente, como deverá ser realizada a limpeza da área das torres e
da faixa de servidão.

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i. Praça das torres

Conforme mencionado anteriormente, para a limpeza das áreas das torres deverá ser
utilizada como referência a NBR 5.422/1985 – Projeto de Linhas de Transmissão de
Energia Elétrica, atendendo minimamente as seguintes diretrizes:

 Ser executada a limpeza de uma área de 4 a 5 m além da base das torres;


 Constituição de aceiros no entorno das fundações das torres em um raio de,
aproximadamente, 3 m, com o intuito de evitar a propagação do fogo em
situações de ocorrência de queimadas ou incêndios; e
 A vegetação com altura superior a 20 cm em torno das estruturas das torres
deverá ser removida.

O material lenhoso que for suprimido será removido do local e distribuído de forma
ordenada no limite da faixa de servidão em áreas antropizadas e/ou em áreas de baldeio
em comum acordo com os proprietários.

Em situações que exijam um suporte mecanizado de maior porte, deverão ser utilizados
tratores com roçadeiras e/ou roçadeiras manuais.

ii. Faixa de servidão

Em relação à utilização das áreas de servidão para plantações ou cultivos de espécies


vegetais, haverá restrições por motivos das técnicas de plantio empregadas, que não
poderão por em risco o funcionamento das linhas de transmissão. Também é
importante observar as técnicas de colheita, que não poderão violar as restrições de
segurança na área de servidão e, por isso, deverão ser autorizadas pela concessionária.

As imposições quanto à utilização destas áreas para atividades agrícolas também


resultam do porte dos vegetais, sendo permitida a utilização do terreno da faixa para
culturas, desde que a distância entre a altura máxima que alcança a espécie cultivada e
o condutor na condição de flecha máxima, sem vento, seja superior a distância mínima
de segurança da LT. Entre as culturas permitidas na faixa de servidão, citam-se
plantações de feijão, milho, soja, trigo e fruticulturas de pequeno porte (melão,
melancia, entre outros). Entre aquelas não permitidas, tem-se o cultivo cana-de-açúcar,
pinus, eucalipto, teca, entre outras árvores de grande porte.

Cercas e alambrados sob a LT serão permitidos desde que observadas as distâncias


mínimas de segurança entre seu topo e o condutor mais baixo da linha, e não

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prejudiquem a operação, inspeção e manutenção da LT. Cercas e alambrados


transversais ao eixo da LT deverão ser seccionados e aterrados conforme projeto padrão
disponibilizado pela Concessionária, já aquelas posicionadas paralelamente ao eixo da
linha deverão ser implantadas fora da faixa de servidão e também seccionadas e
aterradas. A Figura 15 traz a ilustração de alguns usos permitidos na Faixa de Servidão.

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Figura 15 - Usos permitidos na Faixa de Servidão


(Fonte: Bourscheid, 2015)

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A vegetação presente na faixa de servidão deverá ser objeto de limpeza periódica, por
meio de corte seletivo, conforme critérios identificados na Figura 16 e Figura 17.

Figura 16 - Esquema para limpeza da Faixa de Servidão - Corte transversal


(Fonte: Adaptado de ABNT, 1985).

Figura 17 - Esquema para limpeza da Faixa de Servidão - Corte longitudinal


(Fonte: ABNT, 1985).

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As dimensões da faixa de servidão (L) para este empreendimento são apresentadas na


Figura 16 e será de 60 metros. Contudo, as grandezas de A, B e H da Figura 16 serão
definidas conforme o modelo da torre utilizada para transmissão de energia. Nos
trechos em que haverá paralelismo entre as linhas, Xingu – Parauapebas e Parauapebas -
Miracema, a faixa de servidão será de 120 metros (Figura 18).

Figura 18 - Faixa de servidão no trecho entre Xingu – Parauapebas e Parauapebas – Miracema.


(Fonte: Bourscheid 2014)

No que diz respeito à permanência de árvores de grande porte tanto na faixa de


servidão como nos seus arredores, é necessário considerar as condições físicas das
espécies vegetais, uma vez que a altura é uma condicionante que põe em risco o
desempenho da LT. Frente a estas considerações, devem-se suprimir árvores de grande
porte da faixa de servidão. Mesmo estando fora da faixa, exemplares de grande porte
suscitam perigo de tombamento, este risco corrobora a proibição de permanência
destas espécies, mesmo que fora da faixa de servidão, sendo necessário que a supressão
das plantas seja realizada quando estiverem em período de crescimento.

Deverão ser cortadas as árvores que, ao caírem, possam situar-se a menos de 2 m dos
condutores (em repouso, na condição de flecha máxima) ou a 0,50 m da base das
torres. A supressão dessa vegetação só poderá ser feita com a autorização do órgão
ambiental responsável e dos proprietários de terra. Sugere-se que, quando houver
projeção de copas de árvores de menor porte localizadas entre as fases laterais e o limite
da faixa de servidão, seja realizada a poda, desde que tal operação seja viável
tecnicamente e não exponha os trabalhadores a riscos operacionais.

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A periodicidade desta limpeza dependerá do avanço do crescimento da vegetação


encontrada, de forma que sua estrutura deverá ser condicionada a distância de
segurança exigida para a operação da LT.

A manutenção da faixa de servidão também estabelecerá ações visando evitar a


ocorrência de invasões e realocação dos invasores, quando da invasão já consolidada,
com a finalidade de eliminar os riscos à operação das linhas de transmissão, bem como
à integridade física de pessoas. Assim, a equipe responsável pela manutenção da faixa
de servidão da LT deverá realizar inspeções periódicas de toda a área alcançada por esta
faixa. Os principais tipos de inspeção executadas e sua codificação (Sistema de Gestão
Integrado/ABENGOA BRASIL) são apresentados a seguir (Figura 19):

Tipo de inspeção

A Inspeção Aérea

C Inspeção complementar

D Inspeção detalhada

E Inspeção eventual

G Inspeção devido a desligamento

R Inspeção sem escalada (rápida)

S Inspeção especial

Figura 19 - Tipos de Inspeção para as atividades de Manutenção da Faixa de servidão


(Fonte: ABENGOA 2015)

Durante as inspeções, deverão ser identificados os elementos que possam alterar ou


interferir na atividade, permitindo a tomada de decisão preventiva ou corretiva com a
finalidade principal de atuar na minimização de seus efeitos ou sua exclusão.
Eventualmente, em função de ocorrências específicas, a inspeção deverá se estender
além da faixa de servidão. Deverão ser considerados todos os tópicos pré-estabelecidos
com vistas à detecção de eventuais não conformidades e situações de reincidência, para
o devido registro e providências consequentes.

Para controle de edificações na faixa de servidão deverá ser feito um croqui com
distâncias indicando onde se encontra a edificação (curral, galpão, casa, canil, entre
outros) (Figura 20):

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Figura 20 - Exemplo de croqui para controle de edificações na faixa de servidão.


(Fonte: ABENGOA 2009)

Em função das informações obtidas deverão ser definidas periodicamente as situações


que irão requerer inspeção em oportunidades específicas, devendo promover as
adequações necessárias em função das particularidades de cada região, além de se
estabelecer uma sistemática a ser adotada no que se refere aos elementos avaliados, sua
periodicidade e um zoneamento de vistoria, considerando parâmetros como:

 Condições de visibilidade da faixa de servidão;


 Vegetação adjacente;
 Ocupação humana nas vizinhanças da faixa;
 Existência de vias de acesso próximas;
 Topografia predominante, entre outros.

Destaca-se que deve ocorrer, preliminarmente, divulgação sobre as características da


faixa de servidão, orientando os proprietários/lindeiros quanto às restrições de uso e
ocupação, além dos procedimentos de segurança a serem observados durante a
operação da LT; essas ações de divulgação devem estar vinculadas aos Programas de
Comunicação Social e Educação Ambiental do empreendimento.

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g) Descrição do Programa

Este Programa consiste em sistematizar e implementar os procedimentos e as ações de


monitoramento e acompanhamento da integridade da faixa de servidão da linha, como
principal instrumento de manutenção de condições adequadas de segurança
operacional durante a fase de operação do empreendimento.

O planejamento executivo e operacional das atividades, incluindo a elaboração de


procedimentos e instruções técnicas, deverá ser detalhado pela Equipe responsável pela
implantação do Programa, sendo conduzidas de forma que ocorra a facilidade na
execução, a segurança para os trabalhadores da obra e a minimização de impactos.
Todos os procedimentos devem estar de acordo com as recomendações da NBR-
5.422/1985.

h) Atividades a serem desenvolvidas

A estruturação das ações previstas compreende 03 atividades distintas, estando


compostas pelos seguintes eventos:

 Realização de inspeções periódicas;


 Identificação das interferências existentes;
 Adoção de medidas preventivas e/ou corretivas indicadas.

i) Cronograma Executivo e de Relatórios

A execução das atividades se estenderá por toda fase de operação e manutenção da


Linha de Transmissão. Durante a execução do Programa, deverão ser elaborados
relatórios de atividades periódicos, detalhando todas as ações executadas no período,
acompanhados de registros fotográficos, além de banco de dados e mapa com
informações sobre as ações executadas. Também devem ser elaborados Relatórios
Técnicos Semestrais, a serem enviados ao IBAMA para acompanhamento e avaliação,
durante a operação.

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j) Equipe Técnica

O Programa de Manutenção da Faixa de Servidão será conduzido por uma equipe


formada por funcionários da empresa responsável pela Operação da Linha de
Transmissão.

k) Responsáveis Técnicos pela elaboração do Programa

Eng. Florestal Mateus Sabadi Schuh, CREA-RS 200.231 - Registro CTF 5.845.356.

Biól. Silvia Alessandra Reis, Me. Botânica, Esp. Planejamento e Gerenciamento


Ambiental, CRBio 17.754-03 - Registro CTF 329.722.

l) Instituições Envolvidas

Este programa é de responsabilidade do empreendedor, podendo ele contratar


instituição ou empresa e estabelecer convênios ou parcerias com instituições públicas ou
privadas para sua implementação.

m) Relação com outros Programas

O presente programa tem inter-relação com o Plano de Gestão Ambiental; Programa de


Comunicação Social; Programa de Educação Ambiental e Programa de Identificação,
Monitoramento e Controle de Processos Erosivos.

n) Referências Bibliográficas

Foram consultadas a legislação aplicável e o diagnóstico/prognóstico ambiental do


empreendimento, além de:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 5422: Projetos de


Linhas Aéreas de Transmissão de Energia Elétrica. Rio de Janeiro, 1985.

ECOLOGYBRASIL 2013. Estudo de Impacto Ambiental - EIA/RIMA da LT 500 KV


Miracema - Sapeaçu e Subestações Associadas. Outubro de 2013.

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3.15 - Programa de Monitoramento das Interferências


Eletromagnéticas

a) Apresentação

A energia elétrica é fator essencial para alavancar o crescimento econômico necessário à


melhoria da qualidade de vida de grande parte da população mundial. Essa energia é
transmitida aos consumidores por meio das linhas de transmissão, que são componentes
fundamentais do Sistema Elétrico. Como o Brasil é um país de grandes dimensões
continentais, muitas vezes a energia elétrica deve ser transmitida a longas distâncias, o
que exige o aumento da tensão de transmissão e, consequentemente, a elevação dos
níveis de campos eletromagnéticos gerados pelas distribuições de cargas e correntes
elétricas nos condutores que compõem as Linhas de Transmissão.

Linhas de transmissão em operação normal (60 Hz) geram campos elétromagnéticos em


suas proximidades, porém, por tratar-se de um campo de baixa frequência, não provoca
alterações biológicas. Ainda assim, torna-se necessário o estabelecimento de distâncias
limites de segurança para exposição de campos eletromagnéticos sobre ambos os lados
das linhas ao longo de suas diretrizes, conhecido como Faixa de Servidão, bem como o
monitoramento das possíveis interferências eletromagnéticas nas populações
circuvizinhas.

Dentre as ferramentas e mecanismos utilizados para evitar a ocorrência dessas


interferências na população, são observados na Resolução Normativa ANEEL nº 398 de
23 de março de 2010, que regulamenta a Lei 11.934, de 5 de maio de 2009, e que foi
alterada pela Resolução Normativa ANEEL nº 616 de 01 de julho de 2014. Esta
Resolução define as diretrizes que deverão ser seguidas no que se refere aos limites à
exposição humana a campos elétricos e magnéticos oriundos de instalações de geração,
de transmissão e de distribuição de energia elétrica.

A eficácia esperada para esse programa é alta.

b) Justificativa

O traçado da LT 500 kV Xingu - Parauapebas C1 e C2 e LT 500 kV Parauapebas –


Itacaiúnas ocorre paralelo com outras Linhas de Transmissão já em operação. Assim, o
programa é proposto com a finalidade de avaliar a existência de efeitos secundários
decorrentes das interferências eletromagnéticas de linhas paralelas.

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que, a exposição ambiental, isto é,


para o público em geral, a campos elétricos e magnéticos variáveis no tempo, na
frequência de 50 a 60Hz, os seguintes limites: Campo Elétrico: 4,17kV/m (kilovolts por
metro) e Campo Magnético: 83,33µT (micro Tesla).

A largura da faixa de servidão das Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu -


Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas - Miracema C1 e C2 e LT 500 kV
Parauapebas - Itacaiúnas, foi calculada de modo a limitar ao interior da faixa, todo
distúrbio e interferência causado pela implantação da mesma, atendendo os critérios
estabelecidos pela Resolução ANEEL nº 398/2010 e a NBR nº 5.422/85 - Projeto de
linhas aéreas de transmissão de energia elétrica.

Portanto, a implantação do Programa de Monitoramento das Interferências


Eletromagnéticas justifica-se para que sejam medidos os campos eletromagnéticos para
verificar se os resultados obtidos estão dentro dos parâmetros básicos definidos no
projeto das instalações e de acordo com as exigências do órgão regulador (Agência
nacional de Energia Elétrica – ANEEL).

c) Objetivos

Objetivo geral

O objetivo geral deste Programa é realizar medições dos campos eletromagnéticos ao longo
das Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu - Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas - Miracema C1 e C2 e LT 500 kV Parauapebas - Itacaiúnas e nas Subestações
Associadas, durante sua fase de operação, de acordo com as normas e legislações
aplicáveis, para verificar, com base no monitoramento realizado, se os limites de segurança
estabelecidos através dos cálculos do projeto básico serão efetivos.

Objetivos específicos

 Seguir a Resolução Normativa da ANEEL nº 398, de 23 de março de 2010 para


confirmação das distâncias propostas como faixa de segurança das Linhas de
Transmissão (LT) 500 kV Xingu - Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas
- Miracema C1 e C2 e LT 500 kV Parauapebas - Itacaiúnas e nas Subestações
Associadas;
 Realizar uma campanha de monitoramento dos campos elétrico e magnético
em pontos específicos das Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu -

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Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas - Miracema C1 e C2 e LT 500 kV


Parauapebas - Itacaiúnas e nas Subestações Associadas;
 Identificar, junto à população do entorno do empreendimento, possíveis
interferências a equipamentos eletrônicos, em parceria com o Programa de
Comunicação Social, através de entrevistas à população do entorno.
 Metas
 Atendimento em 100% dos níveis de Campo Elétrico e Magnético
estabelecidos por normas e legislações aplicáveis ao longo da LT;
 Verificar interferências eletromagnéticas junto a pelo menos 70% dos
moradores que residem no entorno imediato à LT.

d) Indicadores Ambientais

 Resultado da medição e valor máximo permitido para a faixa de servidão.


 Registro do número de reclamações de moradores residentes nas proximidades
dado empreendimento, em decorrência dos parâmetros que serão
monitorados.

e) Público-alvo

O público alvo do Programa de Monitoramento de Interferências Eletromagnéticas


consiste na população residente na Área de Influência Direta do empreendimento, o
empreendedor e os trabalhadores e funcionários do empreendimento na etapa de
operação.

f) Metodologia

A Resolução Normativa nº 398/2010 da ANEEL, regulamenta que os agentes de


geração, transmissão e distribuição devem realizar cálculos ou medições dos campos
elétricos e magnéticos referentes às suas instalações com tensão igual ou superior a 138
kV, de forma a garantir o atendimento às Restrições Básicas para exposição humana a
campos elétricos e magnéticos, definidos por limites máximos apresentados no Quadro
33.

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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

Quadro 33 - Níveis de referência para campos elétricos e magnéticos para frequência de 60 Hz.
Campo Elétrico (kV/m) Campo Magnético (μT)

Público em Geral (i) 4,17 200,00

População Ocupacional (ii) 8,33 1000,00


(i) Aquele de todas as idades e diferentes estados de saúde que desconhecem as condições de risco das interferências eletromagnéticas;
(ii) Composta geralmente de adultos expostos a campos elétricos e magnéticos em condições conhecidas, em função de sua atividade ocupacional, e
que são treinados para ser conscientes do risco potencial e poder tomar as precauções apropriadas
Fonte: Resolução Normativa ANEEL nº 398 de 23 de março de 2010

As medições deverão ser efetuadas no período de carga máxima, de acordo com a


metodologia estabelecida na Norma ABNT NBR 15415/2006, com equipamentos com
certificados de calibração emitidos por órgão credenciado pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO). Deverão, também, estar de
acordo com a Resolução Normativa nº 398/2010, da ANEEL.

Os equipamentos utilizados como medidores de campo elétrico serão multímetros


digitais; e os medidores de intensidade de campo nas faixas de rádio e audiofrequência.
Os equipamentos a serem utilizados estarão acompanhados dos certificados de
calibração válidos na data de execução das atividades. Os resultados das medições serão
sistematizados na forma de relatórios, acompanhados dos certificados de calibração dos
aparelhos utilizados.

Além das medições, deverão ser feitas entrevistas com moradores em residências
instaladas próximas da LT, para investigar sobre possíveis alterações ou interferências
eletromagnéticas identificadas após a energização da linha. Deverão ocorrer
concomitantemente com as campanhas do Programa de Comunicação Social e os
resultados servirão de indicador sobre a eficácia da definição da faixa de servidão e suas
restrições quanto ao uso no interior da mesma.

g) Descrição do Programa

A medição de campos eletromagnéticos em 60Hz será realizada no período de carga


máxima, através de equipamento que possibilite o levantamento de campos
eletromagnéticos em baixa frequência e a utilização de diferentes filtros seletivos e
formas de análise.

h) Atividades a serem desenvolvidas

Segundo o Art. 6º, inciso 2º, da Resolução Normativa 398/2010 da ANEEL, as medições
deverão ser realizadas nos seguintes locais:

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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

 No interior da subestação, para avaliar a exposição da população ocupacional,


e no perímetro de cada subestação, de forma a verificar a exposição do público
geral a 1,5 m de altura do nível do solo;
 No interior da faixa de servidão, para avaliar a exposição da população
ocupacional, e no limite da faixa de servidão, de forma a verificar a exposição
do público em geral a 1,5 m de altura do nível do solo, em pontos específicos
distribuídos alternadamente ao longo do traçado.

A partir da análise dos dados coletados, os resultados serão apresentados através de


relatório ao órgão ambiental licenciador, sendo então avaliada a continuidade ou não
do Programa. Além disso, serão apresentados os resultados das entrevistas com
moradores locais.

i) Cronograma Executivo e de Relatórios

As medições serão realizadas em até 90 dias após a entrada em operação do


empreendimento, para atestar sua conformidade com as normas pertinentes. Será
elaborado relatório ao final da campanha de medição. Neste será apresentada a
memória de cálculo para os campos elétrico e magnético, conforme relatório a ser
encaminhado a ANEEL (de acordo com o anexo da Resolução Normativa º 398, de 23 de
março de 2010). Além disso, serão apresentados os resultados das entrevistas com
moradores locais.

Novas medições deverão ser efetuadas a cada mudança importante que venha a ser
realizada nas Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu - Parauapebas C1 e C2; LT 500
kV Parauapebas - Miracema C1 e C2 e LT 500 kV Parauapebas - Itacaiúnas e nas
Subestações Associadas.

j) Equipe Técnica

O Programa de Monitoramento das Interferências Eletromagnéticas será conduzido por


uma equipe formada por funcionários da concessionária da Linha de Transmissão,
composta por 01 Coordenador Geral e 01 Ajudante de Campo.

k) Responsáveis Técnicos

Eng. Civil Cylon Rosa Neto, CREA/RS 044.757 – CTF n° 194.403.

Eng. Ambiental Anderson Spolavori Pereira, CREA-RS 184.330 - Registro CTF 5.678.124.

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Linhas de Transmissão (LT) 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e C2; LT 500 kV Parauapebas – Miracema C1 e C2; LT 500 kV
Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

l) Instituições Envolvidas

O Programa de Monitoramento de Interferências Eletromagnéticas será implementado


pelo empreendedor em conjunto com a empresa responsável pela operação e
manutenção da Linha de Transmissão, a qual será também responsável pelas medições
de campo.

m) Relação com outros Programas

Este Programa deverá ter relação direta com o Programa de Comunicação Social, pelo
qual as entrevistas serão realizadas, e o Programa de Manutenção da Faixa de Servidão.

n) Referências Bibliográficas

BRASIL, PRESIDENCIA DA REPÚBLICA, CASA CIVIL. Lei 11.934, de 05 de maio de 2009:


Dispõe sobre limites à exposição humana a campos elétricos, magnéticos e
eletromagnéticos; altera a Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965; e dá outras
providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
2010/2009/Lei/L11934.htm>. Acesso em jun. 2015.

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL. Resolução Normativa nº 398 de


23 de março de 2010: limites à exposição humana a campos elétricos e magnéticos
originários de instalações de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, na
frequência de 60 Hz. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/cedoc/ren2010398.pdf>.
Acesso em jun. 2015.

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL. Resolução Normativa ANEEL nº


616 de 01 de julho de 2014: Altera a Resolução Normativa nº 398, de 23 de março de
2010, que regulamenta a Lei nº 11.934, de 5 de maio de 2009, no que se refere aos
limites à exposição humana a campos elétricos e magnéticos originários de instalações
de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, na frequência de 60 Hz.
Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/cedoc/ren2014616.pdf>. Acesso em jun.
2015.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 15.415/2006: Métodos


de medição e níveis de referência para exposição a campos elétricos e magnéticos na
frequência 50 Hz e 60 Hz. Rio de Janeiro, 2006.

MONTICELLI, A.; GARCIA, A. Introdução ao Sistema de Energia Elétrica. Campinas:


UNICAMP, 2003.

NETO, A. M.; SILVA, R. M. C.; BARBOSA, C. R. N.; DOMINGUES, L. A. M. C.; JÚNIOR, C.

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

A. C.; CORREA, S. L.; COSTA, M. A. Avaliação dos Níveis de Campos Elétricos e


Magnéticos em Áreas de livre Acesso ao Público - Subestação de Energia Elétrica
Florianópolis Agronômica. XIII ERIAC, 24 a 28 de Maio, 2009.

3.16 - Plano de Compensação Ambiental

a) Apresentação

Entre os dispositivos legais que regulamentam os processos de Licenciamento, a Lei


9.985 de 18 de julho de 2000 (SNUC) determina que, nos casos de empreendimentos
de significativo impacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental
competente, o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de
unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral. Conforme o parágrafo 2º cabe
ao órgão ambiental licenciador definir as unidades de conservação a serem beneficiadas,
considerando as propostas apresentadas no EIA/RIMA e ouvido o empreendedor.

Atualmente, a Compensação Ambiental é regulamentada pelo Decreto 6.848/2009, que


alterou e acrescentou dispositivos ao Decreto nº 4.340/2002 no que se refere à fixação e
cálculo da compensação ambiental. A Câmara Federal de Compensação
Ambiental/CFCA foi criada, no âmbito do Ministério do Meio Ambiente, pela Portaria
MMA 416/2010 com o objetivo de atender ao disposto no art. 32 do Decreto
4.340/2002.

A Instrução Normativa IBAMA 8/2011 regulamenta, no âmbito do IBAMA, os


procedimentos para o cálculo e a indicação da proposta de Unidades de Conservação a
serem beneficiadas pelos recursos da Compensação Ambiental. Conforme esta Instrução
Normativa compete à Diretoria de Licenciamento Ambiental/DILIC a realização dos
cálculos do Grau de Impacto - GI, do valor da Compensação Ambiental - CA, e a
indicação da proposta de Unidades de Conservação a serem beneficiadas pelos recursos
da Compensação Ambiental, conforme informações contidas no EIA/RIMA. A DILIC, por
meio de norma de execução, poderá estabelecer critérios específicos para cada tipologia
de empreendimento ou atividade objeto do licenciamento ambiental, para padronizar a
forma de cálculo do grau de impacto.

A destinação dos recursos é feita pelo Comitê de Compensação Ambiental


Federal/CCAF, órgão colegiado criado no âmbito do IBAMA e instituído pela Portaria
Conjunta nº 225, de 30 de junho de 2011.

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A eficácia esperada para as medidas indicadas neste programa é apresentada a seguir:

Fase do Responsabilidade
Medida Natureza Eficácia
Empreendimento pela Implantação

Interferência em Áreas de Interesse Conservacionista

Restringir o desmatamento ao
estritamente necessário à Implantação e
Preventivo Alta Empreendedor
construção e manutenção do Operação
empreendimento

Executar a Compensação
Ambiental conforme Programa Implantação e
Compensatório Media Empreendedor
de Compensação Ambiental em Operação
Unidade(s) de Conservação

Implantar um Programa de
Reposição Florestal Obrigatória, Implantação e
Compensatório Media Empreendedor
cuja abrangência inclua as áreas Operação
prioritárias para a conservação.

b) Justificativa

A implantação do empreendimento ocasionará impactos que não poderão ser


mitigados, sendo que a Compensação Ambiental se configura como uma forma de
promover a conservação in situ dos recursos naturais existentes na região.

c) Objetivo

 Compensar os impactos ambientais da implantação do empreendimento


através da aplicação de compensação financeira em uma Unidade de
Conservação, conforme a legislação aplicável.
 Sugerir as áreas a serem beneficiadas com recursos da compensação
ambiental.

d) Indicadores Ambientais

 Aplicação de 100% dos recursos da compensação ambiental em criação,


implantação ou manutenção de Unidades de Conservação de Proteção
Integral.
 Recebimento do atestado de pleno cumprimento da Compensação Ambiental
pelo Comitê de Compensação Ambiental Federal/CCAF.

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e) Público-alvo

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA),


Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Secretarias
estaduais, órgãos gestores das Unidades de Conservação beneficiadas, o empreendedor
e a sociedade em geral.

f) Metodologia

Os procedimentos relativos a este programa deverão ser definidos pelo órgão ambiental
licenciador, em comum acordo com o empreendedor, incluindo a elaboração e definição
das ações/atividades que devem ser priorizadas como alvo da aplicação dos recursos da
compensação.

De acordo com a Resolução CONAMA 371/2006, o órgão licenciador estabelecerá o


grau de impacto ambiental causado pela implantação de cada empreendimento,
fundamentado em base técnica específica que possa avaliar os impactos negativos e não
mitigáveis aos recursos ambientais identificados no processo de licenciamento, de
acordo com o EIA/RIMA, e respeitado o princípio da publicidade.

O Quadro 34 apresenta uma síntese das principais Unidades de Conservação mapeadas


em um raio de 10 km do empreendimento, localizadas na Amazônia. Ambas
encontram-se a 9,2 km de distância do empreendimento.

Quadro 34 - Identificação e caracterização das Unidades de Conservação (SNUC) diagnosticadas


para a área do empreendimento (envoltória de 10km).

Conselho
Unidade de Portaria de Município
Área Bioma gestor/plano de Órgão gestor
Conservação criação abrangido
manejo

Instituto Chico Mendes


RPPN Fazenda 400 Portaria nº 119,
Amazônia Não/Não Marabá (PA) de Conservação da
Pioneira ha de 24/08/1998
Biodiversidade

Portaria nº 101- Instituto Chico Mendes


400
RPPN Tibiriçá N, de Amazônia Não/Não Marabá (PA) de Conservação da
ha
25/11/1999 Biodiversidade

A Lei 9.985/2000 (SNUC), em seu Art 36, § 3º determina:

Quando o empreendimento afetar unidade de conservação específica


ou sua zona de amortecimento, o licenciamento a que se refere o caput

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deste artigo só poderá ser concedido mediante autorização do órgão


responsável por sua administração, e a unidade afetada, mesmo que
não pertencente ao Grupo de Proteção Integral, deverá ser uma das
beneficiárias da compensação definida neste artigo.

De acordo com o Decreto n° 4.340/2002, em seu art. 33, a aplicação dos recursos da
compensação ambiental nas unidades de conservação, existentes ou a serem criadas,
deve obedecer à seguinte ordem de prioridade:

 Regularização fundiária e demarcação das terras;


 Elaboração, revisão ou implantação de plano de manejo;
 Aquisição de bens e serviços necessários à implantação, gestão, monitoramento e
proteção da unidade, compreendendo sua área de amortecimento;
 Desenvolvimento de estudos necessários à criação de nova unidade de
conservação;
 Desenvolvimento de pesquisas necessárias para o manejo da unidade de
conservação e área de amortecimento.

Nos casos de Reserva Particular do Patrimônio Natural, Monumento Natural, Refúgio de


Vida Silvestre, Área de Relevante Interesse Ecológico e Área de Proteção Ambiental,
quando a posse e o domínio não sejam do Poder Público, os recursos da compensação
somente poderão ser aplicados para custear as seguintes atividades:

 Elaboração do Plano de Manejo ou nas atividades de proteção da unidade;


 Realização das pesquisas necessárias para o manejo da unidade, sendo vedada a
aquisição de bens e equipamentos permanentes;
 Implantação de programas de educação ambiental e
 Financiamento de estudos de viabilidade econômica para uso sustentável dos
recursos naturais da unidade afetada

De acordo com o art 9º da Resolução CONAMA 371/2006, o órgão ambiental


licenciador, ao definir as unidades de conservação a serem beneficiadas pelos recursos
oriundos da compensação ambiental, deverá observar:

I - existindo uma ou mais unidades de conservação ou zonas de


amortecimento afetadas diretamente pelo empreendimento ou
atividade a ser licenciada, independentemente do grupo a que
pertençam, deverão estas ser beneficiárias com recursos da
compensação ambiental, considerando, entre outros, os critérios de
proximidade, dimensão, vulnerabilidade e infraestrutura existente; e
II - inexistindo unidade de conservação ou zona de amortecimento
afetada, parte dos recursos oriundos da compensação ambiental deverá
ser destinada à criação, implantação ou manutenção de unidade de

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conservação do Grupo de Proteção Integral localizada preferencialmente


no mesmo bioma e na mesma bacia hidrográfica do empreendimento
ou atividade licenciada, considerando as Áreas Prioritárias para a
Conservação, Utilização Sustentável e Repartição dos Benefícios da
Biodiversidade, identificadas conforme o disposto no Decreto nº 5.092,
de 21 de maio de 2004, bem como as propostas apresentadas no
EIA/RIMA.

Neste sentindo, nenhuma das unidades de conservação listadas no quadro acima será
interceptada diretamente pelo empreendimento proposto ou terá o envoltório de 3 km
interceptado, em atendimento a Resolução CONAMA nº 428/2010 (nenhuma delas
possui Plano de Manejo e, desta forma, não há Zona de Amortecimento definida por
este instrumento de gestão e planejamento para estas Unidades).

Sugere-se, desta forma, que o montante de recursos a ser convertido em compensação


ambiental seja empregado para criação de uma unidade de conservação abrangendo
uma das áreas prioritárias para a conservação interceptadas pelo empreendimento,
conforme a Tabela 7, priorizando-se aquelas que tenham sua importância
extremamente alta e prioridade extremamente alta (destacadas em itálico).

Tabela 7 - Áreas prioritárias interceptadas pelo empreendimento - Faixa de Servidão e área de


supressão
Área Prioritária Importância / Área (ha) Faixa de % Faixa de %
para a Conservação Prioridade servidão Serviço

Médio Araguaia - Am Extremamente Alta /


1.986.000 724,051 16,12 121,049 16,16
095 Extremamente Alta

Interflúvio Araguaia-
Extremamente Alta / Alta 1.333.000 1.625,812 36,19 271,027 36,18
Tocantins - Am 097

Baixo Araguaia - Am Extremamente Alta /


328.500 82,353 1,83 13,726 1,83
114 Extremamente Alta

Eldorado dos Carajás


Muito Alta / Muito Alta 506.300 209,418 4,66 35,041 4,68
- Am 127

Rio Itacaiunas - Am
Alta / Extremamente Alta 377.900 640,245 14,25 106,705 14,24
134

São João do Muito Alta /


759.300 21,708 0,48 3,598 0,48
Araguaia- Am 137 Extremamente Alta

Muito Alta /
Anapu - Am 173 462.100 893,024 19,88 148,834 19,87
Extremamente Alta

Volta Grande do Extremamente Alta /


163.700 69,875 1,56 11,617 1,55
Xingu - Am 179 Extremamente Alta

Ribeirão Tranqueira -
Muito Alta / Muito Alta 997.400 44,828 1,00 7,472 1,00
Ce 220

APA Lago de Palmas - Insuficientemente


351.000 180,69 4,02 30,074 4,01
Ce 404 Conhecida / Muito alta

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Área Prioritária Importância / Área (ha) Faixa de % Faixa de %


para a Conservação Prioridade servidão Serviço

Total - - 4.492,004 100,00 749,143 100,00

Além da indicação de criação de Unidades de Conservação, também se sugere que o


montante dos recursos a ser convertido em compensação ambiental possa ser utilizado
na manutenção de Unidades de Conservação de Proteção Integral mapeadas mais
próximas do empreendimento, tais como: Reserva Biológica do Tapirapê (25,3 km) e
Parque Estadual do Lajeado (59,2 km).

g) Descrição do Plano

Elaborar e definir, a partir de reuniões entre técnicos dos órgãos ambientais relacionados
(e. g. IBAMA, ICMBio, órgão gestor e Unidades de Conservação beneficiárias da
compensação ambiental) e do empreendedor, as ações que devem ser voltadas à
compensação ambiental envolvendo as Unidades de Conservação do entorno do
empreendimento.

h) Atividades a serem desenvolvidas

 Reuniões entre os órgãos ambientais e o empreendedor;


 Definição e execução das ações a serem tomadas para o atendimento da
legislação vigente.

i) Cronograma Executivo e de Relatórios

O cronograma e etapas de execução deverão ser definidos em conjunto com os órgãos


ambientais

j) Equipe Técnica

Não se aplica.

k) Responsáveis Técnicos

Biól. Ivy Farina, Esp. Gestão da Qualidade para o Meio Ambiente, CRBio 28.962-03 -
Registro CTF 1.741.856.

Biól. Silvia Alessandra Reis, Me. Botânica, Esp. Planejamento e Gerenciamento


Ambiental, CRBio 17.754-03 - Registro CTF 329.722.

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Parauapebas – Itacaiúnas e Subestações Associadas
Plano Básico Ambiental

l) Instituições Envolvidas

IBAMA, ICMBio, Comitê de Compensação Ambiental Federal/CCAF, órgão gestor e


Unidades de Conservação beneficiárias da compensação ambiental.

m) Relação com outros Programas

O Programa de Compensação Ambiental terá uma estreita inter-relação com diversos


programas ambientais, dentre os quais se destacam o Plano de Conservação da Fauna, o
Plano de Conservação da Flora, o Programa de Comunicação Social e o Programa de
Educação Ambiental.

n) Referências Bibliográficas

Foram consultadas a legislação aplicável e o diagnóstico/prognóstico ambiental do


empreendimento, entre elas:

BRASIL. Decreto Federal n° 4.340, de 22 de agosto de 2002: Regulamenta artigos da Lei


n° 9.985, de 18 de julho de 2000, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza - SNUC, e dá outras providências. Publicado DOU em 23 de
agosto de 2002. Brasília/DF.

BRASIL. Decreto Federal n°6.848, de 14 de maior de 2009: Altera e acrescenta


dispositivos ao Decreto no 4.340, de 22 de agosto de 2002, para regulamentar a
compensação ambiental. Publicado DOU em 14 de maio de 2009. Brasília/DF.

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS


– IBAMA. Instrução Normativa n° 08, de 14 de julho de 2011: Regulamenta, no âmbito
do IBAMA, o procedimento da Compensação Ambiental, conforme disposto nos
Decretos nº 4.340, de 22 de agosto de 2002, com as alterações introduzidas pelo
Decreto 6.848, de 14 de maio de 2009. Publicado DOU em 15 de julho de 2011.
Brasília/DF.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Portaria n° 416, de 03 de novembro de 2010: Cria, no


âmbito do Ministério do Meio Ambiente, a Câmara Federal de Compensação Ambiental
– CFCA. Publicado DOU em 04 de novembro de 2010. Brasília/DF.

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