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A tipografia expressiva e as letras desenhadas à mão são, por si sós, uma forma de arte
caligráfica. Com tantas opções de interpretação tipográfica, a experimentação com layouts
ajuda-nos a aprender como avaliar a visibilidade e as nuances da mensagem antes de
trabalhar na tela. Essas etapas iniciais serão essenciais para nos ajudar a aprender mais
sobre as subtilezas da tipografia.
TIPOGRAFIA E SENTIDO
Por definição uma mensagem tipográfica deve transmitir sentido, para além da sua
beleza intrínseca. O sentido e a sua expressão estão no cerne da atividade
tipográfica, tanto no nível das palavras individuais como no nível de passagens
inteiras de texto. Chamamos a isso de significado linguístico, uma vez que o sentido
reside na linguagem.
Letras e palavras possuem uma beleza abstrata, que é vista e apreciada por meio de
experimentos com a anatomia dos tipos, isolando as formas e separando os elementos de
letras individuais, muitas vezes revelando as letras como formas e não como objetos
linguísticos carregados de sentido. Mas, no instante em que as palavras se materializam
sobre a página ou na tela, elas começam a expressar ideias e passam a ser dotadas dessa
qualidade fugaz à qual chamamos sentido. O significado linguístico, um elemento essencial da
tipografia, pode ser expresso, controlado e amplificado por meio de variáveis tipográficas
como corpo, peso, família (ou fonte), posicionamento sobre a página e espaçamento entre
letras. Às vezes, como no caso das páginas de um livro, os aspetos visuais da tipografia
devem ficar em segundo plano, priorizando o processo de compreensão. Mas os designers
usam essas técnicas visuais o tempo todo, para comunicar as mensagens de modo eficaz. É
importante adquirir segurança para trabalhar com textos dessa maneira, para que o processo
de liga a forma tipográfica ao significado linguístico torne-se algo natural.
SENTIDO
Artistas dadaístas e futuristas como Kurt Schwitters e Tristan Tzara, Marinetti e Wyndham
Lewis experimentaram com a relação entre linguagem e sentido. Vale a pena estudar mais de
perto esses nomes históricos, assim como seus experimentos tipográficos. Estude também as
obras dos poetas concretos E. E. Cummings e Apollinaire, bem como o trabalho de designers
contemporâneos como Robert Massin, Johanna Drucker e Erik Spiekermann. Além disso,
procure conhecer a obra de David Carson, que usou tipos como textura na revista Ray Gun, e
as soluções gráficas de tipografia que Paula Scher aplicou ao design de cartazes e gráficos
ambientais.
INVENÇÃO DA TIPOGRAFIA
Na maioria dos casos, uma composição tipográfica deve ser especialmente legível e
visualmente envolvente, sem desconsiderar o contexto em que é lido e os objetivos da sua
publicação. Em trabalhos de design gráfico experimental (ou de vanguarda) os objetivos
formais extrapolam a funcionalidade do texto, portanto questões como legibilidade, nesses
casos, podem acabar sendo relativas.
Por muito tempo o trabalho com a tipografia, como atividade projetual e indústria gráfica, era
limitado aos tipógrafos (técnicos ou designers especializados). O design de tipos, no entanto,
atividade altamente especializada que requeria o conhecimento das técnicas de gravar
punções para fazer as matrizes usadas para fabricar tipos, foi desenvolvida desde o ínicio por
especialistas, os gravadores de tipo ou puncionistas, verdadeiros designers de tipo antes que
a denominação entrasse no vocabulário profissional. Foram designers de tipo e puncionistas
Claude Garamond e Giambattista Bodoni, criando fontes clássicas que até hoje são
apreciadas.
HISTÓRIA DA TIPOGRAFIA
A história da tipografia começa na China durante a dinastia Tang e evoluiu até à dinastia
Song, onde foram produzidos os primeiros tipos móveis em argila pelo alquimista Bi Sheng.
Séculos depois na Alemanha o método da tipografia evoluiu nas mãos de Johannes Gutenberg
que inventou a prensa que utiliza os tipos móveis para realizar a impressão.
TAREFA: Crie uma linha de tempo, na qual faz a evolução e referência aos principais marcos
da história da tipografia.