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carreira musical, estaria mentindo feio. Comecei a tocar em 2002, e boa parte do
aprendizado vinha do que os amigos ensinavam ou das tablaturas que eu imprimia na
Lan House ou revistas especializadas. Anos depois, após ter acesso em casa, a
“muleta” estava aumentando: utilizei muito o Guitar Pro em meu aprendizado.
Boa parte destes problemas não existe estudando canto. Uma vez que o próprio
corpo humano é o “instrumento musical”, ele também precisa emitir notas musicais,
fazer melodias, etc. Mas nós
não temos cordas, casas e
teclas para achar as notas.
Não existe nenhuma
referência visual real para
cantores se “apoiarem” nas
notas musicais, o que os
força a usarem as
referências sonoras, e
inevitavelmente
desenvolvem o Ouvido
Musical.
Permite poder avaliar melhor o que você aprende através das cifras,
tablaturas e até partituras, uma vez que sua Percepção Musical vai te ajudar
a identificar se as notas “lidas” realmente fazem parte da música;
Permite que você comece a aprender músicas inteiras sem “ler” uma nota
sequer. Atualmente, para músicas relativamente simples, sem muitas
dificuldades de execução, costumo levar de 20 a 30 minutos para aprendê-la
completamente. Não quero mostrar que sou o “bonzão” nem colocar
parâmetros que agora podem parecer altos para o seu nível atual, mas quero
mostrar que é possível você chegar neste nível também caso se comprometa a
treinar a sua percepção!
Permite transpor trechos tocados por outros instrumentos para o seu, como
piano, teclado, baixo, sax, flauta, violino e até vocais. Tudo na música gira em
torno de 3 elementos: melodia, harmonia e ritmo. Conseguindo percebê-los
independente de que instrumento esteja sendo tocado, é possível que você
também toque no seu instrumento!
E este último ponto pode não ser um benefício direto para você, mas pode servir
como um motivacional: Os grandes nomes do violão e guitarra mundial em boa parte
não tinham os recursos tecnológicos de hoje, como o acesso a informação. Portanto,
eles obrigatoriamente desenvolveram sua musicalidade utilizando o Ouvido Musical
como guia. Não significa que se tornaram músicos perfeitos, até porque não existe
perfeição na arte e a opinião varia muito de quem ouve, mas conseguiram se tornar
grandes com poucos recursos. Você também pode!
Ler este livro por si só no máximo vai agregar alguns conhecimentos novos, mas não
vai aperfeiçoar seu Ouvido Musical de fato! Portanto, nas 5 formas haverão alguns
exercícios para treinar!
Aqui, não existe um padrão e varia de acordo com o artista, o estilo musical, o
produtor musical, etc. Tem algumas músicas que a guitarra está mais alta do que os
teclados, já outras o teclado é mais presente do que as guitarras, tem música que tem
piano, tem música que tem cajon, tem música que é só uma voz e um violão.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=LqM79RsWJLU
Não podemos falar do som dos instrumentos musicais sem deixar de falar das
freqüências sonoras. Elas são classificadas principalmente em três classes: Graves,
Médios e Agudos. O timbre natural de cada instrumento terá suas próprias
características.
Por mais que exista uma região sonora “principal” em cada instrumento, isto não
significa que seu som tenha um pouco de outras freqüências. Os violões com som
elétricos,os amplificadores de guitarra e as mesas de som possuem controles individuais
para controlar cada freqüência. O nome destes controles são equalizadores e através
deles é possível adicionar um pouco de freqüências em falta no instrumento ou retirar
um pouco das que estão sobrando.
Para descobrir melhor que tipo de som as freqüências musicais possuem, sugiro dar
uma ouvida no vídeo abaixo. Mas com alguns cuidados! Por natureza, as freqüências
mais graves (conhecidas também por freqüências baixas) possuem menos volume que
as mais agudas (as freqüências altas), que por sua vez podem soar exageradamente
altas. Nem todos os fones de ouvido e falantes conseguem produzir todas as
freqüências, especialmente as que mais extremas (começo dos graves e fim dos
agudos). Antes de colocar o vídeo para assistir, cuidado com o exagero de volume!
Link: https://www.youtube.com/watch?v=-bjvZDhScbs
Abaixo, vou listar alguns instrumentos musicais que são mais comuns para
determinados estilos musicais, mas não significa que seja um padrão. Afinal, a música
em geral não é uma coisa padronizada e artistas podem trazer instrumentos inusitados
para o estilo ou até elementos de outros estilos. Exceções à parte, vamos lá!
Pop: Violão Aço/Folk, Baixo, Bateria, Guitarra, Teclado, Piano, Instrumentos Percussivos
(como a meia-lua), Ukulele
Ressaltando mais uma vez, são apenas alguns instrumentos comuns para os estilos.
No Rock por exemplo, há tantas subdivisões (como o Pop, Alternativo, Punk,
Hardcore, Blues, Fusion, Metal – este último com mais uma variedade de divisões) que
seria difícil ter uma formação ideal para servir a todos os estilos. Tem grupo que faz arte
com o trio Guitarra, Baixo, Bateria, tem grupo que possui 2 ou 3 guitarristas, tem grupo
que tem tecladista, tem grupo que tem DJ,
tem grupo que faz música pesada com violoncelos... enfim, arte é experimentar coisas
diferentes e trazer o que for bom não importa de onde (ou qual estilo) venha!
Agora chegou a hora de ouvir as músicas que você escolheu! Uma música por vez, se
possível escute umas 2 ou 3 vezes para captar os detalhes! Analise os detalhes abaixo
e se possível faça suas anotações:
Neste primeiro momento, nem sequer é necessário estar com o seu instrumento em
mãos. Aliás, já compartilharei agora um problema que tive bastante quando comecei a
me aventurar a tirar músicas de ouvido: Na hora de ouvir com atenção aos detalhes, eu
sentia uma certa “coceira” de querer tocar junto com a música. Esta ansiedade de
querer já sair ouvindo e tocando é bem prejudicial para aprender as músicas. Para
treinar o Ouvido Musical, em primeiro lugar é necessário ouvir!
Importante dizer também que distrações como o Whatsapp e Redes Sociais também
podem prejudicar bastante a sua performance neste exercício! Para descobrir os
detalhes das músicas, é essencial ter foco e concentração no que se está ouvindo.
Inclusive, você pode experimentar também praticar estas primeiras escutas com os
olhos fechados, de forma a evitar possíveis distrações visuais!
Aplique estes detalhes para as 3 músicas, faça suas anotações e vamos dar
continuidade aos estudos!
Dominar bem esta habilidade é essencial para aprender músicas com mais rapidez!
Não é comum o caso de pessoas que querem começar a aprender músicas de Ouvido
para não precisar depender mais de cifras. E já tive casos mais extremos de alunos
que não conseguiam tocar sem ler as cifras, mesmo para músicas que eles já tenham
aprendido anteriormente.
Verdade seja dita, o problema vai além do ouvido propriamente dito, é também uma
questão de memorização, assim como éramos no começo na hora de aprender
acordes. De um dia para o outro, era difícil de lembrar como se fazia um acorde de G...
hahaha... Mas para ambos os problemas, a solução é a mesma: treinar! Conforme mais
se pratica, melhor se memoriza!
É aqui que entra a importância da Estrutura da música, se você sabe que estrutura
esta música tem e como tocar cada parte, acaba sendo até mais fácil do que tocar e ler
ao mesmo tempo!
As músicas mais populares (as que tocaram em rádios ao redor do mundo ao longo
de várias décadas) adotam estruturas para deixar mais agradável e familiar de se ouvir.
Vamos conhecer agora as principais partes da estrutura que compõem uma música:
Introdução: Conhecida também como Intro, como o próprio nome sugere, é o que
inicia a música. Muitas delas, chegam a ser emblemáticas e já faz lembrar do que vem
pela frente!
Versos: Geralmente possuem partes cantadas, mas em alguns pontos podem não
possuir voz e dar mais “espaço “para os instrumentos. Tem músicas que podem ter 2, 3
ou 4 versos ao longo da música. Nas maioria das vezes, as letras dos versos são
diferentes umas das outras. Já a parte instrumental costuma ser mais fixa em sua
estrutura, ocasionalmente entre um verso e outro pode entrar na música algum
instrumento diferente ou alterar algum acorde na sua sequência. Mas na maior parte do
tempo, se você aprender uma vez a tocar os versos, basta repetir a mesma coisa cada
vez que os versos aparecerem na música.
Refrão: a parte mais importante da música. Aqui a estrutura é basicamente igual toda
vez que ele entra em cena. Mesma letra, mesmos acordes... isto
ocorre intencionalmente para o ouvinte memorizar melhor a música, trazendo uma
certa familiaridade. A gente tende a gostar mais do que é familiar do que algo
“estranho”, e a intenção do refrão é justamente esta: conquistar o ouvinte. E não me
refiro somente ao músico, e sim a todos os ouvintes em geral da música! Aqui, mesma
história: aprendeu uma vez como tocar o refrão, basta repetir a mesma coisa em todos
os refrões.
Pré-Refrão: Geralmente são trechos curtos que fazem uma ligação entre os versos
e os refrões. Não aparecem em todas as músicas, várias músicas fazem uma transição
direta para o Refrão
Finalização: parte da música que cuida do encerramento dela. Pode ser um simples
acorde sendo tocado uma vez e a nota durando até acabar. Pode ser uma repetição da
Intro, um refrão estendido... não há uma forma padrão para se encerrar uma música.
Também é conhecida como Outro, sendo o oposto da Intro ( “In / Out” em inglês
significa “Dentro / Fora”, o que caberia bem no contexto de início e fim de uma música.).
Inclusive, existe uma outra forma de encerrar uma música que era muito usada nos anos
80: o Fade Out. Desta forma, a banda continua tocando sem interrupções e
gradativamente o volume geral da música vai diminuindo até o som sumir de vez.
Estes são as partes mais comuns nas estruturas das músicas, mas não existe uma
forma padrão! Tem música que já começa no refrão, tem música com mais refrões,
menos refrões, mais versos, menos versos, músicas que preferem fazer uma narrativa
ao invés de se prender a estruturas padrões (como o caso de Faroeste Caboclo, da
Legião Urbana). Tem músicas com mais de um solo de guitarra, músicas com nenhum
solo de guitarra, músicas com várias mudanças na sua estrutura e construção (como o
caso de Bohemian Rhapsody, do Queen). Portanto, é sempre importante ouvir e prestar
atenção nos detalhes! Falando nisto...
Hora de voltar para as suas músicas! Novamente, escute uma música por vez e mais de
uma vez, fazendo suas anotações e prestando atenção agora nos seguintes detalhes:
Mais uma vez, não é necessário estar com o instrumento por perto. Faça isto com as 3
músicas e no final compare as estruturas das 3. Elas são parecidas ou totalmente
diferentes uma das outras?
As melodias utilizam notas que fazem parte de uma escala musical. Cada nota
desta escala é chamada de grau. A palavra escala vem da palavra escada, e o termo
graus vêm também de degraus. Não é à toa que o termo “sobe e desce de escalas” é
bem popular entre os estudantes de guitarra, visto que boa parte dos exercício no
instrumento envolvem as escalas.
E existem outros tipos de escalas além da Maior. Outra muito utilizada é a Menor
Natural, e várias outras, como as Pentatônicas, Cromáticas, Modos Gregos, Menores
Harmônicas e Melódicas... são tantas opções! Mas a esta altura do campeonato,
excesso de informação não beneficiará seus estudos!
Por hora, vamos focar nas Escalas Maior e Menor Natural, por serem as mais comuns
de encontrarmos nas músicas mais populares. Antes de fazer qualquer aprofundamento
teórico, é interessante ouvir as escalas e descobrir as sensações que elas podem
trazer para a música.
E lá vamos nós ouvir mais um pouco de músicas! Uma por vez, fazendo suas
anotações e se atentando aos seguintes detalhes:
Quais instrumentos estão tocando melodias na música? (Se a música não for
instrumental, os vocais também contam!)
Como são as melodias? Rápidas ou lentas? Com muitas ou poucas notas?
Que sentimentos as melodias desta música trazem? Felicidade, tristeza, raiva,
alegria...
Tirando as melodias vocais, você conseguiria “cantarolar” alguma das melodias
desta música?
Escute algumas vezes cada música e termine sua anotações. E antes de prosseguir
para a forma 4, temos um exercício complementar!
Agora é possível começar a aplicar um pouco do que aprendemos até agora para a
prática com o seu instrumento! Para uma melhor assimilação, sugiro dar uma olhada
neste vídeo aqui (basta clicar/tocar no link!):
Link: https://www.youtube.com/watch?v=pPLzam7SqYQ
O segredo aqui para aprender a ouvir uma melodia e reproduzi-lá no seu instrumento
é se concentrar em uma nota por vez. Ao invés de tentar tocar a melodia toda, foque a
princípio na primeira nota. Após isto, algumas pessoas conseguem memorizar a nota,
procurar e achá-la diretamente no braço.
Já outras, podem também cantarolar esta nota (tentando igualar a afinação da voz
com a nota da melodia), e em seguida sustentar esta nota da voz até encontrar no seu
instrumento uma nota que se iguale a ela. Eu particularmente faço das 2 formas,
dependendo do dia e da música que estou aprendendo.
Pode ser que as primeiras tentativas não sejam perfeitas, mas são essenciais para o
seu aprendizado! Lembre-se que o passo 1 vai te levar mais longe do que o passo 0,
depois o passo 2 mais longe que o passo 1... e assim por diante!
Se de um lado, temos as melodias onde as notas são tocadas sequencialmente, na
harmonia as notas se combinam ao mesmo tempo, formando os famosos acordes.
Eles também são derivados de escalas, escolhendo 2, 3 ou 4 notas dela para serem
tocadas simultaneamente. As notas mais usadas geralmente são Tônica (que é a nota
principal do acorde ou escala), Terça (terceira nota contada a partir da Tônica) e
Quinta (contada a partir da Tônica também).
Por exemplo, o acorde de C (Maior) é formado pelas seguintes notas (em negrito):
Dó – Ré – Mi – Fa – Sol – La – Si, tendo como base a Escala Maior. Já se
quiséssemos o acorde Cm (Menor), as notas seriam as seguintes: Dó – Ré – Mib – Fá –
Sol – Lab – Sib, agora sendo originado pela Escala Menor Natural.
E aqui vamos ressaltar que os acordes também possuem sensações assim como a
das Escalas: acordes maiores tendem a ser mais felizes e os menores mais tristes.
Os acordes que você já conhece e sabe tocar serão de grande utilidade para tirar
músicas de Ouvido. No início, a nossa maior preocupação com eles é aprender como
fazê-los corretamente, focando bastante na postura da mão. Porém é necessário
também focar na sonoridade deles também. Quanto mais você memorizar o som que
eles produzem, vai ser mais fácil de “encontrá-los” em músicas que você nunca tocou!
Voltando um pouco no assunto das estruturas, algumas músicas possuem a mesma
sequência de acordes ao longo da música toda, sejam nos versos, nos refrões, etc.
Geralmente, somente os vocais mudam ou entram algum instrumento diferente em certo
ponto da música. Já outras músicas, há uma sequência específica de acordes para os
versos, outra para os refrões, outra para a introdução...
Hora de pegar suas anotações, seu fone e ouvir mais um pouco das suas músicas
escolhidas! Espero que goste bastante destas músicas a ponto de não estar enjoado
delas a esta altura do campeonato! Haha Agora, preciso que se atente a estes detalhes
agora:
Existe algum acorde nesta música que o som lhe seja familiar? Por exemplo,
algo como “este acorde parece o G que eu toco na música X”. Se houver, qual
acorde é?
Quantos acordes os versos possuem e em que momentos ocorrem as
mudanças? (Pequena observação: uma dificuldade bem comum entre meus
alunos mais iniciantes é a de não fazer as mudanças na hora certa por não
perceberem o momento certo. Portanto, se você passa por este problema, este
tipo de exercício vai te ajudar muito!)
A sequência de acordes do refrão é diferente da dos versos? Se sim, quantos
acordes têm agora e em que momento que ocorrem as mudanças?
Existe uma terceira ou quarta sequência de acordes nesta música?
Com base nos acordes que você já conhece e já sabe tocar, você conseguiria
algum ou todos os acordes de uma destas sequências?
Faça suas anotações, e aproveite para explorar junto com seu instrumento este
exercício. Talvez logo em breve novas músicas já entrem no seu repertório! E
aproveitando que já está com o instrumento...
Para memorizar e perceber melhor o som dos acordes, invista uns 5 ou 10 minutos
tocando eles livremente, mas com mais atenção na sonoridade deles. É interessante
comparar as variações de Maior e Menor de um mesmo acorde. Por exemplo,
comparar o Sol Maior e o Sol Menor, depois fazer isto com o Fá, o Mi, o Dó... se atente
às sensações dos acordes!
O primeiro passo para atentar-se em uma música é seu compasso musical. Ele é
uma marcação constante do tempo da música, e ajuda a evitar que ocorram alterações
bruscas na velocidade da música.
Sou obrigado a falar que quando o assunto é ritmo, existe toda uma matemática
envolvida, para a tristeza de quem odeia ou odiava a matéria na escola! Rs Mas não
vamos nos aprofundar tanto nesta parte matemática e focar no que nos será mais útil
por hora!
Uma ferramenta bastante útil nesta área é o metrônomo. Com ele, basta escolher o
compasso e velocidade que ele vai marcando as batidas. Ele ajuda a evitar que o
músico acelerece ou desacelere acidentalmente durante a execução da música. Ele é
muito usado em estúdios e gravações, assim como alguns músicos o utilizam ao vivo
(principalmente bateristas, visto que seu instrumento “nasceu para os ritmos”)
E tudo o que a gente abordou sobre o tempo das notas tocadas também podem ser
aplicado às pausas, ou seja, o momento em que o nosso instrumento não toca nada. O
tempo de pausas pode variar entre longos e extra curtos. E as pausas são importantes
para dar um “respiro” à música.
Por fim, saber identificar o ritmo do violão ou da guitarra dentro de uma música é uma
das etapas mais importantes para se desenvolver melhor o seu ritmo tocando, junto com
a coordenação motora / execução das notas. Não tem muito valor ter uma técnica boa e
não saber corretamente por falta de noção do ritmo e vice-versa!
Falando em ritmos, não perca o seu ritmo de estudos com este livro que ele está
chegando na reta final! Agora é hora de analisar o ritmo das músicas escolhidas e
perceber os seguintes detalhes:
Esta parte da leitura vai te ajudar a entender melhor como todos os instrumentos “se
comportam” juntos, tanto em gravações quanto em situações ao vivo (bem, pelo menos
como deveria ser na maior parte do tempo...rs).
A relação entre os volumes pode variar por vários fatores. Depende dos instrumentos
que fazem parte da música, do estilo musical, do produtor que trabalhou nela... Haverão
músicas em que o violão vai ter um maior destaque entre outros instrumentos, já em
outras ele será mais discreto para “dar espaço” a um piano, por exemplo.
Inclusive, o volume não é algo estático em uma música, podendo mudar durante a
música. Por exemplo, uma guitarra pode ter um volume médio nas partes cantadas e na
hora de seu solo a guitarra aumentar o volume para ter o destaque neste momento da
música, e depois retornar para seu volume anterior.
Instrumentos podem também entrar ou sair de cena durante uma música para
construir climas diferentes. Por exemplo, em momentos calmos de uma música podem
haver menos instrumentos atuantes e menos volume em geral, para então entrar uma
parte mais “agitada” e além de entrar mais instrumentos, aumentar sutilmente o volume
geral para reforçar a energia da música. Mas como sempre, é necessário ter um bom
senso e evitar exageros que possam estragar a música!
Outro detalhe são os efeitos que podem ser aplicados! Na guitarra, há muitos efeitos
que são bem famosos, como o som do “Wah Wah”, o Chorus, Flanger (que parece o
som de “turbinas de avião”) e Distorção, por exemplo.
Ocasionalmente, efeitos fora do comum são colocados nas músicas para trazer uma
surpresa para a mesma. Por exemplo, colocar distorção ou algum outro efeito de
guitarra sobre uma voz. Totalmente fora do convencional, porém totalmente possível e
inclusive algumas músicas já fizeram isto!
Ao contrário do que muita gente pensa, Ouvido Musical não é um simples talento
que algumas pessoas nascem com ele e quem não nasce nunca vai conseguir. Basta
primeiramente acreditar que é possível e depois se prontificar a treiná-lo
constantemente!
Pode ser que para tocar certas coisas seus dedos até sejam rápidos, mas a princípio
nem todo mundo terá esta mesma velocidade para ouvir uma nota ou acorde e o cérebro
associar a tal escala ou acorde por exemplo. Conforme os desafios iniciais forem se
tornando mais fáceis, aí sim é possível ir criando alguns degraus de dificuldades novos
para seu treino de Ouvido Musical!
Muito obrigado pela sua leitura até aqui e espero de coração que ele possa ter te
ajudado de alguma forma a ter adquirido novos conhecimentos e desenvolvido um
pouco mais sua musicalidade. Se você conseguiu perceber novos detalhes em músicas
que você talvez escute a anos, minha missão está cumprida!
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