FACULDADE UNYLEYA DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE ARRANJO - BIG BAND PROFESSOR CELSO MARQUES GONÇALVES ALUNO: ANDRÉ VIDAL SAMPAIO
TAREFA 1
O conceito de “tambor” é tão antigo quanto a própria humanidade. Os
tambores são instrumentos da família dos membranofones, instrumentos que funcionam a partir do golpe de algum tipo de objeto, ou das próprias mãos, sobre uma membrana distendida. Os tambores propriamente ditos, dos mais rudimentares aos mais modernos, normalmente são formados por algum tipo de caixa acústica sobre a qual se estica uma membrana, que pode ser feita de material natural (como pele de animal) ou sintético. Estima-se que os primeiros tambores surgiram por volta de 6000 a.C., porém existem registros de pequenos tambores cilíndricos na Mesopotâmia de 3000 a.C. Existem outros instrumentos de percussão com formas diferentes de produção de som - idiofones e cordofones, por exemplo. Vários desses instrumentos têm sido utilizados agrupados aos instrumentos melódicos e harmônicos desde a pré-história como forma de explicitar o ritmo de uma determinada música. Nas orquestras, por exemplo, encontramos os tímpanos em formações orquestrais do fim da Renascença, adentrando o período barroco, e a seção de percussão orquestral se ampliando gradativamente até chegar à complexa formação das orquestras sinfônicas atuais, que podem necessitar de grupos de até oito percussionistas para a execução de uma obra. Em outros gêneros musicais, o uso dos instrumentos de percussão é também amplamente difundido, e a necessidade de proporcionar a um único músico a possibilidade de tocar vários instrumentos de percussão ao mesmo tempo deu origem à bateria. Nos Estados Unidos no início do século XX, as marching bands do Sul utilizavam vários instrumentos de percussão, cada um executado por um músico diferente: um responsável pelo bombo, outro pela caixa clara, outro pelos pratos e possivelmente mais um ou dois responsáveis por outros instrumentos de marcação ou pontuação, como o triângulo. Nessa conjuntura surge a primeira proposta de associação de dois instrumentos executados pelo mesmo músico, que é o tambor duplo, em que um único músico podia tocar um tambor e um prato. Em 1910 é inventado o primeiro pedal de bumbo, que mais tarde seria aperfeiçoado. Dessa maneira, um mesmo músico poderia utilizar as duas mãos e um pé para tocar três instrumentos (ou mais). Outra invenção simples, porém muito importante, é a estante de caixa, já que até sua invenção, a caixa costumava ser pendurada presa ao corpo do músico, dificultando a execução de outros movimentos. A evolução dessa proposta leva ao surgimento do drum kit (literalmente kit de tambores), ou apenas bateria, como conhecemos. Os primeiros kits são da década de 1930, e a formação do kit tradicional de bateria variou enormemente desde então, geralmente mantendo alguns itens obrigatórios (chimbal, caixa clara e bumbo) e acrescentando a essa formação outros tambores - os ton-tons - e outros pratos (de condução, de ataque) e mesmo outros instrumentos menos comuns como agogô, woodblocks, carrilhão etc. O kit de bateria realmente evoluiu de modo a se ajustar às demandas de cada gênero de música, incluindo instrumentos e adaptando outros para proporcionar capacidades desejadas pelos instrumentistas, como é o caso do desenvolvimento do pedal duplo para dar mais agilidade para o bumbo, muito comum no heavy metal. Hoje em dia é praticamente impossível imaginar qualquer gênero de música popular, pop, rock, jazz sem a utilização de uma bateria. DIversas alternativas foram criadas, como os pads eletrônicos para substituir os tambores de pele e as baterias eletrônicas programáveis, que estilos musicais derivados da música eletrônica utilizam regularmente, entretanto, a grande maioria das formações de bandas de quase todos os tipos contam com uma bateria, desde um kit muito simples formado apenas pelo chimbal, o bumbo e a caixa clara até sets enormes de bateristas de jazz e heavy metal, que cercam o baterista por todos os lados, chegando mesmo a ter que içar o baterista para o meio do instrumento. A associação da bateria com um set separado de percussão é bastante comum no Brasil, especialmente na música popular, onde alguns instrumentos de percussão específicos de um gênero são executados por outro(s) instrumentista(s). Essa formação dupla de percussão é particularmente comum no samba, em que vemos regularmente o surdo, o pandeiro, o tamborim, o reco-reco, a cuíca acrescidos à bateria. Em outros gêneros regionais também é comum ver outros instrumentos associados à bateria, como o triângulo, os diversos tipos de atabaques, bongôs, agogôs e outros instrumentos costumeiramente associados à música de origem africana e nordestina.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
History of Drums. Tripod, 2001. Disponível em:
<http://penz4.tripod.com/historyofdrums.html#:~:text=Drums%20first%20appeared% 20as%20far,cylindrical%20drums%20dated%203000%20BC.&text=The%20America n%20Indians%20used%20gourd,more%20than%20merely%20creating%20music>. Acesso em: 06 de Julho de 2020.
Bateria (instrumento musical). Wikipedia, última atualização Maio/2020. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Bateria_(instrumento_musical)>. Acesso em: 06 de Julho de 2020.
Instrumento de Percussão. Wikipedia, Última atualização Maio/2020. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Instrumento_de_percuss%C3%A3o#:~:text=percuss%C 3%A3o%20brasileira%3A%20a%20batucada.&text=Instrumento%20de%20percuss %C3%A3o%20%C3%A9%20um,com%20o%20aux%C3%ADlio%20de%20baquetas .>. Acesso em: 06 de Julho de 2020.