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9ª Classe

Io Trimestre

Lição no 1
TEMA: Introdução – Geografia Humana
População (Conceito Básicos)
Importância do Estudo da população

Objectivos específicos: Ao terminar a aula o aluno deve ser capaz de:


 Definir o conceito da Geografia Humana
 Explicar a importância da Geografia da População

Unidade temática 1
Método/estratégia: Expositivo/elaboração conjunta.

Meios didácticos: quadro, apagador, giz, livro e caderno do aluno, esferográfica, lápis, borracha.

Revisão
Recordar que na 8ª classe, se referiu que a Geografia divide-se em Geografia Física e Geografia
Humana. Agora, o objecto de estudo é a Geografia Humana.
Geografia Humana – É a parte da geografia que estuda os elementos da paisagem que foram
criados pelas sociedades humanas, tanto no passado como no presente. (Pág. 8 – José Julião da
Silva, Plural Editores)
Geografia Humana – É o estudo dos agrupamentos Humanos nas suas relações com o meio
geográfico.
Nota: A Geografia Humana pode subdividir em Geografia da População; Geografia Rural;
Geografia Económica que engloba as actividades económicas, geografia do turismo e geografia
urbana.

Geografia da População – É a disciplina que debruça este tema – é um ramo da geografia humana
que se dedica ao estudo da população, que analisa e interpreta a composição, a distribuição e os
movimentos da população.
População – É o conjunto de seres da mesma espécie que ocupam uma determinada área
geográfica num determinado espaço de tempo. (pág. 9, Laurinda João Guila, Manuel Madeira
Macandza – Longman)
População – É o numero total de habitantes de uma dada região ou área, sem distinção do sexo,
da raça tribo ou região.

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População – É conjunto de pessoas que vivem num território determinado, segundo regras e
costumes próprios. Ex: um quarteirão, um bairro, um distrito, uma província, um país, um
continente; o Mundo.

Importância do estudo da população


 Fornece informações a cerca da população activa capaz de exercer actividades produtivas nos
sectores de actividade económicas: Como Pesca, Indústria, Comércio, etc., e por seu turno
esses sectores da geografia económica vão garantir a sustentabilidade do crescimento ou não
da população.

População absoluta – É o número total de habitantes existentes num dado lugar, numa
determinada região.

População Relativa ou densidade populacional – É o resultado da relação entre a população


absoluta e a superfície do território ocupada por essa mesma população.

𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜
Densidade = 𝑆𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓í𝑐𝑖𝑒/𝐾𝑚2

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Lição no 2
TEMA: Variáveis demográficos (Movimentos populacionais)
Natalidade; Taxa de Natalidade
Mortalidade; Taxa de Mortalidade
Crescimento Natural; Taxa de crescimento Natural

Objectivos específicos: Ao terminar a aula o aluno deve ser capaz de:


 Explicar os diversos indicadores demográficos
 Calcular taxas vitais
 Explicar os movimentos populacionais

Unidade temática 1
Método/estratégia: Expositivo/elaboração conjunta.

Meios didácticos: quadro, apagador, giz, livro e caderno do aluno, esferográfica, lápis, borracha.

MOVIMENTOS POPULACIONAIS
A população está sujeita a dois tipos de movimentos: O Movimento natural e o Movimento
migratório.

 O movimento natural está relacionado com o comportamento das taxas de natalidade e


de mortalidade. Estas taxas variam muito entre os continentes, entre países e mesmo entre
regiões do mesmo País
Variáveis demográficos
Natalidade – É o número de nascimento ocorrido numa determinada região durante um ano.

Taxa de natalidade (TN) – É o número de nascimento por 1000 habitantes ocorridos numa
dada região, num dado período de tempo.

𝑁º 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠
TN = 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑥 1000

Factores que justificam/contribuem para a elevada taxa de natalidade:

 Elevada taxa de analfabetismo;


 Índice considerável de mortalidade infantil;
 Falta de informação;

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 Tradições e costumes religiosos;


 Prática da poligamia;
 Casamentos prematuros/precoces;
 Rejeição do controlo de natalidade;
 Falta de planeamento familiar;
 Desconhecimento de métodos contracetivos;

Mortalidade – É o número de mortes ocorridas numa dada região, num dado período de tempo.

Causas da redução da mortalidade


 Avanço da medicina;
 Introdução de meios para o combate das epidemias (antibióticos, antipalúdicos-medicamentos
para o combate contra a malária, sulfonamida-antibacteriano, inseticidas);

 Melhoria da assistência médica e materno-infantil;

Após a Independência
Medidas no domínio da saúde pública;
 Medicina preventiva (Vacinas)
 Saúde materno-infantil;

Ex: 1950 – 32‰ 1990 – 20‰

Causas da subida (a partir de 1985-1990)


 Falta de alimentos (fome);
 Miséria;
 Deficiente assistência médica-materno-infantil;
 Efeitos da guerra;
 Efeitos das calamidades naturais (seca);
 Ignorância e obscurantismo;

Ex: 1970-1975 1975-1980 1900 1995 1997


22,98‰ 20,69‰ 19,72‰ 18,34‰ 21,20‰

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Taxa de mortalidade – É o número de mortes por mil habitantes ao longo de um determinado


período do tempo.
𝑁º 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒𝑠
TM = 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑥 1000

Mortalidade Infantil – consiste na morte de crianças no primeiro ano de vida. (Referir que a taxa
de mortalidade é elevada)

Os índices e mortalidade mais elevadas nas áreas rurais resultam de:


 Fraca cobertura medicas-sanitárias;
 Baixo nível de escolaridade dos pais;
 Recursos a comportamentos tradicionais;

Causas que justificam a elevada taxa de mortalidade infantil


 Baixo nível de vida;
 Deficientes condições de higiene;
 Falta de alimentos;
 Deficiente assistência médica-materna-infantil;
 Inexistência de planeamento familiar;
 Ignorância, obscurantismo;
 Entre outras causas;

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Lição no 3
TEMA: Continuação da aula anterior (Crescimento Natural, Fecundidade, Fertilidade,
Esperança de Vida)

Crescimento Natural – É a diferença entre a natalidade e a mortalidade, num dado lugar e período.
CN = n – m

Taxa de crescimento Natural – É a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade


num dado lugar e período.
TCN = TN – TM

Fecundidade – É o número de nascimentos por mulheres em idade de procriar, isto em idade de


ter filhos (entre os 15 anos e os 49 anos), num dado período de tempo e numa dada região.

Taxa de fecundidade – É o número de nascimentos por mil mulheres em idade de procriar num
dado período de tempo e numa dada região.

𝑁º 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠
TF = 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑓𝑒𝑚𝑖𝑛𝑖𝑛𝑎 (15 𝑎𝑛𝑜𝑠 −49 𝑎𝑛𝑜𝑠)
𝑥 1000

Fertilidade – É a capacidade biológica que as mulheres têm de procriar.

Esperança de vida – Corresponde ao número médio de anos que uma pessoa espera viver ao
nascer, numa dada região e em um dado período de tempo.
Em consequência da redução dos níveis de mortalidade, os valores da esperança de vida tem vindo
aumentar ao longo do tempo.

Factores que contribuem para a redução da mortalidade


 A melhoria da assistência médica, medicamentosa e hospitalar.
 A melhoria da alimentação;
 A melhoria das condições de habitação;
 O alargamento dos sistemas de proteção social;
 A elevação do estatuto da mulher ou seja, da igualdade entre géneros;

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RESUMO
Estes todos indicadores revelam três situações distintas:
 Quando a natalidade for maior que a mortalidade significa que o crescimento natural é
positivo. Automaticamente a população aumenta.

 Quando a natalidade for menor que a mortalidade o crescimento natural é negativo


automaticamente a população diminui;

 Quando a natalidade é igual a mortalidade automaticamente o crescimento natural é nulo,


a população não aumenta nem diminui, fica estagnada.

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Lição no 4
TEMA: Movimentos Migratórios
Migrações
Tipos de Migrações
Causas, Consequências de Migrações
Objectivos específicos: Ao terminar a aula o aluno deve ser capaz de:

 Saber conviver com pessoas de diferentes etnias e culturas;


Unidade temática 1
Método/estratégia: Expositivo/elaboração conjunta.
Meios didácticos: quadro, apagador, giz, livro e caderno do aluno, esferográfica, lápis, borracha.

Migração – É o deslocamento de pessoas de um lugar para outro.


Migração – Consiste na mudança de domicílio ou do lugar de residência habitual e retoma da vida
em um outro lugar.
Tipos de migração
As migrações podem ser classificados segundo diferentes critérios como: a forma, o controlo, a
duração e o espaço.
Voluntárias
Quanto à Forma
Forçadas
Legais
Quanto ao Controlo
Clandestinas

Temporárias
Quanto a duração

Definitivas

Internas
Quanto ao espaço:
Externas ou Internacionais

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 Migrações voluntarias – quando a decisão de deslocação é feita por vontade própria.

 Migrações forçadas – quando as pessoas são obrigadas a sair da sua área de residência.

 Migrações legais – quando são realizadas com o conhecimento e autorização das entidades
administrativas.

 Migrações clandestinas – quando as pessoas entram e ficam a residir num determinado país
sem efectuarem os registos legais.

 Migrações temporárias – quando as pessoas se deslocam por um determinado período de


tempo.

 Migrações definitivas – quando as pessoas se deslocam por tempo indeterminado.

 Migrações internas – são aquelas que se efectuam/realizam dentro do mesmo país.

 Migrações externas ou internacionais – são movimentos que implicam a saída das pessoas
de um país para outro. Assumem duas formas: emigração e a imigração.
 Emigração – saída de população do seu país para outro, para ir residir.
 Imigração – entrada de população em um país estrangeiro para aí residir.
 Êxodo rural – saída da população das áreas rurais para as áreas urbanas.
 Êxodo urbano – saída da população das áreas urbanas para as áreas rurais ou
periféricas das áreas urbanas.

NOTA: A diferença entre a imigração e a emigração designa-se Saldo Migratório.

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Lição no 5
TEMA: Conclusão da aula anterior (causas e consequências das Migrações)
Taxa de crescimento efectivo.

Objectivos específicos: Ao terminar a aula o aluno deve ser capaz de:


 Explicar a evolução da População Mundial;

Unidade temática 1
Método/estratégia: Expositivo/elaboração conjunta.

Meios didácticos: quadro, apagador, giz, livro e caderno do aluno, esferográfica, lápis, borracha.

Causas e consequências das Migrações

Causas das Migrações


Calamidades naturais;

Procura de emprego;
Procura de melhores condições de vida;

Baixo nível de vida da população rural;

Falta das escolas;

Consequências das migrações


Superpovoamento;
Falta de mão-de-obra;
Aumento do desemprego;
Aumento da criminalidade (marginalidade);
Aumento da mendicidade e prostituição;
Degradação das condições habitacionais;
Procura de Escola;

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Taxa de nascimento efectivo


Crescimento Efectivo – Resulta da soma do crescimento natural e do saldo migratório.
CE = CN + SM
CE – Crescimento Efectivo;
CN – Crescimento Natural;
SM – Saldo Migratório;

Taxa do crescimento Efectivo – É o crescimento real verificado por cada cem habitantes num
ano.
𝐶𝑁+𝑆𝑀
TCE = 𝑥 100
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙

TCE – Taxa do crescimento Efectivo

Saldo Migratório (SM) - É a diferença entre o número dos imigrantes (I) e o número dos
emigrantes (E).
SM = I - E

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Lição no 6
TEMA: Evolução da População
Características gerais
Evolução da população mundial
Evolução da população no conjunto dos países desenvolvidos e menos
desenvolvidos.

Objectivos específicos: Ao terminar a aula o aluno deve ser capaz de:


- Explicar a evolução da População Mundial;

Unidade temática 1
Método/estratégia: Expositivo/elaboração conjunta.

Meios didácticos: quadro, apagador, giz, livro e caderno do aluno, esferográfica, lápis, borracha.

Evolução da População

 Características Gerais
A população mundial ao longo da História, apresenta-se em diferentes ritmos de crescimento.
Nalguns períodos da História da humanidade o ritmo do crescimento foi bastante lento, enquanto
noutros foi mais acelerado.
Isto é se os níveis de natalidade e de mortalidade forem próximos, o mais provável é que o ritmo
de crescimento seja lento. Enquanto os níveis de natalidade forem elevados e os de mortalidade
forem baixos, o ritmo pode acelerar-se. E quando os níveis de mortalidade são elevados e os de
natalidade são baixos, o ritmo de crescimento é lento ou inexistente.

 Crescimento Populacional – É a mudança positiva do número de indivíduos de uma


população dividida por uma unidade de tempo.

Evolução da população mundial


A população absoluta mundial é actualmente superior a 7 biliões de indivíduos. No entanto, o
crescimento da população mundial não se tem verificado em ritmos iguais ao longo dos tempos.
Assim sendo, podemos concluir que a população mundial tem vindo a crescer, embora segundo
ritmos variáveis.

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Considerando a variação dos ritmos da evolução população mundial, podem ser identificadas três
períodos distintos.

 Fase/Período do crescimento lento ou equilibrado


Estende-se desde os primórdios (princípios) da humanidade, até inícios do século XVIII.
Caracteriza-se por elevadas taxas de natalidade e de mortalidade. A elevada mortalidade devia-se
à fome, guerra, epidemias; endemias e as precárias condições higiénico-sanitário a que as
populações estavam sujeitas.

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Lição no 7
TEMA: Conclusão da aula anterior
Fase de crescimento rápido dos países desenvolvidos e subdesenvolvidos

 Fase do crescimento rápido dos países desenvolvidos


Estende-se desde os princípios do século XVIII, até ao final da II Guerra Mundial. Neste
período, os países mais ricos (desenvolvidos) alcançaram um maior desenvolvimento económico,
social e cientifico resultando em melhores condições de vida e acentuadas reduções nas taxas de
mortalidade, aumentando, assim, os índices de crescimento populacional. De referir que a explosão
demográfica surgiu no século XX. E teve origem nos países em vias de desenvolvimento.

 Fase/Período da Explosão demográfica dos países subdesenvolvidos


No período posterior à II Guerra Mundial, os países subdesenvolvidos, beneficiando-se
amplamente das conquistas médicas e higiénicos-sanitários já alcançadas pelos países
desenvolvidos, conseguiram reduzir acentualmente as elevadas taxas de mortalidade até então
existentes, mantendo, as taxas de mortalidade bastante elevadas. É a Explosão demográfica. De
referir que a explosão demográfica surgiu no séc. XX e teve a sua origem nos países em via de
desenvolvimento.

O “Baby-Boom” (explosão de bebés)


O Baby-Boom foi um fenómeno demográfico que surgiu na europa, após a II Guerra Mundial e
tinha como objectivo compensar as enormes perdas humanas verificadas durante a I e II Guerras
Mundiais. Caracterizou-se por um brusco aumento dos valores de natalidade e logo após aos anos
50, na Europa.

Evolução da população no conjunto dos países desenvolvidos e subdesenvolvidos


Situação actual do crescimento populacional
Na actualidade, os países desenvolvidos estão atravessando uma nova fase que é caracterizada
pelos baixos índices de natalidade e também de mortalidade, o que resulta igualmente em baixos
índices de crescimento populacional. É o “Baby-crash” (redução de bebés).
Contrariamente, os países subdesenvolvidos contribuem com cerca de 60 milhões dos cerca de 70
milhões de indivíduos que são acrescidos anualmente à população mundial.

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Lição no 8
TEMA: Estrutura da População
Estrutura etária e sexual da população as pirâmides etárias.

Objectivos específicos: Ao terminar a aula o aluno deve ser capaz de:


 Explicar a estrutura da população (sexual, sectorial e profissional);
 Analisar pirâmides etárias.

Unidade temática 1
Método/estratégia: Expositivo/elaboração conjunta.
Meios didácticos: quadro, apagador, giz, livro e caderno do aluno, esferográfica, lápis, borracha.

Estrutura etária da População


Chama-se estrutura etária da população à distinção por faixa de idades e de sexos.
De acordo com a idade, divide-se a população em três grupos:
1 - Dos 0 aos 14 anos – População Jovem
2 - Entre os 15 e os 64 anos – População Adulta
3 - De 65 anos e mais – População Velha

(Plural Editores, José Julião da Silva, pág. 21)

Para se estudar a distribuição da população por sexo e idade, constroem-se gráficos em forma de
pirâmides, designadas, por isso Pirâmides etárias.
Pirâmides etárias – São gráficos que permitem ter uma visão do conjunto da população repartida
por sexos e classes etárias (idades).
Nota: Tirar a fotocópia da página 22, Plural Editores tem alguns exemplos de pirâmides etárias.

Características das pirâmides dos países desenvolvidos


Os países desenvolvidos apresentam uma população estacionária como consequência da
alternância de políticas natalistas com políticas anti natalistas, de modo a que haja equilíbrio entre
as taxas de natalidade e de mortalidade. Daí que as suas pirâmides apresentam a base mais ou
menos larga e o topo também mais ou menos largo, tomando a forma de um Caxão.

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Características das pirâmides dos países subdesenvolvidos


Os países subdesenvolvidos caracterizam-se por uma população em expansão, resultante de
desequilíbrio entre a elevada taxa de natalidade e a reduzida taxa de mortalidade por isso, as suas
pirâmides apresentam a base muito larga e o topo ou ápice muito estreito, tomando a forma de um
triângulo.
Principais etapas da construção de uma pirâmide etária
1- Traçam-se dois eixos verticais paralelos (ordenados). Estes eixos correspondem aos grupos
etários e dividem-se em intervalos, geralmente, de cinco anos;

2- Traçam-se dois eixos horizontais (abcissa) que partem da base dos eixos verticais. O eixo
vertical da esquerda representa os Homens e o da direita as mulheres;

3- Representam-se os valores em barras horizontais. A informação pode ser representada em


valores absolutos ou em percentagens;
Nota: Ver página 23, Plural Editores

Tipos de Pirâmides
Existem três tipos de pirâmides a saber:
 Expansiva ou crescente;
 Estacionária ou rejuvenescida;
 Regressiva ou decrescente;

 Pirâmide expansiva ou crescente – É característica dos países em vias de desenvolvimento.


Regista-se uma população muito jovem, uma mortalidade infantil elevada e uma esperança média
de vida baixa. Assim, a população, predominante jovem, continua a aumentar rapidamente.

 Pirâmide estacionária ou rejuvenescida – Pirâmide típica dos países que já atingiram um


certo nível de desenvolvimento.
Revela uma redução da taxa de natalidade e de mortalidade infantil, com o aumento do número de
adultos e da esperança média de vida.

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 Pirâmide regressiva ou decrescente – Pirâmide típica dos países desenvolvidos.


Apresentam níveis de natalidade e de mortalidade infantil muito baixos, sendo elevada a esperança
de vida o que origina uma proporção elevada de idosos. Os países que apresentam este tipo de
estrutura revelam uma tendência para um forte envelhecimento da população.

Nota: Tirar fotocópia da página 24, Plural Editores, José Julião da Silva; vem alguns
exemplos de Pirâmide expansiva; estacionária, regressiva.

Importância da estrutura etária

 Permite o fornecimento de dados para um planeamento económico e social mais adequado;

 Possibilita o conhecimento das necessidades de cada faixa etária em termos de assistência


médica, social, escolar, lazer, etc.

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TEMA: Estrutura Sectorial da População

Objectivos específicos: Ao terminar a aula o aluno deve ser capaz de:


 Analisar diagramas sectoriais da População;

Unidade temática 1
Método/estratégia: Expositivo/elaboração conjunta.

Meios didácticos: quadro, apagador, giz, livro e caderno do aluno, esferográfica, lápis, borracha.

Estrutura sectorial da população


É a distribuição da população por sectores de actividades.
Existem 3 sectores de actividade:
 Sector Primário – É aquele que extrai as matérias-primas brutas. Compreende as seguintes
actividades: agricultura, pecuária, silvicultura, caça e pesca. No nosso país, este sector
ocupa cerca de 82% da população activa.

 Sector Secundário – Dedica-se à transformação das matérias- primas. Engloba a actividade


industrial (indústria extrativa e transformadora), a construção civil e obras públicas e a
distribuição de água, gás e eletricidade. Este sector em Moçambique ocupa 10% da
população activa.

 Sector Terciário – Envolve actividade de não produção de mercadorias, mas de prestação de


serviços. Este é o sector de serviços que engloba comércio, educação, bancos, transportes,
hospitais e outros serviços. Este sector ocupa cerca de 8% de ativos no nosso país.

 Nos países subdesenvolvidos como Moçambique, a população está no sector primário.


Este sector emprega a maior parte da força de trabalho.

 Os países desenvolvidos, apresentam os sectores secundários e terciários bem


desenvolvidos. Estes dois sectores empregam a maior parte da força de trabalho da população
activa.

População activa – São todos aqueles que dentro da população total de um país exercem uma
profissão, ou têm uma ocupação, mesmo que estejam temporariamente desempregados.

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População Inactiva ou Passiva – parte da população que não exerce actividade renumerada.
Algumas categorias que se incluem nesta categoria são os reformados, as donas de casa,
estudantes, jovens à procura do primeiro emprego e indivíduos que vivem dos rendimentos.

População economicamente activa – É apenas a parcela dos trabalhadores que fazem parte da
economia formal, ou seja, que possuem contractos de trabalho ou exercem profissão liberal,
participando do sistema de colecta de impostos. OU
É constituída por todos aqueles que efectivimanete exercem uma actividade económica
remunerada (assalariada).

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TEMA: Distribuição da população


Factores de distribuição
Factores naturais
Factores humanos

Objectivos específicos: Ao terminar a aula o aluno deve ser capaz de:


- Explicar os principais factores de distribuição da população;

Unidade temática 1
Método/estratégia: Expositivo/elaboração conjunta.
Meios didácticos: quadro, apagador, giz, livro e caderno do aluno, esferográfica, lápis, borracha.

Distribuição da População
A população mundial não está distribuída igualmente em todas as partes do globo terrestre, pelo
contrário, há excesso de pessoas em algumas regiões e falta em outras.
Por exemplo: O número de habitantes na Ásia não é igual ao do continente africano, nem ao da
Europa e nem ao da América. A estrutura demográfica de Moçambique é diferente da África do
Sul ou da do Zimbabwe.

Factores de distribuição da população


A desigual distribuição da população no globo terrestre está relacionada com determinados
factores de ordem económica, físico-natural, históricos e políticos.
 Factores Económicos
A agricultura é uma actividade associada à fertilidade dos solos. Assim, o Homem é atraído para
as regiões de solos ricos (vulcânicos, aluviais e negros) e repelido pelos solos pobres, como o caso
das encostas íngremes, solos das regiões tropicais onde os produtos orgânicos são arrastados para
o subsolo e minerais se acumulam na superfície do solo.

 Factores Físico-Naturais
Determinados factores físico-naturais como as condições climáticas, a vegetação, as regiões áridas,
de elevações, de baixas temperaturas ou solos inférteis; limitam a fixação das populações.
As montanhas e os desertos são zonas menos povoadas, em qualquer latitude, devido às condições
de temperatura e a escassez de pluviosidade.

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 Factores Históricos
A concentração da população nos vales e nos deltas de alguns rios como Ganges, Nilo, por
exemplo, são resultados da existência de antigos impérios que tiveram a capacidade de realizar
grandes obras hidráulicas e de desbravas florestas, permitindo a fixação, desde a antiguidade de
grandes massas humanas.
A reduzida população de África pode justificar-se em parte por tráfico de escravos que representou
a perda de muitos milhões de pessoas.

 Factores Políticos
Em países ou regiões com conflitos, onde guerra tribal, turbulência e insegurança assiste-se ao
abandono da região e a concentração da população em lugares seguros.
Exemplo: Em Moçambique com a guerra civil que durou 16 anos, muita população passou a viver
em situações de “deslocados” nas regiões mais seguras.

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TEMA: Distribuição da população por continentes: África, Ásia, Europa, América e Oceânia

Objectivos específicos: Ao terminar a aula o aluno deve ser capaz de:


 Explicar a distribuição por continentes;

Unidade temática 1
Método/estratégia: Expositivo/elaboração conjunta.
Meios didácticos: quadro, apagador, giz, livro e caderno do aluno, esferográfica, lápis, borracha.

Distribuição da população por continentes: África, Ásia, América e Oceânia


O continente mais populoso é a Ásia, onde vive cerca de 60% do total da população mundial.
Neste continente, três países – a China, a Índia e Indonésia – têm cerca 2,8 bilhões de habitantes,
isto é, quase a metade da população do planeta. No extremo oposto encontra-se a Oceânia, que
responde por apenas 0,5 da população mundial.
 A América – é um continente pouco povoado. A população concentra-se principalmente,
no nordeste dos Estados Unidos da América, na América Central e na Costa do Brasil.

 No continente Africano – a população concentra-se sobretudo nas regiões do litoral norte e


oeste, no planalto central e nos vales férteis dos rios Nilo, Congo e Zambeze, entre outros.

 A Europa – é o continente mais densamente povoado, com maior parte da população a


concentra-se na Europa Ocidental e Central; facto que se explica pelas baixas altitudes,
navegabilidade dos rios, desenvolvimento industrial, comercial e de serviços.
As regiões do Norte da Europa apresentam-se praticamente despovoados, em consequência do
rigor do clima.

Tabela de distribuição populacional pelos vários continentes

CONTINENTES HABITANTES PERCENTANGES DA


POPULAÇÃO MUNDIAL
ÁSIA 4,1 Bilhões 60%
ÁFRICA 1,031 Bilhão 14,9%
AMÉRICA 934,3 Milhões 13,5%
EUROPA 749,6 Milhões 10,9%
OCEÂNIA 37,1 Milhões 0,5%

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TEMA: Problemas demográficos


Causas e consequências
População e ambiente

Objectivos específicos: Ao terminar a aula o aluno deve ser capaz de:


 Identificar os problemas demográficos;
 Analisar a pressão da população sobre o ambiente;

Unidade temática 1
Método/estratégia: Expositivo/elaboração conjunta.

Meios didácticos: quadro, apagador, giz, livro e caderno do aluno, esferográfica, lápis, borracha.

PROBLEMAS DEMOGRÁFICOS: CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS


Existem vários problemas demográficos é o caso de: superpovoamentos, fome, guerra,
desemprego, degradação de recursos.
a) Superpovoamento – fala-se de superpovoamento quando o país não está em condições
de assegurar as necessidades de todos os seus habitantes.
A África regista actualmente, índices demográficos bastantes elevados. Esta explosão
demográfica é mantida pela mortalidade e natalidade extremamente elevadas.

b) Fome – a explosão demográfica aumenta o fosso entre as necessidades em produtos


alimentares e a sua produção. Esta situação provoca um esforço para o incremento da
produção. Porém, nos países subdesenvolvidos esta tendência é mais lenta em relação
ao crescimento populacional, isto associado às calamidades naturais frequentes que
ocorrem neste grupo de países, provoca situações de fome constantes.

c) Guerras – Em tempos recentes, as guerras em Moçambique provocaram mortes e


degradação de condições de vida a milhares de pessoas.

d) Desemprego – O desemprego nos países subdesenvolvidos provoca sérios problemas


com grandes índices de mão-de-obra excedentária que reside maioritariamente nos
subúrbios, causando ondas de criminalidade, marginalidade e outras formas de
imoralidade;

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e) Degradação dos Recursos – Os efeitos da presença do Homem na natureza acentuam-


se de duas formas: Por um lado, pelo derrube da floresta ou eliminação de outro tipo
de vegetação, pela exploração agrícola intensa, etc.; e por outro lado, pela instalação
de unidades fabris, grandes consumidores de energia e materiais, sem o mínimo
cuidado quer na sua má localização e actividade; quer na defesa dos recursos primários.

População e ambiente
O ser humano faz parte da natureza.
Toda a sua ação tem impacto sobre o meio ambiente. Actualmente a população mundial utiliza
mais do que o planeta pode produzir de forma sustentável.
Nos países subdesenvolvidos, como Moçambique, a floresta serve como uma salvação, isto é a
floresta que o cidadão vai buscar lenha para cozinhar, capim e troncos de árvores para curar as
doenças, folhas de plantas e frutos silvestres para alimentação. Como resultado há uma grande
exploração dos recursos naturais, provocando a degradação do ambiente. Mas apesar da crescente
industrialização destes países, são os países desenvolvidos os principais responsáveis pela
exploração dos recursos naturais e dos problemas ambientais emergentes.
A poluição do ar provoca chuvas ácidas, redução da camada do ozono e o aumento do efeito de
estufa. A consequência mais evidente é o aquecimento global, isto é mudando os hábitos dos seres
vivos.

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9ª Classe
Io Trimestre

PROGRAMA DO I TRIMESTRE

1.1.- População – Conceito


Importância do estudo da população
1.2.- Movimentos populacionais
1.2.1- Movimento natural
 Natalidade, taxa de natalidade
 Mortalidade, taxa de mortalidade
 Crescimento natural, taxa de crescimento natural
1.2.2- Movimentos migratórios
 Migrações
 Causas e consequências das migrações

1.3.- Taxas de crescimento efectivo


1.4.- Evolução da população
 Características gerais
 Evolução da população mundial;
 Evolução da população no conjunto dos países desenvolvidos e menos
desenvolvidos.

1.5.- Estrutura da População


1.5.1.- Estrutura etária e sexual da população, as pirâmides etárias.
1.5.2.- Estrutura sectorial da população;
1.6.- Distribuição da população
1.6.1.- Factores de distribuição
 Factores naturais
 Factores humanos
1.6.2.- Distribuição da População por continentes
África, Ásia, Europa, América e Oceânia.
1.7.- Problemas demográficos
1.7.1.- Causas e consequências
1.7.2- População e ambiente.

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