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Mna 857 - Medb PDF
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Ementa:
Este curso tem por interesse discutir os diversos modos como classe, raça,
etnicidade, gênero e sexualidade atuam de forma articulada na conformação
de diferenças, posições de sujeito e desigualdade ou privilégio social. As
ideias presentes nesse modelo, mais conhecido hoje
como interseccionalidade (batizado assim por Kimberlé Williams
Crenshaw) não são novas e obedecem a diferentes linhas de pensamento: os
estudos subalternos, o feminismo pós-colonial, o black feminism, o
feminismo mestiço e o feminismo descolonial. Por tal, este curso pretende
acompanhar as origens, desenvolvimentos e debates dessa linha de
pensamento que se configura como um marco analítico/teórico,
metodológico e, simultaneamente, político. Nos concentraremos, então, na
primeira parte, nas autoras Lila Abu-Lughod, Saba Mahmood, Avtar Brah,
Anne McKlintock, Chandra Mohanty, Patricia Hill Collins, beell hooks,
Angela Davis, Gloria Anzaldua, Maria Lugones, entre outras.
Num segundo momento do curso, daremos atenção a outros
marcadores sociais da diferença que como idade, nacionalidade e
discapacidade também operam na produção de sujeitos, identidades e
desigualdades. Aqui, sobrevoaremos os principais postulados da
teoriaqueer para adentrarmos em demandas e especificidades críticas tais
como o queer chicano e a teoria crip. Serão básicos autores como Tomás
Almaguer, Salvador Vidal-Ortiz, Lionel Cantu, Melania Moscoso, Raquel
Platero e Robert McRuer.
A terceira unidade do curso se chamará Leituras desde o Sur e terá
como destaque autoras e autores Latino-americanos e do Caribe que têm se
dedicado a modelos de análises das diferenças sociais de modo
interseccional. Entre estes, dedicaremos uma parcela de nossa atenção aos
modos como esse pensamento se apresentou no Brasil em diversas
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Leitura adicional:
MOHANTY, Chandra. “De vuelta a ‘Bajo los ojos de Occidente’: la
solidaridad feminista a través de las luchas anticapitalistas”, en Liliana
Suárez Navas y Rosalía Aída Hernandez (eds.). Descolonizando el
feminismo. Teorías y prácticas desde los márgenes. Madrid: Ediciones
Cátedra. 2008. pg: 407-463.
LORDE, Audre. “Age, race, class and sex: women redefining difference”.
In Sister outsider: Essays and speeches. Freedom, CA. Press. 1984. pg:
114-123.
Leitura adicional:
bell hooks. “Black Women: Shaping Feminist Theory”, Feminist Theory
from Margin to Centre, South End Press, 1984.
Leitura adicional:
Leituras adicionais:
FACCHINI, Regina. “Não faz mal pensar que não se está só”: estilo,
produção cultural e feminismo entre as minas do rock em São Paulo. Em
Cadernos Pagu, n° 36, Campinas-SP, Núcleo de Estudos de
GêneroPagu/Unicamp, 2011, pp.117-153.
XV Sessão: 17/06/2015
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MERCER, Kobena. “Los mil falos de Mapplethorpe”. (Traducción de Flora Botton-Burlá). In Kobena
Mercer. In Emily Apter & William Petz (eds.). Fetishism as cultural discourse. London. 1998.