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ABNT/CB-31

PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 15316-1


SETEMBRO:2008

Chapas de Fibras de Média Densidade - Parte 1: Terminologia


APRESENTAÇÃO

1) Este 1º Projeto foi elaborado pela CE-31:000.07 - Comissão de Estudos de Painéis de Fibra de
Madeira - do ABNT/CB-31 - Comitê Brasileiro de Madeira, nas reuniões de:

19/07/2007 17/10/2007 28/11/2007


16/01/2008 12/03/2008 15/04/2008

2) Este Projeto é previsto para cancelar e substituir a ABNT NBR 15316-1:2006, quando aprovado,
sendo que nesse ínterim a referida norma continua em vigor;

3) Não tem valor normativo;

4) Tomaram parte na elaboração deste Projeto:

Participante Representante

Abimci Luciane Torquato


Abipa Rosane Dill Donati
Berneck Leonir Antonio da Silveira
Duratex José Reinaldo S. Astolphi
Eucatex Marcos Cesar Forti Passaroni
Georgia Pacific Jonatan Carlos de Souza
Ufpr Sidon Keinert Jr.
Masisa Atilio Formagio
Arauco Anderson Ribeiro de Assunção
Tecpar Lúcio Bolognesi
Ufrrj Edvá Oliveira Brito
Ufpr/Ltm Jorge Luis M. de Matos
Ufpr/Ltm Silvia A.A. Romão
Tafisa Ricardo Y. Kizuka
Ufpr Setsuo Iwakiri
Battistella Luciano Battistella
Berneck Luis César Ribeiro
Sudati Carlos Buest

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PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 15316-1
SETEMBRO:2008

Chapas de Fibras de Média Densidade - Parte 1: Terminologia


MEDIUM DENSITY TIBERBOARD - PART 1 TERMINOLOGY

Palavras-chave: Chapas de Fibras de Média Densidade.


Descriptors: MEDIUM DENSITY TIBERBOARD.

Sumário

Prefácio
1 Escopo
2 Referências Normativas
3 Termos e definições

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de
Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudos Especiais Temporárias (ABNT/CEET), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo
parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

A ABNT NBR 15316, sob o título geral “Chapas de fibras de média densidade”, tem previsão de conter as
seguintes partes:
- Parte 1: Terminologia;
- Parte 2: Requisitos;
- Parte 3: Métodos de ensaio.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.
Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta informação em seus
comentários, com documentação comprobatória.

1 Escopo

Esta parte da ABNT NBR 15316-1 define os termos usualmente empregados na fabricação, comercialização,
execução de ensaios e utilização de chapas de fibras de média densidade e seus derivados.

This part of the ABNT NBR 15316-1 defines terms usually used in the manufacturing, trading, testing and resing of
medium density tiberboard and its derivatives.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do
referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 153161:2005, Chapas de fibras de média densidade - Parte 1: Terminologia

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3 Termos e definições

Para os efeitos desta parte da ABNT NBR 15316-1, aplicam-se as seguintes definições:

3.1
absorção de água:
Aumento da massa (em água) que um corpo-de-prova de uma chapa de fibras de média densidade (MDF)
apresenta, após serem imersos em água a (20 ± 1)°C pelo tempo de 24 h ± 36 min.

3.2
adesivo; resina:
Substância utilizada com o objetivo de aderir fibras em uma chapa de fibras de média densidade. Pode ser
orgânico ou inorgânico.

3.3
aditivo:
Material especial incorporado em uma chapa de fibras de média densidade (MDF) durante a manufatura, para
obterem-se determinadas propriedades. Como exemplo podem-se citar: preservativos, emulsões, retardantes ao
fogo, entre outros.

3.4
caracterização inicial:
análise realizada como referência inicial para a determinação do teor de formaldeído.

3.5
carga concentrada:
Força aplicada em um único ponto da superfície de uma chapa de fibras de média densidade (MDF).

3.6 carga uniforme: Força uniformemente distribuída através da superfície de uma chapa de fibras de média
densidade.

3.7
chapa de fibras de média densidade (MDF):
Chapa de fibras de madeira com umidade menor que 20% na linha de formação e densidade > 450 kg/m3. Essa
chapa é produzida basicamente sob ação de calor e pressão com a adição de adesivo sintético. Para fins
mercadológicos, pode ser classificada em:

a) HDF: chapa com densidade > 800 kg/m3;


b) standard: chapa com densidade > 650 kg/m3 e < 800 kg/m3;
c) light: chapa com densidade < 650 kg/m3;
d) ultra light: chapa com densidade < 550 kg/m3.

3.8
chapa de fibras de média densidade (MDF) estrutural:
Chapa de alta resistência mecânica, adequada para uso em estruturas que irão suportar cargas.

3.9
chapa de fibras de média densidade (MDF) exterior:
Chapa para uso exterior, usualmente fabricada com adesivos adequados a este fim (resinas fenólicas,
melamínicas, isocianatos etc), que lhe conferem características para uso externo, principalmente maior resistência
à água.

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3.10
chapa de fibras de média densidade (MDF) resistente à umidade:
Chapa para uso em ambientes cuja umidade relativa exceda 85% somente em poucas semanas do ano,
usualmente fabricada com adesivos adequados a este fim (normalmente resinas melamínicas ou copolímeros
melamina-uréia formaldeído), que lhe conferem características de maior resistência à umidade.

3.11
chapa de fibras de média densidade (MDF) resistentes ao fogo:
Chapa que recebe a incorporação de aditivos que lhe conferem características de resistência ao fogo.

3.12
chapa de fibras de média densidade (MDF) revestida:
Chapa que recebe acabamento superficial, tais como papéis, laminados plásticos de alta ou baixa pressão, filmes
plásticos, lâminas de madeira, chapas duras de fibra de madeira (hardboard) e pintura.

3.13
cola:
Substância que compreende a mistura do adesivo (ou resina) e os respectivos aditivos que conferem
características particulares às chapas de fibras de média densidade (MDF), tais como parafina, catalisador,
preservativos, agentes fogorepelentes etc.

3.14
colchão de fibras:
Conjunto de fibras de madeira com cola, depositado em camada única que, após ser submetido à operação de
prensagem, se consolida na forma de chapa de fibras de média densidade (MDF).

3.15
compressão longitudinal:
Medida da resistência à ruptura de um corpo-de-prova de uma chapa de fibras de média densidade (MDF),
quando submetida a uma carga paralela em seu sentido longitudinal.

3.16
contraface:
Superfície secundária de uma chapa de fibras de média densidade (MDF) em relação à sua utilização.

3.17
cura a quente:
Processo de endurecimento de resinas ou adesivos que curam a temperaturas elevadas (termofixas), formando
ligações rígidas que não são rompidas pela exposição ao calor.

3.18 cura:
Alteração físico-química apresentada pelo endurecimento das resinas ou adesivos.

3.19
deflexão:
Flecha apresentada por uma chapa de fibras de média densidade (MDF) apoiada entre suportes, quando
submetida a uma carga aplicada em um ou mais pontos de sua superfície.

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3.20
densidade:
Característica representada pelo quociente da relação entre a massa e o volume de um corpo, a determinado teor
de umidade.

3.21
dimensão:
Medição nominal superficial das chapas de fibras de média densidade (MDF), compreendida pela largura e pelo
comprimento.

3.22
emissão de formaldeído:
Desprendimento do formol não reagido em uma chapa de fibras de média densidade (MDF), na forma de gás.

3.23
empenamento:
Deformação permanente em relação à planicidade, apresentada por uma chapa de fibras de média densidade
(MDF).

3.24
ensaios de avaliação:
Ensaios realizados com o objetivo de avaliar as tendências dos resultados de qualidade tecnológica das chapas
de fibra de média densidade (MDF).

3.25
espessura:
Distância entre os pontos extremos das superfícies de uma chapa de fibras de média densidade (MDF).

3.26
esquadro:
Propriedade dimensional das chapas de fibras de média densidade (MDF), caracterizada pelo fato das bordas
longitudinais e transversais se cruzarem perpendicularmente (em ângulo de 90°), proporcionando às chapas um
formato de quadrado ou retângulo.

3.27
estabilidade dimensional:
Grau de variação de dimensões que a chapa de fibras de média densidade (MDF) apresenta quando exposta à
variação das condições de temperatura e umidade.

3.28
expansão linear:
Variação dimensional longitudinal de um corpo-de-prova de uma chapa de fibras de média densidade (MDF),
expressa em porcentagem, quando este é submetido a uma variação de teor de umidade.

3.29
extração perforator:
Extração do formaldeído livre de um corpo-de-prova de uma chapa de fibras de média densidade, através da
utilização de tolueno.

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3.30
face:
Superfície principal de uma chapa de fibras de média densidade (MDF) em relação ao seu uso. Quando as
superfícies são de mesma qualidade, ambas são descritas como face.

3.31
fator de preenchimento:
Relação entre a superfície total do corpo de prova, excluindo-se a superfície das extremidades, e o volume da
câmara, expressa em metros quadrados por metro cúbico (m2/m3).

3.32
fator de renovação do ar:
Relação entre o volume de ar que atravessa a câmara em uma hora (m3/h) e o volume da câmara (m3).

3.33
fibra:
Toda célula dissociada do lenho ou da casca.

3.34
formaldeído:
Composto orgânico reativo (CH2O), utilizado na fabricação de resinas para a confecção de chapas de fibras de
média densidade (MDF).

3.35
grana de lixa:
Classificação do material abrasivo de uma lixa, identificada numericamente. Quanto mais alta a classificação,
menor a granulometria da lixa, sendo melhor o nível de acabamento proporcionado nas superfícies das chapas de
fibras de média densidade (MDF).

3.36
inchamento:
Variação percentual de aumento em espessura que um corpo-de-prova de uma chapa de fibras de média
densidade (MDF) apresenta, após ficar imerso pelo tempo de 24 h ± 36 min em água à temperatura de (20 ± 1)°C.

3.37
inspeção por variáveis:
Inspeção segundo a qual uma característica da qualidade em uma unidade do produto é medida numa escala
contínua, tal como quilogramas, metros e metros por segundo, e nesta condição anotada.

3.38
ligação interna:
Ver 3.51.

3.39
máquina universal de ensaios:
Equipamento destinado à realização de ensaios mecânicos, visando especialmente aplicação em controle de
qualidade industrial sobre materiais.

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3.40
melamina formaldeído:
Resina termoendurecível resistente à água, comumente utilizada na impregnação de papéis para laminados de
alta (AP) ou baixa (BP) pressão e eventualmente na fabricação de chapas de fibras de média densidade (MDF)
para uso exterior.

3.41
melamina uréia formaldeído (MUF):
Resina termoendurecível resistente à umidade, comumente utilizada na fabricação de chapas de fibras de média
densidade (MDF) para uso em ambientes cuja umidade relativa exceda 85% somente em poucas semanas do
ano.

3.42
módulo de elasticidade aparente:
Constante elástica que expressa a rigidez de um corpo-de-prova de uma chapa de fibras de média densidade
(MDF), determinada durante o regime elástico, onde não há alteração das suas características originais.

3.43
órgão de certificação:
Laboratório de ensaios independente, autorizado a monitorar ensaios e programas de avaliação, de modo a
assegurar conformidade com as normas aplicáveis ao produto.

3.44
perfil de densidade:
Gradiente que determina o perfil de densidade de um corpo-de-prova de uma chapa de fibras de média densidade
(MDF), através da determinação parcial de densidade de suas camadas, classificando a chapa de fibras de média
densidade (MDF) quanto ao seu grau de densidade final.

3.45
polimerização:
Cura de uma resina durante a prensagem em um processo de fabricação de chapas de fibras de média densidade
(MDF). Também conhecida como "cura da resina".

3.46
pré-cura:
Processo de cura de uma resina, ocorrida antes do processo de prensagem de uma chapa de fibras de média
densidade (MDF).

3.47
prensagem a quente:
Processo de prensagem de um colchão de fibras de madeira, para compactar e solidificar a estrutura através da
aplicação simultânea de calor e pressão.

3.48
regime estacionário:
O regime estacionário é alcançado quando a emissão de formaldeído dos painéis derivados da madeira é quase
constante nas condições de teste, ou seja, quando a concentração de formaldeído na câmara permanece
constante.

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3.49
resistência à abrasão:
Propriedade que implica a resistência da superfície de uma chapa de fibras de média densidade (MDF) revestida
em ser desgastada devido à ação de fricção ou atrito.

3.50
resistência à flexão estática:
Resistência que um corpo-de-prova de uma chapa de fibras de média densidade (MDF), apoiado em seus
extremos, oferece quando sujeito a uma força aplicada em seu centro até a sua ruptura.

3.51
resistência à tração perpendicular:
Resistência que um corpo-de-prova de uma chapa de fibras de média densidade (MDF) oferece, quando este é
submetido a uma força de tração aplicada perpendicularmente à sua superfície até a ruptura.

3.52
resistência ao arrancamento de parafuso na superfície:
Resistência que um corpo-de-prova de uma chapa de fibras de média densidade (MDF) com espessura total
mínima de 14 mm oferece, quando sujeito ao arrancamento por uma força de tração de um parafuso fixado
perpendicularmente à sua superfície.

3.53
resistência ao arrancamento de parafuso:
Propriedade que avalia a resistência ao arrancamento de parafuso das superfícies ou topos de uma chapa de
fibras de média densidade (MDF).

3.54
resistência ao arrancamento de parafuso no topo:
Resistência que um corpo-de-prova de uma chapa de fibras de média densidade (MDF) com espessura total
mínima de 14 mm oferece, quando sujeito ao arrancamento por força de tração de um parafuso fixado
perpendicularmente ao seu topo.

3.55
resistência superficial:
Resistência que um corpo-de-prova de uma chapa de fibras de média densidade (MDF) oferece, quando
submetido a uma força de tração aplicada perpendicularmente ao plano de sua face, para promover o arranque de
determinada área da camada superficial.

3.56
retilineidade:
Propriedade dimensional das chapas de fibras de média densidade (MDF), caracterizada pela retidão com que se
apresentam suas bordas longitudinais e transversais.

3.57
teor de formaldeído:
Quantidade de gás formaldeído extraído de uma amostra de chapas de fibras de média densidade (MDF), dada
em miligramas de formaldeído por 100 g de amostra seca.

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3.58
teor de umidade:
Porcentagem de água desprendida do corpo-de-prova de uma chapa de fibras de média densidade (MDF),
quando este é submetido a uma temperatura de (103 ± 2)°C, até a massa tornar-se constante. A porcentagem é
tomada em relação à base seca.

3.59
valor de emissão pelo método da câmara:
Concentração de formaldeído em regime estacionário na câmara, obtida com temperatura, umidade relativa, fator
de carga e fator de renovação do ar constantes. É expressa em massa por unidade de volume, em miligramas de
formaldeído por metro cúbico de ar (mg/m3).

OBSERVAÇÃO - A 23 ºC e 1.013 hPa são obtidas as seguintes equivalências para o formaldeído:


1 ppm (partes por milhão) = 1,24 mg/m3

1 mg/m3 = 0,81 ppm (partes por milhão)

3.60
velocidade do ar:
Velocidade do ar próximo à superfície dos corpos de prova na câmara, expressa em metros por segundo (m/s).

3.61
volume:
Produto resultante da multiplicação do comprimento, largura e espessura de um corpo.

3.62
volume da câmara:
Volume total de ar da câmara sem carga, incluindo os tubos de ventilação de reciclagem, expresso em metros
cúbicos (m3).

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