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CDU: 621.882.2 AGO./1991 EB-168


Propriedades mecânicas de elementos
de fixação - Parafusos e prisioneiros
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

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Rio de Janeiro
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NORMATÉCNICA
Registrada no INMETRO como NBR 8855
NBR 3 - Norma Brasileira Registrada

Origem: Projeto EB-168/91


CB-04 - Comitê Brasileiro de Mecânica
CE-04:003.01 - Comissão de Estudo de Elementos de Fixação Roscados
EB-168 - Mechanical properties of fasteners - Bolts, screws and studs -
Specification
Copyright © 1990, Esta Norma foi baseada na ISO 898-1
ABNT–Associação Brasileira Esta Norma substitui a EB-168/84
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Parafuso. Elemento de fixação 17 páginas
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO 1.3 Esta Norma não de aplica a parafusos sem cabeça e


1 Objetivo peças roscadas semelhantes (ver EB-1564).
2 Documentos complementares
3 Condições gerais 1.4 Esta Norma não especifica requisitos tais como:
4 Condições específicas
5 Inspeção a) soldabilidade;
6 Aceitação e rejeição
ANEXO - Propriedades mecânicas de parafusos e b) resistência à corrosão (ver NB-320);
prisioneiros a temperaturas elevadas
c) resistência à temperatura acima de + 300°C ou a-
baixo de - 50°C.
1 Objetivo
Nota: O sistema de designação para classes de resistência tam-
1.1 Esta Norma fixa as características mecânicas de pa- bém pode ser utilizado fora do campo de aplicação descri-
rafusos e prisioneiros quando ensaiados à temperatura to, por exemplo: para tamanhos > 39 mm, sob a condição
ambiente (ver PB-18). As propriedades mecânicas variam de que os parafusos apresentem todas as características
com a temperatura alta ou baixa. mecânicas prescritas nesta Norma.

Nota: No Anexo, a título orientativo, são dadas as propriedades 2 Documentos complementares


mecânicas de parafusos e prisioneiros a temperaturas
elevadas, de algumas classes de resistência. Na aplicação desta Norma é necessário consultar:

1.2 Esta Norma aplica-se a parafusos e prisioneiros: Portaria INMETRO nº 76, de 31.12.69 - Parafusos -
porcas, rebites e similares - Acondicionamento
a) com diâmetro nominal de rosca - 39 mm (passo
normal e fino); EB-1564 - Elementos de fixação - Características me-
cânicas de parafusos sem cabeça e outros elemen-
b) com rosca métrica ISO, e com diâmetro, passos e tos de fixação roscados similares, não sujeitos a ten-
tolerâncias de acordo a NB-97; sões de tração - Especificação

c) de qualquer forma; EB-1647 - Porcas com valores de cargas específi-


cas - Características mecânicas de elementos de fixa-
d) fabricados de aço-carbono ou aço-liga. ção - Especificação
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MB-4 - Materiais metálicos - Determinação das pro- PB-882 - Elementos de fixação roscados - Tolerân-
priedades mecânicas à tração - Método de ensaio cias dimensionais, de forma, posição e rugosidade
para graus de produto A, B e C - Padronização
MB-60 - Determinação da dureza Brinell para mate-
riais metálicos - Método de ensaio TB-249 - Metalografia e tratamentos térmicos de li-
gas ferro-carbono - Terminologia
MB-1116 - Determinação da resistência ao impacto
de materiais metálicos em corpos-de-prova enta- 3 Condições gerais
lhados simplesmente apoiados - Método de ensaio
3.1 Sistema de designação
MB-358 - Materiais metálicos - Determinação da du-
reza Rockwell - Método de ensaio 3.1.1 O sistema de designação para classes de resistência
de parafusos e prisioneiros está representado na Tabela 1.
MB-359 - Materiais metálicos - Determinação da du- A abscissa representa o valor nominal da resistência à
reza Vickers - Método de ensaio tração Rm em MPa e a ordenada, o alongamento mínimo
após a ruptura Amín. em percentagem. As classes de
NB-97- Rosca métrica ISO - Procedimento resistência são formadas por dois algarismos:

NB-320 - Elementos de fixação de aço inoxidável e a) o primeiro algarismo indica 1/100 da resistência à
aço resistente à corrosão - Especificação tração nominal em MPa, ver Rm em 4.2;

NB-902 - Defeitos superficiais em parafusos - Pro- b) o segundo algarismo indica 1/10 da relação entre o
cedimento escoamento nominal ReL ou Rp0,2 e a resistência à
tração nominal Rm (relação do escoamento).
PB-18 - Temperatura de referência para medições
industriais de dimensões lineares - Padronização 3.1.1.1 A multiplicação dos dois algarismos resulta em 1/10
do escoamento nominal em MPa. O escoamento mínimo,
PB-50 - Furos de passagem para parafusos e peças ReL ou Rp0,2, e a resistência à tração mínima (Rm) são iguais
roscadas similares - Padronização ou mais altos do que os valores nominais (ver 4.2).

Tabela 1 - Sistema de coordenadas

Resistência à tração nominal 300 400 500 600 700 800 900 1000 1200 1400
Rm (MPa)
7
8
6.8 12.9
9
10 10.9

Alongamento mínimo 5.8 9.8 (A)


12
após a ruptura 8.8
Amín. (%) 14
16 4.8

18
20
22 5.6
4.6
25
3.6
30

Relação entre o escoamento e a resistência à tração


Segundo algarismo do símbolo 6 8 9
Escoamento nominal ReL ou Rp0,2
x 100 % 60 80 90
Resistência à tração nominal Rm
(A)
Aplicável somente a diâmetro d -16 mm.

Nota: As classes de resistência apresentadas nesta Norma não se aplicam necessariamente a todos os tipos de parafusos. Uma apro-
priada seleção das classes de resistência é apresentada nas respectivas padronizações. Para elementos não padronizados,
recomenda-se aplicar as classes de resistência selecionadas para produtos semelhantes.
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3.2 Marcação aplicada de preferência na parte cilíndrica da cabeça em


baixo-relevo, ou na superfície superior, em alto ou baixo-
3.2.1 Símbolos de marcação relevo.

Os parafusos devem ser marcados com os símbolos da 3.2.2.2.2 A marcação é obrigatória para parafusos de ca-
Tabela 2. beça cilíndrica com sextavado interno de diâmetros de
rosca d ¯ 5 mm, sempre que a forma do parafuso permita
3.2.2 Identificação uma marcação, de preferência na cabeça (ver Figura 2).

3.2.2.1 Parafusos de cabeça sextavada 3.2.2.3 Prisioneiros

A marcação é obrigatória para todas as classes, devendo 3.2.2.3.1 Prisioneiros devem ser marcados com os símbo-
ser efetuada na cabeça, de preferência em sua parte su- los da Tabela 2. Esta marcação em baixo-relevo é obriga-
perior, em alto ou baixo-relevo, ou em sua parte lateral, tória para as classes de resistência a partir de 8.8 inclu-
em baixo-relevo (Exemplo, ver Figura 1). A marcação é sive, e deve ser aplicada de preferência na parte plana da
obrigatória para parafusos de diâmetros d ¯ 5 mm. extremidade da rosca. Em prisioneiros com rosca in-
terferentes, a marcação da classe de resistência deve ser
3.2.2.2 Parafusos de cabeça cilíndrica com sextavado interno feita na superfície plana no lado da porca.

3.2.2.2.1 A marcação é obrigatória para parafusos das 3.2.2.3.2 A marcação é obrigatória para prisioneiros de
classes de resistência a partir de 8.8 inclusive, e deve ser diâmetros de rosca d ¯ 5 mm (ver Figura 3).

Tabela 2 - Símbolos de marcação

Classe de resistência 3.6 4.6 4.8 5.6 5.8 6.8 8.8 9.8 10.9 12.9
Símbolo (A) (B) 3.6 4.6 4.8 5.6 5.8 6.8 8.8 9.8 10.9 12.9
(A)
O ponto entre os dois algarismos pode ser omitido.
(B)
N a utilização de aço de baixo carbono na classe de resistência 10.9 (ver 4.1), o sím bolo de classe de resistência deve ser sublinhado 10.9.

Figura 1 - Exemplo de marcação de parafusos sextavados

Figura 2 - Exemplo de marcação de parafusos de cabeça cilíndrica com sextavado interno

Figura 3 - Exemplo de marcação de prisioneiros


Nota: É permitida uma marcação alternativa para prisioneiros, conforme Tabela 3.
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Tabela 3 - Símbolos para marcação alternativa

Classe de resistência 8.8 9.8 10.9 12.9

Símbolo

3.2.2.4 Outros tipos de parafusos 3.2.5 Identificação de origem

A marcação da classe de resistência, conforme 3.2.2.1 e A marcação de origem - marca do fabricante - é obrigató-
3.2.2.2, é também recomendada para outros tipos de ria para todos os parafusos, que são marcados com a
parafusos de classe de resistência 4.6 e 5.6, e todas as classe de resistência.
classes iguais ou mais altas que 8.8, por indicações nas
respectivas normas de padronização, ou por acordo en- 3.3 Embalagem
tre fabricante e comprador.
3.3.1 Parafusos e peças roscadas similares devem ser
3.2.3 Marcação de parafusos com rosca esquerda embalados de modo que não sofram danos mecânicos
durante o transporte.
3.2.3.1 Parafusos com rosca esquerda devem ser marca-
dos adicionalmente com um símbolo, conforme Figura 4, 3.3.2 Parafusos e peças roscadas similares devem trazer
na cabeça do parafuso ou na parte plana da extremidade nas respectivas embalagens a designação completa, con-
roscada. Esta marcação é obrigatória para parafusos de tendo a denominação, forma ou tipo, dimensões, classe
diâmetro de rosca d ¯ 5 mm. de resistência e quantidade.

3.2.3.2 Parafusos com rosca esquerda podem também ser 3.3.3 As quantidades contidas nas embalagens devem
marcados alternativamente com ranhura sobre os cantos estar de acordo com a portaria do INMETRO nº 76, de
do sextavado, conforme Figura 5. 31.12.69, nas quantidades de uma, duas e cinco peças, ou
múltiplos de 10, 100 e 1000. É permitida a venda de pa-
3.2.4 Marcação alternativa rafusos de grau do produto C em unidades de massa;
neste caso, as embalagens devem conter indicação das
Fica a critério do fabricante o uso de marcação alternativa unidades padronizadas, ou seja: 1 kg, 2 kg, 5 kg, 10 kg,
prevista anteriormente. 20 kg e 50 kg.

Figura 4 - Exemplo de marcação de parafusos com rosca esquerda

Figura 5 - Exemplo de marcação alternativa de parafusos com rosca esquerda


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4 Condições específicas 4.1.3 Os limites de composição química só são obrigatórios


para parafusos que não podem ser submetidos ao ensaio
4.1 Materiais de tração.

4.1.1 A Tabela 4 especifica aços para as diferentes classes 4.2 Propriedades mecânicas
de resistência de parafusos e prisioneiros.
Os parafusos e prisioneiros devem apresentar as pro-
4.1.2 A s tem peraturas m ínim as de revenim ento da Tabela 4 priedades mecânicas da Tabela 5, quando ensaiados à
são obrigatórias para as classes de resistência 8.8 até 12.9. temperatura ambiente, conforme os ensaios de 5.1.

Tabela 4 - Especificação de aços

Classe de Material e tratamento térmico Limites de composição química Temperatura


resistência (análise da peça) de
% em massa revenimento
C P S
mín. máx. máx. máx. °C mín.

3.6(A) - 0,20

4.6(A), 4.8(A) - 0,05


Aço-carbono 0,06 -
5.6 0,15 0,55

5.8(A), 6.8(A) -

Aço-carbono temperado e revenido 0,25 425


(B) ou
8.8
Aço-carbono com adições (P.ex.: Boro, - -
Mn, Cr) temperado e revenido 0,15(C) 0,40

Aço-carbono temperado e revenido 0,25 0,55


9.8 ou
Aço-carbono com adições (P.ex.: Boro, 0,15(C) 0,35
Mn, Cr) temperado e revenido

Aço-carbono com adições (P.ex.: Boro,


10.9(D) 0,35 0,035 340
Mn, Cr) temperado e revenido

Aço-carbono temperado e revenido 0,25


ou
Aço-carbono com adições (P.ex.: Boro,
10.9(E) 0,20(C) 0,55 425
Mn, Cr) temperado e revenido
ou
Aço-liga temperado e revenido(G) 0,20

12.9(E), (F) Aço-liga temperado e revenido (G) 0,20 0,50 380

(A)
É permitido o uso de aço corte fácil nestas classes, com os seguintes valores máximos: enxofre - 0,34%; fósforo - 0,11%; chumbo -
0,35%.
(B)
Para tamanhos acima de 20 mm, pode ser necessário aplicar um material de classe de resistência 10.9, para assegurar suficiente
temperabilidade.
(C)
No caso de aço-carbono ligado com boro de teor de carbono abaixo de 0,25% (análise da corrida), o teor mínimo de Mn é de 0,6%
para a classe de resistência 8.8 e 0,7% para as classes de resistência 9.8 e 10.9.
(D)
Produto de aços de baixo carbono devem ser identificados adicionalmente com traço por baixo do símbolo da classe de resistência.
(E)
O material destas classes de resistência deve ser suficientemente temperável, para assegurar que a estrutura da parte roscada apre-
sente uma parte de martensita de aproximadamente 90% no estado temperado antes do revenimento.
(F)
Não é permitida uma camada de fósforo branco, detectável metalurgicamente para a classe de resistência 12.9, em superfícies sujei-
tas a tensões de tração.
(G)
O aço-liga deve conter um ou mais dos seguintes elementos da liga: cromo, níquel, molibdênio ou vanádio.
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Tabela 5 - Propriedades mecânicas de parafusos e prisioneiros

Classe de resistência
S e çã o Propriedades mecânicas 3.6 4.6 4.8 5.6 5.8 6.8 8.8(A) 9.8 (C) 10.9 12.9
d - d >(B)
16 m m 16 m m

4.2.1 Resistência nom. 300 400 500 600 800 800 900 1000 1200
e
4.2.2 à tração Rm(D), (E), MPa mín. 330 400 420 500 520 600 800 830 900 1040 1220
Dureza mín. 95 120 130 155 160 190 250 255 290 320 385
4.2.3 HV. F ¯ 98 N
Vickers máx. 250 320 335 360 380 435
Dureza mín. 90 114 124 147 152 181 238 242 276 304 366
4.2.4 HB, F = 30 D2
Brinell máx. 238 304 318 342 361 414
HRB 52 67 71 79 82 89 - - - - -
mín.
Dureza HRC - - - - - - 22 23 28 32 39
4.2.5 HR
Rocwell HRB 99,5 - - - - -
máx.
HRC - 32 34 37 39 44
(F)
4.2.6 Dureza superficial HV 0,3 máx. -
Limite inferior nom. 180 240 320 300 400 480 - - - - -
4.2.7
de escoamento ReL(G), MPa mín. 190 240 340 300 420 480 - - - - -
Limite de escoamento nom. - 640 640 720 900 1080
4.2.8
permanente Rp0,2 MPa mín. - 640 660 720 940 1100
Tensão sob carga de S p/R eL ou S p/R p 0,2 0,94 0,94 0,91 0,93 0,90 0,92 0,91 0,91 0,90 0,88 0,88
4.2.9
ensaio Sp MPa 180 225 310 280 380 440 580 600 650 830 970
4.2.10 Alongamento após ruptura A mín. 25 22 14 20 10 8 12 12 10 9 8
O s valores para parafusos inteiros (exceto prisioneiros) devem ser iguais aos
4.2.11 Resistência sob carga com cunha(E)
valores m ínim os de 4.2.2.
4.2.12 Trabalho de impacto J mín. - 25 - 30 30 25 20 15
4.2.13 R esistência à m artelagem na cabeça Sem ruptura
Altura mínima da zona não descar- 1 2 3
- H1 H H
bonetada da rosca E 2 3 1 4 1
4.2.14
Profundidade máxima total-
mm - 0,015
mente descarbonetada G

(A)
Para parafusos de classe de resistência 8.8 em diâmetros d -16 mm, existe um risco adicional de espanamento da porca, no caso de
sobreaperto inadvertido acima da carga de ensaio. Recomenda-se consultar a EB-1647.
(B)
Para parafusos estruturais ¯ M12.
(C)
Aplicável a tamanhos até M16.
(D)
As propriedades mínimas de tração aplicam-se a produtos de comprimento nominal L ¯ 2,5d. A dureza mínima se aplica a produtos
de comprimento L < 2,5d e outros produtos que não podem ser ensaiados à tração (P.ex.: conforme a forma da cabeça).
(E)
Para o ensaio de parafusos e prisioneiros inteiros, aplicam-se as cargas previstas na Tabela 7.
(F)
A dureza da superfície não pode ser maior do que 30 pontos Vickers daquela medida no núcleo do produto, quando da leitura em am-
bas as superfícies e o núcleo for carregado com HV 0,3. Para classe de resistência 10.9, qualquer aumento da dureza superficial acima
de 390 HV não é aceitável.
(G)
Se não for possível determinar o limite inferior de escoamento, é determinado o limite de escoamento permanente.
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4.3 Propriedades mecânicas a serem determinadas Nota: As chaves para os programas de ensaio (ver Tabela 6) são
as descritas a seguir:
4.3.1 São definidos dois programas A e B de ensaios das
propriedades mecânicas para parafusos e prisioneiros Parafusos com Parafusos com
descritos em 5.1, que são assinalados na Tabela 6. diâmetros de diâmetros de
Tamanho rosca - 4 mm, rosca > 4 mm,
4.3.1.1 O programa de ensaio B deve ter aplicação ou comprimen- ou comprimen-
preferencial, mas é obrigatório para forças de ruptura to < 2,5 d (A) to ¯ 2,5 d
menores do que 500 kN. Ensaio decisivo
para aceitação
4.3.1.2 O programa de ensaio A é aplicável para corpos-de-
prova usinados e para parafusos de seção de haste menor (A)
Também para parafusos com cabeça de formas especiais que
do que a seção resistente. são mais fracas do que a parte roscada.

Tabela 6 - Programas A e B para ensaios de recepção

Programa de ensaio A Programa de ensaio B

Grupo Classe de Classe de


de resistência resistência
Propriedades Método 8.8, 9.8, Método 3.6, 4.6, 8.8, 9.8,
ensaio
3.6, 4.6, 10.9, 4.8, 5.6, 10.9,
5.6 12.9 5.8, 6.8 12.9
I 4.2.1 Resistência Ensaio Ensaio
e à tração 5.1.1 de 5.1.2 de
4.2.2 mínima Rm tração tração (A)
Dureza
4.2.3 mínima(B) 5.1.3 5.1.3

4.2.4 e Dureza Ensaio de Ensaio de


4.2.5 máxima dureza (C) dureza (C)
Dureza super-
4.2.6
ficial máxima
II Escoamento Ensaio
4.2.7 inferior 5.1.1 de
mínimo ReL tração
Limite de es- Ensaio
4.2.8 coamento per- 5.1.1 de
manente Rp 0,2 tração
Tensão sob car- Ensaio de
4.2.9 ga de ensaio Sp 5.1.4 carga
III Alongamento Ensaio
4.2.10 mínimo após 5.1.1 de
a ruptura A tração
Resistência à Ensaio a
4.2.11 tração com 5.1.5 tração com
cunha(D) cunha (A)
Trabalho de Ensaio
IV 4.2.12 impacto 5.1.6 de 5.1.6
(E)
mínimo impacto
Resistência à Ensaio de
4.2.13 martelagem na 5.1.7 martelagem
cabeça (G) na cabeça
Zona descar- Ensaio de Ensaio de
V 4.2.14 bonetada 5.1.8 descarbo- 5.1.8 descarbo-
máxima netação netação
Temperatura Ensaio Ensaio
4.2.15 de revenimento 5.1.9 de 5.1.9 de
mínimo revenimento revenimento
4.2.12 Integridade E nsaio de E nsaio de
5.1.10
superficial integridade 5.1.10 integridade
superficial superficial
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(A)
Se o ensaio de carga com cunha é satisfatório, não é requerido o ensaio de trabalho axial.

(B)
A dureza mínima aplica-se somente a produtos de comprimento nominal L < 2,5 d e outros produtos que não podem ser ensaiados
à tração (P.ex.: forma da cabeça).

(C)
A dureza pode ser determinada segundo Vickers, Brinell, Rockwell. No caso de dúvida, a dureza Vickers é decisiva para aceitação.

(D)
Parafusos de forma de cabeça com configuração onde a cabeça é mais fraca do que a parte roscada estão excluídos do ensaio de tração
com cunha.

(E)
Somente parafusos de diâmetro ¯ 16 mm e quando requerido pelo comprador.

(F)
Só para classe de resistência 5.6.

(G)
Só para parafusos com diâmetro de rosca -16 mm e que sejam muito curtos para um ensaio de carga com cunha.

4.4 Forças de ruptura mínima e cargas de ensaio

4.4.1 Os valores de forças de ruptura e forças de ensaio


para rosca normal e fina constam nas Tabelas 7, 8, 9 e 10.

Tabela 7 - Forças de ruptura mínima - Rosca métrica normal

Diâm etro Á rea de se- C lasse de resistência


nom inal ção resis- 3.6 4.6 4.8 5.6 5.8 6.8 8.8 9.8 10.9 12.9
da rosca tente A s,
(A)
nom . Força de ruptura m ínim a (A s x R m), em N
(m m ) (m m 2)

M3 5,03 1660 2010 2110 2510 2620 3020 4020 4530 5230 6140
M 3,5 6,78 2240 2710 2850 3390 3530 4070 5420 6100 7050 8270
M4 8,78 2900 3510 3690 4390 4570 5270 7020 7900 9130 10700

M5 14,2 4690 5680 5960 7100 7380 8520 11350 12800 14800 17300
M6 20,1 6630 8040 8440 10000 10400 12100 16100 18100 20900 24500
M7 28,9 9540 11600 12100 14400 15000 17300 23100 26000 30100 35300

M8 36,6 12100 14600 15400 18300 19000 22000 29200 32900 38100 44600
M 10 58,0 19100 23200 24400 29000 30200 34800 46400 52200 60300 70800
M 12 84,3 27800 33700 35400 42200 43800 50600 67400(B) 75900 87700 103000

M 14 115 38000 46000 48300 57500 59800 69000 92000(B) 104000 120000 140000
M 16 157 51800 62800 65900 78500 81600 94000 125000(B) 141000 163000 192000
M 18 192 63400 76800 80600 96000 99800 115000 159000 - 200000 234000

M 20 245 80800 98000 103000 122000 127000 147000 203000 - 255000 299000
M 22 303 100000 121000 127000 152000 158000 182000 252000 - 315000 370000
M 24 353 116000 141000 148000 176000 184000 212000 293000 - 367000 431000

M 27 459 152000 184000 193000 230000 239000 275000 381000 - 477000 560000
M 30 561 185000 224000 236000 280000 292000 337000 466000 - 583000 684000
M 33 694 229000 278000 292000 347000 361000 416000 576000 - 722000 847000

M 36 817 270000 327000 343000 408000 425000 490000 678000 - 850000 997000
M 39 976 322000 390000 410000 488000 508000 586000 810000 - 1020000 1200000

(A)
Onde o passo de rosca não estiver indicado na designação da rosca, vale o passo normal.
(B)
Para parafusos estruturais: 70000 N, 95500 N e 130000 N, respectivamente.
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EB-168/1991 9

Tabela 8 - Forças de ensaio para ensaio de carga - Rosca métrica normal

Diâm etro Á rea de se- C lasse de resistência


nom inal ção resis- 3.6 4.6 4.8 5.6 5.8 6.8 8.8 9.8 10.9 12.9
da rosca tente A s,
(A)
nom . Força de ensaio (A s x S p), em N
2
(m m ) (m m )

M3 5,03 910 1130 1560 1410 1910 2210 2290 3270 4180 4880
M 3,5 6,78 1220 1530 2100 1900 2580 2980 3940 4410 5630 6580
M4 8,78 1580 1980 2720 2460 3340 3860 5100 5710 7290 8520

M5 14,2 2560 3200 4400 3980 5400 6250 8230 9230 11800 13800
M6 20,1 3620 4520 6230 5630 7640 8840 11600 13100 16700 19500
M7 28,9 5200 6500 8960 8090 11000 12700 16800 18800 24000 28000

M8 36,6 6590 8240 11400 10200 13900 16100 21200 23800 30400 35500
M 10 58,0 10400 13000 18000 16200 22000 25500 33700 37700 48100 56300
M 12 84,3 15200 19000 26100 23600 32000 37100 48900(B) 54800 70000 81800

M 14 115 20700 25900 35600 32200 43700 50600 66700(B) 74800 95500 112000
M 16 157 28300 35300 48700 44000 59700 69100 91000(B) 102000 130000 152000
M 18 192 34600 43200 59500 53800 73000 84500 115000 - 159000 186000

M 20 245 44100 55100 76000 68600 93100 108000 147000 - 203000 238000
M 22 303 54500 68200 93900 84800 115000 133000 182000 - 252000 294000
M 24 353 63500 79400 109000 98800 134000 155000 212000 - 293000 342000

M 27 459 82600 103000 142000 128000 174000 202000 275000 - 381000 445000
M 30 561 101000 126000 174000 157000 213000 247000 337000 - 466000 544000
M 33 694 125000 156000 215000 194000 264000 305000 416000 - 570000 673000

M 36 817 147000 184000 253000 229000 310000 359000 490000 - 678000 792000
M 39 976 176000 220000 303000 273000 371000 429000 586000 - 810000 947000
(A)
Onde o passo de rosca não estiver indicado na designação da rosca, vale o passo normal (ver NB-97).
(B)
Para parafusos estruturais: 50700 N, 68800 N e 94500 N, respectivamente.

Tabela 9 - Forças de ruptura mínimas - Rosca métrica fina

Diâm etro Área de se- C lasse de resistência


nom inal ção resis- 3.6 4.6 4.8 5.6 5.8 6.8 8.8 9.8 10.9 12.9
da rosca tente A s,
nom . Força de ruptura m ínim a (A s x R m), em N
(m m ) (m m 2)

M8x1 39,2 12900 15700 16500 19600 20400 23500 31360 35300 40800 47800
M 10 x 1 64,5 21300 25800 27100 32300 33500 38700 51600 58100 67100 78700
M 12 x 1,5 88,1 29100 35200 37000 44100 45800 52900 70500 79300 91600 107500

M 14 x 1,5 125 41200 50000 52500 62500 65000 75000 100000 112000 130000 152000
M 16 x 1,5 167 55100 66800 70100 83500 86800 100000 134000 150000 174000 204000
M 18 x 1,5 216 71300 86400 90700 108000 112000 130000 179000 - 225000 264000

M 20 x 1,5 272 89800 109000 114000 136000 141000 163000 226000 - 283000 332000
M 22 x 1,5 333 110000 133000 140000 166000 173000 200000 276000 - 346000 406000
M 24 x 2 384 127000 154000 161000 192000 200000 230000 319000 - 399000 469000

M 27 x 2 496 164000 194000 208000 248000 258000 298000 412000 - 516000 605000
M 30 x 2 621 205000 248000 261000 310000 323000 373000 515000 - 646000 758000
M 33 x 2 761 251000 304000 320000 380000 396000 457000 632000 - 791000 928000

M 36 x 3 865 285000 346000 363000 432000 450000 519000 718000 - 900000 1055000
M 39 x 3 1030 340000 412000 433000 515000 536000 618000 855000 - 1070000 1260000
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10 EB-168/1991

Tabela 10 - Forças de ensaio para ensaio de carga - Rosca métrica fina

Diâm etro Área de se- C lasse de resistência


nom inal ção resis- 3.6 4.6 4.8 5.6 5.8 6.8 8.8 9.8 10.9 12.9
da rosc a tente A s,
nom . Força de ensaio (A s x S p), em N
(m m ) (m m 2)

M8x1 39,2 7060 8820 12200 11000 14900 17200 22700 25500 32500 38000
M 10 x 1 64,5 11600 14500 20000 18100 24500 28400 37400 41900 53500 62700
M 12 x 1,5 88,1 15900 19800 27300 24700 33500 38800 51100 57300 73100 85500

M 14 x 1,5 125 22500 28100 38800 35000 47500 55000 72500 81200 104000 121000
M 16 x 1,5 167 30100 37600 51800 46800 63500 73500 96900 109000 139000 162000
M 18 x 1,5 216 38900 48600 67000 60500 82100 95000 130000 - 179000 210000

M 20 x 1,5 272 49000 61200 84300 76200 103000 120000 163000 - 226000 264000
M 22 x 1,5 333 59900 74900 103000 93200 126000 146000 200000 - 276000 323000
M 24 x 2 384 69100 86400 119000 108000 146000 169000 230000 - 319000 372000

M 27 x 2 496 89300 112000 154000 139000 188000 218000 298000 - 412000 481000
M 30 x 2 621 112000 140000 192000 174000 236000 273000 373000 - 515000 602000
M 33 x 2 761 137000 171000 236000 213000 289000 335000 457000 - 632000 738000

M 36 x 3 865 156000 195000 268000 242000 329000 381000 519000 - 718000 839000
M 39 x 3 1030 185000 232000 319000 288000 391000 453000 618000 - 855000 999000

5 Inspeção b) limite inferior de escoamento ReL ou limite de es-


coamento permanente 0,02%, Rp0,2;
5.1 Ensaios
c) percentagem de alongamento após a ruptura:
5.1.1 Ensaios de tração em corpos-de-prova usinados
Lu - Lo
A= x 100
5.1.1.1 As seguintes propriedades devem ser determina- Lo
das de acordo com a MB-4:
5.1.1.2 Para este ensaio, o corpo-de-prova deve ser
a) resistência à tração Rm; conforme a Figura 6.

d = diâmetro nominal de rosca Lc = comprimento da parte cilíndrica (Lo + do)


do = diâmetro do corpo-de-prova (do < diâmetro Lt = comprimento total do corpo-de-prova (Lc + 2r + b)
menor da rosca) Lu = comprimento de medição após ruptura
b = comprimento da rosca (b ¯ d) So = área transversal do corpo-de-prova
Lo = 5 do ou (5,65) R = raio de concordância (r ¯ 4 mm)
Figura 6 - Corpo-de-prova para ensaio de tração

Notas: a) Em parafusos tratados termicamente com diâmetro de rosca acima de 16 mm, a redução do diâmetro da haste não deve ser
maior do que 25% (= 44% da área da seção transversal) na confecção do corpo-de-prova usinado.
b) Produtos nas classes de resistência 4.8, 5.8 e 6.8 (produtos conformados a frio) devem ser ensaiados à tração como peças
inteiras (ver 5.1.2).
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5.1.2 Ensaio de tração em parafusos inteiros Nota: Cuidado especial deve ser tomado para distinguir um incre-
mento de dureza causado por carbonetação ou incremento
5.1.2.1 O ensaio de tração do parafuso inteiro deve ser devido ao tratamento térmico ou deformação a frio da
realizado conforme 5.1.1, para determinar a resistência à superfície.
tração.
5.1.3.1 Ensaio de dureza Vickers
5.1.2.2 O cálculo da resistência à tração é baseado na área
da seção resistente, definida pela seguinte fórmula: O ensaio de dureza Vickers deve ser realizado conforme
2
Π MB-359.
As =
4 ( d2 + d 3
2 ) 5.1.3.2 Ensaio de dureza Brinell
Onde:

d2 = diâmetro de flanco O ensaio de dureza Brinell deve ser realizado conforme


MB-60.
d3 = diâmetro menor: d3 = d1 - H/6
5.1.3.3 Ensaio de dureza Rockwell
Sendo que: d1 = diâmetro básico menor
O ensaio de dureza Rockwell deve ser realizado conforme
H = altura do triângulo fundamental MB-358.

5.1.2.3 Para realização do ensaio, submete-se o parafuso 5.1.4 Ensaio de carga em parafusos inteiros
a cargas de tração, conforme Tabelas 7 a 10, numa ex-
tensão livre da rosca de uma vez o diâmetro. Para atender 5.1.4.1 O ensaio de carga consiste em duas principais
às exigências do ensaio, a ruptura deve ocorrer no corpo seqüências, como segue:
do parafuso ou na parte roscada livre, e não na região de
concordância do corpo com a cabeça. A porca de ensaio
a) aplicação de uma força específica de tração de en-
deve ser dimensionada adequadamente. A velocidade do
saio (ver Figura 7);
ensaio não deve ultrapassar 25 mm/min. As garras da
máquina de ensaio devem ser auto-alinháveis, de modo a
evitar esforços laterais sobre a peça. b) medição do alongamento permanente causado pe-
la força de ensaio.
5.1.3 Ensaios de dureza
5.1.4.2 As forças de ensaio, mostradas nas Tabelas 8 e 10,
Para ensaios de rotina, a dureza de parafusos e prisionei- devem ser aplicadas axialmente ao parafuso em uma
ros é determinada na cabeça, na haste ou na extremida- máquina normal de ensaio de tração. A força de ensaio
de, após ter sido removida a proteção superficial ou o deve ser mantida integralmente por 15 s. O comprimento
revestimento, e feita uma preparação adequada das de rosca livre que suporta a força deve ser seis filetes de
amostras. Para as classes de resistência 4.8, 5.8 e 6.8, a rosca (6P). Para parafuso roscado até a cabeça, o
dureza deve ser determinada na extremidade do parafuso. comprimento de rosca livre sujeita à força deve ser tão
Se a dureza máxima for ultrapassada neste ensaio, deve próximo quanto possível de seis filetes de rosca. Para a
ser realizado um segundo ensaio no centro de uma seção medição do alongamento permanente, as duas extre-
afastada da extremidade de um diâmetro de rosca no midades devem ser previstas com furos de centragem de
meio do raio, onde o valor máximo de dureza não pode ser 60°. Antes e após a aplicação da força de ensaio, o
ultrapassado. Em caso de dúvida, o ensaio de dureza comprimento do parafuso deve ser medido com um ins-
Vickers é decisivo para aceitação. O ensaio de dureza na trumento de superfície de medição esférico. Na medição
superfície deve ser realizado na extremidade ou face sex- devem ser usadas luvas ou pinças para assegurar que
tavada. O lugar escolhido para o ensaio deve ser no míni- sejam excluídas dilatações por influência do calor. O
mo lixado e polido para assegurar a reprodutibilidade da requisito básico para ensaio de carga é que o comprimento
leitura e conservar a superfície original do material. Para do parafuso ou prisioneiro após a aplicação da força seja
dureza superficial, o ensaio de dureza Vickers HV 0,3 de- o mesmo que antes da aplicação da força com uma to-
ve ser o ensaio de referência. As leituras da dureza su- lerância de ± 12,5 µm, para compensar erros de medição.
perficial tomadas em HV 0,3 devem ser comparadas com
uma leitura da dureza do núcleo similar em HV 0,3, com a 5.1.4.3 A velocidade de ensaio é determinada com uma
finalidade de produzir uma comparação realista de de- marcha em vazio da seção da cabeça e não deve ultrapas-
terminar relativo incremento acima de 30 pontos Vickers. sar 3 mm/min. As garras da máquina devem ser auto-a-
Um incremento de mais de 30 pontos indica carboneta- linháveis, de modo a evitar esforços laterais sobre a peça.
ção. Para classes de resistência 8.8 até 12.9, a diferença Algumas variáveis, tais como retilineidade e alinhamento
entre a dureza do núcleo e a dureza superficial é decisiva da rosca (mais erros de medição), podem resultar em
para o julgamento da condição de carbonetação na cama- aparente alongamento do elemento de fixação no início da
da superficial do parafuso ou prisioneiro. Isto pode não ser aplicação da força. Nestes casos, o elemento de fixação
uma relação direta entre a dureza e a resistência à tração pode ser reensaiado usando uma carga 3% maior, e é
teórica. Valores máximos de dureza devem ser escolhi- considerado satisfatório se apresentar comprimento igual
dos por outras razões, que não a resistência à tração ao de antes da aplicação da força, com 12,5 µm de
máxima teórica (P.ex.: para evitar fragilidade). tolerância para erros de medição.
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Força

Parafuso inteiro com rosca até a cabeça

Força

(A)
Furo de passagem série média, conforme PB-50 (ver Tabela 11)

Figura 7 - Aplicação de força de ensaio em parafusos inteiros

5.1.5 Ensaio à tração com cunha em parafusos internos (não Ao parafuso deve ser aplicada uma força até que ocorra a
é válido para prisioneiros) ruptura. Para atender aos requisitos deste ensaio, a ruptu-
ra deve ocorrer no corpo ou na rosca do parafuso e não
5.1.5.1 O ensaio à tração com cunha é ilustrado na Figu- entre a cabeça e o corpo. O parafuso deve atender aos re-
ra 8. A distância mínima entre o início da saída de rosca e quisitos de mínima resistência à tração, válidos para cada
a porca ou o dispositivo de fixação deve ser no mínimo classe de resistência no ensaio de tração com cunha ou
1 d. Uma cunha temperada com as medidas das Tabe- em um ensaio suplementar de tração sem cunha, antes de
las 11 e 12 deve ser colocada sob a cabeça do parafuso. ocorrer a ruptura.
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(A)
Furo de passagem série média conforme PB-50 (ver Tabela 10).

Figura 8 - Ensaio de tração com cunha de parafuso inteiro

Tabela 11 - Diâmetros de furos para cunha e ensaio


Unid.: mm

Diâmetro nominal d 3 3,5 4 5 6 7 8 10 12 14

dh 3,4 3,9 4,5 5,5 6,6 7,6 9 11 13,5 15,5

R1 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,8 0,8 0,8 0,8 1,3

Diâmetro nominal d 16 18 20 22 24 27 30 33 36 39

dh 17,5 20 22 24 26 30 33 36 39 42

R1 1,3 1,3 1,3 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6

Tabela 12 - Medidas da cunha

Diâmetro Parafusos com a parte do corpo Para parafusos com rosca até a
nominal não roscado Ls ¯ 2 d cabeça ou com a parte do corpo
da rosca não roscado Ls - 2 d
d
Classes de resistência Classes de resistência
3.6, 4.6, 4.8, 5.6, 3.6, 4.6, 4.8, 5.6,
6.8, 12.9 6.8, 12.9
(mm) 5.8, 8.8, 9.8, 10.9 5.8, 8.8, 9.8, 10.9

α ± 30’

d - 20 10° 6° 60° 4°

20 < d - 39 6° 4° 4° 4°
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5.1.5.2 Parafusos roscados até a cabeça também cum- 5.1.7 Ensaio de martelagem na cabeça de parafusos curtos
prem os requisitos deste ensaio se a ruptura se iniciar na
rosca e se estender até a área do raio sob a cabeça, ou 5.1.7.1 Parafusos de diâmetro - 16 mm e comprimentos
avançar dentro da cabeça antes da separação. que não permitem um ensaio de tração com cunha devem
ser ensaiados conforme a Figura 9.
Nota: Para produtos grau C (ver PB-982), um raio R1 deve ser u-
sado de acordo com a seguinte fórmula:

R1 = Rmáx. + 0,2

Sendo:
da máx. - ds mín.
Rmáx. =
2
Onde:

ds = diâmetro da haste não roscada do parafuso

da = diâmetro no fim do raio de transição entre haste e


cabeça

5.1.5.3 Para parafusos com diâmetro de assentamento da


cabeça acima de 1,7 d, que falharem no ensaio de tração
com cunha, a cabeça pode ser usinada para 1,7 d, e os
parafusos devem ser reensaiados com ângulo de cunha
Figura 9 - Disposição para o ensaio de martelagem na
especificado na Tabela 11.
cabeça
5.1.5.4 Em parafusos com diâmetro de assentamento da Notas: a) Valores de dh e R2 (onde R2 = R1) conforme Tabela 11.
cabeça acima de 1,9 d, o ângulo de cunha de 10° pode ser b) Espessura de placa > 2d.
reduzido para 6°.
5.1.7.2 A cabeça do parafuso deve se deixar dobrar até um
5.1.6 Ensaio de trabalho de impacto para peças usinadas ângulo de 90° - β, conforme Tabela 13, com diversos gol-
pes de martelo, sem apresentar qualquer sinal de trinca
O trabalho de impacto deve ser determinado conforme no raio da concordância entre a cabeça e a haste, quando
MB-1116. O corpo-de-prova deve ser axial e, sempre que o parafuso for examinado com ampliação não menor do
possível, ser retirado o mais próximo da superfície do pa- que oito vezes ou no máximo dez vezes. Em parafusos
rafuso, de tal forma que o lado não entalhado do corpo-de- com rosca até a cabeça, os requisitos podem ser con-
prova seja o lado da superfície. O ensaio de trabalho de siderados atendidos se ocorrer uma trinca no primeiro
impacto só é possível em parafusos de diâmetro -16 mm. filete de rosca, desde que a cabeça não se destaque.

Tabela 13 - Valores para o ângulo β

Classe de resistência 3.6 4.6 5.6 4.8 5.8 6.8 8.8 9.8 10.9 12.9

Ângulo 60° 80°

5.1.8 Ensaios de descarbonetação gitudinais, na direção do eixo da rosca, e distanciados a-


proximadamente de um diâmetro (1d) da extremidade da
Usando método de medição apropriado (ver 5.1.8.1 e parte roscada, após a operação de tratamento térmico do
5.1.8.2), a seção longitudinal da rosca deve ser examina- parafuso. A amostra deve ser montada em uma garra ou
da para determinar qual a altura da zona do metal-base (E) pastilha metalográfica, sendo preferível a pastilha me-
e a profundidade da zona com descarbonetação completa talográfica.
(G) estão dentro dos limites especificados (ver Figura 10).
5.1.8.1.2 Após a montagem e esmerilhamento, a pastilha
Notas: a) O valor máximo para G e a fórmula para o valor mínimo deve ser polida segundo a boa prática metalográfica.
de E são especificados na Tabela 5. Atacar com nital a 3% (ácido nítrico concentrado em ál-
cool), solução usualmente adequada para revelar altera-
b) As definições relativas e descarbonetação são de acor- ções na microestrutura causada pela descarbonetação.
do com a TB-24. Para a medição deve ser usado microscópio de ampliação
de 100 vezes, a menos que haja outro acordo. Se o mi-
5.1.8.1 Método de ensaio (método microscópico) croscópio for do tipo com tela fosca, a profundidade de
descarbonetação pode ser medida diretamente com uma
5.1.8.1.1 Este método permite a determinação de E e G. Os escala. Se for usado microscópio ocular, ele deve possuir
corpos-de-prova devem ser tomados de seções lon- um capilar cruzado ou escala.
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Figura 10 - Zonas de descarbonetação

5.1.8.2 Método de medição (método de dureza - método 5.1.8.2.6 Uma descarbonetação total até os valores máxi-
decisivo para a determinação de carbonetação parcial) mos da Tabela 5 não pode ser determinada com a medi-
ção da dureza.
5.1.8.2.1 A verificação do estado de carbonetação na ros-
ca de parafusos beneficiados pelo método de dureza só 5.1.9 Ensaio de re-revenimento
pode ser feita para roscas de passa, no mínimo, de
1,25 mm. O parafuso deve ser submetido a um segundo revenimen-
to a uma temperatura 10°C abaixo da temperatura mínima
5.1.8.2.2 A medição da dureza deve ser feita nos três de revenimento da Tabela 4, com 30 min de permanência.
pontos indicados na Figura 11. As fórmulas para E são O valor médio de três medições de dureza no parafuso,
apresentadas na Tabela 5. A carga deve ser de 3 N. antes e após o segundo revenimento, não deve diferir mais
do que 20 pontos Vickers.
5.1.8.2.3 O ponto de medição 3 deve situar-se na linha do
5.1.10 Ensaio de integridade superficial
diâmetro de flanco perto dos pontos 1 e 2.
O estado superficial, isto é, os defeitos superficiais, deve
5.1.8.2.4 A dureza HV do ponto 2 deve ser igual ou supe- ser determinado conforme NB-902. A integridade superfi-
rior à dureza do ponto 1, menos 30 HV. Neste caso, a altu- cial é aplicável a parafusos antes da usinagem do corpo-
ra E deve corresponder, no mínimo, aos valores da Ta- de-prova e para o programa A de ensaio (ver Tabela 6).
bela 14.
6 Aceitação e rejeição
5.1.8.2.5 A dureza HV do ponto 3 deve ser igual ou inferior
à dureza do ponto 1, mais 30 HV. Um acréscimo na dure- Os parafusos e prisioneiros que atenderem às condições
za de mais do que 30 HV significa, em roscas não encrua- especificadas nesta Norma devem ser aceitos; caso
das a frio, carbonetação não admissível. contrário, devem ser rejeitados.

Figura 11 - Determinação da dureza no ensaio de descarbonetação


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Tabela 14 - Valores para H1 e E

Passo da rosca P(A) mm 0,5 0,6 0,7 0,8 1 1,25 1,5 1,75 2 2,5 3 3,5 4

H1 mm 0,307 0,368 0,429 0,491 0,613 0,767 0,920 1,074 1,227 1,534 1,840 2,147 2,454

Para 8.8, 9.8 0,154 0,184 0,215 0,245 0,307 0,384 0,460 0,537 0,614 0,767 0,920 1,074 1,227
classe
de re- 10.9 E mm 0,205 0,245 0,286 0,327 0,409 0,511 0,613 0,716 0,818 1,023 1,227 1,431 1,636
sistên- mín.
cia 12.9 0,230 0,276 0,322 0,368 0,460 0,575 0,690 0,806 0,920 1,151 1,380 1,610 1,841

(A)
Para P até 1 m m , só m étodo m icroscópico.

/ANEXO
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ANEXO - Propriedades mecânicas de parafusos e prisioneiros a temperaturas elevadas

A-1 Este Anexo não tem valor normativo. para parafusos não ensaiados à tração a temperaturas
A-2 Os dados mostrados na Tabela 15 são somente um elevadas. Estes dados não devem ser usados para acei-
guia de valores da redução nas propriedades mecânicas tação de parafusos e prisioneiros.

Tabela 15 - Propriedades mecânica de parafusos e prisioneiros a temperaturas elevadas

Temperatura °C
Classe de +20 +100 +200 +250 +300
resistência Limite inferior de escoamento ReL, ou
Limite de escoamento permanente Rp 0,2
(MPa)

5.6 300 270 230 215 195

8.8 640 590 540 510 480

10.9 940 875 790 745 705

12.9 1100 1020 925 875 825

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