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<Lembrete início>
Remédios Constitucionais são ações para a defesa de direitos e garantias
fundamentais previstos na Constituição da República.
<Lembrete fim>
Também estabeleceu medidas para a proteção do ordenamento jurídico
em face de adoção de normas violadoras do Texto Constitucional, sendo
exemplos a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de
constitucionalidade.
<Resumo início>
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 estabeleceu em
entre os direitos e garantias importantes instrumentos de tutela dos direitos
fundamentais, individuais e coletivos.
Ao lado do mandado de segurança individual, remédio constitucional para
a proteção de direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas
data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade
pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder
Público, a CRFB/1988 também dispôs sobre o mandado de segurança coletivo.
Embora com legitimação ativa diversa, não há diferenças significativas
entre essas duas espécies de MS, tanto que são disciplinados pela Lei nº
12.106/2009.
O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político
com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses
legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por
organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída
e em funcionamento há, pelo menos, um ano, em defesa de direitos líquidos e
certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma
dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada,
para tanto, autorização especial.
Portanto, o MS coletivo é direcionado para a defesa de interesses e
direitos metaindividuais, entre eles o meio ambiente, embora parte da doutrina
entenda que abrange tão somente os interesses ou direitos coletivos e
individuais homogêneos, já que em relação aos difusos, haveria a questão da
falta de certeza quanto às pessoas (que são indeterminadas na espécie difusa).
Outro instrumento importante para a proteção jurídica do meio ambiente
é o controle concentrado de constitucionalidade das normas.
Considerando que a CRFB/1988 elevou a bem jurídico
constitucionalmente protegido, as normas constitucionais sobre o meio ambiente
também podem servir de paradigma para o controle concentrado de leis e atos
normativos infraconstitucionais por intermédio da ação direta de
inconstitucionalidade ou a ação declaratória de constitucionalidade.
Interessante observar que a Procuradoria-Geral da República tem
utilizado a violação a normas de natureza principiológica para fundamentar o
ajuizamento de ações direta de inconstitucionalidade, como é o caso dos
princípios constitucionais da vedação de retrocesso ambiental, da proibição de
proteção deficiente e da exigência de estudo de impacto ambiental para
atividades potencialmente poluidoras.
Por fim, como os municípios também possuem legitimidade para legislar
em matéria de meio ambiente, é possível o controle de constitucionalidade de
normas municipais em face da Constituição do Estado Membro, ou até mesmo
o manejo da arguição de descumprimento de preceito fundamental em face da
CRFB/1988.