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Leon Duguit

Segunda metade do século XIX ao início do século XX.

O autor se identifica tipicamente como antiformalista, contra o absolutismo jurídico e promove uma
análise sociológica (tal como Hauriou), recebendo destaque sua preocupação teórica de base
sociológica e sua desconstruções dos conceitos de lei e de estado comumente utilizados pela ciência
política.

Duguit foi aluno de Emile Durkheim durante a faculdade de Direito.

Os seres humanos são diferentes entre si, não sendo válida a doutrina da igualdade.

Rebate todos os reflexos da revolução francesa, mas confessa o mérito de impor limites ao poder do
Estado pelo direito.

Por ter sido aluno de Durkhiem, utiliza de suas bases sociológicas para defender um direito fundado
na solidariedade social, isto é, o ser humano se mantém na sociedade pela solidariedade que os une.
A ideia de solidariedade social está relacionada a defesa do bem comum.

Isto porque as pessoas são naturalmente diferentes e contribuem para a sociedade de maneira
diferente, sendo que alguns precisam mais do Estado, outros menos. Nesse ponto, é possível fazer
uma comparação com as políticas públicas do estado contemporâneo brasileiro. Institutos como o
bolsa família e o direito de acesso ao ensino público gratuito e de qualidade, assim como a política de
cotas, são medidas que reconhecem a desigualdade dos homens e a necessidade de intervenção do
Estado para a promoção de direitos iguais , buscando sair do campo formal da igualdade para a
esfera da igualdade material.

Exemplo: bolsa família, acesso ao ensino público gratuito

Direitos de acordo com a capacidade social de cada um.

Critica a concepção de propriedade de John Locke.

Não é comunista, mas critica a sociedade burguesa.

Lembrar do Estado de bem-estar social.

A propriedade privada existe, mas é limitada, socialmente útil (coisa que o comunismo não defende)

Toda sociedade humana em que se percebe diferença politica entre governados e governantes.

Não há qualquer resquício do contratualismo em Duguit.

Não haveria fundamento nenhum para essa suposta teoria do sufrágio universal. – Carl Schmitt se
utilizará desse argumento para contrariar a questão do mandato do presidente: ele deve permanecer
no poder enquanto tiver legitimidade.

Costume: meio de verificação do direito e não de criação.

Critica aquelas doutrinas que equiparam direito e estado.

A lei positiva é a expressão do direito objetivo que emana do estado.


O papel da norma consuetudinária: não constitui um modo de criação do direito mas um meio de
verificar o direito objetivo que se manifesta na sociedade. Externalizar o direito objetivo que é
criação da solidariedade social.

Carl Schmitt, em Teologia Política, parece contrapor-se à teoria de Leon Duguit, tornando a
questão da soberania o ponto chave de sua obra. Sua primeira tese, de que o soberano “é quem
decide sobre o estado de exceção”, marca sua defesa de um Estado soberano, em que o soberano é
o defender o poder de decidir nos casos que fogem à normalidade.

Em Duguit, não haveria fundamento nenhum para essa suposta teoria do sufrágio universal
relativa a escolha e legitimidade da autoridade política. Por outro lado, Carl Schmitt se utilizará
desse argumento para contrariar a questão do mandato do presidente: ele deve permanecer no
poder enquanto tiver legitimidade.

O direito subjetivo surge a partir do direito objetivo. No caso do direito de propriedade,


tradicionalmente defendido por John Locke e seus seguidores como um direito natural, em Duguit
ele é legitimado pelo uso social da propriedade. Nesse sentido, para Duguit não pode existir
propriedade improdutiva, devendo toda propriedade atender a sua razão e uso social.

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