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Índice:

Introdução____________________________________________________________ 3

Controle patrimonial ____________________________________________________ 4

Definições de material __________________________________________________ 4

 Material ________________________________________________________ 4
 Bens Móveis _____________________________________________________ 4
 Material de consumo ______________________________________________ 4
 Material Permanente ______________________________________________ 4

Incorporação _________________________________________________________ 6

Identificação patrimonial ________________________________________________ 7

Transferências ________________________________________________________ 8

Inventário ____________________________________________________________ 8

 Comissão de inventário ____________________________________________ 9


 Bens não inventariados____________________________________________ 9
 Desfazimento ___________________________________________________ 10
 Legislação ______________________________________________________ 10

Baixa Patrimonial ______________________________________________________ 10

 Bens inservíveis _________________________________________________ 10


 Devolução de bens em comodato ___________________________________ 10
 Desfazimento de bens inservíveis ___________________________________ 10
 Alienação ______________________________________________________ 10
 Venda _________________________________________________________ 11
 Permuta _______________________________________________________ 11
 Doação ________________________________________________________ 11
 Inutilização ou abandono __________________________________________ 11

Das atribuições do setor de patrimônio __________________________________ 12-13

Deveres do Servidor ___________________________________________________ 14

Anexo I Desfazimento de bens _________________________________________15-18

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Introdução

Desenvolvido pela Coordenadoria de Almoxarifado e Controle Patrimonial (CACP) este


manual tem o objetivo de organizar e regularizar o controle físico dos bens móveis do
IFPR. A função deste manual é orientar as ações dos servidores, responsáveis por
gerenciar o controle patrimonial em suas unidades, de forma a tornar essa atividade
mais dinâmica, eficaz e adequada às atuais políticas de gestão pública e de fiscalização
externa, bem como orientar os responsáveis pelos bens de seus deveres.
A importância do controle patrimonial na instituição, diz respeito principalmente à
grande imobilização financeira decorrente de aquisição. Neste manual apresentam-se
conceitos e princípios que devem ser adotados para uma gestão patrimonial adequada.
O conhecimento destes conceitos e princípios permitirá compreender a importância do
controle patrimonial.

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CONTROLE PATRIMONIAL

O controle dos bens permanentes do IFPR é feito de forma descentralizada em cada


Unidade Gestora Executora, de modo a facilitar as operações e permitir maior
autonomia por parte dos Campus. A CACP tem como responsabilidade além do controle
o patrimonial da Reitoria, dar suporte técnico e orientação quanto à execução do
controle patrimonial, e desde este ano de 2014 vem realizando várias ações nesse
sentido. A primeira delas foi a realização do inventário geral do IFPR, que culminou com
a identificação de diversas situações que precisavam ser tratadas de modo a
representar de forma realista o acervo patrimonial do IFPR.
O controle patrimonial é feito através do registro adequado de todos os bens móveis,
adquiridos por recursos orçamentários e não orçamentários, que estão à disposição do
IFPR para a realização de suas atividades. Para a eficácia do controle patrimonial é
fundamental a atualização dos registros de entrada, movimentação e saída de bens via
sistema. A operação de entrada é realizada através do Tombamento, as alocações
internas e externas são realizadas através da Movimentação, e a operação de saída é
realizada através da Baixa de bens. Visando preservar a autenticidade das informações,
todo bem permanente deverá ser identificado individualmente, estar vinculado a um
local específico e sob a responsabilidade de um servidor. A veracidade dessas
informações, bem como o controle realizado pelos Setores de Patrimônio, é medido
através dos Inventários. Deve ser controlado todo acervo da Instituição, seja de bens
móveis ou imóveis. Em cada Pró-Reitoria há um agente de patrimônio e almoxarifado
(APA) que é responsável pela movimentação e atualização das informações para o setor
de patrimônio.

DEFINIÇÕES DE MATERIAL:

MATERIAL
Para fins deste Manual, material é designação genérica de móveis, equipamentos,
componentes sobressalentes, acessórios, utensílios, veículos em geral, matérias-primas
e outros. Quanto à natureza e finalidade, os materiais são classificados conforme
aspectos e critérios de classificação em naturezas de despesas contábeis da Secretaria
do Tesouro Nacional.

BENS MÓVEIS
São agrupados como Material de Consumo ou Material Permanente.

MATERIAL DE CONSUMO
É aquele que, em razão de seu uso corrente, perde normalmente sua identidade física
e/ou tem sua utilização limitada a 02 (dois) anos. Sua aquisição é realizada em despesa
de custeio e não possui controle após sua distribuição.
Materiais que apresentem baixo valor monetário, baixo risco de perda e/ou alto custo
de controle patrimonial devem, preferencialmente, ser considerados como materiais de
consumo.

MATERIAL PERMANENTE
É aquele que, em razão de seu uso corrente, não perde sua identidade física e/ou tem
uma durabilidade superior a 02 (dois) anos segundo a Lei n.º 4.320, art. 15, § 2º, de

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17 de março de 1964. Sua aquisição é realizada em despesa de capital e possui
controle individualizado. Para fins de controle patrimonial, imóvel é considerado
material permanente. O Art. 3° da Portaria n° 448, de 13/09/2002, da Secretaria do
Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda define a adoção de cinco condições
excludentes para a identificação do material permanente, sendo classificado como
material de consumo aquele que se enquadrar em um ou mais itens dos que se
seguem:

I - Durabilidade - quando o material em uso normal perde ou tem reduzidas as suas


condições de funcionamento, no prazo máximo de dois anos;
II - Fragilidade – material cuja estrutura esteja sujeita a modificação, por ser
quebradiço ou deformável, caracterizando-se pela irrecuperabilidade e/ou perda de sua
identidade;
III - Perecibilidade – material sujeito a modificações (químicas ou físicas) ou que se
deteriora ou perde sua característica normal de uso;
IV - Incorporabilidade - quando destinado à incorporação a outro bem, não podendo
ser retirado sem prejuízo das características do principal;
V - Transformabilidade - quando adquirido para fim de transformação.

Verificadas essas condições, devem ser analisados, por fim, mais dois parâmetros que
complementam a definição final da classificação:

a. A relação custo de aquisição/custo de controle do material, como previsto no item


3.1 da IN N° 142 DASP (Departamento Administrativo do Serviço Público), que
determina, nos casos dos materiais com custo de controle maior que o risco da perda
do mesmo, que o controle desses bens seja feito através da relação-carga e verificação
periódica das quantidades. De um modo geral, o material de pequeno custo que, em
função de sua finalidade, exige uma quantidade maior de itens, redunda em custo alto
de controle, devendo ser, portanto, classificado como de consumo;

b. Se o bem está sendo adquirido especificamente para compor o acervo patrimonial da


Instituição. Nestas circunstâncias, este material deve ser classificado sempre como um
bem permanente. Além disso, é importante frisar que a classificação do bem, para
efeito de sua inclusão no sistema de controle patrimonial, deve ser coerente com a
adotada no respectivo processo de aquisição.
Quanto à forma de utilização, um bem móvel é classificado em:

a) de uso individual, quando apenas uma pessoa o utiliza contínua e constantemente;


b) de uso coletivo ou comum, quando for utilizado por várias pessoas.

Quanto à situação patrimonial, um bem é classificado como:

a) Bom - quando estiver em perfeitas condições e em uso normal;


b) Ocioso - quando, embora esteja em perfeitas condições, não está sendo usado;
c) Recuperável - quando estiver avariado e sua recuperação for possível e orçar, no
máximo, até cinquenta por cento de seu valor de mercado;

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d) Antieconômico - quando estiver avariado e sua recuperação orçar mais do que
cinquenta por cento de seu valor de mercado ou seu rendimento for precário, em
virtude de uso prolongado, desgaste prematuro ou obsoletismo;
e) Irrecuperável - quando não mais puder ser utilizado para o fim a que se destina
devido à perda de suas características ou em razão da inviabilidade econômica de sua
recuperação.

INCORPORAÇÃO

É a inclusão de um material permanente no sistema tornando-o patrimônio da


instituição. Os materiais componentes do patrimônio do IFPR são incorporados
mediante compra, doação, permuta, cessão, transferência ou quaisquer outros métodos
possíveis juridicamente para a administração pública.

a) Compra - aquisição remunerada de material com utilização de recursos


orçamentários;
b) Doação - modalidade de aquisição em que os materiais são entregues gratuitamente
por entidades públicas ou privadas;
c) Permuta - troca de materiais entre o IFPR e outros órgãos ou entidades da
Administração Pública.
d) Cessão - ocorre quando materiais são entregues ao IFPR com transferência gratuita
de posse e direito de uso, por órgãos ou entidades da Administração Pública.

Nenhum material permanente pode ser distribuído a qualquer servidor sem a respectiva
Carga Patrimonial, que se efetiva com assinatura do Termo de Responsabilidade.

Termo de Responsabilidade – É o documento que o servidor assina se


responsabilizando pela guarda e uso do material.

Carga Patrimonial - é a efetiva responsabilidade pela guarda e uso de material pelo seu
consignatário. Somente servidor investido em função de confiança pode se
responsabilizar pela Carga Patrimonial.

Descarga Patrimonial - se efetiva com a transferência de responsabilidade pela guarda


do material.

Ao servidor responsável pela Carga Patrimonial cabe zelar pelo uso, guarda e
conservação, devendo comunicar qualquer irregularidade ocorrida com o bem. Compete
ao responsável pela Carga Patrimonial:
a) solicitar, no início de suas atividades na unidade para a qual foi designado, que seja
lavrado o Termo de Responsabilidade dos Bens que serão mantidos sob sua guarda;
b) conferir e certificar o Material Permanente existente sob sua guarda e solicitar ao
setor de patrimônio a Descarga Patrimonial do Termo de Responsabilidade assumido,
quando dispensado das atribuições na unidade para a qual foi designado;
c) adotar medidas e estabelecer procedimentos complementares às normas constantes
deste Manual, que visem a garantir o efetivo controle do Material Permanente existente
em sua unidade;

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d) realizar conferência periódica, parcial ou total, sempre que julgar conveniente e
oportuno, independentemente do inventário anual;
e) supervisionar as atividades relacionadas com o bom uso e guarda dos bens
localizados em sua Unidade.

IDENTIFICAÇÃO PATRIMONIAL

Todo bem depois de incorporado ao patrimônio deve ser


identificado individualmente no momento do seu
tombamento sendo executada pelo responsável pelo
controle patrimonial na unidade. Essa identificação
consiste na atribuição de um número patrimonial exclusivo
e deve permitir aos agentes do controle patrimonial coletar
informações relativas à localização, estado de
conservação, situação desse bem e o responsável por sua
guarda e conservação.
Atualmente é utilizada para identificação dos bens a
etiqueta inviolável tipo void padronizada para toda a
Instituição seguido pelo número sequencial crescente de
dez dígitos além do QRCODE.

Na fixação da etiqueta, deverão ser observados os


seguintes aspectos:

a) colar em local de fácil visualização para efeito de identificação;


b) evitar colar etiquetas em partes que não ofereçam boa aderência;
c) evitar áreas que possam acarretar a deterioração da etiqueta;
d) colar em local plano, para facilitar a leitura no inventário;
e) manter um padrão de colagem de etiquetas para cada tipo de bem;

Considerando esses princípios, a etiquetagem de bens cujas características físicas ou


funcionais exigem um controle menos individualizado deve ser flexibilizado, sem
resultar num controle menos eficaz.
As Instruções Normativas 142/83 Dasp e 205/88 Sedap prevêem que este controle
pode ser realizado através da relação-carga e da assinatura do Termo de
Responsabilidade. Em outras palavras, o controle patrimonial sobre estes bens deve ser
feito a partir de sua quantidade e localização e não das etiquetas patrimoniais neles
coladas. No sistema de controle patrimonial, o bem continua a ser identificado
pelo seu número patrimonial, e as operações de tombamento, transferência,
movimentações e baixa deverão ser feitos normalmente. Apenas seu controle físico será
feito através do seu quantitativo e localização.

O responsável pelo controle patrimonial da Unidade deverá avaliar a necessidade da


colagem da etiqueta no bem considerando o exposto acima. Para auxiliar na
identificação, estão relacionadas abaixo algumas condições que podem ser avaliadas na
colagem das etiquetas:

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Pela dimensão: bens de pequeno porte que não comportam a fixação da etiqueta.
Exemplo: alguns tipos de câmera fotográfica digital.
Pela funcionalidade: bem cuja função é conter ou transportar produtos líquidos ou
gasosos, em que a reposição pressupõe a substituição do bem.
Exemplos: extintor de incêndio, botijão de gás.
Pela mobilidade: bens cuja utilização exija constante movimentação e assim torne o
controle por etiqueta muito oneroso.
Exemplos: carteira de estudante, cadeiras fixas sem braço.
Pelo valor artístico ou histórico: bens de valor artístico ou histórico imensurável que
possam ser danificados pela pura afixação da etiqueta.
Exemplos: quadros ou objetos de arte.
Pela dificuldade de acesso: bens cuja localização (instalação) torne impraticável seu
controle através de etiqueta de patrimônio.
Exemplos: antena parabólica, aquecedor solar.

TRANSFERÊNCIAS

A transferência constitui na mudança da responsabilidade pela guarda e conservação de


um bem permanente e ocorre nas seguintes situações:

• Quando há alteração no responsável pelo local onde o bem está situado.


• Quando o bem é transferido de um local de guarda para outro.

A transferência é realizada via sistema onde um novo termo de responsabilidade é


gerado em nome do novo detentor da carga patrimonial e também é gerada uma Guia
de Movimentação onde o antigo detentor assina se desfazendo do bem e o transfere
para o atual detentor da carga patrimonial.

INVENTÁRIO

Inventário é o instrumento de controle que permite:

- Verificar a existência e localização dos bens;


- Permitir a correta contabilização dos materiais permanentes, facilitando a
confrontação com os registros no SIAFI e adequando a valoração do patrimônio
institucional;
- Fornecer subsídios para a Gestão Patrimonial planejar, avaliar e gerenciar os materiais
permanentes com eficiência e eficácia, atualizando os bancos de dados institucionais e
contabilizando o patrimônio consolidado do IFPR;
- Disponibilizar, quando solicitadas, as informações aos órgãos fiscalizadores;
- Confirmar as responsabilidades pelas guardas dos materiais permanentes.

De acordo com a Instrução Normativa 205/88 da Sedap, são cinco os tipos de


inventários físicos:

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- Anual: destinado a comprovar a quantidade dos bens patrimoniais do acervo de cada
unidade gestora, existente em 31 de dezembro de cada exercício – constituído do
inventário anterior e das variações patrimoniais ocorridas durante o exercício
(tombamentos, baixas, transferências);
- Inicial: realizado quando da criação de uma unidade gestora, para identificação e
registro dos bens sob sua responsabilidade;
- De transferência de responsabilidade: realizado quando da mudança do dirigente de
uma unidade gestora;
- De extinção ou transformação: realizado quando da extinção ou transformação da
unidade gestora;
- Eventual: realizado em qualquer época, por iniciativa do dirigente da unidade gestora
ou por iniciativa do órgão fiscalizador.”

Comissão de inventário

Comissão inventariante é a comissão que deve executar o inventário físico dos bens
permanentes. Ela deve ser formada por, no mínimo, três servidores do quadro
permanente e não ter em sua formação servidores e/ou funcionários lotados no setor
de patrimônio. As atribuições da Comissão de Inventário são:

a. A verificação da localização física de todos os bens patrimoniais da unidade de


controle patrimonial;
b. A avaliação do estado de conservação destes bens;
c. A classificação dos bens passíveis de disponibilidade;
d. A identificação dos bens pertencentes a outras unidades acadêmicas ou órgãos
administrativos e que ainda não foram transferidos para sua unidade de controle
patrimonial;
e. A identificação de bens permanentes eventualmente não tombados;
f. A identificação de bens patrimoniados que eventualmente não possam ser
localizados; e
g. A emissão de relatório final acerca das observações anotadas ao longo do processo
do inventário, constando as informações quanto aos procedimentos realizados, à
situação geral do patrimônio da unidade de controle e as recomendações para corrigir
as irregularidades apontadas, assim como eliminar ou reduzir o risco de sua ocorrência
futura, se for o caso.

Bens não inventariados


Bens não inventariados são aqueles não localizados durante a realização de inventário,
ou a qualquer momento. Quando da observação da ocorrência de bens não
inventariados, o Dirigente da Unidade deverá designar Comissão de sindicância cujas
atribuições principais são:

• Verificar se há bens que se enquadrem nos termos do item 10.6 da IN 205/88


recomendando sua baixa imediata.
• Apurar as responsabilidades pela irregularidade conforme item 10 da IN 205/88, para
os bens que não se enquadrem no item acima.

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• Elaborar relatório para o dirigente da Unidade Gestora com suas conclusões e
recomendações.

Desfazimento
O desfazimento de bens consiste no processo de exclusão de um bem do acervo
patrimonial da instituição, de acordo com a legislação vigente e expressamente
autorizada pelo dirigente da unidade gestora. Após a conclusão do processo de
desfazimento deverá ser realizada a baixa dos bens nos registros patrimoniais.

Legislação
As seguintes normas regulam o desfazimento de bens pela Administração Federal.
• Instrução Normativa SEDAP nº 205/88
• Decreto 99658/90
• Instrução Normativa SEDAP nº 142/83

BAIXA PATRIMONIAL

Bens inservíveis
Pré-requisitos
• Existência de bens classificados como inservíveis, conforme determinação do Decreto
99658/90.
• Avaliação dos bens por comissão especialmente instituída pelo dirigente da unidade,
cujas atribuições são: Classificar os bens inservíveis (ociosos, recuperáveis,
irrecuperáveis e antieconômicos); Avaliar os bens conforme sua classificação; Formar os
lotes de bens conforme sua classificação e características patrimoniais; Instruir os
processos de desfazimentos conforme a classificação dos bens inservíveis.
Em geral, o processo de desfazimento deverá ser composto por:
a. Portaria de designação da comissão de desfazimento
b. Relação dos bens para desfazimento.
c. Laudo de avaliação.
d. Justificativa do desfazimento.
e. Contrato, conforme a modalidade de desfazimento.
f. Relação de bens baixados no processo.

Devolução de bens em comodato


A devolução corresponde a uma reversão do tombamento por Comodato e ocorre nos
casos em que o bem deve ser devolvido para a instituição de origem. Não prescinde de
processo formal de desfazimento, mas deve ser documentado através da cópia do
Termo de Comodato do convenente e de ofício de autorização de baixa do dirigente da
unidade.

Desfazimento de bens inservíveis

Alienação
Consiste na operação de transferência do direito de propriedade do material, mediante
venda, permuta ou doação. Os bens a serem alienados deverão ter seu valor reavaliado
conforme preços atualizados e praticados no mercado. O material classificado como

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ocioso ou recuperável será cedido a outros órgãos que dele necessitem.

Venda
Os bens inservíveis classificados como irrecuperáveis ou antieconômicos poderão ser
vendidos mediante concorrência, leilão ou convite.

Permuta
A permuta com particulares poderá ser realizada sem limitação de valor, desde que as
avaliações dos lotes sejam coincidentes e haja interesse público. Nesse caso,
devidamente justificado pela autoridade competente, o material a ser permutado
poderá entrar como parte do pagamento de outro a ser adquirido, condição que deverá
constar do edital de licitação ou do convite.

Doação

A doação poderá ser efetuada após a avaliação de sua oportunidade e conveniência,


relativamente à escolha de outra forma de alienação. Material classificado como ocioso
poderá ser doado para outro órgão ou entidade da Administração Pública Federal
direta, autárquica ou fundacional ou para outro órgão integrante de qualquer dos
demais Poderes da União. Se o material for classificado como antieconômico, a doação
poderá ser realizada para Estados e Municípios mais carentes, Distrito Federal,
empresas públicas, sociedade de economia mista, instituições filantrópicas,
reconhecidas de utilidade pública pelo Governo Federal, e Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público. O material irrecuperável poderá ser doado para instituições
filantrópicas, reconhecidas de utilidade pública pelo Governo Federal, e as Organizações
da Sociedade Civil de Interesse Público.
Conforme atualizações no Decreto 99658/90, os microcomputadores de mesa,
monitores de vídeo, impressoras e demais equipamentos de informática, respectivo
mobiliário, peças parte ou componentes, classificados como ociosos ou recuperáveis,
poderão ser doados a instituições filantrópicas, reconhecidas de utilidade pública pelo
Governo Federal, e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público que participem
de projeto integrante do Programa de Inclusão Digital do Governo Federal.

Inutilização ou abandono
Verificada a impossibilidade ou a inconveniência da alienação de material classificado
como irrecuperável, a autoridade competente determinará sua descarga patrimonial e
sua inutilização ou abandono, após a retirada das partes economicamente
aproveitáveis, porventura existentes, que serão incorporados ao patrimônio. A
inutilização consiste na destruição total ou parcial de material que ofereça ameaça vital
para pessoas, risco de prejuízo ecológico, ou inconveniente de qualquer natureza, para
a Administração Pública Federal. O desfazimento por inutilização e abandono deverão
ser documentados mediante Termos de Inutilização ou de Justificativa de Abandono, os
quais integrarão o respectivo processo de desfazimento.

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DAS ATRIBUIÇÕES DO SETOR DE PATRIMÔNIO

De acordo com a obra Manual de Controle Patrimonial nas Entidades Públicas, de


autoria de Diogo Duarte Barbosa, publicado pela editora Gestão Pública, “O setor de
patrimônio é responsável pelo registro dos fatos relacionados ao ingresso,
transferências e baixa dos materiais permanentes e tem por objetivo o correto controle
dos bens para o alcance de uma eficiente gestão patrimonial. Os agentes integrantes
do setor de patrimônio precisam ter amplo conhecimento do regime jurídico da
entidade e legislação que envolve a matéria patrimonial’’.

Para o controle eficiente do patrimônio, toda vez que houver aquisição de materiais
permanentes, a unidade responsável pela aquisição deve encaminhar a nota fiscal do
bem acompanhada da SRP (Solicitação de registro patrimonial) para o setor do
patrimônio devidamente preenchida (o modelo da SRP encontra-se em
http://reitoria.ifpr.edu.br/menu-institucional/pro-reitorias/proad/proad-
da/cacp/formularios) desta forma pode ser feito o tombamento do bem, gera-se a
etiqueta de identificação, o termo de responsabilidade e a nota fiscal segue para
pagamento. Além disso, no esquema a seguir, é possível ter uma visão mais ampla das
diversas atribuições do Setor de Patrimônio:

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Deveres do servidor:

 Todo servidor público é responsável pelos bens em sua guarda ou uso, bem
como a sua conservação;
 Todo servidor público poderá ser chamado à responsabilidade pelo
desaparecimento do bem que lhe for confiado para guarda ou uso, bem como, pelo
dano que dolosa ou culposamente causar estando ou não o bem sob sua guarda;
 Todo servidor público deve contribuir continuamente para realização dos
inventários;
 Todo servidor público ao ser desvinculado do cargo ou função deve passar a
responsabilidade dos bens em sua guarda para outro;
 O servidor deve comunicar formalmente sempre que algum bem for retirado para
manutenção ou conserto fora das dependências do IFPR;
 Quando for identificado desaparecimento ou dano do bem, o detentor da carga
patrimonial ou quem o constatar deve comunicar ao setor responsável pelo patrimônio
para abertura do TCA (Termo Circunstanciado Administrativo) ou Sindicância;
 Os usuários dos bens não podem desmontar, retirar peças ou alterar as
características do bem;
 Qualquer transferência de bens deverá ser realizada por meio do Termo de
Transferência via sistema;
 O servidor deve avisar quando bens considerados inservíveis devem ser
recolhidos pelo setor responsável pelo patrimônio;
 Todos os servidores, funcionários terceirizados, alunos e demais integrantes da
comunidade que, porventura, mantiverem contato com o patrimônio da União,
localizado nas dependências do IFPR, deverão usufrui-lo de maneira consciente e
racionalizada, priorizando a conservação e economicidade.

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ANEXO I

DESFAZIMENTO DE BENS
Considerando a necessidade de regulamentação do processo de desfazimento de
Bens Patrimoniais no âmbito do Instituto Federal do Paraná e em atendimento às
disposições previstas no Decreto nº 99.658 de 30 de outubro de 1990 e Decreto nº
6.087 de 20 de abril de 2007 o Instituto Federal do Paraná passa a adotar o presente
Manual de Procedimentos para desfazimento de bens.
O Desfazimento de bens Consiste no processo de exclusão de um bem do acervo
patrimonial da instituição, de acordo com a legislação vigente e expressamente
autorizada pelo dirigente da unidade gestora. Em geral, o processo de desfazimento
deverá ser composto por:
a) Portaria de designação da comissão de desfazimento;
b) Relação dos bens para desfazimento;
c) Laudo de avaliação;
d) Justificativa do desfazimento;
e) Contrato, conforme a modalidade de desfazimento;
f) Parecer da Procuradoria;
g) Relação de bens baixados no processo.

PASSOS PARA REALIZAR O DESFAZIMENTO DE BENS PÚBLICOS

 Inventário descritivo dos bens.


 Levantamento dos bens: identificar, agrupar, mensurar (resulta na contagem das
unidades componentes da massa patrimonial).
 Arrolamento: colocar os bens em lista.
 Avaliação: atribuir valor e mérito ao objeto a ser avaliado.
 Distribuição do material em lotes, facilitando sua classificação descritiva no
inventario.
 Obedecer aos prazos estipulados para a realização dos certames: de trinta dias
para concorrência, quinze dias para leilão e três dias úteis para convite, que
deverão ser contados da primeira publicação no Diário Oficial da União.

Fluxo administrativo do Desfazimento


O fluxo do processo de desfazimento deverá ser composto pelas seguintes atividades:
1 – Responsável pela área de Patrimônio, recebe os memorandos de pedidos de
desfazimento do bem do responsável pela carga patrimonial ou depois de realizado o
inventário por comissão específica, esta poderá detectar que alguns bens não estão
sendo utilizados pela unidade, podendo vir a ter um melhor destino e aproveitamento,
que será realizado de acordo com o interesse público;
2 – Área patrimonial encaminha as solicitações para Comissão de Desfazimento que
irá iniciar o processo de desfazimento de bens;

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3 – A Comissão de Desfazimento deverá proceder a vistoria física dos bens para
checar a situação dos mesmos;
4 – A Comissão de Desfazimento torna pública através dos meios disponíveis do IFPR,
os bens que estão disponíveis em bom uso. Conceder o prazo de até 5 dias para
retorno dos interessados;
5 – Havendo interessados, a Comissão de Desfazimento solicita junto ao Patrimônio a
transferência dos bens entre a parte cedente e a parte interessada, bem como
acompanha a finalização e anexa ao processo as guias de transferência e termos de
responsabilidade;
6 – O Patrimônio por sua vez, será responsável em efetivar a transferência do bem no
SIPAC;
7 – Havendo interessados em parte dos bens, a Comissão de Desfazimento deve
atualizar a listagem ficando com bens efetivamente destinados ao desfazimento;
8 – Em se tratando de bens de informática, a Comissão de Desfazimento deve seguir a
instrução contida no Art 5° do Decreto 6.087 de 20 de Abril de 2007;
9 – A Comissão de Desfazimento deverá reavaliar o bem de acordo com o valor de
mercado. Poderá também ser utilizado o valor contábil depreciado;
10 – A Comissão de Desfazimento, em conformidade com as diversas respostas que
obtiver dos diversos órgãos públicos e entidades, definirá o tipo de alienação, sendo
que esta poderá ser:

 Por cessão – modalidade de transferência de acervo, com transferência gratuita de


posse e troca de responsabilidade.

 Por alienação – operação de transferência do direito de propriedade do material,


mediante venda, permuta ou doação, quando da ocorrência de obsoletismo,
inadequação ou imprestabilidade do bem (conforme lei n.º 8666/93).

- Por doação: permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após
avaliação de sua oportunidade e conveniência socioeconômica relativamente à
escolha de outra forma de alienação, não devendo acarretar quaisquer ônus para
os cofres públicos.
- Por permuta: permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da
Administração Pública.
- Por venda: Os bens inservíveis classificados como irrecuperáveis ou
antieconômicos poderão ser vendidos mediante concorrência, leilão ou convite.

Atentar para o Decreto 99.658 Art. 7º - Nos casos de alienação, a avaliação do material
deverá ser feita de conformidade com os preços atualizados e praticados no mercado.

Parágrafo único. Decorridos mais de sessenta dias da avaliação, o material deverá ter
o seu valor automaticamente atualizado, tomando-se por base o fator de correção
aplicável às demonstrações contábeis e considerando-se o período decorrido entre a
avaliação e a conclusão do processo de alienação.

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 Inutilidade ou abandono
Verificada a impossibilidade ou inconveniência da alienação de material
classificado como irrecuperável, a autoridade competente determinará sua
descarga patrimonial e sua inutilização ou abandono, após a retirada das partes
economicamente aproveitáveis, porventura existentes, que serão incorporadas
ao Patrimônio.
A inutilização consiste na distribuição total ou parcial de material que ofereça
ameaça vital para pessoas, risco de prejuízo ecológico, ou inconveniente de
qualquer natureza, para a Administração Pública Federal.

 Os desfazimentos por inutilização e abandono deverão ser documentados


mediante termos de inutilização ou de justificativa de abandono, os quais
integração o respectivo Processo de Desfazimento.

COMO CLASSIFICAR UM BEM PARA DESFAZIMENTO

a) Ocioso – quando, embora em perfeitas condições de uso, não estiver sendo


aproveitado;
b) Recuperável – quando sua recuperação for possível e orçar, no âmbito, a
cinquenta por cento de seu valor de mercado;
c) Antieconômico – quando sua manutenção for onerosa, ou seu rendimento
precário, em virtude de uso prolongado, desgaste prematuro ou obsoletismo;
d) Irrecuperável – quando não mais puder ser utilizado para o fim a que se destina,
devido à perda de suas características ou em razão da inviabilidade econômica de
sua recuperação.

OBSERVAR
As instituições públicas federais terão prioridade sobre quaisquer outros órgãos, no que
tange ao processo de desfazimento de bens patrimoniais.
Conforme atualizações no Decreto 99658/90, os microcomputadores de mesa,
monitores de vídeo, impressoras e demais equipamentos de informática, respectivo
mobiliário, peças-parte ou componentes, classificados como ociosos ou recuperáveis,
poderão ser doados a instituições filantrópicas reconhecidas de utilidade pública pelo
Governo Federal e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público que
participem de projeto integrante do Programa de Inclusão Digital do Governo Federal.

Elas deverão apresentar o Decreto declaratório de utilidade pública federal e a Certidão


de Regularidade junto ao Ministério da Justiça.
Em se tratando de outros materiais classificados como antieconômicos, a doação
poderá ser realizada para Estados e Municípios mais carentes, Distrito Federal,
empresas públicas, sociedade de economia mista e instituições filantrópicas,
reconhecidos de utilidade pública pelo Governo Federal, e Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público.
Havendo mais de um órgão/entidade interessado no material, o atendimento será feito
de acordo com a ordem de chegada dos pedidos, na seguinte preferência:

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a) Órgãos da Administração Pública Federal;
b) Órgãos da Administração Pública Estadual e Municipal;
c) Entidades devidamente reconhecidas como sem fins lucrativos pelo Ministério
da Justiça.

As despesas decorrentes da retirada, a carregamento e a transporte dos bens


ocorrerão integralmente por conta da solicitante.
SÍMBOLOS NACIONAIS
De acordo com o Artigo 16, parágrafo 3°, estes não poderão ser doados, devendo ser
recolhidos em local apropriado. Símbolos Nacionais (no setor de Exército mais próximo
ou Casa Civil), de acordo com a Lei n° 5.700 de 01/09/1971, Artigo 32.
LEGISLAÇÃO:
- Decreto 99658, de 30 de outubro de 1990 – Dispõe sobre a regulamentação, no
âmbito da Administração Pública Federal, o reaproveitamento, a movimentação, a
alienação e outras formas de desfazimento de material. Diário Oficial da União,
Brasília. DF, 23 abril 2007.
- Lei 8666, de 21 de junho de 1993 – Regulamenta o artigo 37, do inciso XXI, da
Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração
Pública e dá outras providências. Brasília, DF, 21 jun. 1993.
- Decreto 6.087, de 20 de Abril de 2007 - Altera os arts. 5o, 15 e 21 do Decreto
no 99.658, de 30 de outubro de 1990, que regulamenta, no âmbito da Administração
Pública Federal, o reaproveitamento, a movimentação, a alienação e outras formas de
desfazimento de material, e dá outras providências.
É imprescindível que se percorra todo o caminho traçado pela lei, sob pena de burla ao
princípio da legalidade.

Coordenadoria de almoxarifado e Controle Patrimonial

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