Este poema descreve a poluição como uma força inevitável da natureza humana. Fala sobre a existência da poluição por causa da atividade sexual, da reprodução e da miséria humana. Também sugere que a poluição é um reflexo da condição humana, representada pelo eu lírico que é esculpido e habitado por diversos aspectos da vida, como a fome, a carne e a facilidade.
Este poema descreve a poluição como uma força inevitável da natureza humana. Fala sobre a existência da poluição por causa da atividade sexual, da reprodução e da miséria humana. Também sugere que a poluição é um reflexo da condição humana, representada pelo eu lírico que é esculpido e habitado por diversos aspectos da vida, como a fome, a carne e a facilidade.
Este poema descreve a poluição como uma força inevitável da natureza humana. Fala sobre a existência da poluição por causa da atividade sexual, da reprodução e da miséria humana. Também sugere que a poluição é um reflexo da condição humana, representada pelo eu lírico que é esculpido e habitado por diversos aspectos da vida, como a fome, a carne e a facilidade.
Eu existo porque existe o ópio cópula dos vivos Eu existo porque as coxas ancestrais abren1-se aos falos in1emoriais Porque de ci.Jna dos lixos monturos os bodes espreitam o coito dos homens E o menino pobre do trem da janela vê passarem pernas nuas
Eu existo porque a chuva lava o rastro dos ho1nens eretos
E outros ho1nens marcam o mes1no passo na lama deixada E as mulheres secas dão frutos como não os dão os secos paus dos mulungus E as n1etades incongn1entes transtnitem às criaturas o legado de nossa miséria Enquanto são aliciadas as meninas para a n1asculina lubrificação
Eu existo porque sou esculpido escarrado pelo deus aleijado
Porque engulo o deus o pão o sol a cigarra o diabo o sal de Batista Porque sou eu mesmo o menino da janela o bode do monturo O auto o frade as flechas a chuva o berro o escarro
Porque sou a miséria a fauna a fome a fera
O sêmen as fezes o corpo a carne e a faca O galo a manhã a secura e a cabralina tessitura
Eu existo habito o planeta pairando glauber sobre a terra e as águas
Que correm em transe lavando o verbo forjan�o ,ª �ame Porque das sempre e mesmas vazias palavras 1nute1s Sou eu próprio o inútil deus esvaziado. José Teotonio - joseteo@alumni.usp.br