Prof.

Felipe Ferreira Pinto

Psicologia Social
 PSICOLOGIA SOCIAL

A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE E O
SOCIAL
 QUAL A RELAÇÃO ENTRE
PSICOLOGIA SOCIAL E A
FORMAÇÃO DA IDENTIDADE?

• A Psicologia Social não produz um tipo de

interpretação da realidade que tende a
naturalizar o contexto social...
 OU SEJA:

COMO PENSAR A PSICOLOGIA SOCIAL E O TEMA DA

IDENTIDADE, TENDO EM VISTA A RELAÇÃO
“IDENTITÁRIA” SUSTENDADA PELA RELAÇÃO
“IGUAL” OU “DIFERENTE” QUE HABITUALMENTE
SOMOS LEVADOS A PENSAR?
 NESTA DIREÇÃO, CABE
QUESTIONARMOS:

• QUEM SOMOS DE FATO?

 CONTINUANDO OS
QUESTIONAMENTOS...

Sua resposta oportuniza que você tenha condições de se mostrar ao outro, de

forma transparente sem que haja dúvidas sobre a sua identidade ?

Pensando ainda sua resposta...

Essa condição apresentada não deixara dúvidas quanto a sua forma de agir,
pensar e sentir em qualquer situação que surja ?
PARA QUE POSSAMOS DIALOGAR
SOBRE ESTA QUESTÃO:

DE INÍCIO PRECISAMOS CONSIDERAR QUE A NOÇÃO DE

IDENTIDADE É, ASSIM COMO A NOÇÃO DE EXCLUSÃO,
PRODUZIDA A PARTIR DE MUITOS SENTIDOS E
SIGNIFICADOS....
E QUE NOS PERMITE PENSAR…

• Quando relacionamos exclusão e

construção da identidade, por exemplo,

• Por que será que atribuímos a nós

características positivas e ao “Outro”
características negativas?
 COMO ESTAS QUESTÕES PODEM NOS AJUDAR
NESTE MOMENTO DE ANÁLISE DO CONCEITO DE
IDENTIDADE?

Podem nos ajudar a olhar para a produção dos saberes

acerca do tema...

ISTO É, ANTROPOLOGIA, A FILOSOFIA, A SOCIOLOGIA

E, SOBRETUDO, NÓS DA PSICOLOGIA NÓS
DEBRUÇAMOS SOBRE ESSA DISCUSSÃO...
 LOGO...

ESTES DIFERENTES OLHARES PRODUZIRAM UMA

CONCEPÇÃO DE IDENTIDADE QUE FOI SE
TRANSFORMANDO AO LONGO DO TEMPO!
E O QUE ISSO NOS AJUDA A PENSAR?

-QUE A NOÇÃO DE IDENTIDADE PRODUZIDA AO LONGO DA

HISTÓRIA REPRESENTOU O CULTO AO EGOCENTRISMO E A
INTROSPECÇÃO...

- OU SEJA, ESTAS CONDIÇÕES EM RELAÇÃO COM O MODO DE

PRODUÇÃO CAPITALISTA E SEUS EFEITOS PARA O PROCESSO DE
SUBJETIVAÇÃO COLOCADO PARA AS RELAÇÕES COTIDIANAS
PRODUZIU E PRODUZEM EFEITOS QUE REPERCUTEM, AINDA
HOJE , NA CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO CIENTÍFICO DA
PSICOLOGIA E SEUS OLHARES PARA O SUJEITO...
E PODEMOS DIZER QUE A IDENTIDADE
NO ÂMBITO PSICOLÓGICO...

Se produziu a partir de três frentes:

- Psicologia Analítica do Eu
- Psicologia Cognitiva
- Psicologia Social
 EM LINHAS GERAIS...

A Psicologia analítica e a Psicologia

Cognitiva consideram os estágios do
desenvolvimento humano, tendo em
vista que o processo de construção da
identidade se produz pela socialização
com o meio e está garantido, neste
sentido, pela individualidade...
NESTA DIREÇÃO, ESSA FORMA DE
PENSAR IRÁ DIZER...

Que a concepção de identidade não é

nada mais do que...

“a crise de identidade” ou “a cisão

da identidade”
QUAIS OS RISCOS QUE ISSO TRAZ QUANDO
PENSAMOS O CAMPO DA PSICOLOGIA
SOCIAL?

A CONSTRUÇÃO DE UMA CONCEPÇÃO DE IDENTIDADE:

A - TEMPORAL...

A - HISTÓRICA...
PARA OS ESTUDOS MAIS CONHECIDOS DA
PSICOLOGIA SOCIAL EM RELAÇÃO A
IDENTIDADE...

DESTACAMOS OS ESTUDOS DE WILLIAN JAMES E A TRADIÇÃO

DO INTERACIONISMO SIMBÓLICO....

A LINGUAGEM E AS IMAGENS COMO CONSTRUÇÃO DA

RELAÇÃO DO SUJEITO.
 E POR QUE ESTAMOS PENSANDO
NESTAS QUESTÕES?

NOS INTERESSA QUESTIONAR CONCEPÇÕES TEÓRICAS QUE

DISCUTEM O TEMA DA IDENTIDADE EM UMA PERSPECTIVA
NATURALISTA, ESSENCIALISTA E MATURACIONISTA...
 PARA RETOMARMOS O QUE FOI DITO
NO INÍCIO...

A CONCEPÇÃO DE IDENTIDADE SE PRODUZ

A PARTIR DE MUITOS SENTIDOS...
 OU SEJA...

Muitas discussões, percepções, interpretações nos

permitem entender a dificuldade em exprimir
o conceito em uma única definição....
 APESAR DISSO, PODEMOS DIZER QUE A
IDENTIDADE FOI CONCEITUALMENTE
DEFINIDA...

- A partir da ideia de identidade pessoal – atributos específicos do

indivíduo;

- - Identidade social – atributos que assinalam a pertença a grupos ou

categorias e que podem, inclusive, serem sub classificadas (
identidade religiosa, profissional, etc)
E COMO PODEMOS PENSAR A IDENTIDADE E
SUA CONSTRUÇÃO?

Estudos mostraram que até o homo sapiens-

sapiens as condições genéticas davam conta de
explicar os processos de evolução dos animais,
das plantas e do humano...
 SENDO ASSIM...

É PRECISO PENSAR QUE O PROCESSO EVOLUTIVO E, EM

ESPECIAL, A PARTIR DO HOMO SAPIENS- SAPIENS
CONSIDEROU A EVOLUÇÃO DO HUMANO COMO UM
PROCESSO DE LEIS SÓCIO HISTÓRICAS E ISSO MARCA
DEFINITIVAMENTE A RUPTURA COM O MUNDO ANIMAL...
 DITO DE OUTRA FORMA...

As condições históricas e sociais em que os

sujeitos vivem produzem as possibilidades e as
impossibilidades, bem como as alternativas de
se reconhecer nas formas histórico-sociais
que perpetuam a ideia de identidade...
 E ASSIM...

- HÁ QUE SE PENSAR, NESTE SENTIDO, NA IDENTIDADE

PESSOAL SENDO PRODUZIDA DE FORMA A SUPERAR A
FALSA DICOTOMIA – SOCIAL E INDIVIDUAL – QUE
PERPETUAM UMA FORMA DE PENSAR O MUNDO DE
MANEIRA REDUCIONISTA...
 E O QUE ISSO REPRESENTA?

- ISSO QUER DIZER, SOBRETUDO, QUE A IDEIA DE

IDENTIDADE É UMA SIMPLES MANIFESTAÇÃO DE UM SER
IDENTICO A SI MESMO – PERMANENTE E ESTÁVEL.
 DIANTE DISSO...

- É essencial rompermos com as formas de compreensão da

identidade que buscam determinar o pensamento a partir das
condições:

- Individual/social
- Igualdade/diferença
- Estabilidade/transformação
 EM SUMA...

- Trate-se de pensarmos não o EU como algo

individual, mas sim o EU (grupos) como parte
fundamental para o processo de reflexão acerca
das manifestações da identidade...
 POIS...

Momentos da existência manifesta as múltiplas

determinações que estamos sujeitos ao longo da
nossa história e, principalmente, diz sobre os
valores entendidos como “corretos” ou “normal”
ao longo da nossa vida...
 ISTO É...

TRAZER PARA O DEBATE A CONCEPÇÃO DE QUE A

IDENTIDADE PODE SER PENSADA ATRAVÉS DAS
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE SI FRENTE A RESPOSTA
IMPRECISA QUE A QUESTÃO...

“ QUEM ÉS?”

Nos coloca...
 E ENTÃO...

Construir processos de reflexão que nos permitam responder a

questão da IDENTIDADE para além de um saber sobre SI como
uma questão binária – individual e coletivo – para que assim
tenhamos condições de avaliar, por exemplo,

A QUESTÃOS DOS GRUPOS!!!

 ALGUMAS QUESTÕES...

- Como pensar os grupos sem considerar as condições que produzem e

naturalizam os processos de exclusão?

- Como pensar o grupo sem considerar a discussão acerca da identidade

e da representatividade para uma sociedade que se produz a partir dos
interesses do capital?

- Como analisar o processo de grupos sem considerar as condições

históricas, políticas e econômicas que produzem o encontro dos
sujeitos em determinadas condições?
 E QUANDO PENSAMOS NO CAMPO DA
PSICOLOGIA SOCIAL...

É PRECISO QUE TENHAMOS A CHANCE DE QUESTIONAR O

MODO COMO VIVEMOS E SEUS EFEITOS PARA AS
RELAÇÕES COTIDIANAS COMO UM IMPEDITIVO DE NOS
TORNARMOS SUJEITOS...
 E PARA NOS AJUDAR A PENSAR A
IDENTIDADE...

“ Para entender e mudar o mundo do aqui e do agora é necessário,

portanto, ultrapassar a mera “piedade cristã” e compreender os
mecanismos sociais que produzem e reproduzem formas
permanentes de miséria existencial, política e material. As causas
da desigualdade e ausência de reconhecimento social são, por
definição, invisíveis a olho nu” (SOUZA, 2016, p.107)
 E ASSIM AMPLIARMOS NOSSA CONCEPÇÃO
PARA O CAMPO SOCIAL, POIS ESTE
PROCESSO ESTARÁ SEMPRE EM MOVIMENTO...

“ Ainda que a pobreza e a miséria material sejam facilmente

perceptíveis e reconhecíveis, as causas e pré condições que as
tornam possíveis e socialmente legitimadas não o são. Esta é a
razão última do fato historicamente invariante de que toda
desigualdade existencial, política e material tenha que ser
acompanhada por mecanismos simbólicos que mascaram e
tornam opacas suas causas sociais” (SOUZA, 2016, p.107)
 ISSO SIGNIFICA...

QUE TEMOS A CHANCE DE NÃO NOS TORNARMOS REFÉNS DE

UM INTELECTUALISMO SEM AÇÃO...
E AGIR CONSIDERANDO A INSEPARABILIDADE
ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA...

(...) NÃO PODE SER NEGADA A NECESSIDADE DE CRÍTICA DO

PRESENTE, DO CAPTALISMO (E, PORTANTO, A VALIDEZ DO
SEU ASPECTO CRÍTICO). NÃO PODE SER NEGADA
TAMPOUCO A NECESSECIDADE DE UM PROJETO DE
EMANCIPAÇÃO OU DE AFIRMAÇÃO DOS VALORES – DE
DIGNIDADE, IGUALDADE E LIBERDADE – QUE O
CAPITALISMO NEGA. NÃO PODE SER NEGADO, EM
TERCEIRO LUGAR, QUE A REALIZAÇÃO DO PROJETO, A
TRANSFORMAÇÃO DO PRESENTE RUMO À FUTURA
SOCIEDADE, EXIGE UM CONHECIMENTO DE SUAS
POSSIBILIDADES, CAMINHOS E MEIOS DE REALIZAÇÃO
(VÁZQUEZ, 2002, p. 211)