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INTRODUÇÃO

Doenças cardiovasculares (DCV), incluindo doença arterial coronariana


e acidente vascular cerebral, são a principal causa de mortalidade
entre adultos em todo o mundo. Evidência suportam que ao inibir o
estresse oxidativo, uma dieta mediterrânea potencialmente ajuda a
prevenir e tratar as DCV. O mais importante benefício da dieta
mediterrânea tem sido tradicionalmente atribuído ao seu teor de
azeite. A esse respeito, evidências experimentais sugerem que o
impacto do metabolismo fatores de risco cardiovascular, como
hipertensão, dislipidemia, hiperglicemia, dentre outros podem ser
diminuidas pelo consumo regular de azeite por seus compostos
bioativos e antioxidantes naturais.
Objetivo do estudo:
Discutir o impacto dos compostos bioativos do azeite sobre função
vascular no desenvolvimento da aterosclerose a fim de estabelecer
prioridades para a prevenção de doenças.

ESTRESSE OXIDATIVO E DCV


De acordo com o entendimento atual, a disfunção endotelial em ambas as
artérias coronárias e periféricas é uma consequência de exposição
prolongada e/ou repetida ao risco cardiovascular fatores que induzem o
estresse oxidativo. Nesta visão, a superprodução de espécies reativas de
oxigênio (ROS) tem uma ligação clara com o dano do endotélio vascular,
promovendo proliferação celular, migração, inflamação, apoptose, necrose
e como resultado, trombose de placas ateroscleróticas.
EFEITOS PROTETORES DO AZEITE NA
DISFUNÇÃO ENDOTELIAL
O azeite de oliva é uma mistura de ácidos graxos, como ácidos graxos
insaturados, ácidos graxos saturados (SFA) e outros compostos
menores, tais como polifenóis, hidrocarbonetos, fitoesteróis e
triterpenos. O grau de insaturação dos ácidos graxos é uma das as
propriedades mais importantes do azeite de oliva que influenciam na
oxidação dos lipídios. Além disso, entre a variedade de antioxidantes
presentes nos azeites, o α-tocoferol é o principal tocoferol (≥90% dos
tocoferóis). Tocoferol (vitamina E) é o poderoso inibidor de
peroxidação lipídica das membranas celulares e lipoproteínas.

Os efeitos benéficos do azeite de oliva resultam de


suas propriedades antiinflamatórias, antioxidantes e
moduladoras de plaquetas, que são atribuídos
predominantemente à relação entre conteúdo
principal de ácidos graxos insaturados e
constituintes fenólicos.

COMPOSTOS MOLECULARES
MODULADOS PELO CONSUMO DE AZEITE
Efeito Anti-inflamatório
§ IL1; IL6;
§ VCAM-1; ICAM-1;
§ NF-kB; MAPK;
§ TLRs;
§ COX-1; COX-2;
§ MMP-9
COMPOSTOS MOLECULARES
MODULADOS PELO CONSUMO DE AZEITE

Antioxidante Antitrombótico

§ iNOS; eNOS, § PAI-1, (inibe


§ (síntese de NO); § plasminogênio);
§ LDL; HDL;AA; § Fator VII
§ PGE2; LTB4; TXB2

CONCLUSÃO
O azeite de oliva e seus fenólicos compostos têm propriedades que
explicam amplamente o efeitos cardioprotetores de padrões
alimentares, onde o azeite é a gordura mais consumida
essencialmente. Assim, inúmeros estudos sugeriram que a ingestão
consistente de azeite pode limitar o dano oxidativo e a inflamação,
restaurando assim função endotelial e retardamento do
desenvolvimento aterogênico além de auxiliar no controle dos
fatores de risco cardiovascular. Alguns pesquisadores expressaram o
ponto de vista que o estresse oxidativo pode não desempenhar o
papel principal no patogênese da aterosclerose. Contudo, as
evidências disponíveis sobre os efeitos vasculoprotetores do azeite
são abundantes, o que permite cientificamente recomendar seu
consumo como o principal tipo de gordura alimentar. No nível
molecular de compostos, o azeite pode ser usado como potencial
composto preventivo e/ou anti-aterosclerótico em alvos
terapêuticos.

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