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Poder Judiciário

Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho

PROCESSO Nº TST-RR-100217-73.2017.5.01.0302

Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 1003F6226486DE4B31.
A C Ó R D Ã O
(4ª Turma)
GMCB/mha/

RECURSO DE REVISTA
INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI N.º
13.467/2017. PRELIMINAR DE NULIDADE POR
NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL.
TRANSCENDÊNCIA POLÍTICA. RECONHECIDA.
O Tribunal Regional, ao deixar de
pronunciar-se acerca de questões
essenciais ao deslinde da controvérsia,
a despeito de ter sido provocado por
meio de embargos de declaração,
inviabiliza a análise da matéria em sede
recursal extraordinária, contrariando
o entendimento consubstanciado no item
I da Súmula no 297.
Nesse contexto, resta evidenciada a
transcendência política da causa.
PRELIMINAR DE NULIDADE POR NEGATIVA DE
PRESTAÇAO JURISDICIONAL. VIOLAÇÃO DOS
ARTIGOS 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL, 832 DA CLT e 489 do NCPC.
CONFIGURAÇÃO. PROVIMENTO.
Ocorre a nulidade do acórdão, por
negativa de prestação jurisdicional, na
hipótese em que o egrégio Tribunal
Regional, mesmo após a oposição de
embargos de declaração, deixa de se
manifestar sobre questões essenciais
suscitadas pela parte.
Na hipótese, constata-se que o juízo de
primeiro grau determinou a incidência
de juros de mora de 1% e correção
monetária, nos termos da Súmula nº 381,
para as verbas deferidas ao autor, bem
como que os cálculos de liquidação,
elaborados pela Secretaria da Vara,
fariam parte integrante da sentença.
A reclamada, no entanto, alega
contradição, uma vez que na planilha foi
utilizada a taxa Selic e apurados, em
duplicidade, os reflexos do intervalo
intrajornada no aviso prévio.

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2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.
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Nesse contexto, imprescindível a
manifestação da Corte Regional, acerca
do alegado vício, considerando que os
cálculos elaborados pela Secretaria da
Vara fizeram parte integrante da
sentença, sob pena de ofensa à coisa
julgada.
Tem-se, por essas razões, que o Tribunal
Regional incorreu em negativa de
prestação jurisdicional, motivo pelo
qual o acórdão embargado, nesses
pontos, deve ser anulado, a fim de que
nova decisão seja proferida, com o exame
das aludidas questões fáticas.
Recurso de revista de que se conhece e
a que se dá provimento.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso


de Revista n° TST-RR-100217-73.2017.5.01.0302, em que é Recorrente CASA
DO ALEMAO INDUSTRIA E COMERCIO DE LANCHES LTDA e Recorrido ANDERSON ALVES
DE OLIVEIRA..

O egrégio Tribunal Regional da 1ª Região não conheceu


do recurso de revista da reclamada quanto ao tema “juros e correção
monetária”, em razão da ausência de interesse recursal e negou provimento
ao recurso ordinário da reclamada.
Opostos embargos de declaração, a egrégia Corte
Regional negou-lhes provimento.
Inconformada, a reclamante interpõe recurso de
revista, no qual requer a reforma da v. decisão.
O recurso de revista foi recebido.
Contrarrazões foram apresentadas.
O d. Ministério Público do Trabalho não oficiou nos
autos.
É o relatório.

V O T O

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1. CONHECIMENTO

1.1. PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS

Presentes os pressupostos extrínsecos do presente


recurso de revista, passo ao exame dos pressupostos intrínsecos.

1.2.TRANSCENDÊNCIA

À luz do artigo 246 do Regimento Interno desta colenda


Corte Superior, as normas relativas ao exame da transcendência, previstas
no artigo 896-A da CLT, com as inovações trazidas pela Lei nº 13.467/2017,
serão aplicáveis aos recursos de revista interpostos contra acórdãos
publicados a partir de 11.11.2017.
Assim, uma vez que se trata de recurso de revista
interposto contra acórdão regional publicado em 14.08.2018, após,
portanto, a entrada em vigor da Lei nº 13.467/2017, deve ser feita a
análise da transcendência.
De acordo com o artigo 896-A da CLT, a esta colenda
Corte Superior, em sede de recurso de revista, compete examinar “se a
causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza
econômica, política, social ou jurídica”. Nessa perspectiva, apenas
serão objeto de exame as matérias controvertidas que ultrapassem a esfera
dos interesses subjetivos das partes litigantes, alcançando o interesse
público.
Calmon de Passos, ao tratar da antiga arguição de
relevância no recurso extraordinário, já sinalizava a dificuldade em
definir o que seria relevante ou transcendente para os fins da norma,
tendo em vista que a afronta à legislação, ainda que assecuratória de
direito individual, já evidencia o interesse público. Vejamos:

[...]. Se toda má aplicação do direito representa gravame ao interesse


público na justiça do caso concreto (único modo de se assegurar a efetividade
do ordenamento jurídico), não há como se dizer irrelevante a decisão em que
isso ocorre.
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A questão federal só é irrelevante quando não resulta violência à
inteireza e à efetividade da lei federal. Fora isso, será navegar no mar incerto
do “mais ou menos”, ao sabor dos ventos e segundo a vontade dos deuses que
geram os ventos nos céus dos homens.
Logo, volta-se ao ponto inicial. Quando se nega vigência à lei federal
ou quando se lhe dá interpretação incompatível, atinge-se a lei federal de
modo relevante e é do interesse público afastar essa ofensa ao Direito
individual, por constituir também uma ofensa ao Direito objetivo, donde ser
relevante a questão que configura. (PASSOS, José Joaquim Calmon de. Da
arguição de relevância no recurso extraordinário. In Revista forense:
comemorativa - 100 anos. Rio de Janeiro: Forense, 2007, v. 1, p. 581-607 )

Cumpre destacar que, no caso da transcendência em


recurso de revista, o §1º do artigo 896-A da CLT estabelece os parâmetros
em que é possível reconhecer o interesse público no julgamento da causa
e, por conseguinte, a sua transcendência, ao prever os indicadores de
ordem econômica, política, jurídica e social.
Na hipótese, Tribunal Regional, ao deixar de
pronunciar-se acerca de questões essenciais ao deslinde da controvérsia,
a despeito de ter sido provocado por meio de embargos de declaração,
inviabiliza a análise das matérias em sede recursal extraordinária,
contrariando o entendimento consubstanciado no item I da Súmula no 297.
Nesse contexto, resta evidenciada a transcendência
política da causa.

1.2.1. PRELIMINAR DE NULIDADE POR NEGATIVA DE


PRESTAÇÃO JURISDICIONAL.

Registre-se, inicialmente, que a reclamada cumpriu o


disposto no artigo 896, §1º-A, IV, da CLT, conforme pode ser constatado
às fls. 325/327.
Na minuta em exame, a agravante pugna pelo
processamento do recurso de revista, ao argumento de que o egrégio
Tribunal Regional teria incorrido em negativa de prestação

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jurisdicional, ao deixar de se manifestar sobre pontos essenciais ao
deslinde da controvérsia.
Sustenta que o Tribunal Regional não se manifestou
sobre contradição apresentada entre o dispositivo da sentença e a conta
de liquidação, uma vez que naquele se determinou a incidência de juros
de 1% e correção monetária nos termos da Súmula nº 381, enquanto que nesta
aplicou-se a taxa de juros Selic.
Aduz que houve omissão quanto ao equívoco apresentado
na conta de liquidação em que houve a apuração dos reflexos do intervalo
intrajornada até 06/04/2017, considerando a projeção do aviso prévio,
bem como os reflexos da referida verba, novamente, no aviso prévio
indenizado, o que acarretou condenação bis in idem.
Aponta divergência jurisprudencial e afronta aos
artigos 832, 897-A da CLT, 489, 1002 do CPC/2015; 5º, XXXV e LV, e 93,
IX, da Constituição Federal.
À análise.
A egrégia Corte Regional não conheceu do recurso
ordinário da reclamada quanto aos juros de mora e correção monetária,
sob os seguintes fundamentos:

“Requer a reclamada, na liquidação do julgado, a exclusão da


aplicação da taxa de juros Selic para a correção dos créditos deferidos.
Padece de razão.
O Juízo de 1ºgrau determinou no dispositivo da sentença:
"Os valores devidos ao autor e ao FGTS já consideram a
aplicação de juros de mora de 1% e correção monetária nos
termos da Súmula 381 do TST.".
Constata-se que o Juízo a quo não determinou a aplicação da taxa
de juros Selic como fator de juros de mora de débitos trabalhistas,
portanto, falta interesse na reforma do julgado, nesse tópico específico.
Isso porque, o interesse em recorrer se alinha entre os requisitos
intrínsecos do recurso e consiste no binômio necessidade/utilidade de a parte
se valer da via recursal para obter um provimento mais vantajoso do que
aquele que resultou da decisão impugnada, circunstância cuja ausência
conduz ao não conhecimento do apelo.

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Portanto, não conheço do recurso ordinário no tópico " Juros e
Correção Monetária". (grifei)

Na petição de embargos de declaração, a reclamada


alegou que “o acórdão foi omisso e contraditório, uma vez que não se manifestou expressamente em
relação à MEMÓRIA DE CÁLCULO que acompanhou o julgado, devendo se manifestar se os juros
apurados em relação as contribuições previdenciárias utilizaram a taxa Selic.”
Na decisão de embargos de declaração, o egrégio
Tribunal Regional manifestou-se nos seguintes termos:

“No tocante à exclusão da taxa de juros Selic, o acórdão não


vislumbrou interesse recursal quanto ao tema, porquanto a sentença
determinou a aplicação de juros de mora de 1% e correção monetária nos
termos da Súmula 381 do TST.
Ora, se o recurso não foi conhecido quanto ao tema envolvendo os
juros e correção monetária, obviamente que o acórdão não poderia ter
ingressado na análise meritória da matéria invocada pela embargante
(inclusão da taxa de juros Selic na memória de cálculos).”

Na hipótese, analisando-se os autos, constata-se que


o juízo de primeiro grau determinou a aplicação de juros de mora de 1%
e correção monetária, nos termos da Súmula nº 381, para as verbas
deferidas ao autor, bem como determinou que os cálculos de liquidação,
elaborados pela Secretaria da Vara, fariam parte integrante da sentença
(fl. 247).
Assim, verifica-se que, de fato, o egrégio Colegiado
não se pronunciou sobre a alega contradição apresentada entre os comandos
da sentença e os cálculos de liquidação.
Em relação à apuração em duplicidade dos reflexos do
intervalo intrajornada, a reclamada alegou, nas razões de seu recurso
ordinário:

“No tocante ao computo que apuram as horas intrajornadas, destaca-se


que apurou o juízo a quo o pagamento de horas intrajornadas devidas até

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06/04/2015 (projeção do aviso prévio), quando na realidade o reclamante
laborou até 05/02/2015.
Ocorre que na conta do juízo, também foi apurado reflexos do
intervalo intrajornada no aviso prévio, ocasionando verdadeiro bis in
idem, posto que a contadoria da vara apura a mesma parcela duplamente.
Assim requer seja excluída os reflexos dos intervalos intrajornadas no
aviso prévio, uma vez que já apurados até a data de 06/04/215.” (grifei)

A egrégia Corte Regional, sobre o tema, assim decidiu:

“Alega que o Juízo de 1ºgrau condenou a reclamada ao pagamento de


horas extras decorrentes da supressão do intervalo intrajornada abrangendo o
período do aviso prévio indevidamente, pois, a reclamada laborou somente
até 05/02/2017, e a condenação abrangeu o pagamento até 06/04/2017, data
final da projeção do aviso prévio.
Dessa forma, em razão da condenação ao pagamento dos reflexos
decorrentes das horas extras suprimidas, a condenação estabelecida até a data
final do aviso prévio, acarretará em bis in idem, haja vista que a contadoria
do Juízo de 1ªInstância apura duplamente a mesma parcela.
Afirma, assim, que devem ser excluídos, durante o período da projeção
do aviso prévio, os reflexos das horas extras suprimidas pela não concessão
do intervalo intrajornada.
Sem razão.
O art. 71 da CLT prevê a concessão de uma hora para qualquer
trabalho contínuo cuja duração exceda de seis horas, o caso do reclamante.
O seu §4º dispõe que a não concessão do intervalo obrigará o
empregador a remunerar o período correspondente com um acréscimo de
50% sobre o valor da remuneração da hora de trabalho.
O preceito da Súmula nº 437 do C. TST afasta por completo as
pretensões da recorrente, dispensando maiores comentários, in verbis:
(...)
Ficou provado nos autos, pela prova testemunhal que os empregados
da reclamada não usufruíam do intervalo mínimo de uma hora e, muito
embora a ré tenha negado o fato não produziu prova diferente disso na
audiência de instrução e julgamento.
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Desta maneira, foi deferido o pagamento de 01 hora diária, com o
adicional de 50%.
Em razão da parcela possuir natureza salarial (Súmula 437, III, do
C.TST), em decorrência do descumprimento habitual, está correto o
deferimento dos reflexos nos repousos semanais remunerados, aviso prévio,
férias acrescidas de 1/3, 13º salários e FGTS + 40%, observada a OJ 394 da
SDI-1 do C.TST, para se evitar o bis in idem, bem como a prescrição
quinquenal.”

Opostos embargos de declaração, o egrégio Colegiado


Regional alegou inexistir omissão ou contradição no julgado.
Nesse contexto, igualmente observa-se que, de fato,
o Tribunal Regional não se pronunciou sobre o alegado cômputo, em
duplicidade, dos reflexos do intervalo intrajornada.
Assim, imprescindível a manifestação acerca das
alegações de contradição entre o dispositivo e a memória dos cálculos,
bem como o equívoco apresentado nesta última, no que tange à aplicação
dos juros de mora e correção monetária e apuração dos reflexos do
intervalo intrajornada no aviso prévio, uma vez que os cálculos
elaborados pela Secretaria da Vara fizeram parte integrante da sentença.
Nesse contexto, por julgar afrontado pelo v. acórdão
regional os artigos 93, IX, da Constituição Federal, 832 da CLT e 489
do NCPC, conheço do recurso de revista.

2.MÉRITO

2.1. PRELIMINAR DE NULIDADE POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO


JURISDICIONAL.

Como consequência lógica do conhecimento do recurso


de revista por ofensa aos artigos 93, IX, da Constituição Federal, 832
da CLT e 489 do NCPC, dou-lhe provimento para, acolher a preliminar
arguida, declarar a nulidade do acórdão proferido em sede de embargos
de declaração, determinar o retorno dos autos à egrégia Corte Regional
para que se manifeste, desta feita, acerca das alegações de contradição
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entre o dispositivo da sentença e a memória dos cálculos de liquidação,
que fez parte integrante do julgado, no que tange à aplicação dos juros
de mora e correção monetária, bem como sobre o cômputo, em duplicidade,
dos reflexos do intervalo intrajornada no aviso prévio, julgando as
questões como entender de direito.

ISTO POSTO

ACORDAM os Ministros da Quarta Turma do Tribunal


Superior do Trabalho, por unanimidade: I) reconhecer a transcendência
política da causa; II) conhecer do recurso de revista por violação dos
artigos 93, IX, da Constituição Federal, 832 da CLT e 458, II, do CPC,
e, no mérito, dar-lhe provimento para, acolher a preliminar arguida,
declarar a nulidade do acórdão proferido em sede de embargos de
declaração, determinar o retorno dos autos à egrégia Corte Regional para
que se manifeste, desta feita, acerca das alegações de contradição entre
o dispositivo da sentença e a memória dos cálculos de liquidação, que
fez parte integrante do julgado, no que tange à aplicação dos juros de
mora e correção monetária, bem como sobre o cômputo, em duplicidade, dos
reflexos do intervalo intrajornada no aviso prévio, julgando as questões
como entender de direito.
Brasília, 16 de dezembro de 2020.

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CAPUTO BASTOS
Ministro Relator

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