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Integrais
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Parte II
IV. Técnicas de integração
Quando o integral (definido ou indefinido) não é imediato ou quase imediato, recorremos a
outras técnicas de integração.
, .
Para simplificar esta expressão podemos considerar e portanto
(consultar guião M@t b_Complementos de Derivação).
Substituindo na igualdade anterior
, .
De seguida vamos resolver o exemplo da página 15 do Guião integrais ‐ Parte I, utilizando,
agora, o método de integração por substituição.
Exemplo
Calcule o integral 3 1 5 . Passos auxiliares:
. Considera‐se a mudança de variável:
1 5
3 1 5 3 1 5
Fazendo . 1 5 10
1 5
. Calcular o integral em ordem a
então
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10 .
Para aplicar a fórmula é necessário introduzir o factor 10 no integrando, pelo que se
multiplicará o integral por ,
3 1 5 10 1 5 1 5 10
3 3 3 3
.
10 10 1 10 4 8
1
5 5
Repare que após a mudança de variável e a resolução do integral obtemos uma função na
variável , que não é a variável inicial da função que estamos a integrar. É por isso necessário voltar a
efectuar uma mudança de variável.
Como 1 5 ,
3
3 1 5 1 5 , .
8
O Método de Integração por Substituição ou também designado por Mudança de
Variável é dado por
, .
Sendo uma primitiva de .
Para aplicarmos este método é necessário efectuarmos os seguintes passos:
I. Substitui‐se a variável dada por outra variável (função de substituição) ;
II. Substitui‐se por dado que ;
III. Integra‐se a função obtida em ordem à nova variável ;
IV. Volta‐se à variável original substituindo por .
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Exemplo 1:
Calcule .
ln 1
ln
Fazendo
ln Cálculos auxiliares:
então
. Considera‐se a mudança de variável:
1 ln
.
. ln
1 . Calcular o integral em ordem a
ln
. Depois de calculado o integral, substitui‐se
novamente, desta vez por
2
Como ln ,
, .
2
Sendo uma função contínua no intervalo , , o cálculo do integral definido de em
, efectua‐se, calculando o integral indefinido e no final aplicando o 1º Teorema Fundamental do Cálculo.
.
Exemplo 2:
Calcule, por mudança de variável, o integral definido
/
. .
Calculemos o integral indefinido . , utilizando a mudança de variável:
.
Então
.
Substituindo vem:
. , .
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Substituindo novamente, desta vez por :
. , .
7
Assim, dado que o domínio da expressão integranda é ,
Atenção:
.
Quando usamos o método de substituição
no cálculo de um integral definido
.
, temos que ter o cuidado de
efectuar a substituição dos extremos de
integração na primitiva da função, depois
7 desta estar na variável inicial.
/
.
Como alternativa à resolução apresentada, poderíamos ter utilizado o Teorema da Mudança
de Variável.
Teorema da Mudança de Variável
,
Com a aplicação deste teorema não é necessário
onde .
voltar à variável original após integração, no
entanto, é necessário alterar os extremos de
integração.
e
Vamos aplicar este teorema para resolver o exemplo anterior.
Utilizando a mudança de variável , e substituindo
0 0 0 0 e 1
1
.
7 7
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Exercícios
1. Calcule:
1.1. ;
√
1.2. ;
1.3. .
√
1.4.
1.5. √3 7
√
1.6.
√
1.7.
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Tal como não é verdade que
,
não é verdade que
.
.
Integração por partes
Sejam
e duas funções reais de variável real, deriváveis, então
. Nota:
Exemplo:
Calcule o integral indefinido .
A função a primitivar é um produto de dois factores (método de integração por partes).
Como sabemos integrar qualquer das funções, aparentemente, a escolha é indiferente.
Façamos
Vamos trocar o papel das funções.
e
Façamos:
Aplicando a fórmula de integração por e
partes vem: Temos que
Aplicando a fórmula de integração
O problema complicou‐se,
obtendo‐se uma nova primitiva produto da
por partes vem:
exponencial por um polinómio do 2º grau.
Repare que:
, =
2
Como podemos observar, neste caso é
Nestes casos apenas precisamos de uma primitiva e não
imediato resolver o integral.
da família de primitivas. Por uma questão de
simplificação consideramos sempre 0.
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.
Exemplo:
Calcule o integral definido .
Note que , e é continua em . Vimos no exemplo anterior que
.
Logo,
3 1
2
2 .
Em geral, como escolher e ?
Se conhecermos a primitiva de ambos os factores, devemos escolher para derivar aquele que mais
simplifica por derivação.
Exemplo:
Calcule o integral indefinido .
Cálculos auxiliares:
2
2
2
1
2 2
2
1
, .
2 2 2
2
, .
2 4
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Se só um dos dois factores admite uma primitiva imediata, escolhemos esse para primitivar e o outro
para derivar. Por exemplo, as funções trigonométricas inversas (arcsen, arcos, arctg) e as logarítmicas
não admitem uma primitiva imediata logo, devem ser escolhidas para derivar.
Os polinómios devem ser escolhidos para derivar quando não é imediata a integração do outro factor.
Exemplo:
Calcule o integral indefinido .
Neste caso temos apenas uma função
que não sabemos integrar, contudo esta
1
primitiva calcula‐se usando o método de
integração por partes uma vez que podemos
considerar
Cálculos auxiliares:
1
, .
Se o integrante for uma única função, que não sabemos integrar mas que se simplifica por derivação (como
o caso do logaritmo e das funções trigonométricas inversas), escreve‐se 1 e
escolhe‐se obviamente a função para derivar e a função constante, 1, para integrar.
Exemplo:
Calcule o integral .
Na primeira parte do guião resolvemos este integral recorrendo às fórmulas trigonométricas.
No entanto, este integral também pode ser resolvido utilizando o método de integração por partes.
Repare que:
.
Aplicando o método de integração por partes vem:
Cálculos auxiliares:
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1
1
2
, .
2
Pela aplicação sucessiva da regra de integração por partes, pode aparecer no segundo membro um integral
igual ao que se pretende calcular. Isola‐se então esse integral e resolve‐se a equação.
Exercícios
1. Calcule:
a. ;
b. ;
c. ;
d. √ ;
e. ;
f. .
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3 1
| | , .
1 2 1
| 1| , .
1 2 1 2
1
, .
1
Podemos ainda ter outra situação, como por exemplo:
1 1
, .
1
Existem no entanto outras funções racionais em que estas regras não se aplicam.
Neste caso, duas situações podem acontecer:
I. o grau do polinómio do numerador é menor do que o grau do polinómio do denominador;
Exemplo:
5 7
2 3
II. o grau do polinómio do numerador é maior ou igual do que o grau do polinómio do
denominador.
Exemplos:
3 4 4
1 2 3
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Quando nos encontramos na situação II, vamos simplificar a fracção racional aplicando o
algoritmo da divisão aos polinómios.
Algoritmo da divisão
.
A aplicação do algoritmo a divisão à nossa função racional (quando o grau do numerador é
maior ou igual ao grau do denominador) permite‐nos escrevê‐la como a soma de um polinómio com
uma função racional cujo grau do numerador é menor que o grau do denominador.
Por vezes esta decomposição basta para resolver o integral.
Exemplo:
Calcule
.
1
A função integranda é uma função racional cujo grau do numerador é maior que o grau do
denominador. Vamos por isso aplicar o algoritmo da divisão.
Algoritmo da divisão
|
Então
4 1
Assim,
1
1
1 1
1
1
1
, .
3
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encontra‐se na situação I, visto que ao efectuar o algoritmo da divisão o grau do
polinómio é sempre menor do que o grau do polinómio .
Exemplo:
Calcule
3 4 4
.
2 3
Algoritmo da divisão
|
Então
3 3 2 4 4 5 7
2
1 2
2 3 2 3
3 4 4
2 3
5 7
1
2 3
5 7
2 2 3
Não é um integral imediato/quase imediato.
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Qualquer expressão racional (tal que o grau de é inferior ao grau de ) pode
escrever‐se como soma de expressões racionais cujos denominadores envolvam potências de
polinómios de grau 1 ou de grau 2 sem raízes reais, então
,
onde
onde , e , , onde é irredutível (polinómio de grau dois que não admite
raízes reais).
A soma designa‐se por decomposição em fracções parciais de e cada
é uma fracção parcial.
Para obter a decomposição em fracções parciais seguimos os seguintes passos.
Passo 1
Exprimir o denominador como produto de factores e/ou factores irredutíveis
do tipo .
Caso existam factores repetidos, agrupamo‐los de modo que se expresse como o
produto de factores diferentes da forma e/ou , onde , .
Passo 2
Aplicam‐se as seguintes regras:
Regra 1:
A cada factor da forma , 1, corresponde na decomposição
às seguintes de fracções parciais:
onde cada é um número real.
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Regra 2:
Voltando ao último exemplo, pretendemos calcular , para isso vamos escrever a
fracção como soma de fracções mais simples, utilizando o método de decomposição em
fracções parciais.
Temos que
5 7
1 3 1 3
3 1
5 7 3 1
.
1 3 1 3
Logo
5 7 1 3
7
5 3
.
7 3 2
A este método chama‐se Método dos Coeficientes Indeteteminados.
Por este ser um sistema de equações lineares, pode ser resolvido pelo Método de Eliminação
de Gauss‐Jordan ou regra de Cramer.
O cálculo das constantes e pode ainda ser feito tomando‐se valores de que anulem os
respectivos coeficientes, que neste caso são 1 e 3.
1. Fazendo 1 na igualdade 5 7 1 3 , temos
5 1 7 1 1 1 3
12
12 4 3.
4
2. Fazendo 3 na igualdade 5 7 1 3 , temos
5 3 7 3 1 3 3
8 4 2.
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Esta regra é compensatória quando os valores de que anulem os coeficientes não são
repetidos.
Determinados A e B tem‐se
5 7 3 2
.
1 3 1 3
Logo
5 7 3 2
2 3 1 3
1 1
3 2 3 ln| 1| 2 ln| 3| , .
1 3
Assim, voltando ao cálculo do integral da página 12, temos
3 4 4 5 7
1
2 3 2 3
3 ln| 1| 2 ln| 3| , .
2
Exemplo:
Calcule .
A função integranda é uma função racional cujo grau do numerador é menor que o grau do
denominador. Então vamos exprimir o denominador como um produto de factores de grau 1 e/ou
grau 2 sem raízes reais.
Passo 1
Vamos decompor o polinómio .
Calculemos os zeros do polinómio.
Factorizando o denominador escrevemos 0.
Colocando em evidência o termo em ,
1 . 0
1 0
Aplicando a lei do anulamento do produto:
Como o factor aparece repetido, 1 0
0 1 0
0 0 1
Logo
1 1
1 .
Passo 2
Neste caso, como os factores são todos da forma , aplicamos a regra 1.
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Portanto, temos uma decomposição da forma
2 1 2 1
,
1 1
onde , e são constantes a determinar.
Para determinar essas constantes utilizamos o Método dos Coeficientes Indeterminados:
2 1
1 1
2 1 1 1
1 1
logo
2 1 1 1
2 1
2 1
0 1 .
1 3
Assim
2 1 1 1 3
.
1 1
Temos portanto
2 1 1 1 3
1 1
1
| | 3 | 1| , .
Já estudamos os casos em que a factorização de resulta num produto de polinómios de
grau 1. Vamos agora analisar situações em que na factorização de estão presentes polinómios
irredutíveis de grau 2.
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Exemplo:
Calcule .
1
é uma função racional, em que o grau do
polinómio numerador é menor que o grau do polinómio
denominador.
Passo 1
9 Decompor o polinómio num produto de
polinómios de grau 1 e/ou em polinómios de 3 1 3 1
2 2
grau dois irredutíveis (polinómio de grau dois 1 1
sem raízes reais)
Agrupar os factores repetidos, se existirem. Regra 1 Regra 2
Passo 2
9 Escrever a função como soma de fracções
parciais (neste caso, são duas).
Método dos Coeficientes Indeterminados.
9 Determinar as incógnitas 3 1
1 1
1
9 Calcular cada uma das primitivas 3 1 1
1 1
3 1
1 1
0 1
3 1 3 3
1 1
Assim
3 1 1 1 3
1 1
3 1 1 3 1
| | 3
1 1 1 1
1 2 1
| | 3 | | ln| 1| 3 , .
2 1 2
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Exemplo
Calcule .
A função integranda é uma função racional cujo grau do numerador é menor que grau do
denominador.
Passo 1
Factorizando o denominador escrevemos
2 2 2 2 1 2 2
1 1 2 2 2 2 ,
logo
3 3
.
2 2 2 1 1 2 2 2 2 2 2
Analisando os factores repetidos, agrupam‐se de modo a que se expresse como o
produto de factores diferentes da forma e/ou , onde , logo,
3 3
2 2 2 1 2 2
Passo 2
Polinómio Parcelas
1
1 1
2 2
2 2 2 2
Neste caso, temos a decomposição da forma
3
2 2 2 1 1 2 2 2 2
Regra 1 Regra 2
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Resumo:
Considere a função racional , com 0.
9 Se o grau de for maior ou igual ao grau de efectua‐se a divisão dos polinómios,
aplicando‐se posteriormente, se necessário, o processo de decomposição de fracções
parciais.
Processo de decomposição em fracções parciais
9 Se o grau de for menor ao grau de utiliza‐se, se necessário, o processo de
decomposição em fracções parciais.
No cálculo de integrais de funções racionais aplicamos normalmente as seguintes regras:
, , .
| | , .
, .
Exercícios
1. Calcule:
a. ;
b. ;
c. ;
d. ;
e. .
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Uma das principais dificuldades na integração por substituição reside na escolha da mudança
de variável.
Quando as funções a integrar têm determinadas características, podem ser utilizadas
mudanças de variável aconselhadas, como apresentamos a seguir. Muitas destas mudanças de
variável produzem o integral de uma função racional.
Para calcular o integral de funções que resultam de operações racionais
de expressões do tipo
/ /
, , …
deve‐se calcular o mínimo múltiplo comum entre , ….
. . , , … .
Então a mudança de variável aconselhada é
.
Após esta mudança de variável temos o integral de uma função racional.
Exemplo
√
Calcule .
√
/
√ 1 1
/
√ 2 2
4 .
Assim temos
/
√ 1 1 1
/
4 4 4 .
√ 2 2 2 2
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Algoritmo da divisão
|
Então
5 3
40
2
40
4 4 2 5 10 20
2 2
1
4 2 5 10 20 40
2
2 5 10
4 20 40ln| 2|
5 4 3 2
4 20
2 20 80 160ln| 2| , .
5 3
Para voltamos à variável original, neste caso , temos que:
√
√ 1 4 √ 20 √
2 √ 20 √ 80 √ 160ln √ 2
√ 1 5 3
4 √ 20 √
2 20√ 80 √ 160ln √ 2 , .
5 3
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Para calcular o integral de funções que resultam de operações racionais de
expressões do tipo
/ /
, , …
deve‐se calcular o mínimo múltiplo comum entre , ….
. . , , … .
Então a mudança de variável aconselhada é
.
Após esta mudança de variável temos o integral de uma função racional.
Exemplo
Calcule .
√
Calculemos o integral indefinido
1 1
/ /
.
1 √1 1 1
1 .
Assim temos
1 6 .
1 1 6 6
6 .
1
1 1
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Algoritmo da divisão
|
Então
6 6 1
6 6 6 1 .
1 1 1
Voltando ao cálculo do integral:
6 1
6 1
1 1
1
6 1 6 ln| 1| , .
1 2
Para voltarmos à variável original, neste caso , temos que:
√1
1 √1
6 √1 ln √1 1 , .
1 √1 2
1 √1
6 √1 ln √1 1
1 √1 2
√6 √4
6 √6 ln √6 1 6 √4 ln √4 1 .
2 2
Para calcular o integral de funções que resultam de operações racionais
de expressões do tipo
, , … , ,…
deve‐se calcular o máximo divisor comum entre , ….
. . , , … .
Então a mudança de variável aconselhada é
.
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Exemplo
Calcule .
Como o 1,2 1 , efectuamos a substituição: Repare que no integral não é possível
. colocar em evidencia o factor e portanto não
Assim temos podemos substituir o por .
.
Nesta situação resolvemos em ordem a ,
Logo, ou seja,
1 ln ,
ln . e assim,
1
.
Deste modo já é possível substituir no integral
por e por .
Recorde:
Calculo auxiliar
1
1
A função integranda é uma função racional cujo grau do
numerador é menor que o grau do denominador.
1 1
. Passo 1
1 1 1 .
Passo 2
Neste caso, como os factores são todos da forma
1
, aplicamos a regra 1.
1 1 Portanto, temos uma decomposição da forma
1 ,
| 1| | | | 1|+c onde , e são constantes a determinar.
1 Para determinar essas constantes utilizamos o Método dos
| | 2 | 1| , . Coeficientes Indeterminados:
1 1 1 1
Para voltamos à variável original, neste caso ,
1 1 1 1
temos que: logo
1 1 1
0 1
0 1 .
1 1 1 1
| | 2 | 1| Assim
1 1 1 1
.
1 1 1
2 | 1| , . Temos portanto
1 1 1 1
1 1
1
| | | 1| , .
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Para calcular o integral de funções que resultam de operações racionais
de expressões do tipo
ln , ln , … , ,…
deve‐se calcular o máximo divisor comum entre , ….
. . , , … .
Então a mudança de variável aconselhada é
.
Exemplo
Calcule .
Algoritmo da divisão
|
Então
2
1
2 2
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2
2
1
2
2
1
2
1
2
2
2 | 2 | , .
Para voltarmos à variável original, neste caso , temos que:
2 .
2
2 2 | 2 2 | , .
4
[PISK] Chama‐se binómio diferencial à expressão
em que , , , , , são constantes.
O integral do binómio diferencial pode ser reduzido,
se , , forem números racionais, ao integral duma função racional nos
seguintes três casos:
1) é um número inteiro, isto é, ;
2) é um número inteiro;
3) é um número inteiro.
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Em qualquer um dos casos referidos, devemos proceder, inicialmente, à mudança de
variável seguinte:
1 1 1n −1
x = z n , dx = z dz .
n
Desta resulta o seguinte:
∫ ( ) m +1
z (a + bz ) p dz onde q =
p 1 q
x m a + bx n dx =
n ∫ n
− 1 .
A segunda mudança de variável aconselhada depende do caso em nos encontramos,
assim,
r
1) se p é um número inteiro, e sendo q o número racional q = , devemos efectuar a
s
substituição
z = t s ;
m +1 λ
2) se é um número inteiro e sendo p o número racional p = , devemos
n μ
efectuar a substituição
a + bz = t μ ;
m +1
3) se + p é um número inteiro, isto é, q + p é inteiro, façamos primeiro a
n
seguinte modificação
p
q+ p ⎛ a + bz ⎞
∫ z (a + bz ) dz = ∫ z
p
⎜ ⎟ dz ,
q
⎝ z ⎠
e, de seguida, consideremos a substituição
a + bz λ
= t μ ( p = ).
z μ
Exemplo 1
Calcule .
; 1; 3
1
1
1ª mudança de variável
, logo
Como , mas 0 ,
encontramo‐nos no 2º caso.
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( )
3
∫ x 1 + x dx
−1 3 2
2
1 −3
(1 + z )
1ª m. v.
− 13
∫z
3
= 2
z dz
3
2ª mudança de variável
1 −1
( )
3
Algoritmo da divisão =
3 ∫ z 1 + z 2 dz
1
‐1, logo
2
|t 2 − 1 ( −1
)( )
2 ª m. v. 1
t4
3
3∫
= t 2
− 1 t 2 2
2tdt
−t4 + t2 t 2 +1
2 t4
t2 = ∫ 2 dt Note que
t 4 é uma função racional à variável
3 t −1 t2 −1
− t 2 +1 2 1
1 = ∫t2 +1+ dt
3 (t − 1)(t + 1) Decompondo em fracções
2 1 2 −1 2 simples….
= ∫t2 +1+ + dt
3 t −1 t +1
1 A B
2⎛t 3
1 1 ⎞ = +
= ⎜⎜ + t + ln t − 1 − ln t + 1 ⎟⎟ + C ( t − 1)( t + 1) t − 1 t + 1
3⎝ 3 2 2 ⎠ ⇒ 1 = A ( t + 1) + B ( t − 1)
2 ⎛ t3 1 t −1 ⎞
= ⎜⎜ + t + ln ⎟+C 1 1
3⎝ 3 2 t + 1 ⎟⎠ ⇒ A=
2
e B=−
2
(
2 ⎛ 1 + x3 2 ) 1 + x 3 − 1 ⎞⎟
3
= ⎜
Para voltar à variável : 1
+ 1 + x 3 + ln +C
3⎜ 3 2 1 + x 3
+ 1 ⎟
⎝ ⎠
t= 1+ z = 1 + x3
Exemplo 2
√
Calcule .
; 2; 2
√1
1
1ª mudança de variável
, logo
Como , , mas
0 , encontramo‐nos no 3º
caso.
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( )
1
−
∫ x 1+ x
−2 2 2 dx
1
1 −2
∫ z (1 + z )
1ª m. v. 1
−1
= 2 z dz
2
3
1 −
= ∫ z 2 (1 + z )2 dz
1
2
(1 + z )2 dz
1
3 1 2ª mudança de variável
1 −
= ∫ z 2z2 1 (após a modificação efectuada)
2 1
z2
1 1
1 ⎛1 + z ⎞2 1 1
= ∫ z −1 ⎜ ⎟ dz 1
2 ⎝ z ⎠ Logo,
− 2t
( ) 1 2
2 ª m. v. 1
=
2 ∫ t2 −1 t
t2 −1
2
dt
( )
Algoritmo da divisão
2
t t 2 é uma função racional à variável
t 2
|t − 1
2 = −∫ dt Note que
t2 −1 t 2 −1
− t +1 2
1 1
= −∫ 1 + dt Decompondo em fracções
1 (t − 1)(t + 1)
simples….
1 2 −1 2
= −∫ 1 + + dt
t −1 t +1 1 A B
= +
⎛ 1 1 ⎞ ( t − 1)( t + 1) t − 1 t + 1
= −⎜ t + ln t − 1 − ln t + 1 ⎟ + C
⎝ 2 2 ⎠ ⇒ 1 = A ( t + 1) + B ( t − 1)
1 t −1 1 1
= −t − ln +C ⇒ A= e B=−
2 t +1 2 2
Para voltar à variável :
1 + x2
−1
1 + x2 1 x 2
1+ z 1 + x2 =− − ln +C
t= = x2 2 1 + x2
z x2 +1
x2
1
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Para calcular o integral de funções que envolvem expressões radicais do
tipo
Efectuamos respectivamente a mudança de variável (substituição
trigonométrica)
Estas mudanças de variável também se
aplicam se no lugar de estiver uma
função linear
,
.
Na tabela seguinte temos um resumo de cada uma das mudanças de variável anteriores.
Expressão Substituição a efectuar Cálculo do integral Para voltar à
variável inicial
·
| | 1·
Simplificar usando a relação trigonométrica
1
·
| | 1·
Simplificar usando a relação trigonométrica
1
·
| | 1 ·
Simplificar usando a relação trigonométrica
1
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Exemplo
Calcule √9 .
1. Função irracional quadrática incompleta da forma √ .
Substituição: 3 3 cos .
2. Substituindo, integra‐se a função obtida em ordem à nova variável .
9 9 3 · 3 cos 9 9 · 3 cos
1 2
2
9 9 9 9
1 2 2 2
2 4 2 4
9 9
2
2 4
9 9
, .
2 2
3. Como .
Em alternativa, repare que:
No nosso caso se tivermos o triângulo rectângulo, em que um
dos ângulos tem amplitude , o cateto oposto a
• 3 , ,
esse ângulo mede e a hipotenusa do triângulo
, , mede 3, temos, pelo Teorema de Pitágoras, que o
3 2 2 cateto adjacente ao ângulo é igual a √9 .
• Para calcular cos usamos a relação trigonométrica
1 Hipotenusa
3
1 1 Cateto oposto
1
Substituindo 9
1 , ,
Cateto adjacente
9
Temos então que
√
1
3
e que
Como , , estamos no 1º ou 4º √9
quadrante onde o cosseno é positivo. 3
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Assim
9 9 √9
9
2 3 23 3
9 √9
, .
2 3 9
Exemplo
Calcule .
√
Comecemos por transformar 3 2 numa diferença de quadrados. Como o coeficiente
de é negativo, teremos que colocá‐lo em evidência e seguir o processo descrito ao lado para
transformar 3 2 na diferença , em que é uma função linear de .
3 2 3 2
Passos:
3 2
3
1. Identificar .
2. Considerar .
3. Somar e subtrair a
4 1 o valor obtido no passo
2 1 anterior, ou seja, .
4. Escrever na forma
.
2 4
2 1 2 3
√3 2 4 1 √2
1
3
√2 √2
1 1
2 4 3
2 √2
1 4
3
2 1 2
1
2
4 3 , .
2
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Para voltamos à variável original, neste caso , temos que:
2 1
4 1 3
√3 2 2
1
3 2 3 , .
2
Qualquer função trigonométrica , , , … pode exprimir‐se à custa
das funções e .
Para calcular o integral de funções que envolvam a funções e ,
efectuamos a mudança de variável
.
Na tabela seguinte temos um resumo da mudança de variável anterior.
Expressão Substituição a efectuar Utilizar Para voltar à
variável
inicial
2 2
2 2 2
2 1 2
1 1
2
2 1
2 2 1
2 1 2
1 1
2
Exemplo:
Calcule o integral .
1. É uma função que envolve funções trigonométricas.
2. Comecemos por fazer a mudança de variável.
Tal como referido anteriormente:
2 1 2
, cos e dt.
2 1 1 1
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Calculando o integral por mudança de variável:
2
1 1 2
1
1 1 1
1
1
1 2
1 2 2 1
1 1 1 1
1
1 2
1 1
2
1
1
2
1
1
| 1| , .
Para voltamos à variável original, neste caso , temos que:
2
1
1
1 2 2
, .
2 2
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Exercícios
1. Calcule:
√ √
a. ;
√
b. ;
√
c. ;
√
√
d. ;
e. ;
f. √7 5 ;
g. ; (Sugestão: Faça 1.)
h. ;
(1 + x ) dx ;
3 2
∫x
53
i.
dx
j. ∫ 2 ;
( )
3
x 1+ x2 2
dx
k. ∫ 3
⎛ 1 ⎞
;
x 4 ⎜⎜ x 4 + 1⎟⎟
⎝ ⎠
3
1+ 4 x
l. ∫ x
dx .
2. Num certo subúrbio de uma metrópole, a concentração de Ozono no ar, , é de 0, 25
partes por milhão ( ) às 7 .
De acordo com o serviço de meteorologia, a concentração de Ozono t horas mais tarde varia
à razão de
0,24 0,03
/
√36 16
Determine a função que devolve a concentração de Ozono horas após as sete da manhã.
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Bibliografia
[LH] Larson, R., Hostetler, R. e Edwards, B., Cálculo, Mc Graw Hill, 2006.
[ELL] Lima, L. E.; Curso de Análise, Vol.2, Projecto Euclides, Nona Edição, 1999.
[CUV] Malta I., Pesco, S., Lopes,H.; Cálculo a uma variável, Vol. II, Derivada e Integral;
Editora PUC Rio, 2002.
[CGA] Swokowski; Cálculo com Geometria Analítica, Vol.1 , Makron Books, 1991.
[MA] Harshbarger, R. J. , Reynolds, J. J. , Matemática Aplicada – Administração,
Economia e Ciencias Sociais e Biológicas, Mc Graw Hill, 2006.
[PISK] Piskounov, N. ; Cálculo Diferencial e Integral, Vol. I e Vol. II, Ed. Lopes da Silva,
18ª edição.
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