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Resumo
A Auriculoterapia é uma ramo da Acupuntura utilizado para o tratamento de diversas
enfermidades, tais como o torcicolo que é caracterizado por um enrijecimento muscular na
área do pescoço. Existem diversos fatores que ocasionam o torcicolo como postura
inadequada, traumatismos, movimento brusco, tensão e exposição ao frio. O tratamento
realizado através da Auriculoterapia consiste na inserção de pequenas agulhas em pontos
específicos localizados na região da orelha. O objetivo dessa pesquisa foi demonstrar que
existem alguns pontos no pavilhão auricular que podem ser utilizados para tratar essa
patologia. A metodologia utilizada foi de levantamento de referencial teórico, para fazer uma
revisão bibliográfica do tratamento do torcicolo através da Auriculoterapia. O presente
estudo demonstrou que a auriculoterapia é eficaz para tratar as dores musculares na região
do pescoço ocasionadas pela má posição da cabeça, pois promove a melhora no quadro de
dor.
Palavras-chave: Auriculopuntura; contratura muscular; inserção de agulhas.
1. Introdução
A acupuntura é uma técnica oriunda da China que tem a finalidade de diagnosticar doenças e
promover a cura pela estimulação da força de autocura do corpo, através da inserção de
agulhas.
A Acupuntura é um dos recursos terapêuticos da Medicina Oriental que consiste na inserção
indolor de agulhas de diversos tipos, geralmente muito finas, em pontos específicos da pele
com intenção de estimular pontos cutâneos onde emergem os nervos periféricos. Regulando o
equilíbrio do organismo e aumentando a resistência corpórea, a acupuntura reduz ao mínimo a
necessidade de medicamentos e é muito potente no combate a dor. A Acupuntura tem
inúmeras possibilidades de aplicações; é útil em qualquer patologia, não importando sua
localização, pode ser realizada em adultos e crianças e pode ainda ser facilmente associada a
outras modalidades terapêuticas. Em virtude de patologias como o torcicolo assolarem
inúmeras pessoas, causando desconforto, dificuldade de executar um trabalho, pelas dores
causadas, esta pesquisa tem o objetivo de demonstrar a eficácia da Auriculoterapia, uma das
modalidades da Acupuntura, no tratamento dessa patologia, bem como indicar os métodos de
aplicação existentes e os pontos auriculares utilizados. Daí a importância de estudar métodos
alternativos para o combate de patologias.
A Auriculoterapia é eficaz no tratamento de todos os tipos de torcicolo?
Auriculoterapia é um ramo da acupuntura destinado ao tratamento das enfermidades físicas e
mentais através de estímulos de pontos situados no pavilhão auricular.
Auriculoterapia é uma técnica de acupuntura em que se usa o pavilhão auricular para efetuar
estímulos aproveitando o reflexo que a aurícula exerce sobre o Sistema Nervoso Central.
Cada orelha tem pontos de reflexo que correspondem aos órgãos e funções do corpo. Todos
os órgãos e vísceras têm seu lugar próprio no pavilhão auricular. Ao se efetuar a estimulação
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Pós graduando em Acupuntura.
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desses pontos, o cérebro recebe um impulso que desencadeia uma série de fenômenos físicos,
relacionados com a área do corpo, produzindo equilíbrio.
A auriculoterapia é utilizada como tratamento para quase todas as patologias, pois tem o
corpo inteiro nela representado.
A aplicação de auriculoterapia no tratamento de torcicolo tem eficácia de 95%.
O torcicolo é um distúrbio do pescoço caracterizado pelo enrijecimento dos músculos dessa
região, fazendo com que os movimentos da cabeça se tornem muito dolorosos e limitados.
Existem três tipos de torcicolo o repentino, o congênito e o espasmódico.
A forma mais conhecida de torcicolo ocorre por contratura muscular. A contratura pode ser
ocasionada por má postura, má posição ao dormir, tensão ou por um movimento brusco.
Os pontos auriculares indicados para o tratamento de torcicolo são shenmem, fígado,
relaxamento muscular, baço, pescoço, região cervical, suprarenal ou adrenal.
2. Acupuntura
2.1. Conceito
Segundo Ma (2006, XXI), a acupuntura é uma terapia fisiológica vinculada ao cérebro, uma
vez que corresponde à estimulação dos nervos sensoriais periféricos pela inserção de agulhas
por via manual ou elétrica. A finalidade da acupuntura não é tratar a especificidade de um
sintoma patológico, mas normalizar a homeostase fisiológica e promover autocura.
A acupuntura é uma técnica, cuja finalidade é diagnosticar doenças e promover a cura pela
estimulação da força de autocura do corpo. Pela inserção de agulhas de acupuntura auxilia-se
o corpo na correção de si próprio, pelo realinhamento e redirecionamento da energia o que
contribui para a saúde do organismo (Figura 1). A acupuntura é um dos aspectos da Medicina
Tradicional Chinesa, que inclui ervas, dietas, massagem e exercícios. Todas essas técnicas são
desenvolvidas com base no princípio da indissociabilidade do corpo com o ambiente, das
relações intrínsecas entre o microcosmo e o universo, permeado com a mesma energia
(KUREBAYASHI; FREITAS; OGUISS).
Para a incorporação da acupuntura como procedimento médico eficaz para controle da dor e
reabilitação de traumatismo, os profissionais da saúde precisam ter a conhecimento básico dos
mecanismos da inserção de agulhas (MA; 2006, p. 31).
A acupuntura é uma terapia singular porque usa agulhas muito finas para inocular
“traumatismos” intrusivos mínimos, ou lesões, nos tecidos, estimulando muitos mecanismos
de sobrevivência do corpo. A inserção da agulha de acupuntura e as lesões assim induzidas
ativam os mecanismos de autocura, os quais incluem restauração da homeostase, facilitação
dos mecanismos de reparo (como reação antiinflamatória e regeneração tecidual) e modulação
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3. Auriculoterapia
3.1. Generalidades
A auriculoterapia também chamada de auriculopuntura ou terapia auricular é uma técnica de
acupuntura. Provavelmente é um dos métodos terapêuticos mais antigos já aplicados na
China, cerca de 3.000 anos a.C. É uma técnica integrante da Medicina Tradicional Chinesa,
mas também usada por outras culturas antigas, em particular pelos egípcios (PORTAL
EDUCAÇÃO).
Auriculoterapia é um ramo da acupuntura destinado ao tratamento das enfermidades físicas e
mentais através de estímulos de pontos situados no pavilhão auricular (Figura 3). Cada orelha
tem pontos de reflexos que correspondem a todos os órgãos e funções do corpo. Ao se efetuar
a sensibilização desses pontos por agulhas de acupuntura, o cérebro recebe um impulso que
desencadeia uma série de fenômenos físicos, relacionados com a área do corpo, produzindo a
cura (SOUZA; 2007, p. 29).
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3.2. Indicações
A auriculoterapia pode ser usada em todos os tipos de problemas físicos e psíquicos,
abrangendo uma vasta relação de tratamentos. Tendo como fundamento o reflexo direto sobre
o cérebro e, através deste, sobre todo o organismo, ela é um método completo de terapia. Seu
uso associado a outras terapias, dinamiza os efeitos benéficos de qualquer tratamento
(SOUZA; 2007, p. 35).
A auriculoterapia é um ramo da acupuntura, no entanto é um sistema independente e a
aplicação atual da técnica não se restringe apenas ao tratamento das enfermidades através dos
pontos auriculares. Este microsistema também tem se desenvolvido em relação ao diagnóstico
em muitas patologias (PORTAL EDUCAÇÃO).
Cerca de 200 enfermidades podem ser tratadas pela auriculoterapia, enfermidades de caráter
funcional, de caráter neurótico e psicótico: cefaléias, neurastenia, insônia, depressão,
ansiedade, sintomas neurológicos etc. Pode-se tratar também enfermidades de caráter
estrutural como cervicalgias, dores lombares e das pernas, ciatalgias, dismenorréias,
dispepsias, úlceras gástricas e duodenais, enfermidades cardiovasculares, hipertensão arterial,
dependências como alcoolismo, drogas, tabagismo, tratamento para a beleza e anti-
envelhecimento. No tratamento e diagnóstico através do pavilhão auricular não só são
utilizados os pontos da face anterior, como vários novos pontos descobertos no dorso da
orelha (PORTAL EDUCAÇÃO).
A técnica de auriculoterapia é mais simples que a da acupuntura sistêmica. A concentração
dos pontos, no pavilhão auricular, obedece, entretanto, às leis seculares. A quase totalidade
dos pontos leva a denominação do órgão ou região do corpo sobre o qual tem efeitos reflexos
(Figura 4). Além dos efeitos curativos imediatos, tem efeitos preventivos, dando ao
organismo energia suficiente para impedir enfermidades (SOUZA; 2007, p. 35).
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A auriculoterapia pode ser feita com agulhas comuns de acupuntura (Figura 5), não
importando o comprimento delas (SOUZA; 2007, p. 35).
3.3. Aplicabilidade
A orelha é um microssistema, é uma pequena região do corpo que tem projetado todo o corpo
nela de maneira reflexa, ou seja, quando estimulado um ponto/região dentro do microssistema
acontece algo em outra região do corpo (NISHIDA).
Muitos profissionais atuam exclusivamente com a auriculoterapia e alcançam excelentes
resultados. A auriculoterapia também que pode ser aplicada como complemento para qualquer
profissional da área da saúde (NISHIDA).
Essa técnica é reconhecida, desde 1990, pela Organização Mundial de Saúde a auriculoterapia
sendo indicada para dores e problemas funcionais (NISHIDA).
Abaixo segue alguns tratamentos que a auriculoterapia é muito eficaz:
Acne 95%
Rinite Alérgica 95%
Dores em geral (All Pains) 90%
Bronquite 85%
Síndrome do túnel do carpo 80%
Cervicalgia 85%
Constipação 85%
Diarréia 85%
Vício em Drogas 75%
Depressão 90%
Edema 80%
Esofagite 98%
Gastrite 92%
Hemorróida 90%
Dor de cabeça 90%
Hipertensão 75%
Periartride de ombro 90%
Nevralgia ciática 90%
Torcicolo 95%
Disfunção na ATM (articulação têmporo
90%
mandibular
Epicondilite lateral (cotovelo de tenista) 90%
Neuralgia do Trigêmeo 90%
Quadro 1. Porcentagem de eficácia da auriculoterapia nas patologias.
Fonte: http://www.mapaauricular.com.br/tratamentos.html
4. Torcicolo
O torcicolo é um distúrbio muscular do pescoço caracterizado pelo enrijecimento dessa área,
ocasionando limitação e dores ao realizar os movimentos da cabeça (Figura 7).
O torcicolo é causa de dores intensas e é geralmente tratado com o repouso. No entanto, há
casos em que pode exigir intervenção cirúrgica.
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A forma mais conhecida de torcicolo ocorre por contratura muscular que pode ser ocasionada
por má postura, má posição ao dormir, tensão ou por um movimento brusco. Nesse caso,
outros músculos podem estar envolvidos como o trapézio (localizado, atrás do pescoço) ou os
escalenos (localizados na lateral do pescoço) (VERRI).
Em formas mais intensas de torcicolo, pode haver comprometimento dos nervos que saem da
coluna cervical e vão para os braços. Isso pode causar alterações de sensibilidade ou
distúrbios motores nos braços. Normalmente, essas alterações são reversíveis (VERRI).
Existe uma artéria que, em seu trajeto, atravessa a coluna cervical. Dependendo do grau de
tensão na região, pode haver diminuição do fluxo de sangue causando sintomas como dor de
cabeça, zumbido no ouvido ou tonturas (VERRI).
4.1. Tipos
Repentino: decorrente de uma contratura muscular, que pode ser resultado de uma má
postura do pescoço, um movimento brusco, tensão, exposição ao frio ou má posição ao
dormir (TORCICOLO).
É a forma mais comum de torcicolo caracterizada por espasmos musculares constantes no
pescoço (Figura 9). Ela aparece em um amplo espectro da população de crianças para
adultos. Torcicolo adquirida é causada por manter os músculos em posições encurtada por
um período prolongado. A forma aguda pode manifestar-se como resultado de uma cabeça ou
lesão no pescoço, como chicote ou concussão, em que os sintomas podem aparecer
imediatamente ou ser adiada. Pontos-gatilho miofasciais são outro fator que quer levar à
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Figura 9. Torcicolo.
Congênito: existem bebês que nascem com o problema, É uma síndrome caracterizada pela
posição viciosa da cabeça, ou seja, desvio contralateral da cabeça, e aparecimento progressivo
de assimetrias facial e craniana (Figura 10). É decorrente da ruptura e fibrose do músculo
esternocleidomastóideo (Figura 11) ocorridas intra-útero ou durante o parto (ABREU).
Caso não ocorra um tratamento adequado (fisioterapia), a criança pode crescer com inclinação
homolateral e rotação contralateral da cabeça. Algumas causas de torcicolo em crianças
podem ser o desequilíbrio dos músculos oculares e as deformidades musculares ou ósseas da
porção superior da coluna vertebral (TORCICOLO).
Figura 10. Torcicolo congênito. (A) A contratura do músculo esternocleidomastóideu aproxima a nuca do ombro
homolateral e aponta o queixo para o lado contralateral. (B) Exercício de estiramento passivo a ser repetido
várias vezes ao dia. Nota-se o nódulo cicatricial no músculo.
Sua incidência é de 0,4% na população mundial. É mais freqüente nos partos de apresentação
pélvica (20%) (ABREU).
O tratamento pode ser clínico através de estimulação luminosa, de fisioterapia e decúbito
lateral; e, cirúrgico, indicado após o diagnóstico da falência do tratamento clínico.
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4.2. Causas
As causas desta situação não são exatamente conhecidas, mas sabe-se que é frequente após
um traumatismo, nem sempre valorizado, ou após um parto difícil (torcicolo congênito do
recém-nascido), e pode associar-se a algumas doenças, como as disquinésias tardias, os
tumores do pescoço, as infecções do sistema nervoso e o hipertiroidismo (Figura 12)
(TORCICOLO).
O torcicolo atinge qualquer idade, mas é mais frequente entre os 30 e 60 anos, particularmente
nas mulheres. Não é raro o espasmo aparecer subitamente, sem causa aparente, ou mesmo
durante o sono (TORCICOLO).
Figura 12. (A) Posição da cabeça provocada pelo espasmo do esternocleidomastóideu no torcicolo traumático.
(B) Por vezes, para diminuir a tensão local, a criança segura o braço desse lado para fazer subir a clavícula.
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O torcicolo pode ser causado pela Síndrome de obstrução Dolorosa por Vento-Umidade, pela
Estagnação do Qi do Fígado, pela Ascensão do Yang do Fígado, Deficiência do Rim, Invasão
de Vento-Frio e Vento do Fígado (MACIOCIA, 2005, p. 256).
A causa mais comum de torcicolo é a retenção de Vento e Umidade nos músculos do pescoço,
e um tipo de Síndrome de obstrução Dolorosa (Figura 13). E muito comum nos climas frios e
úmidos e varia com o tempo (MACIOCIA, 2005, p. 256).
traumatismo (acidentes);
dor aguda não relacionada a trauma;
dor intensa;
dor noturna;
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4.4. Recomendações
A cabeça e a região do pescoço estão vulneráveis a muitos tipos diferentes de stress: postura
inadequada, traumatismos, doenças da idade como desgaste ou artrite, disfunções da mordida
e muitas outras causas. Atividades aparentemente inócuas como ler na cama ou mascar
chiclete podem causar dor se realizadas incorretamente ou na presença de alguma disfunção
(AMATO).
Uma das causas mais comuns de dor cervical e algumas vezes cefaléia é postura inadequada e
que chamamos de cervicalgia postural. É fácil adquirir hábitos posturais ruins sem ao menos
se conscientizar disso (AMATO).
A regra básica é simples: mantenha o pescoço em posição neutra sempre que possível. Em
outras palavras, não curve o pescoço para frente e nem para trás por períodos muito longos.
Também tente não ficar sentado em uma mesma posição por muito tempo, se for necessário,
certifique-se de que a postura está adequada: cabeça em posição neutra, costas com apoio,
joelhos ligeiramente abaixo do quadril e com os braços apoiados (AMATO).
Tente fazer exercícios de alongamento antes de dormir e logo ao acordar.
A regra da posição neutra também vale para pessoas que passam muito tempo trabalhando em
computadores (Figura 14.).
É importante lembrar que é essencial que o monitor esteja na mesma altura os olhos para
evitar a deflexão da coluna e o sofrimento das estruturas cervicais. Para isso existem
dispositivos, suportes que elevam o laptop deixando-o em uma posição aceitável (Figura 15)
(AMATO).
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Ler na cama pode causar tensão cervical, principalmente se estiver sem apoio, flexionando a
cabeça e tentando manter os braços pra frente para segurar o livro (Figura 16). Se você lê na
cama, considere adquirir um produto específico para este propósito como um travesseiro
triangular ou uma mini-mesa portátil (AMATO).
A posição de dormir é outra fonte possível de problemas cervicais (Figura 17). Deve-se
certificar que o espaço entre a parte de trás do pescoço e a cama esteja preenchido por um
travesseiro de maneira que o pescoço fique relaxado em posição neutra (AMATO).
Uma cama que não ofereça suporte suficiente para as costas também pode ser uma fonte de
desconforto cervical (Figura 18).
Shenmen
Fígado
Relaxamento muscular
Baço
Supra-renal Pescoço
Região Cervical
a. Shenmem
local: ápice da fossa triangular.
função: antiinflamatória, analgésica, tranqüiliza o espírito, sedante e hipotensora. É um ponto
inicial em quase todos os protocolos de tratamento. Neste ponto a aplicação da agulha é bem
profunda, estimulando efetivamente o SNC.
b. Fígado
local: na margem póstero-inferior da concha cimba.
função: intensifica a circulação do sangue e avigora a energia, beneficia a atividade funcional
do fígado e da drenagem da vesícula biliar, favorece os olhos, ameniza a dor, estimula a
produção de sais flegmas, fortalece a atividade do baço e do estômago, controla a região
intercostal, regula o vento interno, controla tendões e ligamentos, controla a drenagem e a
dispersão, regula a drenagem e a dispersão do fígado e regula sua energia, desobstrui os
canais e ameniza a dor.
c. Relaxamento Muscular
local: na interseção da concha simga com a concha cava.
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função: provoca descontração das fibras musculares e equilibra o tônus muscular quando se
encontra hipertônico.
d. Baço
local: na margem súpero-posterior da concha cava, na metade da distância do tracejado, desde
o ponto estômago até a fossa intertrago.
função: elimina o calor. Favorece a boca e os lábios. Endireita as perturbações do sistema
digestório. Controla a ação dos quatro membros e a qualidade dos músculos. Permite um bom
metabolismo hibrido, dando a função de drenagem da umidade. Regula a ascensão do Qi.
Reserva o sangue dentro dos vasos sanguíneos.
e. Pescoço
local: parte cervical, mas pela margem esquerda do anti-hélix.
função: age na área concernente.
f. Região Cervical
local: vai até o primeiro quinto da área inferior anti-hélix.
função: age na área concernente. Corresponde a localização das sete vértebras cervicais. A
inserção das agulhas corresponderá às vértebras específicas. O primeiro milímetro
corresponde à atlas, axis e C3, o segundo milímetro à C4 e C5 e o terceiro milímetro à C6 e
C7.
g. Supra-renal ou Adrenal
local: em cima da metade inferior da parte externa do trago, por baixo da sua saliência central.
função: suprime o estado de rigidez das fibras musculares lisas bronquiais, fortifica e ativa
funções das glândulas supra-renais, controla o tônus vasomotor do sistema muscular, que tem
função de vaso constrição, por isso está contra-indicado em pacientes com hipertensão arterial
de base, uma vez que seu emprego se limita a elevar a tensão arterial. Outras funções são
antialérgicas, antiinfecciosas, antiinflamatória e antipirética.
7. Conclusão
Este trabalho teve como finalidade, demonstrar o tratamento do torcicolo através da
auriculoterapia, bem como mostrar a importância de buscar técnicas alternativas como
tratamento. O presente estudo demonstrou que a auriculoterapia é eficaz para tratar as dores
musculares na região do pescoço ocasionadas pela má posição da cabeça, pois promove a
melhora no quadro de dor. Em estudo realizado foi comprovada a eficácia de 95% do
tratamento de auriculoterapia em torcicolo. A eficácia desse tratamento deve-se não somente
da associação desse com a Fisiologia energética, mas porque a área auricular possuir diversos
nervos que tem associação com o sistema nervoso central.
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O torcicolo precisa ser tratado, para que não seja responsável por alterar a qualidade de vida,
tanto pessoal, quanto profissional das pessoas afetadas, bem como ocasionando distúrbios
energéticos e a auriculoterapia é um tratamento alternativo que pode ser facilmente aplicado
nesses casos.
O Acupunturista como profissional da área da saúde deve buscar contribuir para o tratamento
do torcicolo e outras disfunções relacionadas aos músculos e, para isso, deve aperfeiçoar seus
estudos sobre o assunto, buscando cada vez mais meios para tratar esse tipo de patologia de
forma mais rápida e eficiente.
Com a aplicação desse tratamento não se deve dispensar o tratamento convencional, podem
ser aplicados associadamente.
8. Referências
ABREU, R. Torcicolo congênito. Disponível em: http://www.funcesi.br/.../Artigo%20-
%20Ronaldo%20-%20Torcicolo%20Congênito-Ok.doc -. Acesso no dia 10 de outubro de
2010.
MA, Y.; MA, M.;CHO, Z.H. Acupuntura para controle da dor: um enfoque integrado.
Ed. Roca. São Paulo, 2006. 342p.
MACIOCIA, G. Diagnóstico na medicina chinesa. Ed. Roca. São Paulo, 2005. 914p.
MANUAL MERCK. Distúrbios dos ossos, das articulações e dos músculos. Torcicolo
espasmódico. Disponível em:
http://mmspf.msdonline.com.br/pacientes/manual_merck/secao_05/cap_055.html. Acesso no
dia 10 de outubro de 2010.