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e no outro a poesia.
e deixa um pó de estrelas
E até o telemóvel,
e segreda ao ouvido
O Natal é o recreio
(…)
Joana era uma menina solitária de amigos. Brincava sempre sozinha. Por vezes os primos e
outros meninos iam lá casa para brincar com ela. Mas não eram seus amigos.
Até que um dia encontrou um amigo. Joana estava pendurada no muro de sua casa quando
mesmo em diante dos olhos dela passou um rapaz. Joana tinha a certeza que aquele era o
seu amigo. Tinha cara disso. Vestia calças remendadas e seus olhos brilhavam.
Joana ansiosa para conhecer o menino que tinha cara de amigo meteu conversa. A amizade
Pouco depois Manuel já conhecia por “dentro e por fora”, o adorável jardim de Joana.
Manuel vivia na pobreza entre os pinhais, numa cabana que partilhava com uma vaca e um
burro.
Passaram-se dias e dias, sempre na companhia um do outro, até que chegou o Natal.
Nesse grandioso dia, as vistas já estavam presentes na sala e Joana não podia incomodar.
Foi então que se lembrou de Manuel. Estava impregnada pela pergunta se Manuel iria
receber muitos presentes. Foi então que perguntou a Gertrudes, a cozinheira da casa. Esta
respondeu-lhe que não pois Manuel era pobre. Joana não acreditava. O Natal afinal era
para todos.
Chegou a hora de abrir os presentes. A menina teve tudo o que queria. Saíram todos para a
missa do Galo. Joana não. Aproveitou e foi ter com Manuel. Levou todos os presentes que
O medo apoderou-se dela. No caminho nenhuma luz a iluminava. Pensou em voltar para
trás. Mas a sua vontade de saber como estava Manuel era maior. Entrou na floresta, o seu
medo continuava a aumentar. E aumentou ainda mais quando ouviu passos. Mas afinal era
Melchior. Pouco depois encontrou também Gaspar e Baltazar. Seguiram uma estrela.
Parou, e uma claridade apareceu em frente dos quatro. Foi então que viram Manuel deitado
nas palhas e aconchegado pela vaca e o burro. Joana e os três reis magos ajoelharam-se e
deixaram os presentes.
Afinal Manuel teve Natal. Um Natal maior de que Joana. O Natal verdadeiro.