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ESTRUTURA DA DISCIPLINA ENGENHARIA DO MEIO AMBIENTE

• Módulo 1: Resíduos sólidos


Prof. Ronei de Almeida
• Módulo 2: Poluição hídrica
e-mail: ronei@eq.ufrj.br
• Módulo 3: Poluição Atmosférica
EQB-485

EQB-484
EQB-484 CONTROLE AMBIENTAL NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS Resíduos
sólidos

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO


ESCOLA DE QUÍMICA
Poluição Poluição
EQB-485 ENGENHARIA DO MEIO AMBIENTE
hídrica atmosférica

OBJETIVOS GERAIS CRONOGRAMA – EQG (seg. e qua. 15 – 17h)

• Apresentar os conceitos fundamentais


referentes as emissões atmosféricas:
definições, classificação dos poluentes
atmosféricos, padrões de qualidade do ar,
MÓDULO 2

MÓDULO 3

macropoluição e poluição urbana.


• Conhecer os principais métodos de controle e
monitoramento de poluentes atmosféricos e
modelos matemáticos de dispersão e
transporte de poluentes.

1
AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO

Nota 1 (N1): Nota do módulo 1 Nota 3 (N3): Nota do módulo 3


Nota 2 (N2): Nota do módulo 2 Prova 3 (P3): Nota da prova 3
Nota 3 (N3): Nota do módulo 3

MÓDULO 2
MÓDULO 2

N3 = P3
• Em caso de ausência em uma das provas, o aluno fará a 2ª chamada da
prova que faltou. Necessário justificar com antecedência.
• Não é possível realizar 2ª chamada ou PF para substituir qualquer outra
nota

MATERIAL REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Os slides das aulas e uma lista de exercícios (estudo • Seinfeld, J. H., Pandis, S.N. Atmospheric Chemistry and
dirigido) serão disponibilizados por e-mail. Assim Physics: from Air Pollution to Climate Change. John
como, qualquer outro texto complementar. Wiley & Sons, 2006.
• Lenzi, E., Favero, L. O. B. Introdução à química da
MÓDULO 2

MÓDULO 2

atmosfera: ciência, vida e sobrevivência. LTC, Rio de


Janeiro, 2011.
• Guimarães, C. S. Controle e Monitoramento de
Poluentes Atmosféricos. 1 ed., Rio de Janeiro, Elsevier,
2016.

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QUAIS SÃO OS LIMITES DE SOBREVIVÊNCIA DO HOMEM?

 Água: 4 dias
Recorde: Em 1905, o mexicano Pablo Valencia ficou 7 dias sem beber nada
no deserto do Arizona, nos Estados Unidos.
 Alimento: 20 a 30 dias sem comer
Recorde: Em dezembro de 2004, o carioca Erickson Leif ficou 51 dias, 22
horas e 30 minutos sem comer. Ele começou o jejum com 103 kg e terminou
com 78,5 kg.
 Ar: 3 minutos sem respirar
Recorde: Em dezembro de 2017, o alemão Tom Sietas teria prendido o fôlego
durante 8 minutos e 58 segundos dentro de uma piscina.

Sem oxigênio, os neurônios são os


primeiros a “jogar a toalha”. Depois
que morre, um neurônio não recupera-
se ou ganha um substituto. A morte
cerebral é irreversível. O coração pode
sofrer lesões e infartos.

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EMISSÕES ATMOSFÉRICAS – AULA 1 EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Prof. Ronei de Almeida São substâncias em forma de partículas, gases e aerossóis que se
e-mail: ronei@eq.ufrj.br formam como subprodutos dos processos que, quando lançadas à

INTRODUÇÃO
atmosfera em concentrações superiores à capacidade do meio
MÓDULO 3

ambiente absorvê-las, causam alterações na qualidade do ar.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO


ESCOLA DE QUÍMICA
EQB-485 ENGENHARIA DO MEIO AMBIENTE

ATMOSFERA
A atmosfera terrestre é uma fina camada gasosa que
envolve a Terra, sendo formada por diferentes gases que
se distribuem em “camadas”
INTRODUÇÃO

Composição atual

Fruto de processos físico-químicos e


biológicos iniciados a milhões de anos

ATMOSFERA ATMOSFERA
 Importância da atmosfera  Hipótese para a formação da atmosfera
• Evita os impactos de corpos celestes (meteoros). • A Terra, ainda sem atmosfera, formou-se a partir do acúmulo de partículas
sólidas e relativamente fria procedentes da nuvem de gás e poeira que
 Funções protetoras da superfície da Terra
originou o sistema solar;
• Mantem parte do calor solar, impedindo sua imediata irradiação para o
• As reações térmicas que se seguiram provocaram o aumento da
INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

espaço;
temperatura terrestre;
• Impede variações bruscas de temperatura (equilíbrio térmico);
• Essas reações desencadearam reações nas camadas superficiais da
• Filtra e absorve radiação nociva; terra, dando origem a atmosfera.
• Atua como um condensador que transporta água dos oceanos aos
continentes.

Fonte de vida

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ATMOSFERA ATMOSFERA
 Composição da atmosfera  Composição da atmosfera
• No início da formação do planeta Terra: atmosfera era composta por • O nitrogênio e o oxigênio ocupam até 99% do volume do ar seco e limpo
metano (CH4), amônia (NH3), gás carbônico (CO2) e vapor d’água (N: 78,1% e O: 20,9%);
(H2O(v)) provenientes das constantes erupções vulcânicas e colisões • A maior parte do restante 1% é ocupado pelo gás inerte argônio (Ar –
de meteoros na superfície; 0,934%);
INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO
• Em uma “segunda fase”: surgiram os primeiros organismos vivos • O dióxido de carbono constitui apenas 0,03%;
capazes de realizar a fotossíntese, absorvendo o gás carbônico da
• Em porcentagens menores estão o neônio (Ne), hélio (He), criptônio (Cr),
atmosfera e convertendo-o em oxigênio;
xenônio (Xe), hidrogênio (H2), metano (CH4), ozônio (O3) e dióxido de
• Após longo período de evolução: a concentração de oxigênio na nitrogênio (NO2).
atmosfera foi aumentado até atingir os níveis atuais.

ATMOSFERA ATMOSFERA
• Primeiro Momento:
A massa seca total da atmosfera é em torno de 5,13x1018 kg, sendo
− Formou-se uma atmosfera de caráter redutor e acúmulo de N2;
mais de 99,9 % de N2 e O2.
− A grande quantidade de água originou os mares e oceanos e foi
estabelecendo o ciclo hidrológico;
• A fração restante é composta por:
Conc. (por volume, ppm)
► CO,
− Formaram-se as condições mínimas para dar suporte a uma vida
INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

► CO2, N2 = 780.900
rudimentar de um organismo autotrófico. O2 = 209.400
► Ar,
Ar = 9.300
• Segundo Momento: ► Ne,
CO2 = 370
− A atmosfera armazenou 21% de seu volume de ar seco em O2; ► He, Ne = 18
► CH4, He = 5,2
− Formou-se a camada de O3 que protege a biota da radiação UV; CH4 = 1,7
► Kr,
− A vida semeada no planeta oportunizou o aparecimento dos seres Kr = 1,1
► H2, H2 = 0,5
aeróbios, entre eles, o homem.
► N2O, N2O = 0,3
• Terceiro momento: ► Xe,
Xe = 0,08
CO = 0,04-0,08
− Caracterizado pela ação antrópica sobre a atmosfera (smog ► O3 e Vapores Org. = 0,02 O3 =
fotoquímico, efeito estuda, chuva ácida, buraco na camada de ozônio). ► Vapores orgânicos 0,01-0,04

* H2O ~ 0,4% da atmosfera

COMPOSIÇÃO DA ATMOSFERA ESTRUTURA DA ATMOSFERA

Além dos gases, a atmosfera apresenta vapor d’água e


material particulado orgânico (pólen e microrganismos) e
inorgânicos (areia e fuligem)
INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

Mais adequada
do ponto de vista
ambiental

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ESTRUTURA DA ATMOSFERA ESTRUTURA DA ATMOSFERA


 Troposfera  Estratosfera
10 a 12 km de altitude acima da superfície (varia a espessura conforme • Camada mais espessa de ozônio que protege a Terra das radiações
latitude e tempo) ultravioleta do sol;
• O ar atmosférico encontra-se na sua maioria (90%) nessa camada • Temperatura se eleva com o aumento da altitude.
• Temperatura diminui com o aumento da altitude
INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO
• Responsável pela ocorrência das condições climáticas da Terra

Linha de transição entre


troposfera e estratosfera –
tropopausa (camada de
temperatura constante)

Camada relativamente fina

ESTRUTURA DA ATMOSFERA ESTRUTURA DA ATMOSFERA


 Mesosfera  Termosfera
• Forte decréscimo da temperatura (temperaturas mais baixas da • Temperatura volta a crescer em função da altitude;
atmosfera); • Importante para as telecomunicações.
• Ausência da absorção da radiação eletromagnética, ou falta de espécies
químicas que absorvem radiação, ou porque a radiação foi absorvida na
INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

termosfera.

ESTRUTURA DA ATMOSFERA REGIÕES DA ATMOSFERA


4
Interação da radiação
eletromagnética mais
Do ponto de vista ambiental 3 energética ,
comprimento de onda
destacam-se 2 camadas: O abaixamento de
mais curto (λ<100nm),
temperatura deve-se a
TROPOSFERA e ESTRATOSFERA ausência da absorção da com as espécies
radiação eletromagnética, ou químicas presentes na
falta de espécies químicas camada.
INTRODUÇÃO

que absorvem radiação, ou


porque a radiação foi
absorvida na Termosfera.

2
Reações de fotólise
do O2. formação
química do O3 e
1
fotólise do mesmo,
Camada onde se concentra absorvem os
grande parte da massa da comprimentos de
atmosfera. Onde ocorre os onda, 220 a 330 nm,
fenômenos atmosféricos. O consequente
abaixamento da temperatura aquecimento da
é importante pois dificulta a Estratosfera.
perda de água para o
espaço.

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TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS NA ATMOSFERA TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS NA ATMOSFERA

A composição constante da atmosfera é


muito dependente dos fenômenos naturais
INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO
que ocorrem na superfície do planeta

TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS NA ATMOSFERA TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS NA ATMOSFERA


INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA


• Mudanças da atmosfera susceptíveis de causar impacto a  Poluente atmosférico: é toda e qualquer forma de matéria
nível ambiental; ou energia em concentração ou características em
desacordo com os níveis estabelecidos, e que:
• Aumento de concentração dos gases minoritários;
• tornem ou possam tornar o ar impróprio;
• Lançamento de matéria que podem danificar usos
INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

• nocivo a saúde;
previamente definidos de recursos naturais;
• inconveniente ao bem-estar;
• Presença na atmosfera de substâncias que causem
prejuízos às pessoas, aos animais, aos vegetais e à vida • danoso aos materiais, à fauna e flora.
microbiológica, provoquem danos aos materiais, interfiram
no gozo da vida e no uso da propriedade.

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FONTES DE EMISSÃO FONTES DE EMISSÃO


Biogênicas (naturais) Antropogênicas Estacionária Móvel
• Solo; Vulcões; Fontes termais;
Decomposição da matéria
orgânica; Atividade biogênica • Indústrias; Transporte;
Geração de energia
FONTES

FONTES

CLASSIFICAÇÃO DOS POLUENTES CLASSIFICAÇÃO DOS POLUENTES


 Quanto a origem:
1) Poluentes Primários: contaminantes diretamente emitidos
no ambiente.
CLASSIFICAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO

• Gases que provêm do tubo de escape de um veículo


• Gases da chaminé de uma fábrica

2) Poluentes Secundários: formados na atmosfera, a partir


dos poluentes primários, através de reações fotoquímicas.
• Oxidantes fotoquímicos (O3, H2O2, PAN)
• Ácidos
• Aldeídos
• Cetonas
• Sais (NO3-, SO4-2)

CLASSIFICAÇÃO DOS POLUENTES PRINCIPAIS POLUENTES


 Quanto o estado:
Existe um número elevado de gases que, em determinadas
PRINCIPAIS POLUENTES

a) Gases e vapores: CO, CO2, SO2, NO2, H2O(v) condições, podem ser classificados como poluentes. Dentre
b) Partículas sólidas e líquidas: poeiras, fumos, névoas os que provocam os maiores problemas ambientais detacam-
se:
CLASSIFICAÇÃO

(aerosóis).
 Quanto a composição química:  monóxido de carbono (CO): combustão incompleta;

a) Poluentes orgânicos  dióxido de enxofre (SO2): queima de combustível com S;


b) Poluentes inorgânicos  dióxido de nitrogênio (NO2): processos de combustão;
 compostos orgânicos voláteis (COV);
 ozônio troposférico (O3): formado na atmosfera;
 materiais particulados.

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MONÓXIDO DE CARBONO (CO) MONÓXIDO DE CARBONO – CO


 Monóxido de Carbono (CO) Principais efeitos:
• Prejudica a oxigenação (impede a ligação do O2 com a
PRINCIPAIS POLUENTES

• Gás incolor, inodoro e tóxico;

PRINCIPAIS POLUENTES
hemoglobina e compromete o funcionamento do cérebro);
• Resulta da combustão incompleta de compostos de
carbono. • Provoca tonturas, dores de cabeça;
• Gás de efeito estufa (GEE) indireto.

DIÓXIDO DE CARBONO (CO2)


 Dióxido de Carbono (CO2)
• combustão completa de compostos de carbono,
PRINCIPAIS POLUENTES

• respiração aeróbia
Principais efeitos:
• Asfixiantes em altas concentrações
• Gás de efeito estufa (GEE)

DIÓXIDO DE CARBONO (CO2) DIÓXIDO DE ENXOFRE (SO2)


 Dióxido de Enxofre (SO2)
Concentração de CO2 versus Variação da Temperatura Global
• Gás incolor, altamente solúvel, com odor asfixiante;
PRINCIPAIS POLUENTES

PRINCIPAIS POLUENTES

• Combustão de produtos que contenham S;


• Processo biogênico;
• Vulcões.

– Temperatura (ºC)
– [CO2] (ppm)

Fonte: IPCC (2009)

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DIÓXIDO DE ENXOFRE (SO2) ÓXIDOS DE NITROGÊNIO (NOx)


Principais efeitos:
 Óxidos de Nitrogênio (NOx)
• Problemas no trato respiratório;
PRINCIPAIS POLUENTES

PRINCIPAIS POLUENTES
Inclui óxido nítrico (NO), dióxido de nitrogênio (NO2), trióxido
• Contribui para a chuva ácida, provocando efeitos no meio de dinitrogênio (N2O3) e pentóxido de nitrogênio (N2O5)
ambiente.
Resulta de:
• Fenômenos naturais (relâmpagos);
• Ações bacteriológicas no solo;
• Combustão (termoelétricas, carros, incineradores,
aquecedor, combustão em caldeiras).

90% das emissões de NOx são na forma de NO e é gradualmente oxidado


no ar a NO2

ÓXIDOS DE NITROGÊNIO (NOx) ÓXIDOS DE NITROGÊNIO (NOx)


 Óxidos de Nitrogênio (NOx)
Principais efeitos:
Grupo de gases altamente reativos
PRINCIPAIS POLUENTES

PRINCIPAIS POLUENTES

• Problemas no trato respiratório;


• NO – gás incolor e tóxico
• NO2 – gás muito tóxico, castanho avermelhado e com cheiro • Produz smog fotoquímico;
forte (um dos principais componentes externos da poluição do • Contribui para a chuva ácida, provocando efeitos no meio
ar) ambiente.

COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS (COVs) COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS (COV)


 Compostos Orgânicos Voláteis (COV) Principais efeitos:
Subgrupo dos compostos orgânicos caracterizados pela tendência a • Um dos maiores causadores de odores;
PRINCIPAIS POLUENTES

PRINCIPAIS POLUENTES

evaporar (volatilizar) à temperatura ambiente e pressão atmosférica,


exceto CO e CO2, ácido carbônico e carbonatos • Não é diretamente prejudicial a saúde;
Compostos de carbono gasosos, alifáticos e aromáticos com pressão de • Junto com NOx, são os principais ingredientes para o smog
vapor maior que 0,14 mmHg a 25ºC e carbonos na faixa C2 a C12. fotoquímico.
Resultante de:
• Decomposição anaeróbia;
• Vazamento em campos de gás natural;
• Veículos;
• Refinarias de petróleo.

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COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS (COVs) OZÔNIO TROPOSFÉRICO (O3)


 Ozônio Troposférico (O3) (Poluente Secundário)
Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos - HPAs
• Gás incolor e tóxico (na troposfera);
PRINCIPAIS POLUENTES

PRINCIPAIS POLUENTES
• Principais fontes : queima de biomassa e • Altamente reativo (oxidante);
combustivel • Não é emitido diretamente na atmosfera;
• Mutagênicos • Forma-se a partir de reações fotoquímicas entre os óxidos
• Carcinogênicos de nitrogênio, hidrocarbonetos e outros compostos, na
presença de luz solar.
• Semi voláteis
antraceno

benzopireno

acenafteno criseno

OZÔNIO TROPOSFÉRICO (O3) OZÔNIO TROPOSFÉRICO (O3)


Principais fontes dos precursores:
• Veículos
PRINCIPAIS POLUENTES

PRINCIPAIS POLUENTES

• Indústrias
Principais efeitos:
• Maior constituinte do smog fotoquímico
• Irritação nos olhos
• Problemas respiratório
• Danos a vegetação

MATERIAL PARTICULADO (MP) MATERIAL PARTICULADO (MP)


 Material Particulado (MP)  Material Particulado (MP)
• Forma mais visível da poluição do ar
PRINCIPAIS POLUENTES

PRINCIPAIS POLUENTES

1) Partículas totais em suspensão (PTS): apresentam


• Corresponde as partículas sólidas ou líquidas de vários diâmetro menor que 100 μm (partículas maiores são
tamanhos que se encontram suspensas no ar; facilmente eliminadas, se depositam na superfície)
• Poeira, neblina, aerossol, fumaça, fuligem; 2) Material particulado suspenso inalável (MP10, MP5,
• Pode ser de origem natural ou antropogênica. MP2,5): apresentam diâmetro menor que 10μm (as
pequenas partículas exercem maior impacto à saúde pois
penetram mais profundamente no pulmão)

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MATERIAL PARTICULADO (MP) EPISÓDIOS CRÍTICOS


Principais efeitos:
• Danos no sistema respiratório;
PRINCIPAIS POLUENTES

EPISÓDIOS CRÍTICOS
• Danos a vegetação;
• Redução da visibilidade;
• Contaminação dos solos.

EPISÓDIOS CRÍTICOS EPISÓDIOS CRÍTICOS


1º Bélgica, no vale do Rio Meuse, 1930. 1952: Bauru, Estado de São Paulo, Brasil
• Uma espessa névoa cobriu essa zona industrial e a • Uma indústria de extração de óleos vegetais lançou grande
quantidade de pó de mamona no ar, provocando registro de
EPISÓDIOS CRÍTICOS

EPISÓDIOS CRÍTICOS

população foi acometida por sintomas como tosse, dores no


peito, dificuldade em respirar, irritação na mucosa nasal e 150 casos de doenças respiratórias agudas (bronquites e
olhos; afecções alérgicas), com nove óbitos.
• Ao final de cinco dias cerca de 60 pessoas haviam 1955: Poza Rica, no México
morrido, a maioria idosos ou com doenças cardíacas ou
• Provocado pelo lançamento acidental de uma grande
pulmonares e centenas de outras pessoas ficaram
quantidade de gás sulfídrico por uma indústria;
enfermas;
• O episódio durou 25 minutos mas foi suficiente para deixar
• Tudo isso como decorrência da combinação de vários
320 pessoas hospitalizadas e causar 22 mortes.
poluentes gasosos, associados à alta umidade relativa do
ar. Foram formadas substâncias altamente tóxicas, como
por exemplo o ácido sulfúrico.

EPISÓDIOS CRÍTICOS EPISÓDIOS CRÍTICOS


1976: Sevezo, Itália 1986: Explosão acidental do reator nuclear da Usina de
• Explosão de uma indústria química em que houve formação Chernobyl, na Ucrânia
espontânea de uma nuvem de dioxina, contaminando 37 • No momento da explosão ocorreram 31 mortes;
mil pessoas, ocasionando o risco de mal formação de • Cerca de 200 pessoas foram, posteriormente contaminadas
fetos, o que levou as autoridades a permitir o aborto das pela poluição atmosférica, na forma de nuvem de radiação,
mulheres infectadas. que estendeu seus efeitos a enormes distâncias;
• Os 135 mil habitantes da região tiveram que sair de suas
casas por tempo indeterminado;
• Formou-se uma imensa nuvem radioativa que cobriu todo o
centro-sul da Europa.

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EFEITOS SÃO INFLUENCIADOS EFEITOS SOBRE A SAÚDE

• Não conhecemos perfeitamente as respostas a longo prazo


de exposição ao ar (exceto algumas substâncias).

PRINCIPAIS EFEITOS
• Não sabemos como predizer o impacto de uma situação
urbana típica na saúde, quando um indivíduo pode ser
sufocado por dezenas de poluentes do ar simultaneamente.
• Podemos supor que eles agirão de modo sinérgico, ou
seja, uma ação cooperativa de agentes sobre o organismo,
de tal forma que seu efeito pode ser maior que a soma dos
efeitos de cada um dos agentes aplicados isoladamente.

PRINCIPAIS EFEITOS EFEITOS SOBRE A SAÚDE

• Efeito sobre a saúde; A maioria das vítimas da poluição do ar não morre durante um episódio
crítico. Elas contraem uma doença respiratória ou outro sintoma
• Efeito sobre os materiais (metais, pedras de
PRINCIPAIS EFEITOS

PRINCIPAIS EFEITOS

associado a poluição do ar, enfraquecem gradativamente, para depois


construção, vestuário, pinturas e papéis); morrer, tipicamente, de pneumonia, ataque do coração ou falha de
algum outro órgão vital.
• Efeito sobre a vegetação;
• Efeitos sobre as propriedades da atmosfera.

CLASSIFICAÇÃO PRINCIPAIS EFEITOS

 Efeitos agudos: originam-se de episódios em que os


poluentes ultrapassam os níveis regulares de sua • Efeito sobre a saúde;
PRINCIPAIS EFEITOS

PRINCIPAIS EFEITOS

concentração causando efeitos imediatos como irritação • Efeito sobre os materiais (metais, pedras de
nos olhos, tosse e até efeitos graves (morte). São em geral
construção, vestuário, pinturas e papéis);
reversíveis. Ocorre quando há condições climáticas
adversas com consequente aumento da concentração de • Efeito sobre a vegetação;
poluentes. • Efeitos sobre as propriedades da atmosfera.
 Efeitos crônicos: se caracterizam por alterações
orgânicas, muitas vezes irreversíveis, que se processam ao
longo de meses ou anos de exposição contínua a um ar
inadequado. Podendo ocasionar câncer de pulmão,
bronquite, enfisema, asma.

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EFEITOS SOBRE AS PROPRIEDADES DA ATMOSFERA LEGISLAÇÃO

 Aumento de CO2 e CH4 resulta no aumento da temperatura


provocando alterações climáticas (EFEITO ESTUFA)
PRINCIPAIS EFEITOS

 Aumento de SO2 e NOx provocam preciptação via úmida

LEGISLAÇÃO
(CHUVA ÁCIDA)
 Emissão de CFC destrói a camada de ozônio
 Emissão de NOx e COV associado a inversão térmica
provoca acúmulo de O3 troposférico (SMOG
FOTOQUÍMICO)

LEGISLAÇÃO CONAMA 005/89 – PRONAR


LEGISLAÇÃO

LEGISLAÇÃO

CONAMA 005/89 – PRONAR CONAMA 003/90


LEGISLAÇÃO

LEGISLAÇÃO

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27/05/2019

CONAMA 003/90 CONAMA 003/90


LEGISLAÇÃO

LEGISLAÇÃO

CONAMA 008/90 CONAMA 382/06


LEGISLAÇÃO

LEGISLAÇÃO

CONAMA 382/06 CONAMA 436/11


LEGISLAÇÃO

LEGISLAÇÃO

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CONAMA 018/86 – PROCONVE CONAMA 018/86 – PROCONVE


LEGISLAÇÃO

LEGISLAÇÃO

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POLUIÇÃO URBANA – AULA 2 INTRODUÇÃO

• A poluição do ar é um dos principais agravantes para a redução da qualidade de


vida em muitas cidades do planeta;

POLUIÇÃO URBANA
Prof. Ronei de Almeida
e-mail: ronei@eq.ufrj.br • Na cidade de São Paulo, segundo estimativas realizadas por ONGs ambientais,
existem 20% mais chances de se sofrer de câncer de pulmão em comparação com
MÓDULO 3

espaços menos poluídos (consequência do excesso de veículos, indústrias


que emitem uma grande quantidade de poluentes tóxicos para a atmosfera);

• A poluição atmosférica nos centros urbanos também se intensifica pela remoção


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO da vegetação (áreas arborizadas ou grandes reservas são eventualmente
ESCOLA DE QUÍMICA substituídas por ruas pavimentadas e infraestruturas de mobilidade, como os
EQB-485 ENGENHARIA DO MEIO AMBIENTE viadutos);

INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO
As fontes veiculares têm tido uma participação acentuada na degradação
• Os poluentes provêm de várias fontes: veículos, indústrias, queimadas,
residências, entre outros; da qualidade do ar atmosférico, especialmente nos grandes centros
urbanos.
POLUIÇÃO URBANA

POLUIÇÃO URBANA

• Aumento das emissões associados a fatores meteorológicos como


temperatura do ar, pressão e umidade, têm contribuído para o aumento da • óxidos de carbono (CO e CO2);
concentração de poluentes em suspensão na atmosfera.
• óxidos de nitrogênio (NOx);

• hidrocarbonetos (HC), dentre os quais estão alguns considerados


cancerígenos;

• óxidos de enxofre (SOx);

• partículas inaláveis (MP10, MP5, MP2,5);

• entre outras substâncias.

INVERSÃO TÉRMICA INVERSÃO TÉRMICA


Normalmente: ar quente é mais leve que o ar frio e na atmosfera o ar frio

Fenômeno em que a convecção natural é dificultada pela tende a ficar em cima, nas altitudes elevadas  Ar frio desce, esquenta
POLUIÇÃO URBANA

POLUIÇÃO URBANA

inversão do gradiente de temperatura em função da perto da superfície e sobe novamente após aquecido
altitude

1
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INVERSÃO TÉRMICA INVERSÃO TÉRMICA


• Na inversão térmica o ar frio fica embaixo e o quente fica em cima;
• A inversão térmica é um fenômeno físico no qual a circulação do ar não
• Não há troca entre ar frio e ar quente e a poluição gerada não pode ser
acontece como é normalmente, “rompe-se” esta normalidade.
varrida das baixas altitudes pelos ventos mais fortes que ocorrem nas

POLUIÇÃO URBANA
A energia solar incide na superfície
grandes altitudes.
da Terra (água ou solo) aquecendo-
a. Por radiação e condução o ar
mais próximo da superfície é
aquecido.

Indústria de Produção de Ração Animal

INVERSÃO TÉRMICA INVERSÃO TÉRMICA

Condições normais:
POLUIÇÃO URBANA

• Ar quente – camada próxima


Em função das condições do tempo
ao solo
(resfriamento do solo, umidade,
formação de neblina), o local pode • Ar frio – camada acima desta
ficar coberto por um nevoeiro e a
radiação solar não alcança a • Ar mais frio – camadas mais
superfície do solo.
altas

Indústria de Produção de Ração Animal

INVERSÃO TÉRMICA INVERSÃO TÉRMICA


A radiação solar ao incidir na parte superior do nevoeiro é absorvida e por radiação e

Inversão térmica: condução aquece a camada de ar mais próximo acima e esta camada por convecção
sobe dando início a circulação normal na parte superior do nevoeiro.
POLUIÇÃO URBANA

• Condições desfavoráveis
podem provocar uma
alteração na disposição das
camadas na atmosfera
• Ar quente fica por cima da
camada de ar frio

Abaixo da camada de nevoeiro, o


ar está parado. A chaminé emite
fumaças, cinzas, gases que ficam
“presos” entre a superfície do
Indústria de Produção de Ração Animal solo e o nevoeiro.

2
27/05/2019

LONDRES (1952) LONDRES (1952)

LONDRES (1952) LONDRES (1952)

CAMPINAS (SP) LOS ANGELES (EUA)

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SMOG FOTOQUÍMICO SMOG FOTOQUÍMICO

Os compostos de nitrogênio e os oxidantes atmosféricos tem função


essencial na formação do smog fotoquímico
POLUIÇÃO URBANA

POLUIÇÃO URBANA

SMOG FOTOQUÍMICO SMOG FOTOQUÍMICO


• Pode se formar sempre que uma grande quantidade de poluentes é Para haver smog fotoquímico várias condições devem ser satisfeitas:
confinada por uma camada de inversão térmica e exposta ao sol;
• Emissão suficiente de NO, hidrocarbonetos reativos e outros COV 
POLUIÇÃO URBANA

POLUIÇÃO URBANA

• Se caracteriza por um acúmulo de fumaça marrom que contém ozônio e


tráfego de veículos elevado;
outros oxidantes;
• Calor e ampla luminosidade solar para que as reações cruciais ocorram
• Principais reagentes: NOx e COV;
a uma velocidade elevada;
• Produtos finais: O3, HNO3, Compostos orgânicos parcialmente oxidados,
PAN. • Pouco movimento da massa de ar para que os reagente não sejam

• A inalação do smog é danosa a saúde. diluídos.

MECANISMO MECANISMO
SMOG FOTOQUÍMICO

SMOG FOTOQUÍMICO

4
27/05/2019

MECANISMO SMOG FOTOQUÍMICO


Além da formação de ozônio durante o fenômeno de smog fotoquímico,
tem-se a formação de radicais livres
SMOG FOTOQUÍMICO

POLUIÇÃO URBANA

• Radical hidroxila: HO

• Radical dióxido de nitrogênio: NO2

• Radical monóxido de nitrogênio: NO

• Radical hidroperoxila: HO2

• Radical orgânico: RO

SMOG FOTOQUÍMICO
POLUIÇÃO URBANA

5
27/05/2019

MACROPOLUIÇÃO – AULA 3 INTRODUÇÃO


• Porque aumenta cada vez mais a degradação de várias obras que
exposta às ações climáticas, vagarosamente se desfazem?
Prof. Ronei de Almeida

MACROPOLUIÇÃO
e-mail: ronei@eq.ufrj.br • Como as grandes matas vão sendo destruídas “sozinhas”?
MÓDULO 3

• Porque as praias vão ficando sem aquela imensa faixa de areia?

• Porque será que é tão importante o uso constante de protetor solar mais
eficaz?
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
ESCOLA DE QUÍMICA
EQB-485 ENGENHARIA DO MEIO AMBIENTE

INTRODUÇÃO

• Quais os efeitos que produzem sobre a Terra?


MACROPOLUIÇÃO

Camada de Chuva Ácida


Efeito Estufa
Ozônio

Macropoluição

EFEITO ESTUFA EFEITO ESTUFA


MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO

1
27/05/2019

EFEITO ESTUFA TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA POR RADIAÇÃO

O homem está cada vez mais adicionando CO2 na atmosfera além de


outros gases que não estão presentes naturalmente
MACROPOLUIÇÃO

ABSORÇÃO DA RADIAÇÃO ABSORÇÃO DA RADIAÇÃO


• Implica no desaparecimento ou transformação do quantum de energia dentro de um
sistema (molécula, íon, radical, etc.) e “aparecimento” de um fenômeno físico ou químico,
obedecendo o princípio do balanço de energia
• Nestas situações, tem-se a
radiação visível do espectro
• No caso de produzir um eletromagnético;
fenômeno físico, em algumas • Observa-se um feixe de
situações o fóton absorvido provoca radiação visível incidindo uma
uma excitação eletrônica sem molécula, ácido acético, na
conduzir a uma reação química, com qual temos uma série de
posterior reemisão da energia ligações covalentes do tipo
absorvida no valor total ou parcial do sigma (σ) e pi (π), bem como
quantum inicial, ou a degradação da elétrons não ligantes;
mesma em energia térmica. • A radiação visível incidindo no
e-s destas espécies sofrem
uma excitação eletrônica

9 10

ABSORÇÃO DA RADIAÇÃO ABSORÇÃO DA RADIAÇÃO

• A energia do espectro
• Os diferentes comprimentos de onda do espectro que são absorvidos na infravermelho (IV) (780 nm
excitação destes e-s podem ser reemitidos no mesmo comprimento de onda – 3000 nm) não é suficiente
para provocar excitação
ao e-, voltar à sua posição normal, ou emitir parte desta energia num eletrônica;
comprimento de onda maior, ou degradar-se em energia térmica elevando • É a faixa do espectro
associada à energia
o estado cinético do ambiente, isto é, elevando a temperatura do calorífica;
ambiente. • Provoca estiramentos de
ligações, deformações de
ligações, vibrações
moleculares e de partes
da molécula, rotações e
translações moleculares;
• Aumento do estado
vibracional ou cinético dos
átomos ligados a
estruturas, moléculas, etc.,
do ambiente.

11 12

2
27/05/2019

EFEITO ESTUFA EFEITO ESTUFA


MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO

EFEITO ESTUFA EFEITO ESTUFA

• Os gases de efeito estufa (GEE) são moléculas presentes na atmosfera que


têm a capacidade de absorver radiação IV, produzindo calor e aquecendo
MACROPOLUIÇÃO

ainda mais o ambiente onde estão localizados;

• As moléculas com capacidade de absorver o IV possuem três ou mais


átomos em sua constituição e apresentam vibrações de deformações
angulares, ou seja, estas moléculas apresentam um momento dipolo
durante alguma etapa de sua vibração, por exemplo o CO2, CH4, N2O,
O3 e outras como três ou mais átomos (HFC, SF6, NF3).

16

EFEITO ESTUFA EFEITO ESTUFA


MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO

3
27/05/2019

REEMISSÃO DE ENERGIA E EFEITO ESTUFA EFEITO ESTUFA

MACROPOLUIÇÃO
19

REEMISSÃO DE ENERGIA E EFEITO ESTUFA EFEITO ESTUFA

A curva da Figura é a temperatura


que um planeta teria a certa
distância do Sol, com o efeito estufa
MACROPOLUIÇÃO

natural atmosférico (bolinha preta)


e sem esse efeito (bolinha branca).

21

PRINCIPAIS GASES EFEITO ESTUFA


 Dióxido de carbono (CO2)  Metano (CH4)

• Tem sido apontado como grande vilão da intensificação; • GEE mais importante depois do CO2 e tempo médio de residência curto
(10 anos).
MACROPOLUIÇÃO

• Tempo médio de residência elevado (cerca de 100 anos);


EFEITO ESTUFA

 Óxido nitroso (N2O)


• As moléculas de CO2 presentes atualmente absorvem cerca da metade
da luz IV térmica emitida; • Tempo médio de residência elevado (175 anos) e a maior parte provem
de emissão natural CFC;
• Aumentos adicionais na concentração irão impedir o escape de mais IV e
irão aquecer ainda mais o ar. • Principais responsáveis pelo buraco na camada de ozônio e potente
GEE.
• Fontes: queima de combustíveis fósseis, madeira, lenha...

4
27/05/2019

PRINCIPAIS GASES PRINCIPAIS GASES


 Vapor d’água (H2O(v))  Vapor d’água (H2O(v))

• A concentração de vapor no ar é determinada pela temperatura e por • Realimentação positiva: a ocorrência de um fenômeno produz um
outros aspectos climáticos; resultado que por sua vez amplia ainda mais o resultado.
EFEITO ESTUFA

EFEITO ESTUFA
• A água na atmosfera vem da evaporação (a velocidade com que a água
evapora aumenta com o aumento da temperatura, causada pelo
incremento dos GEE);

CONSEQUÊNCIAS EFEITO ESTUFA


• Elevação do nível do mar;

• Mudança global do clima;


MACROPOLUIÇÃO

• Proliferação de doenças;
EFEITO ESTUFA

• Tufões, furacões, maremotos e enchentes;  Se baseiam em:

• Extinção de animais marinhos devido ao aumento de T nos mares; • redução das emissões;

• Mudanças nos regimes de chuvas; • aquisição de créditos de carbono;

• implementação de tecnologias mais limpas;


• Aquecimento das grandes cidades;
• plantio de mais árvores.
• Desertificação;

• Extinção de espécies animais e vegetais;

• Grandes incêndios.

EFEITO ESTUFA EFEITO ESTUFA


MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO

5
27/05/2019

EFEITO ESTUFA EFEITO ESTUFA


MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO

CHUVA ÁCIDA CHUVA ÁCIDA


MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO

CHUVA ÁCIDA CHUVA ÁCIDA


MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO

6
27/05/2019

CHUVA ÁCIDA CHUVA ÁCIDA

• destruição de plantas e florestas;


• atraso no crescimento das plantas;
MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO
• acidez do solo, rios e lagos;
• danos aos monumentos.

Município de Cubatão (SP) foi atingido por uma chuva


ácida após A ruptura em uma tubulação da
empresa Anglo American Fosfatos Brasil que causou
o vazamento do gás dióxido de enxofre (SO2). Os
danos ao meio ambiente já começaram a aparecer.
Fonte: G1 (2015)

CHUVA ÁCIDA CAMADA DE OZÔNIO


Algumas mudanças podem contribuir para minimizar a chuva
ácida:
• diminuir a utilização dos combustíveis fósseis – substituir
pelas energias renováveis;
MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO

• retirar o enxofre dos gases de combustão nas indústrias e


dos combustíveis;
• purificadores nos escapamentos de veículos e filtros nas
indústrias;
• mudanças nas técnicas agrícolas.

7
27/05/2019

DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO ABSORÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR


• Luz UV com comprimento de onda menor do que 220 nm não atinge a
superfície da Terra pois é absorvida pelo oxigênio molecular (O2) presente
na estratosfera e acima dela
MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO
• O ozônio estratosférico filtra toda luz UV solar na faixa de 220 a 290 nm
(UV-C) e somente uma fração da luz na região de 290 a 320 nm (UV-B)
A quantidade remanescente (10-30%) penetra a atmosfera até a
superfície da Terra
• A maior parte da faixa UV-A (menos nociva) atinge a superfície do
planeta uma vez que nem o ozônio nem qualquer outro constituinte da
atmosfera absorvem essa faixa

CAMADA DE OZÔNIO CAMADA DE OZÔNIO


MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO

CAMADA DE OZÔNIO CAMADA DE OZÔNIO


MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO

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27/05/2019

CAMADA DE OZÔNIO CAMADA DE OZÔNIO


MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO

CAMADA DE OZÔNIO CAMADA DE OZÔNIO


MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO

CAMADA DE OZÔNIO CAMADA DE OZÔNIO


MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO

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27/05/2019

CAMADA DE OZÔNIO CAMADA DE OZÔNIO


MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO

CAMADA DE OZÔNIO CAMADA DE OZÔNIO


MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO

CAMADA DE OZÔNIO CAMADA DE OZÔNIO


MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO

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27/05/2019

CAMADA DE OZÔNIO DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO


MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO

DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO


MACROPOLUIÇÃO

DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO


MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO

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27/05/2019

DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO


MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO

DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO


MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO

DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO


MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO

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27/05/2019

DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO


MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO

DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO


MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO

CONSEQUÊNCIAS BIOLÓGICAS DA DEPLEÇÃO DE OZÔNIO CONSEQUÊNCIAS BIOLÓGICAS DA DEPLEÇÃO DE OZÔNIO


MACROPOLUIÇÃO

MACROPOLUIÇÃO

13
27/05/2019

CONSEQUÊNCIAS BIOLÓGICAS DA DEPLEÇÃO DE OZÔNIO


MACROPOLUIÇÃO

14
05/06/2019

CONTROLE DE EMISSÕES – AULA 4 PROCESSO DE POLUIÇÃO DO AR

1º passo – atuar na fonte de emissão


Prof. Ronei de Almeida
e-mail: ronei@eq.ufrj.br

INTRODUÇÃO
MÓDULO 3

Transpote, Ventos,
Gradientes
Térmicos

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Emissão


Aspecto Imissão
ESCOLA DE QUÍMICA Ambiental Impacto
EQB-485 ENGENHARIA DO MEIO AMBIENTE Ambiental

MEDIDAS INDIRETAS MEDIDAS INDIRETAS


• Este grupo é classificado como método indireto de controle
de gases, uma vez que tal controle é conseguido através Algumas medidas podem ser adotadas  Impedir a geração do
da modificação do equipamento/processo, alteração de poluente
matérias primas por outras ecologicamente mais
adequadas, manutenção dos equipamentos e operação • Substituição de matérias-primas e reagentes
CONTROLE

CONTROLE

dos mesmos dentro da sua limitação, etc, sempre com o a) Enxofre por soda na produção de celulose;
objetivo de prevenir o escape ou formação dos gases.
b) Eliminação da adição de chumbo tetraetila;
c) Uso de resina sintética ao invés de borracha na fabricação de
escovas de pintura.

São, em grande parte, chamadas de “Tecnologias Limpas”

MEDIDAS INDIRETAS MEDIDAS INDIRETAS

• Mudanças de processo ou operação • Diminuir a quantidade de poluentes geradas


a) Utilização de operações contínuas automáticas; a) Operar os equipamentos dentro da capacidade nominal;
b) Uso de sistemas completamente fechados; b) Boa operação e manutenção de equipamentos produtivos;
c) Condensação e reutilização de vapores; c) Adequado armazenamento de materiais pulverulentos;
CONTROLE

CONTROLE

d) Processo soda ou termoquímico ao invés de processo KRAFT na d) Mudança de comportamento (educação ambiental);
produção de celulose (soda reduz emissão de gás sulfídrico).
e) Mudança de processos, equipementos e operações;
f) Mudança de combustíveis;
– Combustível com menor teor de enxofre
– Substituição de combustíveis fósseis

1
05/06/2019

TÉCNICAS DE REDUÇÃO DE FORMAÇÃO DE POLUENTES GERADOS NA FONTE


MEDIDAS DIRETAS
A redução pode ser:
Essas técnicas passam por dua etapas
1. Substituição de matéria-prima
2. Alteração nos processos ou,
3. Substituição destes.
CONTROLE

CONTROLE
Retenção dos poluentes O objetivo principal é obter os mesmos
após geração através de produtos com os mesmos recursos, de
Concentração dos poluentes equipamentos de controle forma a economizar recursos e gerar
na fonte para tratamento de poluição do ar menos subprodutos.
efetivo antes do lançamento
na atmosfera

Equipamentos de controle
Sistemas de ventilação local de poluição do ar
exaustora. Processos de
tratamento, etc.

SOLUÇÕES PARA CONTROLE DE SOX EMITIDOS NA ATMOSFERA ALGUNS PROCESSOS DE REMOÇÃO PRÉVIA DO S PRESENTE NO CARVÃO

1ª solução: Liquefação do carvão:


Escolha de combustível líquido com baixo teor de enxofre, e se O carvão em pó é misturado com solvente da série aromática, e a mistura passa
possível o GNV
por um reator sob atmosfera de hidrogênio a 70 kgf cm-2 e 427°C. Forma-se um
2ª solução:
“carvão líquido” com potência calorífica de 16.000 Btu/lb contendo apenas 0,6%
CONTROLE

CONTROLE

Se gás, remover a maior parte de S durante o processo, antes que o de enxofre.


carvão seja utilizado.
3ª solução: Gaseificação do carvão:

Captação de SO2 produzido na fornalha da caldeira ou do forno, O carvão finalmente pulverizado é submetido à ação do vapor de oxigênio em
quando se usa combustível com elevado teor de S, e, consequente, temperatura e pressão elevadas, no interior de um reator especial. Produzem-se
adequado tratamento dos gases
gases sintéticos à base de H, CO, CO2, CH4 e compostos de S, que são então
removidos. Processo eficiente, porém dispendioso.

ALGUNS PROCESSOS DE REMOÇÃO PRÉVIA DO S PRESENTE NO CARVÃO SOLUÇÕES PARA CONTROLE DO NOX EMITIDO NA ATMOSFERA

Os óxidos de nitrogênio são produzidos em todos os processos de combustão


Lavagem do carvão:
de combustíveis fósseis em contato com o ar e são altamente nocivos à saúde
O carvão contendo pirita (sulfureto ferroso) é pulverizado e lavado separando-se (Das emissões de NOx em nível mundial, 48% são provenientes de centrais
o S do carvão, geralmente por gravidade. Com este processo, pode-se reduzir térmicas de carvão, óleo e madeira.)
cerca de 30% do teor de S no minério.
CONTROLE

CONTROLE

Nas câmaras de combustão, o NOx provém de duas fontes:


Combustão de carvão em leito fluidizado:
a) N2 contido no ar de combustão, é o chamado de NOx térmico (GNV,
O carvão em pó é injetado em um leito fluidizado de calcário, juntamente com óleos leves-diesel);
gases de combustão. Forma-se SO2, o qual, reagindo com o calcário calcinado,
b) N2 presente no próprio combustível, e é chamada de NOx em razão do
forma sulfato de cálcio e cinza, que são removidos. combustível (carvão, óleos combustíveis pesados, óleos de carvões
minerais);

c) NOx de formação rápida: formado pela reação do N2 (presente no ar) com


os radicais de hidrocarbonetos (HC) formados em regiões ricas de
combustível, regiões em que há mais combustível que ar presente.

2
05/06/2019

SOLUÇÕES PARA CONTROLE DO NOX EMITIDO NA ATMOSFERA SOLUÇÕES PARA CONTROLE DO NOX EMITIDO NA ATMOSFERA

Controle pela ação no combustor


Pode-se procurar reduzir o teor de NOX, usando um dos
• Procura-se reduzir o teor de “ar em excesso” na combustão, mas de modo
seguintes métodos de controle: que não aumente em contrapartida a quantidade de fumaça ou de
particulados. Um aumento de 10% no ar em excesso na combustão pode
1. Agindo no combustor; acarretar um aumento de 10 a 20% nas emissões de NOx.
2. Agindo na fornalha;
CONTROLE

CONTROLE
Controle pela ação na fornalha
3. Agindo nos gases antes de entrarem na chaminé
• Os fabricantes desenvolvem técnicas modernas de projeto de fornalha,
compatibilizando sua forma e dimensões com as exigências dos
combustores, a fim de que as emissões de NOx sejam mínimas. Exemplo:
combustor de vários estágios; recirculação do gás combustível e combustão
com redução na taxa de “excesso de ar”.

MÉTODOS DE CONTROLE DE NOX NA FONTE SOLUÇÕES PARA CONTROLE DO NOX NOS PROCESSOS DE
COMBUSTÃO NA CALDEIRA

Redução seletiva catalítica (RSC)


• Este processo baseia-se na utilização de amônia ou ureia nos gases de
combustão na presença de um catalisador. Baseia-se, também, na maior
A medida que o combustível
afinidade com a amônia (NH3) ou ureia ((NH2)2CO) com o NOx do que
(CXHYN) é aquecido, e antes
que possa reagir com O2, ele qualquer dos outros gases componentes da queima dos combustíveis
CONTROLE

CONTROLE

forma intermediários conhecidos fosseis.


como cianeto de hidrogênio
(HCN) e o íon cianeto (CN) • Embora o NOx possa ser reduzido a N2 por outros gases redutores, tais
como o H2, CO2 e o CH4, grandes quantidades desses gases são
consumidos em reações com o O2 em excesso presente no gás de
combustão.

Um fator importante é a
disponibilidade de O2 para reagir
com HCN e o CN. Portanto, para
reduzir NOX formados a partir do
combustível, como estratégias de
diluição de recirculação de gases
de combustão, o ar precisa ser
controlado.

SOLUÇÕES PARA CONTROLE DO NOX NOS PROCESSOS DE SOLUÇÕES PARA CONTROLE DO NOX NOS PROCESSOS DE COMBUSTÃO NA CALDEIRA
COMBUSTÃO NA CALDEIRA

Redução seletiva catalítica


• Redução do NOx até N2 por
injeção de amônia com a
utilização de catalisadores;
• Faixa de Temperatura = 300 –
CONTROLE

CONTROLE

400ºC;
• Eficiências = 80-90%;
• Catalisadores = TiO2, WO3,,
V2O5, MoO3 .

3
05/06/2019

SOLUÇÕES PARA CONTROLE DO NOX NOS PROCESSOS DE SOLUÇÕES PARA CONTROLE DO NOX NOS PROCESSOS DE
COMBUSTÃO NA CALDEIRA COMBUSTÃO NA CALDEIRA

Redução seletiva não catalítica (RSNC)


Redução seletiva não
• O processo de redução seletiva não catalítica (RSNC) utiliza a amônia (ou catalítica
um agente amoniacal) para reduzir NOx e, em alguns processos, sua
eficiência ultrapassa 60% • Redução do NOx até N2 por
injeção de amônia sem a
• O processo ocorre em altas temperaturas, entre 700 e 980°C, estado em
CONTROLE

CONTROLE
utilização de catalisadores;
que o amoníaco dissocia-se para formar o íon NH2. Em seguida, o NH2, que
é muito reativo, ataca a molécula de NO. Formam-se o N2 e H2O. • Faixa de temperatura: 800 –
1000ºC;
• Eficiências: 40 – 60%.

SOLUÇÕES PARA CONTROLE DO NOX e SOX NOS PROCESSOS DE CONTROLE E MONITORAMENTO DE POLUENTES
COMBUSTÃO NA CALDEIRA ATMOSFÉRICOS
Catalisação a Seco
Existe um processo a seco para remoção simultaneamente de NOx e SOx.
Utiliza óxido de cobre (CuO) para remoção de SOx. A remoção produz sulfato
de cobre (CuSO4). Tanto o CuO quanto o CuSO4 são catalisadores para a
CONTROLE

CONTROLE

redução do NOx em N2 e H2O pela reação com a NH3.


EQUIPAMENTOS DE CONTROLE DE POLUIÇÃO
ATMOSFÉRICA

MECANISMOS DE CONTROLE DE MATERIAL PARTICULADO IMPACTAÇÃO

Para os materiais particulados (MP), os equipamentos de • No mecanismo de impactação, são exploradas as propriedades das
controle são projetados a partir de mecanismos de: partículas com diâmetro maior de 1 μm (mícron);
• A partícula é carreada por um gás até encontrar um alvo, que pode
• Impactação; ser a gota de um líquido ou anteparos sólidos.

• Interceptação;
CONTROLE

CONTROLE

• Difusão;
• Atração eletrostática;
• Gravitação e;
• Força centrífuga.

4
05/06/2019

INTERCEPTAÇÃO DIFUSÃO
• No mecanismo de interceptação, a coleta ocorre mais comumente em
partículas com diâmetro na faixa de 0,1 μm a 1 μm, podendo ser • Na Difusão, as partículas muito pequenas, de frações de
considerado uma extensão do mecanismo de impactação; micrômetros, podem ser coletadas com ajuda do movimento
Browniano.
• Na interceptação, o centro da partícula consegue seguir a trajetória da
linha de fluxo do gás carreador quando ela se deforma próxima ao alvo.
Entretanto, se essa linha de fluxo do gás passar a uma distância do alvo
CONTROLE

CONTROLE
menor ou igual ao raio da partícula carreada, ainda assim a partícula é
coletada, pois o contato entre a partícula e o alvo acontece.

MECANISMOS DE CONTROLE DE MP EQUIPAMENTOS DE CONTROLE DE MP


• ATRAÇÃO ELETROSTÁTICA: Aborda as pequenas partículas
carregadas e submetidas a um campo elétrico que podem ser movidas
através das linhas de fluxo de gás até uma superfície de carga oposta,
onde a partícula finalmente será carregada.
• GRAVITAÇÃO: A força da gravidade atua sobre a partícula, fazendo CLASSIFICAÇÃO DOS
com que ela saia das linhas de fluxo de gás e termine sua trajetória, EQUIPAMENTOS DE CONTROLE DE
CONTROLE

CONTROLE

separando-se através da deposição em alguma superfície coletora MATERIAL PARTICULADO


(válido para partículas pesadas).
• FORÇA CENTRÍFUGA: Um gás carreador, que tem alta velocidade e
que, quando entra tangencialmente à parede de um tubo circular,
adquire uma trajetória circular. As partículas sólidas presentes nesse gás
tendem a permanecer na trajetória tangente a essa curva, devido à COLETORES À SECO COLETORES ÚMIDOS
inércia, colidindo com a parede circular (anteparo) do tubo. O gás
carreador tem velocidade suficiente para manter a partícula na parede
até o fim da trajetória, acabando finalmente por se desprender do gás
carreador e sendo coletada, enquanto o gás carreador segue por outro
caminho (princípio de funcionamento dos ciclones).

COLETORES SECOS COLETORES ÚMIDOS

• Coletores mecânicos inerciais e gravitacionais (ex: • Torre de spray (pulverizadores)


câmara de poeira)
• Lavadores com enchimento
• Coletores mecânicos centrífugos (ex: ciclones)
• Lavador ciclônico
• Filtro de tecido (ex: filtro-manga)
CONTROLE

CONTROLE

• Lavador venturi
• Precipitador eletrostático
• Lavadores de leito móvel

5
05/06/2019

CONCEITOS BÁSICOS CONCEITOS BÁSICOS

EFICIÊNCIA DOS EFICIÊNCIA GLOBAL DE COLETA


EQUIPAMENTOS
Na prática existem muitos casos de utilização de equipamentos de controle
em série, como por exemplo, um ciclone seguido de um lavador. Nesse caso
 (%)  ((A – B)/A)x100

CONTROLE
CONTROLE

define-se a Eficiência Global de Coleta.

g  (1[(1 n1).(1 n2 )....(1 ni )]x100


Onde:
A = concentração ou carga de poluente de entrada
B = concentração ou carga poluente de saída

CÂMARA DE POEIRA – GRAVITACIONAIS OU SEDIMENTADORAS CÂMARA DE POEIRA – GRAVITACIONAIS OU SEDIMENTADORAS

• Método proporciona diminuição significativa da velocidade do gás, • Chicanas ou anteparos podem ser adaptados à câmara e poeira
aumentando o seu tempo de residência dentro da câmara e para melhorar a sua eficiência de coleta.
possibilitando a deposição das partículas pesadas no fundo da
câmara por meio da ação da gravidade.
CONTROLE

CONTROLE

CÂMARA DE POEIRA – GRAVITACIONAIS OU SEDIMENTADORAS CICLONES


Vantagens: • Equipamentos menores que as câmaras de poeira;

• Simplicidade de construção, operação e manutenção; • Formato constituído de uma parte cilíndrica e uma parte cônica.

• Suporta temperaturas elevadas de entrada; • Princípio de funcionamento baseado na aplicação da força


centrífuga (responsável pela separação)
• Coleta a seco permite recuperação fácil do MP.
CONTROLE

CONTROLE

Desvantagens:

• Tamanho do equipamento;

• Baixa eficiência para partículas menores que 40 µm.

6
05/06/2019

CICLONES CICLONES

Coletor de pó portátil New


Japan, modelo EXAS-ST-50.
CONTROLE

CONTROLE
Podemos descrever o ciclone
em quatro partes principais:
1) Entrada do gás a ser
tratado;
Captação de particulados de dois
2) O corpo do ciclone; esmeris; ligação a um ciclone e do
3) Saída do gás tratado; e ciclone a um filtro saco (para
retenção de partículas muito
4) Saída do material pequenas não detidas no ciclone).
particulado coletado. Fonte – Torit Manufacturing G.

CICLONES CICLONES
A eficiência de um ciclone geralmente aumenta com o aumento dos
seguintes parâmetros: Ciclones múltiplos

• diâmetro da partícula; • São ciclones montados em


bateria, isto é, dois ou mais,
• densidade da partícula; com uma tremonha única para
• velocidade de entrada do gás carreador; coleta e remoção do pó
CONTROLE

CONTROLE

precipitado.
• número de revoluções da corrente de gás dentro do ciclone; e
• Utilizado em velocidades
• concentração de partículas na entrada e da superfície interna da parede reduzidas.
do ciclone
• Utilizados para partículas de 5
µm ou maiores.
Em compensação, a eficiência do ciclone diminui com o aumento:
• Rendimento alcança 95%.
• da viscosidade do gás;
• da área do duto de entrada; e
• da densidade do gás.

CICLONES CICLONES
• Os ciclones convencionais são eficientes na retirada de MP com diâmetro acima de
10 μm, porém existem ciclones de alta eficiência capazes de coletar materiais
particulados com tamanhos menores ou iguais a 10 micra (MP10) e até partículas CÂMARA DE POEIRA CICLONE
menores ou iguais a 2,5 micra (MP2,5). Ciclones individuais de alta eficiência USO USO
apresentam queda de pressão acentuada, encarecendo os custos operacionais, pois • pré-coletor de partículas grandes(>40µm) • em geral pré-coletor de partículas médias a
grandes (>10µm)
as bombas e os sopradores são mais exigidos para mover o gás dentro do ciclone. • Reduz a carga poluidora
•coletor final em alguns casos
CONTROLE

CONTROLE

VANTAGENS VANTAGENS
• As indústrias, quando precisam de alta eficiência, utilizam o multiciclones, que são • baixa perda de carga (10-25mm H2O ) • perda de carga média/baixa
pequenos ciclones arranjados de maneira a permitir menor queda de pressão para • projeto, construção e instalação simples • baixo custo da construção
eficiências iguais às alcançadas pelos ciclones individuais, barateando os custos • simples de operar
• baixo custo de instalação e de manutenção • pouca manutenção
operacionais. • projeto relativamente simples
• não tem limitação de temperatura
• espaço relativamente pequeno para instalação
• coleta a seco: permite recuperação mais fácil
• não tem limitação de temperatura e pressão,
exceto para o material de construção
DESVANTAGENS DESVANTAGENS
• baixa eficiência para pequenas • Baixa eficiência de partículas pequenas
partículas (<10µm) • possibilidades de entupimento no caso de
• requer espaço relativamente grande para a partículas adesivas ou higroscópicas
instalação • possibilidade de abrasão para
determinadas partículas e determinada
velocidade
• não deve ser utilizado para partículas adesivas
• em geral necessita do segundo coletor para
atender as emissões exigidas

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05/06/2019

FILTROS FILTRO EM PAINÉIS COMPACTADOS OU MANTAS

• Meios porosos capazes de deter e coletar partículas e


névoas contidas no ar que os atravessa;
• Equipamentos mais efetivos, sendo capazes de coletar
com sucesso partículas de 0,1 μm e remover
substancialmente partículas de 0,01 μm. Utilizados em hospitais,
CONTROLE

CONTROLE
indústrias farmacêutica,
nuclear, microeletrônica,
 Filtros em painéis: compactados etc.
 Filtros de tecido: em geral, sob a forma de sacos, tubos, envelopes,
rolos ou mantas
 Filtros de fibra de vidro
 Filtros de carvão ativado Filtro FP da LUWA

 Filtro de tecido de arame de aço: em geral, sob a forma de mantas

FILTROS DE TECIDO FILTROS DE TECIDO

• Conhecidos como filtros de pano ou de feltro, podem


apresentar-se sob a forma de sacos, de mangas, de
painéis lisos e de painéis ondulados;
• Os principais mecanismos para coleta de material
particulado podem ser observados nos filtros de tecido,
CONTROLE

CONTROLE

entre eles a impactação, a interceptação e a difusão;


• Os poros de um tecido novo e limpo são da ordem de
50 μm a 75 μm.
• capazes de coletar com sucesso partículas de 0,1 μm e
remover substancialmente partículas de 0,01 μm.

FILTROS DE TECIDO FILTROS DE TECIDO

Os principais parâmetros que devem ser levados em conta no O modo de operação do equipamento pode ser de três tipos:
projeto de um filtro de tecido são: alimentação de gás pelo fundo, alimentação de gás pelo topo, ou
por filtração exterior
• o tamanho e a capacidade do equipamento;
• a queda de pressão limite de operação;
CONTROLE

CONTROLE

• o tipo de tecido do filtro;


• o mecanismo de limpeza do filtro; e
• o tempo de vida útil do tecido.

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05/06/2019

FILTROS DE TECIDO – FILTROS DE MANGA FILTROS DE TECIDO – FILTROS DE MANGA

Os compartimentos onde se instalam os filtros de manga são conhecidos pela designação


de bag-houses.
CONTROLE

CONTROLE
Ar com
poeira

Válvula e
removedor
Filtro de manga de pano (ACGIH) Filtro de manga “saco” - (ACGIH) de poeira

Filtro de manga – jato de pressão Filtro de manga – Super Jet da HIGROTEC


ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Hygienists

FILTROS DE TECIDO – FILTROS DE MANGA FILTROS DE TECIDO – FILTROS METÁLICOS EM PAINÉIS E


BANHOS DE ÓLEO

O enchimento do filtro é formado por “lã de aço” e fibras metálicas. O ar é submetido


a inúmeras mudanças de direção ao atravessar a camada filtrante, o que provoca a
precipitação do pó, o qual adere à película de óleo sobre a textura filtrante.
CONTROLE

CONTROLE

Filtro automático de mangas Jetline V da delta Neu.


Usados para poeiras finas em forte concentração e processos contínuos. Malha metálica para filtros

FILTROS DE TECIDO – FILTROS ELIMINADORES DE NÉVOAS FILTROS DE TECIDO – FILTROS CARVÃO ATIVADO
Para a eliminação da névoa líquida, corrosiva e contaminantes solúveis
contidos no ar ou em fluxos de outros gases, que ocorrem em indústrias Funcionam segundo o fenômeno físico de adsorção molecular e são os mais apropriados
químicas, de alimentos, petroquímicas, petrolíferas, têxteis, de fertilizantes, para eliminar odores desagradáveis. Devem ser colocados após um filtro convencional ou
precipitador eletrostático, que os proteja contra poeiras, pólen, bactérias e particulados de
de material plástico e outras. um modo geral.
CONTROLE

CONTROLE

-A regeneração do carvão ativado se faz por


aquecimento.
-Em geral para eliminar produtos orgânicos
de gases residuais.
-Existem filtros de carvão ativado que
permitem a regeneração, isto é, a
recuperação de produtos químicos nele
retidos, como o benzeno, a acetona, o
álcool, solventes, HC e outros.

Filtro de carvão ativado.


Principio de funcionamento e conjunto de eliminadores de névoas Monsanto.

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05/06/2019

FILTROS DE TECIDO FILTROS DE MANGA


Os modos de limpeza dos filtros podem ser:
• Mecânicos: como chacoalhar ou oscilar os filtros, por emissão de
ondas sônicas, que fazem com que as partículas vibrem e se soltem
dos poros ou da torta de impurezas, ou
• Injeção de ar de alta pressão: carrega as impurezas presas no filtro
em direção ao depósito final de partículas do equipamento
CONTROLE

CONTROLE

FILTROS DE MANGA PRECIPITADOR ELETROSTÁTICO


O Precipitador Eletrostático (PE) é um equipamento para controle de
material particulado cujo princípio de funcionamento envolve
basicamente o uso da força elétrica.
CONTROLE

CONTROLE

PRECIPITADOR ELETROSTÁTICO PRECIPITADOR ELETROSTÁTICO

VANTAGENS:
• Eficiência de 99 a 99,9 %
• Eficiência = f (tamanho, campo elétrico, resistividade doMP, T,
composição do MP e distribuição de tamanho)
CONTROLE

CONTROLE

O gás proveniente do processo


entra no precipitador trazendo
• Vazões de até 50 m3.s-1
consigo partículas suspensas,
que passam pelos eletrodos de
• Até 700ºC
descarga de alta voltagem. Os
eletrodos, através de um efeito
• Geralmente se usa um pré-tratamento
As particulas, com carga
corona, emitem íons com carga
negativa no gás.
negativa, aderem a placa • Altamente indicado: substâncias tóxicas abaixo de 1 g.m-3
coletora aterrada. Os
batedores têm a função de • Resistividade do MP: 103 a 1010 Ω.cm
desgrudar o aglomerado de
O gás carregado negativamente partículas, que caem pelas
em torno de cada eletrodo age tremonhas para remoção.
sobre as partículas, tornando-as
também negativas, as quais são
atraídas para os eletrodos de
polaridade oposta, como por
exemplo as placas coletoras.

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05/06/2019

PRECIPITADOR ELETROSTÁTICO PRECIPITADOR ELETROSTÁTICO

CAMPOS DE APLICAÇÃO DO PE
DESVANTAGENS:
• Usinas Siderúrgicas
• Investimento alto
• Plantas de produção na indústria eletrometalúrgica, química e de
• Não responde bem à variações na entrada papel e celulose.
CONTROLE

CONTROLE
• Riscos de explosões • Caldeiras a carvão ou óleo, caldeira de biomassa, secadores e
moinhos de carvão.
• Riscos de acidentes
• Plantas de produção de cimento, cal e gesso (fornos, moinhos,
• Produz ozônio secadores e resfriadores).
• Mão-de-obra especializada • Plantas de geração de energia (centrais termoelétricas)

• Ocupa muito espaço para altas eficiências • Incineradores de resíduos e lodos.


• Fornos de fusão de vidros.
• Indústria de fertilizantes.
• Plantas de produtos Carboquímicos e Plantas de produção de gás.

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05/06/2019

CONTROLE DE EMISSÕES – AULA 4 CONTROLE E MONITORAMENTO DE POLUENTES


ATMOSFÉRICOS

Prof. Ronei de Almeida


e-mail: ronei@eq.ufrj.br

CONTROLE
MÓDULO 3

EQUIPAMENTOS DE CONTROLE DE POLUIÇÃO


ATMOSFÉRICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO


ESCOLA DE QUÍMICA
EQB-485 ENGENHARIA DO MEIO AMBIENTE

CONTROLE E MONITORAMENTO DE POLUENTES TRATAMENTO DE GASES E VAPORES


ATMOSFÉRICOS
Os gases e vapores em solução gasosa necessitam de um
tratamento em certos casos diverso daquele que se emprega para
névoas, poeiras e particulados (MP). Os mecanismos empregados
GASES E VAPORES são:
• Absorção
CONTROLE

CONTROLE

• Adsorção
• Combustão

COLETORES ÚMIDOS
OU LAVADORES

TRATAMENTO DE GASES E VAPORES TRATAMENTO DE GASES E VAPORES

ABSORÇÃO - GASES
Absorção

POLUENTE NA ABSORÇÃO POLUENTE NA Gás em contato com um líquido no qual seja solúvel. O solvente
FASEGASOSA FASELÍQUIDA mais comum é a água, e a massa de gás, pela dissolução, é
com ou transferida para o líquido.
CONTROLE

CONTROLE

sem
- Os tipos de equipamentos que se baseiam na absorção:
reação
a) Torres de borrifo (de spray)
ETAPAS
1 Difusão do poluente gasoso para a superfície b) Torres de enchimento (de recheio)
do líquido;
c) Torres de pratos
2 Transferência pela interface gás/líquido
(dissolução); d) Lavadores Venturi
3 Difusão ou reação do poluente no líquido.
05/06/2019

TRATAMENTO DE GASES E VAPORES LAVADORES CICLÔNICOS DE SPRAY

Absorção
a) Torres de borrifo (de spray)

O solvente deve ser:


CONTROLE

CONTROLE
• pouco volátil, Quanto maior for o
espalhamento das gotas,
maior a possibilidade de ela
• pequena toxidade, se chocar com a partícula,
logo uma pulverização
• alta estabilidade química, eficiente é vital para uma
coleta bem-sucedida.
• baixo custo e
• facilidade de ser encontrado no
mercado.

TRATAMENTO DE GASES E VAPORES TRATAMENTO DE GASES E VAPORES

Absorção
b) Torres de enchimento (de recheio) Problemas mais comum: ocorrência
de caminhos alternativos onde o gás
não entra em contato com o líquido,
sendo danoso para a eficiência da
coluna
CONTROLE

CONTROLE

Absorvedor com enchimento


operando em fluxo contracorrente.
Fonte: SCHIRMER (2002)

Lavador com torre de enchimento

(lodo, lama)

TRATAMENTO DE GASES E VAPORES TRATAMENTO DE GASES E VAPORES

Absorção
Torre de pratos:
c) Torres de pratos o contato é feito
através de
A torre possui uma série de borbulhadores
bandejas ou pratos, dotados de
CONTROLE

CONTROLE

furos sobre os quais são


dispostos “copos” invertidos,
que permitem que o gás
ascendente borbulhe numa
pequena camada de solvente
que é lançado pela parte
superior da torre
05/06/2019

TRATAMENTO DE GASES E VAPORES LAVADORES VENTURI

• O gás carreador, seja de partículas ou de gases poluentes, entra numa


Absorção seção convergente até uma área de seção transversal constante, chamada
c) Lavadores Venturi garganta, onde o gás atinge a maior velocidade dentro do equipamento e
onde se injeta o líquido que depois é instantaneamente atomizado pelo gás
O sistema emprega venturis para a formação carreador que está passando.
de vácuo e arraste do ar pelo líquido de
lavagem para o interior do corpo exaustor. • No final da garganta, começa uma área de seção divergente, onde o gás é

CONTROLE
CONTROLE

desacelerado.

Hidro-Venturi da Belfano

TRATAMENTO DE GASES E VAPORES TRATAMENTO DE GASES E VAPORES

Gás entra no equipamento antes


da garganta e é empurrado para
a saída por um líquido
pulverizado
CONTROLE

CONTROLE

Este líquido é pulverizado por um


único pulverizador localizado no
topo do Venturi, e concêntrico ao
centro da garganta.

Quanto melhor for a distribuição das


gotas na garganta do Venturi, mais
eficiente será a coleta de partícula, De maneira geral, o lavador Venturi para absorção de gases é comumente usado para
portanto, a atomização adequada do absorção de SO2, por meio da injeção de soluções aquosas de hidróxido de sódio
líquido é um ponto crucial no processo. (NaOH), ou soluções básicas de óxido de cálcio (CaO), conhecido como a cal, ou de
carbonato de cálcio (CaCO3).

LAVADORES VENTURI LAVADORES VENTURI


Absorção ABSORÇÃO - GASES
LAVADOR TIPO VENTURI EFICIÊNCIAS
• Fácil de construir einstalar; • Gases Inorgânicos: 95 a 99%
• Capaz de arrefecer gases quentes; • Compostos Orgânicos Voláteis: 70 a 99%
• Material Particulado: 50 a95%
CONTROLE

CONTROLE

• Capaz de neutralizar ácidos e bases;


PARÂMETROS
• Eficiênte na coleta de partículas de 1 µm a 20 µm;
• Disponibilidade de solvente adequado
• Gera muito efluente líquido; • Diâmetro das partículas no gás carreador
• Problemas de corrosão; • Tempo de residência
• Problemas com baixas temperaturas; • Vazão, temperatura e umidade do gás
• Velocidade do gás carregador
• Gera lodo trabalhando com MP.
• Concentração do poluente naentrada
• Custo do tratamento do efluente
05/06/2019

TRATAMENTO DE GASES E VAPORES TRATAMENTO DE GASES E VAPORES

Adsorção ADSORÇÃO- GASES

• Existem substâncias dotadas de “alta superfície específica” e que, por • Retenção de um poluente na fase gasosa (adsorbato) para a
afinidade química ou por forças de atração superficiais intermoleculares (de
Van der Waals), são capazes de atrair e manter presas moléculas gasosas
fase sólida (adsorvente)
e de fumaças. É o fenômeno da adsorção. • Mais empregado em correntes diluídas
CONTROLE

CONTROLE
• Não ocorre nenhuma reação química e os materiais que possuem • Adsorbato mais usado é o carvãoativo
capacidade de adosrção – os adsorvedores ou adsorsores.

Os adsorvedores mais usados são:

- o carvão ativo,
- a alumina ativada,
- a sílica-gel,
- a bauxita,
- o gel de ácido crômico e
- terras diatômáceas.

TRATAMENTO DE GASES E VAPORES TRATAMENTO DE GASES E VAPORES

ADSORÇÃO- GASES ADSORÇÃO- GASES

• Dificuldade de recuperar o adsorvente ou dar destinofinal • Processo de adsorção é exotérmico


• Importante técnica na remoção de odores • É preciso remover calor para aumentar aeficiência
CONTROLE

CONTROLE

• Isotermas de adsorção variam muito para cadagás


Etapa limitante
• Tipos de leito:
• Fixo (paradas para troca e reciclo) +comum
adsorção no
transf. demassa
difusão da superfície interior do • Fluidizado (operação contínua) +caro
do gáspara adsorvente
para as partes interiores
asuperfície

TRATAMENTO DE GASES E VAPORES TRATAMENTO DE GASES E VAPORES

ADSORÇÃO PELO CARVÃO ATIVADO DE DIVERSAS SUBSTÂNCIAS


Emprego dos filtros de carvão ativado
Poluente Índice Poluente Índice
CO2 A Tolueno D • Fabricação e beneficiamento de alimentos
CO A Fumaça de cigarro D
Formaldeído B Desinfetantes D • Fabricação de produtos químicos e farmacêuticos
CONTROLE

CONTROLE

NH3 B Odores hospitalares D


Cloro C Solvente C • Desengraxamento com solventes orgânicos
Benzeno D Gasolina D
• Extração de solventes

A – indica baixa capacidade de adsorção por carvão ativado. • Limpeza a seco de tecidos
B – aceitável em certos casos.
• Banhos para tratamento de superfícies
C – regular. Adsorve em média 16% do peso do poluente.
D – muito bom. O carvão chega a adsorver em média 33% de seu volume do
poluente ou de 10 a 20 g de poluente por 10 g de carvão ativado.
05/06/2019

TRATAMENTO DE GASES E VAPORES TRATAMENTO DE GASES E VAPORES


CONTROLE

CONTROLE
Remoção de calor para aumentar
a eficiência de adsorção.

Adsorvedor de leito fixo de carvão


Adsorvedor de leitos ativado em múltiplos estágios.
múltiplos, fixos. Fonte: SCHIRMER (2000)
Fonte: SCHIRMER (2000)

TRATAMENTO DE GASES E VAPORES TRATAMENTO DE GASES E VAPORES

ADSORÇÃO- GASES PROCESSOSDE COMBUSTÃO NOTRATAMENTODEGASES

REGENERAÇÃODOADSORVENTE Existem 3 tipos de processos de combustão no tratamento


de gases:
• Troca x Regeneração  justificativa ($$$)
CONTROLE

CONTROLE

1. Incineração
• Processo reverso:  Temperatura ou    Pressão
2. Oxidação catalítica
• Quimisorção  reagente específico
• O que fazer com os gases que são dessorvidos??? 3. Tochas (ou flares)

• Remoção por vapor  efluentelíquido


• Queima  efluente gasoso

TRATAMENTO DE GASES E VAPORES TRATAMENTO DE GASES E VAPORES

PROCESSOSDE COMBUSTÃO NOTRATAMENTODEGASES

1. Incineração

• o processo de combustão dos gases ocorre em uma


CONTROLE

CONTROLE

câmara fechada de material refratário. Podem ser


alcançadas altas temperaturas no interior da câmara
incineradora, e gás natural pode ser injetado para elevá-
la, se necessário;

• Uma temperatura de 1040°C pode garantir a destruição


de 99% dos COV presentes na corrente de gás a ser
tratada.

Caldeira do HU – UFSC.
05/06/2019

TRATAMENTO DE GASES E VAPORES TRATAMENTO DE GASES E VAPORES


3. Flares são equipamentos que estão localizados no ponto de emissão dos
poluentes e que promovem a queima destes em espaço aberto. Este tipo
PROCESSOSDE COMBUSTÃO NOTRATAMENTODEGASES
de equipamento é utilizado quando os poluentes combustíveis estão em
concentrações próximas ou acima do limite inferior de inflamabilidade.
2. Oxidação catalítica

• A oxidação catalítica também é um processo de


CONTROLE

CONTROLE
combustão de gases, porém é realizado a temperaturas
menores graças à presença de um catalisador que
promove a oxidação, reduzindo assim os custos de
energia térmica e combustível;

• Processos são mais efetivos no tratamento de poluentes


com concentração menor que 1% por volume, pois
concentrações maiores geralmente desativam os
catalisadores por sobreaquecimento;
• Para oxidação de COV, podem ser usados metais
nobres como o Pd e Pt, bem como óxidos de cobalto,
óxidos de cobre, alumina, entre outros.

TRATAMENTO DE GASES E VAPORES TRATAMENTO DE GASES E VAPORES

Continuação
Técnica Vantagens Desvantagens
Absorção Instalação compacta; Requer elevada
Técnica Vantagens Desvantagens
baixos custos de manutenção; pode
Processos de combustão Possibilidade de Exige trat. secundário
manutenção; requerer remoção mat.
recuperação de energia p/ eliminar resíduos
construção simples; particulado; (até 85%); ótimo p/ de combustão.
CONTROLE

CONTROLE

capacidade de alto consumo de misturas complexas;


coletar partículas energia; alto baixo custo (p/ correntes
submicrônicas. consumo de água. pouco concentradas).

Adsorção Recuperação de Não trata o gás, só


solventes pode coleta; requer remoção
compensar custos de mat. particulado do
de operação; remove leito;
baixas concentrações suscetível à umidade.
de
COV; não necessita
combustível auxiliar;
trata solventes
clorados.

TRATAMENTO DE GASES E VAPORES

Antes do controle eficiente


Depois do
Problema estético: PLUMA
VISÍVEL. controle
CONTROLE
05/06/2019

DISPERSÃO DE POLUENTES ATMOSFÉRICOS – AULA 5 DISPERSÃO DE POLUENTES ATMOSFÉRICOS

Prof. Ronei de Almeida


e-mail: ronei@eq.ufrj.br

DISPERSÃO
MÓDULO 3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO ESCOLA DE


QUÍMICA

EQB-485 ENGENHARIA DO MEIO AMBIENTE

O QUE AFETA A DISPERSÃO? EXEMPLO DE PLUMA - TERMOELÉTRICA DE CHARQUEDAS RS

Dados do receptor Dados da fonte


Dados meteorológicos
Estabilidade da emissora
Densidade da Direção e velocidade do
atmosfera Velocidade do vento população, vento, temperatura e Localização, altura
concentração do altura da camada de física, diâmetro
poluente esperada, mistura. interno, velocidade
DISPERSÃO

coordenadas e dos gases,


elevação do receptor. temperatura e
taxa de emissão
dos poluentes.

Condições do
solo
Altura da
fonte

Empuxo

O QUE AFETA A DISPERSÃO?


Escalas de Movimento 1 – Associa os movimentos do ar
resultantes da circulação geral da
atmosfera, interagindo com as
Escala Sinótica massas de ar, isto é, os sistemas
frontais, os anticiclones (altas
pressões), as baixas pressões na
Escala Sinótica troposfera, tendo extensão
DISPERSÃO

horizontal que varia entre 100 a


Os fenômenos 3.000 Km.
meteorológicos que atuam
Mesoescala
2 – Os efeitos dessa escala sobre
no processo de dispersão. a poluição podem ser
Microescala classificados de duas formas: a
condição favorável à dispersão
(baixas pressões) e a condição
desfavorável à dispersão (altas
pressões estacionárias no inverno
e as inversões térmicas que
inibem a dispersão vertical,
reduzindo a velocidade do vento e
aumentando as horas de
calmaria).
05/06/2019

Escalas de Movimento
Escalas de Movimento 1 – Incluem os movimentos
resultantes dos efeitos das cidades e
Mesoescala dos parques industriais, rugosidade,
Microescala edificações superficiais e a cobertura
1 – São os movimentos que incluem vegetal dos diversos tipos de solo.
as brisas marítima e terrestre,
circulação dentro de vales e os 2 – Esses movimentos são
fenômenos de efeito de ilhas de responsáveis pelo transporte e
calor. difusão dos poluentes em raio
horizontal inferior a 10 Km e entre 100
2 – Os fenômenos dessa escala que 3 – Os fenômenos que ocorrem e 500 metros na vertical acima do
influenciam a qualidade do ar local dentro dessa camada tem importância solo.
são variações diurnas da fundamental nos processos de
estabilidade atmosférica e a transporte e dispersão sobre as 3 – Nesses casos, a turbulência
topografia regional. A extensão emissões das fontes poluidoras. atmosférica, gerada por pequenos
horizontal dessa escala é da ordem obstáculos é um parâmetro
4 – Os principais parâmetros importante na trajetória das plumas
de 100 Km e na vertical é de meteorológicos que atuam nesse
dezenas de metros até 1 Km acima emitidas pelas fontes industriais, uma
processo são as inversões térmicas vez que a direção e a velocidade do
do solo. de baixa altitude, a variação diária da vento são dominadas pelas
altura da mistura e a taxa de características topográficas e
ventilação horizontal dentro dessa regionais em torno da fonte.
camada.

VENTOS Rosa dos ventos


Os meteorologistas definem a direção do vento como aquela da qual o
vento sopra.

Rosa dos ventos


DISPERSÃO

A direção
predominante em uma
rosa dos ventos é
geralmente chamada
“vento predominante”.
Por exemplo, na rosa
dos ventos
apresentada ao lado, a
direção sul-sudoeste é
predominante

VENTOS ESTABILIDADE E INSTABILIDADE DA ATMOSFERA

Variação da Velocidade e Direção com a Altitude


Exemplos típicos de gradientes térmicos verticais de temperatura

O perfil vertical
da velocidade Inversão Térmica
DISPERSÃO
DISPERSÃO

Isotérmico

do vento é
afetado pelas Uma camada atmosférica na
mudanças na qual a temperatura aumenta
com a altura, resiste fortemente
cobertura do
ao movimento vertical e tende a
solo e pela suprimir a turbulência. Assim
estabilidade sendo, é de particular interesse
térmica da para a poluição atmosférica,
atmosfera uma vez que esta situação
limita em muito a dispersão.
perfil vertical da velocidade do vento

A resistência do atrito reduz a velocidade do vento próximo do solo


abaixo daquela do vento de gradiente
05/06/2019

TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES

Tipos de pluma
Pluma Ideal
• Partículas de maior peso começam a a - Conning  em forma de cone (cônico)
DISPERSÃO

DISPERSÃO
cair sobre o solo; b - Fanning  tubular
c - Fumigation  fumegante
• Partículas mais finas continuam a
d - Looping  serpenteante
subir até perder sua energia cinética
e - Lofting  antifumengante
e cair no solo;
f – Trapping  condição neutra ou
• Restam as partículas que se levemente estável abaixo da
comportam como gás e se adaptam inversão
ao processo de dispersão deste.

TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES

a- CÔNICO B - TUBULAR (FANNING)


DISPERSÃO

DISPERSÃO

• Ocorrem em dias ensolarados, entretanto em dias nublados também


podem ocorrer (dias de tempestade de verão, comum na primavera ou no
outono, presença de nuvens cumulus);
• Grande estabilidade atmosférica;
• Têm características perfeitamente visíveis ao cair da tarde quando a
atmosfera é quase neutra, ocorrendo geralmente com ventos de intensidade • Ausência de efeitos mecânicos;
média. • Geralmente no final da tarde, noite e amanhecer.

TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES

c - FUMEGANTE D - SERPENTEANTE (ATM SUPERADIABÁTICA)


DISPERSÃO

DISPERSÃO

• Ocorre quando a pluma fica aprisionada em uma capa de inversão na qual • Atmosfera instável;
esta capa se rompe pela parte inferior, deixando livre a pluma;
• Ventos fracos;
• Elevados teores de concentração (perigoso);
• Pode ter altas concentrações de poluentes: 40% > cônicos
• Típico das primeiras horas após a saída do sol, que provoca instabilidade
junto ao solo (após uma noite com inversão ou grande estabilidade). • Dias típicos de verão (ensolarado) - Turbulência mecânica acurada.
05/06/2019

TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES


E - ANTIFUMEGANTE (LOFTING) F - TRAPPING
DISPERSÃO

DISPERSÃO
• Pluma entre duas camadas de inversão ou condição neutra ou levemente
instável ou estável abaixo da inversão

• A pluma possui energia suficiente para atravessar a capa de inversão;


• A parte inferior da pluma fica aprisionada na parte superior da inversão e
a superior da pluma segue difundindo-se;
• Melhor caso de dispersão de plumas (chaminés da ordem de 200
metros);
• Típico do entardecer.

• Condição neutra ou levemente estável abaixo da inversão

TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES

Cálculo da ascensão da pluma Cálculo da ascensão da pluma


Altura Efetiva da Chaminé Altura Efetiva da Chaminé

hef = hg + Δ h
DISPERSÃO

DISPERSÃO

A altura efetiva da
Para simplificar o tratamento da dispersão, é conveniente assumir chaminé é
que a dispersão inicia em uma altura fictícia acima da fonte, em vez definida como a fonte virtual

de subir e dispersar como realmente ocorre. Esta altura fictícia é altura na qual a
pluma tornar-se
chamada de “altura efetiva da chaminé”.
passiva e passa a
seguir o h

movimento do ar
A tendência ascencional da pluma ao sair de uma chaminé, cria atmosférico
aquilo que chamamos de altura de pluma efetiva. hg
h ef
z

TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES

Cálculo da ascensão da pluma Cálculo da ascensão da pluma


Altura Efetiva da Chaminé Altura Efetiva da Chaminé

Fatores técnicos: As fórmulas mais citadas para estimar hef são:


DISPERSÃO

DISPERSÃO

• Temperatura e velocidade de emissão dos gases;


• Tipo do terreno e edifícios próximos ao foco de emissão susceptíveis
de criar turbulências mecânicas;
Fórmula de Davidson Bryant; Equação de Holland;
• Focos locais de calor; Fórmula de Briggs;
• Forma da chaminé; Diversas outras ...
• Numero de chaminés.
Fatores meteorológicos:
• Velocidade e direção dos ventos;
• Rugosidade do terreno;
• Gradiente vertical temperatura;
• Composição do efluente
05/06/2019

TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES

Cálculo da ascensão da pluma Cálculo da ascensão da pluma


Altura Efetiva da Chaminé Altura Efetiva da Chaminé

Componente B - FÓRMULA EMPÍRICA DE HOLLAND :


A - FÓRMULA DE DAVIDSON-BRYANT: de empuxo

DISPERSÃO
DISPERSÃO

Componente
1,4 𝑉𝑠 × 𝑑 𝑄h
de cinética Vs ∆t ∆ℎ(MAX) = × 1,5 + 0,0096 ×
∆h=d× × 1+ 𝑢 𝑉𝑠 × 𝑑
v Ts
Qh = a taxa de emissão de calor necessária associada a uma chaminé (KJ/s)
Onde:
u = a velocidade do vento (m/s)
d  diâmetro interno da chaminé (m);
Vs  velocidade do efluente na saída da chaminé (m/s); Vs = a velocidade de saída dos gases (chaminé) (m/s)
v  velocidade do vento (m/s);
d = diâmetro interno da chaminé (m)
Δt  temperatura do gás na chaminé menos a temperatura
ambiente (K) = ºC + 273;
Ts  temperatura do gás na saída da chaminé (K).

TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES

O modelo gaussiano:
Dispersão e transporte de poluentes
atmosféricos (dispersão horizontal)
Os modelos de dispersão gaussianos podem ser vistos como
DISPERSÃO
DISPERSÃO

A dispersão da pluma ocorre em direção vertical e horizontal. A taxa a Eulerianos e Lagrangianos.


qual a dispersão ocorre depende de:
Constituem a maioria dos modelos de poluição atmosférica e
Velocidade do vento; são baseados numa equação simples que descreve um campo
de concentração tri-dimensional, gerado por uma fonte pontual
Insolação; sobre condições de emissão e condições meteorológicas
Outros fatores que causam disturbio e turbulência no ar (morros, estacionárias .
edifícios, etc);
Altura efetiva da chaminé; Intensidade da fonte; Gradiente
térmico, etc;

MODELOS USUAIS NO MERCADO: MODELOS GAUSSIANOS CÁLCULOS NECESSÁRIOS

Três diferentes tipos de cálculos são necessários para estimar a


Como descrito por concentração ao longo do tempo:
GUIMARÃES (2016), o
• A elevação da pluma acima da chaminé;
modelo gaussiano é a
técnica amplamente • A dispersão dos poluentes;
DISPERSÃO

DISPERSÃO

utilizada para estimar o • A concentração ao longo do tempo


impacto de poluentes
Fatores que afetam os cálculos:
não reativos
• Topografia;
• Uso do solo;
TURNER (1994) e KIELY (1996) descrevem que existem alguns • Propriedades dos poluentes;
pressupostos quanto ao uso da equação gaussiana:
• Configuração da fonte;
• Emissão contínua;
• Múltiplas fontes;
• Conservação de massa;
• Tempo de exposição.
• Condições estacionárias;
• Distribuição gaussiana da concentração no sentido vertical e
horizontal.
05/06/2019

TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES


Equação emissão pontual contínua ou clássica utilizada para o
O modelo gaussiano cálculo das concentrações em um ponto de coordenadas (x, y, z).
A distribuição da concentração da pluma ao redor do eixo
central pode ser considerada uma Gaussiana, com os valores
de distribuição sendo considerados afastamentos do eixo da
pluma. A figura abaixo apresenta uma representação esquemática

DISPERSÃO
DISPERSÃO

da dispersão de uma pluma segundo uma distribuição Gaussiana.

x
y

h ( x , y , z)

MODELO GAUSSIANO PARA EMISSÕES CONTÍNUAS TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES

z

y
DISPERSÃO

h
Q (emissão)
H
h x
y
z
C (imissão)

Parâmetros de dispersão para condições de campo aberto (para distâncias entre


100 e 10.000 m) do ponto de liberação.

TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES


ESTE MODELO CONSIDERADAS ALGUMAS HIPÓTESES SIMPLIFICATIVAS COMO:

 A pluma apresenta distribuição Gaussiana; O modelo gaussiano


 Não considera a deposição de material e reações de superfície;
 A emissão dos poluentes é considerada uniforme no tempo; A primeira consideração a ser feita é que as hipóteses apresentadas são
razoáveis para cálculos de concentração sobre períodos variando de 10
 A direção e velocidade do vento são constantes no período de tempo considerado; minutos a uma (01) hora.
DISPERSÃO
DISPERSÃO

 Não são consideradas as reações químicas na atmosfera;


 A classe de estabilidade atmosférica é constante no período de tempo considerado;
 Quando a pluma penetra na atmosfera, se eleva até alcançar uma altura de equilíbrio horizontal. Os coeficientes de dispersão horizontal ( y) e vertical ( z) podem ser
Com isso, a altura do centro da pluma permanece constante na direção predominante do vento, estimados utilizando-se o modelo de Briggs (1974) ou de Pasquill-Gifford
(ver ábacos e equações na sequência).
adotada como fixa durante a trajetória da pluma;
 Para qualquer distância a concentração máxima sempre ocorre no centro da pluma;
O tempo de amostragem varia de 15 minutos a 1 hora e os resultados
são válidos para distâncias de no máximo 10 km.
 Quando é assumido que todo material que sai da pluma se conserva, o coeficiente α é igual a 1,
isto é, não há perda do poluente e que ao tocar o solo sofre reflexão;
 A equação gaussiana traduz situações atmosféricas estacionárias, isto é, a emissão de poluentes
é constante e todos os parâmetros meteorológicos são constantes.
05/06/2019

TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES

Parâmetros de Dispersão
(m) Segundo Pasquill-Gifford (km)

σy = 465,11628 x tan [0,017453293 (c –d lnx)]


DISPERSÃO

DISPERSÃO

TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES


Parâmetros de Dispersão Parâmetros de Dispersão
Segundo Pasquill-Gifford Segundo Pasquill-Gifford

σz = axb
DISPERSÃO

DISPERSÃO

TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES

Parâmetros de Dispersão
Parâmetros de Dispersão
Segundo Briggs
Segundo Briggs
DISPERSÃO

DISPERSÃO

Parâmetros de dispersão para condições de campo aberto, por Briggs Parâmetros de dispersão para condições de campo aberto, por Briggs
(para distâncias entre 100 e 10.000 m) - Média de 10 minutos. Para (para distâncias entre 100 e 10.000 m) - Média de 10 minutos. Para
áreas rurais. áreas urbanas.
05/06/2019

TRANSPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES MODELO MATEMÁTICO GAUSSIANO DE DISPERSÃO DE


POLUENTES NA ATMOSFERA

Equação emissão pontual contínua ou clássica utilizada para o


cálculo das concentrações em um ponto de coordenadas (x, y, z). Situações para calcular a concentração do poluente ao nível do solo quando z = 0
DISPERSÃO

z=0

Situações p/ calcular a concentração do poluente ao nível do solo quando z = y = 0

Aplicando algumas condições, tem-se:

z=0
y=0

CÁLCULO PARA CORREÇÃO DA VELOCIDADE DO VENTO NO TOPO DA CHAMINÉ


MODELO MATEMÁTICO GAUSSIANO DE DISPERSÃO DE
POLUENTES NA ATMOSFERA

Máxima concentração do poluente ao nível do solo: Altura efetiva


Fator de correção
(0,20 – 0,30)
H
DISPERSÃO

z  C =
0,117 Q
2 (x,0,0)max v y  z hhef p
u  Vhef  ( ) .V vent
hvent
Velocidade do
Vento na altura
dada
Encontra : xmax Velocidade do vento no Altura dada ou a
topo da chaminé
determinar

Acervo pessoal Acervo pessoal


05/06/2019

EXERCÍCIO EXERCÍCIO
Uma termoelétrica queima 200 toneladas de carvão por dia. O carvão contém
200 t/d carvão  100 t/d cinzas  4 t/d S
50% de cinzas e o restante 4,0% de S. Calcule a concentração de SO2 em
µg/m³ e ppm a 800 metros da chaminé para a situação onde o ponto de
amostragem é ao nível do solo e o deslocamento horizontal da linha central da Qs = 4 t/d x (106 g.d.h/t.24h.3600s) = 46,3 g/s
pluma é igual a zero (y = 0). A velocidade do vento a 10 m de altura é 5 m/s e a Qs = 46,3 g/s
altura geométrica e a sobre-elevação são 75 e 25 metros, respectivamente.
DISPERSÃO

DISPERSÃO
(usar a estabilidade classe C – área rural).
PROCESSO DE COMBUSTÃO: S + O2  SO2

Qs = 46,3 g/s
Qso2 = 2 x Qs = 92,6 g/s
Qso2 = 92,6 g/s

Dados:
hg = 75 m H = hg + ∆h = 100 m  H = 100 m
∆h = 25 m

EXERCÍCIO EXERCÍCIO
Dados: u = (H/h)^p x vvento = Equação emissão pontual contínua ou clássica utilizada para o cálculo das
concentrações em um ponto de coordenadas (x, y, z).
hvento = 10 m  v vento = 5 m/s u = (100/10)^0,25 x 5 =
u = 8,89 m/s
DISPERSÃO

DISPERSÃO

Dados:
x = 800 m y=z=0
y=z=0

σy = 84, 7 m
σz = 59,4 m

EXERCÍCIO
Equação emissão pontual contínua ou clássica utilizada para o cálculo das
concentrações em um ponto de coordenadas (x, y, z).
DISPERSÃO

C (800 m, 0, 0) = 160 x 10-6 g/m3


C (800 m, 0, 0) = 160 µg/m3 SO2

C [ppm = mg/L] = C [µg/m3]/40,9 X PM

C [ppm] = 160 µg/m3/40,9x64 gmol/mol


C [ppm] = 0,0611 ppm

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