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PATOLOGIA 1

INTRODUÇÃO
Primeiramente é importante entender que a patologia é o estudo da doença, procurando saber as causas –
chamada de etiologia –, os mecanismos – chamado de patogenia, as alterações estruturais (alterações morfológicas,
o que se vê no órgão alvo) e as consequências (significado clínico, o que acontece com o órgão alvo).
Início da patologia se deu a partir de necropsias, pois é onde se vê o resultado das doenças, aquilo que deu
motivo aos óbitos – portanto essa é a base da patologia.
A homeostasia é o estado fisiológico habitual.
Dano é um estresse fisiológico excessivo ou estímulos adversos, que afetam o estado fisiológico habitual, o
que pode causar lesão celular – são reversíveis ou irreversíveis.
Alvos da lesão
CÉLULAS: Membrana celular / mitocôndrias / lisossomos / citoplasma fundamental: citoesqueleto / núcleo
TECIDOS: estroma / parênquima / interstício / circulação e inervação
ORGÃOS: danos intersticiais, transtornos circulatórios, distúrbios de inervação.
Alt. Múltiplas e interdependentes: INFLAMAÇÃO.

Lesões não letais são reversíveis e abrangem: degenerações, alterações de crescimento e diferenciação
pigmentação patológica. Na microscopia óptica são identificadas por apresentar tumefação celular e degeneração
gordurosa.
Lesão letal é dividida em necrose e apoptose, que são irreversíveis.

Causas da lesão celular


 Privação de O2: pode ser causada por uma isquemia (anóxia ou uma hipóxia) que pode causar
depleção de ATP – visto que aquela molécula é o receptor de elétrons da respiração celular. No caso
de ausência de ATP, a bomba de sódio-potássio não é funcional, e então o sódio passa a entrar por
canais independentes de ATP e isso faz com que o cloreto também entre. O cloreto combina-se com o
sódio e forma cloreto de sódio, que é osmoticamente ativo, a água entra na célula que fica em estado
de tumefação celular;
 Agentes químicos, físicos e biológicos: algumas substâncias tóxicas;
 Agentes infecciosos;
 Reações imunológicas: doenças autoimunes ou uma resposta imunológica que seja excessiva ou mal
direcionada;
 Defeitos genéticos: herdados ou congênitos que podem afetar na produção de enzimas que podem
causar erros inatos no metabolismo;
 Distúrbios químicos;
 Desequilíbrios nutricionais: deficiências proteico-calóricas e vitamínicas.
Adaptação
A adaptação
ocorre quando um
estresse ou lesão induz
novo estado que altera a célula, porém não altera viabilidade.
Mecanismos de adaptação do organismo a uma lesão: hiperplasia, hipertrofia, atrofia, hipotrofia e
metaplasia.
Hiperplasia: aumento do
número de células em um órgão ou
tecido.
Hipertrofia: aumento do
número das células sem aumento do
número de células. A hipertrofia
ventricular pode ser causada por vários
motivos, como a hipertensão e a
estenose de aorta, já que aumenta a
resistência para bombear o sangue, e
por isso o músculo tende a “crescer”.

Imagem demonstra um rim


atrófico e o outro rim
hipertrófico, porque para
suportar a carga normal, às
vezes, aumenta de tamanho.

Hiperplasia gengival secundária a prótese


Metaplasia é a substituição de um tipo celular diferenciado por outro tipo
celular da mesma linhagem. Isso não necessariamente fator de risco para
neoplasia. Mais comum no trato respiratório e no colo uterino.
O tecido não suporta tanto um agente irritativo crônico e para defender sua
superfície ela estabelece outro suporte.
Fumantes transformam o tecido colunar da traqueia e brônquios de colunar
para escamosa.
Quando há algum problema irritativo no colo uterino – como uma cervicite
HIPERPLASIA x HIPERTROFIA ou HPV – pode alterar o epitélio glandular com quadro inflamatório que se
transforma em epitélio pavimentoso.
Esôfago de Barret: transformação do epitélio folicular gástrico (escamoso) para epitélio colunar (semelhante
ao do intestino). Caso a cardia mude de lugar por hérnia de hiato, pode causar um refluxo e gerar esse quadro.
Atrofia é uma redução do tamanho de um órgão ou tecido que resulta da diminuição do tamanho do
número de células. Pode ser causada por caquexia.
O conceito de hipotrofia quase não é mais usado. Usa-se o conceito de
atrofia e a define como leve, moderada ou grave.
Exemplos de doenças de distúrbio nutricional: marasmo (deficiência
calórica) e Kwarshiokor (deficiência proteica, ocorre em famílias muito
pobres. Quando um filho nasce a mãe só dá leite, ai caso nasça um segundo
filho, há o desmame do primeiro, que acaba perdendo todo o suporte proteico
que tinha – passa a se alimentar só de carboidrato que é mais barato.).
A diferença entre necrose apoptose é que a primeira é sempre
patológica e a segunda é uma necrose programada que pode ser patológica,
mas é geralmente fisiológica – pode causar uma resposta inflamatória.

Mecanismos de lesão celular


1- diminuição da ATP 4- aumento de radicais livres
2- dano mitocondrial 5- defeitos de permeabilidade de membrana.
3- Influxo intracelular de cálcio
Uma lesão celular reversível pode se tornar irreversível por incapacidade de reverter disfunção
mitocondrial ou por alterações profundas da membrana celular.

Marcadores de agressão
Músculo cardíaco tem uma enzima
chamada troponina. Quando se tem qualquer evento
isquêmico no coração, inicialmente se tem uma
diminuição do suprimento de O2 por oclusão de vaso.
Fora o exame que verifica a perfusão de vaso, não há
nenhum recurso de análise morfológica que garanta
que tenha um miocárdio necrótico.
Então, o que deve ser feito? Dosagem de
enzimas para avaliar se o coração está em
sofrimento isquêmico.
Que enzimas são essas? Hoje se usa a troponina, porque é mais específica. Além disso, a concentração
aumenta antes (em tempo isquêmico menor ela já aumenta) e dura por mais tempo.
Marcadores de agressão nos hepatócitos são ALT, AST, TGO e TGP – que são transaminases.
Do ducto biliar é a fosfatase alcalina.
O que é eosinofílico? Estrutura que tem afinidade por corante ácido.
O que é basofílico? Estrutura que tem afinidade por corante básico.

Morfologia de uma célula que apresente:


Lesão celular reversível: apresentam edema e esteatose (acúmulo de gordura)
Lesão celular irreversível: podem acarretar uma necrose (eosinofilia citoplasmática, aspecto vítreo,
vacuolização citoplasmática e fragmentação nuclear).

Necrose
Necrose (do grego νεκρός, "morto", νέκρωσις, "morte, processo que leva à morte"") é o estado de morte de
um tecido ou parte dele em um organismo vivo. A necrose é uma morte de um grupo de células, ocorrendo a perda
da permeabilidade, possui resposta inflamatória, células ficam tumeficadas. A necrose é sempre um processo
patológico e desordenado de morte celular (diferente da apoptose) causado por fatores que levam à lesão celular
irreversível e conseqüente morte celular. Alguns exemplos destes fatores são hipóxia/isquemia, agentes químicos
tóxicos ou agentes biológicos que causem dano direto ou desencadeiem resposta imunológica danosa,
como fungos, bactérias e vírus. A necrose pode ser diferenciada em vários tipos, e cada um está associado a
determinado tipo de agente lesivo e determinadas características teciduais.
Resumo do geral que tem no livro: O aspecto da necrose resulta da desnaturação de proteínas intracelulares
e da digestão enzimática das células lesadas letalmente. Há aumento da eosinofilia.
Tipos de necrose
Necrose de coagulação: tipo mais comum; desnaturação
proteica, com preservação do conteúdo celular; tecidos sofrem
heterólise (digestão por leucócitos) ou autólise (rompe a
membrana celular e a própria célula se digere – digestão por
enzimas próprias). Pode ser chamada de necrose isquêmica
também (células morrem pela incapacidade de produzir ATP).
Aspectos macroscópicos: alteração da cor, firme e aumento de volume
(por aumento do turgor).
A imagem acima mostra uma lesão em cunha, comum em
órgão hilar, em que a suprimentação é ocluída em um ponto e depois
dele há isquemia, como representa o esquema ao lado. Se ocluir no
início do hilo, tudo necrosa, mas isso geralmente não acontece.
Necrose liquefativa: sofre mais heterólise/autólise que desnaturação por
infecções bacterianas. Pode ocorrer em qualquer tecido, incluindo o
nervoso. Forma pus.
Necrose caseosa: comum em infecções tuberculosas. Tecido
necrosado tem aspecto de queijo/case (esbranquiçado e quebradiço). Ao
redor do centro necrótico, apresenta uma reação inflamatória crônica (que pode
ter aspecto de granuloma).
Necrose gordurosa: Ocorre por extravasamento de lipases
pancreáticas, normalmente devido a lesões do órgão. Essas enzimas passam a
digerir o tecido adiposo e ocorre ruptura dos adipócitos, com
extravasamento de triglicerol e ocorre calcificação. Macroscópico: áreas
brancas visíveis e aspecto saponificado. Na histologia notamos
calcificações e contornos celulares vagos.
Sudan Black é um corante que cora os adipócitos, diferentemente de HE
que fica um espaço “vazio” à microscopia.

APOPTOSE
É uma morte celular programada. Células mortas são eliminadas rapidamente para não desencadear reação
inflamatória.
Causas fisiológicas
1) Destruição programada durante embriogênese
2) Involução de tecidos dependente de hormônios – podem ser causados por menopausa, andropausa ou
diminuição da atividade adrenérgica.
3) Eliminação celular em populações celulares em proliferação, principalmente em células epiteliais (TGI
inteiro).
4) Morte de células que já cumpriram seu propósito, principalmente sistema hematológico.
5) Eliminação de linfócitos auto-reativos potencialmente danosos – se não houver apoptose dessas células pode
ter uma reação auto-imune.
Causas patológicas
1) Morte por estímulos nocivos
2) Morte em doenças viróticas que pode induzir apoptose de alguma célula, o que causa danos.
3) Morte celular nos tumores. Precisa-se entender que neoplasia não tem necessariamente relação com aumento
da proliferação celular. Pode-se ter neoplasia que suprime a apoptose. Suponha-se um tecido com meia vida
de dois dias que por um processo de alteração celular qualquer, tem sua meia vida aumentada para 800 dias,
isso já te gera uma neoplasia, pois haverá acumulo de células. Esse tipo de neoplasia por supressão de
apoptose vai ter uma evolução lenta, o que, infelizmente, causa uma resposta terapêutica inefetiva.
4) Morte por obstrução.
Características morfológicas:
1) Encolhimento celular.
2) Condensação da cromatina nuclear.
3) Formação de bolhas citoplasmáticas.
4) Fragmentação em corpos apoptóticos.
5) Fagocitose.
*Não há uma resposta inflamatória evidente

Renovação e reparação tecidual


O corpo humano quase nunca tem a capacidade de regenerar uma lesão grave que ocorreu. Portanto, a
resposta mais habitual é uma fibrose, que repõe o local do tecido lesionado por matriz extracelular.
1) Cicatrização: quando os tecidos são incapazes de
promover a regeneração, a arquitetura do tecido é
interrompida ou após lesões extensas. Essa fibrose ocorre
por uma solução de continuidade. Além disso, lesões
extensas, geralmente ocorrem na pele, a estrutura
principal “contra” um agente infeccioso.
Sequência de cicatrização:
a) Indução de resposta inflamatória após a lesão.
b) Proliferação e migração de células
parenquimatosas e conjuntivas.
c) Formação de novos vasos e tecido de granulação.
d) Síntese de proteínas da MEC.
e) Remodelação tecidual.
f) Contração da ferida e aquisição de resistência.
Tipos
 Primeira intenção: ferida com margens em
contato, não tem uma solução de continuidade muito
grande. Aspecto é sempre bem melhor.
 Segunda intenção: ferida com margens
separadas, sempre há retração de ferida e o aspecto
é bem pior.
2) Regeneração: crescimento de células e tecidos para substituir estruturas perdidas. Isso necessita que a
arquitetura do tecido esteja intacta – o que em lesões extensas quase nunca ocorre.

Qual é a definição de órgão? Conjunto de, pelo menos, dois tecidos de origem diferente com função.

Atividade proliferativa celular (ciclo celular):


G0: quiescente. Célula não proliferou
G1: pré-sintética. Se entrar nessa fase, faz o processo de mitose e não há nada que reverta isso.
S: síntese de DNA.
G2: pré-mitótica.
M: mitótica.
Qual o mecanismo que o patologista tem para saber que determinada célula está em mitose? Tem o mecanismo
morfológico que é através da alteração nuclear – vista ao microscópio – ou a marcação com uma substância que
indica que aquilo não está na fase G0, ou seja, está em processo de mitose.

1) Tecidos de divisão contínua: células se proliferam em toda a vida. Ex.: epitélio e sistema hematopoiético.
2) Tecidos quiescentes (estáveis): nível baixo de replicação, todavia podem se dividir rapidamente. Ex.: fígado,
rim e músculo liso.
3) Tecidos não divisores (permanentes): não podem se submeter a divisão mitótica. Ex.: neurônios e músculo
cardíaco e estriado.
Imunocitoquimica é uma reação antígeno-anticorpo e para ver se houve a reação se faz um linking com
um cromógeno; se a reação ocorreu o cromógeno – pode ser de várias cores – vai “pegar”.
Antes se acreditava que qualquer tecido do corpo humano possuía alguma proteína que só ele produzia,
que o identificava. Hoje é sabido que essa proteína, porque quase nada é produzido em um só tecido. O
que se tem é que um conjunto de proteínas e marcadores que induzem a afirmar aquilo provavelmente é
de um órgão ou outro.
* PSA (antígeno prostático específico) não é produzido apenas pela próstata, outros órgãos como as
glândulas salivares também o faz. Mas num contexto definido, acredita-se que aquilo é mais da
próstata. Ex.: Um paciente de 70 anos tem um tumor ósseo metastático e é feito um estudo para
descobrir de que órgão/tecido ele teve origem.

Sinalização de crescimento celular


1) Autócrina: resposta celular a sinalização que elas mesmas secretam.
2) Parácrina: a célula produz substâncias que afetam células-alvo que estão em íntima proximidade.
3) Endócrina (síntese de hormônios que circulam no sangue e agem em alvos distantes).

Matriz extra-celular:
É o principio da fibrose/cicatrização. Influenciam a o crescimento e a função celular.
Síndrome de Marfan: doença relacionada a produção da MEC. Principal consequência é problema
cardiovascular, por ter estrutura colagênica muito fraca, tem-se rompimentos vasculares importantes que podem
gerar óbito no paciente.
Fatores que influenciam na cicatrização
Fatores locais: tamanho, localização, tipo de ferida. Processo infeccioso, fatores mecânicos, corpos estranhos.
Fatores sistêmicos: nutrição, condição metabólica, condição circulatória (feridas em locais hipóxicos tem respostas
bem piores. Ex.: pé diabético e estase venosa) e hormônios.

Complicações da cicatrização
1) Formação deficiente: deiscências (estado de infecção de ferida) e ulceração da ferida.
2) Reparação excessiva: granulomas exuberantes (resposta inflamatória exuberante), cicatriz hipertrófica,
queloide e formação de contraturas. A cicatriz hipertrófica e o queloide possuem relação com produção
excessiva de colágeno. A diferença é que o queloide tem banda colagênica espessada e a cicatriz hipertrófica
nem tanto.

Distúrbios hemodinâmicos
1) Edema: líquido aumentado em espaços intersticiais ou em cavidades corporais. Pode ser localizado ou
sistêmico (anasarca = edema generalizado). Podem ser divididos em não inflamatórios (transudatos, pobres
em proteínas) e inflamatórios (exsudatos, conteúdo proteico exuberante). Pode ocorrer por aumento da
pressão hidrostática do capilar, diminuição da pressão coloidosmótica do capilar, aumento da pressão
coloidosmótica do interstício, diminuição da pressão hidrostática do interstício ou alteração da
permeabilidade do vaso.
a. Aumento da pressão hidrostática vascular: insuficiência cardíaca
congestiva (bomba não funciona bem e irrigação é deficiente), pericardite
constritiva (pericárdio que não permite uma dilatação ou contração
adequada do coração), cirrose e obstrução/compressão venosa.
b. Pressão osmótica (coloidosmótica) plasmática reduzida (no edema e na
ascite não faz sentido pra mim): glomerulopatias perdedoras de proteínas,
cirrose, desnutrição e gastroenteropatias perdedoras de proteínas.
c. Obstrução linfática: geralmente é por tumor. Mas pode ser por inflamação, pós-cirúrgico e pós-
irradiação (retirada do sistema de linfonodos na retirada de um tumor, por exemplo ao retirar tumor
de mama retiram-se também os linfonodos axilares) – morbidade = edema de membro superior.
d. Retenção sódica.
e. Inflamação.

2) Ascite: aumento de líquido na cavidade peritoneal. Têm


muitas causas, a principal é hepatopatia, hipertensão
portal. Por quê? Ou por obstrução de vaso antes do
fígado (pré-hepática), no fígado ou depois do fígado
(pós-hepática). Esse aumento de pressão leva aumento da
pressão vascular anterior ao fígado – circulação
esplâncnica –, que levam a saída de líquido para a
cavidade peritoneal. Tratamento de ascite: trata-se a
causa (paliativo).
3) Cirrose hepática: alteração estrutural do fígado que envolve fibrose e formação de nódulos. As etiologias
mais comuns são o alcoolismo e a hepatite viral. Se há uma alteração morfológica no fígado que o torna
enrijecido (fibrótico) aumento a pressão/ resistência à circulação que causa hipertensão portal, com aumento
da circulação esplâncnica que causa ascite.
4) Hidrotórax: aumento de líquido no tórax. Uma das causas é a cirrose.
5) Hidrocefalia: acúmulo de líquor nos ventrículos cerebrais que pode ser comunicante (quando ela se
comunica com os outros espaços, há acumulo de líquido por desequilíbrio entre a velocidade de produção do
LCR e a capacidade de absorção) ou não comunicante (obstrutiva: quando se tem uma causa de obstrução, o
que leva a acúmulo de líquido). As hidrocefalias podem ocorrer na vida intra-uterina (hidrocefalias
congênitas) ou podem ser adquiridas ao longo da infância ou fase adulta por uma diversidade de causas.
a. As principais causas de hidrocefalia comunicante são: quadro infeccioso e traumatismo.
b. E as principais causas de hidrocefalia obstrutiva são: congênitas (malformações cerebrais) e tumores
(se há hidrocefalia em adulto, essa é a primeira coisa que se deve
pensar).
6) Hiperemia: processo ativo com fluxo de sangue aumentado. Tecido com
coloração vermelhada. Imagem da gengiva.
7) Congestão: processo passivo devido à efluxo sanguíneo reduzido
(processo obstrutrivo). Tecido com coloração azulada (cianótico –
redução de oxigênio). Principal causa: cirrose hepática. Imagem do baço
cianótico e aumentado.
8) Hemorragia: extravasamento de sangue devido a ruptura de vaso. Pode ser
externa ou confinada a um tecido (hematoma).
a. Divididas segundo o tamanho: petéquias, púrpuras e equimoses (não cai).
b. Um hematoma tem cor diferente, pois a hemácia é degradada por macrófagos, se transformando em
bilirrubina que dá a cor azul-esverdeada.
9) Trombose: Ativação inapropriada da coagulação sanguínea na vasculatura lesionada ou na oclusão
trombótica de um vaso após lesão. Para saber se tem trombose deve-se ter pelo menos um desses fatores (ou
os três): lesão endotelial, alteração do fluxo sanguíneo normal (estase) ou hipercoagulabilidade (pode ser
causada por alguma malignidade – tumor –, terapia estrogênica – anticoncepcional e reposição hormonal –,
traumas – e qualquer alteração no sistema circulatório) esses três sinais/sintomas são denominados de
Tríade de Virchow. MUITO IMPORTANTE SABER!!!
a. Trombo pode ser originado de hemorroida (ocorre principalmente por estase ou mal hábito)
b. O corpo mesmo organiza e recanaliza o trombo
c. Se o trombo for mais extenso, tem-se uma propagação dele no local dele mesmo. Ou dissolve ou
emboliza (saída do local do trombo para um órgão distante).
10) Embolia: massa intravascular sólida, líquida ou gasosa carregada pelo sangue para um local distante do seu
ponto de origem. 99% dos êmbolos provêm de trombos (mas pode ser aminiótica – gravidez –, de gordura –
é bem frequente e bem grave, podendo causar óbito; principalmente ocorre em fraturas de ossos, pois pode
evoluir pra TEP – e até gasosa.).
a. Tipos de tromboembolismo: tromboembolismo pulmonar (TEP), tromboembolismo sistêmico.
b. Principal causa de TEP = TVP (trombose venosa profunda) em pós cirúrgico em mmii.
11) Infarto: necrose isquêmica tecidual causada pela oclusão de suprimento vascular de um tecido (em geral
arterial).
a. Pode ser vermelho (hemorrágico) – oclusões venosas, seguidas de hemorragia; tecidos frouxos (que
após uma isquemia se rompem); tecidos com circulação dupla – ou branco (anêmico) – ocorre em
órgão sólido em que se tem um suprimento só e não se tem hemorragia pós-infarto.
b. Pode ser séptico e asséptico
12) Choque: hipoperfusão sistêmica causada pela redução do débito cardíaco ou no volume sanguíneo circulante
efetivo. Na realidade não precisa ter diminuição do débito cardíaco, mas, sim uma diminuição da perfusão.
a. Resultados: hipotensão, perfusão tecidual deficiente e hipóxia.
b. Causas de choque:
i. Cardiogênico: quando se tem problema na bomba, ela é inefetiva. Principais causas: infarto
do miocárdio, parada cardíaca, arritmias, fibrilação atrial e falência ventricular esquerda.
ii. Distributiva: bomba funciona normal, há problema de distribuição de sangue nos tecidos. Isso
acontece principalmente por sepse.
iii. Hipovolêmico: não tem volume sanguíneo adequado para carreação do oxigênio.
Principalmente por desidratação e hemorragia. Nesse caso, de momento são se deve fazer
transfusão de sangue, até porque o hemograma vai dar normal. Tem que se dar volume,
coloca-se soro no paciente.
iv. Obstrutivo: tem uma obstrução ao fluxo. Ex.: embolia pulmonar.

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