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SUMÁRIO
Exercícios ........................................................................................................................................................... 2
Gabarito ....................................................................................................................................................... 61

MUDE SUA VIDA!


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EXERCÍCIOS
1. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 - PC-SP - Papiloscopista
Policial Assunto: Direito Processual Penal; Inquérito Policial, Inquérito Policial - Noções
Gerais, Inquérito Policial - Características, Desenvolvimento: diligências e providências.

A respeito do inquérito policial, procedimento disciplinado pelo Código de Processo


Penal, é correto afirmar que

a) os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova,


acompanharão os autos do inquérito.
b) ao término do inquérito, a autoridade policial fará minucioso relatório do que tiver sido
apurado e enviará os autos ao membro do ministério público, não podendo o juiz
competente tomar conhecimento dos fatos apurados antes, sob pena de nulidade.
c) nos crimes de ação privada, a autoridade policial poderá determinar a instauração de
inquérito, ainda que não haja requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
d) o inquérito, nos crimes em que a ação pública é condicionada, poderá ser iniciado sem
representação, desde que mediante despacho fundamentado da autoridade policial
competente.
e) o inquérito não acompanhará a denúncia ou queixa, ainda que sirva de base a uma ou
outra.

GABARITO: letra A

a) (CERTA) Essa alternativa é exatamente a literalidade da lei CPP, Art. 11.


“Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova,
acompanharão os autos do inquérito”.

b) (ERRADO) o inquérito policial após sua conclusão e devidamente relatado


pela autoridade policial, será remetido ao juízo competente momento que o juiz terá
conhecimento do ocorrido, logo em seguida, o Ministério Público toma ciência do
inquérito, conforme destaca o CPP, Art. 10, § 1° “A autoridade fará minucioso
relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente”. Ressalta-se
que, com o advento da lei n° 13.964/2019 que criou o “juiz da garantia”, em seu
artigo 3°-C, § 3° do CPP, o qual estabelece que os autos que compõem a matéria
deste juiz ficará acautelado na secretaria do respectivo juízo, à disposição do
Ministério Público e a Defesa, portanto não será apensado e enviado ao juiz de
instrução e julgamento, com ressalvas de provas irrepetíveis ou para antecipação de
provas.

c) (ERRADO) neste caso não poderá autoridade policial iniciar o inquérito


policial sem a representação da pessoa ofendida ou seu representante legal,
conforme dispõe o CPP, Art. 5°, § 5o “Nos crimes de ação privada, a autoridade
policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha
qualidade para intentá-la”. Além disso, na hipótese da autoridade policial indeferir a
instauração do inquérito, poderá o ofendido apresentar recurso administrativo ao
chefe de polícia CPP, Art. 5°, § 2° “Do despacho que indeferir o requerimento de
abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia”.

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d) (ERRADO) essa alternativa sua base é a mesma explicação anterior, sendo


assim, nos crimes de ação penal pública condicionada a representação só poderá ser
instaurado o inquérito policial quando houver a representação da vítima conforme
citado no CPP, Art. 5°, 4° “O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender
de representação, não poderá sem ela ser iniciado”.

e) (ERRADO) o inquérito acompanhará a denúncia ou queixa, quando este


estiver configurado justa causa para ação penal, podendo ser dispensável quando
houver outros elementos para sua instrução, como exemplo nos casos de sindicância,
de inquérito militar, investigação do Ministério Público, entre outros, na forma do
CPP, Art. 12. “O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que
servir de base a uma ou outra”.
(Fonte: livro Processo Penal coleção sinopses para concursos, vol. 7,
Moreira Alves, ed. Juspodivm, 2020.)

2. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 - PC-SP - Investigador
de Polícia Assunto: Direito Processual Penal; Inquérito Policial, Inquérito Policial –
Características.

De acordo com o art. 5°, § 5° do CPP, nos crimes de ação privada, a autoridade policial
somente poderá proceder a inquérito

a) mediante requisição judicial.


b) após lavratura do respectivo Boletim de Ocorrência.
c) a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
d) mediante requisição judicial ou de órgão ministerial.
e) mediante requisição de órgão ministerial.

GABARITO: letra C

a) (ERRADO) conforme o princípio da obrigatoriedade a titularidade da ação


penal pública fica a cargo do Ministério Público quando for de crimes que são de ação
pública incondicionada, o qual tem o dever de oferecer denúncia se houver justa
causa para seu oferecimento (art. 129, I, CF e art. 257, I, CPP), além disso, poderá
também ser requisitado pela autoridade judicial conforme Art. 5°, II do CPP –
“mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a
requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo”, sendo de
caráter excepcional pelo ofendido em determinados casos (art. 5°, LIX, CF).

b) (ERRADO) a lavratura do Boletim de Ocorrência não é requisito excepcional


para representação de ação penal privada pelo ofendido, já que consiste em um
procedimento administrativo que reúnem todos elementos para oferecimento da
denúncia, que constam a qualificação das partes, depoimentos de testemunhas, a
descrição dos fatos ocorridos, entre outros elementos que se façam necessários.
Portanto, não será realizado após a lavratura do inquérito, pois como já abordado
trata-se de um procedimento do inquérito policial.

c) (CERTA) O inquérito policial quando for de ação penal privada só poderá ser
instaurada com a representação do ofendido, não podendo a autoridade policial fazê-
la sem essa condição, conforme consta Art. 5°, § 5o “Nos crimes de ação privada, a

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autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem


tenha qualidade para intentá-la”. Além disso, na hipótese da autoridade policial
indeferir a instauração do inquérito, o ofendido poderá apresentar recurso
administrativo ao chefe de polícia como se extraí no CPP, Art. 5°, § 2° “Do despacho
que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe
de Polícia”.

d) (ERRADO) Quando instauração de inquérito policial for mediante requisição


judicial ou do órgão ministerial será de ação penal pública incondicionada, conforme
já especificado na alternativa “a”.

e) (ERRADO) conforme o princípio da obrigatoriedade a titularidade da ação


penal pública é do Ministério Público quando o crime for de ação penal pública
incondicionada, o qual tem o dever de oferecer denúncia havendo justa causa para
seu oferecimento (art. 129, I, CF e art. 257, I, CPP)

3. Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: MPE-SP Prova: VUNESP - 2015 – MPE-SP – Analista
de Promotoria Assunto: Direito Processual Penal; Da Competência, Competência
territorial.

. Para delimitação de competência, entende-se por foro supletivo ou foro subsidiário,


previsto no artigo 72, caput, do Código de Processo Penal,
a) o do juízo prevento, na infração continuada ou permanente, praticada em território de
duas ou mais jurisdições. A busca poderá ser determinada de ofício ou a requerimento
de qualquer das partes.
b) o do lugar da infração à qual cominada pena mais grave.
c) o de domicílio ou residência do réu, porque desconhecido o lugar da infração penal.
d) o da residência da vítima, porque desconhecidos o paradeiro do réu, o local da
consumação do delito e, na tentativa, o lugar em que praticado o último ato de execução.
e) o do juízo da distribuição, porque desconhecidos o paradeiro do réu, o local da
consumação do delito e, na tentativa, o lugar em que praticado o último ato de execução.

GABARITO: letra C

A competência supletiva ou subsidiária é denominada por não ser utilizada


primeiramente o critério do lugar da infração “ratione loci” e prevalecer
subsidiariamente o critério do domicílio do réu. Assim, quando o réu não é localizado
ou conhecido seu endereço, o foro será definido pelo último domicílio ou residência
deste, além disso, havendo mais de uma residência ou domicílio a competência será
firmada por prevenção (art. 72, § 1°, do CPP). Mais além, caso o réu não tiver
residência certa ou for ignorado seu paradeiro a competência será do juiz que
primeiro tomar conhecimento do fato (art. 72, § 1°, do CPP).

CPP, Art. 72. “Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-
se-á pelo domicílio ou residência do réu.

§ 1° Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á pela


prevenção.

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§ 2° Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será
competente o juiz que primeiro tomar conhecimento do fato”.

4. Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2020 - PM-SP - Cabo da
Polícia Militar Assunto: Direito Processual Penal; Da Prisão e da Liberdade Provisória,
Da Prisão em Flagrante.

Em relação à prisão em flagrante, assinale a alternativa correta.

a) Considera-se em flagrante delito quem é detido após a prática criminosa, ainda que não
esteja na posse de objetos que o relacionem à prática delitiva, mas é foragido da Justiça.
b) Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, a autoridade mandará
recolhê-lo à prisão, cabendo a análise do cabimento da fiança sempre ao juiz de direito.
c) Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o auto de prisão
em flagrante será assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sua leitura na
presença deste.
d) A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante; mas,
nesse caso, com o condutor, deverá assiná-lo pelo menos uma pessoa que haja
testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

GABARITO: letra C

a) (ERRADO) essa alternativa trata-se do flagrante presumido, porém, o erro


está em afirmar que “não esteja na posse de objetos que relacionem à pratica
delitiva, mas é foragido da justiça”, pois para se configurar o flagrante presumido o
agente deve estar portando instrumentos ou objetos que façam presumir ser o autor
do crime. Ainda, ao citar, “mas é foragido da justiça” deve-se ter muita atenção, já
que somente o fato do agente está foragido não significa ser uma prisão em flagrante,
mas sim que este responde por outro processo e tem um mandado de prisão em seu
desfavor. Contudo, se o Réu é pego cometendo outro delito estará configurado o a
prisão em flagrante.

CPP, Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:

[...] IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou


papéis que façam presumir ser ele autor da infração.

b) (ERRADO) Não cabe “sempre” ao juiz analisar o arbitramento da fiança,


podendo a autoridade policial nos casos do delito cuja a pena privativa de liberdade
não seja superior a 4 anos, nos moldes do art. 322 do CPP “Art. 322. A autoridade
policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de
liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos”.

Todavia, nos demais casos a fiança será requerida ao juiz, que decidirá no prazo
de 48 horas sobre deferimento ou não, conforme o art. 32, § único do CPP “Parágrafo
único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48
(quarenta e oito) horas”. Sendo assim, a concessão de fiança pela autoridade policial
só deve incidir na fase pré-processual no inquérito, pois nos demais casos somente
o juiz deve aplicar.

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c) (CERTA) alternativa está em consonância ao “Art. 304 - CPP [...] §° 3


Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o auto de
prisão em flagrante será assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sua
leitura na presença deste”.

d) (ERRADO) No caso de não ter testemunhas na infração penal, não impedirá


que se realize a prisão em flagrante, apenas sendo exigido que nos autos inquérito
seja assinado por duas pessoas que acompanharam a apresentação do agente preso
à autoridade policial, como afirma o Art. 304 § 2° do CPP, “A falta de testemunhas
da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o
condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhado a
apresentação do preso à autoridade”.

5. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-BA Prova: VUNESP - 2018 - PC-BA - Investigador
de Polícia Assunto: Direito Processual Penal; Inquérito Policial, Desenvolvimento:
diligências e providências.

A obtenção de dados e informações cadastrais de vítimas ou de suspeitos junto a órgãos do


poder público ou empresas da iniciativa privada, durante a investigação de crime de tráfico
de pessoas, poderá ser requisitada

a) pela Autoridade Judiciária, mediante representação do Ministério Público.


b) pela Autoridade Judiciária, mediante representação do Delegado de Polícia.
c) diretamente pelo Delegado de Polícia ou pelo Promotor de Justiça.
d) apenas pela Autoridade Judiciária, de ofício.
somente pelo Delegado de Polícia ou pelo Juiz de Direito.

GABARITO: letra D

Esta questão é muito importante para aqueles que pretendem prestar concurso
de carreiras policiais, principalmente no que se restringe ao cargo de Delegado e de
Promotor de Justiça.

Por conseguinte, com a alteração do Código Processual Penal introduzida pela


lei 13.344/2016 (Lei de Tráfico de Pessoas), conferiu maior amplitude e
favorecimento a investigação criminal, dando maior relevância ao poder requisitório
da autoridade policial, bem como, do Ministério Público.

Assim, tanto o Delegado de Polícia como o Ministério Público têm autoridade de


requisitar dados e informações da vítima ou do suspeito de quaisquer órgãos do poder
público ou de empresa privada, como destaca o Art. 13-A do CPP. Além disso, a
requisição no âmbito da persecução penal já se amparava pelas leis n° 12.850/13 e
a lei n° 9.613/98, porém essa inovação trouxe maior amplitude aos órgãos de
investigação, favorecendo a celeridade do procedimento investigatório.

Destarte, essa requisição direita perante os órgãos públicos ou empresas


privadas devem ser atendidas pelo prazo de 24 horas nos moldes do Art. 13-A, §
único do CPP.

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6. Ano: 2017 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Cotia - SP Prova: VUNESP - 2017 - Câmara
de Cotia - SP - Procurador Legislativo Assunto: Direito Processual Penal; Inquérito
Policial, Inquérito Policial - Noções Gerais.

A respeito do Inquérito Policial, assinale a alternativa correta.

a) Nas ações penais públicas, condicionadas à representação, os inquéritos policiais podem


ser iniciados por provocação das vítimas ou, de ofício, pela Autoridade Policial.
b) O Delegado, encerrada as investigações, convencido da inexistência de crime, poderá
determinar o arquivamento do inquérito policial.
c) Nos inquéritos policiais que apuram crime de tráfico de pessoas, a Autoridade Policial
poderá requisitar diretamente às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações,
informações sobre posicionamento de estações de cobertura, a fim de permitir a
localização da vítima ou do suspeito do delito em curso.
d) Nas comarcas em que houver mais de uma circunscrição policial, diligências em
circunscrição diversa da que tramita o inquérito policial dependerá de expedição de
carta precatória.
e) As diligências requeridas pelo ofendido, no curso do inquérito policial, serão ou não
realizadas a juízo da Autoridade Policial.

GABARITO: letra E

a) (ERRADO) Nas ações penais condicionadas à representação só poderão ser


iniciados por quem tenha a qualidade para fazê-lo, condição imprescindível para o
exercício de uma das modalidades “delatio criminis” postulatório, sendo assim,
instaurado do inquérito policial depende da representação do ofendido, não cabendo
a autoridade policial instaurar de ofício. Portanto, trata-se de condição objetiva de
procedibilidade.

b) (ERRADO) Muita atenção nessa alternativa, costuma ser recorrente em


provas, o inquérito policial jamais será arquivado pela autoridade policial conforme
determina o CPP, Art. 17. “A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos
de inquérito”. Logo, quem tem a competência para promover o arquivamento dos
autos de inquérito é do Ministério Público.

Importante mencionar, que com a alteração legislativa advinda pela lei


13.964/2019 modificou o instituto do arquivamento do inquérito pelo órgão do
ministério público Art. 28 do CPP. Nas palavras do autor Leonardo Alves “o
arquivamento continua sendo promovido pelo Ministério Público, se preenchidos os
mesmos requisitos anteriormente expostos, (esgotamento de diligências
investigatórias e inexistência de indícios suficientes de autoria e/ou prova da
materialidade), mas ele deixou de ser dirigido a um juiz para fins de homologação,
ficando no âmbito interno da própria instituição”.

c) (ERRADO) O erro dessa alternativa está em afirmar que a autoridade policial


poderá requisitar “diretamente” informações às empresas de telecomunicação, por
ser crime de tráfico de drogas a lei não permite que seja requisitado de forma direta,
necessitando de autorização judicial conforme preconiza o Art. 13-B, do CPP:

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“Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de


pessoas, o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderão requisitar,
mediante autorização judicial, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações
e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como
sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do
delito em curso”.

d) (ERRADO) Havendo mais de circunscrição policial, a autoridade com


exercício em uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar
diligências em circunscrição de outra “independentemente de precatórios ou
requisições”, conforme explicita o Art. 22 do CPP:

“No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscrição
policial, a autoridade com exercício em uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja
procedendo, ordenar diligências em circunscrição de outra, independentemente de
precatórias ou requisições, e bem assim providenciará, até que compareça a autoridade
competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua presença, noutra circunscrição”.

e) (CERTA) Alternativa está conforme o Art. 14 do CPP. “O ofendido, ou seu


representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será
realizada, ou não, a juízo da autoridade”.

7. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de São José dos Campos Procurador Tema:
Prisão em flagrante

Nos exatos termos do art. 302 do CPP, considera-se em flagrante delito quem

a) cometeu a infração penal nas últimas 24h.


b) é imediatamente reconhecido como autor do crime pela vítima.
c) é avistado em conduta que gera fundada suspeita, logo após o crime.
d) é encontrado com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele
autor da infração.
e) é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em
situação que faça presumir ser autor da infração.

Comentário da questão: A assertiva incorreta é a letra E.

O tema “prisão em flagrante” se encontra delimitado no Capítulo II do Código


de Processo Penal. Para fins de identificação das situações que se amoldam ao estado
flagrancial, utiliza-se, em princípio, o art. 302 do CPP:

Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:

I - está cometendo a infração penal;

II - acaba de cometê-la;

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III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;

IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis


que façam presumir ser ele autor da infração.

O flagrante próprio, perfeito, real ou verdadeiro se amolda às hipóteses dos


incisos I e II do art. 302 do CPP. Demanda absoluta imediatidade, sem intervalo de
tempo.

Por sua vez, o inciso III representa a hipótese de flagrante impróprio,


imperfeito, irreal ou quase-flagrante. Exige a perseguição, que ocorra após o
cometimento da infração penal e em situação que faça presumir a autoria delitiva.

Por fim, o inciso IV retrata a hipótese de flagrante presumido, ficto ou


assimilado. No caso, o agente é preso logo depois de cometer a infração, com
instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor da
infração (art. 302, IV do CPP).

A) INCORRETA. Não existe no rol do art. 302 do Código de Processo Penal a


hipótese de prisão em flagrante baseada no cometimento da infração penal nas
últimas 24 horas. É plenamente possível que um crime tenha ocorrido há, por
exemplo, 10 horas, e o agente não esteja mais em situação flagrancial que permita
a sua prisão em flagrante.

B) INCORRETA. Também inexiste no rol do art. 302 do CPP a possibilidade de


prisão em flagrante do agente reconhecido como autor do crime pela vítima.

C) INCORRETA. Não existe a possibilidade de prisão em flagrante do agente


cuja conduta gere “fundada suspeita” logo após o crime. A única hipótese de flagrante
presumido é a prevista no inciso IV, que envolve o seu encontro com instrumentos,
armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor da infração. Observe
que a lei não abre margem para que o executor da prisão em flagrante analise se a
conduta do agente é ou não capaz de gerar a presunção da prática delitiva.

D) INCORRETA. Em que pese a similitude da alternativa com a hipótese


descrita no inciso IV do art. 302 do Código de Processo Penal, observe que esta peca
em não prever o necessário encontro dos instrumentos, armas, objetos ou papéis
que façam presumir ser o agente o autor da infração logo após o cometimento do
crime. Sendo assim, o encontro, por exemplo, de uma arma de fogo utilizada em um
crime de homicídio com um determinado indivíduo um mês após o ocorrido não gera
a situação flagrancial.

E) CORRETA. Trata-se da hipótese de situação de flagrante delito prevista no


art. 303, III do Código de Processo Penal, configurando hipótese de flagrante
impróprio.

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8. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de São José dos Campos - SP Prova: VUNESP
- 2019 - Prefeitura de São José dos Campos - SP – Procurador – Tema: Prerrogativas do
Prefeito Municipal

É prerrogativa do Prefeito Municipal, garantida pelo Código de Processo Penal,

a) a dispensa de prestar compromisso, quando ouvido como testemunha e os fatos forem


relacionados ao cargo (CPP, art. 208).
b) a escolha, sob sua exclusiva conveniência, de local, dia e hora para prestar depoimento
em Juízo (CPP, art. 221).
c) ser recolhido a prisão especial antes e depois do julgamento condenatório definitivo
(CPP, art. 295).
d) a isenção do serviço como jurado no Tribunal do Júri (CPP, art. 437).
e) a possibilidade de apresentação de defesa prévia quando acusado de qualquer crime
(CPP, art. 514).

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

A) INCORRETA. De acordo com o art. 208 do CPP, o compromisso não será


prestado apenas aos menores de 14 anos, aos doentes e aos deficientes e às pessoas
listadas no art. 206 (A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.
Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em
linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo
do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se
a prova do fato e de suas circunstâncias.) (Sublinhamos)

B) INCORRETA. Não se trata de escolha de sua exclusiva conveniência, e sim


de acordo entre ele e o juiz, conforme art. 211 do CPP: “O Presidente e o Vice-
Presidente da República, os senadores e deputados federais, os ministros de Estado,
os governadores de Estados e Territórios, os secretários de Estado, os prefeitos do
Distrito Federal e dos Municípios, os deputados às Assembleias Legislativas
Estaduais, os membros do Poder Judiciário, os ministros e juízes dos Tribunais de
Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal, bem como os do Tribunal Marítimo
serão inquiridos em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o juiz.
(Sublinhamos).

C) INCORRETA. A prisão especial se destina somente à prisão antes da


condenação definitiva, conforme art. 295 do CPP: “Serão recolhidos a quartéis ou a
prisão especial, à disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão
antes de condenação definitiva: (...)”. (Sublinhamos)

D) CORRETA. Conforme art. 497 do CPP, uma das pessoas que estão isentas
do serviço do júri é o Prefeito Municipal, listado no inciso IV do referido dispositivo.

E) INCORRETA. Conforme art. 514 do CPP, nos crimes inafiançáveis será


possível a apresentação de resposta escrita pelo acusado, no prazo de quinze dias.

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9. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Piracicaba - SP Prova: VUNESP - 2019 -
Câmara de Piracicaba - SP – Advogado (Das Provas, Definição, contextualização, objetivos
e normatividade fundamental) Q1014328

Joaquim e Antonieta são casados há cinco anos. Sempre houve uma relação de intensa
cumplicidade entre ambos, que tinham acesso a senhas de contas bancárias particulares, de
e-mails e de telefone celular. Numa tarde de domingo, Joaquim dormia e Antonieta foi usar
o computador do marido para fazer um trabalho de faculdade, quando descobriu, através do
e-mail que estava aberto, a traição do cônjuge com a sua vizinha. Antonieta, aproveitando o
sono do marido, copiou todos os arquivos em um pen drive, tirou extratos de contas
bancárias exclusivas de Joaquim, e ainda trasladou todas as conversas do celular dele, para
fazer prova da traição. Diante dos fatos, é certo afirmar que

a) todas as atitudes de Antonieta se configuram como crime e por isso as provas colhidas
são ilícitas.
b) apenas a cópia dos e-mails é ilícita, pois se equipara à violação de correspondência.
c) o que Antonieta copiou do computador não é prova ilícita, pois tacitamente o marido
autorizava a esposa a ter acesso aos seus arquivos. Já as conversas extraídas do
celular são consideradas ilícitas.
d) a única prova ilícita é a cópia dos extratos bancários, pois Antonieta não era
correntista da conta consultada.
e) todas as provas são lícitas, pois a relação de cumplicidade do casal é concordância
tácita de Joaquim para com Antonieta, não havendo qualquer prática que se tipifique
como crime ou invasão de privacidade.

GABARITO: E

A relação de cumplicidade que existe entre o casal afasta de Antonieta uma


conduta criminosa, pois, é uma autorização tácita de Joaquim para que a esposa
tenha acesso aos dispositivos do marido, tornando-se assim uma conduta atípica a
extração dos dados. Não podendo configurar o crime de Invasão de dispositivo
informático, previsto no artigo 154-A do Código Penal.
Vejamos a redação do art. 154-A:
Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de
computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim
de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou
tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem
ilícita:

10. Ano: 2017 Banca: VUNESP Órgão: CRBio - 1º Região Prova: VUNESP - 2017 - CRBio - 1º
Região - Analista – Advogado (Das Provas, Prova pericial e exame de corpo de delito)
Q810766

Em busca e apreensão realizada pela Autoridade Policial em uma copiadora, apreendeu-se


quantidade significativa de cópias de obra intelectual (livro), expostas à venda, reproduzidas
sem autorização do autor ou titular dos direitos autorais. Foi lavrado termo, assinado por 02

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(duas) testemunhas, com descrição de todos os bens apreendidos. Subsequente à apreensão,


parte do material foi submetida à perícia, por pessoa tecnicamente habilitada, sendo
confeccionado o laudo, conclusivo quanto à violação de direito autoral. Oferecida a denúncia
pelo Ministério Público em face do proprietário da copiadora, pelo crime previsto no art. 184,
§ 2° , do CP (apenado com reclusão de 2 a 4 anos), o Juiz a recebeu, tendo determinado a
citação do acusado, para apresentar resposta à acusação, em 10 (dez) dias. A associação da
qual o titular dos direitos autorais do livro indevidamente copiado é associado, após regular
pedido, foi habilitada como assistente de acusação.

A respeito do caso hipotético, de acordo com o Código de Processo Penal e entendimento


consolidado dos Tribunais Superiores, é correto afirmar que

a) a perícia realizada em parte do material apreendido, por amostragem, é suficiente


para evidenciar a materialidade do crime de violação autoral.
b) a perícia realizada no material apreendido é imprestável para evidenciar a
materialidade do crime de violação autoral, já que não realizada por perito oficial.
c) errou o Juiz da causa ao determinar a citação do acusado para apresentação de
resposta à acusa-ção, pois, conforme expressamente dispõe o Código de Processo
Penal, o procedimento comum não se aplica ao processo de julgamento de crimes
contra a propriedade imaterial.
d) nos crimes contra a propriedade imaterial, processáveis por ação penal privada, a
busca e apreensão será realizada por dois peritos, nomeados pela Autoridade Policial.
e) errou o Juiz da causa ao habilitar a associação como assistente da acusação, pois
somente a vítima, em nome próprio, pode exercer referido papel.
GABARITO: A

a) a perícia realizada em parte do material apreendido, por amostragem, é


suficiente para evidenciar a materialidade do crime de violação autoral. (CERTO)
Conforme, na Súmula 574 do STJ:
Para a configuração do delito de violação de direito autoral e a
comprovação de sua materialidade, é suficiente a perícia realizada por
amostragem do produto apreendido, nos aspectos externos do material, e é
desnecessária a identificação dos titulares dos direitos autorais violados ou
daqueles que os representem.

b) a perícia realizada no material apreendido é imprestável para evidenciar a


materialidade do crime de violação autoral, já que não realizada por perito oficial.
(ERRADO)
Diante do exposto, no art. 530-D do Código de Processo Penal:
Art. 530-D. Subsequente à apreensão, será realizada, por perito oficial,
ou, na falta deste, por pessoa tecnicamente habilitada, perícia sobre todos
os bens apreendidos e elaborado o laudo que deverá integrar o inquérito
policial ou o processo.

c) errou o Juiz da causa ao determinar a citação do acusado para apresentação


de resposta à acusa-ção, pois, conforme expressamente dispõe o Código de Processo
Penal, o procedimento comum não se aplica ao processo de julgamento de crimes
contra a propriedade imaterial. (ERRADO)

MUDE SUA VIDA!


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Conforme art. 524 do Código de Processo Penal:


Art. 524. No processo e julgamento dos crimes contra a propriedade
imaterial, observar-se-á o disposto nos Capítulos I e III do Título I deste
Livro, com as modificações constantes dos artigos seguintes.
O capítulo I trata sobre Procedimento Comum Ordinário.

d) nos crimes contra a propriedade imaterial, processáveis por ação penal


privada, a busca e apreensão será realizada por dois peritos, nomeados pela
Autoridade Policial. (ERRADO)
Conforme art. 527 do Código de Processo Penal:
Art. 527. A diligência de busca ou de apreensão será realizada por dois
peritos nomeados pelo juiz, que verificarão a existência de fundamento para
a apreensão, e quer esta se realize, quer não, o laudo pericial será
apresentado dentro de 3 (três) dias após o encerramento da diligência.

e) errou o Juiz da causa ao habilitar a associação como assistente da acusação,


pois somente a vítima, em nome próprio, pode exercer referido papel. (ERRADO)
O art. 530-H do Código de Processo Penal diz que:
Art. 530-H. As associações de titulares de direitos de autor e os que
lhes são conexos poderão, em seu próprio nome, funcionar como assistente
da acusação nos crimes previstos no art. 184 do Código Penal, quando
praticado em detrimento de qualquer de seus associados.

11. Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: IPSMI Prova: VUNESP - 2016 - IPSMI – Procurador
(Inquérito Policial, Encerramento do Inquérito Policial)

Uma vez relatado o inquérito policial,

a) o delegado pode determinar o arquivamento dos autos.


b) o Promotor de Justiça pode denunciar ou arquivar o feito.
c) o Promotor de Justiça pode denunciar, requerer o arquivamento ou requisitar novas
diligências.
d) a vítima pode, uma vez determinado o arquivamento, iniciar ação penal substitutiva da
pública.

GABARITO: C

a) o delegado pode determinar o arquivamento dos autos. (ERRADO)


A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito,
art. 17, CPP, com isso vem justamente uma das características do inquérito
policial, a indisponibilidade.

b) o Promotor de Justiça pode denunciar ou arquivar o feito. (ERRADO)


O Promotor de Justiça pode sim denunciar, observando as condições da
ação, porém, o arquivamento dos autos só é feito pelo JUIZ a requerimento
do MP.

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Art. 18, CPP: Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela


autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial
poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.

c) o Promotor de Justiça pode denunciar, requerer o arquivamento ou requisitar


novas diligências. (CERTO)
O MP pode denunciar observando as condições da ação, requerer o
arquivamento quando inexistirem provas suficientes para o oferecimento da
denúncia ou requisitar novas diligências.
Conforme o art. 16 do CPP:
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do
inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências,
imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.

d) a vítima pode, uma vez determinado o arquivamento, iniciar ação penal


substitutiva da pública. (ERRADO)
O Ministério Público atua como interveniente obrigatório na ação penal
privada subsidiária da pública e a sua não intervenção pode gerar nulidade.
O direito da vítima somente se inicia quando se caracterizar a inércia do
Ministério Público, a inércia se caracteriza quando o MP não oferece a
denúncia no prazo legal.
Conforme art. 29 CPP: Será admitida ação privada nos crimes de ação
pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério
Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir
em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor
recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a
ação como parte principal.

12. Ano: 2013 Banca: NC-UFPR Órgão: TJ-PR Prova: NC-UFPR - 2013 - TJ-PR – Juiz (Das
Provas, Prova pericial e exame de corpo de delito)

Assinale a alternativa INCORRETA:

a) Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito,


direto ou indireto, podendo supri-lo a confissão do acusado.
b) Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os
vestígios, a prova testemunhal poderá suprir lhe a falta.
c) O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.
d) O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de dez (10) dias, podendo este
prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.

GABARITO: A
a) Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de
delito, direto ou indireto, podendo supri-lo a confissão do acusado. (ERRADO)
Conforme art. 158 do CPP o exame de corpo de delito NÃO pode ser
suprido com a confissão do acusado.

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Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o


exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a
confissão do acusado.

b) Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido


os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir lhe a falta. (CERTO)
A alternativa traz a literalidade do art. 167 do CPP.
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem
desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

c) O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer


hora. (CERTO)
A alternativa traz a literalidade do art. 161 do CPP.
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia
e a qualquer hora.

d) O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de dez (10) dias, podendo
este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.
(CERTO)
Conforme art. 160 do CPP:
Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão
minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos
formulados.
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de
10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a
requerimento dos peritos.

13. Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: HCFMUSP Prova: VUNESP - 2015 - HCFMUSP - Direito
na Área da Saúde Pública (Inquérito Policial, Encerramento do Inquérito Policial)

Quanto ao prazo para o encerramento do inquérito policial, é correto afirmar que

a) o inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em


flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir
do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver
solto, mediante fiança ou sem ela.
b) o inquérito deverá terminar no prazo de 15 dias, se o indiciado tiver sido preso em
flagrante, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto.
c) o inquérito deverá terminar no prazo de 20 dias, se o indiciado tiver sido preso em
flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir
do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 45 dias, quando estiver
solto.
d) o inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em
flagrante, ou estiver preso preventivamente, ou no prazo de 60 dias, se estiver solto,
ou em qualquer outro prazo que tenha sido determinado pelo juiz.
e) o Código de Processo Penal não estipula prazo para o encerramento, devendo este ser
estipulado pelo juiz.

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GABARITO: A

A alternativa “A” traz a literalidade do art. 10 do CPP:

Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado


tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o
prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão,
ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.

14. Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: CRO-SP Prova: VUNESP - 2015 - CRO-SP - Advogado
Junior (Inquérito Policial, Encerramento do Inquérito Policial)

autoridade policial pode determinar o arquivamento de autos de inquérito policial?

a) Não, por expressa disposição legal.


b) Sim, desde que constate que a punibilidade está extinta.
c) Sim, desde que constate que os fatos foram praticados sob alguma causa excludente
de ilicitude.
d) Sim, desde que constate que os fatos foram praticados em legítima defesa ou estado
de necessidade.
e) Sim, desde que exaustivas diligências comprovem a impossibilidade de elucidar a
autoria criminosa.
GABARITO: A

Conforme explica Aury Lopes Jr: “recebendo o IP, o promotor poderá:


oferecer a denúncia; pedir o arquivamento; solicitar diligências ou realizar
diligências.” Desta forma, quem pode pedir o arquivamento do inquérito é o
promotor de justiça, mas quem irá decidir pelo arquivamento ou não, é o
juiz, portanto a autoridade policial não pode mandar arquivar os autos do
inquérito policial.
Vejamos o art. 17 do CPP:
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de
inquérito.

15. Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PC-CE Prova: VUNESP - 2015 - PC-CE - Inspetor de
Polícia Civil de 1a Classe (Das Provas, Prova pericial e exame de corpo de delito)

Nos termos do artigo 159 do Código de Processo Penal, o exame de corpo de delito e
outras perícias serão, em regra, feitos por

a) um perito não oficial, portador de diploma do curso de Engenharia.


b) peritos não oficiais.
c) dois peritos oficiais.
d) um perito oficial, portador de diploma de curso superior.
e) um perito não oficial, portador de diploma do curso de Direito.

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GABARITO: D

A perícia deve ser feita por quem tem habilitação técnica relacionada
com a área do exame. Vejamos o art. 159, CPP:
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados
por perito oficial, portador de diploma de curso superior. (Redação dada pela
Lei nº 11.690, de 2008)
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas)
pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior
preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação
técnica relacionada com a natureza do exame. (Redação dada pela Lei nº
11.690, de 2008)

16. Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PC-CE Prova: VUNESP - 2015 - PC-CE - Inspetor de
Polícia Civil de 1a Classe

Sobre os prazos para a conclusão do inquérito policial, é correto afirmar que

a) se for decretada prisão temporária em crime hediondo, o indiciado pode permanecer


preso por até noventa dias, sem que seja necessária a conclusão do inquérito.
b) nos crimes de competência da Justiça Federal, o prazo é de quinze dias, prorrogáveis
por mais quinze, em regra.
c) para os crimes de tráfico de drogas o prazo é de dez dias improrrogáveis.
d) se o indiciado estava solto ao ser decretada sua prisão preventiva, o prazo de dez dias
conta-se da data da decretação da prisão.
e) a autoridade policial possui o prazo de trinta dias improrrogáveis para todos os casos
previstos na legislação processual penal.

GABARITO: B.

a) se for decretada prisão temporária em crime hediondo, o indiciado pode


permanecer preso por até noventa dias, sem que seja necessária a conclusão do
inquérito. (ERRADO)
A prisão temporária em crimes hediondos será de 30 dias, podendo ser
prorrogado para mais 30. Conforme, art. 2º, § 4º da Lei 8.072/90:
§ 4º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de
dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30
(trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e
comprovada necessidade.

b) nos crimes de competência da Justiça Federal, o prazo é de quinze dias,


prorrogáveis por mais quinze, em regra. (CERTO)
Em se tratando de crimes da competência da Justiça Federal, o prazo
para conclusão do IP é de 15 dias, prorrogáveis por mais 15 dias.
Conforme art. 66 da lei 5.010/66: O prazo para conclusão do inquérito
policial será de quinze dias, quando o indiciado estiver preso, podendo ser

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prorrogado por mais quinze dias, a pedido, devidamente fundamentado, da


autoridade policial e deferido pelo Juiz a que competir o conhecimento do
processo.

c) para os crimes de tráfico de drogas o prazo é de dez dias improrrogáveis.


(ERRADO)
Conforme art. 51 da Lei 11.343/2006: O inquérito policial será
concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90
(noventa) dias, quando solto.

d) se o indiciado estava solto ao ser decretada sua prisão preventiva, o prazo


de dez dias conta-se da data da decretação da prisão. (ERRADO)
O prazo de 10 dias conta-se da data do cumprimento do mandado e não
da decretação da prisão preventiva.

e) a autoridade policial possui o prazo de trinta dias improrrogáveis para todos


os casos previstos na legislação processual penal. (ERRADO)
Conforme o art. 10, CPP: O inquérito deverá terminar no prazo de 10
dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso
preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se
executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto,
mediante fiança ou sem ela.

17. Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PC-CE Prova: VUNESP - 2015 - PC-CE - Inspetor de
Polícia Civil de 1a Classe (Inquérito Policial, Indiciamento)

O ato de indiciamento

a) vincula o Ministério Público, que não poderá requerer o arquivamento do inquérito.


b) é, em regra, atribuição do delegado de polícia; excepcionalmente tal poder poderá ser
conferido ao promotor de justiça.
c) decorre do fato de a autoridade policial convencer-se da autoria da infração penal,
atribuída a determinado(s) indivíduo(s).
d) transforma o indivíduo suspeito da prática do delito em acusado.
e) é um ato informal eventualmente realizado durante o inquérito policial.

GABARITO: C

a) vincula o Ministério Público, que não poderá requerer o arquivamento do


inquérito. (ERRADO)
O indiciamento não vincula o Ministério Público sobre sua “opinio
delicti”. Portanto, não fica vinculado ao ato de indiciamento do inquérito
policial, inclusive pode pedir seu arquivamento caso não enxergue a
presença de provas da materialidade e indícios de autoria sofre os fatos.

b) é, em regra, atribuição do delegado de polícia; excepcionalmente tal poder


poderá ser conferido ao promotor de justiça. (ERRADO)

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O ato de indiciamento é privativo da autoridade policial, e não do


Ministério Público.

c) decorre do fato de a autoridade policial convencer-se da autoria da infração


penal, atribuída a determinado(s) indivíduo(s).
Para que alguém seja indiciado no inquérito policial é necessário
cumprir os requisitos de autoria de materialidade do delito.

d) transforma o indivíduo suspeito da prática do delito em acusado. (ERRADO)


O ato de indiciamento torna o suspeito em indiciado, e não, em
acusado. Para que ele se torne acusado é preciso que seja denunciado
formalmente pelo Ministério Público perante o Juiz.

e) é um ato informal eventualmente realizado durante o inquérito policial.


(ERRADO)
É um ato formal e necessário quando as investigações do inquérito
reúnem elementos de autoria e de materialidade do delito.

18. Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PC-CE Prova: VUNESP - 2015 - PC-CE - Inspetor de
Polícia Civil de 1a Classe (Inquérito Policial, Notícia-crime e instauração, Encerramento
do Inquérito Policial)

A respeito do inquérito policial, procedimento disciplinado pelo Código de Processo


Penal, é correto afirmar que

a) os instrumentos do crime não acompanharão os autos do inquérito.


b) o inquérito não acompanhará a denúncia ou queixa, ainda que sirva de base a uma ou
outra.
c) ao término do inquérito, a autoridade policial fará minucioso relatório do que tiver
sido apurado e enviará os autos ao membro do ministério público, nos termos do § 1º
do artigo 10.
d) nos crimes de ação privada, a autoridade policial poderá proceder a inquérito,
independentemente de requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la
e) o inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá
sem ela ser iniciado.

GABARITO: E
a) os instrumentos do crime não acompanharão os autos do inquérito.
(ERRADO)

Após periciados os instrumentos serão apreendidos pela autoridade


policial e quando forem remetidos à justiça esses instrumentos
acompanharão os autos do inquérito.
Conforme o art. 11, CPP: Os instrumentos do crime, bem como os
objetos que interessarem à prova, acompanharão os autos do inquérito.

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b) o inquérito não acompanhará a denúncia ou queixa, ainda que sirva de base


a uma ou outra. (ERRADO)
O inquérito não é obrigatório, porém, quando servir de base para a
denúncia ou queixa deverá acompanha-las. É o que prevê o art. 12, CPP: O
inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de
base a uma ou outra.

c) ao término do inquérito, a autoridade policial fará minucioso relatório do que


tiver sido apurado e enviará os autos ao membro do ministério público, nos termos
do § 1º do artigo 10. (ERRADO)
Conforme art. 10, §1º, CPP: A autoridade fará minucioso relatório do
que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente.

d) nos crimes de ação privada, a autoridade policial poderá proceder a


inquérito, independentemente de requerimento de quem tenha qualidade para
intentá-la. (ERRADO)
Conforme art. 5º, § 5º, CPP: Nos crimes de ação privada, a autoridade
policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha
qualidade para intentá-la.

e) o inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação,


não poderá sem ela ser iniciado. (CERTO)
Na ação penal pública condicionada à representação, a representação
é uma questão de procedibilidade para o exercício da ação penal, nesse caso,
passa a ser um requisito para a instauração do inquérito.
Conforme art. 5º, § 4º, CPP: O inquérito, nos crimes em que a ação
pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.

19. Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PC-CE Prova: VUNESP - 2015 - PC-CE - Escrivão de
Polícia Civil de 1a Classe (Das Provas, Prova pericial e exame de corpo de delito)

Com relação às disposições do Código de Processo Penal, acerca do exame de corpo de delito
e perícias em geral, é correto afirmar que

a) não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os


vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
b) a autópsia será feita até seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência
dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita depois daquele prazo, o que
declararão no auto
c) na falta de perito oficial, o exame será realizado por 1 (uma) pessoa idônea, portadora
de diploma de curso superior.
d) o exame de corpo de delito deverá ser feito durante o dia
e) os exames de corpo de delito e as outras perícias serão feitos obrigatoriamente por
dois peritos oficiais.
GABARITO: A.

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a) não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido


os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. (CERTO)
A alternativa traz a literalidade do art. 167, CPP: Não sendo possível o
exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova
testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

b) a autópsia será feita até seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela
evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita depois daquele prazo, o
que declararão no auto. (ERRADO)
Conforme art. 162 do CPP: A autópsia será feita pelo menos seis horas
depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte,
julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.

c) na falta de perito oficial, o exame será realizado por 1 (uma) pessoa idônea,
portadora de diploma de curso superior. (ERRADO)
Segundo o art. 159, § 1º, CPP: Na falta de perito oficial, o exame será
realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso
superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem
habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.

d) o exame de corpo de delito deverá ser feito durante o dia. (ERRADO)


Conforme art. 161, CPP: O exame de corpo de delito poderá ser feito
em qualquer dia e a qualquer hora.

e) os exames de corpo de delito e as outras perícias serão feitos


obrigatoriamente por dois peritos oficiais. (ERRADO)
Conforme o art. 159, CPP: O exame de corpo de delito e outras perícias
serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas)
pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior
preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação
técnica relacionada com a natureza do exame.

20. Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PC-CE Prova: VUNESP - 2015 - PC-CE - Escrivão de
Polícia Civil de 1a Classe (Inquérito Policial, Encerramento do Inquérito Policial)

Assinale a alternativa correta no que tange ao arquivamento do Inquérito Policial, segundo


o disposto no Código de Processo Penal.

a) Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta


de base para a denúncia, a autoridade policial somente poderá proceder a novas
pesquisas com autorização da autoridade judiciária que determinou o arquivamento.
b) A autoridade policial poderá mandar arquivar autos de inquérito.
c) Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta
de base para a denúncia, a autoridade policial não poderá proceder a novas pesquisas
se de outras provas tiver notícia.
d) Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta
de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas se
de outras provas tiver notícia.

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e) A autoridade policial poderá mandar arquivar autos de inquérito somente nos casos
em que for constatada atipicidade da conduta.

GABARITO: D

Com base no artigo 17 do CPP, a autoridade policial não poderá mandar


arquivar autos de inquérito, em hipótese alguma, o máximo que a
autoridade policial pode fazer é um relatório indicando o arquivamento.
Somente a autoridade judiciária poderá arquivar.
Já o desarquivamento é tratado no art. 18 do CPP: Depois de ordenado
o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base
para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas,
se de outras provas tiver notícia.

21. Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PC-CE Prova: VUNESP - 2015 - PC-CE - Escrivão de
Polícia Civil de 1a Classe (Inquérito Policial, Princípios fundamentais do direito
processual penal, Publicidade, Notícia-crime e instauração, Desenvolvimento: diligências
e providências)

Com relação às previsões relativas ao Inquérito Policial no Código de Processo Penal, é


correto afirmar que

a) o inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, poderá, sem
ela, ser iniciado, mas seu encerramento dependerá da juntada desta.
b) durante a instrução do Inquérito Policial, são vedados os requerimentos de diligências
pelo ofendido, ou seu representante legal; e pelo indiciado, em virtude da sua natureza
inquisitorial.
c) nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito permanecerão em
poder da autoridade policial até a formalização da iniciativa do ofendido ou de seu
representante legal, condição esta obrigatória para a remessa dos autos ao juízo
competente.
d) todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou
datilografadas e, nesse caso, rubricadas pela autoridade.
e) qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que
caiba ação pública poderá, por escrito, comunicá-la à autoridade policial, sendo vedada
a comunicação verbal.
GABARITO: D

a) o inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação,


poderá, sem ela, ser iniciado, mas seu encerramento dependerá da juntada desta.
(ERRADO)
Conforme art. 5º, § 4º, CPP: O inquérito, nos crimes em que a ação
pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.
A representação é uma condição de procedibilidade para o exercício da
ação penal.

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b) durante a instrução do Inquérito Policial, são vedados os requerimentos de


diligências pelo ofendido, ou seu representante legal; e pelo indiciado, em virtude da
sua natureza inquisitorial. (ERRADO)
Conforme art. 14, CPP: O ofendido, ou seu representante legal, e o
indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não,
a juízo da autoridade.

c) nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito


permanecerão em poder da autoridade policial até a formalização da iniciativa do
ofendido ou de seu representante legal, condição esta obrigatória para a remessa
dos autos ao juízo competente. (ERRADO)
Conforme art. 19, CPP: Nos crimes em que não couber ação pública, os
autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a
iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao
requerente, se o pedir, mediante traslado.

d) todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a


escrito ou datilografadas e, nesse caso, rubricadas pela autoridade. (CERTO)
A alternativa é a literalidade do art. 9º, CPP: Todas as peças do
inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou
datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.

e) qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração


penal em que caiba ação pública poderá, por escrito, comunicá-la à autoridade
policial, sendo vedada a comunicação verbal. (ERRADO)
Conforme art. 5º, § 3º, CPP: Qualquer pessoa do povo que tiver
conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública
poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e
esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar
inquérito.

22. Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PC-CE Prova: VUNESP - 2015 - PC-CE - Delegado de
Polícia Civil de 1a Classe (Inquérito Policial, Inquérito Policial - Noções Gerais , Inquérito
Policial – Características)

Prescreve o art. 6º, VIII do CPP: logo que tiver conhecimento da prática da infração penal,
a autoridade policial deverá ordenar a identificação do indiciado pelo processo
datiloscópico, se possível.

Acerca do tema, a Constituição da República de 1988

a) recepcionou integralmente o CPP


b) ampliou as hipóteses de identificação criminal, admitindo-a também para
testemunhas e declarantes.
c) ampliou os métodos de identificação criminal, admitindo expressamente outros que
decorram do progresso científico, tais como os exames de DNA.
d) revogou totalmente o dispositivo do CPP, não admitindo mais a identificação criminal.

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e) determina, com exceções previstas em lei, que o civilmente identificado não será
submetido à identificação criminal.
GABARITO: E

Conforme prevê a Constituição Federal em seu art. 5º, LVIII: o


civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo
nas hipóteses previstas em lei;

E as hipóteses, estão previstas no art. 3º da Lei 12.037 de 2009:

Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá


ocorrer identificação criminal quando:
I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação;
II – o documento apresentado for insuficiente para identificar
cabalmente o indiciado;
III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com
informações conflitantes entre si;
IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais,
segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de
ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério
Público ou da defesa;
V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes
qualificações;
VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade
da expedição do documento apresentado impossibilite a completa
identificação dos caracteres essenciais.
Parágrafo único. As cópias dos documentos apresentados deverão ser
juntadas aos autos do inquérito, ou outra forma de investigação, ainda que
consideradas insuficientes para identificar o indiciado.

23. Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: TJ-PA Prova: VUNESP - 2014 - TJ-PA - Oficial de Justiça
Avaliador (Inquérito Policial, Encerramento do Inquérito Policial)

Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de


base para a denúncia, a autoridade policial

a) dependerá de anuência do membro do Ministério Público responsável pelo caso para


proceder a novas investigações.
b) não poderá proceder a novas investigações sem expressa autorização judicial.
c) poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.
d) dependerá de autorização judicial para proceder a novas investigações.
e) deverá proceder a novas investigações, independentemente do surgimento de novas
provas.
GABARITO: C

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O desarquivamento do inquérito policial somente poderá ser feito, caso


haja, novas provas; não é admitido mero reexame de provas que já
integravam a investigação preliminar.
Conforme art. 18, CPP: Depois de ordenado o arquivamento do
inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a
autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas
tiver notícia.
Nesse sentido, ainda temos a Súmula 524 do STF: Arquivado o
inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de
justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas. Ou seja, se o
inquérito foi arquivado por falta de base, somente, poderá ser desarquivado
se novas provas surgirem.
Em regra o arquivamento do inquérito policial gera coisa julgada
formal.

24. Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2014 - PC-SP - Perito Criminal
(Das Provas, Prova pericial e exame de corpo de delito)

O Código de Processo Penal determina que, na presença de vestígios, é indispensável, sob


pena de nulidade,

a) o comparecimento do Delegado de Polícia no sítio do evento.


b) exame de corpo de delito.
c) um levantamento pericial potencialmente eficaz.
d) um levantamento pericial eficiente.
e) concurso da Polícia Militar do Estado.

GABARITO: B

“O exame de corpo de delito se divide em duas espécies. O direto,


caracterizado pelo estudo e conclusões realizado pelo perito a partir dos
vestígios deixados pelo crime; o indireto, também elaborado por peritos,
utilizando o profissional de outros objetos para a elaboração do exame de
corpo de delito, por exemplo, análise de fotografias, filmes, atestados de
outros médicos”.
Outro conceito importante é o de vestígio, o qual, significa rastro, pista
ou indício que deixam sinais aparentes da sua prática. Ainda, os vestígios
podem ser materiais, quando o corpo é visível e os imateriais, que se perdem
no decorrer da conduta criminosa.
Conforme dispõe o art. 158 do CPP: Quando a infração deixar vestígios,
será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não
podendo supri-lo a confissão do acusado.

25. Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2014 - PC-SP - Perito Criminal
(Direito Processual Penal, Das Provas, Prova pericial e exame de corpo de delito)

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O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial portador de

a) notável saber técnico-jurídico-forense.


b) especialização na área de aderência técnico-científica.
c) termo técnico de Compromisso de Encargo.
d) diploma de curso superior.
e) certificado de conclusão de Curso Técnico de Capacitação em Perícias.

GABARITO: D

Conforme art. 159, CPP: O exame de corpo de delito e outras perícias


serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior.

26. Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2014 - PC-SP - Perito Criminal
(Das Provas, Prova pericial e exame de corpo de delito)

A questão, refere-se às normas do Código de Processo Penal.


Consoante o tema “Exame do corpo de delito e perícias em geral”, assinale a alternativa
correta.

a) Na falta de peritos oficiais, o exame será realizado por duas pessoas idôneas,
portadoras ou não de diploma de curso superior, obrigatoriamente com habilitação
técnica relacionada com a natureza do exame.
b) A decisão do juiz ficará adstrita ao laudo, não podendo rejeitá-lo, no todo ou em parte.
c) Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os
vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
d) Tanto os peritos oficiais quanto os peritos não oficiais devem prestar o compromisso
de bem e fielmente desempenhar o encargo.
e) O exame de corpo de delito deverá ser feito das seis horas às vinte horas de qualquer
dia da semana.
GABARITO: C

a) Na falta de peritos oficiais, o exame será realizado por duas pessoas idôneas,
portadoras ou não de diploma de curso superior, obrigatoriamente com habilitação
técnica relacionada com a natureza do exame. (ERRADO)
Conforme art. 159, § 1º, CPP: Na falta de perito oficial, o exame será
realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso
superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem
habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.

b) A decisão do juiz ficará adstrita ao laudo, não podendo rejeitá-lo, no todo ou


em parte. (ERRADO)
O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no
todo ou em parte, conforme previsão do art. 182, CPP.

c) Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido


os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. (CERTO)

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Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem


desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta, é
o que dispõe o art. 167, CPP.

d) Tanto os peritos oficiais quanto os peritos não oficiais devem prestar o


compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo. (ERRADO)
Conforme dispõe o art. 159, § 2º, CPP: Os peritos não oficiais prestarão
o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo.

e) O exame de corpo de delito deverá ser feito das seis horas às vinte horas de
qualquer dia da semana. (ERRADO)
O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a
qualquer hora, é o que dispõe o art. 161, CPP.

27. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Campo Limpo Paulista - SP Prova: VUNESP
- 2018 - Câmara de Campo Limpo Paulista - SP - Procurador Jurídico (Da Prisão e da
Liberdade Provisória, Prisões cautelares: definição e espécies)

Nos expressos e literais termos do artigo 295 do CPP, têm direito à prisão especial – que nada
mais é do que o recolhimento em local distinto da prisão comum – entre outros,

a) o Vereador, o Magistrado e o Ministro de Confissão Religiosa.


b) o Ministro de Estado, o Governador e o Agente Municipal de Trânsito.
c) o Prefeito Municipal, o Praça das Forças Armadas e o Ministro do Tribunal de Contas.
d) o Agente Fiscal de Posturas Públicas, o membro da Assembleia Legislativa dos
Estados e os Delegados de Polícia.
e) o Oficial das Forças Armadas, o diplomado por qualquer das faculdades superiores da
República e o Agente Fiscal de Rendas.

GABARITO: A

A redação do art. 295 do CPP é a seguinte:


Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição
da autoridade competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação
definitiva:
I - os ministros de Estado
II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o
prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários, os prefeitos
municipais, os vereadores e os chefes de Polícia; (Redação dada pela
Lei nº 3.181, de 11.6.1957)
III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia
Nacional e das Assembleias Legislativas dos Estados;
IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito";
V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do
Distrito Federal e dos Territórios; (Redação dada pela Lei nº 10.258,
de 11.7.2001)
VI - os magistrados;

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VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da


República;
VIII - os ministros de confissão religiosa;
IX - os ministros do Tribunal de Contas;
X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de
jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo de incapacidade para o
exercício daquela função;
XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e Territórios,
ativos e inativos. (Redação dada pela Lei nº 5.126, de 20.9.1966)

28. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2018 - TJ-SP - Titular de
Serviços de Notas e de Registros – Provimento (Da Prisão e da Liberdade Provisória, Da
Prisão Preventiva)

A prisão preventiva poderá ser decretada

a) para assegurar a aplicação da lei penal, nos crimes dolosos punidos com pena
privativa de liberdade máxima superior a 03 (três) anos.
b) por conveniência da instrução criminal, nos crimes dolosos ou culposos.
c) como garantia da ordem econômica, nos crimes dolosos punidos com pena privativa
de liberdade máxima superior a 04 (quatro) anos.
d) como garantia da ordem pública, nos crimes dolosos punidos com pena privativa de
liberdade máxima superior a 02 (dois) anos.

GABARITO: C

Conforme a redação do art. 312 do CPP (atualizado pelo Pacote


anticrime) e art. 313:

Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da


ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal
ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da
existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo
estado de liberdade do imputado. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de
2019)

Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a
decretação da prisão preventiva: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
2011).
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima
superior a 4 (quatro) anos;

29. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: MPE-SP Prova: VUNESP - 2018 - MPE-SP - Analista
Jurídico do Ministério Público Assunto: Das Provas
Em relação à prova testemunhal, assinale a alternativa correta.

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a) A “testemunha de ouvir dizer” não presta compromisso de dizer a verdade por se tratar
de testemunha indireta.
b) Testemunhas numerárias são as que não prestam compromisso de dizer a verdade.
c) Os parentes do acusado têm apenas a faculdade de depor, mas não o dever de depor em
determinadas circunstâncias.
d) A judicialidade significa que só é prova testemunhal aquela produzida perante o juiz, em
contraditório.
e) A testemunha presa será ouvida sempre pelo sistema de videoconferência.

COMENTÁRIO: segundo estabelece o artigo 203 do CPP:

“Art. 203. A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a


verdade do que souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade,
seu estado e sua residência, sua profissão, lugar onde exerce sua atividade, se é
parente, e em que grau, de alguma das partes, ou quais suas relações com qualquer
delas, e relatar o que souber, explicando sempre as razões de sua ciência ou as
circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua credibilidade.”

Conforme entendimento doutrinário, testemunha é a pessoa desinteressada no


procedimento e que declara em juízo tudo o que sabe sobre os fatos em apuração.
Revela as percepções colhidas, principalmente, com a visão e audição. Consiste em
um meio de prova, possuindo como principais características:

1) judicialidade – a testemunha é a pessoa que presta seu depoimento sobre


os fatos perante o magistrado. Face a inexistência do contraditório a oitiva das
testemunhas realizadas perante a autoridade policial ou perante as CPIs, deve ser
reproduzida na fase judicial.
2) oralidade – durante seu depoimento prevalece a palavra falada, porém,
nada impede que a testemunha faça breve consulta a apontamento (art. 204 do
CPP);
3) objetividade - a testemunha deve se ater a declarar aquilo que presenciou
ou que tem conhecimento, sem emitir opinião pessoal (art. 213 do CPP)
4) individualidade – as testemunhas devem ser ouvidas individualmente,
separadamente, evitando-se que as testemunhas que ainda não foram ouvidas
tenham qualquer contato com o depoimento das demais testemunhas.
5) retrospectividade – a testemunha vai narrar o que sabe sobre os fatos de
que tem conhecimento, fatos estes que ocorreram no passado.

a) INCORRETA: As testemunhas indiretas (“testemunha de ouvir dizer”)


também será compromissada. A exceção ao compromisso descrito no artigo 203 do
CPP, tem sua previsão no artigo 208:

“Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a que
se refere o art. 206.”

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b) INCORRETA: As testemunhas numerárias são aquelas que contam para o


número mínimo listado pelas partes prestando compromisso.

c) INCORRETA: segundo estabelece o artigo 206 do CPP, em sua parte final,


até mesmo os parentes não poderão se eximir da obrigação de depor se, por outro
modo, não for possível obter ou integrar prova do fato e de suas circunstâncias.

“Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão,


entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta,
o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do
acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a
prova do fato e de suas circunstâncias.”

d) CORRETA: conforme exposto linhas atrás, a testemunha é a pessoa que


presta seu depoimento sobre os fatos perante o magistrado.

e) INCORRETA: segundo a regra adotada pelo artigo 185, § 2º E 8º do CPP,


a oitiva de testemunha, por analogia, será realizada excepcionalmente por meio de
videoconferência, devendo a decisão ser fundamenta pelo magistrado, atendendo
aos requisitos previstos nos incisos I a IV do dispositivo:

“Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso


do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu defensor,
constituído ou nomeado.

§ 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a


requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema
de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens
em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma das
seguintes finalidades:
I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que
o preso integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante
o deslocamento;
II - viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja
relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra
circunstância pessoal;
III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde
que não seja possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos termos
do art. 217 deste Código;
IV - responder à gravíssima questão de ordem pública.

§ 8o Aplica-se o disposto nos §§ 2o, 3o, 4o e 5o deste artigo, no que couber,


à realização de outros atos processuais que dependam da participação de pessoa que
esteja presa, como acareação, reconhecimento de pessoas e coisas, e inquirição de
testemunha ou tomada de declarações do ofendido.”

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Alternativa correta letra “d”

30. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: Escrivão de Polícia Civil Assunto:
Direito Processual Penal; Legislação Especial Penal; Prisão Temporária
No que concerne à prisão temporária, é correto afirmar que
A) é possível a sua decretação, pelo Tribunal de Justiça, no crime de estupro, pelo prazo de
45 (quarenta e cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e
comprovada necessidade.
B) é possível sua decretação nos crimes dolosos, como regra, com prazo de 30 (trinta) dias,
prorrogável por igual período e nos crimes culposos, como exceção, com prazo de 5
(cinco) dias, prorrogável por igual período; em ambos os casos, é necessário comprovar
a extrema necessidade.
C) no crime de favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de
criança ou adolescente ou de vulnerável, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável
por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
D) somente será decretada em face de representação da autoridade policial e apenas nas
hipóteses previstas na legislação que disciplina o assunto, sempre com prazo de 5
(cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade.
E) não é possível a sua decretação no crime de tortura, pois a legislação que disciplina o
assunto estabelece um rol taxativo de crimes, e a tortura não está contemplada.

A Lei 7960/89 é o diploma legal que dispõe sobre a prisão temporária, todavia há outra
legislação especial penal que também aborda o instituto, a Lei 8072/90 (Lei de Crimes
Hediondos).

À luz dos dois diplomas, temos que:

Alternativa A: INCORRETA.

O crime de estupro, embora não esteja no rol da lei 7960/90, é considerado crime hediondo e,
portanto, suscetível ao regime de prisão temporária, conforme disposto na lei 8072/90:

Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes (...)

(...)

V – estupro (art. 213, caput e §§ 1º e 2º);

(...)

Art 2º (...)

(...)

§ 4º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes
previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e
comprovada necessidade.

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Note que o prazo da prisão temporária neste caso é de 30 dias, e não 45, conforme enunciado.

Alternativa B: INCORRETA.

As tipificações penais, seja na Lei 7960/89 ou 8072/90, são todas dolosas, não se admitindo
regime de prisão temporária para crimes culposos.

Alternativa C: CORRETA.

O favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou


adolescente ou de vulnerável é considerado crime hediondo e, portanto, sujeito à prisão
temporária pelo prazo base de 30 dias, conforme Lei 8072/90:

Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes (...)

(...)

VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou


de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º).

Art 2º (...)

(...)

§ 4º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes
previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e
comprovada necessidade.

Alternativa D: INCORRETA

Identificam-se dois equívocos no enunciado.

O primeiro por omissão, já que não apenas a autoridade policial pode representar pela prisão
temporária, mas também o ministério público pode requerê-la, nos termos do artigo 2º da lei
7960/89:

Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou
de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de
extrema e comprovada necessidade.

O segundo equívoco encontra-se na generalização “sempre”, já que, embora a Lei 7960/89


estipule o prazo base de 5 dias, a Lei 8072/90, além de ampliar o rol de crimes sujeitos ao
regime, ela estabelece um prazo base mais lato para o regime: 30 dias:

§ 4º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes
previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e
comprovada necessidade.

Alternativa E: INCORRETA.

Os crimes de tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo são


equiparados aos crimes hediondos por determinação constitucional inscrita no artigo 5º:

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XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles
respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

Estão sujeitos, portanto, ao mesmo regime previsto para os crimes hediondos propriamente
ditos, inclusive no que se refere ao prazo da prisão temporária:

§ 4º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes
previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e
comprovada necessidade.

31. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: Investigador de Polícia Assunto:
Direito Processual Penal; Legislação Especial Penal; Prisão Temporária
Observados os demais requisitos previstos na Lei n° 7.960/89 (Prisão Temporária), caberá
prisão temporária quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida
na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado, entre outros, nos seguintes
crimes:

A) roubo, estupro e epidemia com resultado de morte.


B) tráfico de drogas, roubo e concussão.
C) peculato, concussão e prevaricação.
D) cárcere privado, homicídio culposo e extorsão.
E) genocídio, terrorismo e peculato.

A Lei 7960/89 é o diploma legal que dispõe sobre a prisão temporária. Contudo, deve-se
observar sempre também o que dispõe a Lei 8072/90 (Lei de Crimes Hediondos), mormente
no que diz respeito aos tipos penais sujeitos ao regime.

Alternativa A: CORRETA.

Os três crimes estão presentes no rol do Art 1º , inciso III da Lei 7960/89:

Art. 1° Caberá prisão temporária:

(...)

III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de
autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:

(...)

c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);

f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);

i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);

Alternativa B: INCORRETA.

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O crime de concussão são faz parte do rol crimes sujeitos ao regime de prisão temporária, seja
pela Lei 7960/89 ou pela Lei 8072/90.

Alternativa C: INCORRETA.

Nenhum dos crimes citados fazem faz parte do rol crimes sujeitos ao regime de prisão
temporária, seja pela Lei 7960/89 ou pela Lei 8072/90.

Alternativa D: INCORRETA.

Somente homicídio da modalidade dolosa está sujeito ao regime de prisão temporária, seja pela
Lei 7960/89 ou pela Lei 8072/90. Com efeito, nenhum crime culposo está sujeito ao instituto.

Alternativa E: INCORRETA.

O crime de peculato são faz parte do rol crimes sujeitos ao regime de prisão temporária, seja
pela Lei 7960/89 ou pela Lei 8072/90.

32. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-BA Prova: Investigador de Polícia Assunto:
Direito Processual Penal; Legislação Especial Penal; Prisão Preventiva
De acordo com o Código de Processo Penal, é vedada a decretação da prisão preventiva se a
autoridade judiciária constatar que o agente
A) não se encontrava em nenhuma das hipóteses legais que justificam a lavratura do auto
de flagrante delito.
B) praticou a ação ou omissão que lhe é atribuída acobertado por alguma das excludentes
de ilicitude.
C) era menor de 21 (vinte e um) anos de idade por ocasião do crime ou maior de 70
(setenta) anos de idade por ocasião da decisão.
D) tiver condenação anterior por crime doloso, independentemente da data do
cumprimento da pena ou da extinção da punibilidade.
E) não fornecer, no momento da prisão, dados de sua identidade, mesmo que esta tenha
sido apurada em momento posterior.

Alternativa A: INCORRETA.

Conforme disposto no caput do Art. 312 do Código de Processo Penal, o propósito da prisão
preventiva é “garantir a ordem pública, econômica e também assegurar a aplicação da Lei
Penal”, e as suas hipóteses de admissão encontram-se elencadas no Art. 313. Note que o
propósitos e requisitos dessa modalidade de prisão são próprios e distintos dos da prisão em
flagrante, não se vinculando a primeira à segunda.

Alternativa B: CORRETA.

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A incidência de uma excludente de ilicitude afasta a aplicabilidade da prisão preventiva,


conforme Art. 314 do diploma processual penal:

Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar pelas provas constantes
dos autos ter o agente praticado o fato nas condições previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-
Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal.

Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:

I - em estado de necessidade;

II - em legítima defesa;

III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.

Alternativa C: INCORRETA.

Os limites etários apresentados no enunciado não tem aplicabilidade direta no regime de


decretação ou revogação da prisão preventiva.

Alternativa D: INCORRETA.

A prisão preventiva pode, sim, ser decretada em caso de condenação anterior por outro crime
doloso:

Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva:

(...) II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o
disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;

Note, porém, que decretação deve observar a ressalva inscrita no inciso I do caput do Art. 64 do
Código Penal:

Art. 64 - Para efeito de reincidência:

I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração
posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão
ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação;

Assim, é válido o decreto de prisão preventiva no caso de condenação anterior por crime doloso,
desde que não se tenha esvaziado o prazo de 5 anos entre o cumprimento da pena anterior ou
extinção dela.

Alternativa E: INCORRETA.

A dúvida a respeito de identidade civil da pessoa ou a insuficiência no seu esclarecimento


constituem hipótese para a admissão de prisão preventiva, conforme § 1º do Art. 313 do Código
de Processo Penal:

Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva:

(...)

MUDE SUA VIDA!


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§ 1º Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa
ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente
em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida.

É importante destacar que, caso não subsista outro motivo para manutenção da medida
cautelar, a prisão deverá ser revogada tão logo o indivíduo seja devidamente identificado.

33. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-BA Prova: Investigador de Polícia Assunto:
Direito Processual Penal; Prisão
A respeito do cumprimento de mandado de prisão, de acordo com o Código de Processo
Penal, é correto afirmar que

A) durante a diligência respectiva, são admitidas tão somente as restrições relativas à


inviolabilidade do domicílio.
B) o emprego da força física será admitido apenas na hipótese de tentativa de fuga do preso.
C) devem ser observadas as restrições referentes à inviolabilidade de domicílio, à liberdade
de culto e ao respeito aos mortos.
D) somente poderá ser realizado durante o dia, independentemente do local.
E) o emprego de força será admitido exclusivamente contra obstáculo físico, visando a
prender o procurado.

Alternativa A: CORRETA.

NO QUE SE REFERE AO MOMENTO DO CUMPRIMENTO DO MANDADO DE PRISÃO, o Código de


Processo Penal menciona apenas a garantia de inviolabilidade do domicílio:

Art. 283 (...)

§ 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as restrições relativas
à inviolabilidade do domicílio.

Alternativa B: INCORRETA.

Admite-se o uso da força também no caso de resistência:

Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistência ou de
tentativa de fuga do preso.

Alternativa C: INCORRETA

O Código de Processo Penal não menciona outras garantias, somente a inviolabilidade do


domicílio:

Art. 283 (...)

§ 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as restrições relativas
à inviolabilidade do domicílio.

MUDE SUA VIDA!


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Alternativa D: INCORRETA.

A prisão pode ser realizada em qualquer dia e em qualquer horário, desde que respeitada a
garantia de inviolabilidade do domicílio.

Art. 283 (...)

§ 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as restrições relativas
à inviolabilidade do domicílio.

Alternativa E: INCORRETA.

O emprego da força é admitido na medida do necessário para vencer eventual resistência ou


tentativa de fuga do preso.:

Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistência ou de
tentativa de fuga do preso.

34. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Sorocaba - SP Prova: Procurador do
Município Assunto: Das Provas - Prova Pericial e Exame de Corpo de Delito

O exame de corpo de delito, bem como as demais perícias, será realizado por perito
oficial, portador de diploma de curso superior. Na falta de perito oficial, o exame será
realizado por quem tenha habilitação técnica relacionada com a natureza do exame, ou
seja,

a) 1 (uma) pessoa idônea.

b) 1 (uma) pessoa idônea, portadora de diploma de curso técnico da área específica.

c) 1 (uma) pessoa idônea, portadora de diploma de curso superior preferencialmente


na área específica.

d) 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso técnico na área específica.

e) 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior


preferencialmente na área específica.

e) (CERTA) De acordo com o artigo 159 do Código de Processo Penal, sabe-se que
o exame de corpo delito será realizado por perito oficial, portador de diploma de
curso superior. Entretanto, na sua ausência, é necessário atentar-se ao que está
disposto no parágrafo 1º deste artigo.

Isto posto, a resposta está na alternativa E, visto que o exame será


realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior

MUDE SUA VIDA!


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preferencialmente na área específica, obviamente que dentre as que tiverem


habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.

“Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior. (Redação dada pela Lei nº
11.690, de 2008).

§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas


idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do
exame. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008).”

35. Ano: 2007 Banca: NC-UFPR Órgão PC-PR Prova: NC-UFPR - Escrivão de Polícia (PC
PR)/2007 Tema: Inquérito policial

Sobre o Inquérito Policial, considere as seguintes afirmativas:


1. Nos crimes de ação penal pública o inquérito será iniciado de ofício ou mediante requisição
da autoridade judiciária ou do Ministério Público ou a requerimento do ofendido ou de quem
tiver qualidade para representá-lo.
2. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de
base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras
provas tiver notícia.
3. A instauração de inquérito nas ações penais públicas é essencial ao oferecimento da
denúncia.
4. Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que
caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial
para que seja instaurado inquérito.

a) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.


b) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

1. Nos crimes de ação penal pública o inquérito será iniciado de ofício ou


mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público ou a
requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

Alternativa correta, à luz do que dispõe o art. 5º, I e II do Código de Processo


Penal:

Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:

MUDE SUA VIDA!


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I - de ofício;

II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a


requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

Observe, portanto, que é vedado ao Delegado de Polícia iniciar o inquérito


policial nos crimes de ação penal privada (ex.: injúria), vide §5º do referido
dispositivo. Caso a ação penal pública dependa de representação, o inquérito não
poderá, sem aquela, ser iniciado (art. 5º, §4º).

2. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária,


por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas
pesquisas, se de outras provas tiver notícia.

Alternativa correta, conforme art. 18 do Código de Processo Penal: “Art. 18.


Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta
de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas,
se de outras provas tiver notícia.”

Neste sentido, Súmula 524 do STF: Arquivado o inquérito policial, por despacho
do juiz, a requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada,
sem novas provas.

Em se tratando de arquivamento por atipicidade, existência manifesta de


excludente de punibilidade (exceto certidão de óbito falsa) e existência manifesta de
culpabilidade, não será possível o desarquivamento.

Quanto à excludente de ilicitude, há divergência: para o STJ, faz coisa julgada


material e impede a rediscussão do caso. Para o STF, não faz coisa julgada material,
sendo possível o desarquivamento.

3. A instauração de inquérito nas ações penais públicas é essencial ao


oferecimento da denúncia.

Alternativa incorreta. Uma das características do inquérito policial é que se


trata de um procedimento dispensável, não sendo necessária, para o oferecimento
da denúncia, a sua instauração, caso o Ministério Público já possua elementos
suficientes para a deflagração da ação penal.

A título exemplificativo: é plenamente possível que a colheita de elementos


probatórios tenha ocorrido no bojo do Procedimento Investigatório Criminal, que é
presidido pelo membro do Ministério Público, o que dispensaria a instauração de
inquérito.

4. Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração


penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à
autoridade policial para que seja instaurado inquérito.

MUDE SUA VIDA!


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Alternativa correta, conforme art. 5º, §3º do Código de Processo Penal.


Trata-se da notitia criminis de cognição indireta ou mediata, ou seja, por
comunicação de terceiro.

36. Ano: 2007 Banca: NC-UFPR Órgão PC-PR Prova: NC-UFPR - Escrivão de Polícia (PC
PR)/2007 Tema: Inquérito policial

Sobre o inquérito policial, considere as seguintes afirmativas:

1. A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas


respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria.
2. Nos crimes de ação penal privada, o inquérito policial será iniciado de ofício ou mediante
requisição da autoridade judiciária.
3. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência,
que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.
4. Caso não seja possível auferir a autoria do delito, poderá a autoridade policial mandar
arquivar os autos de inquérito.
Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.


b) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

1. A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de


suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da
sua autoria.

Alternativa correta, de acordo com o art. 4º do CPP: “A polícia judiciária será


exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e
terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria.”

2. Nos crimes de ação penal privada, o inquérito policial será iniciado de ofício
ou mediante requisição da autoridade judiciária.

Alternativa incorreta. Nos crimes de ação privada, o Delegado de Polícia


somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para
intentá-la (art. 5º, §5º CPP). Em outras palavras: não pode o Delegado de Polícia
instaurar inquérito para apurar, por exemplo, crime de difamação de ofício.

3. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer


qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.

MUDE SUA VIDA!


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Alternativa correta, conforme art. 14 do Código de Processo Penal: “O


ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer
diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.”

A exceção fica por conta do exame de corpo de delito, cuja realização não
poderá ser negada pelo Delegado de Polícia, vide art. 184 do CPP: “Salvo o caso de
exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida
pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade.”

4. Caso não seja possível auferir a autoria do delito, poderá a autoridade policial
mandar arquivar os autos de inquérito.

Alternativa incorreta. Quem ordena o arquivamento do inquérito é a


autoridade judiciária, após promoção do membro do Ministério Público, conforme art.
18 do CPP. Ademais, o art. 17 do referido Diploma Legislativo é expresso ao afirmar
que o Delegado de Polícia não poderá mandar arquivar autos de inquérito.

37. Ano: 2007 Banca: NC-UFPR Órgão PC-PR Prova: NC-UFPR - Escrivão de Polícia (PC
PR)/2007 Tema: Competência

Em relação à matéria de competência, considere as seguintes afirmativas:


1. A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz singular e não do
Tribunal do Júri.

2. Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração
por continência ou conexão do processo do co-réu ao foro por prerrogativa de função de um
dos denunciados.

3. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pela prevenção.

4. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou,
no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
c) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

1. A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz singular


e não do Tribunal do Júri.

Correta, conforme Súmula 603 do STF: A competência para o processo e


julgamento de latrocínio é do juiz singular e não do tribunal do júri.

MUDE SUA VIDA!


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O latrocínio (art. 157, §3º, II do Código Penal) é crime contra o patrimônio, de


sorte a afastar a competência do Tribunal do Júri, responsável pelo julgamento dos
crimes dolosos contra a vida (art. 5º, XXXVIII, “d” da Constituição Federal).

2. Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo


legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por
prerrogativa de função de um dos denunciados.

Correta, conforme Súmula 704 do STF: “Não viola as garantias do juiz natural,
da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do
processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados.”

3. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pela


prevenção.

Incorreta. De acordo com o art. 72 do CPP: “Art. 72. Não sendo conhecido o
lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu.”
Por sua vez, se o réu tiver mais de uma residência, daí a competência se firmará pela
prevenção (art. 72, §1º do CPP).

4. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar


a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de
execução.

Correta. De acordo com o art. 70 do CPP: “Art. 70. A competência será, de


regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de
tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.” Caso a execução
se inicie no território nacional e a infração se consume fora dele, a competência será
determinada pelo lugar em que foi praticado, no Brasil, o último ato de execução.
Por sua vez, caso o último ato de execução tenha sido praticado fora do Brasil, será
competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido
ou devia produzir seu resultado.

Por fim, quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou
quando incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas
de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.

38. Ano: 2007 Banca: NC-UFPR Órgão PC-PR Prova: NC-UFPR - Escrivão de Polícia (PC
PR)/2007 Tema: Competência

Sobre a competência jurisdicional, considere as seguintes afirmativas:

1. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se praticou a ação ou


omissão, embora possa ser outro o local da produção do resultado.

MUDE SUA VIDA!


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2. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou


residência do réu.
3. A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo no
concurso entre a jurisdição comum e a militar.
4. No processo por crimes praticados fora do território brasileiro, será competente o juízo
da Capital do Estado onde houver por último residido o acusado.É admissível a fixação de
pena substitutiva (art. 44 do CP) como condição especial ao regime aberto.

a) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.


b) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
c) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se praticou a


ação ou omissão, embora possa ser outro o local da produção do resultado.

Incorreta, conforme art. 70 do CPP: “A competência será, de regra,


determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de
tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.” (Grifamos).

2. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo


domicílio ou residência do réu.

Correta, conforme art. 72 do CPP: “Não sendo conhecido o lugar da infração,


a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu”. Caso o réu tenha
mais de uma residência, a competência será fixada pela prevenção (art. 72, §1º do
CPP).

3. A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento,


salvo no concurso entre a jurisdição comum e a militar.

Correta, conforme art. 79, I do CPP: “A conexão e a continência importarão


unidade de processo e julgamento, salvo: I - no concurso entre a jurisdição comum
e a militar”. Também haverá separação dos processos no caso de concurso entre a
jurisdição comum e a do “juízo de menores” (atualmente, fala-se, à luz do ECA, em
Juízo da Infância e da Juventude).

4. No processo por crimes praticados fora do território brasileiro, será


competente o juízo da Capital do Estado onde houver por último residido o acusado.

Correta, conforme primeira parte do art. 88 do CPP: “Art. 88. No processo por
crimes praticados fora do território brasileiro, será competente o juízo da Capital do
Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido no
Brasil, será competente o juízo da Capital da República.”

MUDE SUA VIDA!


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39. Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-PA Prova: CESPE - 2020 - TJ-PA - Analista
Judiciário - Direito

Impede a propositura de ação civil indenizatória a decisão penal que


a) arquivar o inquérito policial.
b) julgar extinta a punibilidade do agente.
c) reconhecer a inexistência material do fato.
d) absolver o réu em razão de o fato imputado não constituir crime.
e) absolver o réu em razão de não existir prova suficiente para sua condenação.

A questão pede a alternativa CORRETA.

Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a


execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu
representante legal ou seus herdeiros, nos termos do artigo 63 do CPP.
A esta ação dá-se o nome de “Ação Civil ex delicto”, isto é, ação ajuizada
pelo ofendido, na esfera cível, para obter indenização pelo dano causado pelo crime,
quando existente

a) ERRADA – nos termos do artigo 67, inciso I do CPP não impede a


propositura da ação civil o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de
informação.

b) ERRADA – nos termos do artigo 67, inciso II do CPP não impede a


propositura da ação civil a decisão que julgar extinta a punibilidade.

c) CORRETA – nos termos do artigo 66 do CPP não obstante a sentença


absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta quando NÃO tiver
sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato.
A contrário senso, NÃO PODERÁ ser proposta quando tiver sido,
categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato.

d) ERRADA - nos termos do artigo 67, inciso I do CPP não impede a


propositura da ação civil a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não
constitui crime.

e) ERRADA - não impede a propositura da ação civil a sentença absolutória


absolver o réu em razão de não existir prova suficiente para sua condenação, mas
tão somente quando houver prova cabal da inexistência do fato ou de que não
foi o réu quem praticou o fato criminoso.

40. Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-BA Prova: CESPE - 2019 - TJ-BA - Juiz de Direito
Substituto

Acerca da competência no processo penal, assinale a opção correta, de acordo com o


entendimento dos tribunais superiores.

MUDE SUA VIDA!


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a) O julgamento de crime de roubo perpetrado contra agência franqueada da Empresa


Brasileira de Correios e Telégrafos competirá à justiça federal.
b) O julgamento de crime de uso de documento falso decorrente de apresentação de
certificado de registro de veículo falso a policial rodoviário federal competirá à justiça
estadual.
c) Compete à justiça federal julgar crime de divulgação e publicação na rede mundial de
computadores de imagens com conteúdo pornográfico envolvendo criança ou
adolescente.
d) Compete à justiça federal o julgamento de contravenções praticadas em detrimento de
interesses da União, quando elas forem conexas aos crimes de sua competência.
e) Compete à justiça estadual o julgamento de crime de redução de trabalhador a condição
análoga à de escravo.

A questão pede a alternativa CORRETA.

a) ERRADA – o Superior Tribunal de Justiça (STJ) fixou entendimento que na


constatação de exploração direta da atividade pelo ente da administração indireta
federal - em que a competência é da Justiça Federal (art. 109, IV, CF/1988)- ou se
existe franquia - que é a exploração dos serviços de correios por particulares
-, quando a competência é da Justiça estadual. (HC 39.200-SP)
Logo, o julgamento de crime de roubo perpetrado contra AGÊNCIA
FRANQUEADA da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos competirá à JUSTIÇA
ESTADUAL.

b) ERRADA – o STJ fixou entendimento que o uso de documento falso perante


a Polícia Rodoviária Federal é crime de COMPETÊNCIA FEDERAL, pois praticado
em detrimento da fiscalização de rodovias federais, que é serviço da União.

c) CORRETA – o Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 241-A,


tipifica a conduta de oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou
divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou
telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito
ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente, sendo tal conduta apenada com
reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
Pois bem.
O STF fixou entendimento que compete à Justiça Federal processar e julgar
os crimes consistentes em disponibilizar ou adquirir material pornográfico envolvendo
criança ou adolescente (artigos 241, 241-A e 241-B da Lei 8.069/1990) quando
praticados por meio da rede mundial de computadores, nos termos do art. 109, inc.
V, da Constituição da República.
Isso pois, O delito previsto no art. 241-A do ECA encontra previsão na
Convenção sobre Direitos da Criança.

d) ERRADA – o STJ fixou entendimento de que contravenções penais, mesmo


quando conexas com crime de jurisdição federal, devem ser julgadas pela Justiça
estadual.

MUDE SUA VIDA!


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Isso porque, se fossem consideradas apenas regras processuais


infraconstitucionais, o caso seria de competência da Justiça Federal. Porém, a
Constituição Federal atribui o julgamento de contravenções penais
exclusivamente à Justiça Estadual.
Este entendimento, corrobora com o disposto na súmula 38 do STJ, segundo a
qual compete à Justiça Estadual Comum, na vigência da Constituição de 1988, o
processo por CONTRAVENÇÃO PENAL, ainda que praticada em detrimento de
bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades.

e) ERRADA – o STF fixou entendimento no sentido de que a competência para


julgar casos de trabalho escravo, onde há “transgressão não só aos valores
estruturantes da organização do trabalho, mas, sobretudo, às normas de proteção
individual dos trabalhadores”, é da Justiça Federal, conforme definido no artigo
109, inciso VI, da Constituição da República.
Isso porque o referido dispositivo constitucional fixa como competência da
JUSTIÇA FEDERAL os crimes contra a organização do trabalho.

41. Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-DFT Prova: CESPE - 2019 - TJ-DFT -
Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento Tema: Inquérito
Policial ,Indiciamento

O Código de Processo Penal, em diversos dispositivos, utiliza a expressão indiciado para


indicar a pessoa em relação à qual existe inquérito policial em curso. Assinale a opção
correta, acerca do indiciamento no âmbito do procedimento policial.

a) Quando ausente ou deficiente, vicia o inquérito policial e, consequentemente, contamina


também o processo criminal a que se destina.
b) Poderá ser viabilizado após o recebimento da denúncia.
c) Vincula o ofendido ao oferecimento da queixa na hipótese de ação penal privada.
d) Deverá ser formulado pela autoridade policial quando requisitado pelo Ministério
Público.
e) Poderá ser formalizado de forma indireta ante a não localização do investigado.

Comentário da questão:CORRETA É A LETRA E.

A questão exige o conhecimento sobre o indiciamento, aplicável


especificamente à fase do inquérito policial. Na visão de EDILSON MOUGENOT
BOMFIM, “o indiciamento é ato complexo da autoridade policial, dividindo-se em três
partes (art. 6º, V, VIII e IX): deve o delegado, inicialmente, interrogar o suspeito,
com observância, no que cabível, do previsto para o interrogatório judicial, devendo
a leitura do respectivo, termo ser presenciada por duas testemunhas. Após, será
ordenada a identificação do investigado e, finalmente, elaborada a folha de vida
pregressa deste”

MUDE SUA VIDA!


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a)ERRADA, pois os vícios eventualmente existentes em inquérito policial não


terão eficácia de contaminarem o processo penal futuro, especialmente por se tratar
de procedimento administrativo meramente informativo.

b) ERRADO. Pois o indiciamento é ato privativo do Delegado de polícia, ou seja,


só poderá ser realizado ATÉ O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA.
Art. 2º, § 6º - O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por
ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a
autoria, materialidade e suas circunstâncias.

c) ERRADO. O princípio da conveniência ou oportunidade da Ação Penal


Privada, cabe ao ofendido, ou não, se manifestar em processar o infrator.

d)ERRADO. Como vimos na alternativa B, o indiciamento é ato privativo do


delegado, assim Juiz e Ministério Público não possuem qualquer atribuição para o
indiciamento.

e) CORRETA. A regra geral é que a autoridade policial informe na presença do


indiciado que ele está sendo indiciado, porém existe também o indiciamento indireto
que será quando o investigado não é encontrado, estando em local incerto e não
sabido.

42. Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz
Substituto Tema: Inquérito Policial ,Inquérito Policial - Características

Com relação às características do inquérito policial (IP), assinale a opção correta.


a) O IP, por consistir em procedimento indispensável à formação da opinio delicti, deverá
acompanhar a denúncia ou a queixa criminal.
b) Não poderá haver restrição de acesso, com base em sigilo, ao defensor do investigado,
que deve ter amplo acesso aos elementos de prova já documentados no IP, no que diga
respeito ao exercício do direito de defesa.
c) É viável a oposição de exceção de suspeição à autoridade policial responsável pelas
investigações, embora o IP seja um procedimento de natureza inquisitorial.
d) Não se admite a utilização de elementos colhidos no IP, salvo quando se tratar de provas
irrepetíveis, como fundamento para a decisão condenatória.
e) A autoridade policial não poderá determinar o arquivamento dos autos de IP, salvo na
hipótese de manifesta atipicidade da conduta investigada.

Comentário da questão: CORRETA LETRA B.

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A questão trata a respeito das características do inquérito policial (IP), que são
elas as características do ip: sigiloso, dispensável, escrito, inquisitorial (em regra),
oficial, oficioso, indisponível. O inquérito policial é uma fase pré-processual, ou seja,
vem antes da ação penal, sendo considerado um procedimento administrativo.

a)ERRADA. Vejamos; uma das características do Inquérito policial (IP)é a sua


disponibilidade. Dessa forma, a existência do IP não é obrigatória e nem necessária
para o desencadeamento da ação penal, como afirma o art. 39, § 5o do CPP. Art. 39.
§ 5o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação
forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso,
oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias. Sendo assim, o IP é dispensável se
houver elementos suficientes para promoção da ação penal.

b)CORRETA. É o que diz a Súmula Vinculante 14:É direito do defensor, no


interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência
de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.

c) ERRADO. O inquérito policial trata-se de um procedimento administrativo,


dessa forma não existe direito subjetivo do imputado de arguir suspeição ou o
impedimento da autoridade policial responsável, como ocorre na alegação de
suspeição ou impedimento referente aos magistrados, por exemplo. Todavia, a
autoridade policial podeira declarar-se suspeita ou impedida, quando presente
alguma circunstância legal para tanto, e afastar-se da direção do inquérito.
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal estabelece que a suspeição da
autoridade policial não é motivo de nulidade do processo, pois o inquérito é peça
meramente informativa, de que se serve o Ministério Público para o início da ação
penal” (STF.2ª Turma. RHC 9031983-47.2015.1.00.0000/DF, rel. Min. Cármen Lúcia,
j. 03.05.2016).
Art. 107. Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do
inquérito, mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal.

d) ERRADO.O que se veda é o uso exclusivo das peças de informação obtidas


do inquérito policial, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
Art. 155 do CPP: O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova
produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as
provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.

e) ERRADO. Art. 17 do CPP – O inquérito é um procedimento indisponível para


a autoridade policial, sendo assim o delegado não pode mandar arquivar o inquérito.
No entanto, segundo entendimento, a autoridade policial poderá SUGERIR o
arquivamento do inquérito no seu relatório final.

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43. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-CE Prova: CESPE - 2018 - TJ-CE - Juiz
Substituto Tema: Inquérito Policial ,Aplicação da Lei Penal Processual Penal ,Lei
Processual Penal no Tempo

Julgue os itens a seguir, a respeito do inquérito policial e das disposições preliminares do


Código de Processo Penal.

I. Aos processos em curso, a lei processual penal será aplicada imediatamente, mantendo-
se, todavia, os atos praticados sob a égide da lei anterior.

II. Caso tome conhecimento da existência de novas provas, a autoridade policial poderá
determinar o arquivamento do inquérito e proceder a novas diligências.

III. Ocorrendo o arquivamento do inquérito por falta de fundamentos para a denúncia, a


autoridade policial poderá dar continuidade à investigação se tiver notícia de outras
provas.

IV . A autoridade policial poderá manter o indiciado incomunicável por até cinco dias se
essa medida for indispensável à investigação.

Estão certos apenas os itens.


a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.

Comentário da questão: Correta LETRA B.

A questão exige conhecimento acerca do tema Inquérito Policial, e questões


relativas às noções introdutórias do Direito Processual Penal.

I .CORRETO. Essa é a regra prevista no art. 2º do CPP, que trata do princípio


da imediata aplicação da lei processual, ou princípio do “tempus regit actum”.
Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade
dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.
A lei processual penal uma vez que é inserida no mundo jurídico, ou seja, passa
a ter validade, eficácia possuí aplicação imediata, sendo assim, caso uma lei
puramente processual seja promulgada ela irá reger todo os processos penais dali
por diante. Todavia, devem ser respeitados os atos anteriores, continuando esses
válidos, visto que o Brasil adotou o sistema do isolamento dos atos processuais.

II. ERRADO. A assertiva se refere ao arquivamento do IP, afirmando que caso


tome conhecimento da existência de novas provas, a autoridade policial poderá
determinar o arquivamento do inquérito e proceder a novas diligências . No entanto,
não pode a autoridade policial arquivar o inquérito policial, segundo o art.17 do CPP.
Contudo, segundo entendimento, ela poderá SUGERIR o arquivamento do inquérito
no seu relatório final. IMPORTANTE! Com a atualização feita pela Lei 13.964/19

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(Pacote Anticrime), a atribuição para arquivamento de inquérito policial passou a ser


APENAS do Ministério Público, sem manifestação do juiz (art. 28, CPP), todavia a
questão está sob judice no STF.

Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer


elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público
comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos
para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei.
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

III .CORRETA, De fato, caso tenha notícia de novas provas, a autoridade


policial pode proceder a novas pesquisas (art. 18, CPP).

Art. 18 do CPP. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela


autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá
proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.

IV .ERRADA. A incomunicabilidade, quando admitida, não poderia exceder a 3


(três) dias (art. 21, parágrafo único, CPP). Contudo, para a doutrina majoritária a
incomunicabilidade não foi recepcionada pela CF/88. É vedada, inclusive, pela CF,
em sede de Estado de Defesa, Art. 136, §3, IV, CF.
De acordo com a disposição do Código de Processo Penal:

Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos


autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência
da investigação o exigir.

Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três dias, será


decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade
policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o
disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil. (não
recepcionado pela CF/88)

44. Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-BA Prova: CESPE - 2019 - TJ-BA - Juiz
de Direito Substituto Tema: Inquérito Policial ,Notícia-crime e
instauração ,Desenvolvimento: diligências e providências ( assuntos)

Aldo, delegado de polícia, recebeu em sua unidade policial denúncia anônima que
imputava a Mauro a prática do crime de tráfico de drogas em um bairro da cidade. A
denúncia veio acompanhada de imagens em que Mauro aparece entregando a terceira
pessoa pacotes em plástico transparente com considerável quantidade de substância
esbranquiçada e recebendo dessa pessoa quantia em dinheiro. Em diligências realizadas,
Aldo confirmou a qualificação de Mauro e, a partir das informações obtidas, instaurou IP

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para apurar o crime descrito no art. 33, caput, da Lei n.º 11.343/2006 — Lei Antidrogas
—, sem indiciamento. Na sequência, ele representou à autoridade judiciária pelo
deferimento de medida de busca e apreensão na residência de Mauro, inclusive do
telefone celular do investigado.

Acerca dessa situação hipotética, assinale a opção correta.

a) A instauração do IP constituiu medida ilegal, pois se fundou em denúncia anônima.


b) Recebido o IP, verificados a completa qualificação de Mauro e os indícios suficientes de
autoria, o juiz poderá determinar o indiciamento do investigado à autoridade policial.
c) Em razão do caráter sigiloso dos autos do IP, nem Mauro nem seu defensor constituído
terão o direito de acessá-los.
d) Como não houve prisão, o prazo para a conclusão do IP será de noventa dias.
e) Deferida a busca e apreensão, a realização de exame pericial em dados de telefone
celular que eventualmente seja apreendido dependerá de nova decisão judicial.

Comentário da questão : CORRETA LETRA D

A questão exigiu do candidato diversos conhecimentos, sendo eles sobre o


prazo do inquérito na lei de drogas, denúncia anônima,o indiciamento e do acesso
aos autos do investigado. Uma boa questão para uma breve revisão.

a)ERRADO. Mesmo que tenha sido instaurado através da denúncia anônima,


houve as diligencias investigativas prévias. Assim, conforme entendimento do STF,
a denúncia anônima de maneira isolada NÃO é elemento suficiente para a instauração
de Inquérito Policial, podendo servir de base para a autoridade policial providenciar
a realização de diligências investigativas prévias a fim de elucidar os fatos narrados
e, então instaurar o procedimento adequado.
Segundo julgado do STF : "Destacou-se, de início, entendimento da Corte no
sentido de que a denúncia anônima, por si só, não serviria para fundamentar a
instauração de inquérito policial, mas que, a partir dela, poderia a polícia realizar
diligências preliminares para apurar a veracidade das informações obtidas
anonimamente e, então, instaurar o procedimento investigatório propriamente dito."
(Info 580) [STF - HC 95244/PE - Rel.: Min. Dias Toffoli - D.J.: 23.3.2010] .

b) ERRADO. O indiciamento é ato privativo do delegado, assim Juiz e Ministério


Público não possuem qualquer atribuição para o indiciamento.
Art. 2º, § 6º - O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por
ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a
autoria, materialidade e suas circunstâncias.

c) ERRADO, uma vez que ao contrário do que afirma a alternativa, o indiciado


não terá acesso aos autos do Inquérito Policial, no entanto, o seu defensor poderá
acessar documentados em procedimento investigatório, conforme a súmula
vinculante 14:É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo
aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório
realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício
do direito de defesa.

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d) CORRETA. Literalidade da lei. Art. 51 da Lei 11.343/06.


Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o
indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados
pelo juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de
polícia judiciária.

e) ERRADO. A busca e apreensão em domicílio com autorização judicial já


abrange o acesso a dados de telefone celular, sem necessidade de nova autorização
judicial.
“.....IV - No presente caso, contudo, o aparelho celular foi apreendido em
cumprimento a ordem judicial que autorizou a busca e apreensão nos endereços
ligados aos corréus, tendo a recorrente sido presa em flagrante na ocasião, na posse
de uma mochila contendo tabletes de maconha. V - Se ocorreu a busca e apreensão
dos aparelhos de telefone celular, não há óbice para se adentrar ao seu conteúdo já
armazenado, porquanto necessário ao deslinde do feito, sendo prescindível nova
autorização judicial para análise e utilização dos dados neles armazenados. Recurso
ordinário não provido.”
(STJ - RHC: 77232 SC 2016/0270659-2, Relator: Ministro FELIX FISCHER, Data
de Julgamento: 03/10/2017, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe
16/10/2017)

45. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-PE Prova: CESPE - 2018 - DPE-PE -
Defensor Público Tema: Inquérito Policial ,Inquérito Policial - Noções Gerais

Em razão de mandados expedidos por juiz competente, foram realizadas providências


cautelares de interceptação telefônica e busca domiciliar na residência de Marcos para a
obtenção de provas de crime de tráfico ilícito de entorpecentes a ele imputado e objeto de
investigação em inquérito policial.
Nessa situação, durante o procedimento investigatório, o advogado de Marcos

a) terá direito de acessar os relatórios e as demais diligências da interceptação telefônica


ainda em andamento.
b) terá direito de acessar os relatórios de cumprimento dos mandados de busca e apreensão
e os respectivos autos de apreensão.
c) estará impedido de acessar os laudos periciais incorporados aos procedimentos de
investigação.
d) terá direito de acessar previamente documentos referentes às diligências do inquérito,
inclusive os de cumprimento do mandado de busca e apreensão.
e) estará impedido de acessar os autos de apresentação e apreensão já lavrados.

Comentário da questão: CORRETA LETRA B.

A questão exige conhecimentos específicos sobre o direito de o defensor


acessar os elementos de provas produzidos no procedimento investigatório. Para

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resolução da questão é indispensável o conhecimento do teor da súmula vinculante


nº 14.

a) ERRADO. Segundo a súmula 14 do STF, o defensor terá direito aos AUTOS


JÁ DOCUMENTADOS. Logo, ele não poderá acessar os que ainda estão em
andamento.
Súmula vinculante n .14
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos
elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado
por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do
direito de defesa.

b) CORRETA. Como vimos na anterior, o advogado só poderá acessar o que já


foi documentado. Portanto, como o relatório é a peça que encerra o inquérito policial,
ou seja, o processo já foi concluído e documentado, terá o advogado amplo acesso.
.
c) ERRADO. Como já está batido nessa questão, o advogado poderá acessar
os documentos que já foram processos. Assim, se o laudo pericial foi incorporado e
documentado, o advogado terá amplo acesso.

d) ERRADO. Não o advogado de Marcos terá direito de acessar os elementos


de provas JÁ DOCUMENTADOS, não compreendendo as diligências ainda em
andamento.

e) ERRADO. Não estará impedido de acessar os autos de apresentação e


apreensão já lavrados. Pelo contrário, é direito do defensor ter acesso amplo aos
elementos de provas já documentados.

46. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-MA Provas: CESPE - 2018 - PC-MA -
Perito Criminal Tema: Inquérito Policial ,Inquérito Policial - Características

A respeito do inquérito policial, assinale a opção correta.

a) O inquérito policial poderá ser iniciado apenas com base em denúncia anônima que
indique a ocorrência do fato criminoso e a sua provável autoria,
b) Contra o despacho da autoridade policial que indeferir a instauração do inquérito
policial a requerimento do ofendido caberá reclamação ao Ministério Público.
c) Sendo o inquérito policial a base da denúncia, o Ministério Público não poderá alterar a
classificação do crime definida pela autoridade policial.
d) O inquérito policial pode ser definido como um procedimento administrativo pré-
processual destinado à apuração das infrações penais e da sua autoria.
e) Por ser instrumento de informação pré-processual, o inquérito policial é imprescindível
ao oferecimento da denúncia.

Comentário da questão: CORRETA LETRA D

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A questão exigiu conhecimento a respeito do inquérito policial que consiste em


uma fase da ação penal que tem por objetivo apurar a autoria e a materialidade de
um crime, contudo a afirmação está incorreta. O inquérito policial (IP) é uma fase
pré- processual, ou seja, vem antes da ação penal, sendo considerado um
procedimento administrativo. O mesmo é privativo da autoridade policial e visa
apurar autoria e a materialidade de infrações penais que tenham pena superior a 2
anos, visto que infrações com pena inferior deverá ser feito o termo circunstanciado
de ocorrência ( TCO).

a) ERRADO. Conforme entendimento do STF, a denúncia anônima de maneira


isolada NÃO é elemento suficiente para a instauração de Inquérito Policial, podendo
servir de base para a autoridade policial providenciar a realização de diligências
investigativas prévias a fim de elucidar os fatos narrados e, então instaurar o
procedimento adequado.

b) ERRADO. Caberá o recurso administrativo ao CHEFE DE POLÍCIA, conforme


o Art.5§ 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito
caberá recurso para o chefe de Polícia.

c) ERRADO. Inexiste qualquer vinculação entre a capitulação jurídica trazida


pela autoridade policial ao ministério público (MP). O MP irá capitular no momento
do oferecimento da denúncia. Vale ressaltar que o inquérito policial tem a
característica de ser DISPENSÁVEL e outro ponto importante também é que o MP é
o titular da ação penal, e pode aditar ou reformular a classificação do crime e inclusive
promover a denúncia sem o inquérito policial, conforme o Art. 39. § 5o O órgão do
Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos
elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a
denúncia no prazo de quinze dias.

d) CORRETA. A questão afirma que o inquérito policial um procedimento de


natureza administrativa, cuja finalidade é obter informações a respeito da autoria e
da materialidade do delito, o que está correto.

e) ERRADO. O inquérito é sim instrumento de fase pré -processual, porém uma


das suas características é a sua disponibilidade.
Dessa forma, a existência do IP não é obrigatória e nem necessária para o
desencadeamento da ação penal, como afirma o art. 39, § 5o do CPP. Art. 39. § 5o
O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem
oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso,
oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias.

47. Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRE-BA Prova: CESPE - 2017 - TRE-BA -
Analista Judiciário – Área Judiciária Tema: Inquérito Policial ,Notícia-crime e instauração

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A instauração de inquérito penal independe da manifestação do ofendido no caso de


crime de ação penal

a) pública incondicionada.
b) privada, se o ofendido for incapaz.
c) privada.
d) pública condicionada.
e) pública condicionada, se o ofendido houver falecido.

Comentário da questão: CORRETA LETRA A.

A resposta encontra-se exposta no art. 5º do Código de Processo


Penal,vejamos:

a) CORRETA. Literalidade da lei. Art. 5. Nos crimes de ação pública o inquérito


policial será iniciado:
I - De ofício;
II - Mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a
requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo
Agora, já nos crimes que ela depender de representação, a autoridade policial
não poderá iniciar de oficio. Conforme o art.5 parágrafo § 4 do CPP o inquérito, nos
crimes em que a ação pública que depender de representação, não poderá
sem ela ser iniciado.

b) ERRADO. A ação penal não deixará de ser privada (dependendo da


respectiva queixa) por ser a vítima menor de idade. O art. 100 ,§ 2º do CP prescreve
que a “ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de
quem tenha qualidade para representá-lo.”

c) ERRADO. A instauração de inquérito penal independe da manifestação do


ofendido no caso de crime de ação penal pública incondicionada a representação,
segundo § 4º do artigo 5° do Código de Processo Penal, mas dela depende, nos casos
de ação penal privada e condicionada à representação.

d) ERRADO. A instauração de inquérito penal depende da manifestação do


ofendido nos casos de crimes de ação penal pública condicionada a representação,
segundo § 4º do artigo 5° do Código de Processo Penal.

E) ERRADO. O item está incorreto, se o ofendido tiver falecido, o direito de


representação passará ao cônjuge, companheiro, ascendentes ,descendente ou
irmão ( CADI) e o fato de o ofendido ter falecido não torna a ação pública
condicionada a representação em ação penal incondicionada.

48. Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGE-SE Prova: CESPE - 2017 - PGE-SE -
Procurador do Estado Tema :Inquérito Policial ,Inquérito Policial - Características

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A respeito de inquérito policial, assinale a opção correta.


a) O arquivamento desse tipo de investigação criminal nunca faz coisa julgada material,
podendo a investigação ser desarquivada a qualquer tempo, se surgirem novas provas.
b) A prorrogação de prazo em inquéritos policiais para ulteriores diligências é possível
quando o fato for de difícil elucidação, ainda que o indiciado esteja preso.
c) O arquivamento desse conjunto de atos e diligências pode ser determinado, de ofício,
pelo magistrado.
d) O inquérito policial, por ser uma peça investigatória obrigatória, não pode ser
dispensado quando da propositura da ação penal.
e) O inquérito policial pode ser instaurado com base em denúncia anônima, desde que
comprovada por elementos informativos prévios que denotem a verossimilhança da
comunicação.

Comentário da questão : CORRETA LETRA E

a) ERRADO. O Arquivamento do inquérito policial, segundo o entendimento dos


tribunais superiores, faz coisa julgada material se for baseado na atipicidade do fato.
Logo, nesse caso, não poderão ser desarquivados os autos do inquérito.

b) ERRADO. Conforme o art.10, parágrafo § 3o Quando o fato for de difícil


elucidação, e o INDICIADO ESTIVER SOLTO, a autoridade poderá requerer ao juiz a
devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo
marcado pelo juiz. Quando o indiciado está preso, o prazo para conclusão do IP é de
10 dias, improrrogáveis. Se estiver solto é de 15 dias prorrogável por mais 15 dias.

c) ERRADO.O Arquivamento do inquérito policial NÃO poderá ser determinado


de ofício pelo magistrado, devendo ser requerido pelo Ministério público. Ademais, de
acordo com a nova redação do Artigo 28 do CPP dada pela Lei 13.964/19 (Pacote
anticrime), a homologação do arquivamento será feita pela instância de revisão
ministerial, ou seja, pelo próprio MP.
Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer
elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público
comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos
para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei.
d) ERRADO. Inquérito é DISPENSÁVEL. uma das características do ip é a sua
disponibilidade. Dessa forma, a existência do IP não é obrigatória e nem necessária
para o desencadeamento da ação penal, como afirma o art. 39, § 5o do CPP. Art. 39.
§ 5o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação
forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso,
oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias
e) CORRETA. Conforme entendimento do STF, a denúncia anônima de maneira
isolada NÃO é elemento suficiente para a instauração de Inquérito Policial, podendo
servir de base para a autoridade policial providenciar a realização de diligências

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investigativas prévias a fim de elucidar os fatos narrados e, então instaurar o


procedimento adequado.
"Destacou-se, de início, entendimento da Corte no sentido de que a denúncia
anônima, por si só, não serviria para fundamentar a instauração de inquérito policial,
mas que, a partir dela, poderia a polícia realizar diligências preliminares para apurar
a veracidade das informações obtidas anonimamente e, então, instaurar o
procedimento investigatório propriamente dito." (Info 580) [STF - HC 95244/PE -
Rel.: Min. Dias Toffoli - D.J.: 23.3.2010]

49. Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-PA Prova: CESPE - 2020 - TJ-PA -
Oficial de Justiça - Avaliador Tema: Inquérito Policial ,Ação Penal ,Denúncia e
Queixa( assuntos)

Maria foi vítima de estupro praticado por um desconhecido em um parque. Ao


comparecer à delegacia, ela comunicou formalmente o ocorrido e submeteu-se a exame
de corpo de delito, que comprovou a violência sexual; em seguida, foi feito o retrato
falado do estuprador. Apesar dos esforços da autoridade policial, o autor do crime
somente foi identificado e reconhecido pela vítima sete meses após a ocorrência do fato.

Nessa situação hipotética, concluídas as investigações, o Ministério Público deve


a) oferecer a denúncia, visto que estão presentes as condições da ação penal.
b) manifestar-se pelo arquivamento do inquérito policial por falta de interesse de agir.
c) manifestar-se pelo arquivamento do inquérito policial por falta de possibilidade jurídica
do pedido.
d) manifestar-se pelo arquivamento do inquérito policial por falta de justa causa.
e) oficiar à vítima para que ela informe se ainda tem interesse na propositura da ação penal.

Comentário da questão : CORRETA LETRA A

a)CORRETA. Visto que, está presente a justa causa, pois está evidente a
materialidade da infração penal, foi comprovada pelo exame de corpo de delito a
violência sexual e há indícios suficientes de autoria, pois o autor do crime foi
identificado e reconhecido pela vítima.
Ademais, é importante lembrar que com o advento da lei 13.718/18, todos os
crimes contra a liberdade sexual passaram a ser de Ação Penal Pública
Incondicionada. Dessa forma, ocorreu a modificação do artigo 225 do Código Penal
que reconfigurou os crimes sexuais como de ação penal pública incondicionada.

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b)ERRADO, não no que se falar em “interesse de agir” é ação penal pública


incondicionada, conforme o art.5 o IP será de ofício instaurada.

c) ERRADA, o estupro é um crime sexual, de ação penal pública


incondicionada, logo há possibilidade jurídica, pois estão presente os requisitos.
Ademais não existirá prazo decadencial, apenas prescricional que será contado da
data em que o crime foi consumado.
STF: “não há que se falar em extinção da punibilidade pela decadência, nos
termos do art. 107, IV do CP” (STF. RHC 108.382/SC. Rel. Ricardo Lewandowski. T1.
Julg 21.06.2011)

d) ERRADO. Como vimos na alternativa A, existe indícios suficientes para a


instauração do inquérito e oferecimento da denúncia. Dessa forma, não poderá haver
manifestação pelo arquivamento por falta de justa causa.

e) ERRADO, não há necessidade de interesse da vítima para a propositura da


ação penal (Lei 13.718/18). Estando presente a justa causa (materialidade do fato e
indícios suficientes de autoria), o Ministério Público tem o dever de oferecer a
denúncia.

50. Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRE-BA Prova: CESPE - 2017 - TRE-BA -
Analista Judiciário – Área Administrativa Tema: Inquérito Policial ,Princípios
fundamentais do direito processual penal ,Ampla defesa( assuntos)

Indiciado em determinado inquérito policial, Pedro requereu, por meio de seu advogado,
acesso aos autos da investigação. O requerimento foi negado pelo delegado de polícia.

Nessa situação hipotética, a decisão da autoridade policial está:

a) correta, pois, sendo procedimento inquisitório, não há de se falar em assistência de


advogado no curso do inquérito policial.
b) incorreta, pois o exercício do direito de defesa e contraditório são plenamente aplicáveis
ao inquérito policial.
c) incorreta, pois afronta o princípio da publicidade, igualmente aplicável às ações penais
em curso e aos inquéritos policiais.
d) correta, pois o inquérito policial, sendo procedimento inquisitório, deve ser mantido em
sigilo até o ajuizamento da ação penal.
e) incorreta, pois o acesso do indiciado, por meio de seu advogado, aos autos do
procedimento investigatório é garantia de seu direito de defesa.

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A questão exigiu do candidato conhecimento acerca da Súmula vinculante nº


14 e nela também possível explanar um pouco sobre o sistema inquisitório e os
princípios do Inquérito policial. Assim, vamos aproveitar para fazer uma breve e
objetiva revisão.

A questão afirma que o acesso de Pedro foi negado , e isso está ERRADO, pois
conforme estabelece a Súmula Vinculante nº 14 é direito do defensor, no interesse
do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova já documentados em
procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia
judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. Agora, vamos a uma
breve revisão sobre os temas abordados na questão:

O sistema que vigora no Brasil é o sistema processual acusatório. O mesmo


foi adotado de forma expressa pelo art.3- A (lei 139644/19) do CPP, que está sob
judice no STF. São características marcantes do sistema processual acusatório
publicidade, a imparcialidade, o contraditório ,a ampla defesa ,oralidade,
imparcialidade do magistrado, igualdades entre as partes e vale ressaltar que no
sistema acusatório vigora o princípio da inércia da jurisdição, o juiz só deverá agir
quando for estritamente necessário e a lei autorizar.

Ao contrário do Sistema inquisitivo que acusar e julgar estão concentradas


na mesma pessoa, atuação de oficio do juiz, a confissão é a rainha das provas e
predomina os procedimentos escritos e sigilosos
Agora sobre as características do IP, temos as seguintes:

• SIGILOSO
• DISPENSÁVEL
• ESCRITO
CARACTERÍSTICAS DO
IP • INQUISITORIAL (EM REGRA)
• OFICIAL
• OFICIOSO
• INDISPONÍVEL

a) ERRADO. Por mais que seja o sistema inquisitorial é plenamente possível o


acesso do defensor aos autos já documentados, conforme SV.14

b) ERRADO. No inquérito não há o que se falar em plenitude do contraditório


e da ampla defesa.

c) ERRADO. Inquérito policial tem a característica de ser sigiloso, o acesso do


advogado aos autos documentados não faz com que o inquérito seja público e a
atitude do delegado contraria a súmula vinculante 14.

d) ERRADO. Como já afirmado nas alternativas anteriores.

e) CORRETA. Súmula Vinculante nº 14 é direito do defensor, no interesse do


representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em

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procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia


judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.

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GABARITO
1. A 50. E
2. C
3. C
4. C
5. D
6. E
7. E
8. D
9. E
10. A
11. C
12. A
13. A
14. A
15. D
16. B
17. C
18. E
19. A
20. D
21. D
22. E
23. C
24. B
25. D
26. C
27. A
28. C
29. D
30. C
31. B
32. B
33. A
34. E
35. B
36. C
37. B
38. E
39. C
40. C
41. E
42. B
43. B
44. D
45. B
46. D
47. A
48. E
49. A

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