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Respostas comentadas

SIMULADO
Neste slide, agrupamos lesões brancas
que não representam possibilidade de
malignização, ou seja, lesões brancas de
natureza benigna associadas a fatores
irritativos. O trauma crônico de baixa
intensidade no rebordo alveolar ESTOMATITE NICOTÍNICA

(ceratose friccional) ou na mucosa jugal CERATOSE FRICCIONAL


(mordicamento crônico) são bons
exemplos disso.
A estomatite nicotínica tem aspecto
típico e surge em função do calor do
cigarro e não tem risco de
transformação maligna.

MORDICAMENTO CRONICO CERATOSE FRICCIONAL


Aqui, observamos vários exemplos úlcera de natureza
benigna. Algumas são precedidas por vesículas e
coalescem, como as observadas em mucosa ceratinizada
na interface lábio – pele ou no palato, e caracterizam o
herpes recorrente.
HERPES RECORRENTE

Em outros casos, o formato da úlcera é oval e


contornada por halo vermelho (eritematoso). Nestes
casos, a informação de que as lesões doem e
apresentam ciclos (aparecem e desaparecem), ajudaria
na suspeita de ulceração aftosa recorrente (UAR). ÚLCERA TRAUMÁTICA CRÔNICA
O halo esbranquiçado em uma úlcera que tem um
provável agente irritativo próximo (dente pontiagudo)
faz pensar em úlcera traumática crônica.

HERPES RECORRENTE UAR


Área avermelhada na mucosa abaixo de uma
prótese parcial removível: tem que pensar em
candidíase. Lesões vermelhas no centro do
dorso da língua associada a pseudomembrana,
mais localizada na região posterior (glossite
romboidal mediana) ou mais disseminada, GLOSSITE ROMBOIDAL
forte sugestão de que se trate de candidíase. CANDIDÍASE MEDIANA
Presença de lesões erosivas múltiplas em
língua, sendo algumas contornadas por halo
amarelo/esbranquiçado, são a descrição
característica de língua geográfica.

CANDIDÍASE LÍNGUA GEOGRÁFICA


LESÕES NODULARES/BOLHOSAS BENIGNAS
Coloração, localização e superfície são aspectos
importantes. A coloração arroxeada sugere
hemangioma. A localização em lábio e coloração HEMANGIOMA HIPERPLASIA INFLAMATÓRIA
azulada coloca mucocele como uma hipótese
importante. A superfície esbranquiçada e papilar é
típica do papiloma.
Nódulos em gengiva, mucosa jugal e lábio podem ter
outras hipóteses listadas entre os diagnósticos
diferenciais, mas a superfície lisa ou com úlceras MUCOCELE PAPILOMA
rasas e os limites bem definidos
fazem pensar em lesão benigna

FIBROMA GRANULOMA PIOGÊNICO GRANULOMA PIOGÊNICO


LESÕES EROSIVAS MÚLTIPLAS E/OU EM GENGIVA
PENFIGÓIDE BENIGNO DE MUCOSAS E PÊNFIGO VULGAR A
Lesões erosivas em gengiva (gengivite descamativa) podem
representar um caso de penfigóide benigno de mucosas (A e B) ou
líquen plano. Apenas a biópsia permitirá o fechamento do diagnóstico.
As vezes essa definição é difícil. B
Lesões erosivas ou ulceradas múltiplas também são vistas em casos de
pênfigo vulgar (c). Note que não há estrias brancas associadas o que
poderia sugerir líquen plano.

C
LESÕES PIGMENTADAS
Como visto no módulo 8, informações obtidas pela anamnese são essenciais para o raciocínio diagnóstico das lesões
pigmentadas. Contudo, a partir da avaliação das características clínicas das lesões, podemos fazer algumas
considerações. As lesões apresentadas em A e C só podem ter o seu
diagnóstico definido a partir da biópsia e exame
histopatológico, mas, para ambas, mácula melanócitica e
nevus são as hipóteses a serem consideradas.
A B
Para a lesão mostrada em B, tempo de evolução, hábito de
fumar, presença de sintomas sistêmicos como cansaço e
perda de peso e medicamento em uso seriam fundamentais
para fazer o diagnóstico diferencial entre doença de Addison
e melanose do fumante.
A coloração acinzentada/azulada da lesão apresentada em D C D
sugere tatuagem por amálgama, mas não se poderia
descartar nevus sem uma radiografia e uma biópsia.
LÍQUEN PLANO
Estrias brancas que se entrelaçam formando uma
rede, associadas ou não a lesões ulceradas ou
erosivas (vermelhas) afetando regiões amplas da
boca sugerem tratar-se de líquen plano, uma
desordem potencialmente maligna.
A
Em geral queilite actínica (A) não costuma ser um diagnóstico difícil,
exceto quando há agravamento das suas características e há dúvida
com relação a malignização. Este não é o caso aqui, pois trata-se de
um caso de queilite actínica leve.
Em B, um caso difícil: uma leucoplasia que simula um líquen plano.
Vale lembrar que muito raro uma lesão de líquen plano ser tão
pequena. A leucoplasia que aparece em C oferece menos
dificuldade para o diagnóstico. Obviamente não há trauma
B
envolvido e as suas características não sugerem outra lesão branca
da mucosa bucal

C
A

Mais 3 casos de leucoplasias: uma mais discreta em A, uma bem B


evidente em B e uma leucoeritroplasia em C.
Obviamente não temos a condição ideal para avaliação, pois o
procedimento de raspagem da lesão, fundamental no caso de lesões
brancas, não é possível. De qualquer forma, se fossem
pseudomembranas, seria improvável que áreas tão extensas se
mantivessem intactas, pois, ao se alimentar, pelo menos em parte,
elas seriam removidas.
C
CARCINOMA ESPINOCELULAR (CEC)
Ainda que informações como presença
de dor, tempo de evolução e consistência sejam essenciais, a
presença de uma úlcera de bordas elevadas e endurecidas,
centro necrótico mostrando destruição tecidual, associada ou
não a áreas brancas levanta a suspeita de tratar-se de carcinoma
espinocelular.
Essas lesões também podem se apresentar como nódulos em
borda de língua de limites imprecisos e superfície ulcerada.
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