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Glossário

ÁBACO Laje em pedra que constitui a parte superior que fomentavam as artes através do ensino, de exposi-
de um capitel clássico, na qual assenta a arquitrave. mento arquitectural em forma de pilastra. Os templos
ções e discussões e ocasionalrnente atra vés da assistência com colunas entre as ANTAE chamam-se in antis,
ABAD IA 1) Comunidade religiosa regida por um financeira aos artistas.
abade ou uma abadessa; 2) Conjunto dos edifício, que ANULAR Do latim anultus, anel. Designa, em espe-
ACANTO I) Planta mediterrânica, de folhas espinho- cial, uma abóbada de berço de forma circular.
albergam a comunidade; a igreja da abadia inclui, nor- sas ou recortadas. 2) Ornato semelhante às folhas da
malmente, um coro de grandes dimensões, onde os planta, aplicado em cornijas, frisos e no capitel coríntio. APOCAlIPSE Livro da Revelação, o último do Novo
monges ou as freiras assistiam ao serviço religioso. Testamento, em que S. João Evangelisra descreve as
AÇ O Ferro modificado quimicamente para reforçar visões que teve do Céu, do futuro da humanidade e do
ABÓBADA Cobertura ou tecto arqueado de pedra, as propriedades de dureza, elasticidade e resistência.
tijolo ou betão. Qualquer das variedades que foram J uízo Frnal, quando se encontrava na Ilha de Patmos.
sendo concretizadas necessita de ser apoiada por con- AÇO ESTRUTURAL Aço usado como material de
APÓSTOLO Cada um dos doze discípulos que Cris-
trafortes no ponto de descarga lateral. 1) A abóbada de construção na arquitectura, tanto de forma visível como
to escolheu para o acompanharem e para espalharem
oculta.
berço, ou de volta perfeita, é uma estrutura semicircu- os evangelhos, depois da sua morte. A lista tradicional
lar formada por arcos sucessivos. Pode ser simples ou ACRI LlCO Aglutinante plástico para pigmentos, inclui S. André, S. Bartolomeu, São Tiago O Grande
anular. 2) A abóbada de arestas resulta da intersecção solúvel na água. Criado nos anos 1960. (filho de Zebedeu), São Tiago o Pequeno (filho de
de duas abóbadas cilíndricas de igual dimensão e altura Alfeu), S. João, S. Iudas lscariotes, S. Mateus, S. Pedro,
que produz um tramo de quatro compartimentos cujos AC ROT É RI O (gr.akroterion,pl.akroteria)Ornatos colo-
S. Filipe, S. Simão o Cunanita, S. [udas Tadeu, e S. To-
pontos de corte formam arestas. 3) A abóbada de cruza- cados sobre o ápice e nas extremidades dos frontões.
mé, Na arte, contudo, não foram sempre representa-
ria de ogivas resulta da junção de nervuras à intersecção ACTION PAINTING Na Arte Abstracta, consiste na dos Os mesmos doze, e a palavra "apóstolo" designava
das arestas para consolidação da estrutura e para decora- aplicação espontânea e desinibida da tinta, como era alguns dos primeiros cristãos, como S. Paulo.
ção. Quando as nervuras diagonais formam semicírcu- prática entre os vanguardistas das décadas de 30 a 50
los está-se perante uma abóbada de vela ou em cúpula. do século xx. AQUATINTA Processo de impressão semelhante
4) Uma abóbada sextipartida é uma abóbada de ogivas gravura, em que certas partes ou a totalidade da chapa
A D U EL A Cada uma das pedras em cunha de um arco. são pulverizadas com lima solução de betume, resina,
dividida em seis panos por lima nervura transversal a
meio. 5) Na abóbada gótica comum, quadripartida, os AG UA DA Fina camada de colorido ou tinta translúci- ou sais, e depois aquecidas. A solução adere em peque-
arcos são todos quebrados, com maior ou menor incli- da empregada na pintura de aguarela ou no desenho pin- nos grãos, ou pontos, na superfície, criando ricos tons
nação. 6) A abóbada de leque apresenta nervuras com celado; também usada algumas vezes na pintura a óleo. de cinzento na impressão final. As linhas são gravadas
rendilhados em forma de leque ou folhas de palmeira. na lâmina depois de a solução de água-tinta ter sido
ALÇADO 1) Desenho arquitectónico em que um edi- aplicada.
Foi desenvolvida em Inglaterra no século xv, a partir da
fício é apresentado como se fosse projectado num plano
abóbada de ogivas, como elemento ornamental. AQUEDUTO Do latim, caminho de água. 1) Canal,
vertical paralelo a um dos seus lados. 2) Termo usado
ABÓBADA CILINDRICA Abóbada formada por um para descrever o plano vertical de um edifício. ou conduta artificial para trazer água de uma nascente
arco semicircular continuo, que lhe dá a forma de um distante. 2) Construção elevada que sustenta a referida
AL.FIZ Área entre a curva exterior de dois arcos ou, conduta acima de vales, rios ou outras depressões.
cilindro em semicírculo.
no caso de ser um só arco, a área entre a curva exte-
ABÓBADA DE ARESTA Abóbada formada pela rior, da imposta à chave, e a moldura rectangular que ARABESCO GEOMÉTRICO Padrões e desenhos
intersecção de duas abóbadas cilíndricas, que definem a enquadra. complexos compostos geralmente por formas geomé-
entre si um ângulo recto. A aresta é formada pela inter- tricas poligonais, em vez de formas orgânicas e fluidas.
ALLA PRIMA Técnica de pintura segundo a qual os
secção das duas abóbadas. Muito usadas para decoração na arte islâmica.
pigmentos são dados de uma só vez, com pouco ou
ABÓBADA DE NERVURAS Abóbada cujos arcos de nenhum preparo. ARCADA Sucessão de arcos, sustentados por pilares
superfície salientes, ou nervuras, sobressaem ao longo ou colunas. Quando integram uma parede, chama-se
ALTAR Elevação de terreno, ou estrutura, destinada,
da intersecção de segmentos da abóbada. As nervuras arcada cega, OJ falsa.
no culto de uma divindade, aos sacrifícios e oferendas.
têm a dupla função de suporte arquitectónica e de deco- ARCADA CEGA Arcada sem aberturas, ornamental,
Numa igreja católica, é a mesa consagrada onde é cele-
ração da superfície da abóbada. em que os arcos e os suportes estão embebidos na pare-
brada a Missa.
ABÓBADA EM CÚPULA As partes arqueadas de de e não desenpenham qualquer função estrutural.
ALTO-RELEVO Ver relevo.
uma cúpula que constituem, por junção, a forma arre- ARCARIA Sequência arquitectónica de arcos.
dondada de uma cúpula. Ver cúpula, abóbadae arco. AMAZONA Mulher-guerreira cuja tribo, segundo
uma lenda grega, vivia perto do Mar Negro. ARCEBISPO Bispo que é superior máximo de um
ABÓBADA FALSA Abóbada formada por fieiras de distrito eclesiástico.
blocos de pedra ou de tijolos, em projecção progressiva, AMEADA Parede encimada por aberturas em forma
até se unirem no ponto mais elevado da abóbada. de dente (ameias), comuns nas fortificações e nos caste- ARCO Elemento de construção curvo sobre um vão.
los da Europa medieval; os espaços abertos, ou ameias, Os arcos de cantaria são formados por blocos em cunha
ABÓBADA DE QUARTO DE CANHÃO Desenhada a destinavam-se ao uso das armas e os merlões, mais altos, (as aduelas), dispostos com o lado mais estreito para a
partir de uma abóbada de meio cilindro, apresenta, em
ser-v iam de escudos defensivos. abertura. de modo a travarem-se mutuamente. A adue-
corte, um quarto de círculo.
la superior chama-se chave ou fecho. Os arcos podem
AMEIA Intervalo regular que separa os merlões num
ABÓBADA SEXTIPARTIDA Ver abóbada. ter formas variadas, como o arco quebrado do gótico ou
muro fortificado, através do qual era possível dispa-
o arco redondo clássico.
ABSIDE Nicho semicircular ou poligonal num ou nos rar; mais tarde usada como elemento decorativo. Ver
dois extremos da nave da basílica romana. Na igreja ameada. ARCOBOTANTE Arco, ou série de arcos, no exterior
cristã, a abside está normalmente no lado oriental da ANDACHTSSILD Palavra alemã que significa "ima- de um edifício, que o ligam a um contraforte de pilar,
nave principal, a seguir ao transepto e ao coro. Também gem de devoção". Pintura ou escultura destinada ao
para contrabalançar o impulso da cobertura aboba-
é utilizada para rematar os braços do transepto. culto privado, originária do Norte da Europa. dada.
ABSIDioLA Abside ou capela secundária de menores ANFITEATRO Literalmente, Teatro Duplo (dogrego ARCO DE CÚPULA Arcos dispostos na diagonal nos
dimensões, ligada à abside principal de uma igreja. amphi + théatron). Recinto monumental da Antiguida- vértices de um quadrado ou rectângulo, que servem de
de Clássica, normalmente de planta elíptica, com ban- transição à forma circular da cúpula, em cima.
ACADEMIA Lugar de estudo. A palavra deriva do
nome grego dos jardins, perto de Atenas, onde Platão, cadas concêntricas e corredores de acesso em torno da ARIANISHO Seita paleocristã fundada pelo padre
e mais tarde os filósofos platónicos, expunham as suas arena central. Arius no século IV n.e. em Alexandria. Considerada
teorias filosóficas (dos séculos v ao VI a.n.e.). A primeira ÃNFORA Vaso grego de armazenamento, de corpo uma heresia e condenada, hoje é praticamente desco-
academia de Belas-Artes foi a Academia de Desenho, ovalado, em regra afunilado na base, com duas asas nhecida.
fundada em Florença por Giorgio Vasari, em 1563. De laterais desde o bojo ao cimo do gargalo. ARQUITRAVE Elemento inferior de um enrablamcn-
épocas posteriores, destacam-se a Real Academia de to clássico, composto Qor uma série de blocos de pedra
Pintura e Escultura de Paris, fundada em 1648, e a Aca- ANTA (plural anrae). Extremidade frontal de parede
de um templo grego, espessada para produzir um ele- assentes directamente nas colunas.
demia Real das Artes, de Londres, fundada em 1768,

GLOSSÁRIO
ARQUIVOLTA Banda ornamentada que emoldura BASE I) Secção inferior de coluna ou pilar, sob o a figura, muitas vezes de perfil, é esculpida numa cor,
um arco, ou conjunto de bandas que emolduram um fuste. 2) Elemento inferior de parede, cúpula ou edifí- que contrasta com o fundo, de cor mais escura.
tímpanu, frequentemente decorado com escultura. cio, ou de uma estátua ou quadro.
CAMERA OBSCURA Expressão latina que designa
ARRICCIO Argamassa grossa aplicada sobre uma BASILICA I) Na arquitectura romana antiga, edifício "câmara escura". Espaço escuro ou caixa com pequena
parede de pedra ou de alvenaria que forma a base (ou grande c oblongo usado como local de assembleias públi- abertura ou lente num dos lados, pela qual a luz entra,
o suporte) mole da sinopia, ou desenho preliminar da cas e tribunais. Compunha-se de nave principal, naves formando uma Imagem invertida na parede oposta.
pintura a fresco. colaterais e uma, ou mais, absides. 2) Na arquitectura O princípio, conhecido há muito, só foi empregado no
cristã, igreja longitudinal derivada da basílica romana, fabrico de imagens no século XVI.
ART 8RUT Em francês, arte "em bruto", ou "crua".
com nave principal, abside, duas ou quatro naves cola-
Designa a arte directa e profundamente ernotiva das CAMPAGNA "Campo", em italiano; quando é empre-
terais, ou capelas laterais, e por vezes um nártex. 3) Cada
crianças e dos deficientes mentais que serviu de inspira- gado com "c" maiúsculo, designa a paisagem campestre
uma das sete igrejas originais de Roma, ou qualquer
ção para alguns movimentos artísticos da Arte Moderna. nos arrabaldes de Roma.
igreja que tenha obtido os mesmos privilégios religiosos.
ARTE DA TERRA (EARTHWORKS) Obras de arte em CAMPANILE,CAMPANÂRIO OUTORRE SINEIRA De-
BELVEDERE Estrutura concebida para observação da
grande escala, em regra no exterior, que são produzidas rivado de "campana", palavra italiana para "sino".
envolvente geralmente colocada sobre a cobertura ou
por alterações ao ambiente natural.
implantada no jardim ou em qualquer outro cenário Torre sineira circular ou quadrangular. Pode existir
ARTE SITE-SPEClfIC Obra de arte produzida para natural. isoladamente.
um lugar específico, que faz parte da obra e é essencial
BETÃO Mistura de argamassa, areia e pedra amassa- CAMPOSANTO "Campo sagrado", em italiano. Cemi-
à sua produção e significado.
da com água, inventada no Próximo Oriente c qUI:! os tério perto de igreja, quase sempre murado.
ARTES LIBERAIS Todas as disciplinas intelectuais Romanos desenvolveram e a Idade Média ignorou, pela CANELURAS Na arquitectura, as caneluras são as
que, supostamente desde Platão, se julgavam essenciais maior parte. No século XVI, foi recuperada por Braman- estrias ou sulcos abertos verticalmente no fuste de uma
para uma educação completa, como, por exemplo, a te, que a utilizou na Catedral de S. Pedro de Roma. coluna ou pilastra. Na ordem Dórica, as caneluras têm
gramática, a retórica, a lógica, a aritmética, a música,
BETÃO ARMADO Ver betão reforçado. arestas vivas; nas ordens [ônica, Coríntia e Ccmpósira,
a geometria e astronomia. Na arte da Idade Média e no
estão separadas por um estreito filete.
Renascimento foram muitas vezes representadas alego- BETÃO REFORÇADO Betão fortalecido, principal-
ricamente em pinturas, gravuras e esculturas. mente em termos de força tênsil, pela inserção de vare- CÂ N O N E Lei, regra ou pad rão,
tas ou malha de aço. Introduzido em França cerca de
ÁRVORE DA VI DA Árvore no Jardim do Éden cujo CAPA DE LIVRO OU ENCADERNAÇÃO Capa rígi-
fruto dava a vida eterna; na arte medieval, aparecia com
1900. O betão reforçado possibilitou a construção da da, exterior, que protege o livro encadernado. Na Idade
frequência como símbolo de Cristo. maior parte dos edifícios modernos.
Média, eram muitas vezes ornamentadas com metais e
BIBLE MORALlSÉE Bíblia ilustrada em que cada jóias preciosas e decoradas com motivos esculpidos.
ÁRVORE DO CONHECIMENTO A árvore no Jardim
página contém quatro pares de ilustrações de episódios
do Éden da qual Adão e Eva comeram o fruto proibido CAPELA 1) Lugar de oração privado ou subordina-
bíblicos com as suas respectivas lições.
que lhes roubou a inocência. do. 2) Lugar de oração que faz parte de uma igreja mas
BISPO Eclesiástico que superintcnde espiritualmente com invocação separada.
AS NA Armação de madeira ou metal que sustenta
coberturas ou telhados. Pode ser deixada a descoberto. um número de igrejas ou uma diocese. É o seu trono,
CAPELA RADIAL Capela absidal que ahre para o
ou cátedra, que atribui o nome de catedral à igreja onde
deambulatório (e por vezes para o transepto) de uma
ÁTlCO Andar superior baixu, acima da cornija prin- é colocado.
igreja medieval.
cipal ou do entablamento de um edifício, decorado com
frequência com janelas e pilastras.
BIZÃNCIO Cidade no Mar de Mármara funcada
CAPITEL Parte superior de coluna, pilastra ou pilar,
pelos gregos. Em 330 n.e. foi rebaptizada Constantino-
ATRIUM 1) Pátio central ou pátio aberto da entrada de constituído por ábaco e coxim, sobre o qual assenta a
pia e hoje chama-se Istambul.
arquitrave.
uma casa romana; 2) Pátio aberto, por vezes com colu-
BODEGÓNES Apesar de, no espanhol actual, bodegón
nas ou arcadas, que antecede a frontaria de uma igreja. CARDEAL Na Igreja Católica Romana, membro do
ser sinónima de natureza morta, no século xv n , os bode-
AURÉOLA Na pintura, designa o círculo de luz total Sacro Colégio, o organismo eclesiástico que elege o
gônes eram pinturas de género que representavam cenas
ou parcial que envolve a cabeça de um santo, anjo ou papa e constitui o seu conselho.
de comida e bebida, como na obra de Velásquez,
divindade, Indicando santidade; muito ccmum nas pin- CARIÁTIDE Figura feminina esculpida, usada como
BUON fRESCO Ver Fresco.
turas medievais mas também é visto em pinturas mais suporte arquitectónico em vez de coluna. As estátuas
recentes. Também chamado nimho. BURIL Instrumento de metal de ponta aguçada em masculinas que cumprem a mesma função chamam-se
forma de cunha, usado na gravura. atlas (ou atlanres, no plural).
AUTOCROMIA Processo fotográfico a cor inventado
por Louis Lumiêre em 1903, em que uma lâmina de CABECEIRA Na arquitectura gótica, O conjunto for- CARTÃO De cartone, ou "papel grande" em italiano.
vidro é coherta por um granulado de goma de três cores mado por capcla-rnor, abside, dcamhulatório e capelas 1) Desenho preparatório em tamanhu real, destinado a
diferentes, que formam os filtros, e seguidamente por radiais, no extremo oriental da igreJél. uma pintura ou a ser transposto para uma parede, paí-
uma ernulsão de hrometo de prata. nel, tapeçaria, etc. 2) A palavra ingle;a cartoon designa
CABECEIRA DE IGREJA DE PEREGRINAÇÃO Uni-
dade arquitectura I de Igreja românica composta por um desenho uu gravura impressa, de tom humorístico
AVANT-GARDE Do francês, significa "guarda avan-
çada". Os artistas europeus "avant-garde", ou de van- uma abside, deambulatório e capelas radiais. ou satírico, que visa uma acção ou figura pública.
guarda, dos séculos XIX e xx inovaram nos temas e nas CASAMATA Câmara ou compartimento em muralha
CACHORRO Peça de pedra, madeira ou metal, cncra-
técnicas, rompendo com as convenções artísticas vigen- fortificada, usada para o armazenamento de artilharia
vada numa parede e saliente ao paramento desta, de
tes. e munições.
superfície achatada, que sustenta o peso de uma estátua,
BACANTE Sacerdote, ou sacerdotisa, de Baco, deus cornija, trave, etc. A parte inferior pode ter a form.a de CASSONE. (Pl. Cassoni). Arca de noivado italiana, pro-
do vinho (Dioníso, na mitologia grega), ou uma das suas rolo de voluta; a este tipo chama-se modilhão. fusamente adornada com esculturas, pinturas, embuti-
seguidoras em êxtase, também conhecidas por ménades. dos e ornamento, em talha dourada.
CAIXOTÃO Painel reentrante, de forma geométri-
BAIXO-RELEVO Escultura em relevo em que as ca, no intradorso da cobertura de um edifício, tecto ou CATACUMBAS Cemitérios subterrâneos dos pri-
figuras ou desenhos são modelados sob a superfície da abóbada. meiros cristãos, constituídos por galerias COfi1 nichos
pedra, em contornos nítidos. CALIGRAFIA Do grego, "bela escrita". 1) Escrita tumulares e pequenas capelas para serviços religiosos
BALAUSTRADA 1) Parapeito sustentado por pilare- manual decorativa ou formal executada à pena (de cana comemorativos.
tes, chamados balaúsrres; 2) Qualquer resguardo baixo. ou de cálamo de pena de ave) ou a pincel. 2) Desenho CATALOGUE RAISONNÉ Catálogo completo da obra
derivado de letras ou semelhantes a letras, disposto em de um artista, que inclui uma cronologia abrangente e
BALDAQUINO 1) Cobertura, em forma de pálio,
padrão. uma discussão do estilo do artista.
geralmente levantado sobre um altar. O tabernáculo
de Bernini da Catedral de S. Pedra, em Roma, é um CALÓTIPO Inventado na década de 1830 por William CÁTEDRA Trono do bispo, superior máximo de uma
dos seus exemplos mais conhecidos. 2) Em arquitectura, Henry Fox Talbot, foi o primeiro processo fotográfico a diocese. Ver catedral.
elemento ornamental de cobertura colocado sobre uma usar impressões negativas e positivas sobre papel.
C AT EORA L A igreja de um bispo, onde se encontra a
estátua ou um objecto sagrado. CALVÁRIO Colina nos arredores de Jerusalém onde sua cátedra ou trono. Sede administrativa do bispado.
BAPTISTÉRIO Edifício, ou secção da igreja, onde se Cristo foi crucificado (também chamada GÓlgota).
O nome Calvário vem da palavra latina calva ris (cavei- CELLA 1) A sala principal de U111 templo, murada,
administra o sacramento do baptismo. A estrutura é,
ra); Gólgota é a rranslitcração grega de crânio em ara- destinada a albergar a imagem do deus. Também cha-
em regra, de planta octogonal e contém uma pia baptis-
maico. Julgava-se que Adão fora sepultado nessa colina, mada nuas. 2) O corpo de um templo, por oposição aos
mal, ou um receptáculo de pedra ou metal que contém
que era tradicionalmente conhecida como "o lugar da seus elementos exteriores.
a água benta durante a cerimónia.
caveira". Ver Gõlgota. CENA DE GÉNERO Na arte, uma cena de género é
BAS_DE_PAGE Literalmente, "fundo da página". llus-
CAMAFEU Baixo-relevo em ágata, em concha ou uma obra de arte, em regra uma pintura, que represen-
tração ou decoração sob um bloco de texto num manus-
noutro material de várias camadas sobrepostas, em que ta uma cena da vida quotidiana.
crito iluminado.

2 GLOSSÁRIO
CÉSAR Nome do ditador romano Caio Júlio César, COLUNA ENCAIXADA Coluna embebida numa
utilizado mais tarde como título imperial, de onde deri- DEAMBULATÓRIO Passagem coberta. I) Em igreja
parede, que sohressai em meia coluna da superfície. de planta basilical, passagem semicircular em torno da
vam o Kaiser alemão e o czar russo.
COLUNATA Conjunto de colunas, dispostas a interva- abside; 2) Numa igreja de planta central, a nave anular
CHAMPLEVl. Técnica que consiste em abrir rccn- los regulares, que sustenta um lintel ou entablamcnro. que envolve o espaço central. 3) Num claustro, galeria
trâncias numa superfície metálica e preenchê-Ias com coberta em arcada ou colunata em torno do pátio aberto.
esmalte. COLU NELO Pequena coluna decorativa, de fuste del-
gado, adossada a parede ou pilar. DECALCO MANIA Técnica desenvolvida pelo artista
CHARTREUSE Palavra francesa que designa o mostei- Max Ernst em ~ue a tinta é pressionada sobre uma tela
ro da Ordem Cartuxa ("Certosa", em italiano). A Or- COMPOSiÇÃO HERÁLDICA Desenho simétrico em a partir de outra superfície.
dem da Cartuxa foi fundada em 1084 por S. Bruno (ca. torno de um eixo central.
DECALQUE Reprodução de uma superfície em rele-
1030-1101) em Chartreuse, perto de Grenoble. É uma CONTRAFORTE Suporte adossado a uma parede vo cobrindo-a com um papel e esfregando-a com lápis,
ordem eremítica, em que os monges vivem isolados, do
exterior, para contrariar o impulso lateral exercido giz, carvão, etc. Também se chamafi·ouage.
entregues ao silêncio, à oração e à austeridade. interior por uma abóbada ou por um arco.
DEESIS Da palavra grega para "súplica". Represen-
CHÂTEAU (PI. Châteaux). Palavra francesa que uesig- CONTRAPPOSTO Palavra italiana para contraposição. tação de Cristo no trono ladeado pela Virgem Maria e
na castelo ou palácio; hoje em dia t:. usada para descre- Método de composição desenvolvido pelos gregos para por S. João Baptista, frequente nos mosaicos bizantinos
ver uma casa de campo senhorial. representar movimento numa figura. Várias partes do e nas representações do ]uízo Final bizantinas. Alude
CHAVE Pedra central
de um arco ou de uma abó- corpo são dispostas assimetncamente, opondo-se umas ao papel da Virgem e de S. João enquanto intercessores
bada; a última pedra a ser colocada e é o seu peso que às outras em redor de um eixo central; tem em atenção pela Humanidade.
segura a estrutura. a distribuição do peso.
DENTE Espécie de ressalto quadrado ou rectangular
CHEVRON Ornatos em feitio de V que são colocados CONTRA-REFORMA Movimento de renovação e usado como ornato nas molduras, cornijas ou frisos do
de modo deseneontrado, em que um grupo é posto reforma no seio da Igreja Católica que se seguiu à entablamento clássico.
com o vértice do V para cima, alternando com outro Reforma Protestante de inícios do século XVI, visando
DESCARGA Força que faz um arco, uma abóbada ou
grupo com o V para baixo, com um efeito horizontal combater a sua influência. Também conhecrda por
uma cúpula do interior para o exterior e à qual resistem
em ziguezague. Reforma Católica, os seus princípios foram formulados
a grossura da parede e os contrafortes.
e adoptados no Concílio de Trento, de 1545a 1563.
CHIAROSCURO "Luz e sombra", em italiano. Método DESENHO I) Obra a lápis, pena e tinta, carvão, etc.,
pictórico de rnodelação através do jogo de luz e sombra. CORNIJA I) Elemento arquitectónico saliente que
em regra sobre papel. 2) Obra semelhante à anterior, a
delimita o frontão clássico, tanto na honzontal em
CHUMBO, CHUMBAGEM Tira de chumho canclado tinta e aguada, etc., executada a pincel e chamada dese-
baixo C0l110 nos dois lado·s inclinados em cima. 2) Ele-
usado nos vitrais para unir as peças de vidro. nho a pincel. 3) Obra que combina as técnicas anteriores
mento arquitcctural saliente que coroa uma parede ou
ou outras. Um desenho pode ser de grande e pequeno
CICLO CRISTOLÓGICO Série de ilustrações com outra estrutura, ou a divide na horizontal, num efeito
formato, um csquisso rápido ou uma ohra complexa.
passos da vida de Cristo. decorativo.
Pode ser o registo de uma observação, um estudo para
C IC LÓP IC o Descreve um a parelho de construção CORO 1) Área de igreja em torno do altar, quadra- outra obra, uma ilustração associada a um texto ou um
caracterizado pelo emprego de grandes blocos irre- da ou rectangular entre a ábside e a nave ou transep- auxiliar técnico.
gulares, não aparelhados, que os gregos atrihuíam aos to, reservada ao clero e ao coro, separada por degraus,
DESENHO A PINCEL Ver Desenho.
Ciclopes, uma raça lendária de homens gigantes de um grade ou anteparo. 2) Parte da igreja reservada aos
sÓolho. cânticos, com um cadeiral. Pode situar-se atrás do altar- DESENHO AUTOMÁTICO Técnica de desenho da
-mar (coro baixo), no extremo da nave central, antes do Arte Moderna, em que o artista tenta reduzir o contro-
CIDADE-ESTADO Unidade política autónoma for-
cruzeiro ou da capela-mor (coro médio) ou acima do lo consciente ou intelectual sobre as linhas ou padrões
mada por uma cidade e pelas suas regiões rurais.
portal da entrada (coro-alto). desenhados e cenfia a orientação do desenho a impulsos
CIMBRE Armação de madeira arqueada, que serve inconscientes.
CORTE 1) Na arquitectura, um desenho que mostra
de molde para a construção de um arco, uma abóbada
uma representação da superfície seccionada de um edi- DIKKA Plataforma elevada, de superfície plana, numa
ou uma cúpula, ou como suporte dos seus elementos
fício ao longo de um plano imaginado, para revelar o mesquita, destinada ao muezzm, ou cantor.
durante a construção.
desenho da estrutura. 2) Um corte imaginário através
DIORITE Rocha vulcânica, extremamente dura, de
CINZELADO I) Técnica de ornamentar superfícies de qualquer objecto, ao longo de um plano imaginado,
cor negra ou cinzento-escuro.
metálicas com vários instrumentos. 2) Acabamento de para revelar a sua estrutura.
uma peça de bronze fundido, depois de retirada do DiPTlCO I) Lnicialmente, tabuleta dupla, de charnei-
CORTE LONGITUDINAL Representação de um
molde. ra, usada para escrever. 2) Par de tabuletas esculpidas
corte de edifício ou de um objecto no sentido do com-
em marfim ou de painéis pintados, em regra unidos por
CLASSICISMO Obra de arte ou de arquitectura que pr imenro, para expor a sua estrutura. Ver corte.
recupera os estilos e cânoncs da arte e da arquitectura dobradiças.
CRIPTA Espaço abobadado numa igreja que serve
da Grécia ou da Roma antigas, observando padrões DIPYLON (VASO) Vaso funerário grego com orifí-
específicos de equilíbrio, ordem e beleza. de capela de relíquias ou funerária, sob a capela-mar,
cios no fundo, através 00 qual as libações eram vertidas
ohrigando o pavimento desta a elevar-se relativamente
CLAUSTRO I) Lugar de clausura religiosa, convento, sobre os mortos. O nome deve-se ao cemitério perto de
ao da nave.
mosteiro. 2) Pátio aberto, no interior de um mosteiro ou Atenas onde foram encontrados os vasos.
anexo a uma igreja, rodeado por uma galeria coberta CROMELEQUE "Pedra côncava", em galês. Círcu-
DOADOR Patrono ou cliente que encomendou a obra
com arcadas (deambulatório). Servia de lugar de estu- lo formado por grandes lajes de pedra, dispostas na
de arte. O doador é muitas vezes representado na obra.
do, meditação e exercício físico. vertical, talvez destinado a cerimônias rituais, na Grã-
-Bretanha pré-histórica. DÓLMEN Uma estrutura formada por dois, ou mais,
CLERESTÓRIO Piada de janelas de iluminação blocos de pedra verticais encimados por uma grande
directa colocadas lateralmente no andar superior da CRUZ GREGA Cruz com os quatro braços iguais dis-
laje horizontal, que se pensa ter SIdo uma sepultura pré-
nave central de uma igreja ou basílica; visto do exterior, postos em ângulo recto.
-histórica.
situa-se imediatamente acima da cobertura adjacente CRUZ LATI NA Cruz em que três braços são iguais e o
da nave colateral. DOMUS Palavra em latim que designa "residência".
quar:o é de comprimento superior.
Casa de habitacâo romana, independente e unifamiliar,
CODEX (PL. CÓDICES) Livro manuscrito em per- CRUZE I RO A área da igreja em que o transepto atra- em que os quartos se agrupam em torno de dois pátios
gaminho, que substituiu progressivamente (do século I vessa a nave, realcada por uma cúpula ou por uma torre- abertos. O primeiro pátio, chamado atrium, destinava-
ao século rv n.e.) o rotulas ou rolo de papiro, usado ante- -lanterna. -se a receber as visitas c as relações profissionais; o
riormente.
segundo, quas(- sempre com jardim e rodeado por um
CUNEIFORME Sistema de escrita dos antigos Meso-
COFRE Pequena arca. pcristilo, ou coluna ta, destinava-se ao uso particular da
potâmios que consistia na gravação, com estilete, de
família.
C O LAG EM Composição feita com pedaços cortados e caracteres em forma de cunha em tabuletas de barro.
colados de materiais variados, por vezes com linhas c DOMUS ECCLESIAE Divisão destinada ao culto em
CÚPULA Abóbada de curvatura esferóide de planta
formas acrescentadas pelo artista. casa particular; as primeiras- igrejas cristãs localizavam-
circular, poligonal ou elíptica. Pode ser sustentada por
-se em residências particulares adaptadas às exigências
COLÓFON 1) Informação dada no fim de um livro uma parede ou tambor circular e por pendentes ou
da celebração religiosa.
referente aos pormenores da sua execução. 2) Emblema outros elementos arquitectónicos. Existem vários tipos
impresso de editor livreiro. de cúpulas. DON}ON (I) Estrutura mais sólida ou torre central de
um castelo medieval, por vezes usado como aquartela-
COLU NA Elemento estrutural vertical de secção cir- DAGUERREÓTIPO Na sua origem, era uma foto-
mento e também como estrutura de defesa. (2) Castelo
cular ou poligonal, formado em regra por base, fustc c grafia obtida em chapa de cobre revestida a prata c
medieval fortificado.
capitel. Quando está encostada a uma parede ou a um sensibilizada com iodeto de prata, revelada com vapo-
pilar, chama-se coluna adossada; quando está embebi- res de mercúrio. O processo, inventado por L. I.M. DOURAMENTO Camada de ouro ou de substância
da no muro ou no pilar, chama-se encaixada. Colunas Daguerre e tornado público em 1839, foi aperfeiçoa- dourada aplicada mecânica ou quimicamente sobre
decoradas com relevos em faixas espiraladas foram usa- do e acelerado quando os daguerreótipos ganharam a superfície de uma pintura, escultura ou decoração
das como monumentos comemorativos independentes. popdaridade. arquitectónica.

GLOSSÁRIO 3
ORÓLERIES "Facécia, brincadeira", em francês. Pala- ESTELA Termo de origem grega que designa "bloco narram a vida e morte de Cristo. Costumam aparecer
vra que descreve os animais e outros sues, diminutos vertical". Laje vertical ou pilar de pedra, por vezes com representados com os seus símbolos, provavelmente
e de grande vivacidade, desenhados nas margens dos um desenho ou gravação. derivados dos quatro animais que rodeiam o trono do
manuscritos tardo-medievais ou esculpidos no mobili- Cordeiro no Apocaltpse, ou dos que surgem na visão de
ESTEREÓBATO Subestrutura de um edifício clássico,
ário em madeira do mesmo período. Ezequiel: um homem alado, ou anjo, para Mareus; um
em particular de templo grego.
EMBUTIDO DE NIELO Vernielo. leão alado, para Marcos; um touro alado, para Lucas; e
ESTEREOSCÓPIO Instrumento óptico que permite uma águia para João. Estes símbolos podem também,
EMPIRISMO Ideia científica e filosófica segundo a ao utilizador combinar duas fotografias tiradas a par- isolados, representar os Evangelistas.
qual o conhecimento se obtém através da observação tir de diferentes perspectivas, equivalentes aos olhos
e pela acumulação de provas através de experiências humanos. A combinação da imagem apresenta a pro- FACHADA Face exterior, ou frontaria principal, de
repetíveis. fundidade e a solidez da visão binocular normal. Foi um edifício.
pela primeira vez demonstrado por Sir CharIes \Vhe- FAIANÇA I) Pasta de vidro que, depois de cozida,
ENCÁUSTICA Técnica de pintura com pigmentos
atstone em 1838. adquire um acabamento opaco brilhante, muito usada
dissolvidos em cera quente.
ESTILETE Da palavra latina stylus, instrumento de no Egipto e nas civilizações do Mar Egeu. 2) Loiça
ENTABLAMENTO 1) Numa ordem clássica, todo o revestida com um vidrado opaco, muitas vezes decora-
escrita dos romanos. (1) Instrumento aguçado usado na
coroamento de fachada acima das colunas que inclua da com desenhos intricados.
Antiguidade para escrever em tabuinhas de um mate-
arquitrave, friso e cornijas. 2) Um coroarnento análogo
rial suave, como o barro. (2) Instrumento em forma de FECHO Ver chave.
em-qualquer edifício de estilo clássico.
agulha usado na ponta seca ou na gravura.
ENTASIS Ligeiro engrossamcnto do fuste da coluna, FERRO FORJADO Ferro em estado relativamente
ESTILO ANIMALlSTA Estilo aparentemente origi- puro, de endurecimento lento, e portanto fácil de traba-
para harmonizar as proporções do monumento, visto à
nário du antigo Irão, caracterizado por imagens cstili- lhar, podendo ser batido e moldado à mão, ao contrário
distância.
zadas ou abstractas de animais. do ferro fundido, que é vertido em moldes.
ENVIRONMENT Na erte.cnoironment alude ao plane-
ESTILO CORT~S Ver Radiante. FERRO FUNDIDO Liga de ferro dura mas quebradi-
ta Terra como cenário da Enoironrnentaí A1·t, com obras
de proporções gigantescas mas que são minimalistas e ESTILO DE FIGURAS NEGRAS Estilo de decoração ça produzida em moldes nos altos-fornos. Muito usada
abstractas. Estas obras podem ter carácter permanente da cerâmica da Grécia antiga caracterizada por fi6:uras na primeira metade do século XIX como material de
ou cfémero. O termo Eartn A,·t é usado para descrever negras contra um fundo vermelho. Este tipo de decora- construção, foi pretenda em .favor do aço e do cimento
estas obras de arte. ção precedeu o estilo de figuras vermelhas. armado.

EQUINO Na ordem Dórica ou Toscana, é o elemen- ESTILO DE FIGURAS VERMELHAS Estilo de ccrâ- FERRO E VIDRO Na arquitectura do século XIX, a
to curvo inferior do capircl, entre o ábaco e o fuste da mica da Grécia antiga caracterizada por figuras ver- combinação entre ferro (mais tarde, aço) e vidro em
coluna. melhas contra fundo negro. Este tipo de decoração grandes construções (por exemplo, estações de comboio,
desenvolveu-se no final do século VI a.n.e, e veio subs- salões de exposições, erc.),
ESCALA HIERÁTICA Técnica artística que deterrni-
tituir O anterior estilo de figuras negras. FíBUlA Abraçadeira, fivela ou camafeu, muitas
na a importância social das figuras pela escala da repre-
sentação: assim, a figura maior será a mais importante. ESTilO MATAI}I Literalmente, "de Cathay", ou "chi- vezes ornamentada.
nês"; usado na arte turca otornana para designar um FlllGRANA Peça decorativa muito delicada, feita de
ESCORÇO Método de reduzir ou distorcer as partes
padrão artístico formado por botões de IÓLUS e de outras fios de metal entrelaçados.
de um objecto representado que não estão paralelas ao
flores e por folhas sinuosas que despontam de caules
plano pictórico para transmitir uma ilusão tridimensio- FLAMEJANTE OU RADIANTE Estilo arquitectóni-
ondeantes.
nal tal como é percepcionada pelo olho humano. co gótico, descrito como "radiante" c desenvolvido na
ESTILO PERPENDICULAR O terceiro estilo aqui- corte parisiense de Luís IX em meados do século XIII.
ESCRITA CÚFICA Uma das primeiras escritas ára-
tectónico do Gótico inglês, no qual a decoração de vãos Também chamado estilo cortês.
bes, que se destaca pela angulosidade. Existem diversas
e platibandas usa linhas predominantemente verticais.
varranres desta escrita no mundo islâmico. FLECHA OU CORUCHéu Torre que se eleva sobre
A abóbada de leque também é muito comum neste
I) Talhe de uma figu- urn edifício. As flechas ou coruchéus são, em regra,
ESCULTURA SUBTRACTIVA estilo.
ra ou de um desenho em material sólido, como pedra ou associados à arquitectura de igrejas e encontram-se com
ESTI LO «PRONK)) Palavra que significa ostentatório frequência nas estruturas g6ticas.
madeira (em contraste com a técnica ad:tiva da modela-
ou sumptuoso; é utilizada para referir naturezas-mortas
ção). 2) Obra executada através desta técnica. FLORAo Ornato relativamente pequeno, em regra
de objectos luxuosos.
ESFINGE (I) No Antigo Egipto, criarura com cabeça firomórfico, que decora uma pedra de fecho de arco,
ESTllÓBATO Plataforma ou pavimento em alvena- uma abóbada de ogivas, ou é usado para rematar torres
de homem, animal ou pássaro e corpo de leão; frequen-
ria, sobre o cstcreóbato, sobre o qual assentam as colu- e agulhas, como na arquitectura gótica.
temente esculpida em tamanho monumental. (2) Na
nas de um templo gregu.
mitologia grega, criatura representada com frequência FOLHA OE OURO I) Ouro batido em folhas muito
com cabeça e seios de mulher, corpo de leão e asas de ESTÓICO Membro da escola de filosofia fundada por finas e aplicado em manuscritos iluminados, em painéis
águia. Também aparece nas obras de arte do período Zeno ea. 300 a.n.c. que recebeu o nome da stoa de Ate- pintados, esculturas ou no verso das tcsserae (tcssclas)
clássico, do Renascimento e do Neoclassicismo. nas em que o filósofo ensinava. A sua tese principal é a de vidro empregadas nos mosaicos. 2) A folha de prata
de que O homem se deve libertar de todas as paixões. também foi usada, ainda que sujeita a oxidação.
ESMALTE 1) Substâncias vítreas coloridas, opacas ou
translúcidas, aplicadas em pó sobre uma superfície de ESTRESIOO Técnica de transferência de um dese- FOLHA OE PRATA Verfolhadeouro.
metal, solidificarias depois de fundidas a alta tempe- nho para parede ou outra superfície, que consiste na
ratura. As duas técnicas principais são a de champlevé abertura de orifícios ao longo das linhas principais de FOLlO Folha de manuscrito ou de livro, identificada
("campo erguido", em francês), em queas áreas a tratar um desenho; seguidamente aplica-se pó fino de carvão pelo mesmo número inscrito na frente (1'ecto) e atrás
são escavadas na superfície metálica; e cloisonné ("com- (vel>o).
numa boneca de estresir, em pancadas suaves, reprodu-
partimentado", em francês), em que os compartimen- zindo assim o desenho na superfície. FORMALlSMO Na arte.ênfase dada à forma, ou seja,
tos (ou cloisonsi a preencher são alvéolos formados na à linha, à forma, à cor, fi composição, etc., em detrimen-
ESTUDO Esquisso preparatório, desenho, pintura
superfície por tiras delgadas de metal. 2) Obra executa- to do tema. Assim, a arte de qualquer época pode ser
ou outro tipo de obra de arte, usado por artistas para a
da por qualquer uma das técnicas acima referidas. apreciada apenas com base nos seus elementos formais.
exploração das possibilidades artísticas e para resolver
ESMALTE CLOISONNÉ Método que consiste em problemas antes da obra final. Frequentemente, 0.5 estu- FORUM (1'1. Fora). Na Roma antiga, praça pública
preencher com esmalte derretido alvéolos formados dos rendem a ser vistos como obras de arte acabadas. principal, lugar de encontro público e centro de toda a
por lamelas de metal soldadas verticalmente placa de
à vida judiciária e económica.
ESTUQU E (1) Tipo de cimento usado no revestimen-
fundo, criando um padrão decorativo.
to de um edifício. (2) Gênero de argamassa usada em FOTOGRAFIA Forma relativamente pe::rmanente
ESQUISSO Desenho, pintura ou outro trabalho artís- decorações aequitectónicas, como cornijas, ou em rele- ou "fixa" de uma imagem, obtida pela luz que passa
tico executado com rapidez, que serve de auxiliar à vos escultóricos. através da lente de uma câmara fotográfica e a projecta
compreensão e desenvolvimento da técnica do artista; sobre um" substância sensível à luz, chamada frequen-
EUCARISTIA 1) O Sacramento da Sagrada Comu-
por vezes, um esquisso dá origem a uma obra de arte. temente prova fotográfica.
nhão, a celebração em comemoração da Última Ceia. 2)
ESQUISSO A ÓLEO Esboço informal,a 6leo, que por O pão e o vinho consagrados usados na cerimónia. FOTOMONTAGEM Fotografia obtida a partir do todo
vezes serve de preparação para uma obra maior. ou de pane de outras fotografias. Técnica muito usada
EVANG ELHOS I) OSprimcirosquatro livros do Novo
pelo movimento dadaísta durante a década de 1920.
ESTACA Pilar ou poste que sustenta uma super- Testamento, que narram a história da vida e morte
-estrutura; na arquitectura do século ::IX, são normal- de Cristo e cuja autoria foi atribuída aos evangelistas FRESCO Técnica de pintura sobre gesso com pig-
mente em ferro cimento. No arco subido, ou alongado, Mateus, Marcos, Lucas e João. 2) A cópia manuscrita mentos dissolvidos em água, em que a tinta, absorvida
as impostas são formadas pelas estacas. é chamada Evangcliário e é, muitas vezes, ricamente pelo gesso, se integra na parede. Buon fresco designa a
iluminada. técnica de pintura sobre gesso húmido;ji'eJco secco é a
ESTAMPA OU PROVA DE IMPRESSÃO Reprodução
técnica de pintura a fresco sobre gesso seco.
de pintura ou desenho, geralmente sobre papel e em EVANGELlSTAS Matcus, Marcos, Lucas e João, tra-
várias cópias, a partir de um bloco de madeira, chapa de dicionalmente considerados os autores UOS Evangelhos, FRISO 1) Faixa contínua ornamental, pintada ou
metal, laje de pedra ou fotografia. os primeiros quatro livros do Novo Testamento, que esculpida, que guarnece a parte superior de uma parede,

4 GLOSSÁRIO
2) Num edifício clássico, a zona do enrablamcnto entre GRATTAGE Técnica de pintura na qual a imagem é ca. 3500 a.n.e, e precede a Idade do Ferro, iniciada ca.
a arquitravc e a cornija. Na ordem dôrica, aprescnta produzida raspando a tinta de lima tela colocada sobre 1300 a.n.e,
uma decoração onde se alternam triglifos c métopas, as uma superfície texturada.
IGREJA DE PLANTA CENTRALIZADA I) Igreja em
últimas frequentemente esculpidas. Um friso jónico é,
GRAVURA I) Método de embclezarnento de super- que os quatro braços têm comprimento igual e o cru-
em rt:gra, decorado com baixos-relevos contínuos. zeiro é encimado por uma cúpula. Também conhecida
fícies metálicas ou pedras semipreciosas com desenhos
FRONTALIDADE Representação de um tema em incisos. 2) Desenho gravado em chapa de metal (nor- por igreja de planta em cruz grega. 2) Igreja de planta
perspectiva frontal. malmente cobre), com um instrumento de aço pontia- circular ou poligonal.
gudo chamado buril. Depois de removida, as rebarbas
FRONTÃO (1) Na arquitectura clássica, coroarnento, IGREJA DE PLANTA EM CRUZ GREGA Traçado de
do sulco, a chapa é tintada e é limpo o excesso de tinta.
normalmente triangular, da fachada de um edifício, igreja que reproduz uma cruz grega de braços iguais;
A chapa, coberta com uma folha de papel humcdeci-
emoldurado por uma cornija horizontal e duas cornijas possui um compartimento central com quatro com-
da, é passada por uma prensa, criando uma imagem
em declive e preenchido frequentemente com escultu- partimentos de dimensões iguais, que se expandem em
no papel que é o reverso' do desenho gravado. Quan-
ras. (2) Elemento arquircctural semelhante, usado sobre direcção ao exterior a partir do principal.
do se utiliza uma agulha fina em vez de um buril e se
uma porta, janela ou nicho. Quando secções da cornija
mantêm as rebarbas, o resultado é lima gravura em IGREJA ORTODOXA Da expressão "Opinião cor-
estão viradas num ângulo ou interrompidas, chama-se
poma-seca. Estas técnicas chamam-se, respectivamente, recta", em grego. A Igreja Ortodoxa Oriental separou-
frontão interrompido.
gr~l"ura e ponca-seca. -se da Igreja Latina Ocidental durante o século v n.e.
FRONTÃO CORTADO OU INTERROMPIDO Ver Deixando de reconhecer a soberania espiritual do Papa
Frontão, GRAVURA A ÁGUA-FORTE 1) Estampa obtida de
romano, passou a responder perante o Imperador
um desenho gravado a estilete numa chapa de cobre
bizantino de Constantinopla e o seu Patriarca. Também
FROTTAGE Técnica de execução de um desenho que através de um revestimento em resina resistente ao é conhecida por Igreja Bizantina.
consiste em passar um lápis ou esfregar gesso sobre um ácido. A chapa é mergulhada num banho de ácido,
papel aplicado sobre um padrão ou textura, de modo a que corrói as linhas expostas, e aquecida, para derre- IGREJA SALÃO Ver Haílcnleirche,
transferir esse padrão ou textura para o papel. ter a. resina; finalmente é tintada e impressa em papel. ILUMINURA Decoração de documentos manuscritos,
FUNO I ç Ão Método de reprodução de uma escultura 2) Água-forte também designa a técnica. rolos de papiro ou livros com desenhos ou pinturas. Os
que consiste no vazamento num molde de uma subs- GRI5AILlE Desenho ou pintura monocromática que manuscritos iluminados conheceram o seu apogeu na
tância que endurece como o gesso ou de metal fundido. usa apenas o negro, O cinzento e o branco. Idade Média.

FUSTE Em arquitectura, a parte de uma coluna que GUTTAE No enrablumento dórico, pequenas saliên- ILUSIONISMO Em termos artísticos, técnica que usa
está entre a base e o capitcl. cias em forma de cavilha imediatamente acima do friso; meios picturais.tou outros, para causar percepções ilu-
é possível que tenham derivado das cavilhas usadas nas sórias de uma dada realidade. Usada na escultura, na
GAB ELET E 1) Área triangular emoldurada, em baixo,
primeiras construções em madeira. arquitectura e na pintura.
pela cornija ou pelo beiral de um edifício e, em cima,
pelos lados inclinados de um telhado de duas águas. "HAllENKIRCHE "Igreja-Salão", em alemão. Igreja IMAGEM COMPÓSITA Imagem formada pela com-
Na arquitectura clássica chama-se frontão, 2) Elemen- em que a nave principal e as naves colaterais são da binação de várias imagens, ou de várias perspectivas do
to decorativo de forma semelhante, como as estruturas mesma altura, criando uma significativa unidade espa- mesmo tema.
triangulares que cnoimarn os portais das igrejas góticas cial. Este tipo de igreja foi desenvolvido na arquitectura IMAGEM VOTIVA lmagerndedevoçãousadanoculto
e coroam, algumas vezes, as molduras de quadros do românica c ocorre com especial frequência nas igrejas de uma divindade ou santo.
período gótico. góticas alemãs.
IMAGENS 6.,.TICAS Uma imagem criada a partir da
GtN 10 Figura alada seminua, muitas vezes com fun- HAPPENING Forma artística que usa imagens, a observação e não de memória.
ção puramente decorativa, mas que personifica com participaçãodo público e performances improvisadas,
frequência um conceito abstracto ou representa o espí- normalmente em enquadramcntos públicos e com a 1MPASTO "Empastado", em italiano. Pintura, geral-
rito guardião de uma pessoa ou lugar. orientação mais ou menos livre do artista. mente a óleo, aplicada em camadas espessas.
GESSO Sulfato de cálcio hidratado misturado com HIER6GLlFO Símbolo, baseado normalmente numa IMPOSTA Parte do pé direito onde assenta o sairnel
cola e alvaiadee usado como preparado ele pintura a figura, num animal ou num objecto, servindo de pala- de um arco ou abóbada.
têmpera ou a óleo sobre madeira. vra. sílaba ou som. Os hier6glifos compõem o primeiro IMPRESSÃO DE ALBUMINA Processo fotográfico
GIGANTOMAQUIA Na mitologia grega, a batalha sistema de escrita egípcio e podem ser encontrados nos em que a proteína do ovo é usada na produção de uma
entre os deuses e os gigantes. ant.gos monumentos egípcios, bem como nos registos placa fotográfica.
escritos do Egipto.
GIORNATA A pintura a fresco seca com rapidez, pelo IMPRESSÃO FOTOGRÁFICA Fotografia tipo "som-
que o pintor de frescos devia saber avaliar a quantidade HIPÓSTILO Salão cujo telhado é sustentado por bra", obtida sem o auxílio de máquina fotográfica pela
exacta de gesso húmido a aplicar na parede para traba- colunas. colocação de objectos sobre papel fotossenstvel e sua
lhar ao longo do dia. A essa medida chamou-segiornata, HÓTEl "Hotel", em francês. Também designa uma exposição a uma fonte luminosa.
da palavra italiana "giorno" ("dia"). Assim, "giornara" residência particular elegante na cidade. IN ANTI$ Termo de arquitectura que designa a posi-
significa "um dia de trabalho".
HUMANISMO Filosofia qlle afirma o valor do indi- ção das colunas num edifício grego ou romano, quan-
GL6 RI A Círculo de luz radiante em redor das cabeças do as colunas colocadas entre as extremidades de duas
víduo, as capacidades racionais da humanidade e a sua
de Deus, Cristo, da Virgem ou dos santos. Quando ape- paredes paralelas.
inclinação para o bem. No Renascimento italiano, o
nas envolve a cabeça chama-se nimbo ou auréola; quan-
humanismo integrava-se num movimento mais alarga- INCiSÃO Marca ou corte gravado em superfície dura
do abarca toda a figura numa grande oval, é chamada do que encorajava o estudo dos clássicosgregos e roma- com instrumento aguçado.
rnandorla (vamêndoa", em italiano) e indica divindade
nos, entrando por vezes em conflito com a~ doutrinas
ou santidade, embora tenha começado por ser usada INSULA "Ilha", em latim (pl. lnsu/ae). I) Quarteirão
da Igreja Católica.
para distinguir os reis e os deuses. de uma cidade romana antiga. 2) "Prédio de aparta-
IC O N E Do grego eik6n, "imagem". Painel pintado mentos" romano: um edifício, ou fieira de edifícios,
G6LGOTA "Caveira'l.ern aramaico, Gólgota o nome é
com representações de uma ou mais personagens bíbli- de betão e tijolo (ou série de edifícios) em redor de um
da colina nos arredores de Jerusalém onde Cristo foi cru-
cas (Cristo, a Virgem ou um santo), objecto de especial pátio central, que chegou a ter cinco andares: um piso
cificado; também é chamada Calvário. Ver eu/vário.
veneração na Igreja Ortodoxa. térreo com lojas e os andares superiores destinados à
GÓRGONA Na mitologia grega, um dos três mons- habitação.
ICONOCLASTIA Doutrina da igreja cristã dos sécu-
tros femininos de cabeças descomunais, cujos cabelos
los VIU e IX que proibia a veneração c a produção de INTAGt.IO •. rocesso de gravura em que as linhas de
são serpentes. O seu olhar petrificava os humanos.
imagens religiosas e que levou à destruição de muitas um desenho são gravadas numa superfície posterior-
A mais famosa das Górgonas, Medusa, foi morta por
obras de arte. A controvérsia iconoclasta sobre a valida- mente tiritada. A gravura a buril, a ponta-seca e a água-
Perseu com a ajuda dos deuses.
de desta doutrina levou a lima cisão na igreja. A Igreja -forte são tipos de intaglio.
GÓTICO FLAMEJANTE Estilo da arquitectura do Protestante dos séculos XVI e XVII também praticou a
INTONACO Camada de argamassa fresca em que é
Gótico Final, em que o rendilhado das barras das jane- iconoclastia.
aplicada a pintura a fresco.
las de vitral cria formas intricadas, por vezes semelhan-
ICONOGRAFIA 1) Representação de imagens na arte
tes a chamas. IRMÃO LEIGO Quando um irmão de ordem monás-
com o fim de transmitir um significado. 2) Estudo do
Divisória gradeada que separa tica ainda não fez os votos, diz-se que ainda é leigo, ou
GRADES DO CORO sentido das representações de objectos, acontecimen-
pertencente à sociedade, e não ao clero, ou à comuni-
O coro da igreja da nave ou do transepto, decorada fre- tos ou personagens nas obras de arte. 3) Conteúdo, ou
dade religiosa.
quentemente com escultura e por vezes encimada por tema, de uma obra de arte.
urna trave sobre a qual é colocado um crucifixo; nas IWAN Câmara abobadada em mesquita ou noutra
IDADE DA PEDRA ANTIGA Ver Paleclitico.
igrejas ortodoxas cristãs é ornamentada com ícones, construção islârnica, aberta num dos lados e dando para
recebendo o nome de Iconostase. IDADE DA PEDRA NOVA Ver Neoluico. um p.\tio interior.
GRANULAÇÃO Técnica de decoração que consiste IDADE DO BRONZE Período em que o bronze JACENTE Numa escultura tumular, a efígie deitada
na fusão de grãos ou pequeninas esferas de metal numa começou a ser usado para utensílios e armas. No Médio do defunto. O jacente pode ser representado com sinais
superfície metálica. Oriente, a Idade do Bronze sucede ao período Neolítico de putrefacção.

GLOSSÁRIO 5
de papel, numa prensa litográfica. A técnica foi invcn- MEGÁLITO (gr. mega, "grande", e tubos, "pedra").
JAMBAS Lados verticais de uma abertura ou vão. Nas Pedra gigantesca, como as que foram usadas em creme-
igrejas românicas e góticas, as jarnbas das portas e das tada ca. 1796 por Alois Senefelder e rapidamente
ganhou popularidade. É muito usada comercialmente, leques e em d6lmenes.
janelas são muitas vezes esculpidas em diagonal para
o exterior, ou em «chanfro», o que aumenta a área a pela conveniência de obter várias reproduções a partir MÉGARON (PI. Megaron: ou Megam). Derivado da
decorar. de uma única chapa matriz. palavra grega mega ("grande"), designa o salão princi-
LIVRO DE EMBLEMAS Livro referência para pintores pal numa residência ou palácio minóico ou micénico.
JAPONISME Estilo na arte francesa e norte-americana
do século XIX que reflecte a influência da arte japonesa, de temas religiosos cristãos, com exemplos de objectos e MEIA-COLUNA (I) Meio-pilar, pilastra ou elemento
especialmente das estampas que eram inrroduzidas no eventos associadosa santos e outras figuras religiosas. semelhante encravado numa parede até metade do seu
Ocidente pela primeira vez. LIVRO DE HORAS Livro de orações pessoal, conten- diâmetro, que suporta um lintel, ou um arco, cuja outra
do as devoções de cada uma das sete horas canónicas extremidade é sustentada por uma coluna ou pilar, no
)EsuITAS A "Companhia de Jesus" foi fundada em
da igreja católica romana (matinas, vésperas, etc.), litur- final de uma arcada. (2) Uma das várias pilastras numa
1534 por Inácio de Loyola (1491-1556) e devotada ao
gias de santos locais e, algumas vezes, um calendário. parede atrás de uma colunata, que reproduz ou "res-
serviço do papa. Teve grande influência na luta contra
Alguns exemplares, destinados a pessoas de alto nível ponde" às colunas, mas de função predominantemen-
a Reforma Protestante e destacou-se pela obra missio-
nária no Extremo Oriente e no Novo Mundo. A igreja- social, eram ricamente iluminados e são em alguns te decorativa. (3) Um dos delgados fustes de um pilar
casos conhecidos pelos nomes dos comitentes. compósito de igreja medieval que parece sustentar o
-mãe em Roma, II Gesú, foi traçada em obediência aos
propósitos da nova congregação. peso da abóbada.
LIVROS XILOGRAVADOS Livros do século xv com
KITSCH "Lixo", em alemão. Sensibilidade vulgar e xilogravuras (gravuras em madeira), quase todas reli- MEN I R La je vertical de pedra, por vezes erguida em
sentimental, em oposição à arte refinada e "superior". giosas, em que texto e ilustração eram talhados num fieiras pelos povos primitivos.
único bloco. MESollTlCO Período de transição da Idade da
KORÉ PI. Korai. "Rapariga", em grego. Estátua grega
LOGGIA Galeria ou arcada coberta, aberta em pelo Pedra, entre o Paleolítico e o Neol itico.
arcaica de jovem vestida e de pé.
menos um dos lados. Pode ser uma construção indepen- MESQU ITA Edifício usado como centro de orações do
KOUROS PI. Kouroi. "Rapaz", em grego. Estátua dente, ou fazer parte de um edifício. culto islârnico, é também usado para acolher as assem-
grega arcaica de jovem nu, de pé.
LUNETA I) Abertura parietal circular ou elíptica na bleias públicas e para a educação religiosa.
KRÁTER Vaso grego, de várias formas, para misturar
parte superior de uma abóbada ou sobre uma porta ou MESQUITA DE QUATRO IWANS Mesquita com um
a água e o vinho. Um calyx krater é um vaso em forma janela, para iluminação. Se cncirnar o portal de uma
de S1l10, com asas junto à base; um krau,. de volutas é pátio rectangular interior, com uma grande câmara
igreja medieval, chama-se timpano, 2) Pintura, escultu- abobadada, ou reentrância, aberta para o pátio, em cada
assim chamado pelas asas, em forma de volutas. ra em relevo ou janela do mesmo formato. um dos quatro lados.
KUNSTKAMMfR Pl. Kunstkammern, Em holandês, MADRAÇAL Colégio ou universidade religiosa islâ-
Kunsteamer "Gabinete ou câmara artística", em alemão. MÉTOPA Elemento de friso dórico entre dois triglifos
mica. consecutivos, em regra simples, embora existam méto-
Surgido no século XVI, este antcpassado do museu expu-
nha pinturas e objectos de história natural (conchas, MAESTA (MAJESTADE) Palavra italiana que designa, pas pintadas ou ornamentadas com esculturas.
ossos,etc.), numa colecção enciclopédica. nos séculos XIV e xv, as representações da Virgem com MIHRA8 Nicho geralmente muito decorado, que se
o Menino, sentada no trono e rodeada pcla sua corte abre ao centro da parede da qibla da mesquita, indican-
KYLlX Taça de beber, pouco funda, usada na Grécia
celcstial de santos e anjos. do a direcção das orações para Meca.
e na Roma antigas, com duas asas horizontais. Quase
sempre têm pé e base. MÁGICO-RELIGIOSO Na arte, tema que lida com o MINARETE Torre elevada de mesquita, ou perto de
sobrenatural, muitas vezes com O objectivo de invocar mesquita, de formas variadas em todo o mundo islârni-
lAMASSU Guardião de palácio do Próximo Orien-
forças superiores em beneficio dos homens, como nas co, de onde o muezzin chama os crentes à oração cinco
te antigo; a escultura representa, com frequência, um
pinturas pré-históricas, que se destinavam a assegurar
touro com cabeça humana ou um leão alado. vezes ao dia.
uma boa caçada.
LANCETA Vão de janela rrunto alto e estreito, rema- MIN8AR Gênero de púlpito em escadaria, que nas
MAGO 1) Membro pertencente à casta de sacerdotes mesquitas mais importantes está do lado direito do
tado em arco quebrado, muito comum r.a arquitectura da Média e da Pérsia antigas. 2) Na literatura cristã, um
gótica. míhrab, de onde é proferido o Sermão do Sabbath, à
dos três Reis Magos vindos do Oriente com oferendas
Sexta-feira, depois do sermão do meio-dia.
LANTERNI M Pequena construção com aberturas que para o Menino [esus.
coroa uma cúpula, telhado ou cobertura, para ilumina- MINIATURA 1)Ilustração isolada em manuscrito ilu-
MAINEL Poste central que sustenta o lintel de lima
ção zenital do interior. minado. 2) Pintura muito pequena, em regra um retra-
passagem, como num portal românico ou gótico, nor-
to pintado sobre marfim, vidro ou metal.
LAplTAS Tribo grega mítica vencedora da batalha malmente decorado com escultura.
contra os Centauros. Cenas desta batalha foram repre- MINOTAURO Monstro da mitologia grega de cabeça
MANOORLA Representação de luz em torno de uma
sentadas, com frequência, em pinturas de vasos e em de touro e corpo humano, que vivia no Labirinto do
figura sagrada. Palácio de Cnossos, em Cremo
esculturas.
MAN/ERA Estilo pictórico, dito "grego", do século XIII,
LAplS CONTÉ (CRAYON CONTÉ) Lápis feito de MIRADOURO OU 8ElVEDERf Estrutura elevada
com influências italianas c bizanrinas.
grafite e barro usado para desenhar, que produz ricos destinada à contemplação da paisagem circundante:
efeitos aveludados. MAQSURA Área fechada, delimitada por grade ou Pode integrar a cobertura de um edifício ou erguer-se,
biombo, reservada ao soberano, muitas vezes situada isolada, num jardim ou noutro enquadramento natural.
LEKYTHOS (Pl. Lelzythoi). Vaso de azeite grego de
diante do mihmb em certas mesquitas reais islârnicas.
corpo elipsóide, gargalo estreito, bocal com rebordo, MisULA 1) Peça saliente numa parede, dcstmada a
com asa curva, fixa na base do rebordo e no cimo do MARTYRIUM (PL. MARTYRIA) Igreja, capela ou san- apoiar um peso adicional. 2) Projecção exterior de uma
corpo do vaso. A base é estreita, sobre um pé. Usava-se tuário construída sohre O sepulcro de um mártir cristão, fieira, ou elemento horizontal, de um pé-direito.
principalmente para unguentos e oferendas funerárias. ou no lugar de um milagre importante.
MoçARABE Termo usado para a cultura ibérica da
LIMPEZA SelECTIVA Remoção deliberada da tinta MASTABA Túrnulo egípcio antigo, de base rectangu- Idade Média que se desenvolveu sob o domínio muçul-
em certas zonas da gravura, durante o processo de gra- lar, de paredes em talude (inclinadas) e cobertura piaria, mano político e cultural na Península Ibérica.
vação, para produzir mudanças de valor na impressão que protege uma capela de oferendas e um poÇo)de
MODElAÇAo I) Na escultura, a construção de uma
acabada. acesso à câmara funerária.
figura a partir de uma substância suave corno barro ou
LINHA DE TERRA Linha, real ou imnlfcita sobre a MATRIZ I) Molde usado para dar forma a um objec- cera. 2) Na pintura e no desenho, efeito rridirnensional
qual se encontram as figuras. -' to de cerâmica, antes da fundição. 2) Nos processos obtido pelas mudanças na cor, no uso da luz e da SOl11-
de reprodução gráfica, designa a superfície onde uma bra, erc,
LlNTEL Trave horizontal, em pedra, madeira ou ferro,
imagem é gravada, esculpida ou aplicada por meio
sustentada por dois suportes verticais (por exemplo, a MODelO I) Forma preliminar de escultura, muitas
de outro processo e que é usada para imprimir vários
trave sobre o vão de uma porta ou de uma janela). vezes já acabada, mas que precede o molde ou escultu-
exemplares.
LlNTEL E POSTE OU LINTEL E ESTEIOS Sistema
ra final. 2) Forma preliminar ou reconsriruição de um
MAUSOLÉU 1) Túmulo gigantesco construído em edifício, feita à escala (também se chama maqueta). 3)
básico de construção no qual dois ou mais elementos
Halicarnasso (na Ásia Menor) no século IV a.n.e., pelo Pessoa que posa para um artista.
verticais, os postes ou esteios, sustentam um elemento
horizontal, o lintel. O lintel pode ser o entablamento Rei Mausolo e pela sua mulher Artemisa. 2) Termo
MÓDULO I) Segmento de um padrão. 2) Unidade
que sustenta uma parede ou uma cobertura. genérico que designa qualquer monumento funerário
básica de medição de um elemento arquitectural. São
de grandes dimensões.
LITOGRAFIA Impressão obtida a partir de um dese- utilizados múltiplos da unidade de base para deter-
nho a pastel de óleo, ou outra substância gordurosa, MEANDRO Motivo decorativo de carácter intricado c minar a construção proporcional das outras partes do
rectilíneo, aplicado à arquitectura e à escultura. edifício.
sobre pedra porosa (mais tarde, sobre chapa de metal).
Uma vez fixado o desenho, a superfície da placa é MEDIUM (Pl. Media). I} Material ou técnica de que O MOLDURA Na arquitectura, qualquer banda orna-
humedecida com água, pelo que a tinta de impressão artista se serve. 2) Na pintura, meio líquido, semilíqur- mental longa e estreita de perfil saliente. Dá variedade à
adere apenas às linhas oleosas do desenho. O desenho do ou sólido usado para diluir ou aglutinar os pigmen- superfície pelos contrastes de luz e sombra criados pelo
pode então ser facilmente transferido para uma folha tos (tinta, pastel, etc.). padrão.

6 GLOSSÁRIO
OBELlSCO Monólito de base quadrangular que ORNAMENTO ESGRAFITADO. ESGRAFITO OU
MONOTIPO Impressão única feita com chapa de SGRAFFITO Técnica decorativa em que um desenho
estreita em direcção a um topo piramidal, Surgiram
cobre, ou de outro material, da qual não são retiradas é riscado sobre a camada de superfície de um material,
como mcgálitos no antigo Egipto c alguns exemplos
outras cópias da obra dc arte. para obter um :ontraste de cores.
foram então exportados para outros países.
MOSAICO Painéis decorativos destinados a paredes, ORQUESTRA (1) Nos antigos teatros gregos, espaço
6CULO Da palabra "Olho", em latim (1). Abertura
abóbadas, tectos ou pavimentos formados por peque- arredondado diante do palco e sob a platcia, destinado
circular no cimo de uma cúpula, para entrada de luz.
nos quadrados coloridus chamados tesselas, aplicados ao coro. (2) Num teatro romano, um espaço semelhante
sobre argamassa ou betão. Os mosaicos romanos, quase
(2) J anela redonda.
era reservado para os convidados importantes.
sempre destinados aos pavimentos, são compostos por ODALlSCA "Escrava de harém" ou "concubina", em
ORTOGONAL Numa construção em perspectiva)
quadradinhos de pedra colorida. Os primeiros cristãos turco.
usaram tesselas de vidro em tons brilhantes (incluindo linha imagintlfia que forma um ângulo recto perpen-
ORANTE Figura em pé, de braços erguiQps em gesto dicular ao plano pictórico em direcção a um ponto de
o ouro), aplicadas de forma irregular, criando brilhos e
de oração. fuga.
reflexos totalmente diferentes.
ORDEM DE CISTER Fundada em 1098 em Clteaux ORTOSTATOS Lajes de pedra que formam ou reves-
MOTIVO Tema visual. Um motivo pode aparecer
(França) por Robert de Molesme, com o objectivo de tem as secções infenorcs de uma parede, muitas vezes
várias vezes ao longo de urna única obra de arte.
reformar a Ordem Beneditina e regressar aos seus ide- para proteger um material vulnerável (por exemplo, o
MUQARNA Tipo de decoração islâmica
que consis- ais originais de uma vida simples e austera. tijolo de adobe).
te na sobreposição de fieiras de formas, semelhantes a
ORO EM DOS CAETANOS OU Fun-
TEATINOS PAINEL (I) Superfície de madeira usada para a pin-
nichos, aplicadas em zonas de transição arquitectónica.
dada em Roma no século XVI por memhros do recém- tura, geralmente a têmpera, e preparada anteriormente
MURAL Derivada do latim para "parede", murus, -dissolvido Oratório do Amor Divino, que tlnham por com uma camada de gesso. Os retábulos maiores reque-
Pintura ou decoração de grande formato executada ohje:tivo a reforma da Igreja Católica e os seus mem- rem a junção de dois ou mais painéis. (2) Recentemen-
directamente sobre uma parede (fresco) ou executada bros juraram cultivar as suas vidas espmtuais e dedicar- te, usam-se painéis de masonite ou de outros materiais
em separado e posteriormente afixada. -se a obras de caridade. compósitos.
MUSAS Na mitologia grega, as nove deusas que pre- ORDEM ARQUITECTÓNICA Sistema arquitectural PADRES DA IGREJA Os primeiros mestres e defen-
sidiam às várias artes c ciências, conduzi das por Apoio, baseado na coluna e respectivo enrublnmento, em que sores tia fé cristã. Os mais representados são os quatro
deus da música e da poesia: Cahope, musa da poesia a forma de cada elemento (base, fuste, capitel, etc.) e a padres latinos: S. Jerónimo, Santo Ambrósio e Santo
épica; Clio, rnusa da história; Erato, rnusa da poesia relacão entre si recebem definição específica. São cinco Agostinho, do século IV n.c., e S. Gregório, do século VI.
amorosa; Euterpe, musa da música; Melpornene, musa as o~dens clássicas: Dórica, [ónica, Coríntia, Toscana e
da tragédia, Polímnia, rnusa da música sagrada, Terpsi- PA I SAG EM Desenho ou pintura com a natureza exte-
Comp6sita.
core, musa da dança, Tália, musa da comédia; e Urânia, rior por tema.
musa da astronomia. ORDEM BENEDITINA Fundada em Monte Cassino,
PAIXÃO (1) Para a Igreja Cristã, termo que designa
em 529 n.e., por S. Bento de Núrsia (ca. 4RO-ca.553).
MÚTULO Elemento da arquitectura dórica; bloco os últimos sete dias de Jesus na terra. (2) Representação
Menos austera que outras ordens anteriores, espalhou-
rectangular imed tatamente abaixo da cor nija. pictórica, literária, teatral ou musical desses eventos.
-se por grande parte da Europa ocidental e da Inglater-
NAOS Vercella. ra nos dois séculos seguintes. PALAZZO (Pl.palazzi). "Palácio",em italiano ("palais",
em francês). Designa os grandes edifícios administrati-
NARRATIVA CONTINUA Representação da mesma ORDEM CARMELlTA Originária de um eremitério
vos ou as residências privadas na cidade.
figura ou personagem em passos diferentes de uma his- do século XII, que se dizia descendente de uma comuni-
tória que é narrada num único espaço plástico. dade de eremitas fundada pelo profeta Elias no Monte PALEOLiTICO Primeira Idade da Pedra, normal-
Cannelo, na Palestina. Em inícios do século XIII a mente dividida em Antigo, Médio ou Superior (este
NÁRTEX (Do grego narthex]. Galeria ou pórtico de ordem espalhou-se pela Europa e pela Inglaterra, onde, último começou por volta de 3S 000 a.n.e.). Sociedade
entrada de uma igreja, por vezes fechado, podendo de caçadores nómadas que usavam utensílios de pedra
reformada por S. Simon Stock, se transformou numa
abrir num dos lados para um atnum de entrada. e, mais tarde, de osso e de sílex. Alguns viveram em
das três grandes ordens mendicantes.
NATURALISMO Estilo artístico que almeja represen- grutas, que decoraram na última fase do período, altu-
ORDEM COLOSSAL Colunas, pilares ou pilastras
tar o mundo natural tal como ele aparece ao olhar. ra em que também fabricaram pequenas esculturas em
nas formas das ordens gregas ou romanas que abran-
osso, chifre e pedra.
NATUREZA~MORTA Termo usado para descrever gem mais do que um andar, sem seguir a proporção
pinturas (c por vezes esculturas) que representam objec- clássica. PALETA (1) Tábua pouco espessa, normalmente oval
tos familiares, como utensílios domésticos e alimentos. Ou oblonga, com um orifício para o polegar numa das
ORDEM CORíNTIA Ordem arquitectónica clássica,
extremidades, usada pelos pintores para dispor e mis-
N AVE I) Espaço central, longitudinal, de uma basílica muito ornamentada, caracterizada em parte por colu-
turar as tintas. (2) A gama de cores usada por um pin-
romana, oposto às naves colaterais. 2) Na igreja de plan- nas que combinam um fuste afunilado e um capitcl
tor em particular. (3) Na arte egípcia, laje de ardósia,
ta basilical cristã, o mesmo sector, que vai da entrada adornado com folhas de acanto e vclutas esculpidas.
geralmente decorada com esculturas em baixo-relevo.
principal até à abside ou ao transepto.
ORDEM DE CLUNY Fundada em 909 em Cluny As mais pequenas, com uma depressão circular num
NAVE COLATERAL OU LATERAL Passagem para- (França), por Berno de Baumc. Liderou o movimento dos lados teriam sido utilizadas para pintar os olhos. As
lela à nave de uma basílica romana ou igreja cristã, de reforma religiosa da Idade Média e manteve laços maiores eram objectos comemorativos.
separada da nave principal por uma arcada ou coluna ta, estreitos com os governantes otomanos e com o papado.
PANO DE AB6BADA Cada superfície da abóbada
existi ndo uma de cada lado. Quando existem d lias de
ORDEM DOMINICANA Ordem mendicante fundada ogival limitada pelas nervuras, construída em tijolo,
cada lado, chamam-se interior e exterior.
em 1220 por S. Domingos, em Toulouse. alvenaria ou pedra.
NECRÓPOLE "Cidade dos mortos", em grego. Local
ORDEM D6RICA Ordem arquitectónica clássica dc PANTEÃO (OU PANTHEON) 00 grego "pan", ou
de enterramentos ou conjunto de sepulturas.
grande simplicidade, caracterizada por fustes lisos ou "todos", e "tl.cos", "deus". Templo grcgo do período
NEOLITICO Idade da Pedra Nova, que se pensa ter talhados em caneluras, e capitéis simples; apresenta hclenístico dedicado a todos os deuses; em épocas pos-
tido início ca. 9000-8000 a.n.e. A primeira SOCiedade ainda um friso de rnétopas e triglifos. teriores, túmulos ou memoriais dedicados aos mortos
de comunidades sedentárias que domesticava animais ilustres de uma nação.
ORDEM DOS FRADES CARTUXOS Ordem fun-
e cultivava as terras. Foi nesta época que se desenvol-
dada por S. Bruno cm Chartreuse, França, em 1084, PA NTO C RATO R Representação de Cristo como sobe-
veram novas técnicas, como a fiação, a tecelagem e a
conhecida pela austeridade do seu regulamento. Ver rano do universo, que aparece com frequência na cúpu-
construção.
Chanreuse, la ou nos mosaicos da abside das igrejas hizantinas.
NERVU RA Elemento arquitectura] delgado, saliente e
ORDEM FRANCISCANA Ordem mendicante funda- PAPIRO Planta aquática alta yue cresce abundante-
arqueado que sustenta uma abóbada, quer transversal-
da por S. Francisco de Assis (Giovanni di Bernardone, mente no Próximo Oriente, no Egipto e na Abissínia.
mente ou nas arestas, dividindo a superfície eJTI secções.
ca. 1181-1226).Os monges da ordem procuravam imi- (I) Material semelhante ao papel, fabricado com finas
Na arquitectura do Gótico Tardio, a sua função era tiras do caule da planta, que são primeiramente pos-
tar Cristo na pobreza e na humildade, pregando e res-
principalmente ornamental.
pondendo às necessidades espirituais dos pobres. tas de molho e depois comprimidas em folhas e secas.
NIE.lO Liga de metais escuros aplicados nos sulcos Usadas para a escrita pelos antigos egípcios, gregos e
ORDEM )6NICA Ordem da arquitectura grega romanos. (2) Documento antigo ou rolo feito a partir
gravados de um metal precioso (em regra, ouro ou
clássica que se define, em parte, por colunas de fus- deste material \
prata) para criar um desenho.
tes caneladas, capitéis com volutas e uma base, sendo
NI KÉ Deusa da Vitória na Grécia Antiga, geralmente ainda comum um friso corrido e decorado com baixos- PAREDE DE CORTINA Parede de edifício moderno
identificado com Arena (e com a Vitória, pelos roma- -relevos. que não sustenta o edifício; este é sustentad6\por uma
nos), e representada como figura de mulher alada, de estrutura invisível de aço. A parede tem apenas uma
ORDEM MONAsTICA Sociedade religiosa cujos função de fachada.
roupas ao vento.
membros vivem juntos em obediência a uma regra.
NIMBO Ver auréola. PASTEL (I) Tonalidade suavizada de uma cor. (2) Bas-
ORDENS SOBREPOSTAS Duas ou mais fieiras de tão fabricado com pigmentos moídos com giz e mistu-
NOCTURNO Pintura que representa uma cena noc- coli.nas, pilares ou pilastras colocadas uma sobre a rados com água gomada. (3) Desenho executado com
turna, realçando os efeitos da iluminação artificial. outra na parede de u rn edifício. esses materiais.

GLOSSÁRIO 7
fusre ou capitel. É mais frequente desempenhar um
PONTA.SECA Gravura em intaglio em que o desenho
PEDESTAL Suporte arquitectónico de estátua, vaso,
e as linhas são riscados com uma agulha de metal na
coluna, etc. papel decorativo do que estrutural.
chapa de cobre. O acto de riscar cria um sulco em rebar-
PELlKE. Ânfora greg'l para armazenagem, com duas PILONE Palavra grega que designa "portâo''. (1) ba, que retém a tinta, criando uma tonalidade suave,
asas, boca ampla C assente sobre um pé. Entrada monumental de edifício através da qual se profllluhl e única em cada impressão. As rebarbas desa-
acede a um templo ou a um pátio fronteiro no Antigo parecem após algumas Impressões.O nome deponta-s~ca
PENDENTE Um dos triângulos côncavos que forma a Egipto, formado ora por urna parede maciça de lados usa-se para descrever o processo e a gravura final.
transição de uma abertura quadrada ou poligonal até à
em declive, penetrada por uma porta semelhante, ora
base de uma cúpula ou do tambor da mesma. PONTO DE FUGA Ponto para onde convergem todas
por duas paredes que ladeiam uma passagem central.
(2) Uma estrutura alta de cada lado da entrada de uma as ortogonais na perspectiva linear ou científica.
PERFORMANCE Gênero de expressão artística que tem
por objectivo principal a interacção improvisada de acto- ponte ou de uma avenida, sinalizando-a. PORTA Palavra latina para porta, portão ou entrada
res ou pintores com o público. São obras de arte cfémeras, PIlOTlS Pilares construidos em betão reforçado (/et'ro de cidade.
que sobrevivem, por vezes, em registos fotográficos.
cimento). PORTAL Porta ou portâo, em regra monumental,
P E RG A MIN H O De Pérgamo~ cidade grega na Ásia PINÁCULO Pequena estrutura decorativa que coroa com elaborada escultura decorativa..
Menor, onde foi inventado, 110 século 11 a.n.e. (I) Mate- uma torre, um pilar, contrafortes ou outros elementos PÓRTICO (I) Termo genérico que designa o apên-
rial semelhante ao papel fabricado com pele de animais
arquitectónicos. É comummente usada nos edifícios dice exterior de um edifício que forma uma passagem
branqueada, muito usado em manuscritos na Idade
góticos. coberta. (2) Estrutura de acesso. um edifício, com colu-
Média. O oelino era um pergaminho de qualidade sup"-
PINTURA A AGUARELA Pintura, em regr<1 sobre nata, que suporta a cobertura ou um frontão, antecedi-
rior, feito a partir da pele de bezerro. (2) Documento ou
papel, com uma solução de água e pigmentos. do por degraus, estabelecendo a ligação entre o mesmo
miniatura feito neste material.
e a envolvcntc.
PERlpTERO Adjectivo que descreve um edifício PINTURA A ÓLEO (I) Pintura executada com pig-
mentos misturados com óleo, aplicada sobre um pa.nel POUSSINISTAS Pintores da Academia Francesa do
rodeado por uma colunata.
preparado com uma camada de gesso (como na pintura final do século XVII e inícios do século XVIII que pri-
PERISTILO (1) Numa cas a , nu domas, romana, pátio vilegiavam o "desenho", porque pensavam apelar ao
a têmpera) e mais tarde sobre uma tela esticada, pre-
aberto com jardim, rodeado por uma colunara. (2) Uma espíriro C não aos sentidos. Este termo derivou da admi-
parada com uma demão de tinta branca e cola. 'Este
colunata que circunda um edifício ou um pátio. ração prestada ao pintor francês Nicolas Poussin. Ver
último método predominou desde o final do século xv.
PERSIANAS Série de ripas ou tabuinhas de abertura A pintura a óleo também pode ser executada sobre Rubenistas.
oblíqua, inferior, para que entre o ar mas não o sol e papel, pergaminho, cobre, etc. (2) Designação da pró- PREDELA Base de retábulo, frequentemente decora-
nem a chuva. pria técnica de execução. da com pequenas cenas com ternas relacionados com o
PERSPECTIVA Sistema para a representação de rela- PINTURA A T~MPERA (I) Pintura feita com pig- painel ou painéis principais.
ções espaciais e objectos rridimensionais sobre uma mentos misturados com gema de ovo e {\gU.l. Nos sécu- PREFIGURAÇÃO Representação de figuras e narrati-
superfície bidimensional plana, de modo a produzir los XIV e xv, foi aplicada a painéis preparados com urna vas do Antigo Testamento que prcfigurarn, ou servem
um efeito semelhante ao captado pelo olho humano. Na camada de gesso; a aplicação de folha de ouro e um pre- de precursores, às do Novo Testamento.
perspectiva aérea ou atmosfõnca, o efeito produz-se pela paro verde ou castanho antecediam a pintura propria-
diminuição gradual da intensidade da cor e <los valo- mente dita. (2) Designação da própria técnica. PREPARO Ver Pintura a Têm/lua.
res c pelo contraste entre luz e sombra, à medida que PRIMITIVISMO A apropriação de estilo" formas e
PINTURA DE BANQUETES Variante da natureza-
os objectos se afastam na pintura. No trabalho artístico técnicas artísticas extra-ocidentais (por exemplo, afri-
-morta, a pintura de banquetes representa os momen-
a cores, o colorido tende a fundir-se numa tonalidade canos, tr ibais, polinésios) pelos artistas da era moderna,
tos finais de uma refeição, incidindo preferencialmente
azul-ucinzentadu à medida. que os objectos se afastam. como parte de movimentos inovadores de vanguarda,
sobre a baixela. É comum incorporar uma oanítas.
A perspectiva científico ou linear, desenvolvida na Itália incluindo ohras de arte infantil e dos doentes mentais.
no século xv, depende de uni Sistema matemático base- PINTURA GESTUAL Técnica de pintura e desenho
em que o movimento físico do artista se reflecte na PROCESSO DE CERA-PERDIDA Processo de fundi-
ado em linhas ortogonais que desaparecem num ponto
pincelada ou na linha que se vê na obra de arte tinal. ção em que o original é modelado em cera, ou mergu-
de fuga no horizonte. Linhas transversais intersectarn
[ackson Pollock é o nome mais comummente associado lhado em cera, e coberto por barro. Quando o molde é
as ortogonais em ângulos rectos a distâncias derivadas
a esta técnica. cozido, a cera derrete-se, e o espaço resultante é preen-
matematicamente. Uma vez que pressupõe um observa-
dor completamente imóvel e impõe restrições rígidas ao chido com metal derretido (bronze, em regra) ou gesso
PINTURA NÃO-OBJECTIVA Estilo da pintura abs- líquido.
pintor, é raro vermos aplicações totalmente consistentes. tracta que não procura a representação de objectos e
Embora seja tradicionalmcnrc atribuída <., Brunelleschi, ° pessoas tal corno aparecem no mundo natural. PRONA.OS Num templo grego ou romano, um vestí-
primeiro texto teórico sobre a perspectiva surgiu no ira- bulo aberto à frente da cella,
tadoDa Pintura, de Leão Battista Alberti (1435). PINTURA POR PLANOS DE COR Técnica da pintu-
ra abstracta em que tintas diluídas são espalhadas r.uma PROPILEUS (I) Entrada ornamentada de templo ou
PERSPECTIVA AEREA Vcrpcrspcctiua. tela não preparada e a Sua absorção é feita com o míni- outro edifício. (2) Pórtico monumental no extremo oci-
mo de intervenção do artista. dental da Acrópolc, em Atenas.
PERSPECTIVA CIENTIFICA OU LINEAR Ver PeI"-
pectiua, PICTORESCO ou PINTURESCO Visualmente inte- PROVA DE IMPRESSÃO Imagem ou desenho im-
ressante ou agradável, semelhante a uma pintura. presso habitualmente sobre papel em numerosas cópias
PHILOSOPHE.S (FIL6s0FOS) Filósofos e intelec-
a partir de uma matriz em madeira, metal, pedra ou
tuais do Iluminismo, cuja escrita teve uma importante PLANO PICTÓRICO Superfície plana na qual se fotografia.
influência na arte daquele período. aplica a pintura.
PROVENI~NCIA Lugar de origem de uma obra de
PIA BAPTISHAL Receptáculo de pedra ou metal PLANTA Desenho arquitectónico que representa um arte e informação rclacionada.
num bapristério, destinado à água benta. edifício como se de fosse cortado horizontalmente ao
nível do pavimento. PÚLPITO Plataforma elevada numa igreja, a partir
PIAZZA PI. piazze. Palavra italiana que significa
da qual o sacerdote profere o sermão Ou conduz o ser-
"praça pública" (em francês,placc; em alemão, Platz), PLANTA DE IGREJA DE PEREGRINAÇÃO Planta viço. O gradeamento ou parede circundante pode ser
PIETA italiana que tanto significa "piedade"
Palavra geral usada nas igrejas cristãs que constituíam paragens profusamente decorado.
como "devoção". Representação da Virgem em pranto nas rotas de peregrinação através da Europa medieval.
Caracteriz...
avam-se por naves laterais que permitiam PUTTO (1'1. putti). Representação de criança mas-
perante Cristo morto. Quando usada no registo de um
aos peregrinos dearnbular pela igreja.
culina nua, normalmente com asas, frequentemente
momento específico imediatamente a seguir à Crucifi-
representada na arte clássica ou renascentisra. Também
cação, chama-se Lamentaçâo, PLEIN-AIR Desenho ao ar livre, por vezes com tinta chamada cupido ou amorcuo quando transporta arco e
PIETRA Pedra calcária de cor cinzenta, usada
SE.RE.NA e pincel, procurando captar os efeitos imediatos da flecha e personifica o Amor.
na Toscâniu, em Itália. luz na paisagem e outros temas. Os csquissos en p/cill-
-air, muito encorajados pelos Irnpressionistas, serviam QISLA A direcção de Meca, para a qual os muçulma-
PILAR (I) Suporte nrquirecturnl, geralmente dc base frequentemente como base para pinturas maiores rea- nos se viram durante a oração. Numa mesquita, esta
rectangular e por vezes dotado de base e capitel. Quan- lizadas em estúdio, mas muitos esquissos em plein-air direcção é indicada pela parede da qibla.
do tem colunas, pilasrras ou fustes adossados, como em foram considerados obras-primas. QUADRA RIPORTATE Cenas pintadas sobre painéis na
muitas igrejas românicas ou góticas, chama-se pilar
PÓDIO (I) Base alra na qual assenta um templo ctrus- face interior curva de uma abóbada.
composto. (2) Termo genérico que designa um supor-
re vertical da arquitectura, que inclui colunas, pilares ~o ou romano. (2) Rés-do-chão de um edifício executa- QUADRIF6LIO Elemento decorativo formado por
e pilastras. do de forma semelhante a esta base. quatro lobos que irradiam de um centro comum.
PILAR COMPOSTO OU FASCICULADO Pilar cons- POLlpTICO Retábulo ou obra dc arte sacra, executa- READYMADE Objecto comum transformado em
tituído por colunas c colunelos embebidos, ou adossa- da a partir da junção de várias obras de arte. objecto artístico pela atribuição de um novo contexto e
dos, num só bloco. PONTA DE PRATA Instrumento de desenho (estile-
de um título. Os rcadymades foram uma parte impor-
te) dos séculos XIV e xv, feito em prata; a ponta ag1!lçada tante dos movimentos dadajstas e surrealistas do início
PILASTRA Elemento vertical plano que sobressai
produzia uma linha fina. do século xx,
da superfície parietal, normalmente formada por base,

8 GLOSSÁRIO
REFEITÓRIO (I) Um compartimento dedicado à pam todas o mesmo plano e parecem conversar ou SIMBOLISMO DISFARÇADO Significados "escondi-
alimentação. (2) Sala de jantar de um edifício, de uma comungar umas com as outras. dos" nos pormenores de uma pintura, que detêm uma
universidade ou de outra grande instituição. mensagem simbólica.
SACRISTIA Compartimento próximo do altar-mor
REFORMA Movimento religioso do início do sécu- de urna igreja ou pequeno edifício adjacente, onde se SINOPIA (Pl.sinopie). Da palavra italiana derivada de
lo XVI que preconizava a reforma da Igreja Católica e guardam os vasos, os livros e os paramentos litúrgicos Sinope, cidade antiga da Ásia Menor famosa pelos seus
que levou à fundação das igrejas protestantes. e outros objectos necessários à missa ou a outras ceri- pigmentos da cor vermelho-tijolo. Na pintura a fresco,
rnónias, esquisso preliminar em tamanho real executado nesta
REGISTO Banda horizontal decorativa, formada, por cor sobre a primeira camada de gesso, ou arriccio,
exemplo, por esculturas em relevo ou frescos. Quando SAIS DE PRATA Compostos dc prata - brame to, elo-
se usam várias camadas horizontais, os registos são úteis reta e iodeto - sensíveis :\ luz e usados na preparação SISTEMA ALTERNADO Sistema desenvolvido nas
para distinguir os vários planos visuais e os diferentes de materiais fotogrMicos. Esta sensibilidade à luz foi igrejas românicas para sustentar urna cohertura de abóba-
períodos da narrativa visual. primeiramente observada por Iohann Heinrich Schul- da, cujos tramos têm o dobro do comprimento dos tramas
zc em 1725. das naves colaterais. Os pilares da arcada da nave alter-
RELEVADO Técnica de trabalho em metal em que nam em tamanho; os pilares compostos, mais pesados,
um desenho em relevo é batido do lado reverso de uma SALÃO OU SAlON (I) Ampla e elegante sala de sustentam as abóbadas da nave principal, sobre os quais
chapa de metal. recepções de um palácio ou residência particular. recai a descarga, e os pilares mais pequenos, em regra
(2) Exposições oficiais de pinturas e esculturas de artis- cilíndricos, sustentam as abóbadas das naves laterais.
RELEVO (I) Saliência de uma figura ou parte de um
tas vivos, patrocinadas pelo governo, organizadas no
desenho do plano de fundo onde foi esculpida ou mode- soco (I) Parte saliente dos alicerces de um edifício
Louvrc, em Paris, a princípio de dois em dois anos e
lada. A escultura executada nesta maneira é designada que serve de base a uma coluna ou outro elemento
depois todos os anos. (3) Qualquer exposição pública
como "alto-relevo" ou "baixo-relevo", conforme a altu- arquitcctural. ,:2) Peanha.
organizada em moldes semelhantes.
ra da saliência. Quando é pouco acentuada, chama-se
schiacciato, termo italiann para "achatado". (2) Saliên- SALTÉRIO (I) Livro de salmos do Antigo Testamen- SOMBREADO Série de linhas paralelas usadas como
cia aparente das formas representada na pintura ou no to, c_ue se pensa ter sido escrito em parte por David, rei sombreado em gravuras e desenhos. Quando dois conjun-
desenho. (3) Categoria de impressão obtida com a pas- da antiga Israel. (2) Cópia dos Salmos, por vezes orga- tos de linhas paralelas se cruzam, chama-se traccjado.
sagem de tinta sobre as linhas em relevo de uma dada nizada para uso litúrgico ou devocional, e ricamente SPOllA Palavra latina que designa "o couro esfolado
superfície. iluminado. de um animal". Termo usado para os (I) despojos de
RELlCARIO Cofre em que se guardam ou exibem SANTUARIO (I) Lugar ou edifício sagrado. (2) A par- guerra e (2) os fragmentos de arquitectura ou escultura
relíquias. te mais sagrada no interior de um edifício, como a cella rcutilizados em contextos secundários.
de um templo ou parte de uma igreja em redor do STANZA (Pl.stanze). "Quarto", em italiano.
RENDI LHA ou RENDILHADO (I) Rendilhado de
altar.
pedra das janelas góticas. Nos primeiros rendilhados, as S TOA a arquitectura grega, colunata coberta, por
janelas parecem cortadas na pedra. No rcndilhado com SARCÓFAGO Grande caixão, geralmente em pedra vezes destacada e de comprimento considerável, usada
barras, a predominância é do vidro, e as delgadas peças e de-corada com esculturas ou inscrições. O termo deri- como lugar de encontro ou de-passeio.
de pedra são acrescentadas nas janelas. (2) Ornamenta- va de duas palavras gregas que significam "carne" e
"comer". SUBlIM E Termo que, aplicado à pintura oitocentista,
ção semelhante usada com vários materiais e aplicada
designa o ideal artístico de engendrar sentimentos ele-
nas paredes, santuários, frontarias, ete.
SÁTIRO Pertence à classe dos deuses da floresta, que vados de natureza religiosa, moral, ética e intelectual.
RENDILHA ou RENOILHADO DE BARRAS Génc- se pensa serem os lascivos companheiros de Dioniso,
SIM P 6 SloNa Grécia antiga, reunião de intelectuais
ro de rendilhado em 4ue u vidro é mantido no lugar o deus grego do vinho (ou de Baco, o seu equivalente
romano). Representam-se de pernas c cauda de bode, e filósofos pala a discussão de ideias, normalmente em
por membranas relativamente finas.
contexto informal, como num jantar.
corpo de homem e cabeça de chifres e orelhas pontiagu-
RENDILHA ou RENDILHADO DE VIDRO 'Estilo de
das A um sátiro jovem chama-se fauno. TABERNAcULO (I) Local ou casa de cultu. (2) Nicho
rendilhado no qual as abertura> numa parede de pedra
ou reentrância em forma de baldaquino que acolhe
são preenchidas com vidro. SAI Literalmente, significa "floresta encantada".
uma imagem. (3) Santuário portátil usado pelos antigos
Descreve as tolhas sinuosas e os caules entrelaçados que
RETÁBULO Obra de arte, pintada ou esculpida, colo- judeus p~lra conter a Arca da Aliança.
são um componente fundamental do estilo hatayi, do
cada atrás e acima 00 altar de uma igreja cristã. Pode ser
período dos turcos otomanos, TA8LEAU VIVANT Cena,gcralrncnte inspirada na mito-
formado por um único painel ou por três (tríptico) ou
logia clássica, na l3íblia ou em fontes literárias, represen-
mais (políptico), com volantes pintados nos dois lados. SCHIACCIATO Termo italiano que quer dizer "acha-
tada por pessoas imóveis, em trajes e cenários de época.
tado". Descreve a escultura em baixo-relevo de Dona-
RHYTON Antigo recipiente para bchcr ou servir
tello e de alguns dos seus contemporâneos. TA8LJNUM Palavra latina que significa "tabuinha de
vinho ou água, em cerâmica, metal ou pedra; por vezes
escrita", ou "registo escrito". Numa casa romana, com-
apresenta-se sob a forma humana ou de animal. SC~/PTORIUM (Pl.scl'iptol'ia). Sala de trabalho de mos-
partimento no ponto mais afastado do atrium, ou entre
teiro, reservada à cópia e à ilustração de manuscritos.
ROLO DE PAPIRO Texto escrito sobre papiro e pos- o atrium e o segundo pátio, que serve para guardar os
teriormente enrolado. SCUOLA Palavra italiana para escola. Na Veneza renas- registos familiares.
centista designava Lima confraria dedicada à prática das
ROMÂNICO Estilo de arquitectura medieval dos TAMBOR I) Secção de um fuste de coluna. 2) Parede
boas obras, normalmente sob orientação religiosa.
séculos xr ao XIII baseado no modelo romano caracte- circular que sustenta uma cúpula.
rizado pelo arco de volta perfeita, por e!"lpessa!'ipare- SECÇÃO Desenho arquitectónico que apresenta um
TEATRO Na Grécia antiga, lugar ao ar livre usado
des de suporte estrutural e por janelas relativamente edifício seccionado em plano vertical, em ângulos rectos
para representações teatrais, normalmente de planta
pequenas. ao plano horizontal. Uma secção transversal é uma sec-
semicircular e dotado de bancadas, orquestra e suportes
ção ao longo do eixo transversal; uma secção longitudinal
RosAcEA Grande janela circular em rendilhado dc para o cenário.
é uma secção ao longo de um eixo longitudinal.
pedra, decorada com vitrais, comum nas tachadas e nas
TENEBRISMO Estilo de pintura baseado no intenso
extremidades dos transeptos das igrejas góticas. SECCO (OUA SECCO) Ver!rc.u:osca:o,emjresco.
contraste entre luz e sombra.
ROSTRUM (Pl, rostra}. (I) Esporão saliente da proa SERIGRAFIA Técnica de impressão em que a tinta é

TERMAS Estabelecimento de banhos públicos tios


dos antigos navios de guerra que servia para ahalroar vazada através de um stencil e de uma tela preparada
antigos romanos, formado por vários tipos de salas de
os barcos inimigos. (2) No fórum romano, plataforma segundo um desenho prévio.
banhos e por salas de ginástica.
elevada decorada com os esporões dos navios captura-
SFUMATO Palavra italiana que significa "cheio de
dos, que servia de tribuna aos oradores. (3) Plataforma, TERRACOTA Palavra italiana que significa "terra
fumo". Descreve as delicadas graduações de luz e som-
palco ou estrutura semelhante usada para discursar ern cozida". (I) Qualquer tipo de utensílio em barro, de
hra no modelado das figuras. Aplica-se, em particular, à
público. cor uvermelhada mas que pode ser vidrado em várias
obra de Leonardo da Vinci.
cores e levado ao forno. Usado para a cerâmica, escul-
ROTULUS (PI. rotuli). Palavra latina para '\010" que
SIBILAS Mulheres da mitologia greco-romana a tura, como material de construção ou na decoração de
designa um texto escrito.
quem se atribuíam poderes sobrenaturais de adivinha- edifícios. (2) Objecto executado neste material. (3) Cor
RU8fNISTAS Pintores da Academia Francesa, de ção e profecia. Aparecem no tecto da Capela Sistina, do material natural.
final do século XVII e início do XVIII. Privilegiavam a de Migucl Ângelo, porque se pensava terem previsto o
TESSELA (Do Latim tessela, ae). Pequeno objecto de
"cor" por apelar aos sentidos e ser mais fiel à natureza. nascimento de Cristo.
pedra colorida, mármore, vidro colorido ou dourado
O termo deriva da admiração pela obra do fbmengo
S IL ENOS Classe de deuses menores da floresta que usado num mosaico.
Peter Paul Rubens. Ver Poussinistas.
acompanhavam o deus Dioniso (ou Baco). Como Sile-
THOlOS Edifício de planta circular, frequentemente
RUSTICAOO Técnica de alvenaria que consiste no no! tutor e companheiro do deus do vinho, têm lábios
com função sagrada.
tratamento rústico da superfície dos blocos de pedra, grossos, narizes achatados e gostam de vinho. Seme-
mas mantendo as juntas alisadas. lhantes aos sátiros, têm forma humana, excepto pelas TIJOLO VIDRADO Tijnlo cozido num forno depois
caudas e orelhas de cavalo. de tcr sido pintado.
SACRA CONVfRSAZIONf Termo italiano para "con-
versa sagrada". Composição pictórica com Nossa SI L H A R Pedra aparelhada ou lavrada, disposta em TIMPANO 1) Na arquitectura clássica, área recuada
Senhora e Menino com santos, em que as figuras ocu- juntas, para revestimento de uma parede. em forma de triângulo, em regra adornada com cscul-

GLOSSÁRIO 9
turas. Também se chama frontão. 2) Na arquitectura T RI G LI FO Elemento do friso dórico entre duas méto- VILLA Originariamente, grande residência campestre,
medieval, li superfície entre o arco e o linrel da porta ou pas adjacentes, dividido por estrias verticais em três sec- Nos Estados Unidos: casa independente ou moradia
janela, quase sempre preenchido com baixos-relevos. ções. suburbana.
TIPOS (TIPOGRAFIA) Na impressão, um conjunto TRtPTICO Retãbu!o, ou quadro de devoção, pintado VIRTUDES As sete virtudes dividem-se em dois gru-
completo de tipos em que letras e números obedecem ou esculpido, com um painel central e dois volantes, ou pos: as três virtudes teologais (Fé, Esperança, Caridade)
a um estilo. postigos, unidos por dobradiças. e as quatro virtudes cardeais (Prudência, Justiça, Forta-
TIPOLOGIA (NARRATIVA TIPOLÓGICA) Cornbi- leza e Temperança), foram muito representadas na arte
TRIUNFAL (ARCO) Grande arco transversal no
nuçâo de figuras, pessoas ou símbolos do período pré- sob a forma de alegorias, em especial nos manuscritos e
extremo oriental de uma igreja, que serve de moldura
na escultura da Idade Média.
-crisrão com os Seus equivalentes cristãos. ao altar e à abside c os sep:lr:l 00 corpo principal da igre-
ja, ornamentado com mosaicos ou murais. VOLANTE Painel lateral de retábulu, muitas vezes
TONDO Pintura ou relevo circular.
pintado ou esculpido nos dois lados, e fixo com dobra-
TRIUNFO (ARCO DE) Arco monumental erguido
TORRE DE MENAGEM Torre situada 110 interior do diças ao painel principal, "do que o retábulo pode estar
para comemorar as vitórias de um imperador romano,
último perímetro nas muralhas de um castelo medieval, abcrto ou fechado.
decorado com baixos-relevos de batalhas ou outros fei-
usada pua habitação e para defesa.
tos heróicos. VOlUTA Ornato espiralado dos capitéis ou colunas
TORREÂO I) Torre pequena integra um edifício.
lJuc jónicas c compósiras; também usado como elemento
TROF ÉU 1) Na Roma antiga: armas e outros despojos
2) Pequena torre no ângulo de um edifício, ou constru- arquitectural decorativo de fachadas e interiores.
retirados ao inimigo derrotado e expostos numa árvore,
ção, muitas vezes crguida acima do nível do chão.
num pilar, etc, 2) Representação comemorativa destes c WESTWERK Palavra alemã que designa a fachada
TRABALHOS DOS H ESES As várias actividades dis- de outros objectos, em símbolo de vitória. monumental a ocidente de uma igreja na arquitectura
rr ibuídas consoante os meses e as estações do ano. Estas carolíngia, oroniana e do românico alemão. tratada
É

TROIS CRAYONS Utilização de três cores em desenho


cenas ou figuras eram frequentemente representadas como uma torre, ou combinação de torres e formada por
(em norma, negro, vermelho c branco). Técnica pc-pu-
em manuscritos iluminados ou ainda combinadas com uma entrada e um vestíbulo, no rés-do-chão, e por cape-
lar no final do século XVII c no século XV1Tl.
os signos do zodíaco. la e vestíbulo, no andar superior. Em épocas posteriores,
TROMPE L'OEIL ••Engan a r o olhar", em frar.cês. teve também um transepto e uma torre lanterna.
TRACEJAOO No desenho e na gravur;:, são as linhas
Obra de arte destinada a iludir o olhar do espectador,
paralelas que intersectarn outras linhas paralelas, em WUNDERKAMMER Literalmente, "câmara de mura-
levando-o a crer que o objecto contemplado é real e tri-
vários ângulos, para representar diferenças em valores vilhas", em alemão. Gabinete de curiosidades, que
dimensional,
c gradações de sombreado. Ver Sombreado. surge no século XVI e é o antepassado do museu. Nele
TUSCHE Líquido oleoso que contém c:rayol1 utilizado podiam ser encontrados fósseis, conchas, corais e pedras
TRAMO Subdivisão do espaço interior de um edifício.
na produção de áreas negras (ou de cor) nas gravur;\s, semipreciosas, bem como ossos, peles e outras partes de
Habitualmente, uma série de trames é formada por
animais eom O objectivo de criar uma colecção enciclo-
consecutivos suporres arquirecrónicos. VANITAS Termo retirado do Livro do Eclcsiastcs 1:2
pédica. Ver Kunstkammer.
("Vanitas vanirarurn ..."), alusivo à passagem do te:npo
TRANSEPTO Espécie de nave transversal das igrejas
e à brevidade da vida, assim como ~ inevirabilidade da XILOGRAVURA Impressão a tinta de um desenho
de planta basilical cortando a nave em ângulo recto (no
morte. Na arte, o tema foi particularmente utilizado no talhado num bloco de madeira na direcção dos veios. Os
cruzeiro) c separando-a do coro ou da abside.
norte da Europa, no século XVII, sulcos gravados na madeira criam linhas rugosas que,
TRANSVERSAIS Numa construção em perspectiva, uma vez cobertas de tinta, imprimem as linhas do dese-
VEOUTA (PI. Vedute). "Vista", em italiano. Pintura
as transversais são linhas paralelas ao plano pictórico nho sobre uma superfície (pergaminho ou papel).
panorâmica, geralmente de cidade.
(na horizontal) que indicam as distâncias e intcrscctam
ZIGURATE Da palavra assíriu "ziqqurutu'', que sig-
as diagonais numa grelha que define a colocação dos VELATURA Camada delgada de tinta a óleo trauslú-
nifica "cume de montanha" ou "elevação". Torre ou
elementos para dar a sugestão de profundidade. cida aplicada sobre uma superfície pintada, ou a partes
colina piramidal da Assíria antiga e da Babilónia, COIlS-
dela, para alterar as tonalidades da pintura.
TRIBUNA (I) Andar superior sobre a; naves colare- rruída em tijolo de adobe, para servir de base a um tem-
rais de uma igreja c sob o c1erest6rio. Numa igreja ele VELINO VerPe'gami"ho. plo. Podia ter escadaria ou rampa de acesso em espiral,
alçado quadripurtido, as tribunas encontram-se entre o que contornava a construção em grande declive, crian-
VERiSTlCO Do latim oerus, que significa "verdadei-
rrifóno e a arcada da nave principal. (2) Plataforma ou do a ilusão de escadas.
ro", Descreve um estilo hiper-realista de retrutu desti-
passagem superior de igreja por cima da nave principal
nado a realçar as características individuais. ZOO tACO Circulo imaginário que se pensava envolver
que tem vista para a nave colateral.
os céus numa grande faixa formada pelas doze constela-
vl cro s São sete (Orgulho, Inveja, Avareza, Ira,
TRIFÓRIO Secção da parede de um. nave sobre a çõcs, ou doze signos, percorridos pelo sol, pela lua e pelos
Gula, Luxúria c Preguiça, alternando com Injustiça e
arcada e debaixo do c1erest6rio. É formada frequente- principais planetas. Cada um dos doze meses é regido
Loucura), muitas vezes representados em oposição às
mente por uma arcada cega com três aberturas em cada por um signo: Carneiro, Touro, Gêmeos, Caranguejo,
sete virtudes.
tramo. O acrescento de uma tribuna resulta num alçado Leão, Virgem, Balança, Escorpião, Sagitário, Capricór-
de quatro andares, em que o trifúrio se enconua entre a VI ORADO Cobertura vírrea aplicada a uma peça em nio, Aquário e Peixes. São frequentemente encontrados
tribuna e o c1erest6rio. Também pode ocorrer no tran- cerâmica antes da cozedura, COlnO protecção e decora- em redor dos portais das igrejas românicas e góticas, con-
septo e nas paredes do coro. ção. jugados com cenas dos Trabalhos dos Meses.

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10 GLossARIO

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