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Exercícios de

Português
11.º ano

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ÍNDICE

Leitura e Escrita
FICHA 1 Artigo de divulgação científica 8

FICHA 2 Discurso político 10

FICHA 3 Apreciação crítica 12

FICHA 4 Artigo de opinião 14

FICHA 5 Exposição sobre um tema 16

Educação Literária
Padre António Vieira, Sermão de Santo António

FICHA 6 Contextualização histórico-literária 20

FICHA 7 A arte da oratória e a intenção persuasiva 22

FICHA 8 Crítica social 24

FICHA 9 A alegoria 26

FICHA 10 A estrutura da obra 28

FICHA 11 A linguagem e o estilo 30

Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa

FICHA 12 Contextualização histórico-literária 32

FICHA 13 Patriotismo e Sebastianismo na obra 34

FICHA 14 As personagens 36

FICHA 15 A tragicidade 38

FICHA 16 A linguagem e o estilo 40

FICHA 17 O drama romântico 42

FICHA 18 Visão global da obra 44


Alexandre Herculano, A Abóbada

FICHA 19 O nacionalismo e o carácter histórico 46

FICHA 20 As personagens 48

FICHA 21 O herói romântico 50

FICHA 22 A estrutura da narrativa 52

FICHA 23 A linguagem e o estilo 54

Almeida Garrett, Viagens na Minha Terra

FICHA 24 Os percursos e o sentimento nacional 56

FICHA 25 A representação da Natureza 58

FICHA 26 A reflexão e a crítica 60

FICHA 27 As personagens 62

FICHA 28 A linguagem e o estilo – I 64

FICHA 29 A linguagem e o estilo – II 66

Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição

FICHA 30 Simão Botelho e o narrador – a conceção do herói romântico 68

FICHA 31 A crónica social 70

FICHA 32 As personagens 72

FICHA 33 A vivência amorosa 74

FICHA 34 A linguagem, o estilo e a estrutura 76


Eça de Queirós, Os Maias

FICHA 35 Contextualização histórico-literária 78

FICHA 36 A crónica de costumes 80

FICHA 37 O jantar em Santa Olávia 82

FICHA 38 O jantar no Hotel Central 84

FICHA 39 O jantar dos Gouvarinhos 86

FICHA 40 Os serões no Ramalhete 88

FICHA 41 As corridas no hipódromo 90

FICHA 42 O jornalismo decadente 92

FICHA 43 As intrigas amorosas 94

FICHA 44 Características trágicas dos protagonistas 96

FICHA 45 A estrutura da obra 100

FICHA 46 A linguagem e o estilo de Eça de Queirós 102

Eça de Queirós, A Ilustre Casa de Ramires

FICHA 47 As personagens 104

FICHA 48 O protagonista 106

FICHA 49 A evolução do espaço rural 108

FICHA 50 Os espaços e o seu simbolismo 110

FICHA 51 A influência do passado no presente 112

FICHA 52 A estrutura da obra 114

Antero de Quental, Sonetos Completos

FICHA 53 O Palácio da Ventura 116

FICHA 54 Ideal 118

FICHA 55 Nox 120

FICHA 56 Na Mão de Deus 122


Cesário Verde, Cânticos do Realismo (O Livro de Cesário Verde)

FICHA 57 Cristalizações 124

FICHA 58 A Débil 128

FICHA 59 Num Bairro Moderno 130

FICHA 60 O Sentimento dum Ocidental 134

FICHA 61 A linguagem e o estilo do poeta-pintor 138

Gramática
FICHA 62 Coerência textual 142

FICHA 63 Coesão lexical 146

FICHA 64 Coesão gramatical 150

FICHA 65 Reprodução do discurso no discurso 154

FICHA 66 Deíticos 156

SOLUÇÕES 159
FICHA 12
32 EDUCAÇÃO LITERÁRIA – ALMEIDA GARRETT, FREI LUÍS DE SOUSA

Contextualização histórico-literária
A teoria do “drama” (o novo género teatral “romântico” que bania a

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distinção entre a tragédia e comédia), prenunciada no século XVIII, nomea-
damente por Diderot, fora exuberantemente defendida por Vítor Hugo no
prefácio do Cromwell (1827). Algumas características: multiplicidade da
localização e alongamento do tempo, para permitir uma ação mais livre; 5

recurso ao característico, local, histórica e psicologicamente; efeitos de con-


traste entre o grotesco e o sublime; diversidade dos tipos humanos, até nas
suas formas patológicas e vulgares. […]
Como nas peças anteriores, o autor pretendeu remontar à tradição
literária, recorrendo a textos históricos e evocando uma época. Trata-se de 10
Passos Manuel, Almeida Garrett, uma tradição relativa ao conhecido prosador do século XVII, que já um
Alexandre Herculano e José Estêvão de
Magalhães, Painel de Columbano contemporâneo de Garrett teatralizara, situada no ambiente sebastianista
Bordalo Pinheiro, 1926 (pormenor)
dos primeiros anos da dominação filipina. Pretendeu também incluir uma
lição cívica: o sentimento da independência […]. Mas estas intenções não
impedem que a peça esteja centrada num drama familiar, íntimo, e atual no 15

tempo em que foi escrito. […] Dir-se-ia que se regressa à tragédia intemporal
do teatro clássico, indiferente à cor local. Por outro aspeto, ainda, se afasta o
Frei Luís de Sousa do drama romântico: não apresenta cenas cómicas nem
tipos grotescos ou simplesmente extravagantes. O tempo (cerca de uma
semana, mediando algumas horas entre a ação do primeiro e do segundo 20

ato) e o lugar (dois solares e uma igreja contígua a um deles, tudo em


Almada) aproximam-se da concentração exigida pelo teatro clássico. A cena
nuclear é, como recomendava Aristóteles, uma anagnórise (reconhecimento);
Ruínas do teatro de Mileto, na Ásia
Menor e o pathos (aflição do protagonista) adensa-se num clímax (crescente
precipitação fatal dos factos) até à catástrofe. 25

[…] Frei Luís de Sousa remonta […] às fontes gregas da tragédia. […]
Nestas sobressaía quase sempre a intervenção de uma fatalidade que tres-
passa os homens indefesos. É uma fatalidade deste tipo que no Frei Luís de
Sousa parece cair sobre os protagonistas. O Romeiro serve-lhe de portador:
o aparecimento dele vem anular toda a vida que se erguera sobre o pressu- 30

posto da morte de D. João de Portugal; anular o segundo casamento da sua


suposta viúva, e riscar do rol dos legitimamente nascidos e vivos a filha que
desse casamento nascera. […]
Mas, não obstante o seu protesto, Maria morre (algo melodramatica-
mente) “de vergonha” como ela diz, consumando a ação da fatalidade. A 35

verdadeira ação da peça é a aproximação desta fatalidade, a presença cada


vez mais palpável de um espetro, através dos terrores de Madalena, das insi-
nuações de Telmo Pais, dos sonhos da Maria. […] A crise dramática resulta
assim da contradição entre a situação criada – a vida atual – e um passado
incompatível com ela, que faz valer seus direitos – um passado que também 40

é vida. A contradição resolve-se pelo aniquilamento da vida que viceja. No


fundo são os espetros que triunfam.

in António José Saraiva e Óscar Lopes, História da Literatura Portuguesa, 17.ª ed.,
Porto, Porto Editora, 2005, pp. 686, 688-690 (texto com supressões)
Contextualização histórico-literária 33

1. Considere as seguintes afirmações e, tendo em conta o excerto apresentado, indique se são verdadeiras (V)
ou falsas (F).
a. O “drama” é um género teatral em que tragédia e comédia não se diferenciam.
b. Diderot foi um dos últimos autores a escrever “dramas” românticos.
c. O novo género dramático caracteriza-se pela concentração do espaço e do tempo da ação.
d. E m Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett inspira-se em factos históricos para evocar uma época e, si-
multaneamente, apelar ao sentimento de independência.
e. F rei Luís de Sousa centra-se num drama familiar cuja atualidade se esgota no período em que a ação
decorre.
f.  espaço da ação dramática de Frei Luís de Sousa divide-se entre dois solares em Almada e uma igreja
O
contígua.
g.  obra de Almeida Garrett afasta-se das fontes gregas da tragédia, rejeitando a ideia de que uma
A
fatalidade determina os acontecimentos.
1.1. Corrija as afirmações falsas.

2. Refira alguns aspetos caracterizadores da tragédia grega mencionados no texto.

3. Comente a seguinte citação do texto: “Dir-se-ia que se regressa à tragédia intemporal do teatro clássico,
indiferente à cor local.” (linhas 16-17).

4. Explique em que medida o carácter trágico da obra Frei Luís de Sousa resulta de um conflito entre o pre-
sente e o passado, o mundo dos vivos e o dos mortos.
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FICHA 63
X
146 GRAMÁTICA

Coesão lexical

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A coesão textual diz respeito ao modo
como organizamos, sequencialmente, a in-
formação, o que acaba por significar, tam-
bém, coerência.
A coesão lexical ocorre através da repeti-
ção ou da substituição lexicais. As relações
de sentido e de hierarquia entre palavras são
os mecanismos linguísticos mais utilizados.

1. Substitua as expressões repetidas nas frases seguintes.


A. Comprei um livro e li o livro todo no fim de semana!

B. Adorei a exposição que vi no Museu Soares dos Reis. Verei a exposição novamente, se ainda for a tempo!

C. Vi aquele rapaz na rua ontem. Foi aquele rapaz de que te falei.

D. Eça de Queirós é o meu escritor favorito. Eça de Queirós é absolutamente fantástico!

E. O Porto é lindíssimo! No Porto, podemos visitar a Torre dos Clérigos, a Sé, a Ribeira…

2. Usando a hiperonímia, complete as frases seguintes.


A. Hoje, vou ao concerto da Mariza, no Coliseu. Ela é uma fabulosa e única!
B. Os Maias e A Ilustre Casa de Ramires são previstas no programa de português.
C. João da Ega, Carlos da Maia e Tomás de Alencar são algumas das que participam
no Jantar do Hotel Central.
D. Ténis ou natação, um dos vou ter que praticar para evitar o sedentarismo.
E. Adoro comer maçãs, peras ou laranjas. Aliás, toda a !
F. O leão, a girafa e a zebra são selvagens.
G. Ovos, farinha e açúcar são os principais de qualquer bolo.
H. Parafusos, roscas e pregos são indispensáveis a qualquer carpinteiro.
Coesão lexical 147

3. Usando a hiponímia, complete as frases seguintes.


A. António Vieira elenca as qualidades, em geral, dos peixes, referindo o exemplo do ,
do , do e da .
B. O otorrino trata de diferentes órgãos, tais como a ,o e os
.
C. Os artistas devem ter lugar na consideração e afeto da sociedade – os poetas, os ,
os e todos os que se expressam pela arte.
D. 
A biblioteca municipal está recheada de livros interessantes: biografias, ,
, , entre tantos outros.

4. Identifique os referentes dos pronomes sublinhados.

Não são os olhos coisa que se detenha, mas, porque têm a mesma cor das ondas, ficam eles
carregados do movimento que as caracteriza e torna-se necessário detê-los, como se de ondas se
tratasse. Tudo isto ajuda a criar uma suspensa atmosfera de receio e de perigo; o sortilégio deste
verso reside nisso mesmo. Se nos detivemos nestes exemplos (e muitos outros se lhes poderiam
reunir) foi apenas para assinalar o valor ativo da “cor” na poesia de Cesário Verde e sugerir o
sentido verdadeiramente criador em que devemos considerá-lo um “colorista nato”.
in David Mourão-Ferreira, Hospital das Letras – Ensaios, 2.a ed., Lisboa, INCM, 1980, p. 1954

5. A coluna A do quadro abaixo apresenta alguns segmentos em que a coesão foi assegurada através de pro-
cessos tais como os indicados na coluna B.
5.1. Estabeleça a correspondência correta.

Coluna A Coluna B
1. Desde a música à pintura, passando pelo teatro e pela a. Relação de hierarquia
dança, as manifestações culturais são sempre
enriquecedoras.
2. Resolvi fazer um espaço só para cães. Os animais vão b. Substituição lexical
ficar mais felizes!
3. O mastro do navio está pronto!
c. Relação de parte-todo
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4. Ganhei um carro. Vou guardá-lo na garagem.


5. Os golfinhos são muito carinhosos. Estes mamíferos são
únicos! d. Pronominalização

1.  ; 2.  ; 3.  ; 4.  ; 5.  .

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