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Handbuch/Manual

X-Plane 10

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Manual

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X-Plane 10

Índice
Sobre o X-Plane .................................................... 8
1.1 Visão geral ..................................................................... 8
1.2 O que o X-Plane inclui ................................................. 10
1.3 Histórico ....................................................................... 12
1.4 O X-Plane hoje ............................................................. 16

Guia de início rápido.......................................... 18


2.1 Instalando o X-Plane ................................................... 19
2.2 Executando o X-Plane ................................................. 20
2.3 Configurando funções do manche/joystick ............... 21
2.4. Selecionando uma aeronave ..................................... 24
2.5 Selecionando um local ................................................ 27
2.6 Decolando .................................................................... 28
2.7 Atualizando o X-Plane................................................. 29
2.8 Outras considerações .................................................. 30

Preparação e instalação ..................................... 31


3.1 Requisitos de sistema .................................................. 31
3.1.1 Hardware de vídeo ........................................... 32
3.1.2 Drivers de vídeo ............................................... 33
3.2 Selecionando o hardware de controle de voo .......... 35
3.2.1 Joysticks ........................................................... 35
3.2.2 Manches .......................................................... 36
3.2.3 Pedais do leme ................................................. 36
3.2.4 Outras considerações ....................................... 37
3.3 Instalando o X-Plane ................................................... 38
3.3.1 Instalação no Windows PC ............................... 38
3.3.2 Instalação no Mac ............................................ 41
3.3.3 Instalação no Linux PC...................................... 43
3.4 Executando o X-Plane ................................................. 44

Configurando e Ajustando
Sua instalação do X-Plane ................................. 45

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4.1 Uso geral da interface do X-Plane ................................. 45


4.2 Definindo o idioma...................................................... 46
4.3 Atualizando o X-Plane................................................. 47
4.4 Usando as versões Beta do X-Plane ........................... 48
4.5 Desinstalando o X-Plane ............................................. 49
4.6 Configurando os controles de voo ............................. 49
4.6.1 Configurando os eixos de controle ................... 49
4.6.2 Centralizando os controles ............................... 52
4.6.3 Calibrando o hardware..................................... 52
4.6.4 Atribuindo funções aos botões ......................... 52
4.6.5 Controlando a sensibilidade do joystick
e a estabilidade da aeronave ..................................... 54
4.6.6 Configurando as zonas nulas ........................... 55
4.6.7 Adicionando equipamentos especiais ............... 55
4.7 Solução de problemas com os controles de voo ....... 56
4.8 Configurando atalhos de teclado ............................... 57
4.9 Configurando as opções de renderização.................. 58
4.9.1 Configurações básicas de renderização............. 59
4.9.2 Configurando o mundo do X-Plane .................. 63
4.9.3 Configurando a renderização
para o melhor desempenho....................................... 66
4.10 Configurando o áudio ............................................... 71
4.11 Expandindo o X-Plane ............................................... 71
4.11.1 Adicionando aeronaves .................................. 72
4.11.2 Adicionando cenários ..................................... 73
4.11.3 Instalando plugins .......................................... 73

O Voo no X-Plane ............................................... 75


5.1 Abrindo uma aeronave ............................................... 75
5.1.1 Selecionando uma pintura ................................ 78
5.2 Escolhendo um aeroporto ou local............................. 78
5.2.1 Outras formas de escolher um local .................. 79
5.3 Definindo o ambiente ................................................. 80
5.3.1 Definindo o clima ............................................. 80
5.3.2 Definindo data e hora ...................................... 86
5.4 Como voar .................................................................... 86
5.5 Usando instrumentos e aviônicos .............................. 88

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X-Plane 10

5.5.1 Nota sobre a sintonia do rádio.......................... 89


5.6 Usando as visualizações .............................................. 90
5.7 Deixando o X-Plane pilotar a sua aeronave .............. 91
5.8 Obtendo instruções rápidas........................................ 91
5.9 Salvando e compartilhando o seu voo ...................... 92
5.9.1 Criando uma situação reutilizável ..................... 93
5.9.2 Criando um replay............................................ 93
5.9.3 Criando um filme ............................................. 94
5.9.4 Capturando uma imagem da tela ..................... 95
5.10 Visualizando e refazendo o seu voo ........................ 96
5.10.1 Visualizando a rota da aeronave ..................... 96
5.10.2 Usando o replay integrado ............................. 97
5.10.3 Exibindo um voo a partir
do Flight Data Recorder (FDR) .................................... 98
5.11 Visualizando o modelo de voo por trás das cenas.. 99

Simulação Avançada no X-Plane ..................... 100


6.1 Mantendo o diário de bordo .................................... 100
6.2 Trabalhando com o Controle de Tráfego Aéreo .............. 101
6.3 Mudando o modo e o local de início da aeronave .. 104
6.4 Usando uma lista de verificação............................... 104
6.5 Definindo como os danos afetam a aeronave......... 105
6.6 Configurando o peso, equilíbrio e combustível ...... 106
6.7 Simulando falhas em equipamentos........................ 107
6.8 Habilitando um rastro de fumaça............................. 108

Navegação, Piloto Automático


e Voo por instrumentos ................................... 109
7.1 Navegando ................................................................. 109
7.1.1 História da navegação aérea ........................... 110
7.1.2 Modos modernos de navegação..................... 111
7.2 Usando os mapas de navegação do X-Plane ........... 117
7.2.1 Recursos adicionais dos mapas ....................... 118
7.3 Usando o piloto automático ..................................... 120
7.3.1 Ligando e desligando ..................................... 122
7.3.2 Usando os controles ....................................... 124
7.4 Voando por instrumentos ......................................... 133

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7.4.1 Mantendo o senso de equilíbrio ..................... 133

Situações Especiais de Voo no X-Plane ........... 139


8.1 Usando uma estação de instrutor
(IOS) para treino de voo .................................................. 139
8.2 Pilotando planadores ................................................ 140
8.3 Pilotando helicópteros .............................................. 142
8.4 Pilotando o ônibus espacial ...................................... 146
8.4.1 Passo a passo .......................................................... 148
8.5 Pilotando o X-15 ........................................................ 152
8.6 Simulação de combate no X-Plane ........................... 153
8.7 Executando operações em porta-aviões .................. 153
8.8 Combatendo incêndios florestais ............................. 155
8.9 Voando com gravidade não padrão ......................... 155
8.10 Pilotando em outras situações especiais ............... 156

Análises de Especialistas –Liberando Todo


o Potencial do simulador ................................. 157
9.1 Ajustando o manejo da aeronave no X-Plane ......... 157
9.2 Configurando a posição do copiloto ........................ 160
9.3 Configurando um Simulador com
Monitores Múltiplos ........................................................ 162
9.3.1 Usando vários monitores com
um computador ...................................................... 162
9.3.2 Conectando vários computadores com
múltiplas telas ......................................................... 163

Anexo A ............................................................ 168


Como preencher um relatório de erros .......................... 168

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X-Plane 10

Sobre o X-Plane
1.1 Visão Geral
O X-Plane é o simulador de voo para computadores pessoais mais
completo e poderoso, e oferece os modelos de voo mais realistas que
existem.
O X-Plane não é um jogo e sim uma ferramenta de engenharia que
pode ser usada para avaliar as qualidades de voo de aeronaves de asa
fixa ou rotativa com uma precisão incrível
Como o X-Plane é capaz de prever o desempenho e o manejo de
praticamente qualquer aeronave, ele é uma ótima ferramenta para
pilotos que desejam treinar em um simulador que funciona como um
avião de verdade, para engenheiros que desejam prever como uma
aeronave irá voar, e para entusiastas da aviação que desejam explorar
o mundo da dinâmica de voo das aeronaves.
Bem-vindos ao mundo das aeronaves movidas a hélices ou jatos, com
motores únicos ou múltiplos, planadores, helicópteros e VTOLs. O X-Plane
contém dinâmicas de voo subsônicas e supersônicas, permitindo que os
usuários experimentem as características de voo das aeronaves, das mais
lentas às mais velozes. O X-Plane também inclui 35 aeronaves em seu
disco principal, abrangendo a indústria aeronáutica e sua história. As
aeronaves inclusas vão desde o Bell 206 JetRanger e o Cessna 172 ao
Ônibus Espacial e o Bombardeiro B-2. Mais de 1.400 modelos adicionais
de aeronaves podem ser obtidos por download na Internet (X-Plane.org, a
página de links em X-Plane.com, e o Google são bons lugares para
começar) e quase todos eles são gratuitos. Se isso não for suficiente, os
usuários podem criar suas próprias aeronaves e pilotá-las!
O pacote completo de cenários do X-Plane cobre toda a Terra, com uma
resolução fantástica, da latitude 74º norte até 60º sul. Também há
cenários disponíveis de Marte, graças ao Mars Orbiting Laser Altimeter,
que mapeou a elevação daquele planeta. Na Terra, os usuários podem
pousar em qualquer um dos 33.000 aeroportos ou testar suas
habilidades em porta-aviões, plataformas de petróleo, fragatas (que se
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movem com as ondas) ou em helipontos no topo dos edifícios.


Eles também podem fazer um modelo de voo realista de aeronaves por
controle remoto, fazer o lançamento aéreo de um X-15 ou da Space
Ship One a partir da nave-mãe, pilotar em reentradas na atmosfera
terrestre com o ônibus espacial, voar com os amigos pela Internet ou
em uma LAN, lançar água em incêndios florestais ou pousar em
porta-aviões à noite, com tempestade e mar agitado, a bordo de um F-4
danificado. As situações que podem ser simuladas são incrivelmente
variadas!
No X-Plane, o clima vai desde céus limpos com alta visibilidade a
tempestades de raios com vento controlável, cortantes, turbulência e
microbursts. Chuva, neve e nuvens estão disponíveis para um desafio
em voos por instrumentos e as temperaturas estão disponíveis para os
planadores. É possível fazer o download de condições climáticas reais da
Internet, permitindo que os usuários pilotem com o clima que realmente
existe no local atual!
O X-Plane tem um modelo detalhado de falhas, com muitos sistemas
que podem apresentar falhas mediante o comando de um instrutor ou
aleatoriamente, quando os usuários menos esperarem! Os usuários
podem causar falhas em instrumentos, motores, controles de voo, cabos
de controle, antenas, trem de pouso ou em dezenas de outros sistemas a
qualquer momento. Eles também podem ter um amigo ou instrutor de
voo (localmente ou pela Internet, trabalhando em uma estação de
instrutor) causando falhas em componentes da aeronave sem o
conhecimento do piloto. O instrutor pode alterar o horário, as condições
climáticas e o status de falha de centenas de sistemas e componentes da
aeronave. Além disso, a qualquer momento o instrutor pode mudar a
aeronave para o local que desejar. Os modelos de aeronaves também são
extremamente flexíveis, permitindo que os usuários criem com facilidade
novas pinturas, sons e painéis de instrumentos para modificar qualquer
aeronave. Designs personalizados de aeroplanos ou helicópteros podem
ser criados e pilotados usando o X-Plane e o software incluso Plane
Maker (Construtor de Aviões).
O X-Plane é usado pelas principais forças aéreas, fabricantes de
aeronaves, companhias de defesa e até agências espaciais, para

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X-Plane 10

aplicações que vão do treinamento de voo ao planejamento, design e


teste de voo.
Por exemplo, o X-Plane tem sido usado em investigações de acidentes
para ilustrar a visão do piloto momentos antes de uma colisão no ar ou
para apresentar graficamente ao júri e aos juízes as forças que afetam
uma aeronave em voo.
A Scaled Composites usou o X-Plane para visualizar os voos da Space
Ship One até o limite da atmosfera em seu simulador de treinamento
de pilotos. A Kalitta usou o X-Plane para treinar seus pilotos no
comando de cargueiros 747 em voos noturnos. A Northwest e a Japan
Airlines usam o X-Plane para análise e treinamento de voo. A Cessna
usa o X-Plane para treinar os novos clientes na utilização do Garmin
G1000. Dave Rose usou o X-Plane para otimizar aviões em muitas de
suas vitórias em Reno. A NASA usou o X-Plane para testar a reentrada
de planadores na atmosfera de Marte, e a lista continua. Esses clientes
são os testemunhos mais importantes das incríveis capacidades deste
simulador.
Além disso, o X-Plane recebeu certificação da FAA para uso no registro
de horas para fins de classificação e experiência de voo. Essa
experiência pode valer créditos para uma licença de piloto privado,
treinamento recorrente, horas para treinamento de instrumentos e até
mesmo horas para um Certificado de Transporte da Aviação Comercial
(Airline Transport Certificate). Isso demonstra a qualidade do simulador.

1.2 O que o X-Plane Inclui


Os assistentes de instalação para Windows, Mac e Linux estão
incluídos nos discos adquiridos em X-Plane.com. Há
aproximadamente 74 GB de cenários (cobrindo basicamente o
mundo todo) e trinta e cinco aeronaves, com milhares de aviões
disponíveis na web. Os DVDs contém tudo o que é necessário para
executar o X-Plane — os usuários não precisam comprar mais nada.
Você receberá atualizações gratuitas do X-Plane 10 até que a versão
11 seja lançada, assim como o melhor atendimento ao cliente e
suporte técnico.

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Embora o X-Plane seja o simulador de voo mais completo do mundo,


o DVD de instalação também vem com os softwares Plane-Maker
(Construtor de Aviões, em que os usuários podem criar aeronaves
personalizadas ou modificar os projetos existentes), o Airfoil-Maker
(Construtor de Aerofólios, em que os usuários podem criar perfis de
desempenho de aerofólios) e o Weather-Briefer (Serviço
Meteorológico, que fornece aos usuários informações sobre o clima,
usando condições climáticas reais, obtidas por download pela
Internet).
A instalação padrão inclui as seguintes aeronaves:
Cirrus Vision SF50 X-15 e X-30 X-Plane-Muster
Cessna 172SP KC-10 Extender
Piaggo P-180 Avanti Boeing B747-400
Stinson L-5 Sentinel Bell-Boeing V-22 Osprey
ASK-21 Glider Boeing B-52G Stratofortress
Bell 47 Van’s RV-3/4/6/7/8/9/10
Beechcraft King Air B200 Rockwell B-1B Lancer
F-22 Raptor Viggen JA37
Lockheed SR-71 Blackbird F-4 Phantom
Bombardier Canadair
CL-415 Mars Jet, Mars Rocket
Boeing B777-200 Bell 206
Piper PA-46 Malibu Boeing AV-8B Harrier II
Northrop B-2 Spirit Sikorsky S-61
Robinson R22 Beta Space-Shuttle Orbiter
Great Planes PT-60 RC Thunder Tiger Raptor 30 v2
RC-Hubschrauber
Obviamente, as milhares de aeronaves disponíveis na Internet fornecem
uma variedade ainda maior. Abaixo temos uma (pequena) amostra do
que está disponível por aí:
Beechcraft Bonanza Boeing 727/737/747/787
Mooney M20J 201 Piper PA-16 Clipper
de Havilland DH-106
Comet Pitts “Mountain Dew” S2C
Sikorsky S76 StratoCloud Ram-Air

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X-Plane 10

P-51D Mustang Piper Twin Comanche PA30


Beechcraft King Air 350 Cessna 195
Cessna C150 Bell 222
Douglas A-4B Skyhawk Ilyushin IL-76
Fiat CR.42 Falco Paris Jet III
Bell 407 Peregrine F222 Firenze
Beechcraft Staggerwing Curtis P-6 Hawk
Ford Tri-motor Cessna 120
Hawker Sea Harrier FRS1 Airbus A320/A340/A380

1.3 Histórico
Muitas pessoas nos perguntam sobre a história do X-Plane, sobre as
nossas origens e o nosso futuro. Por isso, aqui estão algumas infor-
mações sobre Austin Meyer (o autor) e a história do X-Plane.
Como vocês devem saber, historicamente, o simulador de voo mais
popular do mercado é o Microsoft Flight Simulator. Isso se deve
principalmente ao início adiantado com o simulador de voo, que surgiu
por volta de 1982. Ao longo dos anos, muitas companhias tentaram
competir com a Microsoft (Flight-Unlimited, Fly and Fly-2k, por
exemplo). Todas falharam, menos a X-Plane. Desde o início, a maior
vantagem do uso do X-Plane está no modo como o modelo de voo é
gerado e nas altas taxas de quadros em que o X-Plane pode ser
executado. Isso nos dá uma vantagem na capacidade de calcular e exibir
com precisão a resposta de voo e a sensação de uma aeronave em voo.
No passado, a Microsoft tinha cenários superiores aos do X-Plane, além
de oferecer muito mais complementos adicionais. Mas a vantagem da
Microsoft nessa área acabou na época do X-Plane 8. O X-Plane 10
marca mais um salto adiante para o nosso simulador, que, sem dúvida
alguma, acreditamos ser o melhor simulador de voo existente.
Ao longo dos anos, temos observado um aumento consistente nas
vendas, com um total de 750.000 cópias do X-Plane distribuídas por
pedidos via Internet ou por varejistas, em abril de 2009 (sem contar as
500.000 cópias dos novos apps do iPhone!). Além disso, o X-Plane é o
único simulador de voo comercial disponível para as plataformas

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Macintosh, Windows e Linux. O conjunto de discos vendidos em


X-Plane.com inclui cópias para os três sistemas, portanto, não existe a
possibilidade de que um usuário receba uma versão incorreta para o seu
computador. (Note que alguns varejistas mantêm em estoque cópias
somente para Windows ou exclusivas para Macintosh, ou vendem o
X-Plane sem os cenários globais, para diminuir os custos Leia a
embalagem cuidadosamente se for comprar em uma loja.)
Além da precisão aprimorada e da fluidez do X-Plane, outra grande
diferença entre o nosso simulador e o da Microsoft é que, enquanto a
Microsoft lança atualizações mais ou menos a cada três anos, nós
lançamos atualizações para o X-Plane mais ou menos a cada dez
semanas! Portanto, ao invés de comprar um disco e ficar com o
software estagnado por quase trinta e seis meses, os usuários do
X-Plane podem visitar o nosso website a cada três meses, mais ou
menos, e fazer o download de novas atualizações (gratuitas) para o
programa!
Resumindo, somos um grupo pequeno de pessoas talentosas e muito
motivadas; nossa missão de vida é o aprimoramento e a precisão do
X-Plane.

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X-Plane 10

1.3.1 Biografia de Austin, em Meados de 2006


Oi! Eu sou um piloto particular com cerca de 1.500 horas em várias
aeronaves Cessna e Piper de pequeno e médio porte (os aviões que
cresci pilotando) e um Cirrus SR-22 Centennial Edition 8141Q, que
comprei em 2003. Em cerca de um mês, vou trocar para um Lancair
Columbia 400, viajando por todo o país em velocidade máxima para
atender aos clientes. (Meu encarregado do suporte ao cliente, Randy
Witt, pilota um Beech Baron. Estou dizendo essas coisas para mostrar
que as pessoas que criam o X-Plane e oferecem suporte são pilotos,
donos de aeronaves e engenheiros. A aviação é uma parte essencial
das nossas vidas e adoramos o que fazemos).
Por volta de 1988, depois de obter a minha classificação em instrumentos
nos céus calmos e amigáveis de Columbia, na Carolina do Sul, acabei
chegando em San Diego, na Califórnia, trabalhando para a DuPont
Aeroespace, uma pequena companhia aeroespacial, em alguns projetos
excelentes mas incomuns, sobre os quais não posso falar muito.
Preciso divagar um pouco porque isso é interessante e também se aplica a
uma das aeronaves no X-Plane. Um dos projetos em que a DuPont estava
trabalhando na época era o conhecido NASP, ou National Aerospace
Plane, uma aeronave orbital de estágio único que poderia, teoricamente,
decolar de uma pista e voar até entrar em órbita. Tony DuPont, o
presidente da companhia, foi o fundador desse genial conceito NASP.
Enquanto o ônibus espacial e outros foguetes convencionais usam
motores de foguete para chegarem à velocidade orbital (18.000 mph), o
NASP respira ar para acionar os motores. Por isso, ele precisa fazer a
maioria da aceleração dentro da atmosfera. Esse uso do oxigênio na
atmosfera, ao invés de carregar oxigênio líquido a bordo, torna a
aeronave muito mais leve e eficiente, mas também significa que ela
precisa voar a muitos milhares de milhas por hora no ar, o que cria uma
quantidade enorme de calor e arrasto. Circular combustível frio pelo
revestimento de uma aeronave não é uma ideia nova... de fato, os bocais
em forma de sino da maioria dos foguetes usam essa tecnologia para
impedir que eles derretam! Para o NASP, essa é uma das poucas opções
que poderia manter as temperaturas do revestimento sob controle e
permitir voos hipersônicos (ou seja, voos a cinco vezes a velocidade do
som - ou mais). Você pode pensar que o uso de um sistema de
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isolamento ladrilhado como o do ônibus espacial seria uma boa opção,


mas manter e substituir milhares de pequenos ladrilhos seria
problemático, desajeitado e caro. Obviamente, circular combustível para
manter o revestimento frio também tem suas desvantagens! O SR-71
O Blackbird usa seu combustível frio para manter a temperatura de sua
superfície sob controle e fica limitado a velocidades muito inferiores a
Mach 3 quando tem pouco combustível, porque não há nada mais para
absorver o calor! Abra o SR-71 no X-Plane e, ao invés de ver uma linha
vermelha no indicador (como em quase todas as outras aeronaves) para
mostrar a velocidade máxima permitida, há um arco vermelho inteiro!
Essa grande região vermelha é a faixa de velocidade em que você pode
operar somente se tiver combustível suficiente nos tanques para absorver
o calor da fricção atmosférica. O quanto você pode avançar na área
vermelha depende da sua carga de combustível restante. Agora, você
sabe disso.
Mas já chega de falar sobre o conceito do NASP. No verão de 1988,
quando eu morava em San Diego, fiz um voo de atualização de
instrumentos para manter minhas habilidades com IFR em dia e tive
dificuldades para acompanhar o sistema movimentado e rápido do
CTA de San Diego, após as operações de controle de tráfego aéreo
relativamente lentas e tranquilas na Carolina do Sul. Após alcançar um
nível confortável para minhas habilidades com IFR (o que exigiu três ou
quatro voos), eu decidi que precisava de um sistema para treinar o uso
de instrumentos e me manter atualizado. O Microsoft Flight Simulator
era praticamente a única opção disponível na época e eu fiquei
desapontado com o que encontrei. A Microsoft estava executando seu
software em pequenos Macintoshes na época, o que era ótimo, mas
havia algumas outras coisinhas que eu queria que fossem diferentes e
eu sabia que a Microsoft não iria mudá-las apenas porque eu pedi. E
assim nasceu o X-Plane, que na época se chamava „Archer-II IFR“. Eu
usei esse programa por vários anos a fim de me manter atualizado
com os instrumentos.
Logo depois, obtive um bacharelado em Engenharia Aeroespacial na
Iowa State University. Durante meus estudos de engenharia, expandi o
‚Archer-II IFR‘ para que pudesse simular quase qualquer aeronave
imaginável, simplesmente inserindo o projeto da aeronave e deixando

15
X-Plane 10

que o simulador determinasse como o avião voaria, de acordo com o


projeto. Isso é completamente oposto ao modo como quase qualquer
outro simulador funciona e é também o maior e mais importante
diferencial entre o X-Plane e seus concorrentes. Comecei a usar o
simulador para testar vários designs de aeronaves que eu havia criado
e logo descobri que a Cessna, a Lancair e a Mooney fabricam as coisas
de uma certa forma por um motivo muito bom - os meus projetos
eram eficientes, mas difíceis de pilotar com segurança. Mais tarde,
renomeei o programa como ‚X-Plane‘, em homenagem a uma série de
aeronaves testadas na base de Edwards na década de 1960, cujo
desenvolvimento continua até hoje.
Você pode ler mais sobre Austin no blog Austin‘s Adventures.

1.4 O X-Plane Hoje


O X-Plane ainda é programado e desenvolvido no Macintosh (como
sempre foi, desde o início) e adaptado para os sistemas Windows e Linux
para permitir a distribuição e vendas para essas plataformas. Portanto, o
conjunto de discos disponível na página de pedidos em X-Plane.com
pode ser usado em praticamente qualquer computador pessoal do
mundo.
Os engenheiros nas companhias Velocity, NASA, Scaled Composites e
Carter Aviation usaram o X-Plane para projetar, avaliar e simular testes de
voo. A National Test Pilot School usa o X-Plane para treinar pilotos em
aeronaves e sistemas de controle de voo não convencionais. Eu conheço
uma menina Italiana de oito anos que gosta de taxiar com os aviões para
ver os Corvettes estacionados perto da cerca do aeroporto. Outras
crianças gostam de experimentar seus próprios designs no X-Plane e um
número enorme de jovens adora colidir com seus F-22 simulados no solo
a Mach 2.
A maioria dos clientes do X-Plane são pilotos ou pessoas que desejam
um simulador com um nível de realismo apropriado para pilotos. Muitos
pilotos de linhas aéreas levam o X-Plane com eles durante seus voos
transoceânicos (reais), em seus laptops, para simular o voo do dia
seguinte e as aproximações possíveis. Muitos pilotos de carga e de linhas

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aéreas se mantêm atualizados com o X-Plane para fazerem seus testes


bianuais de revisão e atualização de voo. Muitos pilotos privados usam o
X-Plane para se manterem atualizados quando limitações de tempo e
dinheiro os impedem de ir aos aeroportos com a frequência desejada.
Embora tenhamos recebido alguns pedidos do Departamento de Defesa,
da CIA e da Microsoft, a maioria dos clientes do X-Plane são pessoas
comuns que desejam experimentar a alegria de voar. Com uma cópia do
X-Plane, você pode fazer exatamente isso, de uma forma divertida, fácil
e segura!
Muitos pilotos têm acesso regular a Cessnas antigos, mas qual seria a
sensação de ser lançado da asa de um B-52 em um X-15 e voar até a
fronteira do espaço a 4.000 milhas por hora? Ou pilotar uma reentrada
completa com o ônibus espacial? Ou levar o SR-71 a 70.000 pés, em
Mach 3? Ou pilotar um foguete em Marte?
O X-Plane pode mostrar todas essas coisas, e o que é melhor, é capaz de
deixar que você as experimente.

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X-Plane 10

Guia de Início Rápido


Este capítulo foi planejado para ajudar o usuário de primeira viagem
do X-Plane a configurar e executar o simulador o mais rápido possível.
O objetivo é decolar e voar em até dez minutos após concluir a
instalação, sem deixar de aprender os aspectos essenciais do
simulador.
Este capítulo irá mencionar de passagem algumas informações
secundárias, e a configuração de muitas opções não essenciais será
completamente ignorada. Pressupõe-se que o computador onde o
X-Plane está sendo instalado seja capaz de executar o simulador com
suas opções padrão de renderização. Note que os requisitos de sistema
mínimos para executar o X-Plane são um processador de 2 GHz, 1 GB
de memória RAM e uma placa de vídeo independente (não integrada/
onboard) com 128 MB VRAM. Porém, as especificações recomendadas
são um processador de 2 GHz, 2 GB de memória RAM e 256 MB de
VRAM. Obviamente, o X-Plane pode se beneficiar de sistemas mais
poderosos.
Nos pontos em que o processo de instalação entre o Windows XP e o
Mac OS X diferem, isso será explicado.
Após a decolagem inicial, você pode continuar lendo o manual
completo ou simplesmente guardá-lo para futuras consultas. Se tiver
problemas ao seguir este guia, verifique o resto do manual. Muito
provavelmente nele haverá uma solução para o problema, e isso pode
economizar tempo tanto para você como para o suporte técnico.
Informações detalhadas sobre a instalação e configuração do X-Plane
podem ser encontradas nos capítulos 3 e 4. Informações detalhadas
sobre a configuração do joystick podem ser encontradas no capítulo 4.
O capítulo 5 contém mais informações sobre como configurar e pilotar
a aeronave.

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2.1 Instalando o X-Plane


1. Insira o DVD 1 do X-Plane na sua unidade de DVD-ROM e aguarde
até que o giro se estabilize.
2. No Windows, se o sistema operacional não iniciar automaticamente
o programa de instalação do X-Plane, clique no menu iniciar e
selecione “Meu Computador”. Clique duas vezes no item
X-PLANE10 DVD e clique duas vezes no arquivo Installer Windows.
exe.
3. Quando a tela do assistente de instalação surgir, clique em
“Continuar”.
4. Por padrão, o X-Plane será instalado na área de trabalho.
Embora ele possa ser instalado em outro local, recomendamos
enfaticamente que ele seja colocado na área de trabalho para
que possa ser encontrado facilmente no futuro. Para as
finalidades deste guia, vamos assumir que ele está instalado na
área de trabalho. Clique em “Continuar”.
5. Aceite o acordo de usuário e clique em “Continuar” mais uma
vez.
6. Selecione o cenário que deseja instalar. Dependendo do
instalador no seu disco, o mundo inteiro (ou nada) pode estar
selecionado por padrão. Uma opção não selecionada será
exibida com a cor mais clara. Uma opção selecionada mostrará a
cor completa.
7. Se você não souber quais áreas estão selecionadas no momento,
clique em “Selecionar Nenhuma” para desativar tudo. A partir daí,
selecione os itens individuais que deseja instalar clicando neles.
Além disso, você também pode clicar e arrastar para selecionar
áreas grandes rapidamente. Note que nas regiões onde não houver
cenários instalados, só os oceanos e aeroportos estarão visíveis.
Quando terminar de selecionar o cenário, clique em “Continuar“
para iniciar a instalação. Mais adiante neste guia, visitaremos a
seção Selecionando um Local. Por isso, certifique-se de selecionar
os dois itens que formam a costa oeste dos EUA, pois vamos viajar
até o Aeroporto Internacional de Los Angeles (KLAX).

19
X-Plane 10

8. O assistente começará a exibir o progresso da instalação.


Quando for solicitado, remova o disco atual e coloque o disco
seguinte. Note que a instalação pode levar entre 30 e 60
minutos por disco e que somente um disco do X-Plane pode
estar no sistema de cada vez (o instalador não reconhecerá um
disco colocado em uma segunda unidade de DVD-ROM).
Instalar o pacote completo de cenários consumirá cerca de 75 GB de
espaço no disco rígido.
Os cenários podem ser adicionados ou removidos a qualquer momento
no futuro, inserindo o Disco 1 e executando novamente o programa de
instalação. Quando o assistente de instalação do X-System informar que
“Você já tem o X-Plane 10 instalado neste computador”, clique no
botão “Adicionar ou Remover Cenário” e prossiga de acordo com a
etapa 4 acima.

2.2 Executando o X-Plane


1. Certifique-se de que o seu joystick USB esteja conectado. Se ele não
estiver conectado antes de iniciar o X-Plane, o simulador não será
capaz de usá-lo. Para evitar problemas, é recomendável que o
joystick esteja conectado diretamente ao computador ao invés de
um hub.
2. Coloque o Disco 1 na sua unidade de DVD-ROM. Iniciar o
X-Plane sem o disco fará com que ele seja executado somente
no modo de demonstração.
3. Abra a pasta do X-Plane 10 (por padrão, localizada na área de
trabalho) e clique duas vezes em “\X-Plane.exe” no Windows ou
em “\X-Plane.app” em um Mac.

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2.3 Configurando funções do


manche/joystick
Note que um mouse pode ser usado para pilotar se não houver um
manche ou joystick disponível, embora isso seja obviamente
desajeitado e pouco realista. Porém, se você for usar um mouse, vá
direto para a seção “Selecionando uma Aeronave” abaixo.
1. Quando o programa for carregado, mova o mouse até o topo
da tela para exibir a barra de menus.

Figura 2.1: Selecionando Joystick e Equipamento no menu


Configurações.

Figura 2.2: A parte relevante da guia Eixo, na tela Joystick e


Equipamento.Joystick e Equipamento. A parte relevante da caixa de
diálogo exibida é mostrada na figura 2.2.

21
X-Plane 10

2. Clique em Configurações (como na Figura 2.1) e selecione


Joystick e Equipamento. A parte relevante da caixa de diálogo
exibida é mostrada na figura 2.2.
3. Mova o seu manche ou joystick para a frente e para trás. Uma
barra verde ou vermelha deve se mover quando você fizer isso.
Clique no menu suspenso ao lado da barra para defini-la como
arfagem. Não marque o item “reverso” perto deste controle a
não ser que deseje inverter o controle de arfagem da aeronave.
4. Mova o seu manche ou joystick para a esquerda e para a
direita. A barra verde ou vermelha que se move deve ser
atribuída para a rolagem. Não marque o item “reverso” perto
deste controle a não ser que deseje inverter o controle de
rolagem da aeronave.
5. Torça o joystick (se aplicável). A barra que se mover deverá ser
atribuída para a guinada. Se você não atribuir um eixo de guinada,
o X-Plane tentará estabilizá-lo para você. Novamente, não marque
o item “reverso”, a menos que deseje inverter os controles de
guinada da aeronave.
Se estiver usando pedais de leme em vez de um joystick, mova-os para
frente e para trás e atribua a barra verde/vermelha que se mover para
a guinada. Além disso, somente quando estiver usando pedais do
leme, pise no pedal esquerdo com os dedos. A barra verde ou
vermelha que se move deve ser atribuída para o freio do pé esquerdo.
Faça o mesmo com o pedal direito e atribua a barra verde móvel para
o freio do pé direito. Se fizer isso, você pode ir direto para a etapa 11.
6. Mova o acelerador para a frente e para trás (em um manche,
esta é normalmente a alavanca mais à esquerda). Configure
esta barra como o acelerador. Se quiser inverter o controle de
aceleração, marque a caixa “reverso”.
7. Mova todos os eixos de controle do joystick (arfagem, guinada,
rolagem e aceleração) completamente para os dois lados a fim de
calibrar os controles.

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8. Se os pedais do leme estiverem configurados como freios dos


pés, vá para a etapa 11. Clique na guia Botões Básicos no topo
da tela.
9. Pressione no joystick o botão que você deseja usar como freio e
solte-o.
10. Usando o mouse, clique no botão redondo à esquerda da
opção Alternar freios, esforço normal (perto da base da
segunda coluna e já selecionada na figura 2.3).

Figura 2.3: A guia Botões básicos do menu Joystick e Equipamento,


com um botão configurado para Alternar freios, esforço normal.
11. Feche o menu Joystick e Equipamento com qualquer um dos
botões “X” no topo da tela ou pressionando a tecla Enter no
seu teclado.

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X-Plane 10

2.4 Selecionando uma aeronave


Mova o mouse para o topo da tela, abrindo a barra de menus.
1. Clique em “Aeronaves” e selecione “Abrir Aeronave”
(conforme a Figura 2.4).

Figura 2.4: Selecionando a opção “Abrir Aeronave” no menu


“Aeronaves”.
2. No topo da próxima tela há um menu suspenso. No momento,
ele exibe o nome da pasta em que a aeronave atual está
localizada. Clique no símbolo de setas duplas ao lado direito do
nome da pasta, conforme mostrado na próxima imagem.
3. Agora, uma lista da hierarquia de pastas (organização) é
exibida a partir do menu suspenso. Ela inicia com a pasta
principal do X-Plane e avança até a pasta em que a aeronave
atual se encontra. Por exemplo, se o F-22 Raptor estiver aberto
no momento, a hierarquia mostra:
• Pasta X-System
• Aeronaves
• Caças
• FA 22 Raptor

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Clique na linha que diz “Aeronaves”, conforme a figura 2.5.

Figura 2.5: Trabalhando com a hierarquia de diretório na tela Abrir


Aeronave.
1. A pasta Aeronaves é aberta. Aqui, as pastas dividem as
aeronaves do X-Plane em classes – por exemplo, há caças,
planadores, helicópteros, hidroaviões, etc. Clique duas vezes na
categoria Aviação Geral.
2. Agora, a caixa de navegação no canto esquerdo inferior da
janela mostra as diferentes aeronaves da classe Aviação Geral.
Clique duas vezes na pasta Cessna 172SP.

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X-Plane 10

1. Os arquivos de aeronaves do X-Plane, nos quais é preciso clicar


para abrir uma aeronave, são identificados por uma extensão
“.acf”. Clique duas vezes no arquivo Cessna 172.acf (conforme
a figura 2.6) para carregar a aeronave.

Figura 2.6: Selecionando o arquivo “Cessna 172.acf”.

Em alguns instantes, a tela ficará escura. Logo depois, a cabine de um


novo Cessna 172 Skyhawk será exibida.

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2.5 Selecionando um Local

Figura 2.7: Selecionando a opção “Selecionar Aeroporto Global” na


guia “Local”.

1. Faça o menu aparecer novamente movendo o cursor do mouse


até o topo da tela.
2. Selecione a opção “Local” e clique em “Selecionar Aeroporto
Global” (figura 2.7).
3. Se quiser um aeroporto específico, digite o nome ou o código
de identificação para localizá-lo. Do contrário, digite KLAX para
localizar o aeroporto internacional de Los Angeles. Clique no
aeroporto escolhido e depois no botão “Ir Para Este
Aeroporto”, conforme mostrado na figura 2.8.

Figura 2.8: Indo para KLAX (Aeroporto Internacional de Los Angeles)


usando a tela “Selecionar Aeroporto”.
27
X-Plane 10

Se você não conseguir encontrar um aeroporto usando a função integrada


de pesquisa do X-Plane, o Airnav tem um banco de dados completo que
pode ajudar você a encontrar a ID ou o nome oficial do aeroporto que você
está procurando. Note que você vai precisar do identificador de três ou
quatro caracteres ao programar pontos de rota no GPS e que as IDs de
aeroportos nos EUA têm um K à frente delas somente se forem compostas
por letras (e não por números). Mais informações sobre IDs de aeroportos
podem ser encontradas na página da Organização Internacional de Aviação
Civil na Wikipédia, especificamente na seção de códigos ICAO registrados.

2.6 Decolando
Mais uma vez, alertamos que estas instruções são para o Cessna 172.
Pilotar um avião comercial ou outra aeronave pesada exigirá o uso de
flaps/slats, muito mais velocidade e uma técnica bem diferente. Tudo
isso está além do escopo deste capítulo.
1. O motor do avião já está ligado. Pressione o botão atribuído
aos freios durante a configuração do joystick/manche. Se
nenhum botão tiver sido configurado (por exemplo, se você
estiver pilotando com o mouse), aperte a tecla “B” no seu
teclado.
2. Mova o acelerador completamente para cima.
3. Se aplicável, use a torcida do joystick ou os pedais do leme
para controlar o movimento lateral do avião e acompanhar a
linha central da pista (não se preocupe caso se desviar um
pouco dela, ainda será possível obter a velocidade necessária
para decolar). Se nenhum eixo de arfagem tiver sido
configurado ou se você estiver usando o mouse, o simulador
tentará controlar a inclinação para você.
4. Observe o seu indicador de velocidade do ar (figura 2.9).
Quando ele alcançar 60 nós, puxe levemente o manche para
trás a fim de tirar o avião do solo. Se estiver usando um mouse,
você terá que clicar no sinal de + em branco (perto do centro da
tela) para assumir os controles com o mouse. A partir daí, mova
o mouse dentro do quadrado branco para controlar o voo da

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aeronave.
5. Mover o mouse para cima no quadrado branco irá abaixar o
nariz do avião; movê-lo para baixo irá levantar o nariz do avião.
Mover o mouse para a esquerda fará com que a aeronave role
para a esquerda; mover o mouse para a direita fará com que
role para a direita. Clique com o mouse novamente para liberar
os controles e acessar menus, ajustar controles no painel, etc

Figura 2.9: O indicador de velocidade do


ar no Cessna 172.

6. Nivele o avião gentilmente para aumentar um pouco a


velocidade do ar. Quando o avião chegar a 80 nós, puxe o
manche novamente para começar a subir. Aumentar a
velocidade do ar desta forma ajudará você a impedir que o
avião entre em estol.
7. Bom voo!

2.7 Atualizando o X-Plane


1. No X-Plane, mova o mouse até o topo da tela para exibir a
barra de menus e clique na opção “Sobre”.
2. No menu “Sobre”, clique em “Sobre o X-Plane.
3. Na tela exibida, haverá o botão “Atualizar o X-Plane”, caso haja
uma atualização disponível. Clique neste botão para que o
X-Plane faça o download da atualização mais recente e execute
o assistente de atualização.
4. Os arquivos de instalação serão obtidos por download e
instalados. Depois disso, você estará pronto para voar.

29
X-Plane 10

2.8 Outras Considerações


Entre as opções mais importantes que não foram abordadas no guia
acima está a configuração dos interruptores dos flaps e compensadores.
Se o seu joystick ou manche tem botões ou interruptores que você deseja
usar com estas funções, você pode configurá-los de forma similar aos
freios, que atribuímos na parte 3 deste guia. A diferença é que, ao usar
um interruptor, pressioná-lo para cima terá uma função e pressioná-lo
para baixo terá outra. Lembre-se de clicar no botão do seu joystick antes
de tentar atribuir uma função a ele. As opções acima podem ser
encontradas na tela “Joystick e Equipamento”, na guia ”Botões Básicos”.
Os compensadores de arfagem, rolagem e guinada ficam na base da
primeira coluna. Os flaps podem ser encontrados a cerca de 3/4 da
segunda coluna, de cima para baixo. Mais informações sobre isso podem
ser encontradas na seção “Configurando os Controles de Voo”, no
capítulo 4.

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Preparação e
Instalação
3.1 Requisitos de sistema
Considerando a precisão e as incríveis capacidades do X-Plane, não é
possível executar uma versão atual do simulador em um computador
antigo. Como regra geral, qualquer computador montado há no
máximo 24 meses provavelmente será capaz de executar o simulador
de modo aceitável. Computadores com até 36 meses de idade podem
funcionar bem, se foram máquinas consideradas topo de linha na
época da fabricação. Mesmo se não for o caso, o X-Plane ainda pode
funcionar, porém com opções reduzidas de renderização.
O X-Plane 10 requer um computador com pelo menos as seguintes
especificações:
• Um processador de 2 GHz
• 1 GB de memória RAM (memória física)
• 128 MB VRAM (memória na placa de vídeo)
• 10 GB de espaço no disco rígido
No Windows Vista e Windows 7 (32 ou 64 bits), o X-Plane necessitará
de 2 GB de RAM ao invés do 1 GB necessário para o Windows XP.
Para descobrir a velocidade da CPU e a quantidade de memória RAM
do seu computador, os usuários do Mac podem abrir o Apple Menu e
escolher a opção About This Mac.
Para usuários do Windows Vista e Windows 7, você pode abrir o
menu Iniciar e digitar a palavra „Sistema“ para localizar o item Sistema
do Painel de Controle. Abra o item para exibir o tipo e velocidade do
processador e a quantidade de memória RAM instalada.

31
X-Plane 10

Os usuários do Windows XP podem obter a mesma informação da


seguinte forma:
1. Abrindo o menu Iniciar
2. Selecionando o Painel de Controle
3. Clicando em Desempenho e Manutenção
4. Clicando em Sistema.
Além disso, o X-Plane 10 foi otimizado para processadores dual e quad
core, assim como para sistemas com múltiplos processadores. Alguns
núcleos da CPU podem ser usados para os modelos de voo da
aeronave simulada, outros para carregar cenários, receber entradas,
etc.

3.1.1 Hardware de Vídeo


O X-Plane pode ser exibido em qualquer tela, com resoluções que vão
de 1,024 x 768 pixels a 9,999 x 9,999 pixels. Para o X-Plane, a
proporção (aspect ratio) da sua tela não faz diferença. Se a proporção
que você está usando não corresponde ao seu painel de instrumentos,
o X-Plane irá simplesmente estreitar ou esticar o painel conforme for
necessário para preencher a tela.
O X-Plane permite o uso de qualquer número de telas para exibir
qualquer coisa que você quiser. Vários computadores podem ser usados
para coordenar múltiplos monitores, possibilitando que até 20 telas
sejam conectadas em rede para exibir qualquer combinação imaginável
de visualizações. Se a placa de vídeo do computador for especialmente
poderosa, um splitter de vídeo (como o Matrox TripleHead2Go) pode ser
usado para distribuir três visualizações frontais com uma máquina.
Nesse caso, uma segunda máquina poderia ser usada para exibir a tela
da cabine e/ou IOS, conforme descrito na seção ‚Configurando um
simulador com monitores múltiplos‘, no capítulo 9. Obviamente, o
X-Plane só requer um monitor para funcionar.

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3.1.2 Drivers de Vídeo


O X-Plane requer uma placa de vídeo adequada no computador em
que você vai executá-lo. Essencialmente, qualquer placa de vídeo
moderna e independente (não integrada ou on-board) deve funcionar,
embora uma placa mais cara e poderosa permita mais detalhes
gráficos no simulador. Outro item tão importante quanto a placa de
vídeo são os drivers de vídeo do computador (essencialmente, as
instruções que dizem ao X-Plane como usar a sua placa de vídeo).
Em muitos sistemas, os drivers de vídeo necessários já estarão instalados.
Entretanto, pode ser necessário atualizar periodicamente os drivers de
vídeo do computador, seja para solucionar um problema ou para obter o
melhor desempenho que o sistema é capaz de oferecer. Os usuários de
placas de vídeo ATI/AMD podem fazer o download dos drivers no
website da AMD. Os usuários de placas NVIDIA podem fazer o download
dos drivers no website da NVIDIA
Antes de atualizar os drivers de vídeo, recomendamos que você instale e
inicie o X-Plane (conforme descrito na seção ‚Instalando o X-Plane‘ deste
capítulo) e avalie o desempenho do simulador. Se você experimentar
qualquer um dos problemas abaixo, os drivers de vídeo do seu compu-
tador provavelmente precisam de atualização:
• Uma tela que exibe somente manchas coloridas
• Uma tela com barras móveis horizontais ou verticais
• Imagens aleatórias de várias peças do avião ou do painel de
instrumentos
Além disso, se surgir um erro a respeito de um arquivo „dll“
corrompido ou faltando, os drivers provavelmente precisam ser
substituídos.

33
X-Plane 10

3.1.2.1 Atualizando os Drivers de Vídeo no Windows


Uma grande parte de computadores baseados no Windows está operando
com drivers desatualizados ou que não suportam o OpenGL. Isso ocorre
devido ao uso dos drivers padrão do Windows, que são genéricos, ao invés
dos drivers do fabricante. Se você concluir que os drivers de vídeo do seu
sistema precisam ser atualizados, as seguintes etapas (gerais) devem
orientar você nesse processo.
1. Visite a página de download dos drivers do fabricante da sua placa
de vídeo (o site da ATI ou da NVIDIA) e faça o download dos drivers
mais recentes, certificando-se de salvá-los em um local onde poderá
encontrá-los com facilidade (por exemplo, na área de trabalho).
2. Desinstale os drivers de vídeo antigos.
(a) Clique no menu Iniciar e abra o Painel de Controle.
(b) No Windows XP, clique em ‘Adicionar ou Remover
Programas‘. No Windows Vista ou 7, clique em ‘Desinstalar
um Programa‘.
(c) Role a tela até chegar ao item Catalyst Display Driver (para
placas de vídeo da ATI) ou NVIDIA Drivers (para placas da
NVIDIA).
(d) Clique no botão Alterar/Remover. (O botão exibido pode ter
somente a opção Remover; isso não interfere no processo.)
(e) Siga as instruções fornecidas pelo programa de instalação e,
se necessário, reinicie o computador.
3. Após reiniciar, encontre o arquivo do driver que você obteve
por download na etapa 1 e clique duas vezes nele. A partir
daqui, as etapas variam de acordo com o tipo e fabricante da
placa de vídeo, mas continuaremos com uma orientação geral
para todas as empresas.
4. Escolha uma pasta para extrair os arquivos do driver. Crie uma
pasta fácil de encontrar, como C:\Drivers de Vídeo\ e continue
clicando na opção Avançar, Instalar ou equivalente.
5. Se o programa de instalação (que você extraiu na etapa 4) não
for executado automaticamente, abra a pasta C:\Drivers de

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Vídeo\ e clique duas vezes no arquivo setup.exe ou no arquivo


executável equivalente.
6. Concorde com os termos da licença, escolha a opção de
instalação ‘expressa‘ ou ‘padrão‘ e clique em ‘Próximo‘,
‘Avançar‘ ou equivalente, até concluir a instalação.
7. Reinicie o seu PC e você estará pronto para voar!

3.2 Selecionando o Hardware de


Controle de Voo
Embora seja fisicamente possível pilotar o X-Plane usando somente o
mouse e o teclado, isso obviamente pode ser desajeitado e pouco realista.
Embora você vá encontrar instruções para pilotar dessa forma na seção
‚Como Voar‘, no capítulo 5, recomendamos enfaticamente que os
usuários pilotem pelo menos usando um joystick para obterem uma
experiência mais realista.
E que joystick o usuário deve comprar? Todos os joysticks e manches USB
que nós vimos recentemente no mercado funcionarão com o X-Plane,
mas, assim como quase tudo nessa vida, qualidade e preço costumam
andar juntos. Tome cuidado com joysticks anunciados a preços muito
baixos. Na nossa experiência, o hardware mais barato geralmente não
dura muito tempo nem funciona tão bem quanto equipamentos de preço
médio.
Nota: O X-Plane só pode interagir com dispositivos USB. Isso abrange
praticamente todos os controles fabricados nos últimos dez anos, mas se
você tiver um dispositivo não USB, um adaptador será necessário para
usá-lo com uma porta USB.

3.2.1 Joysticks
Os joysticks normalmente fornecem controles de arfagem, rolagem e
aceleração, além de alguns botões que podem ser programados para
diferentes funções. Por exemplo, você pode programar um botão para
ativar e recolher o trem de pouso e dois botões adicionais para abrir e
fechar os flaps. Além disso, alguns joysticks oferecem um movimento

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X-Plane 10

de torção para a esquerda e direita na alavanca, permitindo o controle


de guinada. Se o joystick em uso não oferecer o controle de guinada,
os usuários provavelmente desejarão um conjunto de pedais de leme
para oferecer um controle realista de guinada à aeronave. Um joystick
será melhor para pilotar caças ou aviões esportivos, ou aviões feitos
por companhias como Airbus, Cirrus ou Lancair, porque esses aviões
são realmente controlados com joysticks!

3.2.2 Manches
Um manche é um controle similar a um volante, que gira para a direita
e esquerda e desliza para a frente e para trás. Eles são a melhor opção
para os usuários interessados em pilotar aviões mais antigos, jatos
comerciais e aviões de linhas aéreas que não sejam da Airbus, já que
esses tipos de aeronaves são controlados com manches.
O manche normalmente fica preso à mesa do usuário para oferecer
estabilidade. Ele pode ter um quadrante de aceleração integrado, o
que oferecerá controles independentes da hélice, aceleração e mistura,
no caso de um motor com uma hélice. Além disso, note que os
manches não controlam o movimento de guinada (eles não torcem
para a esquerda ou direita, como certos joysticks), portanto, pedais de
leme são requeridos para um controle de guinada realista.

3.2.3 Pedais do Leme


Os pedais do leme permitem que os usuários controlem de modo
realista a guinada da aeronave, movendo o pedal direito ou esquerdo
para virar. Em voo, os pedais controlam o leme; no solo, eles são
usados para manobrar o avião. Os pedais também controlam os freios,
ajudando o avião a parar ou a fazer curvas fechadas no solo. (Aperte o
topo do pedal direito ou esquerdo para ativar os freios naquele lado
do avião.) O controle ativo do leme é necessário para direcionar o
avião de forma realista no solo, acompanhar a linha central da pista
durante os pousos e decolagens, fazer a glissada do avião, decolar ou
pousar com vento de través ou recuperar-se de um estol ou parafuso.
Se não houver um conjunto de pedais do leme ou controles no joystick

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configurados para orientar a guinada, o X-Plane irá mover o leme


automaticamente para tentar manter o avião voando em linha reta.
Entretanto, essa função automática não é inteligente o suficiente para
pousar ou decolar com vento de través, glissar ou fazer várias outras
coisas que exigem o uso do leme. Por isso, pedais de leme (ou pelo
menos um joystick com torção) são enfaticamente recomendados.
Note que ao pilotar um helicóptero, os pedais devem ser usados para
os controles antitorque - isso não pode ser atribuído a comandos de
teclado, porque não é um esquema prático de pilotagem.

3.2.4 Outras Considerações


Para aumentar o realismo em certas situações, os usuários podem
desejar um quadrante de aceleração independente. O Multi-Engine
Throttle Quadrant da CH Products é provavelmente a opção mais
popular e oferece controle independente e variável para até seis
funções diferentes. Normalmente, ele pode ser configurado para
controlar a aceleração, hélice e mistura de cada um dos motores de
um biplano. Esse controle também pode ser usado para -monitorar a
aceleração e condição (corte de combustível) de motores a jato,
oferecendo controles independentes para aeronaves a jato com até
três motores. Um quadrante de aceleração para motores múltiplos é
recomendado para os usuários interessados em pilotar de forma mais
realista aeronaves com mais de um motor.
Para comprar joysticks ou outros equipamentos, verifique os websites
da CH Products, Logitech e Saitek. Esses sites permitem que os
usuários naveguem pelo catálogo de produtos disponíveis e oferecem
informações sobre onde adquiri-los. Além disso, você pode telefonar
ou enviar um e-mail para o atendimento ao cliente do X-Plane
(info@x-plane.com) se tiver mais dúvidas.
Note que as instruções de configuração do hardware de controle de
voo estão disponíveis na seção ‚Configurando os Controles de Voo‘,
no capítulo 4.

37
X-Plane 10

3.3 Instalando o X-Plane


Para evitar confusão, certifique-se de apagar quaisquer instalações da
demo do X-Plane antes de instalar a versão completa a partir dos
DVDs. (A desinstalação da demo consiste basicamente em localizar a
pasta “X- Plane 10 Demo” e movê-la para a lixeira.)

3.3.1 Instalação no Windows PC


Para instalar o X-Plane em um computador baseado no Windows, faça
o seguinte:
1. Insira o DVD 1 do X-Plane na sua unidade de DVD-ROM e
aguarde até que o giro se estabilize.
2. Se a tela X-System não for exibida automaticamente, clique duas
vezes em ‚Meu Computador‘ e navegue até a unidade chamada
“X-Plane 10” (normalmente essa é a unidade D). Se a tela
X-System for exibida automaticamente, vá para a etapa 4.
3. Clique duas vezes no arquivo Installer Windows.exe para iniciar
o assistente de instalação do X-Plane.
4. Quando a tela do assistente de instalação surgir, clique em
“Continuar”. Note que se os botões na base da tela X-System
(Sair, Retornar, Continuar) não estiverem visíveis, então o seu
sistema deve estar usando uma resolução muito baixa, como
800 x 600. Essa resolução não permitirá que o computador
mostre a base da tela do X-Plane e você terá que forçar o
fechamento do assistente de instalação (usando o atalho
Ctrl+Alt+Del) e aumentar a resolução da tela no Windows para
pelo menos 1024 x 768.
5. Por padrão, o X-Plane será instalado na área de trabalho.
Embora ele possa ser instalado em outro local clicando no
botão Change Destination (Alterar Destino), recomendamos
enfaticamente que ele seja colocado na área de trabalho para
que possa ser encontrado facilmente no futuro. Quando um
local aceitável tiver sido selecionado, clique em Continuar.
6. Aceite o acordo de usuário e clique em “Continuar”.

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7. Selecione o cenário a ser instalado. Dependendo do instalador


no disco, o mundo inteiro (ou nada) pode estar selecionado por
padrão. Uma opção não selecionada será exibida com a cor
esmaecida. Uma opção selecionada mostrará a cor completa.
Se você não souber quais áreas estão selecionadas no
momento, clique em “Selecionar Nenhuma” para desativar
tudo. A partir daí, selecione os itens individuais que deseja
instalar clicando neles. Além disso, você também pode clicar e
arrastar para selecionar áreas grandes rapidamente. Note que
nas regiões onde não houver cenários instalados, só os oceanos
e aeroportos estarão visíveis. Quando terminar de selecionar o
cenário, clique em “Continuar“ para iniciar a instalação.
8. O assistente começará a exibir o progresso da instalação.
Quando for solicitado, remova o disco atual e coloque o disco
seguinte. Note que a instalação pode levar entre 30 e 60
minutos por disco e que somente um disco do X-Plane pode
estar no sistema de cada vez (o instalador não reconhecerá um
disco colocado em uma segunda unidade de DVD-ROM). A
instalação do pacote completo de cenários consumirá cerca de
75 GB de espaço no disco rígido e levará entre cinco a seis
horas e meia para ser completada.
9. Quando a instalação for completada, reinsira o disco 1 e vá
pilotar!
Os cenários podem ser adicionados ou removidos a qualquer
momento no futuro, inserindo o Disco 1 e executando novamente o
programa de instalação. Quando o assistente de instalação do
X-System informar que “Você já tem o X-Plane 10 instalado neste
computador”, clique no botão “Adicionar ou Remover Cenário” e
prossiga de acordo com a etapa 7 acima.
3.3.1.1 Considerações especiais para usuários do Windows XP
Executar o X-Plane no Windows requer que o Microsoft DirectX 9.0c
(ou mais recente) esteja instalado. Sem isso, o X-Plane não pode
interagir com o hardware de áudio ou o joystick. Você pode fazer o
download desse software gratuito na página do Microsoft’s DirectX
9.0c Runtime Installer. Todas as instalações mais novas do Windows XP
já possuem o DirectX 9 e todas as cópias do Windows Vista e

39
X-Plane 10

Windows 7 possuem o DirectX 10, que é mais do que suficiente,


instalado por padrão.
Para descobrir qual versão do DirectX está instalada no Windows XP,
faça o seguinte:
1. Abra o menu Iniciar e clique em Executar, ou pressione a tecla
Windows + R no teclado.
2. Digite ‚dxdiag‘ e pressione Enter.
3. Se aparecer uma tela perguntando se você deseja verificar a
assinatura dos drivers, clique em Não.
4. A metade inferior da tela exibida é chamada de Informações
do Sistema. Na base da lista, fica a versão do DirectX no
sistema.
3.3.1.2 Considerações especiais para usuários do Windows Vista
e7
Alguns dos menus do X-Plane podem ser renderizados de forma estranha
ao utilizar os temas padrão do Aero no Windows 7 e Windows Vista. Por
isso, recomendamos que os usuários mudem para o tema Básico ao
executar o X-Plane.
Para fazer com que o Windows mude automaticamente para o tema
Básico ao lançar o X-Plane (e retornar ao tema anterior quando você
terminar), faça o seguinte:
1. Localize o arquivo X-Plane.exe (na pasta de instalação do
X-Plane 10) ou o atalho que você usa para iniciar o X-Plane e
clique nele com o botão direito.
2. No menu exibido, clique em Propriedades.
3. Selecione a guia Compatibilidade e marque a opção ‚Desativar
composição de área de trabalho‘.
Assim, o X-Plane será iniciado com o tema Básico e todos os menus
serão exibidos corretamente.

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3.3.2 Instalação no Mac


Para instalar o X-Plane em um Mac, faça o seguinte:
1. Insira o DVD 1 do X-Plane na sua unidade de DVD-ROM e
aguarde até que o giro se estabilize.
2. Clique duas vezes no ícone do DVD do X-Plane na área de
trabalho e clique duas vezes no aplicativo “Installer Mac” para
iniciar o assistente de instalação.
Nota: Note que se os botões na base da tela X-System (Sair, Retornar,
Continuar) não estiverem visíveis, então o seu sistema deve estar
usando uma resolução muito baixa, como 800 x 600. Essa resolução
não permitirá que o computador mostre a base da tela do X-Plane e
você terá que forçar o fechamento do assistente de instalação (usando
o atalho Option + Command +Escape) e aumentar a resolução da tela
para pelo menos 1024 x 768.
3. Por padrão, o X-Plane será instalado na área de trabalho.
Embora ele possa ser instalado em outro local clicando no
botão Change Destination (Alterar Destino), recomendamos
enfaticamente que ele seja colocado na área de trabalho para
que possa ser encontrado facilmente no futuro.
4. Aceite o acordo de usuário e clique em “Continuar”.
5. Selecione o cenário a ser instalado. Dependendo do instalador
no disco, o mundo inteiro (ou nada) pode estar selecionado por
padrão. Uma opção não selecionada será exibida com a cor
esmaecida. Uma opção selecionada mostrará a cor completa.
Se você não souber quais áreas estão selecionadas no
momento, clique em “Selecionar Nenhuma” para desativar
tudo. A partir daí, selecione os itens individuais que deseja
instalar clicando neles. Além disso, você também pode clicar e
arrastar para selecionar áreas grandes rapidamente. Note que
nas regiões onde não houver cenários instalados, só os oceanos
e aeroportos estarão visíveis. Quando terminar de selecionar o
cenário, clique em “Continuar“ para iniciar a instalação.

41
X-Plane 10

6. O assistente começará a exibir o progresso da instalação.


Quando for solicitado, remova o disco atual e coloque o disco
seguinte. Note que a instalação pode levar entre 30 e 60
minutos por disco e que somente um disco do X-Plane pode
estar no sistema de cada vez (o instalador não reconhecerá um
disco colocado em uma segunda unidade de DVD-ROM). A
instalação do pacote completo de cenários consumirá cerca de
75 GB de espaço no disco rígido e levará entre cinco a seis
horas e meia para ser completada.
7. Quando a instalação for completada, reinsira o disco 1 e vá
pilotar!
Além disso, os cenários podem ser adicionados ou removidos a
qualquer momento no futuro, inserindo o Disco 1 e executando
novamente o programa de instalação. Quando o assistente de
instalação do X-System informar que “Você já tem o X-Plane 10
instalado neste computador”, clique no botão “Adicionar ou Remover
Cenário” e prossiga de acordo com a etapa 5 acima.
3.3.2.1 Considerações Especiais para Usuários do Mac
Por padrão, o Mac OS X nas versões 10.5 (Leopard) e mais recentes são
configurados para fazer o backup de todo o disco rígido usando a Time
Machine. Isso inclui o diretório do X-Plane do usuário. A maioria das
pessoas preferirá não fazer o backup desse diretório, pois ele requer um
grande espaço no disco de backup (para algo que já está gravado nos
DVDs) e faz com que o processo de backup seja muito demorado.
Por isso, é recomendado que os usuários excluam o diretório do
X-Plane do backup da Time Machine, durante ou logo após a
instalação do X-Plane, da seguinte forma:
1. Abra as preferências da Time Machine, a partir da barra de
tarefas (clicando no ícone da Time Machine e selecionando
‚Abrir Preferências da Time Machine‘) ou a partir das
Preferências do Sistema (clicando no ícone da Time Machine).
2. Na tela de preferências, clique no botão ‘Opções...‘.
3. Clique no ícone + para adicionar uma pasta à lista de diretórios
excluídos.

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4. Selecione o diretório de instalação do X-Plane (localizado por


padrão na área de trabalho) e clique em ‘Excluir‘.
5. Saia da tela de preferências da Time Machine.
Além disso, alguns usuários tiveram problemas com a Time Machine
criando uma cópia ‚bloqueada‘ dos discos do X-Plane. Isso pode fazer
com que o disco 1 do X-Plane apareça no Finder como o disco 2,
forçando o X-Plane a ser executado no modo de demonstração. Este
problema parece ter desaparecido na última versão do OS X.
Entretanto, se o problema ocorrer, corrija-o da seguinte forma:
1. Faça o download e instale a versão do utilitário de sistema
OnyX apropriada para a sua versão do OS X.
2. Execute o OnyX e selecione a guia Parameters.
3. Selecione o Finder a partir da barra de menus do OnyX e
selecione a opção Show hidden files and folders (Exibir arquivos
e pastas ocultos) na seção Misc Options (Opções gerais).
4. Abra o Finder e clique em ‚Macintosh HD‘ (ou no nome do seu
disco de instalação). O diretório Volumes, que estava
escondido, agora ficará visível na base.
5. Acesse o diretório Volumes e exclua os volumes indesejados do
X-Plane, movendo-os para a lixeira.
6. Ejete o DVD do X-Plane, esvazie a lixeira e reinicie.
7. Após reiniciar, o sistema deve estar pronto para voar normal-
mente, usando o disco 1 do X-Plane.
8. Neste ponto, o OnyX pode ser reaberto para desativar a opção
Exibir arquivos e pastas ocultos.

3.3.3 Instalação no Linux PC


Para obter as informações mais atualizadas sobre a instalação do
X-Plane no Linux, consulte a categoria ‘Linux‘ no website da X-Plane
Wiki.

43
X-Plane 10

3.4 Executando o X-Plane


Ao contrário da maioria dos programas que você conhece, o X-Plane
não cria atalhos no seu disco rígido. Recomendamos que você inicie o
X-Plane abrindo o diretório de instalação (localizado por padrão na
área do trabalho) e clicando duas vezes no ícone do X-Plane. Entre-
tanto, se você preferir, poderá criar um atalho (chamado de alias no
OS X) da seguinte forma:
1. Abra o diretório de instalação do X-Plane (localizado por
padrão na área de trabalho).
2. No Windows, clique com o botão direito no ícone do X-Plane.exe
e selecione Criar Atalho. No Mac OS, clique com o botão direito
no ícone do X-Plane.app e selecione Make Alias.
3. Arraste o atalho para o local de onde deseja iniciar o X-Plane.

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Conigurando e
Ajustando sua Instalação
do X-Plane
Após instalar o X-Plane conforme descrito no capítulo anterior, você
pode configurar o simulador de várias maneiras diferentes. Elas incluem
o download da atualização gratuita mais recente (que oferece a você o
conjunto de recursos mais recentes), a configuração dos controles de
voo e o ajuste do desempenho do simulador, tanto em termos de
qualidade gráfica quanto em relação à taxa de quadros.

4.1 Uso Geral da Interface do X-Plane


O X-Plane foi programado para funcionar em sistemas Windows,
Macintosh e Linux. Por uma questão de uniformidade, o layout e a
aparência do X-Plane é a mesma nas três plataformas. Ele pode diferir um
pouco da interface a que os usuários estão acostumados, mas após
passarem pela fase inicial de aprendizado, verão que ele é fácil de usar.
Aqui estão algumas dicas para ajudar no processo:
• O menu do X-Plane fica escondido quando o simulador é
iniciado pela primeira vez. Para acessar a barra de menus, mova
o cursor do mouse até o topo da tela. Quando o mouse estiver
a cerca de um centímetro da borda superior da tela, a barra de
menus será exibida. Não há atalhos de teclado para acessar a
barra de menus.
• Qualquer janela no X-Plane pode ser fechada clicando nos
símbolos ‘X‘ no cantos superiores direito e esquerdo.
Alternativamente, você pode fechar essas janelas pressionando
a tecla Enter/Return.

45
X-Plane 10

• Os comandos de teclas podem ser encontrados abrindo a tela


Joystick e Equipamento e selecionando a guia Teclas. Nessa
tela, você também pode alterar as atribuições de comandos
(conforme a seção ‚Configurando Atalhos de Teclado‘ neste
capítulo) como desejar. Além disso, note que vários dos atalhos
de teclado são exibidos nos menus do X-Plane. Por exemplo,
abrir o menu Visualizações exibirá a lista de visualizações
disponíveis no lado esquerdo do menu suspenso, com a lista de
atalhos de teclado correspondentes à direita.
Como na maioria dos programas, o modo mais simples de navegar
pelo X-Plane é usando o mouse, embora haja muitos comandos de
teclado para ajudar o usuário a navegar rapidamente pelas opções,
conforme eles se familiarizam com o programa. Esses atalhos são
especialmente importantes ao usar o mouse para pilotar. Nesse caso, é
muito mais fácil usar a tecla ‘2‘ para diminuir um grau dos flaps do
que soltar os controles, mover o mouse para baixo a fim de ajustar os
flaps e movê-lo novamente para cima a fim de capturar os controles
novamente.
Note que a maioria dos instrumentos e controles na cabine são
interativos, o que significa que você pode usar o mouse para alterar
interruptores, definir frequências, manipular o acelerador, alterar o
compensador, etc.

4.2 Definindo o Idioma


Para alterar o idioma usado no X-Plane, mova o mouse até o topo da tela
para exibir a barra de menus e clique na opção “Configurações”. Então,
selecione o item Operações e Avisos. Na caixa de diálogo exibida, selecione
o idioma desejado na lista.

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4.3 Atualizando o X-Plane


O simulador X-Plane é planejado para oferecer realismo e longevidade.
Maximizar essas duas características requer que o X-Plane seja
atualizado com frequência. A cada poucos meses, nós
disponibilizaremos uma nova atualização para o simulador. Entre esses
lançamentos oficiais (ou „estáveis“), os usuários podem fazer o
download de versões beta da próxima atualização. Elas são tratadas
como „atualizações em andamento“ - novos recursos e correções
estão disponíveis, mas no estágio beta as atualizações não foram
completamente testadas em várias situações. Isso significa que elas
podem criar incompatibilidades ou outros problemas que não
ocorreriam com as atualizações estáveis. Para mais informações, veja a
seção “Usando os betas do X-Plane” abaixo.
As versões mais recentes do X-Plane geralmente contêm
aprimoramentos de recursos, correções de erros, melhorias de
estabilidade e modelos de voo, atualizações de aeronaves e recursos, e
até novos recursos.
A compra do X-Plane dá ao usuário o direito de receber atualizações
gratuitas durante todo o ciclo daquela versão completa do X-Plane.
Isso significa que o usuário que comprar os discos da versão 10
receberá as atualizações da versão 10.10, 10.20, etc., até a versão
10.99, se existir, tudo gratuitamente. Obviamente, você não é
obrigado a instalar as atualizações, mas recomendamos que faça isso.
Assim como na versão do X-Plane fornecida no DVD, o disco 1 (o disco
principal) deve estar inserido no sistema para usar as versões
atualizadas. O X-Plane usa isso como uma „chave“ para desbloquear o
software. Certifique-se de ter o disco girando na unidade de DVD
antes de iniciar o programa, para que o X-Plane possa encontrá-lo!
Note que enquanto as versões anteriores do X-Plane exigia que os
usuários tivessem todos os cenários desejados já instalados antes de
atualizarem para uma versão mais recente, isso não é mais necessário.
Novos cenários podem ser instalados independentemente das
atualizações.

47
X-Plane 10

Para atualizar o X-Plane, faça o seguinte:


1. Inicie a cópia do X-Plane que você deseja atualizar.
2. Quando o programa estiver aberto, mova o cursor do mouse
até o topo da tela e clique em ‚Sobre‘. Depois, clique em
‚Sobre o X-Plane‘. A caixa de diálogo exibida mostrará a versão
do X-Plane instalada e a versão mais recente disponível. Se elas
forem diferentes, haverá um botão chamado ‚Atualizar o
X-Plane‘ no canto direito inferior da tela.
3. Clique no botão ‚Atualizar o X-Plane‘. O X-Plane irá fazer
automaticamente o download da versão mais recente do
programa de atualização e executá-lo.
Na janela exibida, não selecione a opção „Verificar novos
betas“, a não ser que esteja preparado para trabalhar com
algumas surpresas estranhas (conforme descrito na seção
“Usando os betas do X-Plane“ abaixo).
4. Clique em ‘Continuar‘ para que o programa inicie a varredura
do diretório do X-Plane. Isso permite que ele determine quais
arquivos precisam ser atualizados.
5. Assumindo que haja espaço suficiente em disco para fazer o
download das atualizações necessárias, clique em Continuar
para iniciar a instalação.
6. Os arquivos da instalação serão obtidos por download e
instalados. Quando a instalação terminar, você estará pronto
para voar.

4.4 Usando as Versões Beta do


X-Plane
As atualizações beta do X-Plane são para usuários que desejam ajudar
a testar os mais novos ajustes do software. A vantagem de fazer isso é
que esses usuários recebem acesso antecipado aos aprimoramentos
mais recentes do software (ajustes nos modelos de voo, novos
recursos, etc.). A desvantagem é que há um risco maior de encontrar
problemas com modelos de terceiros ou bugs em geral. Para a maioria
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dos usuários, recomendamos somente o uso das versões estáveis, pois


essas foram testadas e funcionam sem problemas.
Veja a página Beta do X-Plane para obter mais informações sobre as
versões beta atuais.

4.5 Desinstalando o X-Plane


O instalador do X-Plane não infesta o seu disco rígido com atalhos e
diretórios. Portanto, para desinstalar o programa, basta apagar a pasta
de instalação do X-Plane (localizada por padrão na área de trabalho)
arrastando-a para a lixeira. Após esvaziar a lixeira, o programa será
completamente removido do seu disco rígido.

4.6 Configurando os Controles de


Voo
Ao usar um joystick ou outro hardware, o dispositivo deve estar
conectado ao computador antes de iniciar o X-Plane. Do contrário, o
X-Plane não reconhecerá os dispositivos de entrada.
Com os seus controles de voo conectados e o X-Plane em execução,
você pode configurar como o simulador responde a entradas em cada
um dos eixos e botões. Ao longo desta seção, vamos nos referir ao
dispositivo de entrada como joystick; porém, as instruções também se
aplicam a manches, quadrantes de aceleração e lemes.

4.6.1 Configurando os Eixos de Controle


No X-Plane, mova o cursor do mouse até o topo da tela e clique em
‘Configurações‘ e selecione ‚Joystick e Equipamento‘, conforme a
figura 4.1. Isso abrirá a tela de configuração e calibragem dos
controles de voo. Se ela não estiver selecionada, clique na guia Eixo,
no topo da tela.
Para iniciar, mova os controles do joystick para ver como os eixos são
49
X-Plane 10

mapeados no X-Plane. Conforme você move o joystick, uma das


barras verdes ou vermelhas irá se mexer para cada controle acionado.
Assim, quando a alavanca é acionada para a esquerda e para a direita,
somente uma barra verde ou vermelha se move. Quando a alavanca é
acionada para a frente e para trás, outra barra se move. A função
desejada para cada controle é selecionada no menu suspenso à
esquerda da barra.

Figura 4.1: Selecionando Joystick e Equipamento no menu


Configurações.

Figura 4.2: A parte relevante da guia Eixo, na tela Joystick e


Equipamento.
As barras dos eixos ficam verdes quando já possuem uma função
atribuída. Quando não tiverem uma função vinculada a elas, as barras
ficam vermelhas. Por exemplo, antes de configurar o eixo de aceleração,
mover o acelerador irá mover uma barra vermelha. Após atribuir essa

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barra ao acelerador, ela ficará verde.


A configuração normal ocorre da seguinte forma:
1. Mova o seu manche ou joystick para a frente e para trás. Uma
barra verde ou vermelha deve se mover quando você fizer isso.
Clique no menu suspenso ao lado da barra para defini-la como
arfagem. Não marque o item “reverso” perto deste controle a
não ser que deseje inverter o controle de arfagem da aeronave.
2. Mova o seu manche ou joystick para a esquerda e para a
direita. A barra verde ou vermelha que se move deve ser
atribuída para a rolagem. Não marque o item “reverso” perto
deste controle a não ser que deseje inverter o controle de
rolagem da aeronave.
3. Torça o joystick (se aplicável). A barra que se mover deverá ser
atribuída para a guinada. Se você não atribuir um eixo de
guinada, o X-Plane tentará estabilizá-lo para você. Novamente,
não marque o item “reverso”, a menos que deseje inverter os
controles de guinada da aeronave. Se estiver usando pedais de
leme, mova-os para a frente e para trás e atribua a barra verde/
vermelha que se mover para a guinada. Além disso, somente
quando estiver usando pedais do leme, pise no pedal esquerdo
com os dedos. A barra verde ou vermelha que se move deve ser
atribuída para o freio do pé esquerdo. Faça o mesmo com o
pedal direito e atribua a barra verde móvel para o freio do pé
direito.
4. Mova o acelerador para a frente e para trás (em um manche,
esta é normalmente a alavanca mais à esquerda). Configure
esta barra como o acelerador.
Nota: Qualquer barra verde que não seja ativamente controlada pelo
seu hardware precisa ser configurada como ‚nenhum‘. Quando essa
configuração for usada, a barra ficará vermelha, indicando que o
X-Plane não está usando aquele eixo.

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X-Plane 10

4.6.2 Centralizando os Controles


Com os eixos de controle configurados, você pode dizer ao X-Plane
para tratar a posição atual do joystick como o centro do cursor,
pressionando o botão ‚Use esta posição como centro‘. Use esse botão
para corrigir controles de voo que não retornam ao centro do cursor -
por exemplo, um joystick que se move da esquerda para a direita em
uma faixa de 0 a 100, mas retorna a 55 quando você o solta. Se você
não centralizar esse joystick, a aeronave irá rolar constantemente para
a direita.

4.6.3 Calibrando o Hardware


Alguns dispositivos de controle de voo podem enviar um sinal de 0 a
1.000 quando um usuário move o controle de um limite até o outro,
enquanto outro dispositivo pode enviar um sinal (considerando o
mesmo movimento da mão ou pé do usuário) de, digamos, 6.000 a
3.992. O único modo do X-Plane conhecer a faixa de operação de um
joystick é „ensinar“ isso a ele.
Para ensinar ao X-Plane como interpretar o sinal do seu joystick - ou
seja, calibrar o hardware - basta mover todos os eixos do joystick em
seu curso total, na guia Eixo da tela Joystick e Equipamento.
Certifique-se de mover todos os controles variáveis do joystick (todos
os controles deslizantes, alavancas, lemes, etc.) em todo o curso de
movimento. Mova-os completamente para a frente, para trás,
esquerda e direita. Tudo isso pode ser feito rapidamente, pois o
X-Plane é capaz de monitorar todas as entradas diferentes ao mesmo
tempo.

4.6.4 Atribuindo Funções aos Botões


Cada um dos botões e interruptores no joystick pode ser atribuído a
uma função no X-Plane (por exemplo, acionar os freios ou o trem de
pouso). Para fazer isso, abra a guia Botões Básicos na tela Joystick e
Equipamento. Conforme acionar os botões e interruptores do joystick,
você verá que o número exibido na caixa no canto esquerdo superior
muda. Isso indica que o X-Plane recebeu a entrada de sinal e está

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pronto para atribuir uma função para esse botão ou interruptor.


As instruções abaixo são somente para botões. Porém, elas também se
aplicam aos interruptores, embora estes últimos tenham uma função
atribuída à posição “ligado“ (ou “para cima“) e “desligado“ (ou “para
baixo“).
Para alterar a atribuição de um botão, acione o botão desejado e
selecione a função a ser atribuída a ele clicando no círculo ao lado da
função. Por exemplo, na figura 4.3 (próxima página), o botão 0 foi
atribuído à função „Alternar freios, esforço normal“. Repita essa
operação para todos os botões aos quais deseja atribuir funções.
Feche a janela Joystick e Equipamento e as configurações serão salvas.
Nota: Você precisa selecionar o botão desejado pressionando e
soltando-o antes de atribuir uma função a ele. Se isso não for feito, a
atribuição do último botão pressionado será sobrescrita.
Para atribuir uma função a um joystick além do que está disponível na
guia Botões Básicos, você pode usar a guia Botões Avançados para
atribuir qualquer função de comando disponível a um botão. Assim
como na outra guia, basta apertar o botão a ser configurado,
selecionar o comando desejado na parte direita da tela e fechar a
janela.

53
X-Plane 10

Figura 4.3: A guia Botões básicos do menu Joystick e Equipamento,


com um botão configurado para Alternar freios, esforço normal.

4.6.5 Controlando a Sensibilidade do Joystick e a


Estabilidade da Aeronave
Para modificar a sensibilidade do joystick ou a estabilidade da aeronave,
abra a guia Zona Nula no topo da tela Joystick e Equipamento. Os três
controles deslizantes no canto direito superior da tela controlam as
curvas de resposta dos eixos de arfagem, rolagem e guinada do joystick.
Se esses controles deslizantes ficarem na extremidade esquerda, a
resposta da aeronave ao acionamento daquele eixo será completamente
linear. Isso significa que uma deflexão de 50% no joystick irá mover os
controles de voo do avião em 50% de seu cursor. Conforme os
controles deslizantes são movidos para a direita, a resposta adota um
padrão de curva. Nesse caso, uma deflexão do joystick do centro até o
ponto intermediário (metade do cursor) pode acionar os controles da
aeronave em apenas 10%. Isso irá amortecer os movimentos da
aeronave e deixar os controles do usuário menos sensíveis. Porém,
lembre-se de que, nesse caso, os 90% restantes da deflexão do controle
devem ocorrer nos últimos 50% de movimento do joystick. Assim, os
controles serão menos sensíveis até a metade do cursor e se tornarão
extremamente sensíveis no restante do movimento. Isso dá ao usuário
grandes possibilidades de ajustes finos perto do centro do controle de
voo a fim de manter com precisão a rolagem e a altitude, mas também
oferece autoridade total de controle nas extremidades. Tente pilotar
com os controles deslizantes em várias posições diferentes para ver o
que funciona melhor para você.
Na parte superior esquerda da tela Zona Nula há outro conjunto de
controles deslizantes, chamados de „aumento de estabilidade“. Eles
controlam o aumento de estabilidade do X-Plane amortecendo as forças
calculadas que agem sobre as superfícies de controle de voo da
aeronave. Se esses controles estiverem completamente à esquerda, não
haverá aumento de estabilidade na aeronave. Conforme os controles
deslizantes são movidos para a direita, o X-Plane irá automaticamente
adicionar um aumento de estabilidade à aeronave, ajustando o

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profundor para nivelar o nariz, acionando o aileron para minimizar a


taxa de rolagem e movendo o leme para compensar as taxas de guinada
da aeronave. Em outras palavras, o simulador tentará tornar o avião
mais fácil de pilotar, adicionando entradas de controle para o usuário. A
desvantagem, obviamente, é que conforme o X-Plane adiciona
estabilidade, a resposta da aeronave diminui (tornando a simulação
menos realista).

4.6.6 Configurando as Zonas Nulas


As zonas nulas determinam o quanto o joystick precisa ser movido
antes que o X-Plane comece a executar uma ação. Uma zona nula
pode ser configurada para cada eixo do joystick a fim de ajustar a
sensibilidade das superfícies de controle, mas essa função
normalmente é usada para impedir que o hardware “se intrometa“ no
voo ou para ignorar o tremor que alguns controles antigos podem
enviar para o X-Plane.
Para configurar uma zona nula, abra a guia Zona Nula na tela Joystick
e Equipamento. Agora arraste o controle deslizante da zona nula (na
metade inferior da tela) para a posição desejada - quanto maior a
porcentagem, maior a ‘zona morta‘ que não afeta os controles da
aeronave com o acionamento do joystick.

4.6.7 Adicionando equipamentos especiais


A última guia da tela Joystick e Equipamento, apropriadamente
chamada de ‘Equipamento‘, é usada para configurar equipamentos
especiais no X-Plane. Essa guia geralmente é usada em configurações
multicomputador do X-Plane, em simuladores profissionais certificados
pela FAA ou para conectar vários navegadores GPS (como um Garmin
96/296/396 real ou um rádio GPS 430). Após ser conectado ao
computador, esse equipamento deve ser configurado de acordo com
as recomendações do fabricante e marcados na tela Equipamento,
para informar ao X-Plane que ele está conectado.

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X-Plane 10

4.7 Solução de Problemas Com os


Controles de Voo
Se o joystick e outros controles de voo parecerem estar configurados
corretamente de acordo com as seções acima, mas não oferecerem a
resposta desejada no simulador, é hora de encontrar e solucionar o
problema. Felizmente, o X-Plane facilita a identificação do modo como o
software está recebendo as entradas dos controles de voo.
No exemplo a seguir, vamos assumir que a arfagem, a rolagem e a
guinada do avião não correspondem ao modo como o joystick é
acionado. Um procedimento similar pode ser usado para outros controles
com problemas.
1. Mova o mouse até o topo da tela e abra o menu Configu-
rações.
2. Clique em Entrada e Saída de Dados, conforme mostrado
abaixo.
3. Selecione a caixa mais à direita, perto do item joystick ail/elv/
rud (item 8, no quarto grupo a partir do topo, na coluna mais à
esquerda). Essa opção fará com que o X-Plane mostre as
entradas recebidas ao executar a simulação.
4. Feche a janela Entrada e Saída de dados.
5. Uma caixa no canto direito superior deve exibir os comandos
elev, ailrn e ruddr (respectivamente, profundor, aileron e leme)
recebidos do joystick.
6. Agora, centralize a alavanca e os pedais. Cada um dos eixos
deve indicar 0.0 ou bem perto disso.
7. Mova a alavanca completamente para a esquerda. O controle ailrn
deve indicar -1.0 ou algo bem perto disso.
8. Mova a alavanca completamente para a direita. O controle ailrn
deve indicar 1.0 ou algo bem perto disso.
9. Mova a alavanca completamente para trás. O controle elev deve
indicar 1.0 ou algo bem perto disso.
10. Mova a alavanca completamente para a frente. O controle elev

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deve indicar -1.0 ou algo bem perto disso.


11. Mova o leme completamente para a esquerda. O controle
ruddr deve indicar -1.0 ou algo bem perto disso.
12. Mova o leme completamente para a direita. O controle ruddr
deve indicar 1.0 ou algo bem perto disso.
Ao mover a alavanca e os pedais e verificar os valores que eles estão
enviando para o simulador, o usuário pode checar se o X-Plane está
recebendo comandos corretos dos controles.
Se os valores corretos (de acordo com os testes acima) não estiverem
sendo recebidos pelo X-Plane, então o problema é com a calibragem do
hardware no seu sistema operacional e não no X-Plane. Se o hardware
estiver calibrado corretamente no sistema operacional, então o dispositivo
pode estar defeituoso. Por outro lado, se os valores corretos dos testes
acimas estiverem sendo recebidos, isso significa que o hardware está
funcionando bem.

4.8 Configurando Atalhos de Teclado


O X-Plane foi planejado para ser extremamente flexível e fácil de usar. Por
isso, a maioria das teclas no teclado possui alguma função.
Para ver quais funções estão vinculadas às teclas, mova o cursor do mouse
até o topo da tela, clique em Configurações e selecione Joystick e
Equipamento. Na tela exibida, selecione a guia Teclas. Nela, você pode ver
as funções atribuídas ao teclado.
Há dois modos de mudar a função de uma tecla. A tela tem cada tecla do
teclado representada por um botão triangular no lado esquerdo da tela e
a função correspondente no lado direito. Uma forma de programar uma
tecla é clicar em um dos botões na parte esquerda da tela e selecionar a
função desejada no painel esquerdo.
As funções são classificadas em categoria (operação, motores, ignição,
etc.), encontradas no painel central da tela. As funções propriamente ditas
ficam no painel direito da janela. Clique no botão circular ao lado da
categoria escolhida e depois no botão da função desejada.

57
X-Plane 10

Alternativamente, clique no botão ‚Adicionar Nova Configuração de Tecla‘


no centro da tela.
Isso adicionará um novo botão em cinza no painel esquerdo, chamado
NENHUM. Clique neste botão e pressione a tecla que deseja programar. A
seguir, encontre a função desejada no painel direito e selecione-a.
Note que não é necessário lembrar-se de todos os atalhos de teclado.
Muitos deles são exibidos nos menus durante o voo. Por exemplo,
quando estiver voando, mova o cursor para o topo da tela e clique no
menu Visualizações para ver cada visualização (listadas à esquerda) e o
atalho de teclado correspondente (à direita, entre chaves). Se no menu
Visualizações o item ‘Painéis Dianteiros‘ tiver um “[w]“ ao lado, você
poderá selecioná-lo com a tecla ‘w‘.

4.9 Configurando as Opções de


Renderização
O X-Plane é um simulador muito avançado, criado para uso em uma
ampla gama de computadores com diferentes especificações. Assim
sendo, o X-Plane oferece ao usuário a opção de alterar várias
configurações a fim de otimizar o desempenho em um determinado
computador. Por isso, esta é uma das partes mais importantes deste
manual. A tela ‘Opções de Renderização‘ permite que os usuários
ajustem as configurações do X-Plane (e as exigências que ele faz ao
hardware) de acordo com a capacidade de seus computadores.
O desempenho do simulador é medido pela taxa de quadros por
segundo (frames per second, FPS). Esse valor indica quantas vezes por
segundo o código de física e renderização do X-Plane (no momento,
mais de 700.000 linhas de código!) pode ser executado. Cada vez que
o computador executa o código, ele avança a aeronave e recalcula as
imagens exibidas (formações de nuvens, cenários, instrumentos da
aeronave, outras aeronaves, etc.).
Obviamente, o X-Plane precisa ser muito flexível para poder ser
executado em um computador com três anos de idade e também
aproveitar os recursos do hardware mais recente e poderoso. Há duas
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coisas que afetam a taxa de quadros do X-Plane: a capacidade do


computador e o quanto o X-Plane tem que simular (por exemplo, qual
é a configuração de visibilidade, quantos edifícios, nuvens e outras
aeronaves estão sendo exibidos, etc.). Será muito mais difícil para o
computador calcular imagens se a aeronave voa com uma visibilidade
de 30 milhas e 8.000 edifícios tridimensionais e aglomerações de
nuvens sendo exibidos, do que seria se o X-Plane estivesse configurado
com apenas duas ou três milhas de visibilidade e nenhuma nuvem.
Assim, de modo geral, quanto mais altas as configurações de
renderização, menor o desempenho e a taxa de quadros alcançada.
Quanto mais rápido o computador puder executar o X-Plane, mais
realista e gratificante será a simulação. Testes específicos mostraram
que o cérebro humano consegue separar quadros individuais a taxas
inferiores a 20 FPS, fazendo com que a simulação pareça truncada ou
irregular. Por coincidência, é mais ou menos nesse ponto que a
engenharia por trás da simulação começa a falhar. Por esse motivo, o
X-Plane definiu sua velocidade mínima de operação nesse nível. Se o
computador não for capaz de fornecer uma taxa de quadros igual a 20
FPS ao renderizar o nível de detalhes configurado na página Opções de
Renderização, o X-Plane irá acrescentar neblina automaticamente para
ajudar a executar a simulação de modo mais suave. A neblina impede
que o X-Plane tenha que desenhar o mundo a grandes distâncias,
permitindo que a simulação seja executada mais rapidamente.
A tela Opções de Renderização é usada para configurar o nível de
detalhes no simulador. Para abri-la, mova o cursor do mouse até o
topo da tela, selecione o menu Configurações e clique em Opções de
Renderização.

4.9.1 Configurações Básicas de Renderização


As configurações de vídeo mais abrangentes ficam no topo da tela Opções
de Renderização, na seção intitulada „‘Resoluções“. Elas incluem a
resolução das texturas, a resolução da janela no modo tela cheia, o nível de
anti-aliasing e mais..

59
X-Plane 10

4.9.1.1 Resolução das Texturas


A lista suspensa de resolução das texturas determina a clareza e nível de
detalhes das texturas exibidas no X-Plane. As texturas são mapas de
imagens aplicados sobre os terrenos e aeronaves para dar a eles uma
aparência realista. Se a resolução das texturas for definida como baixa, a
pista e os terrenos parecerão borrados e quadrados. Embora não ofereça
uma boa aparência, essa configuração usa pouquíssima memória de
vídeo (VRAM). Assim, uma alta taxa de quadros pode ser alcançada mais
facilmente. Quanto mais poderosa a placa de vídeo do computador, mais
alta pode ser a configuração de resolução das texturas do X-Plane sem
prejudicar a taxa de quadros. Porém, a taxa de quadros sofrerá um
impacto severo se a resolução escolhida para as texturas necessitar de
mais memória VRAM do que a placa de vídeo possui.
YVocê pode determinar facilmente a quantidade de memória VRAM
necessária para renderizar a cena atual. Na base da tela Opções de
Renderização, há uma linha que informa o ”Tamanho total de todas as
texturas carregadas nas configurações atuais: xx.xx mb.”
Na maioria dos casos, esse número só será atualizado após o X-Plane ser
reiniciado, ou seja, os usuários não podem simplesmente alterar a
resolução das texturas, fechar a tela Opções de Renderização e reabri-la
para verificar a quantidade de VRAM em uso.
Se o sistema tiver uma placa de vídeo com 512 MB de memória e a
VRAM em uso no momento for apenas 128 MB, então uma resolução de
texturas mais alta pode ser selecionada sem problemas. Isso fará com que
os cenários, a pista e as aeronaves tenham uma aparência mais nítida e
detalhada. Desde que o X-Plane não esteja tentando usar mais VRAM do
que houver na placa de vídeo do sistema, a taxa de quadros do simulador
não será afetada. Note que se se for selecionada uma resolução de
texturas que requeira muito mais VRAM do que a placa de vídeo possui, a
taxa de quadros da simulação será gravemente afetada porque o
computador começará a usar a RAM do sistema para armazenar texturas
e esse é um processo muito lento.
Não se preocupe se o tamanho total de todas as texturas caregadas for
maior do que a quantidade de memória de vídeo (VRAM) do seu sistema;
em condições ideais, a VRAM usada será mais ou menos igual ou um

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pouco maior do que a VRAM da placa de vídeo do sistema. Isso oferecerá


o maior nível possível de detalhes nas texturas sem sobrecarregar a
memória da placa de vídeo e reduzir a taxa de quadros. As máquinas com
barramentos gráficos mais velozes (como o PCIe x16) são menos sensíveis
ao uso da VRAM.
4.9.1.2 Gama
A configuração de gama controla o brilho geral das partes escuras no
mundo do X-Plane. As versões do Mac OS anteriores à 10.6 (Snow
Leopard) usam um gama padrão de 1.8, enquanto que as versões mais
novas do OS X, assim como todas as versões do Windows, usam um
gama padrão de 2.2. Se o X-Plane parecer muito escuro, aumente este
valor em pequenas frações (0.1, mais ou menos).
4.9.1.3 Filtro Anisotrópico
O filtro anisotrópico é um pouco complicado.
Imagine que você tirou uma fotografia e está olhando para ela a cerca
de um metro de distância, com os olhos diretamente sobre a imagem
e perpendiculares a ela. Nessa posição e ângulo, a imagem é clara e
nítida, não é? Agora imagine que a mesma imagem é girada 90º para
trás e você agora está olhando para a borda. Obviamente, a imagem
não está mais visível. Agora, gire-a de volta para a frente, cerca de 5
ou 10º. Agora você pode começar a identificar a imagem, mas como
está olhando para ela de um ângulo muito baixo, a imagem é difusa e
pouco definida.
Isso é similar à visualização dos cenários do X-Plane em baixa altitude,
em um dia claro. As imagens diretamente à frente da aeronave serão
relativamente claras, mas quanto mais perto do horizonte o cenário
chega, mais difusa a imagem fica. O filtro anisotrópico ajuda a eliminar
esse problema, tornando a imagem mais nítida. Essa opção tem um
efeito mínimo na maioria dos computadores e um impacto moderado
em máquinas mais antigas. Experimente para ver se você gosta desse
efeito e se a redução de desempenho é muito séria no seu
computador.
4.9.1.4 Resolução em Tela Cheia
Quando a opção chamada ‘executar na resolução‘, no lado direito,

61
X-Plane 10

estiver marcada, o X-Plane será executado no modo tela cheia e na


resolução que você escolher na lista suspensa. Selecione a opção
“Configuração Padrão do Monitor” para fazer o X-Plane usar a mesma
resolução do seu sistema operacional. Se você escolher uma resolução
com uma proporção de tela (aspect ratio) diferente da do seu monitor, o
X-Plane aparecerá esticado na tela. Por exemplo, isso acontecerá se o
seu monitor tiver uma resolução nativa de 1920 x 1080 (widescreen,
proporção 16:9) e você selecionar uma resolução de 1024 x 768
(normal, proporção 4:3).
4.9.1.5 Limitando a Taxa de Quadros
A lista suspensa ‘taxa de quadros - limitar ao monitor‘ permite que você
estabilize a taxa de quadros do simulador, impedindo-a de exceder um
certo valor. Se o X-Plane é executado no seu computador com uma alta
taxa de quadros, mas não de forma consistente e suave, você pode
limitar a taxa de quadros a uma fração da taxa de atualização do seu
monitor para mantê-la estável.
4.9.1.6 Anti-Aliasing
O parâmetro do nível de anti-alias é usado para suavizar as bordas dos
objetos desenhados no simulador. Quando um computador tenta
desenhar linhas diagonais usando pixels retangulares em um monitor,
surgem os “serrilhados“ - linhas pixeladas, parecendo degraus. Esses
serrilhados podem ser suavizados ativando o recurso anti-aliasing. Isso
fará com que o X-Plane desenhe o mundo simulado várias vezes por
quadro e mescle as diferentes versões, resultando em uma imagem com
melhor aparência. Ele tem um efeito parecido com o uso de uma
resolução de tela mais alta. Uma resolução de 2048 x 2048 sem
anti-aliasing é similar a uma resolução de 1024 x 1024 com um nível de
4x anti-aliasing. Ambas as situações exigem mais da placa de vídeo, mas
praticamente não aumentam o uso da CPU. Isso pode arruinar a taxa de
quadros do simulador se o sistema não tiver uma placa de vídeo potente,
mas se o seu hardware for capaz de suportar a carga adicional, aumente
essa opção.
4.9.1.7 Campo de Visão
A última das configurações básicas de vídeo é o campo de visão
lateral, localizado perto da base central da tela, na seção “Opções

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Especiais de Visualização“. Monitores antigos, com uma proporção de


4:3 (que corresponde a resoluções como 1024 x 768 ou 1600 x 1200),
devem funcionar bem com um campo de visão de 45º. Os monitores
widescreen (que usam proporções de tela de 16:10 ou 16:9 e
resoluções de 1920 x 1080, 1600 x 900 e assim por diante) podem se
beneficiar com um ângulo de visão mais amplo.

4.9.2 Configurando o mundo do X-Plane


4.9.2.1 Configurações Gráficas Gerais
Quando a opção ‚exibir indicador de visualização‘ no canto esquerdo
estiver marcada, você verá um pequeno avião cor de laranja no topo
da tela ao girar a visualização para a esquerda ou direita, usando
respectivamente as teclas Q e E. Se o item ‚escurecer sob carga G
elevada ou hipoxia‘ estiver marcado, o X-Plane simulará desmaios
escurecendo a tela quando a aeronave estiver sob cargas G elevadas
ou quando você não usar o sistema de pressurização se necessário.
O X-Plane pode simular voos orbitais e suborbitais usando o ônibus
espacial e outras aeronaves. Se a opção ‘exibir texturas planetárias de
alta resolução em órbita‘ estiver marcada, o X-Plane exibirá imagens
em alta resolução da terra ao simular voos espaciais. Essas imagens em
alta resolução serão exibidas tipicamente a altitudes de 100.000 pés
ou mais. Isso não tem qualquer efeito sobre a taxa de quadros, a não
ser quando você estiver voando acima dessa altitude. Se você marcar o
item ‘exibir efeitos da chuva no para-brisa‘, o X-Plane irá mostrar
pingos de chuva atingindo o para-brisa quando for apropriado.
Se a opção ‘exibir incêndios florestais e balões‘ estiver marcada, o
X-Plane irá gerar incêndios florestais aleatoriamente. Esses incêndios
podem ser apagados após pegar água em um avião de combate ao
fogo, como o CL-415 Bombardier. Isso também fará com que balões de
ar quente apareçam pelo mundo quando o tempo estiver bom. Esta
opção tem um efeito mínimo sobre a taxa de quadros.
Se a opção ‘exibir pássaros e cervos com bom clima‘ estiver marcada, o
X-Plane irá colocar cervos aleatoriamente perto do aeroporto. Eles
podem atravessar a pista correndo e causar uma colisão. O simulador

63
X-Plane 10

também vai gerar bandos de pássaros com aparência realista, em que


cada um deles é modelado de forma independente e tem sua própria
“missão“. Colidir com pássaros poderá causar danos à aeronave,
falhas nos motores e outros problemas, assim como na vida real. Esta
opção tem um efeito leve sobre a taxa de quadros.
A opção ‘exibir porta-aviões e fragatas‘ fará com que o X-Plane
coloque barcos e porta-aviões na água, perto da sua aeronave. A
opção ‘exibir aurora boreal‘ fará com que o X-Plane mostre a aurora
boreal à noite, quando você estiver no norte.
4.9.2.2 Objetos no Solo
O número de árvores, objetos, ruas e carros determina a quantidade
de cada tipo de objeto no solo que será desenhada. Em geral, o
número de objetos terá o maior efeito sobre o desempenho do
simulador. Cada uma dessas opções faz uso intenso da CPU. Se você
não tem um processador veloz com núcleos múltiplos, talvez seja
melhor manter os valores padrão.
4.9.2.3 Configurações de Detalhes no Mundo
A distância dos detalhes no mundo controla a quantidade de detalhes
que será usada para exibir objetos e outras coisas no mundo do X-Plane,
determinando também a distância em que esse nível de detalhe deve
ser usado. Quase sempre, é melhor usar a configuração “baixa“ nesta
opção; se você tiver um grande número de objetos, isso pode causar
uma grande diferença de desempenho. Configurações mais altas
afetarão bastante a taxa de quadros e usarão mais a capacidade do seu
processador, oferecendo poucos benefícios visuais. A configuração de
detalhes do aeroporto controla a quantidade de detalhes que é usada
ao exibir partes do cenário nos aeroportos. Ela pode ter um grande
impacto no desempenho ao voar perto dos aeroportos.
Finalmente, os detalhes de reflexão da água controlam o cálculo de
reflexões na água usando pixel shaders; eles mudam quantos cálculos
o computador precisa fazer em cada pixel na água. Isso pode ter um
grande impacto no desempenho do simulador quando você estiver
perto da água.

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4.9.2.4 Opções Avançadas de Renderização


Se você marcar a opção ‘comprimir texturas para economizar VRAM‘ e
reiniciar o X-Plane, o simulador poderá usar o dobro de VRAM sem
sobrecarregar a placa de vídeo. Porém, isso pode fazer com que as
texturas percam um pouco da nitidez e precisão. Experimente para ver
o que acontece.
A opção ‘as pistas seguem os contornos do terreno‘ deve estar sempre
marcada. Isso faz com que as pistas de pouso, decolagem e
taxiamento sigam a elevação do terreno sobre o qual elas são
desenhadas. Em alguns casos, as mudanças de elevação do terreno
podem ser bruscas, tornando as pistas muito irregulares. Desmarque
esta opção para fazer com que o X-Plane nivele o terreno sob as pistas
para aliviar possíveis problemas. Esta opção não tem qualquer efeito
sobre a taxa de quadros.
4.9.2.5 Efeitos Especiais
Ativar a opção ‘exibir névoa volumétrica‘ criará alguns efeitos
pequenos e localizados de névoa, fazendo com que a densidade varie
sempre que o X-Plane desenhar uma névoa. Sem a névoa volumétrica,
a névoa será aplicada em toda a cena com a mesma densidade. Esta
opção tem um grande efeito sobre a taxa de quadros.
A opção ‘exibir iluminação por pixel‘ ativa ou desativa o uso dos pixel
shaders. O recurso de pixel shaders permite que o X-Plane use
iluminação 3D em cada pixel, com um efeito incrível. Ao invés do
simulador dizer à placa de vídeo como iluminar uma área, a própria
placa determina isso em tempo real, criando um efeito muito realista.
Dependendo da placa de vídeo, isso pode ter um grande impacto na
taxa de quadros.
4.9.2.6 Efeitos das Nuvens
No X-Plane, as nuvens podem ser configuradas de várias formas. As
nuvens 3D do X-Plane geralmente são formadas por muitos sprites
menores de nuvens, ou “puffs“. Eles oferecem a aparência de uma
nuvem volumétrica verdadeira e você pode voar em torno ou através
dela. Eles também se desenvolvem ao longo do tempo, assim como na
vida real, dependendo das condições do tempo.
O controle deslizante ‘número de sprites de nuvens‘ define a
65
X-Plane 10

quantidade exibida. Aumentar demais o número dos puffs pode ter


um grande impacto na taxa de quadros. Tome cuidado com essa
configuração.
O controle deslizante ‘tamanho dos sprites de nuvens‘ define o
tamanho de cada partícula de nuvem. Quanto maior for o tamanho
dos sprites de nuvens, mais devagar o X-Plane funcionará, embora isso
não seja muito perceptível em placas de vídeo mais modernas e
robustas.

4.9.3 Configurando a Renderização para o Melhor


Desempenho
O procedimento a seguir permitirá que o usuário otimize o
desempenho do X-Plane em seu computador, independente da
potência ou das limitações da máquina.
Antes de começarmos, é necessário avaliar a velocidade com que o
X-Plane está sendo executado no seu computador. Para isso, inicie o
X-Plane e:
1. Mova o mouse até o topo da tela para exibir a barra de menus,
clique na opção Configurações e selecione Entrada e Saída de
Dados.
2. Marque a caixa de seleção à direita de ‘taxa de quadros‘ (item
0, no canto esquerdo superior da tela). Isso fará com que o
X-Plane mostre a taxa de quadros atual no canto superior
esquerdo da tela durante o voo.
3. Feche a tela Entrada e Saída de Dados (usando o X nos cantos
da janela ou pressionando Enter no teclado). Agora, você
poderá ver a velocidade com que a simulação é executada, no
indicador freq / s à esquerda. Esta é a taxa de quadros atual,
fornecida em quadros por segundo (fps).
Note que a taxa de quadros mudará, dependendo do que estiver
acontecendo na simulação. É normal um computador gerar 50 fps
quando está parado na pista, mas cai para 35 fps ao renderizar muitos
edifícios, outras aeronaves, etc.

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Consulte a escala abaixo para determinar a importância desse número.


• 19 fps é um resultado terrível, pouco adequado para executar
o simulador.
• 30 a 50 fps é a faixa ideal. Taxas de quadros mais altas indicam
que o computador não está renderizando a simulação com
todos os detalhes que poderia usar. Estudos mostram que ao
iniciar com cerca de 50 quadros por segundo, o seu
subconsciente esquece que você está olhando para um
simulador e começa a pensar que você está voando de
verdade.
• 100 fps é um valor excessivamente alto e indica que o sistema
tem capacidade mais do que suficiente para exibir mais
edifícios, nuvens e outros objetos.
4.9.3.1 Aumentando a Taxa de Quadros
Se a taxa de quadros do simulador não estiver tão alta quanto você
gostaria, é possível aumentá-la seguindo as instruções abaixo.
Recomendamos que você siga as instruções na ordem, verificando a
taxa de quadros após cada uma das mudanças, até encontrar a
configuração que ofereça uma taxa de quadros aceitável.
Alterando a qualidade das texturas. Se a sua placa de vídeo tiver
pouca VRAM para as texturas que o X-Plane está carregando, você
pode experimentar uma grande queda na taxa de quadros. Para
corrigir isso, faça o seguinte.
1. Mova o mouse até o topo da tela para exibir a barra de menus,
clique na opção Configurações e selecione Opções de
Renderização.
2. O menu suspenso de resoluções das texturas determina quanta
memória de vídeo (VRAM) será usada pelo computador. Se a
sua placa de vídeo tiver bastante VRAM, você pode usar um
valor tão alto quanto desejar, sem sofrer perdas na taxa de
quadros, mas assim que a resolução das texturas exibir mais
VRAM do que a placa possui, a taxa de quadros do simulador
despencará.

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X-Plane 10

3. Para determinar quanta VRAM está sendo usada na configuração


atual, examine a base da tela. A última linha diz, “Tamanho total
de todas as texturas carregadas nas configurações atuais: xx.xx
mb.“
Embora seja possível (em alguns casos) carregar mais texturas
do que a VRAM pode armazenar sem prejuízo para o
desempenho (pois nem todas as texturas serão usadas o tempo
todo), o tamanho das texturas carregadas não pode ser muito
maior do que a VRAM que a placa de vídeo possui.
4. Baixe a resolução das texturas se as configurações atuais
exigem muito mais VRAM do que a sua placa de vídeo possui.
5. Após alterar a resolução da textura, o X-Plane deve ser reiniciado
para que a mudança seja aplicada. Recomendamos que você
coloque a resolução das texturas na configuração mais baixa,
saia do simulador, reinicie-o e anote a taxa de quadros. A partir
daí, aumente os detalhes da textura em um nível e repita até
que a taxa de quadros diminua. Este é o ponto em que toda a
memória RAM da placa de vídeo está sendo usada. Coloque a
resolução das texturas um nível abaixo do ponto em que a
redução da taxa de quadros ocorreu e reinicie o X-Plane mais
uma vez.
Se após reiniciar o X-Plane a sua taxa de quadros ainda estiver baixa,
pode ser necessário diminuir a sua resolução.
Alterando a resolução: A resolução da tela representa o número de
pixels que o X-Plane precisa preencher. A resolução mais baixa (e
padrão) é de 1024 x 768. Aumentar a resolução causará uma redução
da taxa de quadros, se a sua placa de vídeo não for poderosa o
suficiente.
Ao usar o X-Plane no modo janela (não em tela cheia), basta
redimensionar a janela para mudar a sua resolução. Quando estiver
usando o X-Plane no modo tela cheia, mova o cursor do mouse até o
topo da tela, clique em Configurações e selecione Opções de
Renderização. Como a opção ‚executar na resolução‘ no lado direito
deve estar marcada para usar o modo tela cheia, você pode usar o
menu suspenso à direita dela para escolher uma resolução menor.
Experimente 1024 x 768 primeiro para ver se diminuir a resolução irá
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melhorar a sua taxa de quadros. Note que se você escolher uma


resolução diferente daquela configurada no seu sistema operacional, o
X-Plane irá exibir uma borda preta ao redor do simulador.
Otimizando outras opções de renderização - Há outras opções de
renderização que também são muito importantes para obter o melhor
desempenho do X-Plane no seu computador. Para modificar essas
opções, mova o cursor do mouse até o topo da tela, clique em
Configurações e selecione Opções de Renderização.
Na maioria dos computadores, as opções de renderização que terão o
maior impacto sobre o desempenho são o número de objetos, de ruas
e carros, simplesmente porque são limitadas pela CPU e não pela GPU.
Essas configurações têm um impacto enorme na taxa de quadros.
Configure-as como ‚nenhum‘ para obter a maior velocidade e reinicie
o X-Plane para que as alterações sejam aplicadas. Verifique a taxa de
quadros, aumente as configurações em um nível e repita, reiniciado o
simulador a cada vez, para ver como o desempenho é afetado.
Configurar essas opções em níveis mais altos oferecerá uma aparência
muito melhor, mas afetará negativamente a taxa de quadros do
X-Plane.
Outro fator importante para o desempenho do X-Plane é a
configuração de distância dos detalhes do mundo. Essa configuração
determina a que distância da sua aeronave os objetos 3D do simulador
serão renderizados com alta qualidade. Dobrar a distância dos detalhes
fará com que o X-Plane exiba quatro vezes mais objetos. Isso ocorre
porque, do ponto de vista da aeronave, o número de objetos
renderizados aumentará igualmente em todas as direções.
Recomendamos que todos os usuários mantenham esta opção no
nível baixo ou padrão.
Valores mais altos no campo ‚detalhes do aeroporto‘ oferecerão, entre
outras coisas, belas luzes 3D na faixa central e nas bordas da pista, ao
invés de simples pontos de luz. Esses efeitos oferecem uma aparência
muito autêntica para os aeroportos, mas como só são visíveis perto do
solo, você pode considerar o valor padrão como um equilíbrio
aceitável. Diminuir essa configuração pode aumentar bastante o
desempenho.

69
X-Plane 10

Por fim, as opções da seção “Efeitos Especiais“, especialmente ‘exibir


iluminação por pixel‘ e ‘renderização HDR‘, devem ser desativadas se o
desempenho for um problema.
Modificando a renderização e visibilidade das nuvens - Outro grupo de
configurações que podem ser modificadas para obter mais
desempenho é o dos efeitos do clima.
O tamanho de cada parte das nuvens do X-Plane pode afetar bastante
o desempenho. Para obter um aumento na taxa de quadros, abra a
tela Opções de Renderização, conforme descrito acima. Depois, arraste
o controle deslizante ‘tamanho dos sprites de nuvens‘ para diminuir o
valor, digamos, para 10%.
É possível aumentar ainda mais a taxa de quadros exibindo somente
algumas poucas nuvens simples, com uma visibilidade relativamente
baixa. Para configurar isso, faça o seguinte:

Figura 4.4: Selecionando a opção Clima no menu Ambiente.


1. Abra o menu conforme explicado acima, selecione Ambiente e
clique em Clima, de acordo com a figura 4.4.
2. Usando os menus suspensos superior, intermediário e inferior (no
canto esquerdo superior da tela), defina os tipos de nuvens como
limpo ou cumulus encoberto para obter a melhor taxa de quadros.
Para uma taxa de quadros boa, selecione cirrus altas ou stratus
baixas. Cumulus espalhadas ou cumulus fractus exigem muito
poder computacional para serem exibidas.
3. Clique no botão ‘Definir clima uniformemente para o mundo
todo‘, no canto esquerdo superior da tela.
4. Configure a visibilidade (no lado esquerdo, perto da base da
tela) para cerca de cinco milhas. Uma visibilidade maior exigirá
mais poder computacional, pois o sistema precisará calcular a
aparência do mundo em uma área muito maior.

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Alterando o número de outras aeronaves - A última configuração que


afeta muito a taxa de quadros do simulador é o número de outras
aeronaves. Para acessar essa opção, mova o cursor do mouse até o topo
da tela, clique em ‘Aeronaves‘ e selecione ‘Aeronaves e Situações‘. Na tela
exibida, selecione a guia ‘Outras Aeronaves‘.
Ali, a opção ‘número de aeronaves‘ (no canto esquerdo superior da tela)
deve ser configurada como um para oferecer a maior velocidade possível.
Isso significa que o X-Plane só precisará fazer os cálculos de física da sua
aeronave, oferecendo um grande aumento de velocidade em CPUs mais
lentas.
Depois disso, o seu desempenho deve estar otimizado e você estará
pronto para voar.

4.10 Configurando o Áudio


Para configurar o áudio, mova o cursor do mouse até o topo da tela, clique
em ‘Configurações’ e selecione ‘Áudio’. A tela exibida permite que você
configure os volumes relativos de todos os sons no X-Plane, usando os
controles deslizantes no lado direito da janela. No lado esquerdo, os sons
podem ser desativados por categoria. Por padrão, todos os sons estão
habilitados, com volumes configurados em 100% (controles deslizantes
totalmente à direita).
A base dessa tela também verificará o status do software de síntese de voz.
Se o software não estiver instalado no Windows, faça o download do
Microsoft Speech SDK 5.1.

4.11 Expandindo o X-Plane


O X-Plane pode ser configurado de várias formas. Você pode adicionar
aeronaves ou cenários personalizados ou fazer o download de plugins que
alteram radicalmente a funcionalidade do simulador. Se não encontrar as
aeronaves, cenários ou plugins que está procurando, você mesmo poderá
criá-los. A Wiki do X-Plane tem muitas informações sobre a criação de
cenários e aeronaves e o site do X-Plane SDK tem a documentação
71
X-Plane 10

necessária para o desenvolvimento de plugins. O manual do Construtor de


Aviões (Plane Maker) será especialmente útil para os usuários que queiram
criar arquivos de aeronaves.

4.11.1 Adicionando Aeronaves


O lugar mais fácil para encontrar novas aeronaves é, possivelmente, a
página “Download Manager”, no website X-Plane.org . Todas as
aeronaves naquela subseção do site são gratuitas, embora o X-Plane.org
ofereça modelos (alguns realmente muito, muito bons) para venda.
Outras fontes importantes para obter aeronaves pagas de alta qualidade
são o pessoal da X-Aviation e Jason Chandler, da AIR. C74.NET.
Ao fazer o download de um avião personalizado, ele normalmente
estará em uma pasta compactada (via de regra, um arquivo ZIP) que
contém a aeronave e todas as suas pinturas, aerofólios, sons
personalizados e painéis de instrumentos. Depois de fazer o download
da pasta compactada, o usuário pode clicar duas vezes no arquivo para
expandi-la tanto nos sistemas Macintosh como Windows ou Linux.
A partir daí, a pasta pode ser extraída para a pasta Aeronaves no diretório
X-Plane 10, ou o conteúdo pode ser selecionado e arrastado para a pasta
Aeronaves. Certifique-se de colocar os arquivos da nova aeronave dentro
de uma pasta com o nome do avião - por exemplo, se você fez o
download de um Piper J-3 Cub, o caminho da pasta no Windows será
parecido com isto: C:\Documents and Settings\Usuário\Área de
Trabalho\X-Plane 10\Aircraft\Piper Cub\
Com a nova aeronave no diretório adequado, abra o X-Plane. Mova o
mouse até o topo da tela para exibir os menus. Clique em Aeronaves e
selecione ‘Abrir aeronave’. Encontre o arquivo e clique duas vezes nele
para carregá-lo.
Obviamente, os usuários também podem enviar suas aeronaves para o
X-Plane.org e outros sites similares. Para isso, crie uma aeronave
personalizada usando o Construtor de Aviões, com aerofólios, paineis,
sons, etc., de acordo com o Manual do Construtor. Todos os arquivos que
formam a aeronave devem ser compactados em uma pasta ZIP para o
envio à Internet.

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Para compactar uma pasta no Windows, clique com o botão direito sobre
a pasta contendo todos os arquivos da aeronave, selecione a opção ‘Enviar
Para’ e clique em “Pasta Compactada”. Um novo arquivo .zip aparecerá
no diretório.
No Mac, clique com o botão direito ou segure a tecla Ctrl e clique na pasta
da aeronave no Finder. No menu, clique em “Compress [nome da pasta
ou arquivo]” para criar um arquivo zip daquela aeronave.
Essas aeronaves personalizadas podem ser enviadas e compartilhadas (ou
vendidas) livremente. Não fazemos qualquer restrição de direitos autorais
sobre qualquer tipo de aeronave feita pelos usuários com o Construtor de
Aviões.

4.11.2 Adicionando cenários


Pacotes personalizados de cenários também podem ser encontrados
na página „Download Manager“ do site X-Plane.org, entre outros
lugares. Você pode fazer o download e instalá-los à vontade. Normal-
mente, os pacotes personalizados de cenários precisam ser descom-
pactados na pasta X-Plane 10\Cenários Personalizados. Além disso, o
utilitário XAddonManager pode ser útil para gerenciar uma grande
quantidade de cenários personalizados ou objetos de download.
Para criar novos cenários personalizados, use a ferramenta World
Editor (WED), que pode ser obtida por download na página ‚Scenery
Tools‘ da X-Plane Wiki. Você também pode encontrar vários tutoriais
(em inglês) das ferramentas na seção ‚Scenery Development‘ da
X-Plane Wiki.

4.11.3 Instalando Plugins


Os plugins são pequenos programas que permitem que o usuário
modifique o X-Plane. As pessoas criam plugins para fazer todo tipo de
coisas interessantes, como pendurar pesos no painel que se movem
com precisão, pilotar pequenos rebocadores para puxar seu avião no
solo ou desenhar sistemas curiosos de visualização do terreno, entre
outras coisas. Mais uma vez, o site X-Plane.org (e especificamente a
página ‚Downloads Utilities‘) é um bom lugar para encontrar vários
73
X-Plane 10

plugins e outras coisas para ajustar a sua cópia do X-Plane.


Para mais informações sobre como criar plugins personalizados, veja o
site do X-Plane SDK.

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O Voo no X-Plane
Obviamente, o X-Plane é um simulador de voo. Um voo normal em
simulador geralmente abrange algumas das etapas abaixo, senão
todas:
• Escolher uma aeronave
• Ir para um local (a pista de um aeroporto, uma posição a
alguma distância de um aeroporto para fazer uma aproximação
ou um local aleatório)
• Configurar o horário e o clima e
• Voar
Além disso, você pode querer aproveitar vários recursos do simulador
antes ou durante um voo. Isso inclui usar os instrumentos no painel da
aeronave, alternar a visualização da aeronave, visualizar o seu voo (em
um mapa 2D ou em 3D) e criar arquivos para compartilhar seu voo
com outros.

5.1 Abrindo uma Aeronave


Ao iniciar o X-Plane pela primeira vez, a aeronave padrão será carregada.
Nas próximas vezes, o X-Plane carregará a última aeronave usada antes
de você sair do programa. Para abrir uma aeronave no X-Plane:
1. Mova o mouse até o topo da tela para exibir os menus.
2. Clique em “Aeronaves” e selecione “Abrir Aeronave”
(conforme a Figura 5.1).

75
X-Plane 10

Figura 5.1: Selecionando a opção “Abrir Aeronave” no menu


“Aeronaves”
3. No topo da tela Abrir Aeronave há um menu suspenso. Ele
exibe o nome da aeronave que você está visualizando no
momento (este é o nome da pasta da aeronave atualmente
aberta). Clique nas setas para cima e para baixo ao lado direito
do nome da pasta para exibir a hierarquia do diretório (a
organização das pastas), conforme a figura 5.2. No topo da
hierarquia, fica a pasta principal do X-Plane; na base, fica a
pasta atual.

Figura 5.2: Trabalhando com a hierarquia de diretório na tela Abrir


Aeronave.

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Por exemplo, se você estiver na pasta do F-22 Raptor, a hierarquia


mostrará:
• Pasta X-System
• Aeronaves
• Caças
• F-A 22 Raptor

4. Clique na linha que diz Aeronaves para ir ao diretório principal


das aeronaves.

Figura 5.3: Selecionando o arquivo “Cessna 172.acf”


5. No diretório Aeronaves, as pastas são divididas em categorias -
por exemplo, há caças, planadores, helicópteros, hidroaviões, etc.
77
X-Plane 10

Clique duas vezes na classe desejada.


6. A lista de navegação na parte esquerda inferior da tela agora
mostra as aeronaves classificadas naquela categoria. Clique duas
vezes na pasta de uma aeronave.
7. Os arquivos de aeronaves do X-Plane, nos quais é preciso clicar
para abrir uma aeronave, são identificados por uma extensão
“.acf”. Clique duas vezes em um arquivo ACF para carregar a
aeronave correspondente. Por exemplo, a figura 5.3 (pág. 81)
mostra o arquivo Cessna 172 sendo aberto. Em alguns
momentos, a aeronave será carregada e colocada na pista mais
próxima.

5.1.1 Selecionando uma Pintura


As pinturas são esquemas de decoração alternativos para as aeronaves
e podem ser selecionadas no X-Plane movendo o cursor do mouse até
o topo da tela, clicando no menu Aeronaves e selecionando a opção
Abrir Pintura. Se houver pinturas alternativas instaladas para a
aeronave atual, você pode escolher uma usando os botões de seleção
nessa tela. Feche a tela para recarregar a aeronave com a pintura
selecionada.

5.2 Escolhendo um Aeroporto ou Local


As aeronaves do X-Plane podem ser movidas para qualquer aeroporto
da Terra. O simulador pode colocar você em uma pista ou rampa ou
iniciar no ar, em uma aproximação a 3 ou 10 milhas náuticas de uma
pista. Para selecionar um aeroporto, mova o mouse até o topo da tela
para exibir a barra de menus. Selecione o menu Local e clique em
Selecionar Aeroporto Global. Nessa tela, você pode pesquisar por
nome ou pelo código ICAO em toda a base de dados de aeroportos
do X-Plane. Ela representa praticamente todos os aeroportos do
mundo (no momento, mais de 32.000).
A tela Selecionar Aeroporto é dividida em três partes. No canto
esquerdo superior fica uma lista com os nomes de todos os

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aeroportos, em ordem alfabética, com os códigos identificadores


listados à direita. À direita do painel da lista há uma visualização do
layout do aeroporto atualmente selecionado. A metade inferior da
janela mostra colunas de botões de “início rápido”. Os botões na
coluna “Decolagem” (do lado esquerdo) irão transportar a aeronave
para a pista especificada. Ao lado direito dessa coluna ficam os botões
da “Aproximação Final”, que transportarão a aeronave até a distância
especificada da pista selecionada à esquerda do botão. Por fim, os
botões do “Início da Rampa” colocarão a aeronave na rampa especi-
ficada para a decolagem.
Para pesquisar entre os aeroportos disponíveis, digite o nome do
aeroporto ou o identificador no campo branco abaixo do painel da
lista (chamado “Aeroporto:”). Por exemplo, você pode obter os
mesmos resultados pesquisando por “KLAX” ou “Los Angeles Intl.”
Você pode até mesmo digitar apenas “Los Angeles” e navegar entre
os resultados.
Alternativamente, use as setas para cima e para baixo no teclado para
se mover pela lista completa. Para viajar até um aeroporto, clique nele
uma vez para selecioná-lo no painel da lista (fazendo com que um
contorno cinzento apareça em torno dele) e clique no botão ‘Ir Para
Este Aeroporto’.
Note que se a aeronave for movida para uma área que não possui um
cenário instalado, ela aparecerá em uma pista que flutua sobre o
oceano. Isso é chamado de “mundo aquático” e é explicado em
detalhes no Anexo L: Água Por Todos os Lados.
Para obter uma explicação completa sobre os identificadores de
aeroportos usados no X-Plane, consulte a seção de perguntas e
respostas (FAQ) do site de Aeroportos e Dados de Navegação do
X-Plane.

5.2.1 Outras Formas de Escolher um Local


Você não precisa escolher um local para o seu voo usando a lista
mundial de aeroportos. Você pode fazer com que o X-Plane escolha um
local aleatório perto de você movendo o mouse até o topo da tela,

79
X-Plane 10

clicando em Local e selecionando a opção ‘Surpreenda-me’. Você


também pode escolher um local visualmente no globo 3D, selecionando
a opção Mapa do Planeta no menu Local. Os controles no canto inferior
direito da tela movem a visualização do globo da seguinte forma.
O grande botão redondo gira o globo para cima, para baixo, para a
esquerda ou direita, dependendo de qual borda do botão é clicada. Os
botões abaixo dele possuem dois pequenos triângulos cada um. No lado
esquerdo fica o botão para afastar a câmera e, perto dele (identificado
por dois triângulos maiores) fica um botão para aproximar a câmera. Ao
lado dos botões de zoom fica o botão ‘centralizar no avião’, que
centraliza a visualização do mapa na aeronave ao ser clicado.
Clique em um local no mapa do planeta para transportar a aeronave até
o aeroporto mais próximo do ponto clicado. Para fechar a janela sem
mover a aeronave, clique em um dos botões X nos cantos superiores ou
pressione a tecla Enter.

5.3 Definindo o Ambiente


O ambiente do X-Plane é composto pelo clima, horário e data.

Figura 5.4: Selecionando a opção Clima no menu Ambiente.

5.3.1 Definindo o Clima


A simulação climática do X-Plane é completamente configurável e
muito realista. No X-Plane, o clima pode ser configurado de quatro
formas. A primeira e mais complicada é simplesmente definir o clima
de modo uniforme (e estático) para o mundo todo. É assim que a
maioria das pessoas configuram o clima nas versões mais antigas do
simulador. Na versão 10, existe um novo recurso que permite aplicar

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padrões climáticos muito verossímeis, gerados aleatoriamente com


base em alguns padrões como cobertura de nuvens, intensidade e
temperatura. Usando um sistema similar, você pode “pintar” manual-
mente os padrões climáticos usando o mouse, indicando onde quer
colocar as suas nuvens. Por fim, você pode fazer o download do clima
do mundo real na Internet para que o X-Plane o reproduza.
Para editar as configurações do clima, abra o menu movendo o cursor
do mouse até o topo da tela. Clique em Ambiente e selecione Clima,
conforme a Figura 5.4.
5.3.1.1 Configurando um Clima Uniforme e Estático para o
Mundo Todo
Para definir um clima estático para o mundo, abra a tela Clima, no
menu Ambiente. Clique no grande botão de seleção no topo da tela,
chamado „definir clima uniformemente para o mundo todo“. Essa tela
é dividida em partes que separam nuvens, vento, precipitação,
temperatura e condições da água.
No canto esquerdo superior da tela, você pode definir os tipos de
nuvens e os níveis da base e do topo para três diferentes camadas.
Essas alturas são medidas em pés sobre o nível médio do mar (mean
sea level, MSL).
O painel abaixo da configuração básica das nuvens possui vários
botões, como Cat-III, Cat-II, Cat-I, n-prec e assim por diante. Esses são
botões de configuração rápida. Pressione-os para definir
automaticamente algumas condições gerais do clima.
• “Cat-III” configura o clima para uma aproximação por ILS de
Categoria III. Estas são condições extremamente marginais,
com zero de teto e visibilidade.
• “Cat-II” configura o clima para uma aproximação por ILS de
Categoria II, com visibilidade mínima de 365 metros e teto
mínimo de 100 pés.
• “Cat-I” configura o clima para uma aproximação por ILS de
Categoria I, com visibilidade mínima de 730 metros e teto
mínimo de 200 pés.

81
X-Plane 10

• “N-prec” define o clima para uma aproximação de não


precisão, com visibilidade de 3 milhas e um teto de 400 pés.
• “MVFR” configura um clima com condições mínimas para VFR,
ou seja, cerca de quatro milhas de visibilidade e um teto de
1.500 pés.
• “VFR” define o clima com boas condições para a regra de voo
visual - céu claro e ensolarado. Teto superior a 1.500 pés e
visibilidade acima de 5km.
• “CAVOK” define um clima limpo e visibilidade OK.
Normalmente, os pilotos se referem a isso como “CAVU’”
(Clear And Visibility Unlimited), ou seja, clima limpo e
visibilidade ilimitada.
Abaixo dos botões de configuração rápida fica um conjunto de
controles deslizantes. Clique neles e arraste-os para alterar as
respectivas configurações. O controle de visibilidade ajusta exatamente
o que o nome diz, medida em milhas estatutárias.
O controle de precipitação define o nível de precipitação. Dependendo
da temperatura em volta do avião e das nuvens em que a precipitação
se formar, ela pode assumir a forma de chuva, granizo ou neve.
O controle das tempestades de raios ajusta a tendência de atividades
convectivas. O mapa climático do radar no canto inferior direito da
janela mostra onde as células estão se formando. Entrar voando nessas
células resultará em precipitação pesada e turbulência extrema. De
fato, a turbulência é tão grande que os aviões podem entrar inteiros
em uma tempestade de raios e sair em vários pedaços menores.
Pilotar helicópteros nessas situações de gelo e trovoadas é interes-
sante; pois eles possuem uma carga alar muito alta no rotor em giro
livre e podem fazer um voo bem tranquilo com turbulência. Mas eles
não são indestrutíveis e podem sofrer acúmulo de gelo nas pás, como
qualquer avião.
O controle turbulência define automaticamente todas as barras
deslizantes que controlam o vento e a turbulência, no centro da tela.
Arraste o controle para a esquerda e segure-o por alguns instantes

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para reduzir todos os ventos e turbulências a zero, garantindo um voo


suave.
A seguir, no canto esquerdo inferior da tela, é possível configurar a
temperatura e a pressão barométrica (pressão do ar) ao nível do mar
no aeroporto mais próximo. Lembre-se de que a “atmosfera padrão”
tem 59° F (15° C) e 29.92 pol. Hg (1013 hectopascal).
A coluna central dessa tela controla três camadas de ventos. Cada
camada tem valores associados para altitude, velocidade do vento,
velocidade da cortante, direção da cortante e turbulência. O X-Plane
usa as configurações de altitude baixa, média e alta para interpolar
entre as camadas. Os círculos à direita de cada configuração de
altitude mudam a direção de origem do vento. Clique e arraste perto
da borda do círculo e o vento virá da direção onde você soltar o botão
do mouse (por exemplo, para mover o vento do sul para o norte,
clique na base do círculo e solte o botão do mouse lá).
Informe os limites térmicos, a cobertura e a taxa de ascensão térmica
no canto direito superior dessa tela. Esses controles são usados
principalmente ao pilotar planadores. Além de controlar as
temperaturas, o X-Plane também move o ar para cima e para baixo
pelo terreno, conforme o vento sopra nas montanhas, simulando os
efeitos que os pilotos de planadores reais precisam considerar e
aproveitar. Tente definir o vento em 30 nós ou melhor com ângulo
reto em uma cadeia de montanhas e acompanhar o lado de subida do
vento com um planador. Você deverá ser capaz de se manter voando
com o ar ascendente, se permanecer bem baixo. Porém, se você
escorregar para o lado descendente da montanha, uma descida
inevitável será garantida!
No lado direito da tela, fica a lista suspensa de condições da pista,
diretamente abaixo dos controles de temperatura. Você pode definir as
condições da pista como ‘limpa e seca’, ‘úmida’ ou ‘molhada’. As
condições úmida e molhada também oferecem as opções ‘irregular’ ou
‘uniforme’. Em temperaturas suficientemente baixas, assim como na
vida real, uma pista molhada ficará congelada. Esse controle é
modificado automaticamente ao aumentar a quantidade de
precipitação.

83
X-Plane 10

Abaixo das condições da pista ficam os controles de altura e direção


das ondas, usados em massas de água. Mudar a altura das ondas,
fornecida em pés, também modificará o comprimento e a velocidade
das ondas.
Por fim, abaixo da pista, há uma representação visual do clima gerado
pelo X-Plane de acordo com os seus parâmetros. Clique no botão
‘Gerar clima novamente agora’ fará com que o X-Plane crie um novo
sistema climático usando os mesmos parâmetros.
5.3.1.2 Configurando um Clima Realista Gerado Aleatoriamente
A forma mais simples de gerar o clima é, certamente, usar condições
sobre as quais você só exerce um pequeno grau de controle. Nesse
caso, o X-Plane cria um sistema climático com algum nível de
incerteza, permitindo que você tenha um pouco de controle sobre os
recursos do sistema, sem exigir que você cuide de todos os detalhes.
Para usar esse clima gerado aleatoriamente, abra a tela Clima, no
menu Ambiente. Clique no grande botão de seleção no topo da tela,
chamado ‘definir padrões climáticos aleatórios apenas com controles
parciais’.
No lado esquerdo da tela há cinco controles deslizantes. Eles são os
seguintes:
• “Cobertura”, que controla a quantidade de nuvens no sistema
climático. Com o marcador deslizante totalmente à esquerda,
não haverá nuvem alguma; se ele estiver totalmente à direita, a
cobertura de nuvens será completa.
• “Intensidade”, que controla a possibilidade de ocorrência de
tempestades no sistema climático. Com o controle totalmente à
esquerda, não ocorrerão tempestades. Se ele estiver totalmente à
direita, muitas tempestades acontecerão.
• “Temperatura”, que controla a probabilidade de ocorrência de
congelamentos e tempestades de raios. Com o controle total-
mente à esquerda o clima ficará muito frio, com uma alta probabi-
lidade de congelamento. Se ele estiver totalmente à direita, o
clima será quente, com uma probabilidade maior de encontrar
tempestades de raios.
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• “Tamanho do Sistema”, que define o tamanho do sistema


climático na área. Com o controle totalmente à esquerda,
existirão muitos sistemas pequenos. Com o controle totalmente
à direita, existirão apenas alguns sistemas grandes.
• “Fator Aleatório”, que controla o quanto o clima corres-
ponderá aos parâmetros que você definir. Com o controle
totalmente à esquerda, o clima ficará muito próximo das suas
especificações. Se o controle estiver totalmente à direita, a
incidência de mudanças aleatórias aumentará muito.
Após configurar os controles deslizantes do modo desejado, clique no
botão ‘Gerar clima novamente agora’ para que o X-Plane crie um sistema
climático com essas características. Feche a tela Clima e você estará
pronto para voar.
5.3.1.3 Desenhando ou Adicionando Padrões Climáticos Manual-
mente
Você pode modificar um padrão climático existente ou criar um novo,
usando o seu mouse para especificar a posição e a intensidade das nuvens.
Para fazer isso, abra a tela Clima a partir do menu Ambiente e marque o
grande botão de seleção ‘pintar padrões climáticos com o mouse’ no topo
da tela.
Aqui, o maior painel da tela representa o espaço aéreo ao redor da sua
aeronave. Você pode clicar e arrastar em qualquer ponto dessa área para
que o X-Plane gere nuvens aleatoriamente no local desejado. Desenhar
nuvens duas vezes na mesma área aumentará a intensidade das nuvens
naquele ponto. Por fim, a qualquer momento, você pode clicar no botão
Limpar clima! para remover todos os recursos climáticos na sua área.
Quando terminar de desenhar os padrões climáticos, feche a janela Clima
e você estará pronto para voar.
5.3.1.4 Fazendo o Download do Clima em Tempo Real Pela
Internet
O último método para configurar o clima no X-Plane é fazer o download
do clima pela Internet. Para ativar isso, abra a tela Clima, no menu
Ambiente. Clique no grande botão de seleção no topo da tela,

85
X-Plane 10

chamado ‘obter clima real da Internet’. Marque o item chamado ‘Fazer


download do arquivo de clima real ‘METAR.RWX’ da Internet’. O
X-Plane irá fazer automaticamente o download do clima no seu local
atual e fará um agendamento para fazer o download novamente uma
hora depois. Se você quiser fazer o download em outro momento, pode
voltar a essa tela e clicar em ‘Faça o download agora mesmo!’

5.3.2 Definindo Data e Hora


No X-Plane, é possível configurar a hora e a data movendo o mouse
para o topo da tela, a fim de exibir a barra de menus, clicando no item
Ambiente e selecionando a opção Data e Hora. Arraste o controle
deslizante no topo para alterar o horário, que é fornecido como hora
local e Zulu (ou seja, GMT ou UTC). Alterar a data, na segunda barra
deslizante, irá acompanhar com precisão as mudanças na duração dos
dias e noites no X-Plane. Por exemplo, no mundo real, há menos horas
de luz em dezembro do que em junho na América do Norte.
Se o ajuste da hora local em relação ao horário GMT no seu local não
for o que o X-Plane espera, você pode modificá-lo usando a opção
‘ajuste em relação ao GMT’, medida em horas.
Por fim, você pode marcar o item ‘acompanhar sempre a data e hora
reais’ para manter o X-Plane sincronizado com a data e horário
definidos no seu sistema operacional.

5.4 Como Voar


Ao pilotar pela primeira vez (tanto no X-Plane como na vida real), é
sempre uma boa ideia usar uma aeronave relativamente simples e de
fácil pilotagem. O Cessna 172 é uma escolha excelente nesse quesito,
um fato comprovado pelos milhões de pilotos treinados nesse modelo.
Para instruções sobre como abrir uma aeronave, veja a seção “Abrindo
uma aeronave”, neste capítulo.
Antes de iniciar, certifique-se de ter configurado seus controles de voo,
se for o caso, conforme a seção “Configurando os controles de voo”
do capítulo 4. Se não estiver usando controles de voo, você terá que
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pilotar com o mouse. Nesse caso, haverá um pequeno símbolo branco


de adição (+) no centro da tela. Se somente o + estiver visível, sem
uma caixa branca ao redor dele, o X-Plane está indicando que a
“mão” do piloto não está no controle. Isso significa que você pode
mover o mouse livremente, sem afetar os controles de voo. Para
segurar o manche (e assumir o controle da aeronave), clique com o
botão esquerdo do mouse perto do símbolo + no centro da tela e um
quadrado branco aparecerá em torno dele. Você não precisa segurar o
botão do mouse, basta clicá-lo uma vez para ativar o quadrado
(assumir o controle) e clicar novamente para desativar o quadrado
(soltar o controle). Antes de iniciar, certifique-se de ter configurado
seus controles de voo, se for o caso, conforme a seção “Configurando
os controles de voo” do capítulo 4. Se não estiver usando controles de
voo, você terá que pilotar com o mouse. Nesse caso, haverá um
pequeno símbolo branco de adição (+) no centro da tela. Se somente
o + estiver visível, sem uma caixa branca ao redor dele, o X-Plane está
indicando que a “mão” do piloto não está no controle. Isso significa
que você pode mover o mouse livremente, sem afetar os controles de
voo. Para segurar o manche (e assumir o controle da aeronave), clique
com o botão esquerdo do mouse perto do símbolo + no centro da tela
e um quadrado branco aparecerá em torno dele. Você não precisa
segurar o botão do mouse, basta clicá-lo uma vez para ativar o
quadrado (assumir o controle) e clicar novamente para desativar o
quadrado (soltar o controle).
Para decolar, a aeronave precisa estar localizada no final de uma pista.
O X-Plane reposiciona a aeronave nessa posição sempre que o
programa é aberto, uma aeronave é carregada ou o local é alterado.
Para decolar com o Cessna 172, avance lentamente o acelerador e
solte os freios quando o acelerador estiver na metade do cursor.
Continue avançando o acelerador e prepare-se para corrigir a guinada
para a direita (usando o leme direito ou a torção no joystick, se
aplicável) conforme o avião acelera. A tendência a girar para a
esquerda é normal em aeronaves com um único motor, devido ao giro
da hélice.
Não se preocupe se precisar de algumas tentativas para aprender
como manter a aeronave na pista - um Cessna pode decolar na grama

87
X-Plane 10

sem problemas. Se a aeronave sair da pista quando estiver acelerando,


continue. Normalmente, o piloto fará o giro (ou seja, puxando o
manche ou alavanca para trás a fim de levantar o profundor) a cerca
de 60 nós no Cessna 172. Uma vez que a aeronave saia do solo, mova
o manche um pouco para a frente por alguns momentos para nivelar
o avião e permitir que ele ganhe velocidade. Quando a aeronave
atingir cerca de 80 nós, puxe gentilmente o manche ou alavanca para
continuar subindo. Aumentar a velocidade do ar antes de subir
ajudará você a impedir que o avião entre em estol.
Note que se houver um acidente e o avião ficar muito danificado, o
X-Plane irá abrir automaticamente outro avião e colocá-lo no final da
pista mais próxima (que, em alguns casos, pode ser uma faixa de
grama). Se o impacto só for suficiente para danificar o avião sem
destruí-lo, a aeronave ficará parada, soltando fumaça. Se isso
acontecer, o usuário terá que mover o cursor do mouse até o topo da
tela, clicar em Aeronaves e selecionar Abrir Aeronave para solucionar a
situação. Ah, se fosse fácil assim na vida real...

5.5 Usando Instrumentos e Aviônicos


Ao usar a visualização dianteira da cabine, o cursor do mouse pode ser
utilizado para controlar os instrumentos no painel, assim como a mão
do piloto seria usada para manipular os instrumentos, interruptores e
outros controles.
Para operar um botão, basta clicar e soltar. Para acionar um inter-
ruptor, faça a mesma coisa para alterar a posição dele. Por exemplo,
para descer o trem de pouso (em aviões que podem fazer isso), clique
no botão do trem de pouso.
Obviamente, esse controle será diferente em aviões diferentes.
Lembre-se de que a tecla ‘G’ também pode ser usada e um botão do
joystick pode ser atribuído ao acionamento/recolhimento do trem de
pouso.
Para girar botões, mova o cursor para o lado “mais” ou “menos”,
conforme necessário, e clique para girar. Clique repetidamente para

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fazer movimentos maiores.


Para ver facilmente os controles na cabine que podem ser acionados
pelo mouse, abra a tela Instruções no menu Sobre e marque o item
‘Exibir as regiões de clique do mouse na cabine de comando’. Isso irá
exibir um fino quadrado amarelo em torno das áreas do painel de
instrumento, que podem ser manipuladas com o mouse.
Para obter uma descrição rápida dos instrumentos no painel, abra a
tela Instruções no menu Sobre e marque a opção ‘Exibir instruções
para os instrumentos na cabine de comando’. Após fechar a tela, você
verá uma descrição do instrumento sempre que manter o cursor sobre
ele.

5.5.1 Nota Sobre a Sintonia do Rádio


Na maioria das aeronaves, os instrumentos aviônicos possuem dois
botões concêntricos que são usados pelos pilotos para sintonizar o
rádio. Por exemplo, normalmente há um botão grande na superfície
do rádio, com um botão menor em cima dele. O botão grande
controla a parte numérica inteira (“número de contagem“) da
frequência e o botão menor controla a parte decimal.
Por exemplo, imagine que o rádio COM1 (o rádio de comunicação
número 1) precise ser sintonizado em 128.00 MHz. Em aeronaves
reais, o piloto giraria o botão grande até o número 128 ficar visível e
depois giraria o botão menor até 00 ficar visível.
O X-Plane funciona do mesmo modo. Ao passar o cursor por um dos
botões de sintonia do rádio, duas setas em sentido anti-horário
aparecerão à esquerda do botão; duas outras, no sentido horário,
aparecerão à direita dele. As setas mais próximas do botão são
fisicamente menores do que as mais externas - elas ajustam a parte
decimal da frequência. As setas externas são maiores e ajustam a parte
inteira da frequência.

89
X-Plane 10

Nome do Atalho do Teclado Efeito


Movimento
Virar para esquerda, Seta correspondente Move um pouco a
direita, para cima e para visualização na direção
baixo escolhida
Mover para a frente e ‘.’ (dianteira) e ‘,’ Move a visualização
para trás (traseira) para a parte dianteira
ou traseira da aeronave,
respectivamente
Girar para esquerda, Q (esquerda), E (direita), Gira a câmera na
direita, para cima e para R (para cima) e F (para direção correspondente
baixo baixo)

Zoom ‘=’ (aumentar) e Zoom simples


‘-’(diminuir)

Tabela 5.1: Controles da visualização da cabine 3D

5.6 Usando as Visualizações


Você pode alterar sua visualização da aeronave usando o menu Visuali-
zações ou os atalhos de teclado listados naquele menu. Note que os
caracteres entre colchetes à direita de cada opção do menu são os atalhos
de teclado para cada visualização. Por exemplo, para selecionar a visuali-
zação dianteira, pressione a tecla W; para girar a visualização 45º à
esquerda, pressione a tecla Q.
Na maioria dos casos, é mais fácil mostrar as opções de visualização do que
descrevê-las; por isso, sugerimos que o usuário experimente as configu-
rações possíveis. Porém, os movimentos na cabine 3D podem não ser tão
simples.
Há dois modos para a cabine 3D. Clique em “Visão de comando da cabine
3D” no menu Visualizações ou pressione Shift + 9 no teclado para ativar a
cabine 3D sem vincular a direção da visualização ao mouse. Isso significa
que a única forma de mover a câmera ao seu redor é usando o menu
Visualizações, os atalhos de teclado ou um botão atribuído aos seus
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controles de voo; essa opção deixa o mouse livre para clicar em coisas no
cockpit sem afetar a sua visualização. Por outro lado, se você clicar em
“Cabine 3D, controle por mouse” no menu Visualizações ou pressionar
Shift + 0 no teclado, a direção da visualização ficará vinculada ao cursor do
mouse. Nesse caso, mover o mouse para ativar algum controle da cabine
também irá mover a câmera.
Em qualquer um dos modos da cabine 3D, você pode usar atalhos de
teclado ou o menu Visualizações para alterar a direção em que está
olhando. Essas opções são descritas na Tabela 5.1.

5.7 Deixando o X-Plane Pilotar a Sua


Aeronave
O X-Plane tem a capacidade de pilotar uma aeronave usando a
inteligência artificial (IA). O sistema da IA pode decolar com a aeronave
e pilotá-la.
Para permitir que a IA controle a aeronave, mova o mouse até o topo
da tela para abrir a barra de menus. Clique em Aeronaves e selecione
a opção ‘IA pilota o seu avião‘.
Com a IA controlando a aeronave, você pode experimentar as
diferentes visualizações e praticar o acionamento e recolhimento do
trem de pouso, dos flaps e assim por diante. Além disso, esse é um
bom modo de praticar a sintonização dos rádios.
Além disso, você pode fazer com que a IA controle a sua visualização.
Abra o menu Aeronaves e selecione a opção ‘IA controla as suas
visualizações’.

5.8 Obtendo Instruções Rápidas


Se você precisar de instruções simples e esporádicas sobre tarefas
comuns no X-Plane, basta mover o mouse até o topo da tela, clicar no
menu Sobre e selecionar Instruções. Nessa tela, as guias “Controles de

91
X-Plane 10

Voo”, “Controles da Cabine”, “Teclado”, “CTA” e “Suporte Técnico”


descrevem essas dúvidas comuns sobre o simulador.
Marque a opção ‘Exibir as regiões de clique do mouse na cabine de
comando’ para exibir um quadrado amarelo em torno dos controles
da cabine que podem ser manipulados com o mouse. Marque a opção
‘Exibir instruções para os instrumentos na cabine de comando’ para
mostrar uma breve descrição de um instrumento ao passar o cursor
sobre ele.

5.9 Salvando e Compartilhando o


Seu Voo
O X-Plane oferece várias formas de salvar e compartilhar um voo. Elas são:
• Situações que registram o local atual, as condições ambientais
e propriedades da aeronave em uso.
• Replays que armazenam uma ‘gravação’ do voo completo
desde o último carregamento. Essas opções só podem ser
visualizadas novamente no X-Plane, mas têm a vantagem de
serem compostas por pontos de dados do X-Plane que
armazenam o local da sua aeronave. Assim, você pode alterar
as visualizações durante o replay.
• Os arquivos de filme que começam e terminam quando você
ativa/desativa o recurso de gravação, e registram exatamente o
que você vê na tela. A vantagem é que eles podem ser vistos no
Quicktime e outros players de vídeo.
• As capturas de tela (screenshots) que armazenam uma imagem
de um único momento do voo e podem ser visualizadas em
qualquer computador.
Em cada caso, você pode salvar o voo e fazer o replay pessoalmente
ou enviá-lo para a Internet para que outros possam vê-lo.

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5.9.1 Criando uma Situação Reutilizável


No X-Plane, uma “situação” é um arquivo que só o X-Plane é capaz de
ler. Essencialmente, ele é um “retrato” que registra a aeronave que
você está usando, a posição dela no ar ou no solo, a carga útil, a
quantidade de combustível nos tanques e assim por diante. Ela
também inclui informações sobre as condições climáticas do voo,
como as nuvens, temperatura e horário. Além disso, qualquer outra
aeronave que você tiver carregado também será registrada.
Para criar uma situação (um arquivo .sit), mova o cursor do mouse até
o topo da tela, clique em ‘Arquivo’ e selecione ‘Salvar situação’.
Por padrão, o X-Plane salvará o seu arquivo de situação no seguinte
diretório:
X-Plane 10/Output/situations/
Isso é especialmente útil para carregar rapidamente e praticar uma
abordagem específica ou para recriar uma determinada situação de
combate. As situações podem até ser enviadas para outros usuários do
X-Plane - eles só precisam do arquivo .sit que você criou.
Para carregar uma situação a fim de pilotá-la novamente, abra o menu
Arquivo e clique em Carregar situação. Navegue até o local do seu
arquivo .sit e clique duas vezes nele para carregar a situação.

5.9.2 Criando um Replay


No X-Plane, um “replay” é essencialmente um “filme” do seu voo, que
registra a posição e altitude da aeronave a cada momento, iniciando a
partir do instante em que você carregou uma aeronave ou viajou até um
aeroporto pela última vez, e termina quando você clicar no botão
“Salvar replay”. Esse arquivo só pode ser visualizado no X-Plane, mas
como ele é completo, você pode alterar a visualização sempre que
quiser ao assisti-lo novamente. É diferente de um filme do Quicktime,
que só registra o que você vê na tela durante a gravação.

93
X-Plane 10

Esses arquivos, assim como as situações, podem ser compartilhados e


assistidos por qualquer usuário do X-Plane.
Para criar um replay (um arquivo .smo), mova o cursor do mouse até o
topo da tela, clique em ‘Arquivo’ e selecione ‘Salvar replay’. Por padrão,
o X-Plane salvará o seu replay no seguinte diretório:
X-Plane 10/Output/replays/
Para carregar um replay, abra o menu Arquivo e selecione Carregar
replay. Navegue até o local em que você salvou o arquivo .smo e clique
duas vezes nele para carregá-lo.

5.9.3 Criando um Filme


Além dos tipos de arquivo que só podem ser lidos pelo X-Plane, você
também pode criar filmes de visualização mais geral. A desvantagem
desses filmes do Quicktime (arquivos .mov) é que eles registram
somente o que você vê ao gravá-los, além de exigirem a instalação de
software adicional em alguns sistemas. Você pode ativar a gravação,
pilotar um pouco e desativar a gravação. O arquivo .mov resultante
conterá o que você viu na sua tela enquanto pilotava o avião.
Para gravar esses filmes, você precisa ter o Quicktime 6 ou mais
recente instalado no seu computador. Depois de gravar o filme, você
pode editá-lo com um programa como o iMovie (instalado por padrão
nos novos Macs) ou o Windows Live Movie Maker.
Antes de gravar o seu filme, pode ser necessário configurar as
especificações do filme do Quicktime. Para isso, mova o cursor do
mouse até o topo da tela, clique em ‘Arquivos’ e selecione ‘Especifi-
cações do filme do Quicktime’. Na tela exibida, você pode configurar:
• A taxa de quadros do filme (medida em quadros por segundo)
• A resolução do filme (somente a largura; a altura será calculada
automaticamente a partir da largura) e
• O multiplicador de tempo, indicando quantos quadros devem ser
pulados ao fazer um vídeo com time lapse.

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Ao escolher uma taxa de quadros, saiba que os vídeos produzidos com


15 quadros por segundos terão uma aparência trêmula. Os filmes e a
televisão usam 24 e 30 quadros por segundo, respectivamente. Ao
escolher uma resolução, lembre-se de que uma resolução horizontal
de 720 pixels equivale ao padrão 720p; aumentar a resolução além
daquela usada pelo seu monitor não oferecerá qualquer benefício.
Para começar a gravar um filme, pressione Ctrl + Barra de espaço ou
abra o menu Arquivo e clique em Iniciar/Encerrar filme. Após pilotar o
trecho que deseja gravar, encerre a gravação pressionando Ctrl + Barra
de espaço ou clicando em Iniciar/Encerrar filme no menu Arquivo. Um
arquivo chamado ‘X-Plane [nome da aeronave] [número].mov’
aparecerá no diretório-raiz do X-Plane, localizado por padrão na área
de trabalho.
O seu arquivo do Quicktime pode ser executado em praticamente
qualquer computador. Se o Quicktime não estiver instalado no compu-
tador em que você deseja executar o arquivo, você pode obtê-lo na
página de download do Quicktime, no website da Apple.

5.9.4 Capturando uma Imagem da Tela


O último método de salvar ou compartilhar o seu voo é capturar uma
imagem simples da tela. Para fazer isso, pressione Shift + Barra de
espaço ou mova o cursor do mouse até o topo da tela, clique em
‘Arquivo’ e selecione ‘Capturar imagem da tela’. A imagem capturada
(um arquivo .png) aparecerá no diretório-raiz do X-Plane, localizado
por padrão na área de trabalho.
Esses arquivos .png podem ser abertos e visualizados em qualquer
computador moderno, independente do X-Plane estar ou não
instalado.

95
X-Plane 10

5.10 Visualizando e Refazendo o Seu


Voo
Além de poder salvar replays para assisti-los mais tarde (conforme
descrito na seção ‘Salvando e compartilhando o seu voo‘ acima), você
pode visualizar o seu voo até o local atual, de algumas maneiras
diferentes. Você pode ver a rota de voo nos mapas bidimensionais do
X-Plane ou ativar a rota de voo 3D e visualizar a sua rota no simulador
principal. Se quiser visualizar o voo a partir da última vez em que uma
aeronave ou local foram carregados, você pode usar a função integrada
de replay do X-Plane, que oferece controles de navegação para executar,
retroceder e avançar, conforme esperado. Por fim, se você quiser
visualizar a rota adotada por uma aeronave do mundo real, você pode
formatar as informações do Flight Data Recorder de modo que o
X-Plane possa interpretá-las. O X-Plane tratará os dados no arquivo do
FDR como um replay regular, para que você possa executar, avançar e
retroceder o conteúdo normalmente.

5.10.1 Visualizando a Rota da Aeronave


A rota adotada por uma aeronave até a posição atual sempre pode ser
vista como uma trilha atrás do avião, quando você ativa a rota de voo
3D. Para fazer isso, pressione Ctrl + P no teclado ou mova o cursor do
mouse até o topo da tela, clique em ‘Aeronaves’ e selecione ‘Alternar
rota de voo 3D’. Fazer isso uma vez fará com que o X-Plane exiba uma
linha com faixas violeta atrás da aeronave. Alternar a rota de voo
novamente colocará essa linha em perspectiva, exibindo linhas
intermitentes da rota de voo até o solo. Alterne a rota mais uma vez
para obter uma barra negra semitransparente que se estende da rota
de voo até o solo. Alterne a rota novamente para desativar as linhas
de voo.
Para redefinir a rota de voo 3D, pressione Alt + P no teclado ou abra o
menu Aeronaves e clique em Redefinir rota de voo 3D. A rota de voo
também será redefinida toda vez que você carregar uma aeronave ou
local.

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Um efeito similar pode ser obtido em duas dimensões, a partir de uma


perspectiva superior, abrindo a tela Mapa Local. A rota de voo da
aeronave desde a última redefinição será exibida em todas as visuali-
zações do mapa. Para mais informações sobre como usar os mapas de
navegação, veja a seção “Usando os mapas de navegação do
X-Plane”, no capítulo 7.

5.10.2 Usando o Replay Integrado


Você pode fazer o replay do seu voo, desde o instante em que
carregou uma aeronave ou local até a sua posição atual, ativando o
modo replay. Você pode fazer isso pressionando as teclas Alt + ‘,’ ou
abrindo o menu Aeronaves e clicando em ‘Alternar modo de replay’.
No topo da janela, você verá controles de navegação. Da esquerda
para a direita, as funções são:
• Parar a execução
• Retroceder o replay, exibindo-o mais rápido do que o normal
• Retroceder o replay em tempo real
• Retroceder o replay, exibindo-o mais devagar do que o normal
• Pausar a execução
• Avançar o replay, exibindo-o mais devagar do que o normal
• Avançar o replay em tempo real
• Avançar o replay, exibindo-o mais rápido do que o normal
• Parar a execução
Além disso, você pode arrastar a barra de navegação para ir rapidamente
a qualquer ponto do replay. Para retornar ao voo, pressione Alt + ‘,’ ou
abra o menu Aeronaves e clique em ‘Alternar modo de replay’
novamente.

97
X-Plane 10

5.10.3 Exibindo um Voo a Partir do Flight Data


Recorder (FDR)
O último método de visualização de um voo é carregar as informações
do Flight Data Recorder (FDR). Isso é útil principalmente em investi-
gações e reconstituições de acidentes. Nesse caso, você precisa pegar
os dados da “caixa preta” da aeronave e colocá-los em um formato
que o X-Plane possa ler. Esse é o formato Flight Data Recorder (ou .
fdr). Trata-se de um arquivo de texto simples formatado de uma certa
maneira, o que significa que é possível criar seus arquivos FDR de
modo relativamente fácil a partir dos dados que você possui e recriar o
voo no X-Plane.
A especificação do arquivo FDR pode ser encontrada no X-Plane da
seguinte forma: mova o cursor do mouse até o topo da tela, clique em
‘Arquivo’ e selecione ‘Carregar arquivo do Flight Data Record’. A parte
inferior dessa tela lista os valores precedentes dos dados (versão do
arquivo, aeronave, número de cauda e assim por diante) que são
obrigatórios, assim como cada um dos 100 ou mais valores que cada
instante dos dados de voo podem ter. Isso inclui o registro de tempo
daquele momento, a posição da aeronave (latitude, longitude e
altitude), a velocidade indicada do ar e mais.
Você pode usar a barra de rolagem acima do campo de especificação
do arquivo para examinar todos os valores dos dados e passar o cursor
sobre os valores individuais para obter uma descrição de cada um
deles. Note que mesmo se as suas “imagens” instantâneas da
aeronave não fornecerem um dado parâmetro (como a taxa de
pressão do motor, por exemplo), o seu arquivo de dados precisará usar
um valor fictício para preencher o campo.
Após formatar os dados para o X-Plane como um arquivo FDR, você
pode carregá-lo usando a tela ‘Carregar arquivo do Flight Data
Recorder’. Clique no quadrado prateado chamado “Arquivo do Flight
Data Recorder”, navegue até o seu arquivo e clique duas vezes nele.
Então, ao fechar a tela, surgirão os botões de navegação padrão, com
os quais você pode controlar o replay do voo.

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5.11 Visualizando o Modelo de Voo


Por Trás das Cenas
O X-Plane modela o voo dividindo o avião em vários pedaços bem
pequenos e descobrindo as forças que agem em cada parte. Ao clicar
na opção ‘Exibir modelo de voo’ no menu Especial uma ou duas vezes
(ou pressionando Ctrl + / no teclado) e adotando uma visualização
externa (por exemplo, pressionando Shift + 4 no teclado para usar a
visualização circular), você pode ver todas as forças calculadas em cada
peça da aeronave. Com vento e turbulência ativados na tela Clima,
você pode ver o fluxo pseudoaleatório do vetor de velocidade em
torno da aeronave. Os vetores de velocidade exibidos são os vetores
reais interagindo com a aeronave. Os vetores de força (as linhas verdes
saindo do avião) são as forças agindo sobre o avião. Nada aqui é
cenográfico. Esse é o trabalho real que o X-Plane está fazendo.
As barras verdes que se estendem das superfícies de controle da
aeronave mostram quanta sustentação é gerada em cada parte da
superfície; barras mais longas representam uma força maior. As barras
vermelhas, de modo similar, representam o arrasto. As barras amarelas
representam a sustentação obtida das superfícies de controle vertical.

99
X-Plane 10

Simulação Avançada no
X-Plane
O X-Plane é o simulador de voo mais completo e poderoso que existe.
Por isso, ele oferece uma grande quantidade de recursos adicionais.

6.1 Mantendo o Diário de Bordo


Cada vez que uma aeronave é pilotada no X-Plane, o programa
registra o tempo de voo em um diário de bordo digital. Por padrão, o
X-Plane cria um arquivo de texto chamado ‘X-Plane Pilot.txt‘ no
diretório X-Plane 10/Output/logbooks. Esse arquivo de texto contém as
seguintes informações sobre voos anteriores:
• Datas dos voos
• Prefixo das aeronaves
• Tipos de aeronaves
• Aeroportos de partida e chegada
• Número de pousos
• Duração dos voos
• Tempo gasto em voos de navegação, em condições de IFR e à
noite
• Tempo total de todos os voos
Para ver o seu diário de bordo, abra o menu Sobre e clique em Diário
de bordo. Você pode carregar um diário clicando no botão ‘Escolher o
Diário de Bordo do Piloto’ e navegando até o diário, ou criar um novo
diário usando o botão ‘Novo Diário de Bordo do Piloto’.

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6.2 Trabalhando com o Controle de


Tráfego Aéreo
O sistema de controle de tráfego aéreo (ATC – Air Traffic Control) do
X-Plane 10 é poderoso e realista quando você deseja praticar
protocolos do mundo real, mas completamente discreto quando você
só deseja voar. Embora as aeronaves da IA (aquelas que você ativou
usando a tela Aeronaves e Situações) sempre sigam as orientações do
controle de tráfego aéreo, elas também se adaptarão à sua aeronave,
se você não estiver interagindo com o ATC.
Nota: Você só conseguirá ouvir o controle de tráfego aéreo se a saída
de áudio do ATC estiver ativada. Para confirmar, abra o menu
Configurações e selecione Áudio. Todas as interações com o controle
de tráfego aéreo ocorrem na tela do menu ATC. Para acessar esse
menu, pressione Enter (Return) no teclado. Alternativamente, você
pode usar a tela Joystick e Equipamento a fim de programar o joystick
para acessar esse menu.
Para fazer uma solicitação ou ouvir os controladores de tráfego aéreo,
você precisa estar com o rádio COM 1 sintonizado na frequência
correta. Preencher um plano de voo não depende de qualquer
controlador, portanto, essa opção está sempre disponível. Entretanto,
quando o plano de voo estiver preenchido, você precisa sintonizar as
frequências de Autorização, Solo ou da Torre (se disponíveis e nessa
ordem, assim como no mundo real) para obter a autorização de
decolagem. Após obter a autorização, você sintoniza as frequências do
Solo (se disponível) ou da Torre para obter a autorização para taxiar.
Ao chegar em uma linha ‘hold short’, o controle no solo irá transferi-lo
para a torre e você receberá transmissões durante o resto do voo
quando for necessário; continue sintonizando a frequência correta
para receber as orientações do controle de tráfego aéreo.
Note que a tela do Mapa Local (aberta a partir do menu Local) exibirá
as frequências relevantes quando você passar o cursor do mouse sobre
um aeroporto.
Assim como no mundo real, qualquer interação com o ATC começa

101
X-Plane 10

com o preenchimento de um plano de voo. Assim, na primeira vez em


que você pressionar Enter durante um voo, a única opção disponível
será “Preencher plano de voo”. Clique nessa opção para exibir a tela
do plano de voo (mostrada na figura 6.1). Você precisa inserir os
pontos de partida e chegada, no mesmo formato de ID dos pontos
que aparecem nos mapas do X-Plane, assim como a sua altitude
planejada de cruzeiro. Pressione o botão ‘Enviar’ para registrar o seu
plano de voo no controle de tráfego aéreo do X-Plane.

Figura 6.1: A tela do plano de voo


Com o seu plano de voo registrado, você pode abrir o menu ATC
novamente pressionando Enter e clicando em “Solicitar autorização”.
Eis um guia passo a passo para deixar a área do aeroporto KSEA:
1. Use a opção Abrir Aeronave para carregar uma aeronave
pequena, como o Cessna 172, pois este será um voo rápido.
Use a tela Selecionar Aeroporto Global para se posicionar em
um portão do aeroporto KSEA.
2. Pressione Enter no teclado para abrir o menu do ATC e
selecione “Preencher plano de voo”.
3. Coloque KSEA como o ICAO de partida, defina a altitude como
3.000 pés e coloque KBFI como destino. Deixaremos a rota em
branco porque queremos um voo direto, mas você também
pode inserir qualquer NDB/VOR/FIX/Aerovia para obter rotas
reais. Quando tiver terminado, clique em Enviar.
4. Agora, você tem um plano de voo registrado no sistema. Se
mudar de ideia, você pode retornar à tela do plano de voo e
atualizá-lo.

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5. Você precisa de uma autorização IFR antes de continuar.


Portanto, sintonize o rádio COM1 em 128.00, a frequência de
autorização em KSEA. Agora, abra o menu ATC e você verá
uma opção para “Solicitar Autorização”. Clique nela e você
receberá a autorização.
6. Abra o menu CTA e leia (confirme) a sua autorização. Você
precisa ler (confirmar) todas as instruções do ATC. Note que se
você ouvir um bipe ao clicar em qualquer um dos itens do
menu ATC, isso significa que outra aeronave ou controlador
estão ocupados falando pelo rádio. Assim como no mundo
real, você precisa esperar que eles terminem antes de poder
falar. Você também precisa responder em um intervalo razoável
ou eles repetirão as instruções.
7. Quando você tiver recebido e confirmado a sua autorização,
sintonize o rádio COM1 em 121.70, a frequência do controle
de solo em KSEA. Você precisa falar com o controle de solo
para receber autorização para taxiar. Confirme a autorização e
olhe em volta. Você verá setas amarelas no chão, orientando-o
para onde ele quer que você vá. No local onde as setas param,
você também deve parar e aguardar novas instruções.
8. Taxiando a aeronave, siga as setas. Ao chegar ao lado da pista,
o controle de solo irá instruir você a fazer contato com a torre.
Confirme o comando e sintonize a frequência da torre, 119.90.
9. Abra o menu do CTA e contate no novo controlador. É assim
que você diz ao controlador que você está na frequência dele,
aguardando um comando. Se houver aeronaves usando a
pista, você precisa aguardar até que elas terminem. Isso pode
demorar um pouco! Nesse momento, a torre irá chamá-lo e
instruí-lo a cruzar a pista 16L/34R e taxiar para 16C/34C.
Responda e comece a taxiar.
10. Após chegar à sua pista de partida, você precisa esperar
novamente até que a pista esteja segura para uso. A torre irá
chamá-lo e fornecerá a sua autorização de decolagem.
Responda e parta. A menos que instruído de outra forma,
decole e suba até a altitude autorizada de 3.000 pés.
11. Em algum momento, você será transferido para o controlador

103
X-Plane 10

central em 124.20. Contate-o da mesma forma mencionada


anteriormente. Continue na sua direção e altitude.
Eventualmente, ele irá começar a vetorar o seu voo para a
aproximação no destino, KBFI. Siga os comandos do
controlador.
12. Quando a aproximação estiver pronta, você será transferido
para a torre do KBFI para o pouso. O processo continua até
que você esteja novamente no portão.

6.3 Mudando o Modo e o Local de


Início da Aeronave
Por padrão, o X-Plane inicia a sua aeronave na pista e com os motores
ligados, pronta para decolar. Se você prefere ligar os motores
pessoalmente ou taxiar a partir de uma rampa até a aeronave, você
pode fazer isso abrindo o menu Configurações e clicando em
Operações e Avisos. Então, no painel chamado “Partida”, você pode
desmarcar o item ‘Iniciar cada voo com os motores ligados’ ou marcar
a opção ‘Iniciar cada voo na rampa’.
Note que nem todos os modelos de aeronaves possuem starters
(ignição dos motores) no painel de instrumentos. Se a sua não tiver,
você pode adicionar um no Construtor de Aviões ou voltar até a tela
Operações e Avisos para marcar a opção de início com motores ligados
novamente.

6.4 Usando uma Lista de Verificação


O X-Plane tem a capacidade de exibir uma lista de verificação simples no
simulador. Essa lista de verificação deve ficar armazenada em algum lugar
no diretório do X-Plane como um arquivo de texto simples (.txt).
Para carregar uma lista de verificação, abra o menu Especial e clique em
‘Abrir lista de verificação para uso’. Após localizar o seu arquivo .txt, você
verá a lista de verificação exibida linha por linha na parte superior central

104
Boxware Distribuidora de Software Ltda. É proibido comercializar, reproduzir, imprimir e divulgar para terceiros.
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da tela. Você pode usar os botões de avanço e retorno para ir até as linhas
seguintes e anteriores, respectivamente. Ao terminar, você pode voltar ao
menu Especial e clicar em ‘Alternar lista de verificação para uso’ a fim de
ocultar o arquivo.
Se você prefere ver todo o arquivo de texto de uma vez só (ao invés de
uma linha por vez, na visualização da lista de verificação), selecione ‘Abrir
arquivo de texto para visualização’ no menu Especial e use a opção
‘Alternar arquivo de texto para visualização’ a fim de exibí-lo ou ocultá-lo.

6.5 Alterando o Modo Como os


Danos Afetam a Aeronave
Por padrão, o X-Plane não remove partes da aeronave quando os
limites são excedidos. Porém, abrindo a tela Operações e Avisos no
menu Configurações, você pode ativar as seguintes opções (no canto
esquerdo inferior da tela):
• ‘Remover superfícies de voo em excesso de velocidade’, que
fará com que o X-Plane remova asas e outras superfícies de voo
quando você exceder a velocidade máxima da aeronave em
uma certa porcentagem.
• ‘Remover superfícies de voo em excesso de força-G’, que fará
com que o X-Plane remova asas e outras superfícies de voo
quando as forças-G agindo sobre a aeronave excedam os
valores máximos em uma certa porcentagem.
• ‘Remover flaps em excesso de Vfe’, que fará com que o X-Plane
remova os flaps se eles forem abertos em velocidades maiores do
que Vfe (a velocidade máxima de extensão dos flaps, marcada com
um arco branco no indicador de velocidade do ar).
• ‘Remover portas do trem de pouso em excesso de Vle’, o que
faz com que o X-Plane remova as portas do trem de pouso, se
estiverem abertas em velocidades maiores do que Vle (a
velocidade máxima de extensão do trem de pouso).
Além disso, com a opção ‘reiniciar em caso de queda’, o X-Plane irá
105
X-Plane 10

recarregar automaticamente a sua aeronave no aeroporto mais


próximo, no evento de um acidente fatal.
Ao tornar esses recursos de modelagem de danos opcionais, o X-Plane
permite voos fáceis (e provavelmente não muito realistas) e também
simulações muito mais precisas e desafiadoras.

6.6 Configurando o Peso, Equilíbrio e


Combustível
Para modificar o peso, equilíbro e combustível de uma aeronave, mova
o cursor do mouse até o topo da tela, clique em ‘Aeronaves’ e
selecione ‘Peso e Combustível’.
A tela exibida terá a guia Combustível/Carga útil selecionada. Aqui,
você pode usar os controles deslizantes para definir o centro de
gravidade da aeronave, o peso da carga útil e a quantidade de
combustível nos tanques.
Uma aeronave geralmente não tem problemas para se manter no ar
em grandes altitudes, mas a decolagem pode ser difícil. Além disso,
mover o centro de gravidade para a frente (esquerda na barra
deslizante) fará com que o avião se comporte mais como um dardo.
Mover o centro de gravidade para trás (direita na barra deslizante)
tornará a aeronave instável e, possivelmente, impossível de pilotar.
Pilotar um avião com o centro de gravidade muito na parte traseira é
como disparar uma flecha ao contrário - ele tende a virar o lado mais
pesado para a frente e as aletas (asas) para trás.
Como o X-Plane calcula em tempo real o modo como o avião está
consumindo combustível, os motores precisam do combustível para
funcionar e a distribuição de peso do combustível é considerada pela
simulação, a quantidade de combustível a bordo importa muito.

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6.7 Simulando Falhas em


Equipamentos
O X-Plane pode simular incontáveis falhas nos sistemas da aeronave.
A tela Falhas de Equipamento, no menu Aeronaves, permite que você
descubra o que acontece quando peças importantes do equipamento
não fazem o que deveriam fazer durante o voo.
A guia Mundo/MTBF na tela Falhas de Equipamento controlam fatores não
relacionados à aeronave, como colisões com aves e falhas nos
equipamentos dos aeroportos. Com a guia Mundo/MTBF selecionada, a
configuração de tempo médio entre falhas fica visível na base da tela.
Quando a opção ‘usar falhas aleatórias com tempo médio entre falhas’
estiver marcada, o simulador usará o valor da direita para determinar a
frequência média de falhas em cada peça do equipamento. Por exemplo,
se o MTBF (tempo médio entre falhas) estiver configurado para 1000
horas, o X-Plane decidirá que cada peça de hardware no avião tem uma
chance em mil de quebrar a cada hora. Como o avião tem algumas
centenas de peças de hardware, isso significa que pode ocorrer uma falha
a cada período entre 5 e 20 horas, mais ou menos.
As outras guias nessa janela permitem que o usuário defina a frequência
dessas falhas, ou comande falhas específicas para centenas de sistemas da
aeronave.
As categorias gerais de falhas são:
• Equipamento
• Motores
• Superfícies de Voo
• G1000 (se você tiver um G1000 real conectado ao X-Plane)
• Todos os Instrumentos e
• NAVAIDs

107
X-Plane 10

6.8 Habilitando um Rastro de


Fumaça
Você pode habilitar um rastro de fumaça atrás do seu avião, como os
que são usados em aeroplanos acrobáticos nos espetáculos aéreos,
abrindo o menu Aeronave e clicando em ‘Alternar lançamento de
fumaça’. Por padrão, esse controle é atribuído à tecla ‘X’.

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Navegação, Piloto
Automático e Voo por
Instrumentos
Frequentemente, os usuários procuram o atendimento ao cliente para
perguntar sobre coisas mais avançadas que os pilotos fazem no mundo real
- como navegar, usar um piloto automático ou voar por instrumentos. Este
capítulo irá cobrir essas áreas com uma quantidade adequada de detalhes.
Porém, se você realmente tiver interesse em dominar essas facetas da
aviação, recomendamos que você procure um aeroclube próximo da sua
residência e contrate por uma hora ou duas um instrutor de voo
certificado.. Se você tiver um laptop, leve-o com você e faça com que o
instrutor explique todas essas coisas na prática. Há muito mais
possibilidades do que este manual poderia conter, portanto, uma pesquisa
rápida por informações na Internet também pode ser útil.

7.1 Navegando
Navegar pela superfície da Terra requer que você saiba onde a sua
aeronave está e como chegar no local para onde você pretende ir. Mas
isso não é tão simples quanto parece. Imagine que você está voando
em condições IMC (Condições Meteorológicas de Instrumentos). Você
não tem referência do solo e está voando sobre St. Louis, no meio de
uma camada encoberta. Como você pode adivinhar, isso parece
exatamente igual à visão que você teria voando por instrumentos
sobre Moscou ou qualquer outro lugar. O único modo de saber que
você está sobre St. Louis e não sobre Moscou é ser capaz de navegar.
A navegação é a arte de saber onde a sua aeronave está e como fazer
com que ela vá para onde você quer.

109
X-Plane 10

7.1.1 História da Navegação Aérea


Durante os primeiros 30 anos da aviação, o máximo que os pilotos
podiam fazer era voar por aí usando uma técnica chamada de navegação
estimada, que consiste basicamente em confirmar sua posição no mapa
durante o voo, checando o cruzamento de algum ponto ou marco
conhecido, como uma estrada, ferrovia, cidade ou lago. Então, os pilotos
comparavam periodicamente o seu progresso real sobre o solo com o
progresso planejado no mapa para checar como as coisas estavam indo.
O mais difícil é sempre saber onde você está e o que procurar a seguir.
O método de navegação estimada não é difícil de aprender. Logo após
a faculdade, Austin Meyer (o criador do X-Plane) e Randy Witt
pilotaram um Cessna 172 de Kansas City até Chicago, depois que o
segundo rádio de navegação pifou no meio do voo. Obviamente, essa
não é uma situação típica no mundo da aviação, mas é um lembrete
de que um piloto precisa sempre pensar adiante e se preparar para
qualquer situação. A aeronave em questão era um avião de aluguel já
bem usado. O rádio NAV1 já não funcionava quando a aeronave foi
alugada. Quando o NAV2 parou de funcionar, não havia qualquer
rádio de navegação que pudesse ser operado e os dois pilotos tiveram
que usar o método de navegação estimada durante as últimas 300
milhas da viagem - a maior parte do percurso. Eles nunca teriam feito
isso se o clima estivesse ruim ou se eles estivessem voando por
instrumentos - considerando a falha no primeiro rádio, eles se
recusariam a decolar nessas condições. Mas como o tempo estava
bom, eles decolaram com apenas um rádio de navegação e logo
estavam voando sem nenhum. O X-Plane permite que você pratique
situações assim sempre que desejar.
Durante o auge da navegação estimada, os pilotos do correio dos EUA
pilotando em rotas noturnas voavam de uma fogueira até outra ao
longo da rota, usando a luz para guiar seu progresso. Imagine como
devia ser. Pilotar um biplano de cabine aberta (talvez um Curtis Jenny),
em plena década de 1920, tentanto manter seus óculos limpos (os
motores da época costumavam lançar muito óleo) e ficar fora das
nuvens nas noites frias de inverno, voando ao longo de uma linha de
fogueiras até o seu próximo destino. Lembre-se de que essas
aeronaves não tinham cabine fechada e por isso o piloto tinha o vento
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soprando por todos os lados o tempo todo. Uau! Espero que você
esteja usando roupas quentes e seja bom em dobrar mapas a 80
milhas por hora, com um vento abaixo de zero.
No meio dos anos 1930 foi inventado um sistema para que os pilotos
pudessem pilotar usando navegação acústica. O piloto sintonizava um
novo sistema de rádio para orientá-lo. Se ele estivesse à esquerda da rota,
ouviria uma série de traços (tons longos de rádio, como no código Morse).
Se estivesse à direita, ouviria uma série de pontos (tons curtos). Se ele
estivesse no curso correto, não ouviria nada, pois os sinais contendo os
traços e pontos cancelavam um ao outro. Quanto mais perto o piloto
estivesse do transmissor, menor era o “Cone de Silêncio”, como era
conhecido, e mais definidos eram os limites entre os traços, pontos e o
silêncio. Conforme a distância da aeronave até a estação aumentava, o
alvo central (onde nenhum sinal era ouvido) era muito mais amplo e
fraco. Imagine ficar em uma cabine fria e escura, tentando escutar algo
além do barulho do motor e do vento, para descobrir em que lado do
cone você está. Os pilotos de linhas aéreas usaram esse sistema durante
anos para transportar passageiros pelo mundo todo. Esse tipo de
navegação não é modelada no X-Plane.

7.1.2 Modos Modernos de Navegação


Agora chegamos à área da navegação ‘moderna’, baseada em
transmissores terrestres. Você vai precisar de um bom conjunto de
cartas se quiser pilotar no X-Plane usando qualquer um desses
métodos, mas o software contém um conjunto completo de cartas
atualizadas (em sua maioria). Para vê-las, abra o menu Local, clique em
Mapa Local e selecione um dos cinco tipos de mapas disponiveis nas
guias, no topo da tela. Eles são:
• Alta Velocidade (High-Speed)- usadas como cartas de grande
altitude para pilotos de jatos e turbo-hélices.
• Rota de Baixa Altitude (Low Enroute) - usadas como cartas de
navegação IFR de baixa altitude por pilotos de aeronaves com
motor de combustão interna (hélices). Um dos aspectos mais
importantes dessa carta é a adição das Aerovias Vetorizadas,
que são estradas virtuais nos céus, conectando diferentes
111
X-Plane 10

transmissores VOR. Essas aerovias vetorizadas recebem nomes


(por exemplo, V503) e são usadas por controles de tráfego
aéreo para atribuir autorizações.
• Rotas de Grande Altitude (High Enroute) - bastante similares às
rotas de baixa altitude, mas mostram somente as informações
relevantes para pilotos voando acima de 18.000 pés e usando
aerovias vetorizadas muito mais longas, baseadas em VORs
maiores e com mais alcance.
• Seccional (Sectional) - a carta padrão, bem conhecida dos
pilotos por VFR. Este mapa possui dados de elevação do solo
superimpostos com um plano de fundo sombreado e
informações sobre aeroportos na região.
• Com Textura - um belo mapa, que não é usado nos círculos de
pilotos. Ele sobrepõe as imagens do terreno do X-Plane às
cartas de navegação dando ao usuário uma visão superior da
área que ele está sobrevoando.
Note que os mapas do X-Plane são abordados com mais detalhes na
seção “Usando os mapas de navegação do X-Plane“, neste mesmo
capítulo.
7.1.2.1 Navegação por NDB
Os sinalizadores não direcionais (non-directional beacons, NDB) foram
inventados no final dos anos 1940 e são formados por um transmissor
terrestre que emite um sinal de orientação. Um receptor na aeronave
(ADF) sintoniza a frequência de um NDB específico. Um instrumento
no painel, chamado ADF, também conhecido como localizador
automático de direção (Automatic Direction Finder ou apenas ADF),
aponta para a estação NDB sintonizada no painel de rádios. Esse
sistema foi um grande avanço tecnológico em relação ao sistema
acústico e era bem fácil de usar, desde que o vento estivesse
perfeitamente calmo ou soprando em uma direção exatamente
paralela ao curso do voo. Obviamente, isso quase nunca acontecia e a
aeronave quase sempre era desviada da rota pelo vento. Como
resultado, os pilotos tinham que observar o padrão de movimento da
agulha em um período de tempo relativamente longo (de cinco a oito
minutos) para ver se o ângulo até a estação permanecia constante ou
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estava mudando. Se ele estivesse mudando, isso indicava que a


aeronave estava sendo desviada do curso pelo vento e o piloto
precisava virar na direção oposta, na metade da medida do desvio.
Após manter essa direção por cinco minutos, o piloto observava
novamente a tendência relativa do ponteiro e fazia outras correções.
O truque era voar o mais reto possível de uma estação para outra.
Embora eles tenham sido praticamente abandonados nos EUA, os NDB
ainda são usados em muitos países no mundo todo. Por esse motivo,
eles foram modelados no X-Plane. No Brasil os NDB´s estão sendo
gradativamente extintos.
Há um ADF no painel de instrumentos do Cessna 172S que vem com
o X-Plane. Ele fica logo acima dos controles da mistura e do
compensador, abaixo dos dois VOR.
7.1.2.2 Navegação por VOR
A navegação VOR (Very High Frequency Omni-Range) foi introduzida
em meados da década de 1950 e foi um grande aprimoramento na
precisão da navegação. Ao invés do NDB que emite sinais nãos
direcionais o VOR emite sinais direcionais, tornando-o muito mais
preciso, permite que o piloto voe num rumo pré-determinado (uma
radial). O VOR envia uma série de 360 tons de portadora diferentes, em
uma frequência principal. Cada uma dessas portadoras é orientada ao
longo de uma radial diferente a partir da estação, uma entre 360..
Assim, quando você estiver voando ao longo do tom na frequência
principal do VOR, pode fazer ajustes finos no indicador de navegação
para que ele mostre em qual dos 360 radiais você está voando, e se a
estação transmissora está na sua frente ou atrás de você.
Impressionante! Isso finalmente deu aos pilotos um modo de dizer
exatamente onde eles estão em relação a um ponto fixo na superfície, e
esse sistema também faz ajustes “automaticamente” por causa do
vento, pois mostra rapidamente qualquer erro na rota que o avião está
seguindo. Esse erro só pode ser devido a dois fatores - ou o piloto não
está voando ao longo da radial ou o vento empurrou o avião para fora
do curso. Os VORs são modelados no X-Plane.
As estações VOR aparecem nos mapas do X-Plane como círculos
relativamente grandes, com graduações na borda, mais ou menos como

113
X-Plane 10

o mostrador de um relógio. Eles são marcados com etiquetas que


mostram seus nomes e identificadores à esquerda e a frequência do
VOR à direita. O VOR-DME é um tipo específico de VOR que combina a
orientação lateral (à esquerda e à direita) do VOR com a orientação de
um equipamento de medida de distância (distance measuring
equipment - DME). Outro tipo de sinalizador VOR, o VORTAC, também
é encontrado nos mapas do X-Plane. Ele é um tipo de transmissor que
combina recursos do VOR e do TACAN. O sistema de navegação tática
aérea TACAN (Tactical Air Navigation) oferece informações especiais aos
pilotos militares, de modo similar ao VOR de uso civil. Entretanto, para
os nossos propósitos, ele é funcionalmente idêntico ao VOR-DME.
Para usar um VOR, procure em um mapa seccional ou de rota de baixa
altitude para encontrar uma estação VOR razoavelmente próxima da
aeronave. Sintonize a frequência dessa estação no seu rádio VOR (no
Cessna 172SP, o rádio NAV 1 fica no canto direito da cabine, abaixo
do GPS). Os pequenos indicadores vermelhos ‘nav1’ ou ‘nav2’ no seu
indicador de desvio de curso (Course Deviation Indicator - CDI) devem
desaparecer. Lembre-se de que você pode ter que ativar o interruptor
para trazer a frequência que você acabou de sintonizar para a janela
ativa. Agora, gire o botão do OBS (Omni Bearing Selector) de modo
que o indicador vertical branco fique perfeitamente centralizado no
pequeno círculo branco no meio do instrumento. Nesse ponto, a linha
vertical branca deve estar realmente vertical e a sua aeronave estará ou
na radial da estação indicada pela seta no topo ou na base do
instrumento, com a indicação TO (destino) ou FROM (origem). Agora,
mantenha essa direção e você estará voando diretamente na direção
da estação ou se afastando dela, conforme mostrado pela seta branca
para cima ou para baixo (destino ou origem, respectivamente) que
estará no lado direito do CDI, acima ou abaixo do indicador horizontal
da glideslope.
Note que a linha vertical de referência indica o quanto você está
afastado do radial desejado. À direita e à esquerda do alvo central (o
pequeno círculo branco), o instrumento mostra cinco pontos ou linhas
curtas de cada lado. Cada um desses pontos indica que você está dois
graus fora do curso. Portanto, uma deflexão total da escala à esquerda
na referência vertical indica que a aeronave está dez graus à direita da

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radial desejada.Isso é um pouco confuso mesmo. Basta lembrar que,


enquanto você estiver voando na direção do VOR, a linha no CDI
indica o local do curso desejado. Se a linha de referência estiver à sua
esquerda, isso significa que o radial desejado está à sua esquerda.
Com apenas um VOR, você não sabe realmente onde está ao longo de
uma determinada radial; sabe apenas que está na frente ou atrás de
uma estação e em qual radial você está. Você não tem como saber se
está a 15 ou 45 milhas da estação. A solução é usar dois rádios VOR,
de modo que você possa plotar a sua localização a partir de dois VORs
diferentes. Se você puder determinar que está na 67ª radial a partir do
OJC VOR e na 117ª radial do MKC VOR, então pode encontrar a sua
posição em uma carta seccional. Não se esqueça de que você precisa
agir rápido, pois a sua posição está mudando constantemente.
7.1.2.3 Navegação por ILS
Um sistema de pouso por instrumentos (instrument landing system -
ILS) é diferente de um VOR porque fornece tanto a orientação lateral
(esquerda e direita, como o VOR) como a orientação vertical (para
cima e para baixo). Portanto, um ILS é composto por dois transmis-
sores - um localizador e um glideslope, um para cada componente da
navegação. Ambos os componentes do ILS são sintonizados juntos.
Sintonizar um ILS é igual a sintonizar um VOR.
Um transmissor de localização (LOC) oferece orientação lateral para a
linha central da pista. Ele funciona enviando dois sinais no mesmo canal,
um deles modulado a 90 Hz e o outro a 150 Hz. Um dos sinais é enviado
ligeiramente à esquerda da pista; o outro, à direita. Se a aeronave estiver
recebendo mais o tom modulado em 150 Hz, ela tem um desvio para a
esquerda. Se a aeronave estiver recebendo mais o tom modulado em 90
Hz, ela tem um desvio para a direita. O indicador de desvio de curso
(course deviation indicator, CDI) no painel de instrumentos indica isso de
forma que o piloto possa corrigir o problema. Quando ambos os tons
forem recebidos em quantidades iguais, a aeronave estará alinhada com a
linha central da pista. Esses transmissores LOC não precisam necessaria-
mente estar combinados a uma glideslope (o que os tornaria um ILS).
Um ILS combina a função de localizador, que oferece a orientação
lateral, com a de um transmissor de glideslope, que oferece a

115
X-Plane 10

orientação vertical até a pista. O sinalizador de glideslope funciona de


modo similar ao localizador, enviando dois tons com a mesma
frequência, mas diferentes modulações. A diferença é que a glideslope
informa a rampa ideal de planeio durante a aproximação final até o
pouso. O piloto usa essa informação ajustar a razão de descida da
aeronave, conforme necessário. O ILS permite que o piloto voe por
instrumentos, mas somente até um ponto localizado a meia milha do
final da pista e a 200 pés de altura sobre o solo (dependendo da
categoria do ILS), ponto este chamado de DA (decision altitude, ou,
altitude de decisão). Se a pista não for avistada na DA o piloto deve
iniciar imediatamente o procedimento de aproximação perdida
exatamente como descrito na carta de aproximação.
7.1.2.4 Navegação por GPS
O sistema de posicionamento global (global positioning system, GPS) foi
criado pelo exército dos EUA e apresentado ao público no início da
década de 1990. Esse sistema é formado por uma série de satélites na
órbita Terrestre, que mandam continuamente sinais contendo sua
posição orbital e a hora em que o sinal foi enviado. Um receptor GPS
pode sintonizar o sinal, registrando o tempo que ele gastou para
percorrer a distância do satélite até a posição do receptor. Isso é feito
com vários satélites ao mesmo tempo. Como a velocidade de
propagação do sinal é conhecida, é simples calcular a que distância o
receptor está em relação a cada satélite. Em seguida, o método de
quadrangulação é usado para determinar exatamente onde o receptor
está, em relação à superfície da Terra. Em uma aeronave, essa
informação é verificada no banco de dados de borto para determinar a
distância até o próximo aeroporto, assistente de navegação (NAVAID),
ponto de rota ou outro marco qualquer. O conceito é simples, mas a
matemática, não. Os sistemas GPS viraram o mundo da aviação de
cabeça para baixo, permitindo que os pilotos de hoje naveguem com
níveis de precisão inimagináveis há 20 anos.
Há vários tipos de rádios GPS disponíveis. Cerca de 11 deles foram
modelados no X-Plane. Embora o funcionamento interno dos rádios
GPS seja complexo, os princípios básicos são bastante consistentes. Se
você quiser navegar de um local para outro, inicie o X-Plane, abra a
aeronave desejada e pressione a tecla “Direct To” no rádio GPS (às vezes

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ela é mostrada como uma letra ‘D’, com uma seta atravessando-a da
esquerda para a direita) e insira a ID do aeroporto para onde gostaria de
ir. No Garmin 430, a entrada de dados é feita usando o botão de
controle no canto direito inferior da unidade. Use o controle externo
para selecionar o caractere do identificador a ser modificado e depois
use o seletor interno para navegar entre os caracteres (leia a seção
“Nota sobre a sintonia do rádio” para obter mais informações sobre
como usar os controles).
Os bancos de dados desses rádios não são limitados somente aos
identificadores dos aeroportos. Você pode informar as IDs de qualquer
estação VOR ou NDB que desejar, ou o nome de qualquer ponto de rota
ou posição fixa.

7.2 Usando os mapas de navegação


do X-Plane
O X-Plane oferece alguns tipos diversos de mapas de navegação e
cada um deles é útil para uma situação diferente. Esses mapas de
navegação são encontrados na tela Mapa Local, que pode ser
acessada pelo menu Local. Essa janela é dividida em cinco guias, que
correspondem aos cinco diferentes mapas disponíveis. Alta Velocidade,
Rota de Baixa Altitude, Rota de Grande Altitude, Seccional e Com
Textura. Há uma descrição dos elementos desses mapas (os
sinalizadores ILS, VOR, e NDB) disponível na seção “Modos modernos
de navegação”, já vista anteriormente.
O mapa de Alta Velocidade fornece a velocidade máxima. Ele é útil
para mover o mapa ou alterar NAVAIDS rapidamente ou para usar o
mapa em um monitor e pilotar com a cabine exibida no outro, se a
opção “Exibir cabine no segundo monitor” estiver marcada na tela
Opções de Renderização. Nesse caso, é recomendável usar o mapa
mais rápido para que a simulação não fique muito lenta.
O mapa de Rota de Baixa Altitude mostra a área geral da aeronave,
com os aeroportos, frequências de aeroportos e sinalizadores,
indicadores ILS e aerovias de baixo nível. O mapa de Rota de Grande

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X-Plane 10

Altitude é bastante similar ao de Baixa Altitude, mas exibe as aerovias


de níveis médio e alto, ao invés das de nível baixo.
O mapa Seccional é projetado como uma carta VFR seccional. Ele
mostra aeroportos, frequências de aeroportos e sinalizadores,
indicadores ILS, estradas, rios e ferrovias. Ele também usa
sombreamento de terreno para identificar tipos de solo e elevações.
O mapa Com Textura mostra aeroportos, estradas, rios e ferrovias.
Além disso, o sombreamento do terreno usado nesse mapa oferece
uma visão geral do panorama, como ele seria visto da cabine da
aeronave no X-Plane. Essa visualização usa os cenários instalados no
X-Plane como base.
Para mover o mapa, você pode clicar nele e arrastá-lo (de modo similar
aos arquivos .PDF) ou usar as setas do teclado. Você também pode
aumentar ou diminuir o zoom usando as teclas ‘-’ e ‘=’.
Additionally, you can use the viewing control buttons located in the
Além disso, você pode usar os botões de controle da visualização, no
canto direito inferior do mapa, para alterar a visualização. Abaixo
dessas opções, há um botão redondo que move o mapa para cima,
para baixo, para a esquerda ou direita, dependendo de qual borda do
botão é clicada. Os botões abaixo dele possuem dois pequenos
triângulos cada um. À esquerda fica o botão para afastar o zoom;
perto dele, com dois triângulos maiores, fica o botão para aproximar o
zoom.
Finalmente, abaixo dos botões do zoom, fica o botão ‘centralizar no
avião’, que centraliza o mapa na sua aeronave ao ser clicado.

7.2.1 Recursos Adicionais dos Mapas


Você pode controlar quais recursos do mapa serão exibidos usando a
lista de opções no lado direito da tela. Elas ativam ou desativam coisas
como nuvens, NAVAIDs, aeronaves e aeroportos. No topo da tela
Mapa Local há uma linha de opções que são usadas para colocar o
mapa em “modos”’ diferentes.
A opção Estação de Instrutor (IOS) coloca o mapa no modo da estação

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de instrutor, fazendo com que essa cópia do X-Plane seja executada


como um console de instrutor. Quando essa opção é marcada, o lado
esquerdo da tela do mapa mostrará vários botões para controlar o
voo. O instrutor pode inserir uma ID de aeroporto no espaço que fica
no canto esquerdo superior. Com a ID inserida, a aeronave pode ser
colocada no aeroporto ou na aproximação até ele.
O console do instrutor pode ser usado com dois monitores na mesma
placa de vídeo ou em uma configuração do X-Plane com múltiplos
computadores. Esse é um ótimo recurso para treinamento de voo
porque o instrutor pode causar falhas em sistemas, configurar a data e
a hora, mudar o local da aeronave e muito mais, oferecendo
aproveitamento máximo para o aluno. Os botões no lado esquerdo
dessa janela permitem que o instrutor faça todas essas coisas a partir
de um único local, enquanto acompanha o piloto do X-Plane usando a
visualização do mapa.
A opção ‘Editar’ abre vários botões no lado esquerdo da tela, que
servem para editar os NAVAIDS no mapa. Clique em um NAVAID para
modificá-lo ou adicionar um novo. Para obter uma descrição detalhada
do formado usado nos NAVAIDs do Mapa Local, consulte o website de
Aeroportos e Dados de Navegação do X-Plane.
Marque o item ‘rampa’ para exibir um perfil vertical do voo na base da
tela do mapa.
O item ‘inst’ faz com que alguns instrumentos de voo importantes
apareçam na tela do mapa para que você veja o que o avião está
fazendo. Porém, por padrão, a simulação é pausada ao abrir a tela do
mapa. Por isso, a fim de usar o mapa (e esses indicadores) em tempo
real, é necessário fazer o seguinte:
1. A opção ‘Desenhar IOS no segundo monitor’ deve estar ativada
na tela Opções de Renderização, configurando um dos
monitores disponíveis para o voo e o outro como uma estação
de instrutor.
2. Uma IOS em rede deve ser configurada usando a guia na tela
Conexões de Rede.
Mais instruções sobre a configuração do simulador com múltiplos

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X-Plane 10

monitores podem ser encontradas na seção “Usando uma Estação de


Instrutor (IOS) para Treino de Voo”, no Capítulo 8.
Marcar a opção 3D irá colocar o mapa no modo 3D. Quando estiver
no modo 3D, as setas do teclado podem ser usadas para girar a
visualização e as teclas ‘+’ e ‘-’ aproximam e afastam a câmera.
Por fim, a opção ‘Desativar ILSs para vento de cauda’ pode ser usada
para ignorar os ILSs que não estejam apontando para a direção que
você precisa. Isso é útil se você estiver pilotando em um aeroporto com
ILSs em direções opostas (back course) e na mesma frequência, como
é o caso em KLAX.

7.3 Usando o Piloto Automático


Uma das perguntas mais frequentes dos usuários do X-Plane é
também uma das mais populares entre os pilotos do mundo real:
Como usar o piloto automático? Muitos pilotos nunca investiram o
tempo necessário para aprender isso.
O piloto automático funciona implementando várias funções
diferentes. Elas incluem, entre outras coisas, a capacidade de manter
automaticamente uma certa altitude, inclinação, direção ou
velocidade, ou voar para uma altitude determinada.
As funções de piloto automático listadas a seguir estão disponíveis no
X-Plane. Um botão para ativar cada uma delas pode ser selecionado
para o painel da aeronave, usando o Editor de Painéis do programa
Construtor de Aviões. No Editor de Painéis, esses botões ficam
localizados na pasta de instrumentos “autopilot”. Cada um deles é um
modo em que a aeronave pode ser colocada, bastando clicar no botão
correspondente no painel. O uso dessas funções do piloto automático
serão discutidos nas seções a seguir.
O botão WLV (wing leveler) é o nivelador das asas. Ele simplesmente
mantém as asas niveladas enquanto o piloto se concentra no que deve
ser feito a seguir.
O botão HDG (heading) tem a função de manter a proa. Ele irá seguir

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o indicador de direção do HSI ou o giroscópio direcional.


TO botão LOC (localizer) controla a função de voo por localizador. Ele
pode usar uma radial de um VOR, seguir o localizador do ILS ou ir até um
destino configurado no GPS. Note que o GPS pode ser programado pelo
FMS (discutido na seção “Voando com um plano FMS”).
O botão HOLD tem a função de manter a altitude. Ele manterá a
altitude atual ou uma altitude pré-selecionada, ajustando a razão de
subida/descida para manter ou atingir a altitude selecionada.
TO botão V/S (vertical speed) controla a velocidade vertical (razão de
subida ou descida). Ele irá manter uma velocidade vertical constante,
levantando ou abaixando o nariz da aeronave.
O botão SPD (speed) controla a velocidade do ar. Ele manterá a
velocidade indicada da aeronave pré-selecionada, movendo o nariz do
avião para cima ou para baixo, sem afetar o acelerador.
O botão FLCH (flight-level change) controla a função de mudança do
nível de voo. Ele manterá a velocidade do ar pré-selecionada, movendo
o nariz do avião para cima ou para baixo, aumentando ou reduzindo a
potência automaticamente. Esse modo geralmente é usado para mudar
a altitude em aviões comerciais de linhas aéreas, já que permite que o
piloto automático em conjunto com o sistema de autothrottle aumente
ou diminua a potência enquanto o avião move o nariz para manter a
velocidade indicada. Os botões SPD e FLCH possuem funções quase
idênticas no X-Plane.
O botão PTCH (pitch sync) controla a função de sincronização de
arfagem. Use-o para manter o nariz do avião em uma atitude constante.
Normalmente, isso é usado para manter o nariz do avião em uma
posição determinada, enquanto o piloto decide o que fazer a seguir.
O botão G/S (glide slope) controla a função de voo por glideslope. Ele
irá controlar a aeronave na parte da glideslope em um ILS.
O botão VNAV (vertical navigation) controla a função de navegação
vertical. Ele irá carregar automaticamente as altitudes do Sistema de
Gerenciamento de Voo (Flight Management System, FMS) no piloto
automático para seguir as altitudes da rota (conforme discutido na

121
X-Plane 10

seção “Voando com um plano FMS” abaixo).


O botão BC controla o recurso back course. Todos os ILSs possuem um
segundo localizador que poucos conhecem. Ele atua na direção oposta
ao localizador de entrada. Para economizar dinheiro, alguns aeroportos
não instalam um ILS novo para pousos na mesma pista, mas na direção
oposta. Em vez disso, eles permitem que você use esse segundo
localizador ao contrário, para se aproximar da pista na direção oposta
do ILS normal! Isso é chamado de back course ILS. O uso do back course
no Brasil é proibido, não sendo autorizado nem homologado a sua
utilização.
Usar o mesmo ILS em ambas as direções tem algumas vantagens (é mais
barato), mas há uma desvantagem: o movimento do ponteiro nos seus
instrumentos é invertido quando você usa a direção oposta do ILS. Se
estiver fazendo isso, aperte o botão BC do piloto automático. Isso faz
com que o piloto automático entenda que a inclinação do ponteiro está
invertida e permite que ele controle a aproximação.
Note que os HSIs não revertem a inclinação visível da agulha no back
course; você precisa girar o suporte em que o ponteiro está montado
em 180 graus para voar na direção oposta.
Note também que a glideslope não está disponível no back course;
portanto, você terá que usar somente a parte de localização do
procedimento.

7.3.1 Ligando e Desligando


Antes de usar o piloto automático, ele precisa ser ligado. O interruptor
do piloto automático possui a indicação “Flight Director Mode” ou
“FLIGHT DIR.” e possui os modos OFF (Desligado), ON (Ligado) e
AUTO (Automático).
Se o direcionador de voo estiver desligado, nada acontecerá quando
você tentar usar o piloto automático. Se ele estiver LIGADO, o piloto
automático não irá mover fisicamente os controles da aeronave, mas
irá mover pequenas asas de modelo no seu horizonte artificial, que
você deve tentar imitar enquanto pilota. Se fizer isso, você estará
seguindo a orientação fornecida pelo piloto automático, apesar de
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você estar pilotando. O direcionador de voo, então, estará seguindo o


modo do piloto automático que você selecionou. Você, por sua vez,
seguirá o direcionador de voo para pilotar o avião. Se o direcionador
de voo estiver configurado em AUTO, os servos do piloto automático
irão pilotar o avião de acordo com o modo que você tiver selecionado.
IEm outras palavras, ligar o direcionador de voo ativa o ‘cérebro’ do
piloto automático, exibindo os comandos dos modos acima no
horizonte artificial, na forma de pequenas asas magenta que você
pode seguir. Colocar o direcionador de voo no modo AUTO ativa os
servos do piloto automático, de modo que o avião segue as pequenas
asas magenta sem que você toque nos controles.
Portanto, se você tiver um interruptor do direcionador de voo,
certifique-se de que ele está no modo correto para o tipo de orientação
do piloto automático desejado - nenhuma, somente direcionador de
voo ou controles automáticos por servo.
Ao colocar pela primeira vez o direcionador de voo nos modos ON ou
AUTO, ele irá ativar automaticamente a sincronia de arfagem e o nivelador
das asas, que irão manter a inclinação e rolagem do avião até que outro
modo seja selecionado. Porém, se o sistema for ligado com menos de 7
graus de bancagem, o direcionador de voo assumirá que você deseja
nivelar as asas e fará isso.
Com o direcionador de voo configurado no modo correto, você pode
ativar as funções do piloto automático simplesmente pressionando o
botão desejado no painel de instrumentos. Para desativar uma função
do piloto automático, basta pressionar o botão novamente. Quando
todas as outras funções do piloto automático forem desativadas, ele irá
reverter para as funções padrão - manter a arfagem e a rolagem.
Para desativar completamente o piloto automático, coloque o
interruptor FLIGHT DIR na posição OFF. Alternativamente, pressione a
tecla ‘!’ no teclado ou atribua um botão do joystick para desativá-lo na
tela Joystick e Equipamento do X-Plane.

123
X-Plane 10

7.3.2 Usando os Controles


Com o piloto automático ligado (tanto no modo direcionador de voo
como no modo de controle por servos), você está pronto para usar as
funções que ele oferece. Vamos discutir o momento apropriado para usar
algumas das funções mais comuns.
7.3.2.1 Nivelador das Asas e Sincronia de Arfagem
Pressione o botão do nivelador das asas (WLV) ou do sincronizador de
arfagem (PTCH) para manter a atitude atual de rolagem e inclinação,
respectivamente. Isso é útil ao alternar entre as funções do piloto
automático.
7.3.2.2 Direção, Altitude, Velocidade Vertical, Manter
Velocidade, Mudar Nível de Voo e Acelerador Automático
Pressione os botões ‘manter direção ‘ (HDG), ‘manter altitude’ (ALT),
‘velocidade vertical’ (V/S), ‘manter velocidade’ (SPD), ‘mudar nível de
voo’ (FLCH) ou ‘acelerador automático’ (ATHR) e o piloto automático
irá manter os valores inseridos nos respectivos seletores. Para oferecer
transições suaves, muitos desses valores serão definidos, por padrão, à
sua velocidade ou altitude atuais no momento em que os botões do
piloto automático forem pressionados.
Se você quiser que o piloto automático leve a aeronave até outra
altitude, terá que pedir isso a ele. Você quer que a aeronave mantenha
uma velocidade vertical constante para atingir a nova altitude, ou uma
velocidade indicada constante? Como os aviões são mais eficientes em
uma certa velocidade indicada, subir mantendo a velocidade do ar
constante costuma ser o melhor método.
Mesmo assim, vamos começar com o caso da velocidade vertical.
Imagine que você esteja voando a uma altitude de 5.000 pés. Você
pressiona o botão ALT (no painel, não no teclado), fazendo com que o
piloto automático armazene a altitude atual, de 5.000 pés. Porém,
agora você quer subir para 9.000 pés. Primeiro, você coloca 9.000 na
tela de altitude. O avião ainda não vai subir; antes que ele faça isso,
você precisa escolher COMO deseja chegar a essa nova altitude.
Se você decidir chegar lá com uma velocidade vertical constante,

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pressione o botão V/S e o avião irá capturar a sua velocidade vertical


atual (possivelmente 0). Então, aumente ou diminua o indicador de
velocidade vertical (VVI) para definir a velocidade com que você irá
alcançar a marca de 9.000 pés. Quando você chegar aos 9.000 pés, o
piloto automático irá desativar automaticamente o modo de velocidade
vertical, retornando ao modo de altitude.
Agora, para chegar até a sua nova altitude com uma determinada
velocidade do ar (como os aviões comerciais fazem), depois de inserir
9.000 pés na tela da altitude, pressione os botões FLCH ou SPD. Isso
fará com que o avião mova o nariz para cima ou para baixo a fim de
manter a sua velocidade indicada atual. Agora, aumente um pouco a
potência (se necessário) para fazer o nariz do avião subir (o comando
será dado pelo piloto automático, para impedir que a velocidade
aumente). Quando você alcançar os 9.000 pés, o piloto automático
sairá do modo de manutenção da velocidade, retornando ao modo de
manutenção da altitude, permanecendo a 9.000 pés.
Como você pode ver, tanto o modo de velocidade vertical como o de
velocidade indicada serão mantidos até você chegar à altitude
especificada; nesse ponto, o piloto automático irá abandonar o modo
usado e passará a funcionar no modo de manutenção de altitude. O
mesmo acontecerá com o controle da glideslope. Se o modo glideslope
estiver armado (ou seja, aceso depois que você apertar o botão), o
piloto automático irá abandonar o modo vertical quando o glideslope
for capturado. Isso também acontecerá com o controle de localização.
Se o localizador estiver armado, o piloto automático abandonará o
modo de direcionamento quando o localizador for capturado.
O importante é compreender que os modos de velocidade vertical,
mudança de nível de voo e direção são modos que comandam o avião
no momento em que são ativados. Por outro lado, os modos de
altitude, glideslope e localizador são todos armados (em espera) até que
um dos modos acima intercepte a altitude, glideslope, localizador ou
curso GPS.
Uma exceção à regra acima é a altitude. Se você pressionar o botão de
altitude, o piloto automático será configurado para a altitude atual. Mas
não é assim que um piloto inteligente voa. Um piloto inteligente, com

125
X-Plane 10

um bom avião, um bom piloto automático e um bom planejamento irá


inserir a altitude desejada muito antes de chegar lá (incluindo a altitude
inicial antes da decolagem) e então usará a velocidade vertical, mudança
de nível de voo ou até a sincronia de arfagem para chegar a essa
altitude.
Eis como o sistema seria usado em um avião real (e como é o melhor
modo de usar o sistema no X-Plane):
1. Ainda no solo, aguardando próximo à pista, você recebe
instruções para manter 3.000 pés. Você recebe a direção da
pista e a autorização para decolar.
2. Você insere 3.000 pés na tela de ALTITUDE e uma direção de
pista (por exemplo, 290) na tela DIREÇÃO.
3. Você decola.
4. Na subida inicial, por volta de 500 pés, você coloca o
direcionador de voo em AUTO. O piloto automático registra a
atitude e rolagem atuais do avião e o mantém estável.
5. Você pressiona o botão HDG e o avião segue a direção inicial
da pista.
6. Você pressiona o botão V/S, FLCH ou SPD. O piloto automático
registra automaticamente a velocidade vertical ou do ar atual,
mantendo-a até chegar aos 3.000 pés, quando o avião é
nivelado.
7. Você recebe uma nova direção e altitude do CTA.
8. Você insere a nova direção e altitude nas respectivas telas e
pressiona V/S, FLCH ou SPD para permitir que o avião vá para a
nova altitude.
9. Você recebe autorização para ir ao destino ou outra
coordenada fixa. Você insere essas coordenadas no GPS e a
fonte do HSI é definida como GPS (pois o piloto automático
segue o HSI). Você pressiona o botão LOC. O piloto automático
irá seguir a inclinação lateral do ponteiro do HSI quando subir
para a nova altitude.
Faça isso e você chegará onde quer.

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7.3.2.3 Sincronização de Arfagem com o Botão do Joystick


Você pode atribuir um botão do joystick para o controle de
sincronização de arfagem (PTCH). Ao ser pressionado, o botão fará
com que as configurações do piloto automático combinem com o que
você estiver fazendo ao pilotar o avião. Então, quando você soltar o
botão de sincronização de arfagem no joystick, os servos do piloto
automático controlarão o manche, mantendo a velocidade vertical,
altitude, velocidade do ar ou inclinação que você estava usando.
As instruções para atribuir um botão do joystick a essa função podem
ser encontradas na seção “Atribuindo funções aos botões”, no
capítulo 4.
O sincronizador de arfagem funciona da seguinte forma: Imagine que
você está a 3.000 pés. O direcionador de voo está no modo de
altitude, de modo que o piloto automático está mantendo os 3.000
pés para você. Você pressiona o botão de sincronização de arfagem.
Quando você faz isso, os servos do piloto automático liberam o
controle do manche e permitem que você pilote. Você sobe até 3.500
pés (com o piloto automático ainda no modo de altitude) e solta o
botão de sincronização de arfagem. Nesse momento, o piloto
automático irá manter 3.500 pés, pois você estava no modo altitude (e
a 3.500 pés) ao soltar o botão de sincronização de arfagem.
Se você estiver no modo de velocidade vertical, o piloto automático
tentará manter a velocidade vertical que você estava usando ao soltar o
botão de sincronização de arfagem.
Se você estiver no modo de velocidade ou de mudança de nível, o piloto
automático tentará manter a velocidade (movendo o nariz para cima ou
para baixo) que você estava usando ao soltar o botão de sincronização de
arfagem.
Então, quando você pressiona o botão de sincronização de arfagem, o
piloto automático desativa os servos e deixa você pilotar. Quando você
solta o botão, os servos assumem o controle e tentam manter a
velocidade, altitude ou velocidade vertical que você tinha no momento
em que soltou o botão. O mesmo vale para o ângulo de bancagem. Se
você estiver no modo de nivelamento das asas ou de direcionamento ao
apertar o botão de sincronização de arfagem, o avião tentará manter o
127
X-Plane 10

ângulo de bancagem que você tiver no momento em que soltar o botão.


Novamente, note que se o ângulo de bancagem do avião for menor do
que 7 graus, o piloto automático irá nivelar as asas, pois julgará que você
deseja manter uma inclinação neutra.

7.3.2.4 Localizador e Glideslope


Essas são as opções que ninguém consegue entender, em parte por
causa das frequências corretas e porque o modo HSI deve ser
selecionado para usá-las, e em parte porque elas não farão coisa
alguma até capturarem a rota de aproximação que estão procurando.
Para que isso aconteça, algum outro modo (qualquer um dos já
discutidos acima) deve ser ativado.
Esses modos capturam um ILS, VOR ou rota de GPS; portanto, eles
devem ser capazes de navegar em NAV 1, NAV 2 ou GPS. O piloto
automático só sabe qual desses três será usado quando você der essa
informação a ele. Isso é feito com o botão “NAV-1 NAV-2 FMC/CDU”
(com o nome de arquivo “but HSI 12GPS” na pasta HSI do Editor de
Painéis), que é o seletor da fonte HSI.
Nota: Em algumas aeronaves, esse controle é um interruptor de três
posições chamado de SOURCE.
O piloto automático irá pilotar o curso mostrado pelo HSI (se você tiver
um), portanto, você precisa decidir o que o HSI vai mostrar: NAV 1, NAV
2 ou GPS (com o rótulo FMC/CDU, Flight Management Computer, que
recebe o sinal do GPS). Quando decidir, use esse botão para dizer ao HSI
o que exibir. Então, o piloto automático irá voar para aquela rota.
Se você definir o botão como NAV 1, o HSI mostrará as deflexões do
rádio NAV 1 e o piloto automático irá usar sinais VOR ou ILS do rádio
NAV 1 quando você pressionar os botões LOC ou G/S.
De modo similar, se você definir o botão como NAV 2, o HSI mostrará
as deflexões do rádio NAV 2 e o piloto automático irá usar sinais VOR
ou ILS do rádio NAV 2 quando você pressionar os botões LOC ou G/S.
Se você definir o interruptor no modo FMC/CDU, o HSI irá mostrar
deflexões do GPS, que podem ser configuradas manualmente ou pelo FMS.
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O piloto automático irá voar até o destino GPS quando você pressionar o
botão LOC. Lembre-se de que se você inserir destinos no FMC, eles serão
automaticamente fornecidos ao GPS, de modo que o piloto automático irá
segui-los se você selecionar LOC.
Repetindo: certifique-se de enviar o sinal correto (NAV 1, NAV 2 ou GPS) ao
piloto automático quando usar os botões LOC e G/S (navegação lateral e
vertical).
O botão LOC irá iniciar imediatamente a navegação lateral (navegando
para um destino do GPS) quando for ativado. Porém, ele só irá rastrear uma
radial VOR ou localizador ILS após o ponteiro ter saído de uma deflexão
completa da escala. Isso significa que se você tiver uma deflexão de escala
completa no ponteiro do ILS (simplesmente porque ainda não chegou ao
localizador), o modo localizador ficará armado (em amarelo) e não fará
coisa alguma ao avião, por enquanto. O modo de manutenção da sua
direção atual ou nivelamento das asas (se ativado) permanecerá
funcionando (ou você pode pilotar) até que o ponteiro do localizador
comece a se mover para o centro. Quando isso acontece, o LOC passará
subitamente do modo armado (amarelo) para o modo ativo. Isso faz com
que o piloto automático comece a controlar o avião para você, desativando
os modos anteriores.
O motivo do localizador desativar os modos anteriores é que você
normalmente voará no modo direção até chegar ao localizador. Assim que
o ponteiro do localizador entrar, você precisa que o piloto automático deixe
a direção de lado e comece a usar o localizador para descer até a pista.
Alternativamente, você pode pilotar o avião até o localizador (sem ativar
qualquer modo do piloto automático) e deixar que o piloto automático
assuma os controles quando o ponteiro do ILS começar a funcionar,
indicando que você está alcançando o localizador. Isso é similar ao que
ocorre com os modos de altitude. Assim como o localizador é armado ao
pressionar o botão LOC e você pode fazer o que quiser até que o
localizador seja ativado e assuma o controle lateral, a altitude também é
armada (sempre e automaticamente). Você pode pilotar usando qualquer
velocidade vertical, velocidade indicada ou inclinação (manual ou no piloto
automático) até que a altitude seja alcançada. Nesse momento, o piloto
automático irá entrar no modo de manutenção de altitude.

129
X-Plane 10

Assim como a navegação lateral (ou seja, a função do localizador), a


navegação vertical (glideslope ou modo G/S) não fará nada até que o
ponteiro da glideslope comece a se mover. Porém, ao contrário do
localizador, a função de glideslope não fará nada até que o ponteiro
percorra todo o curso até a posição central. Isso acontece porque
normalmente você estará no modo de manutenção de altitude até
interceptar o glideslope. Nesse ponto, o avião deve parar de manter a
altitude e começar a descer em direção à pista. Em outras palavras, a
função do glideslope irá automaticamente da condição armada para ativa
quando o avião alcançar o centro do glideslope.
Agora, vamos usar as funções LOC e G/S para pilotar um ILS.

7.3.3 Pouso Utilizando o ILS (LOC e G/S)


Para realizar um pouso utilizando um ILS, faça o seguinte, enquanto
ainda estiver bem longe do ILS e abaixo do glideslope:
1. Pressione o botão ALT para manter a altitude atual.
2. Insira uma direção na tela corespondente. Essa direção será
seguida até que você intercepte o ILS.
3. Pressione o botão HDG para manter a direção.
4. Pressione o botão LOC. Ele ficará no estado “armado”
(amarelo).
5. Pressione o botão G/S. Ele também ficará no estado “armado”
(amarelo).
6. Assim que você interceptar o localizador, o botão LOC passará
do amarelo para o verde, abandonando o modo de
direcionamento para controlar o localizador.
7. Assim que você interceptar o centro da glideslope, o botão G/S
passará do amarelo para o verde, abandonando o modo de
direcionamento para controlar a glideslope.
8. O piloto automático irá acompanhar você até a pista e até fará
o flare, cortando a potência se o acelerador automático estiver
ativado.

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Assim como em um avião de verdade, essas coisas só funcionam bem


se você:
• iInterceptar o localizador a mais de 5nm (antes do marcador
externo) e abaixo da glideslope
• Interceptar o localizador a um ângulo menor do que 30º, e
• Efetue pequenas correções de “pitch” para manter a rampa
ideal de descida (glideslope).
Se você chegar sobre a glideslope, cruzar com o localizador em um
ângulo aberto ou interceptá-lo muito perto do aeroporto, o piloto
automático não conseguirá manobrar o avião para fazer o pouso (assim
como em um avião de verdade).
Agora que explicamos o voo com o piloto automático, vamos falar
sobre a pilotagem usando o plano com sistema de gerenciamento de
voo (flight management system, FMS.

7.3.4 Pilotando com um Plano FMS


Para pilotar com um plano de sistema de gerenciamento de voo,
algumas coisas devem ser feitas:
1. Você precisa inserir todo o plano de voo no FMS.
2. Você precisa deixar o HSI configurado em GPS, não em NAV1
nem em NAV2 (porque o piloto automático irá pilotar o curso
exibido no HSI).
3. Você precisa ter o botão LOC na posição ON, pois esse botão
faz com que o piloto automático siga o localizador (ou o que
estiver no HSI).
4. Você precisa deixar o interruptor FLIGHT DIR em AUTO, de
modo que os servos estejam ativos.
5. Você precisa pressionar o botão VNAV se quiser que o FMS
também carregue altitudes na janela correspondente.
Faça essas coisas e o avião seguirá qualquer plano FMS, desde que,
obviamente, o avião que você está pilotando tenha todos esses
equipamentos (e é claro que alguns não têm).

131
X-Plane 10

Para demonstrar o uso de um FMS, vamos realizar o procedimento em


uma aeronave típica (um Boeing 777). As etapas são similares em
qualquer aeronave.
1. Abra o Boeing 777 usando a tela Abrir Aeronave. Ele fica na
pasta Heavy Metal aircraft.
2. O FMS fica na metade direita da tela, perto do meio do painel
(ele deve exibir o texto “PLAN SEGMENT 01”). Pressione o
botão INIT no FMS. Isso irá preparar o FMS para receber um
plano de voo.
3. Agora, pressione o botão AIRP, informando ao FMS que você
está prestes a ir para um aeroporto.
4. Agora, insira a ID do aeroporto de destino, pressionando as
teclas na tela com o mouse. Imagine que vamos começar no
Aeroporto Internacional de San Diego (KSAN), voando para o
Aeroporto Internacional San Bernardino (KSBD).
5. Se quiser, pressione o botão de seleção de linha no lado
esquerdo do FMS, próximo ao texto “FLY AT FT”, e insira a
altitude em que deseja voar, usando o teclado.
6. Agora, se você quiser fazer mais do que apenas voar até um
aeroporto, pressione o botão NEXT no FMS e repita as etapas
acima para o próximo ponto da rota. Há uma seta de retorno
para apagar erros, assim como botões VOR, NDB, FIX e LAT/
LON para inserir esses tipos de destinos. Os botões PREV e
NEXT irão alternar entre os vários pontos de rota do seu plano.
Os botões LD e SA irão carregar ou salvar os planos de voo, se
você quiser usá-los novamente.
7. Quando tiver inserido o plano de voo no FMS, decole e coloque
o interruptor SOURCE do HSI (perto da borda esquerda do
painel) em GPS, de modo que o HSI receba dados do GPS (e
não dos rádios NAV1 ou NAV2).
8. Coloque o interruptor FLIGHT DIR em AUTO para que os servos
do piloto automático sejam ativados e pressione o botão LOC
do piloto automático (no topo do painel) para seguir a
orientação lateral do HSI (que acabou de ser configurado para
receber dados do GPS), com os servos pilotando ativamente o

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avião. Se você inseriu uma altitude no FMS, também terá que


pressionar o botão VNAV do piloto automático para
acompanhar a altitude informada.
9. Relaxe e deixe o piloto automático levar você até o seu destino.

7.4 Voando por Instrumentos


Embora isso tenha sido considerado impossível por muito tempo entre
os aviadores, a capacidade de pilotar uma aeronave através de grandes
nuvens ou nevoeiros confiando apenas nos instrumentos tornou-se
uma realidade na década de 1920. Até então, praticamente todos os
que tentavam fazer isso acabavam se tornando parte dos destroços
fumegantes em um campo qualquer. Agora, voar longas distâncias
entre as nuvens é comum até para pilotos relativamente inexperientes.
No Brasil para obter a habilitação de voo por instrumentos o piloto
deve passar por um treinamento específico e ter experiência mínima
de 50 horas de voo em rota como piloto em comando e ao menos 40
horas de voo por instrumentos, das quais 20 horas de voo podem ser
substituídas por 25 horas de instrução em simulador de voo
homologado. Os modernos instrumentos baseados em giroscópios e o
treinamento contínuo possibilitam uma pilotagem segura, tendo
apenas o painel de instrumentos como referência.

7.4.1 Mantendo o Senso de Equilíbrio


Para iniciar a discussão sobre o voo por instrumentos, antes
precisamos discutir por que ele é tão difícil. A dificuldade não está nos
princípios do voo por instrumentos, nem na interpretação das
indicações dos instrumentos. Na verdade, o difícil é acreditar no que os
instrumentos dizem. Ao longo de milhões de anos, os seres humanos
desenvolveram um sistema de equilíbro bastante específico. Forçar o
seu cérebro a ignorar esses sinais e a acreditar no que os instrumentos
dizem é muito complicado. A verdade é que, em uma aeronave de
verdade, a sua vida depende de você ser capaz de ignorar os seus
sentidos e sensações e voar com base somente nas informações que
estão no painel à sua frente.

133
X-Plane 10

É por isso que é tão difícil. O seu senso de equilíbrio vem de três
fontes no seu corpo. Em ordem de importância, elas são o seu ouvido
interno, seus olhos, o tato e até a audição. Você deve ter visto na
escola que o ouvido interno é formado por uma série de canais
semicirculares, cheios de fluido. Eles ficam posicionados em diferentes
planos na sua cabeça. Cada um deles é forrado por milhares de
pequenos pelos. A raiz de cada pelo é conectada ao seu sistema
nervoso. Conforme o seu corpo muda de posição no espaço, o fluido
é movido devido ao momento. Como resultado, a inclinação dos pelos
manda sinais ao cérebro, indicando a orientação da sua cabeça no
espaço.
Essa informação é atualizada constantemente e corrigida pelas
informações enviadas ao cérebro pelos seus olhos e pelo tato. Ao ficar
em pé no solo, seus ouvidos dizem que a sua cabeça está posicionada
verticalmente e imóvel. Seus olhos dizem que o chão está imóvel sob
os seus pés e a sola dos seus pés diz que você está sobre o solo. Todas
essas informações são combinadas para dizer a mesma coisa: você
está de pé sobre o solo.
Uma limitação do seu senso de equilíbrio pode ser observada quando
você está acelerando bem devagar, ou quando você acelerou brevemente
e agora está parado. Imagine uma cadeira giratória. Você pode ficar
extremamente desorientado se fechar os olhos, sentar-se na cadeira e
pedir a alguém para girá-la a uma velocidade constante. Não importa se
você está girando para a esquerda ou para a direita, o importante é que
você tenha uma aceleração rápida e mantenha uma velocidade angular
constante.
Ao começar a girar, o seu ouvido interno irá detectar que você está
acelerando e girando. Porém, em alguns momentos, o fluido nos seus
ouvidos vai parar de se mover (melhor dizendo, vai girar na mesma
velocidade que você), já que você não está mais acelerando e sim
apenas girando. Fique assim por alguns segundos e você sentirá que
está parado. Você ainda pode sentir uma brisa no rosto ou ouvir os
sons “girando” à sua volta, mas o seu ouvido interno estará dizendo
ao seu cérebro que você está sentado em uma posição estacionária, e
o seu cérebro vai acreditar. Agora, se houver uma parada súbita, você
sentirá instantaneamente uma sensação de aceleração angular na

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direção oposta, como se estivesse girando rapidamente para o outro


lado.
Abra os olhos e eles dirão ao seu cérebro que você está parado, mas a
sensação na sua cabeça é a de que você acabou de começar a girar.
Entre os cientistas, isso é chamado de “vertigem”, mas essa sensação
é popularmente conhecida como “tontura”.
A mesma coisa pode acontecer em uma cabine de comando, e bem
rápido. Imagine por um instante que há um grande banco de nuvens à
sua frente, em um dia calmo. Com poucos passageiros a bordo, você
entra na nuvem com uma bancagem esquerda de, digamos, 20 graus.
Então, após entrar na nuvem bem devagar e suavemente, você
começa a bancar a aeronave para a direita.
Se você fizer isso de modo suficientemente lento e suave, ninguém a
bordo perceberá. Antes de sair da nuvem, você obterá uma atitude
bastante diferente (talvez uma bancagem de 30 graus à direita). Os
passageiros, que não desconfiaram de nada até agora, podem começar
a sentir o início da mudança de bancagem, mas provavelmente vão
imaginar que você está inclinado para a esquerda. Quando você sair da
nuvem, eles estarão em uma curva à direita! Embora seja divertido e
inofensivo fazer isso com os amigos da faculdade, essa sistuação
demonstra a dificuldade que os pilotos podem enfrentar, se não forem
cuidadosos.

7.4.2 Giroscópios e Suas Aplicações em Voo


O giroscópio foi inventado muitas décadas antes das aeronaves, mas o
seu tremendo impacto sobre a ciência do voo não foi compreendido
até meados da década de 1920. O princípio básico de funcionamento
do giroscópio é que se você pegar um objeto relativamente pesado e
girá-lo com uma alta velocidade rotacional, ele irá manter sua posição
no espaço. Você então pode montar esse giroscópio estável e rígido
em um instrumento fixado à sua aeronave, usando-o para medir o
movimento relativo da caixa do instrumento (e, portanto, do avião) ao
redor do giroscópio fixo. O giroscópio é fisicamente conectado a
algum tipo de indicador. Esses indicadores transmitem ao piloto
informações críticas sobre a atitude da aeronave (sua orientação em
135
X-Plane 10

relação ao horizonte). Há três instrumentos giroscópicos primários no


painel.
Eles são:
• O indicador de atitude (ou AI, normalmente movido por uma
bomba a vácuo no motor).
• O coordenador de curva (ou TC, normalmente movido a
eletricidade) e
• O girodirecional (ou DG, geralmente movido a vácuo, embora
também possa ser elétrico).
O AI indica a atitude em que o avião está voando, ou seja, a distância
que o nariz está acima ou abaixo do horizonte, a distância e a direção
de bancagem das asas. O TC indica a taxa de curva - ou seja, o quanto
a sua bancagem é rasa ou profunda em relação a uma taxa padrão de
2 minutos. O DG é apenas uma bússola giroscopicamente ativada,
mais estável e precisa do que uma bússola magnética.

7.4.3 Os Instrumentos Primários de Voo


Há seis instrumentos primários que se tornaram padrão em qualquer
painel. Desde o início dos anos 1970, eles são organizados em um
layout padrão conhecido como “six pack”. Eles são distribuídos em
duas linhas de três instrumentos cada. A linha superior, da esquerda
para a direita, contém o indicador de velocidade do ar (ASI), o
indicador de atitude (AI) e o altímetro (ALT). A linha de baixo contém o
coordenador de curva (TC), o giroscópio direcional (DG) e o indicador
de velocidade vertical (VSI).
O indicador de velocidade (velocímetro) indica a velocidade em que a
aeronave está viajando pelo ar. Em sua forma mais simples, ele é
apenas uma mola que resiste à força do vento soprando na ponta de
um tubo preso sob a asa ou no nariz da aeronave. Quanto mais rápido
o avião estiver se movendo, maior é a pressão do ar agindo sobre a
mola e maior é a deflexão do ponteiro que indica ao piloto a
velocidade do avião.
Obviamente, o sistema é um pouco mais complicado do que isso, pois
a pressão exercida pelo fluxo do ar varia com a densidade local (que
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muda constantemente conforme o avião sobe ou desce) e o ASI


precisa considerar isso.
O indicador de atitude informa ao piloto a sua posição no espaço em
relação ao horizonte. Isso é feito fixando a caixa do instrumento na
aeronave e medindo o deslocamento da caixa em relação a um
giroscópio fixo dentro dela.
O altímetro parece um pouco com o mostrador de um relógio e serve
para indicar a altitude. Ela é medida pela expansão ou contração de
uma quantidade fixa de ar, agindo sobre um conjunto de molas.
Conforme o avião sobe ou desce, a pressão relativa do ar fora da
aeronave muda e o altímetro relata a diferença entre a pressão
atmosférica externa e uma referência, que fica contida em um
conjunto de foles hermeticamente fechados.
O coordenador de curvas mede a razão da curva da aeronave. Através
deste instrumento é possível verificar se a curva está sendo coordenada
(aplicação correta de ailerons e leme) ou está sendo glissada ou
derrapada.
Curva glissada: este tipo de curva acontece quando há uma inclinação
excessiva das asas e o piloto aplica pouco pedal para o lado da curva.
Para corrigir esta falha o piloto deverá aplicar mais pedal para o lado
da curva ou diminuir o ângulo de inclinação da asa.
Curva derrapada: este tipo de curva acontece quando o piloto aplica
mais pedal para o lado da curva do que o necessário. Para corrigir esta
falha, o piloto deverá aplicar menos força no pedal ou aumentar o
ângulo de inclinação da curva.
O girodirecional é um instrumento simples que aponta para o norte e
permite que o piloto saiba em que direção está voando.
O indicador de velocidade vertical (conhecido como climb) mostra a
razão de descida ou subida em pés por minuto. Normalmente,
aeronaves não pressurizadas podem subir confortavelmente a até
cerca de 700 fpm (se o avião for capaz) e descer a cerca de 500 fpm.
As taxas de descenso mais rápidas do que isso podem causar
desconforto aos ocupantes. Isso é sentido nos ouvidos dos
passageiros. Aviões pressurizados podem subir e descer muito mais

137
X-Plane 10

rápido e manter a taxa de mudança da cabine próxima a esses níveis,


pois a altitude da cabine não é relacionada à altitude do ambiente, a
menos que haja uma falha no sistema de pressurização.

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Situações Especiais de
Voo no X-Plane
8.1 Usando uma Estação de Instrutor
(IOS) para Treino de Voo
Uma estação de instrutor é uma espécie de console usado por um
instrutor de voo ou alguém desempenhando o papel de instrutor. Esse
console pode ser usado para ativar falhas em vários sistemas da
aeronave, alterar o clima e o horário ou mudar o local da aeronave. A
IOS pode ser executada no mesmo computador do simulador (usando
um segundo monitor) ou em um computador separado, conectado ao
simulador por uma rede local ou pela Internet.
Usando um computador, é possível exibir qualquer visualização da
aeronave ou painel que você queira usar, junto com uma estação de
instrutor (IOS), assumindo que a sua placa de vídeo tem duas saídas.
Para permitir a saída de uma IOS no seu segundo monitor, abra a tela
Opções de Renderização no menu Configurações. Marque a opção
“desenhar IOS no segundo monitor da mesma placa” (na seção
Opções Especiais de Visualização). Uma segunda tela será aberta,
exibindo a visualização da sua aeronave. Ao fechar a tela de opções de
renderização, você terá uma tela padrão do Mapa Local aberta na
outra janela. Então, certifique-se de que o item IOS está marcado no
canto direito superior da tela e estará tudo pronto. Use o botão à
esquerda para carregar aeronaves diferentes, reposicionar a aeronave,
gerar falhas em sistemas e alterar o clima para o “aluno”.
Note que o mouse não pode ser usado para pilotar a aeronave ao
executar uma IOS no segundo monitor.
Alternativamente, você pode usar um segundo computador como IOS.
Para fazer isso, inicie o X-Plane nos dois computadores e abra a tela
Conexões de Rede, no menu Configurações. Na tela exibida, selecione
a guia IOS. Você só precisa dizer à máquina controladora (a que

139
X-Plane 10

executa o simulador, usada pelo


aluno) e à IOS como “conversar” entre si. Na máquina controladora
(usada pelo aluno), marque o item chamado ‘IP do console do
instrutor para um aluno’. Então, informe o endereço IP do computador
usado como IOS. Da mesma forma, no computador usado como IOS
(o console do instrutor), marque o item ‘IP da máquina controladora’ e
informe o endereço IP do computador do aluno.
Em ambos os casos, não será necessário mudar o número padrão da
porta (49000).

8.2 Pilotando Planadores


Para pilotar um planador, como o ASK 21 (incluído no X-Plane 10),
você precisa ser rebocado por outra aeronave. Para fazer isso, carregue
o planador normalmente (usando a tela Abrir Aeronave) e abra a tela
Aeronaves e Situações. Aqui, você tem duas opções. O botão
‘Reboque do Planador’ irá carregar outra aeronave (por padrão, o
Stinson L5) e o seu planador será conectado a ela. Essa aeronave irá
puxar o seu planador e você poderá soltar o cabo de reboque na
altitude desejada. Por outro lado, o botão ‘Guincho do Planador’ irá
montar um guincho estacionário no solo, que puxará rapidamente um
cabo preso ao planador. Você soltará o cabo quando estiver mais ou
menos a 1.500 pés de altura. Em qualquer caso, você pode soltar o
cabo pressionando a barra de espaço.
Ao usar o avião-reboque, você irá começar atrás do avião, que estará
com o motor ligado e pronto para partir. Solte os freios do planador
(usando a tecla ‘B’ por padrão) para comandar a decolagem do
avião-reboque, que levará o seu planador junto.
Quando o reboque estiver em voo, irá levar o planador para qualquer
altitude que você desejar. Porém, enquanto estiver sendo rebocado,
você deve manter o planador em formação atrás do reboque.
Pressione a barra de espaço para soltar o cabo entre o planador e o
reboque e voar livremente.
Note que o cabo conectando o seu planador ao rebocador fica preso

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no nariz do seu avião e na cauda do rebocador. O X-Plane também


calcula a física real dessa situação, portanto, se o seu planador puxar
para a esquerda, direita, para cima ou para baixo, isso arrastará a
cauda do rebocador naquela direção. Isso pode simplesmente desviar
o curso do avião ou, em casos mais graves, arrastá-lo para um estol ou
parafuso. Se isso acontecer, as coisas vão se complicar muito
rapidamente, já que o rebocador (que provavelmente vai estar caindo)
arrastará o planador com ele! Pelo menos, a dinâmica do acidente será
interessante.
De acordo com o manual de planadores da FAA, um piloto de
planador deve manter sua aeronave em uma de duas posições ao ser
rebocado. Ele deve ficar ou na posição “low tow”, ou seja, logo
abaixo da esteira do rebocador, ou na posição “high tow”, ou seja,
logo acima da esteira. Mantenha cuidadosamente essa posição para
não arrastar o rebocador! Um piloto de planador precisa observar os
ventos e a inclinação do terreno cuidadosamente para permanecer nas
correntes de ar ascendentes, usando a sustentação do ar subindo as
colinas para manter a aeronave no ar. Com um bom vento de 25 nós
configurado no simulador, você pode obter uma elevação até 10.000
pés voando ao longo do lado de subida do ar em uma montanha bem
inclinada. Isso é chamado de voo de colina.
O X-Plane também calcula as colunas de ar quente ascendentes,
chamadas de térmicas, que são usadas para prolongar o voo de um
planador. Para ativar as térmicas, abra a tela Clima, no menu
Ambiente. Marque a opção ‘definir clima uniformemente para o
mundo todo’ e arraste a barra deslizante de cobertura térmica para
cima - uma cobertura de 15% ou mais oferece um bom voo. Uma
taxa de ascensão térmica de 500 ft/min é suficiente, mas você também
pode aumentar o valor, se desejar. Além disso, como você está
iniciando com os planadores, pode ser interessante manter os
controles de velocidade do vento, velocidade da cortante e turbulência
nos valores mínimos.
Agora, a fim de aproveitar ao máximo o voo de colina e as térmicas, os
planadores possuem um instrumento conhecido como variômetro de
energia total. Ele indica a taxa de ascenso ou descenso do seu planador.
Você pode ver a representação visual desse instrumento no painel (com o

141
X-Plane 10

nome “Total Energy”’). Se o ponteiro estiver acima do centro do disco,


você está subindo (talvez por causa de um voo de colina ou uma térmica).
Se ele estiver abaixo do centro, você está descendo.
Melhor ainda, você pode ativar o interruptor “Áudio” no painel de
instrumentos para obter um retorno acústico do variômetro. Se ele estiver
tocando um bipe, então a aeronave está em um vento ascendente.
Circular nessa área permitirá que o planador use o vento ascendente para
ganhar altitude. Quando o variômetro estiver emitindo um tom contínuo,
a aeronave está em ar descendente - o planador foi para o lado errado da
montanha e uma queda acontecerá em breve se você não sair dessa área!
Para pousar o planador, basta circular e descer até a altitude da pista. O
truque é se aproximar da pista com velocidade apenas suficiente para
pousar a aeronave em segurança. Lembre-se, acionar os freios
aerodinâmicos pode ajudar a desacelerar a aeronave, mas se não houver
velocidade suficiente para alcançar a pista de pouso, o planador não tem
meios de gerar empuxo. O ideal é atingir a pista um pouco acima da
velocidade de estol, mas é sempre melhor ter um pouco de velocidade a
mais (que você pode eliminar usando os freios) do que a menos.

8.3 Pilotando Helicópteros


A seguir, temos uma descrição de como os helicópteros são pilotados no
mundo real e como isso é aplicado no X-Plane. Note que os helicópteros
são carregados no X-Plane exatamente como qualquer outra aeronave:
usando a opção Abrir Aeronave, no menu Aeronaves. Note que que você
também pode ir para o heliporto mais próximo de você a qualquer
momento, abrindo o menu Aeronaves, clicando em Aeronaves e Situações
e pressionando o botão Decolagem do Heliporto.
Vários tipos de helicópteros diferentes podem ser encontrados por aí, mas
nós vamos discutir a configuração padrão - um único rotor horizontal
com um rotor na cauda. Funciona assim: O rotor principal (horizontal)
fornece a força necessária para levantar a aeronave, mantendo
constantemente o mesmo nível de RPM durante todo o voo. A
quantidade de sustentação gerada pelo rotor principal varia somente pelo
ajuste do ângulo das pás. Portanto, imagine que o único valor operacional

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de RPM para um helicóptero seja 400. Quando a aeronave está no solo, o


rotor está girando a 400 RPM e o ângulo das pás do rotor é cerca de
zero. Isso significa que o rotor está gerando uma sustentação próxima de
zero!
Como as pás têm um ângulo igual a zero, elas possuem um arrasto muito
pequeno e, por isso, é muito fácil movê-las pelo ar. Em outras palavras, a
potência requerida para girar o rotor em sua RPM operacional é mínima.
Quando o piloto está pronto para voar, ele começa puxando um manete
na cabine que é conhecido como “coletivo”. Quando isso acontece, as
pás do rotor assumem um ângulo (ou ‘passo’) positivo. Todas as pás do
rotor principal fazem isso ao mesmo tempo - “coletivamente”. É claro
que agora elas irão gerar muita sustentação, porque estão em um ângulo
positivo. Igualmente claro é o fato de que agora é mais difícil arrastá-las
pelo ar, pois elas estão fazendo um trabalho muito maior. Como é mais
difícil mover as pás, elas tendem a perder velocidade. Seria catastrófico se
permitíssemos que isso acontecesse, porque a aeronave não pode voar
quando o rotor não está girando! Para compensar, qualquer helicóptero
moderno irá aumentar automaticamente a aceleração, o quanto for
necessário para manter o valor desejado de 400 RPM no rotor.
Para resumir, essa é a sequência para decolar com um helicóptero no
X-Plane:
1. No solo, o manete do coletivo fica rente ao chão. Isso significa
que o ângulo (passo) do rotor é neutro, com arrasto mínimo e
zero de sustentação. No X-Plane, um coletivo abaixado
corresponde ao acelerador totalmente à frente, no ponto mais
afastado do usuário. O acelerador automático do helicóptero
observa atentamente a RPM do rotor, ajustando a aceleração
conforme necessário para manter exatamente 400 RPM, no
exemplo acima. No solo, com o coletivo abaixado, há pouco
arrasto nas pás e a potência necessária para manter essa
velocidade é pequena.
2. Quando você decidir decolar, fará isso levantando a alavanca
do coletivo - ou seja, puxando-a para cima a partir do piso do
helicóptero. No X-Plane, isso é feito puxando o acelerador no
joystick para trás, na sua direção. Isso irá aumentar o passo
(ângulo) das pás do rotor principal, aumentando a sustentação,
143
X-Plane 10

mas também aumentando muito o arrasto no rotor. A rotação


do rotor começa a cair abaixo de 400 RPM, porém o acelerador
automático percebe isso e aumenta a potência conforme
necessário para manter o rotor girando a exatamente 400
RPM.
3. Você continua puxando o coletivo até que as pás criem
sustentação suficiente para tirar a aeronave do chão. O
acelerador automático continua ajustando a potência a fim de
manter o rotor girando a 400 RPM, não importa o quanto o
coletivo seja levantado ou abaixado. Quando a aeronave estiver
no ar, a primeira queda do novo piloto de helicóptero sem
dúvida já estará começando. Essa inevitabilidade pode ser
atrasada por alguns momentos usando os pedais de
antitorque.
O rotor principal está imprimindo muito torque à aeronave, fazendo
com que ela gire na direção oposta à das pás (para cada ação, há uma
reação igual e em sentido oposto - o rotor gira para um lado, o
helicóptero gira para o outro lado). É aqui que entram os pedais de
antitorque. O torque rotacional do helicóptero é contrabalançado pelo
empuxo do rotor de cauda. Basta pressionar o pedal esquerdo ou
direito do leme (como os Pro Pedals da CH Products) para obter mais
ou menos empuxo do rotor de cauda. Se os pedais de leme não
estiverem disponíveis, você pode usar a torção do joystick para o
controle antitorque. Se o joystick usado não tiver a torção para
controle de guinada, o X-Plane fará o possível para ajustar o empuxo
do rotor de cauda para neutralizar o torque do rotor principal durante
o voo.
Coincidentemente, o rotor de cauda é atrelado ao rotor principal e
eles sempre giram em uníssono. Se o rotor principal perde 10% de
RPM, o rotor de cauda perde 10% de RPM. O rotor de cauda, assim
como o principal, não pode mudar sua velocidade para ajustar o
empuxo. Assim como o rotor principal, ele precisa ajustar o ângulo das
pás (também chamado de passo), e é o passo do rotor de cauda que é
controlado pelos pedais do leme ou pelo joystick com torção.
Quando a aeronave estiver no ar e o passo coletivo do rotor principal
estiver sendo ajustado (no X-Plane, usando o acelerador do joystick),

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tente manter a aeronave a uma altitude de 10 pés e ajuste o passo do


rotor de cauda com os pedais de antitorque (ou seja, os pedais do
leme ou joystick com torção) para manter o nariz do helicóptero
apontado para a pista. A partir daí, o joystick deve ser movido para a
esquerda, direita, para a frente e para trás a fim de direcionar o
helicóptero.
Funciona assim: Se a alavanca for movida para a direita, a pá do rotor
aumentará seu passo quando estiver na frente da aeronave,
diminuindo-o quando estiver atrás dela. Em outras palavras, a pá do
rotor mudará seu passo em um ciclo completo a cada giro em torno
do helicóptero. Isso significa que ela muda o passo de um extremo ao
outro 400 vezes por minuto, ou 7 vezes por segundo, se o rotor estiver
girando a 400 RPM. Impressionante, especialmente quando
consideramos que a aeronave não se desmancha sob tais condições!
Embora possa parecer que o nome certo para essa coisa seja
“destruidor de helicópteros”, já que mover a alavanca faz com que o
passo da pá passe por um ciclo a cada rotação do rotor, nós
chamamos essa alavanca de controle de ‘cíclico’. Portanto, nós temos
os controles coletivo, cíclico e antitorque.
Vamos falar mais sobre o cíclico. Quando a alavanca é movida para a
direita, o rotor aumenta o ângulo da pá quando ela estiver na parte da
frente do helicóptero. Isso aumenta a sustentação na frente do disco
do rotor, fazendo com que ele se incline para a direita, porque as
forças giroscópicas são aplicadas 90º na direção da rotação do
giroscópio. Agora que o rotor está inclinado para a direita, ele
obviamente arrastará a aeronave para a direita enquanto estiver
produzindo sustentação.
O mais fascinante é que em muitos helicópteros o rotor oscila
livremente e tem uma conexão “solta e flexível” com a aeronave. Ele
não pode conduzir torque (para a direita, esquerda, para frente ou
para trás) para a estrutura do helicóptero. As manobras só podem ser
feitas com a inclinação do rotor para a direita, esquerda, para frente e
para trás, arrastando o topo da aeronave atrás dele na mesma direção.
A estrutura do helicóptero é arrastada sob o rotor, seguindo-o em
qualquer direção que ele vá.

145
X-Plane 10

Use as informações acima para pairar com perfeição. Quando dominar


isso, mova o nariz da aeronave para baixo a fim de inclinar o rotor
para a frente. A sustentação do rotor agindo acima do centro de
gravidade da aeronave irá abaixar o nariz do helicóptero e o
componente dianteiro de sustentação do rotor irá arrastar a aeronave
para a frente.

8.4 Pilotando o Ônibus Espacial


Leia este capítulo antes de tentar pousar o ônibus espacial no X-Plane,
se quiser que o seu piloto virtual sobreviva!
A primeira regra ao pilotar um planador, ao contrário de um avião
motorizado, é: Nunca erre para menos na descida. Ao descer para
pousar com um avião motorizado, se o piloto achar que a aeronave
não vai chegar até a pista com a atitude e velocidade atuais, não há
problema. Basta aumentar um pouco a potência para cobrir a distância
restante. Se for necessário um pouco mais de velocidade, não há
problema algum, basta aumentar a potência.
Os planadores, por outro lado, usam um outro conjunto de regras.
Não há motor para fornecer potência. Ao se preparar para o pouso, o
piloto deve se certificar de que tem altitude e velocidade suficientes
para alcançar o aeroporto, porque se ele errar a avaliação para menos,
mesmo que seja um único pé, a aeronave vai atingir o solo antes de
chegar na pista, causando um acidente. Planadores nunca devem estar
com pouca velocidade ou altitude. Se estiverem, não há como
recuperá-las - uma queda é 100% garantida. (As térmicas, ou
correntes ascendentes de ar, são a exceção para esta regra. Elas
podem fornecer impulso suficiente para planadores eficientes
resolverem a situação, mas as térmicas normalmente oferecem menos
de 500 pés por minuto de velocidade vertical, o que não é o suficiente
para manter sequer um Cessna leve no ar!)
Porém, no caso do ônibus espacial, é verdade que a aeronave possui
motores - três foguetes de combustível líquido, gerando 375.000
libras de empuxo cada, para ser exato. (Para comparar, um Boeing 737
completamente carregado gera cerca de 130.000 libras, o que

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significa que cada um dos motores do ônibus espacial poderia lançar o


Boeing direto para 3 Gs indefinidamente. Isso sem considerar os
propulsores de foguetes sólidos presos ao tanque de combustível da
espaçonave, capazes de fornecer milhões de libras de empuxo!)
Portanto, o ônibus espacial possui motores. O problema é o
combustível. Para entrar em órbita, a espaçonave gasta tudo o que
carrega. Não sobra nada para a viagem de volta. Assim, a nave é um
planador, desde a órbita até pousar na Terra. Com a última parte do
combustível que sobrou após a missão, a nave ativa seus motores
menores, desacelerando para uma velocidade um pouco acima de
15.000 milhas por hora e inicia a descida para a atmosfera.
Então, se você pretende pilotar o ônibus espacial, e ele será um planador do
instante em que deixar a órbita até o momento em que pousar na Terra, é
essencial observar a regra mais importante dos planadores: Sempre mire à
frente (depois do ponto de pouso) e nunca antes. Se não alcançar a área de
pouso, você vai morrer, porque sem motores não é possível recuperar a
velocidade ou altitude perdidas. Mire à frente, pois a velocidade e altitude
adicionais podem ser dissipadas em curvas ou nos freios aerodinâmicos, caso
a nave esteja voando alto demais, mas não há o que fazer se ela estiver
voando baixo demais.
Para observar essa regra, a nave faz sua planagem intencionalmente a partir
de uma órbita muito alta, por medida de segurança. Mas há um problema.
Parece que se a nave fizer toda a aproximação em uma altitude grande
demais, acabará passando da base Edwards, onde será feito o pouso. Na
verdade, isso não acontece por um motivo. Durante a maior parte da
reentrada, o ônibus espacial voa com o nariz bem para cima, a fim de gerar
mais arrasto, e faz curvas fechadas para dissipar intencionalmente a energia
extra. A atitude de cabragem e as curvas fechadas são muito ineficientes,
fazendo com que a nave reduza a velocidade e desça em um ângulo de
planagem mais acentuado. Se a tripulação tiver a impressão de que a nave
não chegará até a zona de pouso, basta abaixar o nariz para aumentar a
eficiência e nivelar a rolagem para cessar as curvas fechadas. Isso transforma
o ônibus espacial em um planador mais eficiente, de modo que a tripulação
possa estender a planagem até a base de Edwards, com certeza. A
velocidade e altitude adicionais são os ases na manga da tripulação. A
desvantagem é que eles precisam dissipar constantemente a energia com

147
X-Plane 10

curvas fechadas (com até 70º de ângulo de bancagem!) e levantar o nariz


(até cerca de 40º!) para não ultrapassarem o campo de pouso.
Agora veremos um passo a passo do procedimento de reentrada, desde o
início e do modo como é feito tanto no ônibus espacial de verdade como no
X-Plane.
Depois de desorbitar, a nave se dirige para a atmosfera a uma altitude
de 400.000 pés, a 17.000 milhas por hora e a 5.300 milhas de distância
da base de Edwards (é o equivalente a pousar no deserto de Mojave
depois de iniciar a aproximação a oeste do Havaí - nada mau!). Na
realidade, o piloto automático controla todos os 30 minutos da
reentrada e os astronautas só assumem o comando da nave nos 2
últimos minutos da planagem. Os astronautas poderiam pilotar toda a
reentrada, mas isso não é encorajado pela NASA, por motivos óbvios.
Essas velocidades e altitudes estão muito fora da concepção humana
normal e a nossa habilidade de controlar essas aproximações é quase
nula.
Durante as primeiras cem missões do ônibus espacial, a aeronave foi
pilotada à mão durante toda a reentrada somente uma vez, por um
piloto que era ex-fuzileiro e estava pronto para enfrentar o desafio e
os riscos associados a ele. Ao contrário disso, os usuários que pilotam
o ônibus espacial no X-Plane terão que completar a missão inteira
usando controles manuais.

8.4.1 Passo a Passo


Nesse momento, o indicador de velocidade do ar estará próximo de
zero. Isso é interessante, já que a aeronave está se movendo a mais de
17.000 mph. Isso ocorre porque o indicador de velocidade do ar
funciona com base na quantidade de ar que passa por ele, assim como
as asas da nave. No espaço, obviamente, há pouquíssimo ar. A
velocidade do ar indicada irá aumentar gradualmente, conforme a nave
desce. Nessas condições, embora a nave esteja desacelerando, o
indicador de velocidade do ar irá subir, ao entrar em contato com o ar
menos rarefeito, que aumenta a pressão no sensor. Esse
comportamento estranho do indicador de velocidade do ar é útil,
porque o ar também está aplicando mais pressão nas asas. Isso significa
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que o indicador de velocidade do ar na verdade está medindo quanta


força as asas podem gerar. Essa é a informação que interessa ao piloto
no momento.
Explicando, o indicador de velocidade do ar mostra a verdadeira
velocidade do ar da aeronave, vezes a raiz quadrada da densidade do ar.
Ele indica velocidades menores no ar rarefeito, mas as asas também
geram menos sustentação no ar rarefeito, de modo que o indicador
funciona muito bem para informar ao piloto quanta sustentação pode
ser gerada pelas asas.
Se o indicador de velocidade do ar mostrar mais de 250 nós, as asas têm
ar suficiente para gerar a sustentação necessária para carregar a
aeronave. Se o indicador estiver mostrando menos do que 250 nós,
então as asas não estão recebendo ar suficiente para levantar o ônibus
espacial, o que significa que ele ainda está mais ou menos passando
pela camada superior da atmosfera, onde o ar é rarefeito demais para
permitir um controle de voo.
Quando o indicador de velocidade do ar na tela começar a indicar um
valor (conforme a aeronave descer e alcançar o ar menos rarefeito), isso
significará que a nave está entrando na atmosfera a 15.000 mph - bem
devagar e com muito cuidado. Lembre-se, se a nave estivesse viajando a
15.000 milhas por hora no ar espesso do nível do mar, ela se desfaria
em um milhão de pedacinhos instantaneamente. O motivo dela
permanecer inteira a 15.000 mph aqui em cima é que o ar é tão fino
que quase não tem impacto sobre a nave. Novamente, o indicador de
velocidade do ar informa o quanto o ar está realmente afetando a
aeronave, 250 nós é um valor “confortável”. O truque é fazer com que
a aeronave chegue ao nível do mar (e ao ar muito mais espesso nessa
altitude) com uma velocidade muito menor do que 15.000 mph, e que
faça isso na base aérea de Edwards. Para isso é que serve a reentrada,
para dissipar a velocidade na descida, de modo que a nave nunca esteja
viajando rápido demais para a espessura do ar em que ela está. Ela só
pode descer para um nível de ar mais espesso após perder um pouco da
velocidade no ar mais rarefeito acima dela.
Isso tudo deve ser um processo bastante tranquilo, em que a nave não
chega abruptamente a uma camada espessa e pesada de ar em uma

149
X-Plane 10

velocidade excessiva.
Agora, conforme a nave começa a tocar as moléculas mais externas da
atmosfera da terra, você notará um pequeno aumento na capacidade
de pilotá-la, quando o ar começar a passar pelas asas. Ao mesmo
tempo, o indicador deve começar a mostrar alguma velocidade. Note a
imagem do orbitador no lado direito da tela do EFIS. A Atlantis já tinha
esse display instalado sobre seus antigos medidores de vapor (os EFISs
da Atlantis são modelados de forma muito precisa no X-Plane, os
astronautas certamente podem usá-los para familiarização). Tanto o
orbitador quanto a rota de descida para Edwards devem estar visíveis.
O objetivo é permanecer no centro da rota. Se a nave ficar acima dela,
ela estará indo rápido demais ou alto demais e poderá ultrapassar a
área de pouso. Se estiver abaixo da rota, ela estará devagar ou baixo
demais e pode não chegar até lá.
Lembre-se de que a linha é traçada com uma grande margem de erro,
de modo que se o piloto permanecer na linha, terá energia extra de
sobra. Ficar um pouco abaixo da linha só irá usar um pouco mais da
reserva de velocidade/altitude. Ficar muito tempo abaixo da linha
impedirá que a nave alcance a base de Edwards.
O orbitador deve ficar próximo da linha verde central. Essa linha verde
representa a velocidade desejada para a parte inicial da reentrada, a
energia total desejada para a parte intermediária e a altitude desejada
na parte final da reentrada. É assim que a NASA configura o EFIS. Se a
nave estiver se movendo rápido demais ou alto demais (ou seja, acima
da linha central), então é necessário dissipar um pouco de energia.
Coloque a nave em uma bancagem acentuada, puxe o nariz para cima
e segure! O orbitador real ficará com o nariz para cima a 40º e com
70º de bancagem a fim de dissipar energia, movendo-se a 14.000
mph como um cometa incandescente, atravessando a camada
superior da atmosfera no piloto automático e deixando um rastro de
gás ionizado de dez milhas de comprimento, enquanto os astronautas
apenas assistem.
Faça algumas curvas fechadas para dissipar energia conforme
necessário, a fim de impedir que a nave fique acima da linha verde
central. Veja o ponteiro azul no lado esquerdo do display na

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extremidade direita. Ele indica a altura em que o nariz deve ficar. O


ponteiro verde indica onde o nariz está agora. Eles devem ficar na
mesma posição. Os ponteiros logo à direita indicam a desaceleração
desejada e atual. Esses indicadores, porém, não serão usados para
pilotar. Veja o pequeno ponteiro acima, na escala horizontal. Essa é a
estimativa do computador para o ângulo de bancagem que a aeronave
precisa manter para ficar na linha verde central. O piloto deve serguir
as recomendações do computador ou a sua própria intuição para
decidir a bancagem, mas certamente deve manter o nariz para cima
(para permanecer na camada superior da atmosfera) e fazendo curvas
fechadas para dissipar o excesso de velocidade e altitude. Pode ser
tentador baixar o nariz da aeronave quando ela está em grande
altitude, mas não faça isso. A nave iria descer até o ar mais espesso,
fazendo uma parada brusca por causa do arrasto enorme, o que a
impediria de chegar até Edwards. Ela acabaria nadando em algum
ponto do Pacífico, perto do Havaí.
Agora, conforme o piloto faz as curvas fechadas, a aeronave gradualmente
sairá do curso. Por isso, o direcionamento de virada deve ser ativado de vez
em quando para manter o curso. Vire um pouco para a esquerda, depois
para a direita, depois para a esquerda novamente. É assim que o orbitador
verdadeiro faz, um zigue-zague pela atmosfera superior a Mach 20. Observe
a base de Edwards na tela central do EFIS.
Conforme a nave se aproxima da base, bem em cima da linha verde
central da tela da direita, deve haver um círculo desenhado um pouco
depois de Edwards. Esse é o cilindro de alinhamento de direção
(Heading Alignment Cylinder, H.A.C.). A aeronave sobrevoará Edwards
a cerca de 80.000 pés e voará em torno da linha externa do H.A.C.,
como se estivesse correndo ao redor de uma mesa. Depois de fazer a
volta, a nave estará apontando diretamente para a base de Edwards.
Se ela ainda estiver na linha verde, a altitude também estará correta
para o pouso. No ônibus espacial verdadeiro, geralmente é nesse
momento que o piloto desliga o piloto automático e assume o
controle.
A aeronave agora deve estar a uma velocidade de 250 a 300 nós,
descendo a cerca de 15.000 pés por minuto (uma taxa de descenso de
125 milhas por hora). Nem é necessário dizer que nenhum piloto quer

151
X-Plane 10

tocar o solo com uma taxa de descenso de 125 milhas por hora. Não
mire na pista, a menos que pretenda se tornar um borrão espalhado
por ela. Ao invés disso, mire nas luzes piscantes da glideslope,
instaladas a cerca de 2 milhas antes da pista, com o oferecimento
especial da NASA. Se elas estiverem todas vermelhas, a nave está
baixa demais. Se estiverem todas brancas, está alta demais, então você
precisa acionar os freios aerodinâmicos. Se as luzes estiverem metade
brancas, metade vermelhas, o orbitador está na glideslope correta
(cerca de 20º). Os aviões de linhas aéreas fazem a aproximação a 125
nós, com um ângulo de descida de 3º, enquanto que o ônibus espacial
usa 250 nós e um ângulo de 20º - não muito incomum, considerando
que a entrada no padrão foi iniciada a oeste do Havaí.
Relembrando: a aeronave deve estar a 250 nós, na linha verde e
alinhada com a pista. Ela deve estar de frente para luzes brancas e
vermelhas da glideslope, com os estrobos piscando perto delas. Essa
configuração de aproximação deve ser mantida até que a nave esteja
bem perto do solo (glideslope de 3º até a pista), então a descida deve
ser nivelada e o trem de pouso descido (usando a tecla ‘G’ ou o
mouse). Puxe o nariz para cima, fazendo o flare ao se aproximar da
pista, com o orbitador tocando suavemente o solo. Abaixe o nariz,
acione o paraquedas e até os freios, se a nave tiver autorização para
rolar.
Agora você só precisa repetir esse processo mais cem vezes sem errar
para ser tão bom quanto a NASA.
Agradecimentos especiais a Sandy Padilla pela maioria das informações
sobre a reentrada com o ônibus espacial!

8.5 Pilotando o X-15


O X-15 dos EUA é um monstro veloz, movido a foguetes. Com uma
velocidade máxima de Mach 6.72 (4.520 milhas por hora), é a
aeronave tripulada mais rápida do mundo. Para iniciar o voo, esse
avião é lançado, unicamente, da “nave mãe”, o B-52. Sua velocidade
máxima é mais de duas vezes maior do que a do SR-71 (o avião a jato
mais rápido do mundo) e sua altitude máxima de mais de 50 milhas

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qualifica seus pilotos para o status de astronautas.


A velocidade máxima da nave, absurdamente alta, requer a instalação
de uma blindagem em um lado do para-brisa - sem ela, as janelas
queimariam. Os pilotos do X-15 pilotavam a parte de alta velocidade
da missão com a blindagem levantada do lado direito, olhando apenas
pelo lado esquerdo. Depois que a aeronave reduzia a velocidade (e a
janela esquerda já estava toda queimada), o piloto ejetava a blindagem
e usava a janela direita para pousar.
Para carregar o X-15, abra o menu Aeronaves e clique em Aeronaves e
Situações. Na tela exibida, clique no botão ‘Lançamento aéreo do
B-52’. O X-Plane carregará o X-15 e sua nave de lançamento (por
padrão, o B-52). Quando estiver pronto, pressione a barra de espaço
para soltar o foguete da nave de lançamento. Dê aceleração total sem
flaps e veja a sua velocidade do ar subir como um “foguete” - pelo
menos até você ganhar altitude suficiente. Aí, a velocidade do ar
indicada descerá para cerca de 15 nós, quando na verdade você está
se movendo a Mach 6.

8.6 Simulação de Combate no


X-Plane
Leia a página sobre Combate no X-Plane na X-Plane Wiki para obter
informações sobre como configurar os controles de voo, adicionar
aeronaves inimigas, armar a sua aeronave, disparar armas e lutar.

8.7 Executando Operações em


Porta-aviões
Para iniciar as operações em porta-aviões, selecione a aeronave desejada.
O F-22 Raptor ou o JA 37 Viggen (ambos encontrados na pasta Caças, no
diretório Aeronaves) são boas escolhas. Então, abra a tela Aeronaves e
Situações e pressione os botões Catapulta ou Aproximação de Porta-
Aviões para configurar um lançamento de catapulta a partir de um
153
X-Plane 10

porta-aviões ou uma aproximação final para um deles, respectivamente.


Para decolar de um porta-aviões, algumas coisas precisam ser feitas em
rápida sucessão. Primeiro, selecione os flaps (posição ½) e em seguida
aplique potência máxima nos motores. Solte os freios (usando a tecla ‘B’
por padrão) para ativar o lançamento da sua aeronave pela catapulta. A
partir daí, oriente a aeronave pelo convés e, ao passar pela borda, puxe o
nariz para cima. Quando estiver em voo, recolha o trem de pouso (usando
a tecla ‘G’ por padrão) e estará tudo certo.
Pousar em um porta-aviões é um pouco mais difícil. Primeiro, certifique-se
de que tem uma aeronave com gancho de cauda, como os caças padrão
do X-Plane.
Para configurar uma aproximação em um porta-aviões moderno, como o
USS Nimitz, incluído no X-Plane 10, lembre-se de que a pista de pouso
tem um ângulo de 30º a bombordo (esquerda) - ela não segue o convés
principal, como em navios mais antigos. Essa alteração foi feita para
corrigir os acidentes muito comuns na Segunda Guerra, quando um caça
pousando colidia com a linha de aviões no final da pista. Um piloto
pousando em um porta-aviões como esse precisa corrigir o ângulo. Com
o ADF sintonizado no porta-aviões, você deve esperar até que ele esteja
apontando 15 ou 60 graus à direita antes de virar para o pouso.
Ao se aproximar do convés para o pouso, o ângulo de planeio é de
cerca de 3,5 graus. Nesse momento, o gancho de cauda deve ser
baixado, acionando o botão HOOK, que ficará verde. Isso permitirá
que a cauda da aeronave se prenda aos cabos de arrasto no convés.
Esses cabos irão desacelerar o avião de mais de 100 nós a zero em um
pouco mais de um segundo.
Ao contrário dos pousos convencionais, não se deve fazer o “flare”
(arredondamento) antes de pousar em um porta-aviões. Enquanto um
avião comercial levantaria o nariz logo antes de tocar a pista (garantindo
assim um pouso suave), uma aproximação em porta-aviões deve manter
uma razão de planeio constante até que a aeronave toque o convés.
Além disso, de maneira nada intuitiva, um piloto de caça deve acionar a
aceleração total no momento em que a aeronave tocar o convés. Isso
porque mesmo se o piloto fizer tudo certo, o gancho de cauda pode não

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se prender nos cabos de arrasto. Quando isso acontece, o piloto precisa


estar pronto para sair do convés (arremeter) em segurança e voltar para
uma nova tentativa. Não se preocupe, mesmo em aceleração total, os
cabos de arrasto ainda serão capazes de segurar a aeronave.

8.8 Combatendo Incêndios Florestais


Para bombardear incendios florestais com água no X-Plane, carregue o
avião desejado, como o hidroavião Bombardier 415. Então, para aumentar
as chances de encontrar um incêndio florestal, abra o menu Ambiente e
selecione a opção Clima. Ali, marque o item ‘definir clima uniformemente
para o mundo todo’. Coloque todas as camadas de nuvens em “claro”,
sem precipitação, e defina a temperatura em 70ºF (21ºC) ou mais.
Dessa forma, você deverá encontrar alguns incêndios florestais,
especialmente em áreas montanhosas. Para ir instantaneamente até o
incêndio mais próximo, clique no menu Aeronaves e selecione Aeronaves e
Situações. Na tela exibida, clique no botão ‘Aproximação de incêndio
florestal’. Alternativamente, os incêndios aparecerão nos mapas do X-Plane
(disponíveis na tela Mapa Local do menu Local), como pequenos ícones de
fogo.
Com o Bombardier 415, você precisa carregar a água primeiro na parte
inferior do avião. Com a carga de água pronta para ser despejada, você
pode atribuir uma tecla (conforme a seção “Configurando atalhos de
teclado” no capítulo 4) para a função “alijar carga” (categorizada sob os
controles de voo). Pressione esse botão para lançar a carga de água sobre o
fogo.

8.9 Voando com Gravidade Não


Padrão
Você pode alterar as propriedades gravitacionais do mundo do X-Plane
usando a tela Propriedades do Ambiente, no menu Especial. A
gravidade do planeta é calculada com base no raio e massa do

155
X-Plane 10

planeta. Isso pode ser usado em algumas experiências interessantes.

8.10 Pilotando em Outras Situações


Especiais
Na tela Aeronaves e Situações, aberta a partir do menu Aeronaves,
você encontrará várias formas especiais de decolar e voar. Pressione os
botões ‘Decolagem na grama’, ‘Decolagem na terra’, ‘Decolagem no
cascalho’ ou ‘Decolagem em hidrovia’ para ir até a pista de decolagem
do tipo selecionado mais próxima da sua posição. Lembre-se de não
usar o botão ‘Decolagem em hidrovia’ a menos que você esteja em
um hidroavião!
Use os botões ‘Aproximação em fragata’, ‘Aproximação em
plataforma de petróleo média’ e ‘Aproximação em plataforma de
petróleo grande’ para obter alvos ótimos para pousos com helicóptero.

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Análises de Especialistas
– Liberando Todo o
Potencial do Simulador
9.1 Ajustando Sensibilidade dos
Controles de Voo da Aeronave no
X-Plane
Se o X-Plane estiver configurado e voando, mas as aeronaves estiverem
muito sensíveis na arfagem ou com tendência para um lado, pode ser
necessário ajustar a sensibilidade dos controles de voo no simulador. Antes
de executar as etapas a seguir, certifique-se de que o joystick e/ou outros
dispositivos de controle estão configurados e calibrados. Para obter mais
informações sobre como fazer isso, consulte a seção “Configurando
controles de voo” no capítulo 4.
Para verificar facilmente se os controles estão adequadamente calibrados,
abra o menu Configurações e selecione Entrada e Saída de Dados. Então,
marque o item mais à direita, chamado ‘joystick ail/elv/rud’. Ao fechar a tela
Entrada e Saída de Dados, você verá, no canto esquerdo superior da tela, as
entradas de comandos para ailerons, profundor e leme recebidas dos
controles de voo (como o manche, joystick, pedais, etc.). Com os controles
adequadamente configurados, as entradas de aileron, profundor e leme
devem estar bem próximas de 0.0 quando os controles de voo estão
centralizados. Quando os controles são movidos completamente para a
esquerda ou para a frente, o valor deve estar próximo de -1.0. Quando os
controles são movidos completamente para a direita ou para trás, o valor
deve estar próximo de 1.0. Se esses valores forem exibidos, então os
controles estão adequadamente calibrados. Do contrário, não é surpresa
que o seu avião não esteja voando corretamente! Você precisa configurar
os controles, conforme descrito na seção “Configurando controles de voo”
no capítulo 4.

157
X-Plane 10

Se os controles estão calibrados corretamente de acordo com o teste acima,


mas ainda assim a aeronave não voa corretamente, é hora de examinar o
primeiro nível de ajuste da resposta dos controles. Abra o menu
Configurações e clique em Joystick e Equipamento. Na tela exibida,
selecione a guia Eixos. Deixe os controles de voo centralizados e pressione o
botão ‘Usar esta posição como centro’.
Depois disso, feche a tela Joystick e Equipamento e mova os controles de
voo para a posição centralizada. Verifique se a saída de dados (que ainda
deverá estar sendo exibida na tela) fica próxima de 0.000 quando os
controles estão centralizados. Caso sim, o hardware está funcionando
corretamente e o ponto central foi definido com sucesso. Se a saída de
dados não marcar um valor próximo de 0, o hardware é de má qualidade,
está com defeito ou o ponto central não foi definido corretamente.
Com o ponto central configurado corretamente, tente pilotar o avião mais
uma vez. Se ainda assim ele não se comportar adequadamente, continue
lendo para ajustar o próximo nível de resposta dos controles.
Abra a tela Joystick e Equipamento e selecione a guia Zona Nula. Veja as
três barras deslizantes no canto direito superior da tela, chamadas de
resposta do controle (uma para arfagem, outra para rolagem e outra para
guinada). Se as três barras estiverem totalmente para a direita, a resposta
dos controles será linear, ou seja, uma deflexão de 50% na alavanca do
joystick causará uma deflexão de 50% no controle da aeronave. Da mesma
forma, 100% de deflexão no hardware causará 100% de deflexão no
controle da aeronave.
Se o problema é que o avião parece sensível demais na simulação, tente
arrastar o marcador nas barras completamente para a direita. Isso irá
oferecer uma resposta não linear. Dessa forma, uma deflexão de 0% no
hardware continua causando 0% de deflexão na simulação e o mesmo vale
para uma deflexão de 100%. A diferença fica entre as duas - uma deflexão
de 50% no hardware pode causar uma deflexão de apenas 15% no
controle do simulador. Em outras palavras, embora a taxa de controle para
os comandos extremos permaneça inalterada (não importa como as barras
sejam configuradas), o ajuste fino dos controles aumentará para deflexões
menores parciais, já que os controles de voo irão se mover menos com uma
deflexão pequena ou moderada do hardware do manche ou joystick. Isso

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oferecerá um controle suave de arfagem e rolagem.


Se depois de alterar a resposta dos controles a aeronave não voar como
deveria, continue lendo. O próximo nível de ajuste dos controles é o
aumento da estabilidade. Se o avião ainda parece estar “nervoso” ou
sensível demais, volte até a tela Zona Nula, na tela Joystick e Equipamento,
e arraste as três barras deslizantes no canto esquerdo superior da tela
(chamadas de aumento de estabilidade) completamente para a direita.
Isso fará com que o X-Plane ajuste automaticamente todas as entradas do
joystick até uma certa medida, resistindo a deflexões rápidas ou grandes na
arfagem, direção e rolagem. Basicamente, é como ter um piloto automático
sempre ligado, tornando a pilotagem mais suave. Obviamente, isso é muito
falso, mas na falta de um sistema de controle de voo perfeito, retorno de
visão periférica e carga G, pode ajudar a suavizar as características de voo
do avião. Tente pilotar com as barras deslizantes em várias configurações,
mantendo em mente que colocá-las completamente à esquerda é a
configuração mais realista (sem adicionar qualquer estabilidade artificial).
Se após fazer tudo o que foi descrito acima a aeronave ainda assim não
voar como deveria, nada mais pode ser feito a partir do simulador. Agora é
hora de ajustar o próprio modelo do avião. No mundo real, se um avião
está puxando para um lado ou outro, o piloto irá mover o ajuste do
compensador do aileron para um lado ou outro. Esse ajuste compensa as
imperfeições no formato da aeronave, a dinâmica do propwash ou a
distribuição de massa dentro do avião. A mesma coisa pode ser feita no
X-Plane - você pode ajustar o compensador para um lado ou para o outro a
fim de fazer o avião voar em linha reta.
Para isso, saia do X-Plane e abra o Construtor de Aviões (Plane Maker,
encontrado na pasta de instalação do X-Plane, por padrão, localizada na
área de trabalho). Clique no menu Arquivo e selecione Abrir. Ali, selecione
o avião que está puxando para a direita ou esquerda e carregue-o usando o
botão Abrir.
Então, abra o menu Padrão e clique em Geometria de Controle. Nessa tela,
selecione a guia Compensador e Velocidade Localize a coluna de controles
mais à direita na parte superior da tela, chamada ‘ajuste da graduação do
compensador’. Esta é uma medida do quanto as graduações dos
compensadores estão inclinadas em cada eixo. O controle do topo é o

159
X-Plane 10

profundor, o do meio, os ailerons e os de baixo, do leme (de acordo com as


indicações à esquerda). Um valor de 0.000 no ajuste de graduação do
compensador significa que ela não está inclinada. Um valor de 1.000
significa que ela está tão inclinada que o controle fica completamente
defletido pelo compensador - esse é um valor excessivo. Tente ajustar a
graduação do compensador só um pouco - coloque o valor em 0.05 ou, no
máximo, 0.10. Isso seria o suficiente para defletir os controles em 5% e
10%, respectivamente, pela ação do compensador. Um valor positivo
corresponde ao acionamento do compensador para cima ou para a direita,
dependendo se o controle em questão é de arfagem, guinada ou rolagem.
Portanto, se o avião precisa rolar um pouco mais para a direita (ou parar de
rolar para a esquerda), coloque um número positivo para o controle do
aileron.
O mesmo serve para o leme: se o avião precisa puxar mais para a direita,
coloque um valor positivo para o ajuste do compensador do leme. Se o
avião precisa puxar mais para cima, coloque um valor positivo para o ajuste
do compensador do profundor. Ajuste os compensadores conforme
necessário, salve o arquivo da aeronave (usando o menu Arquivo) e feche o
Construtor de Aviões. Então, abra o X-Plane e tente pilotar o avião
novamente. De acordo com os ajustes feitos nos compensadores, ele
deverá puxar perceptivelmente para um lado ou outro. Os controles dos
compensadores podem precisar de um novo ajuste para que o avião voe da
forma desejada.

9.2 Configurando a Posição do


Copiloto
Para usar uma estação de copiloto (um segundo computador conectado
pela rede ao simulador principal, exibindo uma parte da cabine para o
copiloto), você primeiro precisa de dois computadores, cada um
executando sua própria cópia do X-Plane. Eles devem estar na mesma
rede ou conectados por meio de um único cabo Ethernet cruzado. Os
computadores devem formar uma LAN simples, configurada
normalmente no Mac OS ou Windows, conforme o caso.

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Você precisará de duas cópias do arquivo de aeronave que pretende


pilotar, ambas criadas ou modificadas usando o Construtor de Aviões. A
primeira cópia da sua aeronave deve ter o painel de instrumentos do
lado do piloto. Se você estiver satisfeito com o layout padrão do painel,
qualquer um dos aviões padrão pode ser usado. Com a primeira versão
(a do lado do piloto) do avião pronta, faça uma cópia de toda a pasta da
aeronave e adicione um sufixo, como “copiloto”, ao final do nome da
pasta. Por exemplo, se a aeronave que você deseja pilotar está na pasta
“Boeing 747”, você pode renomear a versão do copiloto como “Boing
747 - copiloto”. A seguir, abra a cópia do lado do copiloto no
Construtor de Aviões e ajuste o painel de instrumentos (conforme
descrito no capítulo “Criando um painel de instrumentos”’ do manual
do Construtor de Aviões’) da forma desejada para o lado do copiloto.
Quando terminar, salve e feche o Construtor de Aviões.
Agora, deve haver duas cópias da mesma pasta de aeronave, em que
cada um dos arquivos de aeronave possui seu próprio painel de
instrumentos. Essas pastas agora tem nomes como “[nome do avião ]”
e “[nome do avião ] copiloto”. Ambas as pastas devem estar no mesmo
local, no seu diretório do X-Plane.
Basta copiar toda a pasta da aeronave de um dos computadores para o
outro, colocando-a no mesmo diretório (em relação ao diretório de
instalação do X-Plane) no segundo computador. Por exemplo, o local da
pasta pode ser X-Plane 10\ Aeronaves\Boeing 747\ no computador do
piloto e X-Plane 10\ Aeronaves\Boeing 747 copiloto\ no computador do
copiloto. Depois de fazer isso, abra o X-Plane nos dois computadores,
mova o cursor do mouse até o topo da tela, clique em ‘Configurações’ e
selecione ‘Conexões de Rede’. Na tela Conexões de Rede, selecione a
guia “Vis. Externa”. A partir daí, o procedimento é diferente para a
máquina do piloto e do copiloto.
Na máquina do piloto, marque o item chamado ‘IP da visualização/
cabine extra’ e coloque o endereço IP do computador do copiloto.
Agora, no computador do copiloto, marque o item ‘IP da máquina
controladora’ e informe o endereço IP do computador do piloto. No
canto esquerdo inferior, clique no campo “sufixo do nome da pasta” e
digite “copiloto” (ou coloque o sufixo que você decidiu usar
anteriormente). Depois, não importa qual aeronave esteja aberta na

161
X-Plane 10

máquina do piloto, este computador adicionará “copiloto” ao nome da


pasta da aeronave que precisa abrir. A seguir, no computador do piloto
(a máquina controladora), abra a versão do piloto da aeronave que você
vai usar. Se tudo estiver configurado corretamente, a máquina do piloto
enviará todos os dados apropriados para a máquina do copiloto, que
receberá a mensagem. A máquina do copiloto irá aplicar o sufixo
“copiloto” ao nome da pasta da aeronave e abrirá a versão do copiloto
da cabine da aeronave na máquina do copiloto.

9.3 Configurando um Simulador com


Monitores Múltiplos
Há vários modos diferentes de usar um simulador com vários monitores.
Você pode querer usar muitas telas conectadas juntas para formar uma
visualização muito ampla da cabine, ou usar um monitor para a cabine e
os outros para visualizações externas. Há duas formas gerais de
configurar múltiplos monitores.
Você pode ter todos eles conectados ao mesmo computador,
executando uma cópia do X-Plane, ou vários computadores diferentes
ligados em rede, cada um deles com seu próprio monitor e sua própria
cópia do X-Plane.
Em geral, usar várias telas em um computador terá mais restrições em
relação ao que pode ser configurado no simulador. Ligar vários
computadores em rede seria uma solução mais flexível, mas também
muito mais cara.

9.3.1 Usando vários monitores com um computador


Vários monitores podem ser usados com um computador, de três
formas. Você pode:
• Conectar e configurar dois monitores na sua placa de vídeo
(se ela suportar vários monitores) e configurá-los como telas
separadas no sistema operacional;

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• Comprar um divisor de sinal (splitter) de vídeo, como o Matrox


TripleHead2Go, ligar seus monitores nele e configurar todos
os seus monitores em uma única tela enorme no sistema
operacional; ou
• Usar uma tecnologia como a Eyefinity da AMD (presente nas
placas de vídeo Radeon série 5xxx e mais recentes), ligar seus
vários monitores diretamente na placa e configurá-los no
sistema operacional como uma única tela grande.
Se os seus múltiplos monitores estiverem configurados como uma
única tela grande no seu sistema operacional, você só precisa marcar o
item ‘executar em tela cheia’ na janela Opções de Renderização para
fazer com que o X-Plane preencha a tela com uma única janela
grande. Mas se os seus monitores estiverem configurados no sistema
operacional como telas separadas, a sua melhor opção é usar uma
versão regular do X-Plane no modo janela, que você pode
redimensionar manualmente para preencher o máximo possível da
tela. Se você quiser usar o seu segundo monitor como uma estação de
instrutor, consulte a seção “Usando uma estação de instrutor (IOS)
para treino de voo”, no capítulo 8.

9.3.2 Conectando Vários Computadores com Múltiplas


Telas
Para configurar um simulador com múltiplos computadores, todos eles
deverão estar conectados em rede. Então, o X-Plane deve ser iniciado
em cada um dos computadores. Em cada máquina, abra o menu
Configurações e clique em Conexões de Rede. Na tela exibida,
selecione a guia Vis. Externa. Ali, as etapas são diferentes para a
máquina controladora (o computador onde estão conectados todos os
seus controles de voo) e os outros computadores. Na máquina
controladora, você precisa marcar tantos itens ‘IP da visualização/
cabine extra’ quantos forem os computadores adicionais e inserir os
endereços IP de cada um deles. Nos computadores usados para
visualização, porém, você só precisa marcar o item ‘IP da máquina
controladora’ e informar o IP do computador principal. Note que não é
necessário mudar o número padrão da porta (49.000).

163
X-Plane 10

Como essas telas adicionais devem ser configuradas? Digamos que


queremos usar quatro computadores e quatro monitores: uma cabine
e três visualizações externas (uma configuração comum). Em cada um
dos três computadores usados para as visualizações externas,
precisamos abrir a tela Opções de Renderização no menu
Configurações. Ali, vamos inserir um campo de visão lateral de 45º
para cada uma delas. Configure o desvio lateral para cenário em rede
em -45º para a tela da esquerda, 0º para a tela do centro e 45º para a
tela da direita, sem desvio vertical em nenhuma das telas. Isso resultará
em um campo de visão de 135º (45 x 3). Se isso for desenhado no
papel, fica claro que os ajustes de 45º graus nas telas da esquerda e
direita farão com que elas se sincronizem perfeitamente com a tela
central.
A partir daí, os monitores precisam ser fisicamente movidos na
“cabine”, ou seja, o local onde o usuário se sentará enquanto estiver
pilotando o simulador, em um semicírculo, descrevendo um campo de
visão de 135º. Se isso não for feito, o horizonte não parecerá estar
reto quando a aeronave arfar e rolar. Isso é causado pelo efeito da
“lente de olho de peixe”. Se um campo de visão de 135º for descrito
em um plano liso ou em um arco de monitores com um arco inferior a
135º, isso resultará nesse efeito de olho de peixe, fazendo com que o
horizonte pareça se dobrar e distorcer entre os monitores.
Alinhando o Horizonte (Sem Ajustes Verticais)
Agora, algumas pessoas se sentam no chão e percebem que o
horizonte não fica alinhado, então inserem desvios verticais em alguns
dos monitores para fazer com que os horizontes se alinhem. Eles logo
ficam confusos quando nada fica onde deveria ao arfar ou rolar. Se os
desvios verticais forem usados, você deve usá-los em todas as
máquinas conectadas à rede do seu simulador, a menos que um
monitor esteja fisicamente sobre outro. Se alguns dos seus
computadores (mas não todos) tiverem desvios verticais, as coisas vão
ficar bagunçadas.
O que acontece com frequência é que um usuário irá voar com uma
cabine na tela central, o que muda o centro daquela tela em relação
ao cenário para cerca de 75% da altura do monitor. Isso é feito para

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deixar espaço para os instrumentos. As visualizações externas, por


outro lado, têm o centro da tela no centro do monitor, pois não
precisam reservar espaço para o painel de instrumentos. Nesse caso,
você precisa fazer o seguinte:
1. Abra o Construtor de Aviões, no diretório de instalação do
X-Plane.
2. Clique no menu Arquivo e selecione Abrir Aeronave.
3. Navegue até a aeronave que você deseja pilotar e abra-a.
4. Clique no menu Padrão e selecione Visualizações.
5. Na tela Visualizações, selecione a guia ‘Visualização’.
6. Configure o item ‘centro vertical, visualização do painel’ (ou
seja, a coordenada do centro da tela quando estiver na
visualização do painel) para a metade da altura do seu
monitor em pixels (considerando que você executa o X-Plane
no modo tela cheia). Por exemplo, se o seu monitor tem 1920
x 1080 pixels, você deve inserir 540 (1080/2).
7. Feche a tela Visualizações, pressionando a tecla Enter ou
clicando no X no canto da tela.
8. Abra o menu Arquivo e clique em Salvar Como (e não em
Save, pois você não quer sobrescrever o arquivo original).
9. TDigite um nome para essa cópia do arquivo da aeronave (por
exemplo, “Monitor triplo - [nome da aeronave]”) e pressione
Salvar.
10. Feche o Construtor de Aviões.
Agora, ao carregar a nova cópia da aeronave no X-Plane, o centro da
tela estará exatamente onde você quer.
Corrigindo as Bordas dos Monitores
Imagine que você tem três computadores em rede, fornecendo
visualizações adicionais para fazer uma cabine à sua volta. Cada
computador pode ter um campo de visão lateral de 45º (conforme
configurado nas Opções de Renderização). Você deve inserir um desvio

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X-Plane 10

lateral para cenários em rede, -45º para a tela da esquerda, 0º para a


do centro e 45º para a da direita, conforme explicado anteriormente.
Se cada tela tiver um campo de visão de 45º, essas imagens serão
mescladas sem considerar a largura das bordas dos monitores.
Se você não conseguir configurar os monitores para exibir a imagem
efetiva até o final da borda (como é possível com alguns modelos,
mesmo que você não consiga ver a parte sob a borda), pode tentar
um campo de visão de 43º baseado na fração visível do monitor. Os
desvios vertical e de rolagem são, obviamente, similar ao desvio lateral,
só que para cima e para baixo e de inclinação da tela.
Nota: Embora os desvios de visualização indiquem o quanto cada
visualização está exibindo para a esquerda, direita, para cima ou para
baixo, as pessoas cometem o mesmo erro repetidamente: executam
uma visualização central com a cabine na tela do meio e visuais
externos à esquerda e direita, o que não é um problema, mas elas
notam que o horizonte na tela do meio (a cabine) não se alinha com
os horizontes nos dois lados. Isso ocorre porque, na tela de
visualização da cabine, o ponto central da tela (onde passa o
horizonte) fica próximo do topo do monitor a fim de deixar espaço
para o painel de instrumentos. Nas visualizações externas, que não
precisam de espaço na parte de baixo para exibir instrumentos, o
ponto central fica no meio da tela. Frequentemente, as pessoas
tentam baixar o desvio vertical no painel central (o da cabine).
Isso causa vários problemas de alinhamento nas visualizações. O modo
de corrigir isso é explicado na seção “Alinhando o horizonte (sem
desvios verticais)” acima, alterando o centro da tela da sua aeronave.
Só assim o horizonte ficará sempre alinhado em todas as visualizações.
Em outras palavras, a única circunstância em que um desvio vertical
deve ser usado é se houver um monitor em cima de outro.
Usando Outros Controles Especiais de Visualização
A configuração do campo de visão lateral, localizada na tela Opções
de Renderização, irá alterar o modo como o X-Plane exibe a
visualização do mundo exterior. Configurações mais altas permitirão
que uma parte maior do terreno seja vista de uma vez, mas isso irá
diminuir o desempenho. Configurações mais altas também

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aumentarão o efeito de “olho de peixe” no simulador. O valor padrão


é de 45º por tela, o que geralmente oferece um bom desempenho e
uma visualização natural. Note, obviamente, que alterar o campo de
visão em um monitor da sua configuração com telas múltiplas exigirá
que você reavalie os desvios laterais.
Suponha que você está usando múltiplos monitores, alguns para
visualizações externas e outros para as telas da cabine. Você pode
notar que quando as visualizações são alteradas no X-Plane, a
mudança se propaga por todas as visualizações. Para impedir que isso
aconteça, marque a opção ‘travar visualização em painel’ perto do
canto direito inferior da tela Opções de Renderização. Selecione essa
opção para fazer com que a tela sempre mostre a visualização
dianteira com cabine.

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X-Plane 10

Anexo A
Como Preencher um Relatório de
Erros
Ao enviar um relatório de bug, inclua o máximo possível de
informações - qualquer coisa que os desenvolvedores do X-Plane
possam usar para reproduzir o problema. Isso inclui, sem limitação, as
seguintes informações:
• O software em questão (X-Plane, EFIS App, Construtor de
Aviões, etc.)
• O sistema operacional em uso
• A versão do X-Plane em uso
• O hardware em uso (se o problema só ocorre ao usar um
certo hardware)
• Os passos exatos (passo a passo, da forma mais específica
possível) para reproduzir o problema
Além disso, antes de preencher um relatório de erros, por favor:
• Certifique-se de que está usando a versão mais recente do
X-Plane (isso inclui verificar se você não está usando um
atalho desatualizado).
• Apague (ou renomeie) o seu arquivo de preferências para
eliminar essa possibilidade.
• Desative todos os plugins ou add-ons de terceiros. (Por favor,
relate erros de software de terceiros ao desenvolvedor do
software, não à equipe do X-Plane.)
• Certifique-se de que compreende o recurso sobre o qual está
relatando um erro.
• Entre em contato com o atendimento ao cliente X-Plane em

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info@x-plane.com caso não tenha certeza se o caso é um erro


de software (bug) ou um problema para o suporte técnico.
• Anexe um arquivo log.txt do X-Plane (ou do assistente de
instalação ou outro X-Aplicativo) ao enviar o relatório, assim
como imagens em formato PNG de quaisquer problemas
visuais. O arquivo log.txt nos dirá várias coisas sobre o seu
sistema, acelerando a análise do problema.
Para enviar um relatório de erros, use a seguinte página da web:
http://dev.x-plane.com/support/bugreport.html
Note que se o relatório for preenchido corretamente, você não
receberá qualquer notificação sobre isso. O relatório será salvo e
analisado. Dependendo da prioridade, o erro será corrigido em uma
atualização futura.
Com frequência, as pessoas relatam erros como „O meu indicador de
velocidade não funciona“. Pois bem, eu posso bater o meu Corvette
em uma árvore, pegar o celular no bolso quando o airbag esvaziar,
ligar para a General Motors e dizer, „O meu velocímetro está
marcando zero!“. Em um caso como esse, como a GM pode me
ajudar a decifrar o que aconteceu?
Fazer um relatório no X-Plane dizendo „O meu indicador de
velocidade não funciona“ é inútil, por dois motivos. Primeiro, porque o
X-Plane tem cerca de 20 ou 30 instrumentos que indicam velocidade,
portanto, dizer „Indicador de Velocidade“ não identifica qual instru-
mento está sendo discutido. O segundo motivo é que você não
forneceu uma lista das coisas que você fez para encontrar o erro
alegado. Por exemplo, certas condições podem ser necessárias para
que o indicador de velocidade do ar não funcione - condições que
você mesmo pode provocar sem saber, de acordo com a seleção da
aeronave, do clima, etc.
Na analogia do Corvette, um relatório adequado para a GM seria:
1. Eu entrei no carro.
2. Apertei o botão da ignição, o motor ligou, eu engatei a
primeira marcha.

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X-Plane 10

3. Acelerei, girei o volante e dirigi normalmente até bater em


uma árvore, o que acabou parando o carro.
4. O velocímetro no painel de instrumentos indicava o valor zero.
5. Eu incluí uma fotografia tirada com a minha câmera digital,
mostrando tanto o velocímetro indicando zero como o carro
parado.
No mundo do X-Plane, uma lista de verificação adequada para o
relatório seria assim:
1. Eu renomeei meu arquivo de preferências para eliminar a
possibilidade de configurações estranhas e desconhecidas
interferindo na simulação.
2. Eu abri o X-Plane no meu computador, que usa o [sistema
operacional].
3. Eu abri o menu Arquivo e abri a aeronave “Austin’s Personal
Transport”.
4. Notei que o indicador de velocidade do ar do EFIS permanecia
em zero, independente da velocidade com que eu voava.
5. Eu incluí uma captura de tela do X-Plane exibindo o painel e a
velocidade real da aeronave sendo mostrada, com a opção
correspondente marcada na tela Saída de Dados.
A diferença entre os dois relatórios é que neste último você disse o que
está fazendo. Você começou redefinindo as preferências para que
possamos reproduzir os seus passos (a primeira etapa para resolver o
problema!). Você está nos dizendo qual aeronave foi aberta (para que
possamos abri-la também). Você está escolhendo um dos aviões que
acompanham o X-Plane (para que possamos fazer o mesmo) e expli-
cando a qual das dezenas de indicadores de velocidade do X-Plane você
está se referindo, para que possamos ver exatamente qual é o problema.
Para resumir, certifique-se de fornecer uma lista de verificação
completa a fim de duplicar o problema, começando com o apaga-
mento das preferências e escolhendo uma das aeronaves padrão do
X-Plane para que possamos repetir os mesmos passos. Precisamos ser

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capazes de imitar as suas ações, passo a passo, para duplicar o erro


em nossos computadores. Esta é a primeira etapa para solucionar o
problema.
Outro erro comum é dizer algo como „eu ativo um interruptor e
aperto um botão e um indicador vai para 56%“. Isso não diz qual é o
problema. O que você acha que o indicador devia ter feito? E por que?
Em quase todos os relatórios de erros, não há qualquer tipo de prova
de que o valor citado está errado. De vez em quando, recebemos
relatórios de pessoas que acham que um Cessna não pode rolar, um
avião de linha aérea não pode decolar sem flaps ou um helicóptero
não pode virar sem puxar o coletivo (todas concepções incorretas da
parte da pessoa que relatou o „erro“). Precisamos de uma prova de
que a característica que alegadamente está incorreta de fato está
errada. Segmentos de manuais de operação dos pilotos geralmente
bastam. Portanto, se você acredita que uma característica do
simulador está errada, certifique-se de incluir uma prova.
Outro erro muito comum é instalar plugins que modificam dados do
simulador, pacotes de cenários que não seguem os padrões ou
aeronaves de terceiros que contém problemas, e relatar um „erro“
quando alguma coisa não funciona corretamente. Se o problema é
devido a modificações de terceiros, nós não podermos reproduzi-lo.
Portanto, certifique-se de testar em uma cópia recém-instalada do
X-Plane, removendo as preferências (e qualquer plugin). Esse é o
primeiro passo para recriar o problema. Prossiga a partir daí, se
necessário, incluindo cada um dos passos na lista para que eu possa
acompanhá-la e ver as mesmas coisas que você viu. Se possível, use
somente os aviões e cenários que vêm com o X-Plane para que eu
possa reproduzir o erro.
Mais uma vez, lembre-se de:
1. Usar uma lista de verificação para explicar o que você fez,
começando com o apagamento ou renomeação das
preferências.
2. Inclua cada passo na lista de verificação que você enviar com
o relatório de erro.

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X-Plane 10

3. Use a terminologia adequada. Se você não sabe o nome de


um instrumento, abra o Construtor de Aviões e clique nele
com o mouse. O nome do instrumento no X-Plane será
exibido à direita. Altenativamente, você pode obter o nome
real do instrumento ativando as instruções dos instrumentos
(abra o menu Sobre, clique em Instruções e marque o item
‚Exibir instruções para os instrumentos na cabine de
comando‘).
4. Explique por que você acredita que o resultado exibido está
errado. Se você acredita que o simulador não está fazendo o
que o avião verdadeiro faria, forneça uma prova.
Lembre-se, um relatório inútil diria „O medidor de pressão não
funciona“. (Qual medidor de pressão? Por que você acha que ele não
funciona? O que você espera que ele mostre? Qual avião você está
pilotando mesmo?).
Um bom relatório diria, “Em um Mac executando o OS X, eu renomeei
as preferências e abri [uma aeronave padrão do X-Plane ] pelo menu
Arquivo. Então, configurei os controles assim e assado. Nesse
momento, observei que o medidor de pressão do coletor de ar
indicava um valor de zero conforme eu aumentava a potência. O avião
verdadeiro teria informado 25‘‘ de pressão no coletor, de acordo com
este trecho do manual de operação do piloto.”
Esse relatório indica o tipo de computador que você usa, o que você
fez para chegar até o problema (de um modo que podemos repetir), o
que você acha que é o problema, e uma prova de que o erro que você
encontrou é verdadeiro. Agora temos informações suficientes para
trabalhar! Além disso, lembre-se de mandar o arquivo log.txt! Ele
explica o tipo de computador que você tem. Pouquíssimas pessoas
pensam em mencionar se estão usando um Mac, Windows ou Linux!

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