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Ensaio Jominy
1. INTRODUÇÃO
Para se ter certo contexto e poder entender melhor o ensaio jominy, se precisa
entender um pouco mais sobre tratamentos térmicos, que seriam um conjunto de
operações que têm por objetivo modificar as propriedades dos aços e de outros
materiais através de um conjunto de operações que incluem o aquecimento e o
resfriamento em condições controladas. Podendo ser dividido em duas formas, os
tratamentos que visam modificar as propriedades mecânicas ligas ou aliviar tensões e
reestabelecer a estrutura cristalina normal e os tratamentos que visam endurecimento
superficial, pela alteração da composição química da camada superficial do material,
até uma determinada profundidade.
Alguns tratamentos térmicos conhecidos seriam Recozimento, Normalização,
Têmpera, Revenimento, Cementação, Nitretação.
Sabendo desses tratamentos, pode-se comentar sobre o ensaio Jominy, que se
destina ao teste da temperabilidade de aços, provenientes dos tratamentos citados
anteriormente. O ensaio consiste em um corpo de prova padronizado de aço, sendo
aquecido até a temperatura de têmpera e resfriado bruscamente em uma face frontal,
em um dispositivo, por meio de um jato d’água ascendente. Nas superfícies de ensaio
retificadas em paralelo e o eixo do corpo de prova mede-se a dureza em distâncias
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2. OBJETIVOS
• Realizar o ensaio de temperabilidade (ou endurecibilidade) JOMINY em
dois aços, sendo um aço de médio teor de carbono (0,2% < %C < 0,5%)
e o outro de alto teor de carbono (%C >0,5%) e alta liga (S % dos
elementos de liga > 8%).
• Determinar as curvas de temperabilidade para os dois aços.
• Avaliar o efeito do teor de carbono sobre a dureza máxima obtida e o
efeito dos elementos de liga sobre a temperabilidade dos aços.
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3. MATERIAIS E MÉTODOS
• Aço SAE 1045 equivalente ao aço ASTM 1045, composto por 0,45 %C e
0,75 %Mn;
• Aço VC 131 equivalente ao aço ASTM D6, composto por 2,10 %C, 0,30
%Mn, 11,50 %Cr, 0,70 %W e 0,20 %V;
• Forno;
• Dispositivo Jominy
Figura 1 - Forma e dimensão (mm) dos corpos de prova utilizados para determinar a temperabilidade
Figura 2 - Faixa de temperatura e tempo de austenitização dos aços SAE 1045 e VC 131.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Através da realização do ensaio, obteve-se tanto os valores da dureza do
material em HRA e a distância do ensaio em polegadas, podendo-se relacionar
as duas medidas demonstrada nas tabelas abaixo:
5. CONCLUSÃO
Após toda a realização do ensaio Jominy, pode-se analisar a temperabilidade
dos dois materiais: aço SAE 1045 e aço VC 131. Sendo assim, concluiu-se que
a temperabilidade do aço VC 131 é maior que a temperabilidade do aço SAE
1045.
Notou-se também que a quantidade de carbonos na estrutura, a presença de
outros elementos e a microestrutura acabam favorecendo a formação de uma
fase martensítica, que apresenta como característica importante uma maior
dureza.
Além disso, percebeu-se que a taxa de resfriação também é uma importante
influência, na medida que quando há uma redução dessa taxa, começa a ocorrer
uma maior presença de fases como perlita, caracterizadas por uma baixa dureza.
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Bem como, a distância Jominy age na medida que quanto menor tal medida, o
fluído utilizado terá maior contato com corpo de prova, influenciando e agilizando
a fase martensítica, aumentando a dureza.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Callister, William. Ciência E Engenharia de Materiais: Uma Introdução.
Grupo Gen-LTC, 2000.