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da Matemática
Elementar I
Faculdade Educacional da Lapa (Org.)
2ª Edição
Curitiba
2018
Ficha Catalográfica elaborada pela Fael. Bibliotecária – Cassiana Souza CRB9/1501
FAEL
Direção Acadêmica Francisco Carlos Sardo
Coordenação Editorial Raquel Andrade Lorenz
Revisão e organização Maria Eugênia de Carvalho e Silva
Projeto Gráfico Sandro Niemicz
Imagem da Capa Shutterstock.com/Poznyakov
Arte-Final Evelyn Caroline dos Santos Betim
Sumário
2 Razão e proporção | 53
6 Funções polinomiais | 99
Referências | 199
Apresentação
– 6 –
1
Conjuntos numéricos
e operações
1ª versão:
Mário Visintainer
2ª versão:
Moisés de Souza Arantes Neto
1.1
Conjuntos numéricos
– 10 –
Conjuntos numéricos
– 11 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
Z = {... – 6, – 5, – 4, – 3, – 2, – 1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}
Existe ainda uma outra representação desse conjunto que é muito utili‑
zada na representação posicional do conjunto na reta numérica.
– 12 –
Conjuntos numéricos
Os dois primeiros conjuntos que apresentamos até aqui irão nos orientar
na realização das quatro operações fundamentais da Matemática, mas antes
de começarmos a operar dentro desses conjuntos, vamos falar um pouco
sobre o valor absoluto de um número.
x, se x ≥ 0
∀x ∈ z, onde x =
− x, se x < 0
– 13 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
– 14 –
Conjuntos numéricos
– 15 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
– 16 –
Conjuntos numéricos
2 55
= 0,4 = 13,75
5 4
– 17 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
Exemplos:
3
5,333... = 5+0,333... = 5+
9
1 16
5 ou
3 3
6
1,666... = 1+0,666... = 1+
9
2 5
1 ou
3 3
83–8 75 5 11
1+ =1+ = 1 ou
90 90 6 6
– 18 –
Conjuntos numéricos
3 5 9 + 20 29 2 5 12 − 45 33 11
Exemplos: + = = – = =– =–
4 3 12 12 9 6 54 54 18
1.1.14 Multiplicação
Para se multiplicar frações, multiplicamos os numeradores entre si e os
denominadores também.
Exemplos:
3 7 21
⋅ =
5 2 10
3× – =–
5 15
7 7
– 19 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
2 ≅ 1,414223562...
3 ≅ 1,732050808...
5 ≅ 2,236067977...
3
3 ≅ 1,44224957...
– 20 –
Conjuntos numéricos
I R
Q
–4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4
− 2 e π
– 21 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
–5 x 3
Atividades
1. Os algarismos que usamos hoje foram descobertos pelos:
a) egípcios e romanos;
b) romanos e árabes;
c) hindus e árabes;
d) árabes e egípcios.
– 22 –
Conjuntos numéricos
– 23 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
d) D = {0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8}
e) E = {...; –2; –1; 1; 2, 3; ...}
6. Represente os conjuntos de outras duas formas diferentes daquela apre‑
sentada.
a) A = {x ∈ R| x < 3}
b) B = {x ∈ R| x > 2}
c) C = {x ∈ R| 0 ≤ x < 7}
d)
e)
f )
g) ]–5; –1]
h) ] ∞; 0[
i) [0; 2/3]
– 24 –
Conjuntos numéricos
Referência
EVES, H. Introdução à história da Matemática. Campinas: Unicamp, 2004.
Conclusão
O sistema de numeração como conhecemos atualmente é fruto de diver‑
sas evoluções sucessivas, ao longo de milhares de anos, pelos povos egípcios,
romanos, árabes e indianos. Os números naturais foram os primeiros a serem
criados pela necessidade de representar quantidades. A seguir, surgiram os
negativos que, unidos aos naturais, formaram o c onjunto dos números intei‑
ros. O conjunto dos números reais é formado pelo conjunto dos números
racionais acrescido do conjunto dos números irracionais.
– 25 –
1.2
Potenciação e radiciação
1.2.1 Potenciação
De maneira geral, a situação do exemplo anterior pode ser definida da
forma explicitada a seguir.
Seja “a” um número Real e “n” inteiro positivo, então:
22 an = a · a · a · a · a · a · a ... n, onde a é base da potência e n o expoente;
22 a base é o fator que se repete;
22 expoente é o número de vezes que multiplicamos a base.
Exemplos:
42 = 4 · 4 = 16 (lê‑se: quatro elevado ao quadrado é igual a dezesseis)
23 = 2 · 2 · 2 = 8 (lê‑se: dois elevado ao cubo é igual a oito)
54 = 5 · 5 · 5 · 5 = 625 (lê‑se: cinco elevado à quarta potência é igual a
seiscentos e vinte e cinco)
Nas expressões aritméticas, calcula‑se, em primeiro lugar, as potências;
depois, as operações indicadas.
Exemplos:
6 – [– 8 + (42 – 25) + 32] =
6 – [– 8 + (16 – 32) + 9] =
6 – [– 8 – 16 + 9] =
6 – [– 15] = 6 + 15 = 21
{25 – [33 +(82 – 72)2 – 250]2} =
{32 – [27 +(64 – 49)2 – 250]2} =
{32 – [27 + 152 – 250]2} =
{32 – [27 + 152 – 250]2} =
{32 – [27 + 225 – 250]2} =
{32 – [2]2} = {32 – 4} = 28
Potência de uma base positiva é sempre um número positivo. Quando a
base é negativa, o sinal resultante depende do expoente:
– 28 –
Potenciação e radiciação
6 2 36
= (nesse caso, somente o seis está sendo elevado ao quadrado)
5 5
20 20 4
– 2
= – = – (nesse caso, o sinal menos não está sendo elevado ao
5 25 5
quadrado, nem o numerador 20)
– 29 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
a
22 3 – Potência de potência. Para elevar uma potência a um novo expo‑
ente, conserva‑se a base e multiplicam‑se os expoentes.
(an)m = an . m
(23)2 = 23 · 2 = 26 = 64
a
22 4 – Produto de potências com o mesmo expoente. Para se multipli‑
car potências que tenham o mesmo expoente, multiplicam‑se as bases e
conservam‑se os expoentes.
an · bn = (a · b)n
33 · 53 = 153 = 3.375
a
22 5 – Divisão de potências de mesmo expoente. Para se dividir potên‑
cias que tenham o mesmo expoente, dividem‑se as bases e conserva‑se
o expoente.
n 3
an a 120 3 120 3
= = =2 =8
bn b 60 3 60
– 30 –
Potenciação e radiciação
Exemplos:
13 1
5–3 = 3
=
5 125
−2 2 2
3 = 4 = 4 = 16
4 3 32 9
Exemplo de expressão:
2 2 2 3 1 4 8 1
: – − 0,25 = : – – 0,25
5 5 5 25 125 5
= ⋅
4 125 1
– – 0,25 = – –
5 1 25
25 8 5 2 5 100
= –
23 25 23 1 46 5
= – = –
10 100 10 4 20 20
41 1
= ou 2
20 20
1.2.5 Radiciação
Assim como a subtração é a operação inversa da adição, a divisão é
a operação inversa da multiplicação, a radiciação é a operação inversa da
potenciação. O estudo das formas de determinar a raiz, assim como o
estudo das suas propriedades, complementam o estudo das operações den‑
tro do conjunto dos números reais. De maneira geral, temos a representa‑
ção a seguir para os radicais.
– 31 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
Dado um número real “a”, a raiz enésima desse número (n > 0) é indi‑
cada pela expressão:
n
am
n = índice
a = radicando
m = expoente
16 = 4 ⇔ 4 ⋅ 4 = 16
Obs. 1: quando o índice é par, existe apenas raiz de números reais positivos.
Exemplos:
4 =2
–4 = ∃ (lê‑se não existe)
4
–16 = ∃
Obs. 2: quando o índice é ímpar, existe raiz de qualquer número real.
3
–8 = – 2
3
8=2
Um número inteiro positivo é quadrado perfeito quando, na sua decom‑
posição em fatores primos, todos esses fatores se distribuem aos pares.
Exemplos:
Verificar se cada número a seguir é quadrado perfeito ou não:
400 400 2 400 = 24 x 52
200 2 400 é um quadrado perfeito
100 2
50 2
25 5
5 5
1
– 32 –
Potenciação e radiciação
n m n: p m: p
2) a = a , com p ≠ 0 e p divisor comum de m e n;
16 16:4 4 :4 4
x4 = x = x
m n m ⋅n
3) a= a
3
a =6a
4 5
32 4 = 20 32 4 = 5 32 = 2
4) n
a ⋅ b = n a ⋅ n b , com a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N e n > 1
3 (a ⋅ b) = 3 a ⋅ 3 b
5) a na
n = n , com a ∈ R+ , b ∈ R+∗ , n ∈ N e n > 1
b b
2 42
4 =
3 43
1.2.7 Potenciação com expoente fracionário
Uma potência de expoente fracionário representa uma raiz que pode ser
escrita na forma:
m
a n = n a m , em que a > 0, m e n ∈ N e n ≠ 0:
– 33 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
1
b) 32 5 = 5 32 = 2
3 2
c) 8 4 ⋅ 9 3 = 8 ⋅ 2 9 = 3 (2 ) ⋅ 2 (3 ) =
3 4 3 3 4 2 3
3
2 12 ⋅ 2 36 = 2 4 ⋅ 33 = 16 ⋅ 27 = 432
Atividades
14 9 : 14 5 ⋅ 14 6 : 14 11
=
14 −2
a) 149 b) 142
c) 143 d) 14
– 34 –
Potenciação e radiciação
a) (–2)2
b) (–0,1)3
c) 50
d) (2)–5
4
e)
2
3 −2
f ) −
2
3
4. Extraia as raízes por meio do método de fatoração. Se não for possível
extrair totalmente, simplifique ao máximo.
a) 576
b) 256
c) 288
d) 384
– 35 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
Conclusão
Este capítulo pode ser sintetizado nos conteúdos apresentados pelas pro‑
priedades da potenciação e radiciação:
n
⋅ a ⋅ a ⋅ ....a
1) a = a
n vezes
2) a 0 = 1
3) a1 = a
4) a –n = 1n
a
5) a ⋅ a = a
n m n+m
6) a n ÷ a m = a n–m (a ≠ 0)
n⋅m
7) (a n )m = a
– 36 –
1.3
Expressões algébricas
Giovanni (2002, p. 34) cita que, por volta de 1400/1500, Stifel (Ale‑
manha), Cardano e Bombelli (Itália) passaram a usar as letras para montar
equações nas soluções de problemas. Finalmente, o advogado e matemático
francês François Viète introduziu o uso sistemático das letras para represen‑
tar valores e fenômenos desconhecidos e os símbolos das operações usados
até hoje.
O cálculo literal fez com que o avanço na matemática – claro que pas‑
sando por um longo caminho – fosse imenso e evoluindo até os dias de hoje.
Antes de começarmos a trabalhar com as operações entre equações
literais, temos de relembrar algumas considerações básicas que subsidiem
nosso estudo.
– 38 –
Expressões algébricas
Exemplos:
4
3 ⋅ (9) ⋅ (–2)– 5 9 + ⋅ (9)2 ⋅ (–2)–(9) ⋅ (–2)3 =
5
4
–54 – 5 ⋅ 3– ⋅ 81 ⋅ (–2)–(9) ⋅ (–8) =
5
4
–54 –15 – ⋅ (–162)– 72 =
5
648
–69 – – 72 =
5
648 633
3– =–
5 5
a = 3
b = – 2
c = 1
(a + b + c)0 – (a – b + c) + 5(a – b – c) =
[3 + (–2) + 1]0 – [3 – (–2) + 1] + 5[3 – (–2) – 1] =
1 – (3 + 2 + 1) + 5(3 + 2 –1) =
1 – 6 + 20 =
15
– 39 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
a = 5
b = 2
x = 6
5
(a m – b n ) (m a +n b ) y =
3. Calcular o valor de N = sendo 2
4x p y q (q 3 – p2 ) m = 1
n = 1
(51 – 2 1 ) (15 +12 ) p = 0
N= 2 q = 2
4 ⋅ 6 0 ⋅ ⋅ (2 3 – 0 2 )
5
2
3⋅2 6 3
N= = =
25
4 ⋅ 1 ⋅ ⋅ 8 200 100
4
1.3.3 Monômios
O cálculo literal envolve um conjunto de regras, por meios das quais
podemos transformar uma expressão literal em expressões literais equivalen‑
tes, que podem ser monômios e polinômios. Um monômio é uma expressão
algébrica em que não há nem somas nem subtrações, ou seja, alternação dos
sinais (+) e (–).
As partes que compõem um monômio, também chamado de termo algé‑
brico, são as seguintes: sinal, coeficiente, parte literal e expoente.
7a 2 b 5 (racional)
3a 6 b 3 (irracional)
– 40 –
Expressões algébricas
a 4 5a 4 b 3 c 5
,
c3 d 10
O grau de um monômio irracional é encontrado pelo quociente, inteiro
ou fracionário, do grau da quantidade no radicando, dividido pelo índice
da raiz. Assim, temos, a seguir, respectivamente, monômios do primeiro,
segundo e do grau 2/3.
a5
3
, a 2 b 2 , 3 ac
c
Lembramos, ainda, que podemos encontrar o grau de um monômio em
relação a uma certa letra. Esse grau é o próprio expoente da letra. Como
exemplo, temos o monômio a seguir, que é do terceiro grau, para a letra “x”,
e do quinto grau, para a letra “y”.
8x 3 y 5
1.3.5 Polinômios
Podemos definí-lo como sendo a soma algébrica de monômios, ou seja,
a expressão algébrica formada de dois ou mais monômios (termos algébricos).
Exemplos:
by
3a 2 +5b 3 ; 7x – 5y 5 +2x 2 ; ax+ – a y +5b
x
– 41 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
xy 3 – a b +3bx (irracional)
by 3
ax+ – c +x (racional fracionário)
c
O último exemplo anterior é fracionário em relação à letra “c”, e inteiro
em relação às outras variáveis.
O grau de um polinômio é determinado pelo termo de maior expoente,
como podemos ilustrar no exemplo a seguir:
3 ax 3
ax 5 +b 2 xy 6 – x 4 y 6 + 4
4 b
O polinômio anterior é do décimo grau, que é determinado pelo terceiro
5 a 3 bx 5 7
a 3 bx 5 ; – 6a 3 bx 5 ; a 3 bx 5 ;
3 4
– 42 –
Expressões algébricas
1.3.9.2 Subtração
Para subtrair uma expressão algébrica de uma outra expressão algébrica,
temos de determinar uma terceira expressão, na qual o valor numérico será
igual à diferença algébrica dos valores numéricos das expressões consideradas,
para qualquer valor que seja atribuído às letras.
Exemplos:
a) (4x – 3xy + 5y2) – (3x – 7xy) = 4x – 3xy + 5y2 – 3x + 7xy =
– 43 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
= x + 4xy + 5y2
b) (5a2b + 3ab2) – (3ab2 – 7a2b – 5c) = 5a2b + 3ab2 – 3ab2 + 7a2b + 5c =
= 12a2b + 5c
1.3.9.3 Multiplicação
A finalidade da multiplicação de duas ou mais expressões algébricas
é determinar uma outra expressão, cujo valor numérico seja igual ao pro‑
duto dos valores numéricos das expressões consideradas para qualquer valor
numérico atribuído às letras.
O resultado é obtido multiplicando-se os coeficientes numéricos dos
monômios dados, somando os expoentes das letras comuns e escrevendo
como fatores as demais letras com os seus respectivos expoentes. Vamos apli‑
car essa definição nos exemplos a seguir:
– 44 –
Expressões algébricas
1.3.9.6 Divisão
A divisão de monômios se dá pela divisão do coeficiente do dividendo
pelo coeficiente do divisor. Depois, escrevem-se as letras comuns aos dois
monômios com expoente igual à diferença do que as mesmas têm no divi‑
dendo e divisor, e repetem-se as letras que pertencem somente ao dividendo.
Os exemplos a seguir irão ilustrar essa definição.
4
a) x = x 4 − 2 = x 2
2
x
5x 5 y 3z 2 5 5–2 3–3 1 1
b) = – x y z 2 = – x 3 y 0 z 2 = – x 3z 2
–10x 2 y 3 10 2 2
– 45 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
3 4 6 2 4 5
a) (6x 3 y 4 –9xz 6 )÷(2xz) = 6x y – 9xz = 3x y – 9z
2xz 2xz z 2
o
2 ) Multiplicamos o termo encontrado (3x2) pelo divisor, e o produto
subtraímos do dividendo.
– 7x3 – 4x2 – 3x +7
o
3 ) Dividimos o primeiro termo do resto pelo primeiro do divisor e obtemos
o segundo termo do quociente. Sobre esse termo encontrado, operamos
como no primeiro termo encontrado.
– 46 –
Expressões algébricas
1.3.10 Fatoração
A fatoração pode ser considerada como a tabuada da álgebra. Ela é de
suma importância na continuidade do estudo da matemática e será uma fer‑
ramenta útil nas próximas disciplinas deste curso.
Como a fatoração não pode ser definida por uma regra geral, iremos tra‑
tar, nesta aula, de alguns casos, mas partindo do pressuposto de que devemos
decompor um polinômio em um produto de fatores que o compõem, ou seja,
transformar expressões algébricas em produtos de duas ou mais expressões.
– 47 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
Exemplos:
a) ax + ay = a · (x + y)
b) 3x2 + xy = x ∙ (3x + y)
c) 11m6n3 – 22m4n2 + 33mn = 11mn (m5n2 – 2m3n + 3)
– 48 –
Expressões algébricas
9 2 1 3
= x – . x +
1 3 1
d) x –
4 16 2 4 2 4
– 49 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
Atividades
1. Resolvendo as operações (2x + 1) · (–6x2 – 4x + 2), teremos o seguinte
polinômio:
a) –12x3 – 14x2 + 2
b) –12x3
c) 12x3 – 14x2
d) 12x3 + 14x2
– 50 –
Expressões algébricas
2a x+2
A B
a x
3a + 1 x+3
– 51 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
– 52 –
2
Razão e proporção
1ª versão:
Mário Visintainer
2ª versão:
Moisés de Souza Arantes Neto
2.1 Razão
Dados a e b, pertencentes ao conjunto dos números inteiros, e b, dife‑
a
rente de zero, a razão entre a e b é .
b
3
A razão entre 3 e 5 é = .
5
A razão entre o número de alunas e o número de alunos do Curso de
Matemática é de 30 alunos para 20 alunas. Logo, a razão é 30 = 3 .
20 2
– 54 –
Razão e proporção
– 55 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
– 56 –
Razão e proporção
– 57 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
2.5 Porcentagem
O símbolo (%) aparece com bastante freqüência no nosso dia a dia. Por
isso, devemos entender com bastante segurança o que ele realmente representa.
Sempre que nos deparamos com situações que envolvam o cálculo de porcen‑
tagens, devemos ter noção dos seus princípios básicos, para sair dessas situações
com a solução correta e realmente entender o significado de cada operação.
Os exemplos a seguir ilustram situações do cotidiano que aparecem em
jornais, revistas, na TV, em lojas, em embalagens de produtos, entre outros.
Exemplos:
a) A gasolina subiu 12%.
b) Houve um reajuste de 24% no salário.
c) Desconto de 40% na compra a vista.
d) 22% de álcool é misturado à gasolina aqui no Brasil.
Todos esses exemplos ilustram bem como a porcentagem aparece nas
várias situações sociais. Vamos agora ver como a Matemática está presente nos
problemas que envolvem porcentagem.
O estudo da porcentagem é um modo de comparar números, usando
uma proporção direta. Só que, nesse caso, temos uma das razões da propor‑
ção, uma fração cujo denominador vale 100.
– 58 –
Razão e proporção
– 59 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
80 30 30 ⋅ 100
= ⇔x= = 37,5% de detergente.
100 x 80
80 50 50 ⋅ 100
= ⇔x= = 62,5% de água.
100 x 80
Conclusão
Vimos, neste capítulo, que razão é o quociente entre duas grandezas
a/b. Duas grandezas são proporcionais quando a variação de uma implica
uma variação correspondente na outra. Em uma proporção direta, é possí‑
vel aplicar a regra de três simples, que diz: o produto dos extremos é igual
ao produto dos meios. Tratamos, ainda, de um assunto muito utilizado
em nosso cotidiano, a porcentagem, que irá nos auxiliar na resolução
de problemas extremamente simples até os mais complexos, no decorrer
do nosso curso. Porcentagem ou percentagem é a fração de um número
inteiro, expressa em centésimos, e representa-se com o símbolo % (que se
lê “por cento”).
– 60 –
Razão e proporção
Atividades
1. Na construção de um muro de 12m2, foram utilizados 2160 tijolos.
Quantos tijolos serão necessários para construir, nas mesmas condições,
30m2 de muro?
a) 4600 c) 6300
b) 5400 d) 6800
– 61 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
– 62 –
3
Introdução ao estudo
das funções
1ª versão:
Mário Visintainer
2ª versão:
Moisés de Souza Arantes Neto
1 ;–4
3
2º elemento
1º elemento
É importante estabelecer que o primeiro elemento do par pertence ao
eixo x, e o segundo elemento pertence ao eixo y. Essa colocação será útil para
a representação de qualquer par ordenado em um plano cartesiano (que será
definido ainda neste capítulo).
– 64 –
Introdução ao estudo das funções
– 65 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
A
3
–1 x
A B
1• •3
2•
3• •4
– 66 –
Introdução ao estudo das funções
Assim, obtemos o conjunto: {(1; 3), (1; 4), (2; 3), (2; 4), (3; 3), (3; 4)}.
Esse conjunto é denominado produto cartesiano de A por B e é indicado por:
A x B = {(1; 3), (1; 4), (2; 3), (2; 4), (3; 3), (3; 4)}.
3.5 Noções de funções
Dados dois conjuntos A e B, não‑vazios, com a relação A x B, temos que
essa relação será função, se e somente se todo elemento do conjunto A se rela‑
cionar com um único elemento do conjunto B. Com esse primeiro cuidado
de definir uma função, vamos agora definir, de maneira geral, o domínio de
uma função. Seja D um subconjunto não‑vazio dos números reais, então
definir em D uma função f é explicar uma lei de formação em que a cada
elemento x ∈ D faça corresponder um único número real y.
A=D B = CD
x y lm
– 67 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
f(x) = x3 – 4x + 6 ⇒ D = R
b) Domínio da função quociente (denominador deve ser diferente
de zero)
1
f (x) = ⇒ D = R − {0}
x
3
f (x) = ⇒ D = R − {4 }
x–4
D = {x ∈R x ≥ –3}
Atividades
1. Qual dos gráficos a seguir não representa uma função f(x)?
y y
a) c)
0 x 0 x
– 68 –
Introdução ao estudo das funções
y
y
b) d)
0 x
0 x
a) D = {x ∈ R x > – 5}
b) D = {x ∈ R x ≥ – 5}
c) D = {x ∈ R x < – 5}
d) D = {x ∈ R x ≤ – 5}
a) f(x)=3x-20
2
b) f(x)=
-5x-15
c) f(x)= 5 -2x-20
d) f(x)= 4x-20
2
e) f(x)=
2x+10
3x
4. Encontre o domínio da função b) f(x) = 5
3x-15
– 69 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
– 70 –
4
Estudo das funções:
injetora, sobrejetora,
bijetora e composta
A B
f –7
–2
–1
0
2
1
8
3
9
– 72 –
Estudo das funções: injetora, sobrejetora, bijetora e composta
A B
f
–2 8
–1
2
0
2 0
A B
f
0 –3
2 –1
3 0
4 1
5 2
– 73 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
perceber, que para cada elemento do conjunto B, converge uma e somente uma
flecha e todos os elementos de B possuem correspondência no conjunto A.
Exemplo:
Represente a função f(x) = 2x – 5
a) por meio de diagramas;
b) por meio de gráfico no plano cartesiano ortogonal.
Obs.: Atribua à sua escolha no mínimo 4 valores a x.
a. A B
X Y f(x) = 2x – 5
3 1
1 –7 –1 –7
0 –5 0 –5
1 –3 1 –3
2 –1 2 –1
3 1
3
2
1
x
–4 –3 –2 –1 1 2 3 4 5
–1
–2
–3
–4
–5
– 74 –
Estudo das funções: injetora, sobrejetora, bijetora e composta
f g
A B C
gof
Exemplo:
Sejam os conjuntos A= {0, 1, 2, 3} e B= {0, 3, 6, 9} e C = {–2, 7, 34, 79},
f: A ⇒ B definida por f(x) = 3x e
g: B ⇒ C definida por g(x) = x2 – 2
Determine: h = g ο f
f(0) = 0 ⇒ g(0) = –2, f(1) = 3 ⇒ g(3) = 7
f(2) = 6 ⇒ g(6) = 34 f(3) = 9 ⇒ g(9) = 79
A C
0
h=gof –2
1 7
2 34
3 79
f g
0
3
6
9
– 75 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
b) (f o g)(x) = f(g(x)) = f
6
=
x–2
2
6 36 144
4 =4 2 = 2 o denominador deve ser
x–2 x – 4x + 4 x – 4x + 4
um número diferente de zero.
∴ x2 – 4x + 4 ≠ 0, resolvendo a equação do segundo grau temos x ≠ 2
∴ D(f o g) ={x ∈ R x ≠ 2} .
Geralmente, as funções compostas não possuem a propriedade comuta
tiva, isto é, g o f ≠ f o g, como foi visto no exemplo anterior.
A função composta g o f só está definida quando o contradomínio da
função f é igual ao domínio da função g.
– 76 –
Estudo das funções: injetora, sobrejetora, bijetora e composta
Atividades
1. Determine o domínio das funções a seguir no conjunto dos números reais.
a) y = 2 5x–5
x –15
b) y = x+ 3
b) g: R →N | g(x) = 1+ x3 ;
c) h: R →R | h(x) = x2 – 6.
f(g(x))– g(f(x))
5. Sabendo que f(x) = x2 + e g(x) = x – 1, determine o valor de: ,
com x∈ R e x ≠ 1. Determine também o seu domínio. 1–x
– 77 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
5x–5 ≥ 0
5x ≥ 5 → x ≥ 1
D={x ∈ R x ≥ 1}
– 78 –
Estudo das funções: injetora, sobrejetora, bijetora e composta
Gráfico
Diagrama
x y = 1 + x3
–2 –7
–1 0
0 1
1 2
2 9
– 79 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
x +1
f ( x) =
x −1
Observe que no lugar de x será substituído por f(x)
f ( x) + 1
f ( f ( x )) =
f ( x) − 1
x +1
Lembrando que f ( x ) = , então substituímos novamente
x −1
x +1
+1
f ( f ( x )) = x − 1
x +1
−1
x −1
Agora aplicamos o mínimo múltiplo comum em ambas partes da fração
x +1 x +1+ x −1
+1
f ( f ( x )) = x − 1 = x −1
x +1 x +1− x +1
−1
x −1 x −1
Simplicando
2x
f ( f ( x )) = x − 1
2
x −1
– 80 –
Estudo das funções: injetora, sobrejetora, bijetora e composta
= = = =2
1– x 1– x 1– x 1– x
D = {x ∈ R }
– 81 –
5
Função inversa,
equações, inequações e
funções modulares
Caso o domínio dessas funções fosse o conjunto dos números reais, este
seria o seu gráfico.
y
5
4
3
2
1
–4 x
–5 –3 –2 –1 1 2 3 4 5
–1
–2
y = 5x – 2
(x+2) –3
y= –4
5
–5
– 84 –
Função inversa, equações, inequações e funções modulares
y
11
9
(2x+1)
y= 7
(x – 3)
5
1 x
–15 –13 –11 –9 –7 –5 –3 –1 1 3 5 7 9
–2
–4
–6
–8
–10
– 85 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
b) f –1(–4)
3x+1 3(–4)+1
f –1 (x) = ⇒ f –1(–4) =
x–2 (–4)–2
–12 + 1 –11 11
f –1(–4) = x= = =
–4 – 2 –6 6
10
(3x+1) 8
y=
(x – 2)
6
–13 –11 –9 –7 –5 –3 –1 1 3 5 7 9 x
–2
–4
–6
–8
–10
– 86 –
Função inversa, equações, inequações e funções modulares
y
5
4 Eixo de simetria
y=x
3
2
1
x
–4 –3 –2 –1 1 2 3 4 5
–1
–2
–3
Exemplo 2
f(x) = x2 – 2, x ∈ R | x ≥ 0 condição para que exista a inversa de f(x)
f –1(x) = x+2, x ∈ R | x ≥ –2
y
5
4
3
2
1
x
–3 –2 –1 1 2 3 4 5 6
–1
–2
–3
– 87 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
c) –2 = 2
3 3
d) |0,23| = 0,23
e) |–2,56| = 2,56
Definição
22 o módulo de x é igual ao próprio x se x ≥ 0
22 |x| = x se x ≥ 0
22 o módulo de x é igual ao seu oposto se x < 0
22 |x| = –x se x < 0
– 88 –
Função inversa, equações, inequações e funções modulares
b) |6x – 3| = |2x + 8|
|6x – 3| = 6x – 3 se x ≥ 1
2
1
|6x – 3| = –6x +3 se x <
2
e
|2x + 8| = 2x +8 se x ≥ –4
|2x + 8| = –2x – 8 se x < –4
Para resolver essa equação devemos considerar as três situações:
1a) x ≥ 1/2 ⇒|6x – 3| = |2x + 8| ⇒ 6x –3 = 2x + 8
11
6x – 2x = 3 + 8 ⇒ 4x = 11 ⇒ x =
4
2 ) –4 ≤ x < 1/2 ⇒ |6x – 3| = |2x + 8| ⇒ –6x +3 =2x + 8
a
5
–6x – 2x = 8 – 3 ⇒ –8x = 5 ⇒ x = –
8
– 89 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
{
5 11
S= – ,
8 4 }
c) Calcule o valor de x . |x| – x = 2. Pela equação, é possível perceber
que x ≠ 0. Colocando o x em evidência, temos:
Condição de existência:
2 2
como |x| ≥ 0 ⇒ +1 ≥ 0 ≥ –1
x x
Aplicando a definição de módulo, temos:
|x| = 2 +1 ⇔ x = 2 +1 ou x = – 2 +1
x x x
1a situação:
2 x2 2 x 2
x= +1 ⇒ = + ⇒x2 – x – 2 = x= –b± b –4ac =
x 2 x x 2a
2a situação:
2 x2 2 x
x = – +1 ⇒x = – x = – –1 ⇒
2
= – – ⇒ x2 + x + 2 = 0,
x x x x x
resolvendo a equação de 2o grau
– 90 –
Função inversa, equações, inequações e funções modulares
–1± 12 –4 ⋅ 1 ⋅ 2 –1± –7
x= x= como o discriminante ∆ = –7< 0
2 ⋅1 2
não existem raízes reais que satisfaçam a equação.
y
6
5
4
3
2
1
x
–4 –3 –2 –1 1 2 3 4 5
–1
–2
– 91 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
y
4
3
y = abs (x – 2) – abs (x + 1)
2
1
x
–5 –4 –3 –2 –1 1 2 3 4 5
–1
–2
–3
–4
–5
y
9
8
3
y = abs (x – 2) + abs (x)
2 2
1
x
–6 –5 –4 –3 –2 –1 1 2 3 4
– 92 –
Função inversa, equações, inequações e funções modulares
1 7
S = x∈R < x <
3 3
{
S = x ∈ R x < –1 ou x > 5 }
c) Determine o conjunto solução em R: 2 ≤ |4 – 2x| < 4. Neste caso, deve‑
mos dividir a inequação modular em duas:
1a) 2 ≤ |4 – 2x| 2a) |4 – 2x| < 4
Resolvendo a 1a, temos:
2 ≤ |4 – 2x| ⇔ 4 – 2x ≥ 2 ou 4 – 2x ≤ – 2
– 93 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
4 – 2x ≥ 2 ⇒ –2x ≥ –2 ⇒ –2x ≤ –2 ⇒ x ≤ 1
–2 –2
4 – 2x ≤ –2 ⇒ –2x ≤ –6 ⇒ –2x ≥ –6 ⇒ x ≥ 3
–2 –2
1 3
x ≤ 1 ou x ≥ 3
0 4
0<x<4
0 1 3 4
Conjunto intersecção
S = {x ∈ R | 0 < x ≤ 1 ou 3 ≤ x < 4}
O conjunto solução dessa equação 0 < x < 4, foi encontrado fazendo a
intersecção das duas soluções. Para uma visualização, os conjuntos podem ser
apresentados na reta real, como foi visto no exemplo anterior.
Atividades
1. Determine o domínio e o contradomínio, para que as funções existam e
tenham inversas. Determine a função inversa.
d) f(x) = 2x – 8
– 94 –
Função inversa, equações, inequações e funções modulares
3x+5
b) f(x) =
2x–5
2x –1
2. Sejam a função g(x) = definida de R em R, obtenha as
4
leis de correspondência que definem a função inversa e represente-a
graficamente.
2x – 5 ≠ 0 ⇒2x ≠ 5 ⇒ x ≠
5
2
{
⇒ D = x∈R x ≠
5
2 }
3y +5
Substituindo x por y temos: x = ⇒ (2y – 5) x = 3y + x
2y –5
– 95 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
{
D = x∈R x ≠
3
2 }
Na atividade dois ao construir os gráficos, atribua os mesmos valores
para x nas duas funções. Se tiver qualquer dúvida na resolução, esse é um
indício de que os conceitos anteriores e o desenvolvimento dos exemplos
resolvidos não foram completamente assimilados. Revise-os com atenção.
2x–1
Temos g(x) = inicialmente determinamos a inversa.
4
2x+1 2 y –1 4x+1
y= ⇒x= ⇒ 4x = 2y – 1 ⇒ 2y = 4x + 1 e y =
4 4 2
2x –1 4 x+1
g(x) = g –1 =
4 2
x g(x) x g-1(x)
–2 –1.25 –2 –3.5
–1 –0.75 –1 –1.5
0 –0.25 0 0.5
1 0.25 1 2.5
2 0.75 2 4.5
3 1.25 3 5.5
y = (2x – 1) / 4 y
y = (4x + 1) / 2 3
Eixo de simetria
y=x
2
1
x
–3 –2 –1 1 2 3
–1
–2
–3
– 96 –
Função inversa, equações, inequações e funções modulares
– 97 –
6
Funções
polinomiais
1ª versão:
Mário Visintainer
2ª versão:
Moisés de Souza Arantes Neto
6.1
Função de primeiro grau
– 102 –
Função de primeiro grau
3x 6 2x − 12 x
c) – – = –2
7 7 3 3
– 103 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
4x 5 3
3x – 5 ≥ 0, + < 0, 5x – ≤ 0
3 3 4
Exemplo:
4
3x − 4 > 0 ⇒ 3x > 4 ⇒ x >
3
S = {x ∈ R x > 4/3}
– 104 –
Função de primeiro grau
a)
3x+5y = 6
5x = 10
–2x–4y = –8
2x–3y = –6
– 105 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
x + 2y = 4
x + 2 ⋅ (2) = 4 x=0
x+4 =4 V = {0;2}
Exemplo:
3x+2y = 2
2x – y = 1
3x = 2 – 2y 2x = 1 + y
2 – 2y 1+ y
x= x=
3 2
2 – 2y 1+y
1+
1
=
x=
3 2 7
3(1+y) = 2(2 – 2y) 2
3+3y = 4 – 4 y 8
3y +4 y = 4 – 3 x= 7
7y = 1 2
8 1
1 x= ⋅
y= 7 2
7
4
x=
7
V= ; { }
4 1
7 7
– 106 –
Função de primeiro grau
3x – y = 1
2y – x = 8
– x = 8– 2y(–1) x = – 8+2(5)
x = – 8+2y x = – 8+10
3(–8+2y)– y = 1 x=2
– 24+6y – y = 1
5y = 1+24
25
y= V = {2;5}
5
y =5
f(x) = 7x – 3, onde a = 7 e b = –3
f(x) = – 4x – 7, onde a = – 4 e b = –7
f(x) = x, onde a = 1 e b = 0
– 107 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
6.1.9 Gráfico
O gráfico de uma função polinomial do 1º grau, y = ax + b, com a ≠ 0,
é sempre uma reta.
Exemplo:
Vamos construir o gráfico da função y = 3x – 1.
x y
0 –1 1
x
1/3 0 3
–1
– 108 –
Função de primeiro grau
–b / a
y>0
x
y<0
– 109 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
f(x) = -ax + b
–b / a
y>0
x
y<0
Exemplo:
Vamos estudar o sinal da função f(x) = x – 8:
x–8=0
x = 8,
então, o sinal da função será:
a = 1; b = –8; – b/a = 8
sinal contrário de a mesmo sinal de a
x
– 8 +
Podemos concluir que:
para y < 0 <=> x < 8;
para y > 0 <=> x > 8;
para y = 0 <=> x = 8.
Portanto, vimos, nesta aula, a função do primeiro grau e suas aplicações,
a partir da exposição de exemplos práticos.
Atividades
1. A solução da equação – 4 – 3 · (3x + 2) = x – 4 é:
a) 7
b) –1/10
c) 2/3
d) –3/5
– 110 –
Função de primeiro grau
2x
2. Encontre a solução para a inequação – 5 > x+1 :
3
a) S = {x ∈ R x > 12}
b) S = {x ∈ R x < –12}
c) S = {x ∈ R x > 18}
d) S = {x ∈ R x < –18}
x − 2y = 0
b)
x − y = 1 S = {2; 1}
2x − y = 1
c)
x + 3y = 11 S = {2; 3}
5x + 2y = 45
d)
4x + y = 33 S = {7; 5}
– 111 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
– 112 –
6.2
Função do segundo grau
2ax + b = ± b 2 – 4ac
2ax = – b ± b 2 – 4ac
– 114 –
Função do segundo grau
–b± ∆
x= , em que ∆ = b 2 – 4ac
2a
Exemplos:
a) 3x² – 7x + 2 = 0
a = 3, b = – 7 e c = 2
∆ = b2 – 4ac
∆ = (– 7)² – 4 · 3 · 2 = 49 – 24 = 25
Substituindo na fórmula:
–b± ∆ –(–7)± 25 7 ± 5 1
x= = = ⇔ x ' = 2 e x '' =
2a 2 ⋅3 6 3
S = {2; 1/3}
b) –x² + 4x – 4 = 0
a = –1, b = 4 e c = –4
∆ = 4² – 4 · (–1) · (–4) = 16 – 16 = 0
Substituindo na fórmula:
–b± ∆ –4 ± 0 4 ±0
x= = = ⇔ x ' = x '' = 2
2a 2 ⋅ (–1) 2
c) 5x² – 6x + 5 = 0
a = 5; b = – 6; c = 5
∆= (–6) ² – 4 · 5 · 5 = 36 – 100 = –64
Note que ∆ < 0 e não existe raiz quadrada de um número negativo.
Assim, a equação não possui nenhuma raiz real. Logo: S = { }.
– 115 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
o
1 A soma das raízes da equação ax2 + bx + c = 0 é igual ao coeficiente
de x o “b”, com o sinal contrário, dividido pelo coeficiente de x2,
o “a”, ou seja:
b
x'+x'' = –
a
o
2 O produto das raízes da equação ax2 + bx + c = 0 é igual ao termo
independente de x, o “c” dividido pelo coeficiente de x2, o “a”,
ou seja:
c
x ' ⋅ x '' =
a
Exemplo:
x2 – 7x +10 = 0
b (–7)
x '+x '' = – =– = 7 = 5+2
a 1
c 10
x ' ⋅ x '' = = = 10 = 5 ⋅ 2
a 1
– 116 –
Função do segundo grau
22 (+), (+) e (–): sinais sem alteração e com alteração, temos duas raí-
zes de sinais contrários, com a raiz negativa de maior valor abso-
luto que a positiva;
22 (+), (–) e (–): sinais com alteração e sem alteração, temos duas
raízes de sinais contrários, com a raiz positiva de maior valor abso-
luto que a negativa.
Exemplos:
– 117 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
Exemplo:
Vamos construir o gráfico da função y = x2 + x
8
x y
–2 2 6
(–3, 6) (2, 6)
–1 0
0 0 4
1 2
2
2 6 (–2, 2) (1, 2)
0
(–1, 0) (0, 0)
(– 12 , – 14 )
Observação:
22 se a > 0, a parábola tem a concavidade voltada para cima;
22 se a < 0, a parábola tem a concavidade voltada para baixo.
– 118 –
Função do segundo grau
a>0
a<0
b) a < 0
b) a < 0
– 120 –
Função do segundo grau
3º Caso: quando o discriminante for menor que zero (∆ < 0), a função quad-
rática não admite raízes reais, e a parábola não intercepta o eixo Ox.
Nesse caso, o sinal da função para qualquer valor de “x” terá sempre o mesmo
sinal de “a”.
a) a > 0
b) a < 0
b ;– ∆
Em qualquer caso, as coordenadas de V são: V –
2a 4a
– 121 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
Veja os gráficos:
y
y v a<0
– ∆
4a
a>0
0 x
– b
2a
– b
2a
0 x
– ∆
4a v
6.2.11 Imagem
O conjunto-imagem Im da função y = ax2 + bx + c, a ≠ 0 é o conjunto
dos valores que y pode assumir. Há duas possibilidades:
a
1 ) quando a > 0
yv
xv
Im = {y ∈ R | y ≥ yv}
– 122 –
Função do segundo grau
xv
yv
Im = {y ∈ R | y ≤ yv}
–(–5)± 25 – 24 5±1
x= =
2 2
x' = 3 e x'' = 2
– 123 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
Atividades
1. As raízes da equação –x2 + x + 6 = 0 são:
a) x’ = 0 e x” = 3 c) x’ = –2 e x” = 3
b) x’ = 0 e x” = 6 d) x’ = 2 e x” = –3
– 124 –
Função do segundo grau
– 125 –
7
A função exponencial
e a função logarítmica
x+2 4
1 4
2. = 3 16 ⇒(2)-1(x+2) = 3
2 4 ⇒ 2-x-2 = 2 3 ⇒ –x–2=
2 3
10
–x = 4/3 + 2 ⇒x = –
3
S = {–10/3}
x–2 2 x–2 2
3. 0,25x-2 = 1/16 ⇒ 25 = 1 ⇒ 1 = 1
100 4 4 4
x–2=2⇒x=4
S = {4}
x – x2 = – 6 ⇒ x2 – x – 6 = 0
– 130 –
Equações e funções exponenciais
– 131 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
x y
–1 1/2
0 1
1 2
2 4
x
1
Exemplo de função exponencial f (x) = .
2
y
x y
4
–2 4
3 –1 2
x
0 1
1 2
y = 1 1/2
2 1
x
–3 –2 –1 1 2
– 132 –
Equações e funções exponenciais
x x–2
b) 4x ≥ 8-2x c) ≤
1 1
a) 4x > 16
2 2
– 133 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
2
x
1 1
y =
4
x
–2 –1 1 2 3
S = {x ∈ R | x < 3}
x 2 –2 2
3 > a base 3/4 < 1, inverte-se a desigualdade
3
3.
4 4
x2 – x < 2 ⇒ x2 – x –2 < 0 ⇒ resolvendo a inequação de segundo grau
temos x1 = 2 e x2 = –1
– 134 –
Equações e funções exponenciais
S = {x ∈ R| –1 < x < 2 }
Como foi visto, para resolver exercícios envolvendo inequações expo-
nenciais, é necessário observar duas situações distintas:
Atividades
x+1 x 2 +2x+1
1. Determine o valor de x na equação 2 =4
x 2 +2x+1
x 2 +2x+1 2
=2 aplicando a propriedade da potenciação ⇒ =2
x+1 x+1
2
– 135 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
Resolvendo a equação
x 2 +2x + 1 = 2(x + 1) ⇒ x 2 +2x+1– 2x – 2 = 0
x2 – 1 = 0 ⇒ x = 1 (analise por que não foi considerada a resposta x’= -1).
{ x = 1}.
5x 5x
Na atividade dois, 5x-1 + 5x-2 = 30 ⇒ + = 30 inicialmente foi
5 52
necessário determinar o mínimo múltiplo comum:
5(5 x )+2 x 750
= 30 ⇒ 750 = 5(5 x )+5 x ⇒ 750 = 5 x (5+1) ⇒ 5 x =
25 6
5x = 53 ⇒ x = 3. Que tal parecia mais difícil não?
– 136 –
Equações e funções exponenciais
{
S = x∈R 3 > x >
1
2 } ou organizando em ordem crescente
{
S = x∈R
1
2
<x<3 }
Lembre-se: resolver uma equação exponencial, basicamente, consiste em
aplicar as propriedades das igualdades de forma que as potências, no primeiro
e segundo membro, tenham as bases iguais. Para que permaneça a igualdade,
quando as bases do primeiro membro e as do segundo são iguais, os expoen-
tes também devem ser iguais.
– 137 –
7.2
Estudo das equações,
inequações e funções
logarítmicas
Um pouco de história.
John Napier (lê-se, em geral, Neper) (1550-1617) introdu-
ziu o cálculo logarítmico em 1614.
Os logaritmos, como instrumento de cálculo, surgiram para
realizar simplificações, uma vez que transformam multiplicações e
divisões em operações mais simples de soma e subtração.
Já antes dos logaritmos, a simplificação das operações era rea-
lizada por meio das conhecidas relações trigonométricas, que relacio-
nam produtos com somas ou subtrações. Esse processo de simplifi-
cação das operações passou a ser conhecido como prostaférese, sendo
largamente utilizado em uma época em que as questões relativas à
navegação e à astronomia estavam no centro das atenções. De fato,
efetuar multiplicações ou divisões entre números muito grandes era
um processo bastante dispendioso em termos de tempo. A simplifi-
cação, permitida pela prostaférese, era relativa. Sendo assim, o pro-
blema ainda permanecia.
Fundamentos da Matemática Elementar I
Mesmo a palavra logaritmo foi inventada por Napier, a partir das pala-
vras gregas logos – razão – e aritmos – número.
Hoje, porém, com o advento das espantosas e cada vez mais baratas e
rápidas calculadoras, ninguém mais usa uma tábua de logaritmos ou uma
régua de cálculo para fins computacionais. O ensino dos logaritmos, como
instrumento de cálculo, está desaparecendo das escolas, os famosos cons-
trutores de réguas de cálculo de precisão estão desativando sua produção, e
célebres manuais de tábuas matemáticas estudam a possibilidade de aban-
donar as tábuas de logaritmos. Os produtos da grande invenção de Napier
tornaram-se peças de museu.
A função logarítmica, porém, nunca morrerá, pela simples razão de que
as variações exponencial e logarítmica são partes vitais da natureza e da aná-
lise. Conseqüentemente, um estudo das propriedades da função logarítmica e
de sua inversa, a função exponencial, permanecerá sempre uma parte impor-
tante do ensino da matemática.
7.2.1 Logaritmo
Como vimos anteriormente, o logaritmo foi criado a partir da necessi-
dade de se resolver problemas de multiplicação e outros do tipo a que expo-
ente se deve elevar o número 2 para se obter 128?
– 140 –
Estudo das equações, inequações e funções logarítmicas
1 1
2. log81 729 = x ⇔ 81 = 729 ⇔
x
1 –6
(34 )x = 6
⇔ 34x = 3–6 = 4x =–6 ⇔ x = ⇔
3 4
– 141 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
3 1 3
x=– ⇒ log81 =–
2 729 2
Você percebeu que estamos usando tudo o que foi aprendido nas aulas
anteriores, principalmente a de equações e inequações exponenciais? Se ainda
tiver dúvidas, é um bom momento para revisar o conteúdo anterior.
5
4
3. log5 3125 = x ⇔ 5x = 4
3125 ⇔ 5x =
4
5 5 ⇔ 5x = 5 4 ⇔ x =
5 ⇒ ⇒ log 4 3125 = 5
5
4 4
Recorde transformação de raízes em potências de expoentes fracionários.
– 142 –
Estudo das equações, inequações e funções logarítmicas
x > –2
x ≠ –1
x'=3
x"= –1
Conjunto solução
D = {x ∈ R | –2 < x < –1 e x > 3}
– 143 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
– 144 –
Estudo das equações, inequações e funções logarítmicas
Exercícios resolvidos
Aplicando as propriedades dos logaritmos e sabendo que (a, b, c ∈ R
positivos) desenvolva as expressões:
a) log3
9ab = log 9 + log a + log b – log c ⇒
3 3 3 3
c
– 145 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
log3
9ab = 2 log 3 + log a + log b – log c ⇒
3 3 3 3
c
log3
9ab = 2 + log a + log b – log c
3 3 3
c
b) log5
a5 = log5 a5 – log5 c2 - log5
5
b ⇒
2 5
c b
1
c2 5 b
log5 30 = 2,113
Observe que não é necessário representar a base 10 nos logaritmos deci-
mais. Aqui a base só foi representada como reforço.
– 146 –
Estudo das equações, inequações e funções logarítmicas
log5 x
d) Resolver a equação = 3 . Neste caso, é conveniente
2 + log5 x
y
substituir log5 x por y, = 3 ⇒ y = 6 + 3y ⇒ y= –3 retornando
2+y
log5 x = y = – 3 ⇒ 5–3 = x = 0,008.
– 147 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
– 148 –
Estudo das equações, inequações e funções logarítmicas
x 1/4 1/2 1 2 4 8
y = log2 x –2 –1 0 1 2 3
– 149 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
x 1/4 1/2 1 2 4 8
y = log1/2 x 2 1 0 –1 –2 –3
– 150 –
Estudo das equações, inequações e funções logarítmicas
Atividades
2
Para log( x–1) (x – 2x) , as condições são:
I. x2 – 2x > 0, resolvendo a inequação encontra-se x < 0 ou x > 2
II. x – 1 > 0, resolvendo esta inequação temos x > 1
II. x – 1 ≠ 1, que resulta em x ≠ 2
Finalmente realizando a intersecção entre as três condições temos:
Df = { x ∈ R / x > 2} e If = R
2
Para desenvolver a atividade dois, log(3x–6 ) (4x –12x) as condições
de existência são:
I. 4x2 – 12x > 0 ⇒x < 0 ou x > 3
II. 3x – 6 > 0 ⇒ x > 2
– 151 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
– 152 –
Estudo das equações, inequações e funções logarítmicas
– 153 –
8
Trigonometria, ciclo
trigonométrico,
conversão de arcos e
função seno e cosseno
C
α
x
90º = 30º +
α
30º α = 60º
A 8 cm B
– 156 –
Trigonometria, ciclo trigonométrico, conversão de arcos e função seno e cosseno
C
hip Como o ângulo α é formado pela
α ot
cateto adjacente
A B c ⇒ Cateto Oposto
c
cateto oposto
– 157 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
3
Tangente 0 1 3 não existe
3
b c
C a B
– 158 –
Trigonometria, ciclo trigonométrico, conversão de arcos e função seno e cosseno
a b c
= = = 2R
sen A sen B sen C
3 c
c = ⇒
A B sen 60° sen 45°
60º 75º
3 c
⇒ = ⇒
b a 3 2
45º 2 2
2c
⇒2= ⇒c= 2
C 2
– 159 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
B
a 2 = 10 2 +5 2 –2 ⋅ 10 ⋅ 5 ⋅ cos 60º
a 5 1
a 2 = 100+25–100 ⋅
2
60º a = 125–50 ⇒ a = 75 = 5 3
2
C A
10
8.4 Radianos
A partir de agora, utilizaremos, além de arcos em graus e seus submúl-
tiplos, outra medida que é o radiano, o qual corresponde a um arco, cujo
comprimento é igual ao raio da circunferência que o contém.
Como o comprimento de uma circunferência de raio R é dado por 2πR,
podemos aqui definir que um arco de volta inteira em uma circunferência
de raio R, possui medida de 360° ou 2π rad, pois comprimento do raio é o
comprimento do radiano.
Diante disso, por meio da regra de três, podemos converter um arco em
graus para radiano, ou radiano para graus, utilizando as relações a seguir.
2 π rad = 360° ou π rad = 180°
1° Exemplo: converter 45° para radianos
180° → π rad
45 π rad π
45° → x 180 ⋅ x = 45 π rad ⇒ x = = rad
180 4
π
2° Exemplo: converter para graus
6
180° → π rad
π π 30 π rad
x → rad π rad . x = 180 . rad ⇒ x = = 30°
6 6 π rad
– 160 –
Trigonometria, ciclo trigonométrico, conversão de arcos e função seno e cosseno
90º π/2 +
2π
45 º π/3
/3
3π
4
12
/4
5π
π/
60
/6 /6
0º
º
13 ºπ
15
5º
0º 30
π 180º 0º 0
360º 2π
0º 33
21 0º 1
1π/6
π/6
24 5º
31 0º 5
0º
22
7 30
5º π/3
7π
/4
/4
5π
/3
270º 3π/2
4π
– 161 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
P1 C
A
P2
sen x
2π
/3
/3
=π
3π
90º π/2
4
/
12 º
4
60º
π/
5π
=
/6
0º
=
13
=1 3/2 /6
º
=π
45
5
50
º 2/2 º
30
½
π = 180º 0º = 0
360º = 2π
–½
0º 33
1 – 2 /2 0º
=2 =1
1π
π/6 – 3/2
31
5º
7 /6
5º
22
30
º
40
270º 3π/2
=
=
0º
7π
/4
=2
5π
/4
=5
/3
π/3
4π
– 162 –
Trigonometria, ciclo trigonométrico, conversão de arcos e função seno e cosseno
De acordo com o ciclo que precede, podemos verificar que o sinal da fun-
ção seno depende do quadrante em que o arco estudado está contido. Assim:
22 o sinal do seno será positivo no 1° e 2° quadrante, ou seja, para
0 < x < π;
22 o sinal do seno será negativo no 3° e 4° quadrante, ou seja, para
π < x < 2 π.
y= sen (x)
1.0
x
–π –π π π 3π 2π
2 2 2
–1.0
– 163 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
π 5π 1 1
sen + sen +
b) 6 6 = 2 2 = 1 = 1 ⋅ ( −2) = − 2
3π 11π 1
−1 − – –
1
sen – sen
2 6 2 2
/3
/3
=π
3π
=1
90º π/2
4
/4
60º
π/
20
5π
=
º=
/6
º
13
=1 π/6
45
5º
50 =
º 3 0º
º 33
2 10 0º
=1
π/6= 1π
31
º
7 /6
5
5º
22
30
º
40
270º 3π/2
=
0º
7π
4
=2
/
5π
/4
=5
/3
π/3
4π
– 164 –
Trigonometria, ciclo trigonométrico, conversão de arcos e função seno e cosseno
1.0
x
–3π –π –π π π 3π 2π
2 2 2 2
–1.0
– 165 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
π 5π 3
cos + cos 0–
b) 2 6 = 2 =1
3π 11π 3
cos – cos 0–
2 6 2
Por meio destes exercícios, foi possível aplicar as propriedades de redução
de arcos ao primeiro quadrante, seja em graus ou em radianos.
Atividades
1. Sabendo que sen 30o = 1/2. Determine o valor dos catetos x e y.
B
5 cm
x
30º
A y C
– 166 –
Trigonometria, ciclo trigonométrico, conversão de arcos e função seno e cosseno
60º
5 cm
x
30º
A y C
– 167 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
1
cos 1500 º= cos 60º =
2
1 3 − 2 6 6
cos90 0 ⋅ cos1500 0 – cos330 0 ⋅ cos225 0 = 0× − × = 0 – – =
2 2 2 4 4
sen x – cos 2x π
No item (b), , para x =
cos 7x+sen 3x 6
π 1
sen x = sen =
6 2
π 2π π 1
cos 2x = cos 2 = cos = cos =
6 6 3 2
π 7π
cos 7x = cos 7 = cos
3
=−
6 6 2
π 3π π
sen 3x = sen 3 = sen = sen =1
6 6 2
1 1
−
sen x − cos 2 x 0
= 2 2 = =0
cos 7 x + sen 3 x 3 − 3+2
− +1
2 2
– 168 –
Trigonometria, ciclo trigonométrico, conversão de arcos e função seno e cosseno
2π 4π
2 ⋅ cos − 3 ⋅ sen
2 3
5π
sen + sen2 π
6
2π 4π 3 5 π 1 sen2 π = 0
cos = cos π = −1; sen =− ; sen = ;
2 3 2 6 2
2π 4π 3 9 3
2 ⋅ cos − 3 ⋅ sen 2 ⋅ −1 − 3 ⋅ − − 2 −− − 2 +
2 3 = 2 = 2 = 2=
5π 1 1 1
sen + sen2 π +0
6 2 2 2
= − 2 + ⋅ 2 = −2 2 + 3
3
2
– 169 –
9
Função tangente e
cotangente, função
cossecante e secante
A A cos x
O cos x O
tg x
3
sen
90º π/2
2π
1
π/3
/3
3π
4
12
60º
π/
/4
5π /6 3 / 3
0º
/6
º
ºπ
13
45
15 30
5º
0º
0º cos
π 0180º 0
360º 2π
0º 33
21 0º 3 /3
π/6 11
5º
7 π/6
31 º5π/3
22
0º
30
5º
24
0
/4
7π
5π
–1
/4
/3
4π
270º 3π/2
– 3
– 172 –
Função tangente e cotangente, função cossecante e secante
3
2
1
x
π π 3π 2π
–1 2 2
–2
–3
22 { π
o domínio de y = tg x é Dm = x ∈ IR / x ≠ +n ⋅ π , com n ∈Ζ ;
2 }
22 a imagem de y = tg x é IR;
22 o período de y = tg x é p = π;
22 a função y = tg x é sempre crescente.
– 173 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
Exemplos:
Determine o valor das expressões a seguir:
3
a) tg 60°. tg 30° – tg 315°. tg 45° = 3 ⋅ –(–1) ⋅ (1) = 1+1 = 2
3
π 5π 3 3
tg + tg + –
b) 6 6 = 3 3 = 0 =0
11π 3 3
tgπ – tg 0––
6 3
3
sen
90º π/2
– 3 –1 3 /3 3 /3 1 3 cotg x
0
π/3
2π
/3
4
60º
π/
3π
12
/4
/6
º
0º
ºπ
45
5π
13
/6 30
5º
15
0º
0º 0 cos
π 180º 360º 2π
0º
21 33
0º
π/6 11
5º
7 π/6
22
31
0º
30
5º
24
0º
/4
7π
5π
/4
0
/3
5π
4π
270º 3π/2
/3
– 174 –
Função tangente e cotangente, função cossecante e secante
3
2
1
x
π π 3π 2π
–1 2 2
–2
–3
– 175 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
y
r
P2
C
b
cossec x
P1 x
O a A
sec x
– 176 –
Função tangente e cotangente, função cossecante e secante
3
2
1
x
π π 3π 2π
–1 2 2
–2
–3
– 177 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
{ π
Dm = x ∈ IR x ≠ +n ⋅ π , com n ∈Ζ
2 } ;
22 a imagem de y = sec x
⇒ Im = {y ∈ IR y ≤ –1 ou y ≥ 1} ;
Exemplos
Determine o valor das expressões a seguir:
π 5π
sec +sec
b) 3 6 =
2π
sec 2 π – sec
8
2 3
2 +−
3 6−2 3 1 6−2 3
= . =
1− 2 3 1− 2 3−3 2
– 178 –
Função tangente e cotangente, função cossecante e secante
1
x
π π 3π 2π
2 2
–1
–2
–3
– 179 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
22 a imagem de y = cossec x ⇒ Im = {y ∈ IR y ≤ –1 ou y ≥ 1} ;
22 o período de y = cossec x é p = 2π.
Exemplos
Determine o valor das expressões a seguir:
a) cossec 30° · cossec 210° – cossec 300° · cossec 45°
−2 2 4 4 6 2 6 + 12
2 ⋅ (–2)– ⋅ =–4 + =-4 + =
3 2 6 6 3
π 5π
cossec +cossec
b) 6 6 = 2+2 = 4
2π 11π 1–(–2) 3
cossec – cossec
4 6
Os gráficos das funções nos permitem visualizar o comportamento das
funções, observando o crescimento ou decrescimento das mesmas nos qua‑
drantes estudados.
Atividades
1. Aplicando a definição de tangente calcule o valor da expressão:
tg x − cotg 2x para x = π
cot 7x + tg 6x 6
– 180 –
Função tangente e cotangente, função cossecante e secante
π 3 2π π 3
tg x = tg = ; cotg 2x = cotg = cotg =
6 3 6 3 3
7π 6π
cotg 7x = cotg = 3: tg 6x = tg = tg π = 0
6 6
tg x − cotg 2x
=
cotg 7x + tg 6x
3 3
−
3 3 0
= = =0
3 −0 3
– 181 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
7π 11π 3 5π 3π
cotg = −1; tg =− ; cotg = − 3 ; tg = −1
4 6 3 6 4
racionalizando
− 3 + 1 3 ( − 3 + 1) ⋅ 3 − 9 + 3 −3 + 3
⋅ = = = = −1 + 3
3 3 ( 3)2 3 3
25
x
A 12 B
a 2 = (12)2 + (25)2
– 182 –
Função tangente e cotangente, função cossecante e secante
a 2 = 144 + 625
a 2 = 769 → a = 769
c 25 25 769
sen x = → sen x = racionalizando → sen x = ⋅ →
a 769 769 769
25 769 25 769
→ sen x = → sen x =
( 769)2 769
b 12 12 769
cos x = → cos x = racionalizando → cos x = ⋅ →
a 769 769 769
12 769 12 769
→ cos x = 2
→ cos x =
( 769 ) 769
1 1 769 769
sec x = → sec x = → sec x = 1 ⋅ → sec x =
cos x 12 769 12 769 12 769
769
769 769
cos sec x = como x pertence ao 4º quadrante cos sec x =
25 25
– 183 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
– 184 –
10
Relações fundamentais,
operações com
arcos e aplicações
eixo do seno
C
C2
sen α
eixo do
cosseno
O cos α C1 A
Aplicando o teorema de
1 Pitágoras no triângulo ao
sen α
lado, temos:
(sen α)2 +(cos α)2 = 12
sen 2 α +cos 2 α = 1.
α
C1 cos α O
– 186 –
Relações fundamentais, operações com arcos e aplicações
tg α = sec α –1
2 2
sen 2 α cos 2 α 1
+ = ⇒ tg 2
α +1 = sec 2
α ⇒ 2
cos 2 α cos 2 α cos 2 α sec α – tg α = 1
2
sen 2 α cos 2 α 1
+ 2 = ⇒ 1+cotg 2 α = cossec 2 α ⇒
sen α sen α sen α
2 2
cotg 2 α = cossec 2 α –1
⇒
cossec α – cotg α = 1
2 2
Exemplos
4
1. Sabendo que sen α = e α∈1º quadrante, calcular secα e tgα.
5
1
Como sec α = , aplicando a relação fundamental
cos α
sen2 α + cos2 α = 1, temos:
2
4 +cos 2 α = 1 ⇒ 16 +cos 2 α = 1 ⇒ cos 2 α = 1 − 16
5 25 25
9 9 .
cos 2 α = ⇒ cos α = ±
25 25
Como o arco está no 1º quadrante, o cosseno é positivo:
3
cos α =
5
1 1 5
Assim, sec α = = =
cos α 3 3
5
– 187 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
4
sen α 4
Da mesma forma: tg α ⇒ tg α + ⇒ tg α = 5 ⇒ tg α =
sen α 3 3
5
tg α + cotg α
2. Simplificando a expressão x = temos:
cos sec 2 α
1 1+cotg 2 α
+cotg α
cotg α cotg α 1
x= ⇒x= ⇒x= ⇒ x = tg α
1+cotg α
2
1+cotg α
2
cotg α
Exemplo:
Calcule sen 75°:
– 188 –
Relações fundamentais, operações com arcos e aplicações
como 75° é igual a 30° + 45°, temos: sen 75° = sen (30° + 45°)
sen 75° = sen 30° ⋅ cos 45°+sen 45° ⋅ cos 30° ⇒
1 2 2 3 2 + 6
⇒ sen 75° = ⋅ + ⋅ ⇒ sen 75° =
2 2 2 2 4
22 Cosseno da soma: sendo α e β dois arcos quaisquer, calculamos o
cosseno da soma deles pela expressão:
cos(α + β) = cos α ⋅ cos β – sen α ⋅ sen β
Exemplo
Calcule cos 1050:
como 105° = 60° + 45° ⇒ cos 105° = cos (60° + 45°)
cos 105° = cos 60° · cos45° – sen 60° · sen 45°
1 2 3 2 2– 6
cos 105° = ⋅ – ⋅ ⇒ cos 105° = .
2 2 2 2 4
Exemplo
Calcule tg 105°.
como 105° = 60° + 45°, temos : tg(60° + 45°) =
tg 60°+tg 45° 3+1
= =
1– tg 60° ⋅ tg 45° 1– 3 ⋅ 1
( 3 +1) (1+ 3)
Racionalizando temos : tg105° = ⋅ =–2– 3
(1– 3) (1+ 3)
– 189 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
Exemplo
Calcule sen 15°:
como 15° = 45° – 30° ⇒ sen 15° = sen (45° – 30°)
sen 15° = sen 45° ⋅ cos 30° – sen 30° ⋅ cos 45° →
2 3 1 2 6− 2
→ sen 15° = ⋅ – ⋅ → sen 15° =
2 2 2 2 4
22 Cosseno da diferença: como cos (α ‑ β), pode ser escrito por cos
[α + (–β)] e aplicar a fórmula de cosseno da soma, cos (α + β):
cos (α – β) = cos α cos β+sen α ⋅ sen β
Exemplo
Calcule cos 195°:
195° = 240° – 45° ⇒ cos 195° = cos (240° – 45°)
cos 195° = cos 240° · cos 45° + sen 240° · sen 45°
cos 195° = (– cos 600) · cos 45° + (– sen 60°) . (–sen 45°)
1 2 3 2 – 2 – 6
cos 195° = – ⋅ + – ⋅ ⇒ cos 195° =
2 2 2 2 4
– 190 –
Relações fundamentais, operações com arcos e aplicações
tgα – tgβ
tg(α – β) =
1 + tgα ⋅ tgβ
Exemplo
Calcular tg 15°:
como 15° = 45° – 30° → tg 15° = tg (45° – 30°) ⇒
3
tg 45° – tg 30° 1–
⇒ tg 15° = ⇒ tg 15° = 3
1 + tg 45° ⋅ tg 30° 3
1+1 ⋅
3
3– 3
3– 3
⇒ tg 15° = 3 → tg 15° =
3+ 3 3+ 3
3
Racionalizando, temos:
(3 – 3) (3 – 3) 9 − 3 3 – 3 3 + 3
tg 15° = ⋅ = ⇒
(3+ 3) 3 – 3 9–3
12 – 6 3
⇒ tg 15° = ⇒ tg 15° = 2 – 3
6
– 191 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
π
log o, y = sen ( π – α ) +cos + α ⇒ y = sen α – sen α
2
y =0
Exemplo
Sabendo que
4
sen α = e α∈ 2º quadrante, calcular sen 2 α.
5
Sendo sen 2 α = 2 sen α ⋅ cos α , calculamos o valor de cos α ,
sen 2 α +cos 2 α = 1
2
4 +cos 2 α = 1 ⇒ 16 +cos 2 α = 1
5 25
16 9
cos 2 α = 1– ⇒ cos 2 α =
25 25
3
Como α∈ 2° quadrante, cos α é negativo e cos α = –
5
– 192 –
Relações fundamentais, operações com arcos e aplicações
Exemplo
4
Sabendo que sen α = e α∈ 2º quadrante, calcular cos 2 α.
5
Sendo cos 2 α = cos 2 α – sen 2 α , calculamos o valor de cos α :
2
16
sen2 α + cos2 α = 1 ⇒ + cos2α = 1 ⇒
4
+ cos2 α = 1
5 25
16 9
cos 2 α = 1– ⇒ cos 2 α =
25 25
3
Como α∈ 2° quadrante, cos α é negativo e cos α = –
5
2 2
Logo, cos 2 α = – – → cos 2 α = –
3 4 7
5 5 25
Exemplo
3
Sabendo que sen α = e ∈ 2º quadrante, calcular tg 2 α.
5
2tg α sen α
Sendo tg 2 α = , e tg α = , e calculamos o valor de
1– tg α 2
cos α
cos α:
– 193 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
2
sen 2 α +cos 2 α = 1 → +cos 2 α = 1 ⇒ +cos 2 α = 1
3 9
5 25
9 16
cos 2 α = 1– ⇒ cos 2 α =
25 25
4
Como α∈ 2º quadrante, cos α é negativo e cos α = – .
5
3
sen α 5 3
como, tg α = = ⇒ tg = – → Logo, tg 2 α =
cos α – 4 4
5
2 –
3
2tg α 24
= 2 = –
4
=
1– tg α 2
1– –
3 7
4
Atividades
3
1. Sabendo que cos x = , qual será o valor da expressão y = sec2 x + tg2 x ?
5
5 3
2. Seja sen α = e sen β = . Determine o valor de sen (α – β) para
13 5
α e β no 1° quadrante.
3. Sabendo que sen α = 0,6 e cos α = 0,8; aplique as propriedades dos arcos
duplos e determine: a) sen 2α; b) cos 2α.
4. Sabendo que sen α = 0,6 e cos α = 0,8; aplique as propriedade dos arcos
duplos e determine o valor de tg 2α.
– 194 –
Relações fundamentais, operações com arcos e aplicações
1 cos 2 x
y = 1 + 2 ⋅ 2 − 2 → y = 1 + 2 ⋅ 2 − 1 → y = 1 + 2 − 2
1 2
cos x cos x cos x cos x
2 2 2 25
y = −1 + → y = −1 + 2 → y = −1 + → y = −1 + 2 ⋅
2
cos x 3 9 9
25
5
50 −9 + 50 41
y = −1 + →y= →y=
9 9 9
– 195 –
Fundamentos da Matemática Elementar I
25 169 – 25 144
cos 2 α = 1– → cos 2 α = → cos 2 α = →
169 169 169
144 12
cos α = → cos α =
169 13
2
usando sen β + cos β = 1 → + cos 2 β = 1 →
2 2 3
5
9 9 25 – 9
+ cos 2 β = 1 → cos 2 β = 1– → cos 2 β =
25 25 25
16 16 4
cos 2 β = → cos β = → cos β =
25 25 5
sen(α – β) = senα ⋅ cos β – senβ ⋅ cos α
5 4 3 12
sen(α – β) = ⋅ − ⋅
13 5 5 13
20 36 16
sen(α – β) = – → sen(α – β) = –
65 65 65
– 196 –
Relações fundamentais, operações com arcos e aplicações
0,6
2⋅
0,8 1,5
tg 2 α = 2 = = 3,4285
0,6 0,4375
1–
0,8
– 197 –
Referências
Fundamentos da Matemática Elementar I
– 200 –