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- O Estado começa a personificar o poder político e este é personificado no Estado (O Estado

é quem possui o poder político, que por sua vez está nas mãos do rei. Estado=rei – L’etat c’est
moi)

Thomas Hobbes
- Primeiro autor da Idade Moderna.
- Defende que a comunidade não pode reaver o poder;
- Abre caminho para o absolutismo do poder, o seu monopólio nas mãos do monarca;
- Caracteriza o poder politico como:
-faculdade de fazer leis;
-faculdade de fazer justiça através dos tribunais;
-faculdade de fazer a guerra e a paz;
-faculdade de atribuir honrarias, escolher conselheiros;
-(...).
- Na sua opinião “quando o rei fala, os súbditos obedecem, quando o rei cala, os homens são
livres”. A partir daqui começa a enraizar-se a distinção entre a acção pertencente à esfera
pública (fazer a guerra e garantir a paz) e a acção pertencente à esfera privada ou das
liberdades privadas (homens são livres de cultivar ou não cultivar as suas terras, de educar os
seus filhos...).

12.1 A lei como emanação da vontade régia e os tribunais régios


- Lei coincide com a vontade do rei;
- A última palavra sobre o sentido da lei fica a cargo dos tribunais, os tribunais régios.

12.2 A acção politica e administrativa do monarca.


Despotismo esclarecido
- Os conselheiros políticos do monarca incentivam-no a desenvolver grandes projectos
políticos e a concretizá-los através de uma máquina organizatória hierarquizada,
racionalizando esforços, disciplinando tarefas.
- Os grandes empreendimentos políticos para engrandecimento do Estado (personificado no
monarca) nascem ligados à coisa pública.
“MONARCA É ILUMINADO E DOTADO DE GRANDE VISÃO”.

Estado de Polícia
- Separação clara entre o interesse público (do Estado) do interesse privado (da sociedade).
(Estado de policia – Estado de política administrativa)

13. Conclusão
- É neste período que as ideias básicas relativas à sociedade politica ou Estado-nação ganham
corpo (rei) e consistência; Estado adquire de facto personalidade jurídica;
- Poder político adquire soberania, distinguindo-se dos demais poderes dentro da sociedade;
- Chefes políticos (monarcas, príncipes) adquirem os instrumentos para a absolutização do seu
poder:
- centralização do poder régio;
- eliminação dos poderes concorrentes;
- utilização da “salus publica” ao serviço de grandes projectos para os quais a
comunidade não era ouvida;
- criação de uma máquina administrativa hierarquizada
Tudo isto contribuiu para a formação de poderes políticos abusivos e arbitrários.

VI. Liberdade, igualdade e poder político


14. A conquista política da liberdade e da igualdade. A democracia e o direito.
- Os extremos a que o absolutismo régio conduziu a sociedade e o ambiente cultural propício
à difusão de novas formas de conceber o poder politico (textos dos contratualistas)
prepararam o caminho das revoluções liberais;

- Com as revoluções liberais, os povos põem fim ao poder absoluto dos monarcas, conquistam
a liberdade (participar na elaboração e aprovação de leis) e a igualdade (fim aos privilégios e
sanções arbitrárias);

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