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TPHA

200 72503
500 72504
KITS PARA DETEÇÃO QUALITATIVA E SEMI-QUANTITATIVA DE
ANTICORPOS DE TREPONEMA PALLIDUM EM SORO OU PLASMA HUMANO
ATRAVÉS DE HEMAGLUTINAÇÃO PASSIVA

883683 2014/12
ÍNDICE

1. APLICAÇÃO ...................................................................................................... 3

2. RESUMO E EXPLICAÇÃO DO TESTE ............................................................ 3

3. PRINCÍPIOS DO PROCEDIMENTO ................................................................. 3

4. REAGENTES .................................................................................................... 4

5. AVISOS E PRECAUÇÕES ............................................................................... 4

6. AMOSTRAS ...................................................................................................... 6

7. PROCEDIMENTO ............................................................................................. 6

8. LIMITAÇÃO DO TESTE .................................................................................. 10

9. CARATERÍSTICAS DE DESEMPENHO ........................................................ 10

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ............................................................... 12

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1. APLICAÇÃO
Os kits TPHA destinam-se a ser utilizados para deteção qualitativa e semi-
quantitativa de anticorpos de Treponema pallidum em soro e plasma humanos. O
produto poderá ser utilizado para rastreio de dadores de sangue e para auxiliar no
diagnóstico de pacientes com suspeita de infeção por sífilis.

2. RESUMO E EXPLICAÇÃO DO TESTE


A sífilis é uma infeção crónica que progride por diferentes fases de infeção: primária,
secundária, latente e tardia. Estas fases provocam diferentes sintomas clínicos,
dando habitualmente origem a úlceras iniciais, conhecidas como cancros. Em
seguida, surge uma erupção cutânea sifilítica, seguida por longos períodos sem
sintomas. A infeção não tratada poderá eventualmente resultar em problemas
cardiovasculares e neurossífilis.

A infeção é causada pela espiroqueta Treponema pallidum e adquire-se


habitualmente por contacto sexual, embora a doença possa também ser transmitida
por uma transfusão de sangue infetado. Ocorre também uma infeção intrauterina.
Comprovou-se que é praticamente impossível que o organismo se desenvolva em
meios artificiais e o diagnóstico da infeção depende habitualmente da demonstração
de anticorpos no sangue, que aparecem pouco depois da infeção inicial e podem
persistir por muitos anos.

Os testes para deteção de sífilis encaixam em quatro categorias: exame


microscópico direto, testes de anticorpos treponémicos, testes de anticorpos não
treponémicos e testes de antigénios diretos. Devido aos longos períodos sem
sintomas e à natureza não específica dos testes não treponémicos, os métodos que
detetam anticorpos antitreponémicos específicos em amostras de sangue tornaram-
se cada vez mais populares para o rastreio. O TPHA é um destes testes.

3. PRINCÍPIOS DO PROCEDIMENTO
Os kits TPHA utilizam eritrócitos aviários conservados revestidos com antigénios de
T. pallidum (estirpe de Nichols), que se irão ligar ao anticorpo específico presente no
soro ou plasma do paciente. As células estão suspensas num meio que contém
componentes para eliminar reações não específicas. As reações positivas são
apresentadas através da aglutinação das células, as reações negativas através da
sedimentação das células num botão ou anel pequeno.

Apesar de o kit se destinar a ser utilizado principalmente como teste qualitativo, os


níveis de anticorpos poderão ser titulados duplicando a diluição.

Os padrões de aglutinação podem ser interpretados através de observação ou de


um leitor de placas capaz de ler padrões de aglutinação. Contacte a empresa em
questão para obter informações sobre adaptações e procedimentos especiais.

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4. REAGENTES

4.1. Descrição

Apresentação
Identificação no rótulo Descrição 72503 72504
200 testes 500 testes
Células de teste
Suspensão de eritrócitos aviários
R1 2 frascos 2 frascos
Test Cells revestidos com antigénios de T.
7,8 ml 20 ml
pallidum, com albumina de soro bovino
(BSA)
Células de controlo 1 frasco
2 frascos
R2 Control Cells Suspensão de eritrócitos aviários com 20 ml
7,8 ml
BSA
Diluente 1 frasco
2 frascos
Diluent Solução salina com soro de coelho 125 ml
R3 20 ml
Controlo positivo
Soro humano com anticorpos de T.
1 frasco 1 frasco
R4 Positive Control pallidum, negativo quanto a antigénios
1 ml 1 ml
HBs e a anticorpos anti-HIV 1/2 e anti-
HCV diluídos em tampão de fosfato
Controlo negativo
1 frasco 1 frasco
R5 Negative Control Soro de coelho em tampão de fosfato
1 ml 1 ml

4.2. Requisitos de armazenamento e manuseamento


Este kit deve ser armazenado a +2-8 °C. Guarde as garrafas na vertical. Não
congelar.
Cada item do kit preservado a +2-8 °C pode ser utilizado até à data de validade
indicada na embalagem. Após a abertura e na ausência de contaminação, os
reagentes R1, R2, R3, R4 e R5 conservados a +2-8 °C, podem ser utilizados até à
data de validade indicada na etiqueta.

5. AVISOS E PRECAUÇÕES
Para utilização em diagnóstico in vitro. Para utilização por profissionais de saúde.

5.1. Precauções de saúde e segurança:


§ Este kit de teste apenas deve ser manuseado por pessoal qualificado,
com formação em procedimentos laboratoriais e familiarizado com os
respetivos potenciais perigos. Use vestuário de proteção, luvas e
proteção ocular/facial adequados e manuseie de acordo com as Boas
Práticas Laboratoriais exigidas.

§ Os materiais de controlo fornecidos são fabricados a partir de soro


humano. Estes foram testados a nível do dador e considerados

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negativos quanto a antigénios HBs e a anticorpos anti-HIV 1/2 e anti-
HCV. Nenhum método de teste conhecido pode oferecer total garantia
da ausência de agentes infeciosos. Por conseguinte, todos os derivados
de sangue humano, reagentes e amostras humanas devem ser
manuseados como meios capazes de transmissão de doença infeciosa,
cumprindo as Precauções Universais recomendadas para agentes
patogénicos transmissíveis pelo sangue, conforme definido pelos
regulamentos locais, regionais e nacionais.

§ Salpicos biológicos: Os salpicos de material de origem humana devem


ser tratados como potencialmente infeciosos.

Os salpicos que não contenham ácido devem ser imediatamente


descontaminados, incluindo a área salpicada, os materiais e quaisquer
superfícies ou equipamento contaminados, com um desinfetante químico
adequado que seja eficaz para os resíduos biológicos potencialmente
perigosos das amostras envolvidas (normalmente, uma diluição de 1:10
de lixívia de uso doméstico, 70-80% de etanol ou isopropanol e iodofor,
como Wescodyne™ Plus a 0,5%, etc.), devendo ser secos com um
pano.

Salpicos que contenham ácido devem ser absorvidos adequadamente


(limpos com um pano) ou neutralizados e a área deve ser enxaguada e
limpa com um pano até ficar seca; poderá ser necessário eliminar os
materiais utilizados para limpar os salpicos como resíduos
biologicamente perigosos. Em seguida, a área deverá ser
descontaminada com um dos desinfetantes químicos.

Nota: Não coloque soluções que contenham lixívia na autoclave!

§ Elimine todas as amostras e materiais utilizados para realizar o teste


como se estes contivessem um agente infecioso. Os resíduos
laboratoriais, químicos ou biológicos perigosos devem ser manuseados
e eliminados em conformidade com todos os regulamentos locais,
regionais e nacionais.

§ A Ficha de Dados de Segurança encontra-se disponível em www.bio-


rad.com.

5.2. Precauções relacionadas com o procedimento


5.2.1. Preparativos
A fiabilidade dos resultados depende da implementação correta das Boas Práticas
Laboratoriais que se seguem:
• Não misture nem associe reagentes de diferentes lotes num único teste.
• Não utilize reagentes expirados.
• Antes da utilização, aguarde 30 minutos até que os reagentes estabilizem à
temperatura ambiente (18-30 °C).

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5.2.2. Processamento
• Não altere o procedimento de ensaio.
• Utilize uma ponta de distribuição nova para cada amostra.

6. AMOSTRAS
As amostras de soro ou plasma (EDTA, citrato de sódio, heparina e ACD) devem
estar isentas de células sanguíneas e de quaisquer contaminações microbiais
óbvias. Estas poderão ser armazenadas a +2-8 °C durante 7 dias antes do teste. As
amostras que necessitem de armazenamento por um período mais longo devem ser
congeladas a uma temperatura igual ou inferior a -20 °C. As amostras congeladas
devem ser descongeladas e bem misturadas antes do teste. Não repita mais de 5
ciclos de congelação/descongelação.
As amostras aquecidas a 56 °C durante 3 horas não afetam os resultados.

As amostras que contenham até 100 mg/l de bilirrubina, até 36 g/l de triglicéridos e
até 10 g/l de hemoglobina não afetam os resultados. Contudo, não é recomendada a
utilização de soro ou plasma hiperlipémico ou hiperhemolisado.

Se as amostras se destinam a ser transportadas, devem ser acondicionadas em


conformidade com os regulamentos relativos ao transporte de agentes etiológicos
em vigor e de preferência transportadas congeladas.

7. PROCEDIMENTO
OBSERVAÇÃO: Os Controlos positivos e negativos (R4 e R5) do kit devem ser
executados com cada execução dos testes.

7.1. Materiais necessários, mas não fornecidos


• Água destilada
• Hipoclorito de sódio (lixívia de uso doméstico) e bicarbonato de sódio.
• Papel absorvente
• Luvas descartáveis
• Óculos de segurança
• Tubos descartáveis
• Pipetas ou multipipetas ajustáveis ou predefinidas, automáticas ou
semiautomáticas, para medir e dispensar 10 µl, 25 µl, 75 µl e 190 µl.
• Agitador de microplacas
• Formato da placa com cavidade em U (microplacas com 96 cavidades) –
Código 83375 (5 placas)
• Recipiente para resíduos biologicamente perigosos

7.2. Procedimento de ensaio (técnica manual)


7.2.1. Ensaio qualitativo
São necessárias três cavidades da microplaca em U para cada amostra.

O kit TPHA 500 (produto N.º 72504) foi concebido para rastreio de números elevados
de amostras e contém apenas um pequeno volume de Células de controlo. Pretende-
se que as amostras sejam rastreadas utilizando apenas Células de teste na primeira
instância e as Células de controlo devem ser utilizadas aquando da repetição dos
testes em amostras que apresentem um resultado positivo no primeiro teste.

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a. Diluição de controlos e amostras (a 1 para 20)
Adicione 190 µl do diluente (R3) numa cavidade.
Adicione 10 µl da amostra ou Controlo positivo (R4) ou negativo (R5) na mesma
cavidade.
Misture minuciosamente.

b. Teste
Transfira 25 µl do controlo diluído ou amostra diluída do passo de diluição para a
cavidade de teste.
Transfira 25 µl do controlo diluído ou amostra diluída do passo de diluição para a
cavidade de controlo.

Repita a suspensão das Células de teste (R1) e das Células de controlo (R2)
agitando o frasco Examinar para uma suspensão completa.
Adicione 75 µl de Células de teste (R1) à cavidade de teste e 75 µl de Células de
controlo (R2) à cavidade de controlo.
A diluição final da amostra é 1: 80.
Misture as cavidades minuciosamente.
Incube à temperatura ambiente (15-30 °C) numa superfície sem vibrações durante,
no mínimo, 45 minutos.
Leia os padrões de sedimentação. Os padrões de aglutinação mantêm-se estáveis
durante, no mínimo, três horas, se não forem perturbados.

7.2.2. Ensaio semi-quantitativo


São necessárias 9 cavidades da microplaca em U para cada amostra: Uma cavidade
para a diluição da amostra ou controlo e 8 cavidades para a titulação.

Nota: Os Controlos positivos e negativos (R4 e R5) devem ser executados com cada
lote de testes, utilizando o procedimento abaixo indicado.

a. Diluição de controlos e amostras (a 1 para 20)


Adicione 190 µl do diluente (R3) numa cavidade.
Adicione 10 µl da amostra ou Controlo negativo (R4) ou Controlo positivo (R5) na
mesma cavidade.
Misture minuciosamente.

b. Titulação
Deixando a primeira cavidade vazia, adicione 25 µl de diluente (R3) em cada uma
das 7 cavidades restantes.
0 1 2 3 4 5 6 7 8
190 µl (R3) + 10
25 µl 25 µl 25 µl 25 µl 25 µl 25 µl 25 µl
µl de amostra ou
de R3 de R3 de R3 de R3 de R3 de R3 de R3
(R4) ou (R5)
Diluições de
controlos ou 8 cavidades para titulação
amostras

Transfira 25 µl da amostra ou controlo diluído para a 1.ª cavidade e para a 2.ª


cavidade e misture.

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Em seguida, efetue a diluição em série ao longo da sequência de cavidades,
eliminando o excesso de 25 µl da cavidade final.

25 µl 25 µl 25 µl 25 µl 25 µl 25 µl

0 1 2 3 4 5 6 7 8
Eliminar o
25 µl
excesso de
190 µl (R3) + 25 µl de R3 + 25 µl
10 µl de de 25 µl 25 µl 25 µl 25 µl de 25 µl 25 µl de 25 µl
amostra ou controlo de de R3 de R3 R3 de R3 R3 de R3
(R4) ou (R5) diluído controlo
diluído
Diluições de
controlos ou 8 cavidades para titulação
amostras

c. Teste
Misture cuidadosamente as Células de teste (R1) para assegurar uma ressuspensão
minuciosa.
Adicione 75 µl de Células de teste (R1) a cada cavidade.
O intervalo de diluição da amostra final após a adição de células é de 1: 80 – 1:10
240.
Misture minuciosamente.

0 1 2 3 4 5 6 7 8
25 µl
190 µl (R3) 25 µl 25 µl 25 µl 25 µl
de 25 µl de 25 µl de 25 µl de
+ 10 µl de de de de de
controlo diluição diluição diluição
amostra ou diluição diluição diluição diluição
diluído + 75 µl + 75 µl + 75 µl
(R4) ou + 75 µl + 75 µl + 75 µl + 75 µl
+ 75 µl de R1 de R1 de R1
(R5) de R1 de R1 de R1 de R1
de R1
1:10
1:80 1:160 1:320 1:640 1:1280 1:2560 1:5120
240
Diluições
de
controlos 8 cavidades para titulação
ou
amostras

Incube à temperatura ambiente (15-30°C) numa superfície sem vibrações durante,


no mínimo, 45 minutos.
Leia os padrões de sedimentação. Os padrões de aglutinação mantêm-se estáveis
durante, no mínimo, três horas, se não forem perturbados.
O título da amostra é o recíproco da diluição mais elevada com aglutinação.

7.3. Controlo de qualidade


Os Controlos do kit devem apresentar o resultado correto; o Controlo negativo (R5) é
negativo e o Controlo positivo (R4) é positivo.
Quando o kit de Controlo positivo (R4) é titulado, o ponto final esperado é ≥ 1:640.

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7.4. Interpretação dos resultados e critérios de validação do teste

Positivo Equívoco Negativo

Células de teste Células de


controlo
Positivo: Forte Padrão de células completo a cobrir o Botão negativo
fundo da cavidade.
Positivo fraco O padrão das células abrange cerca Botão negativo
de 1/3 do fundo da cavidade.
Equívoco O padrão das células apresenta um Botão negativo
centro nitidamente aberto.
Negativo As células sedimentadas num botão Botão negativo
compacto, habitualmente com um
centro pequeno e nítido.
Reação não específica Reação positiva. Reação positiva

Uma amostra cuja cavidade da Célula de teste seja não reativa deve ser
considerada negativa quanto a T. pallidum.
Uma reatividade inferior ao equívoco é considerada negativa.

Qualquer amostra com resultados equívocos ou positivos deve ser considerada


positiva e o procedimento de teste repetido conforme acima indicado, em duplicado,
adicionando as Células de controlo (R2) fornecidas para um conjunto de células e as
Células de teste (R1) para o outro.
Se, pelo menos, numa das cavidades com Células de teste (R1), o resultado for
equívoco ou positivo, a amostra deve ser considerada positiva quanto a T.
pallidum.

Para reações não específicas, se a aglutinação for mais elevada nas Células de
teste (R1) do que nas Células de controlo (R2), a amostra é considerada positiva e
deve ser repetida conforme acima indicado.
Quando uma amostra apresentar aglutinação superior ou igual nas Células de
controlo (R2), a amostra deve ser absorvida utilizando o procedimento seguinte.

7.5. Absorção de reações não específicas


(O procedimento a utilizar se for detetada aglutinação nas células de Teste e de
Controlo.)
1. Adicione 10 µl da amostra a 190 µl de Células de controlo ressuspensas, misture
bem e incube à temperatura ambiente durante 30 minutos.
2. Centrifugue para depositar as células a, no mínimo, 1500 g durante 3 minutos.
3. Adicione 25 µl de sobrenadante do passo 2 a cada uma das 2 cavidades.

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4. Misture cuidadosamente as Células de teste e de controlo para assegurar uma
ressuspensão minuciosa.
Adicione 75 µl de Células de teste à 1.ª cavidade.
Adicione 75 µl de Células de controlo à 2.ª cavidade.
5. Assegure a mistura minuciosa e incube à temperatura ambiente durante, no
mínimo, 45 minutos.
6. Leia e interprete os padrões de sedimentação conforme acima indicado.

8. LIMITAÇÃO DO TESTE
Não está disponível qualquer teste único ou padrão de referência definitivo único
para cada fase da doença. Assim, o diagnóstico da sífilis baseia-se essencialmente
em testes serológicos, sendo necessários os resultados de métodos não
treponémicos e de métodos treponémicos.

Nenhum teste de diagnóstico oferece total garantia de que uma amostra não contém
níveis baixos de anticorpos de T.pallidum, como os que se encontram presentes
numa fase muito inicial da infeção. Por esse motivo, um resultado negativo num
determinado momento não exclui a possibilidade de exposição a uma infeção por
sífilis.

Todos os resultados de testes treponémicos tendem a permanecer reativos no


seguimento da infeção treponémica, por isso não devem ser utilizados para avaliar a
resposta à terapia. Devido à persistência da reatividade, em geral, para a vida do
paciente, os testes treponémicos não têm qualquer valor na determinação de
recidiva ou reinfeção num paciente com um resultado reativo. Neste caso,
recomenda-se que utilize outros ensaios: Syphilis Total Ab, Syphilis IgM EIA e RPR.

9. CARATERÍSTICAS DE DESEMPENHO

9.1. Estudo de precisão


O estudo de precisão foi realizado através do teste a 3 amostras (1 negativa, 1
positiva baixa e 1 positiva) em 10 réplicas no mesmo ciclo (repetibilidade) e em 2
réplicas durante 5 dias em 2 lotes diferentes e lidas por 2 operadores (precisão
intermédia).

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Repetibilidade: As 3 amostras apresentaram resultados idênticos quando
repetidas 10 vezes.
Precisão intermédia/entre lotes: As 3 amostras apresentaram resultados
idênticos quando testadas nas diferentes condições (40 vezes).

9.2. Desempenho clínico

Os desempenhos do ensaio TPHA foram determinados através do teste de


amostras de dadores de sangue aleatórios, pacientes hospitalizados, pacientes
infetados com sífilis e em amostras positivas quando a marcadores não
relacionados com infeções pelo T. pallidum.
Os estudos foram realizados em 2 bancos de sangue e na Bio-Rad.

9.2.1. Especificidade
No total, foram estudadas 5032 amostras de dadores de sangue
prospetivamente recolhidas em 2 locais diferentes.
As amostras eram de soro (3626), EDTA K2 (539) ou plasma de heparina de
lítio (867) testados num período inferior a 7 dias após a amostragem e foram
comparadas com o ensaio de rastreio utilizado no laboratório.

Tabela 1: População de dadores de sangue


Amostras
Amostras Especificidad
reativas Intervalo de
Local Número inicialmente e
repetidas confiança de 95%
reativas (IR) (%)
(RR)
99,72%
Local N.º 1 2519 18 7 99,43% – 99,89%
(2512/2519)

20 99,72%
Local N.º 2 2513* 7 99,43% – 99,89%
(2505/2512)
38 14
99,72%
Total 5032 (8 positivos, (3 positivos, 99,53% – 99,85%
(5017/5031)
30 equívocos) 11 equívocos)
*:foi retirada do cálculo uma amostra (positivo verdadeiro).

A especificidade observada nesta população-alvo é igual a 99,72%


(5017/5031), com um intervalo de confiança de 95% de [99,53% – 99,85%].
Entre as 14 amostras positivas falsas, 11 foram consideradas repetidamente
equívocas.

Foi também realizado um estudo retrospetivo em 201 amostras congeladas


de pacientes de um Centro para Doenças Sexualmente Transmissíveis ou de
fornecedores, que foram consideradas negativas.
A especificidade destas amostras foi determinada a 99,5% (200/201) com um
intervalo de confiança de 95% a [97,3%- 100,0%].

9.2.2. Sensibilidade

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O estudo de sensibilidade foi realizado em 435 amostras de soro congeladas
retrospetivas do laboratório de um Centro para Doenças Sexualmente
Transmissíveis ou de amostras congeladas de fornecedores. Estas amostras
foram caracterizadas como positivas por imunoensaios, ensaio FTA, ensaio
RPR/ VDRL ou ensaios TPHA de acordo com a respetiva origem.
Todas as amostras foram testadas primeiro em conformidade com o ensaio
TPHA com marcação CE e, em seguida, com o ensaio TPHA 500 da Bio-Rad
(72504).
A sensibilidade nesta população foi determinada a 100% (435/435) com um
intervalo de confiança de 95% a [99,2%-100,0%].

9.3. Sensibilidade analítica

A sensibilidade analítica foi testada de acordo com a Norma Internacional da


OMS relativa à Sífilis (NIBSC código 05/132). Utilizando o protocolo semi-
quantitativo, a sensibilidade foi determinada a 0,05 UI/ml.

9.4. Especificidade analítica/Estudo transversal da reatividade

Foram testadas 210 amostras potencialmente interferentes com anticorpos


contra patogénios que podem resultar em doenças infeciosas (citomegalovírus,
vírus de Epstein Barr, VZV, vírus da rubéola, vírus da hepatite C, vírus da
hepatite B, HIV 1/2, HTLV 1/2, Toxoplasma gondii, dengue, malária,
leptospirose), amostras de mulheres grávidas e mulheres multíparas ou
amostras de pacientes com distúrbios do sistema imunitário (auto-anticorpos
(SLE), fatores reumatoides) com o ensaio TPHA. Quatro (4) amostras positivas
verdadeiras foram eliminadas do cálculo.
Uma amostra foi considerada um positivo repetível com o teste TPHA.

A especificidade observada nesta população-alvo de 99,5% (205/206) foi similar


à especificidade de amostras clínicas.

9.5. Efeito prozona

A existência de um possível efeito prozona foi estudada através do teste a 3


amostras com elevadas titulações (>= 1:20 480) em diferentes diluições. A
equivalência de resultados observados entre amostras não diluídas e amostras
diluídas indica a ausência do efeito prozona.

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

1. Daguet G.L. - Diagnostic Biologique de la Syphilis. Technique et Biologie,


1995 ; 120 :5-30.
2. Houng H. - Syphilis: new diagnostic directions. Intern. J. STD and AIDS 1992;
3 : 391- 413.8.
3. Larsen S.A., Hambie E.A., et coll., Specificity, sensitivity and reproducibility
among the fluorescent treponemal antibody absorption test, the

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microhemagglutination assay for Treponema pallidum antibodies, and the
hemagglutination treponemal test for syphilis. J. Clin. Microbiol., 1981 ; 14 :
441 – 445.
4. North MLet Guntz Ph. Serodiagnostic de la syphilis. La Revue Française des
Laboratoires, 1997 ; 294 : 51-58.

5. Paris Hamelin, A., Dreux P. et coll. – Treponematoses : aspects cliniques et


biologiques. Feuill. Biol. 1991a ; 23 : 88-89.

6. Rathlev T. - Haemagglutination tests utilizing antigens from pathogenic and


apathogenic Treponema pallidum WHO/VDT/RES 1965 ; 77 : 65.

7. Rathlev T. - Haemagglutination test utilizing pathogenic Treponema pallidum


for the serodiagnosis of syphilis. Br J Vener Dis 1967 ; 43 : 181-5.

8. Sequeira P,J,L. Eldridge A,E. - Treponemal Haemagglutination test. Br J


Vener Dis 1973 ; 49 : 242-8.

9. Sluis J.J. Van Der. - Laboratory Techniques in the diagnosis of syphilis: a


review. Genitourin Med. 1992 ; 68 : 413-9.

10. Stability of selected serum proteins after long-term storage in the Janus Serum
Bank. Clin Chem Lab Med. 2009. 47:596-606.

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[PT] 14
Bio-Rad
3, Boulevard Raymond Poincaré
92430 Marnes-la-Coquette França
Tel.: +33 (0) 1 47 95 60 00
Fax: +33 (0) 1 47 41 91 33 2014/12
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