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Atlas

Brasileiro de
Energia Solar
2ª. Edição Revisada e Ampliada
Enio Bueno Pereira
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE
Centro de Ciências do Sistema Terrestre – CCST

enio.pereira@inpe.b
LABREN - Laboratório de Modelagem e Estudos
de Recursos Renováveis de Energia
http://labren.ccst.inpe.br
O LABREN integra o CCST, e realiza atividades de pesquisa e
ensino de meteorologia aplicada ao setor de energia e sobre os
impactos das energias no sistema climático através do emprego
de dados de satélite, modelagem computacional e observações
de campo.

Linhas de Pesquisa:
• Clima e variabilidade do recurso solar e eólico.
• Previsão de curto prazo de geração solar e eólica.
• Energia e Mudanças ambientais globais.
• Observação, caracterização e modelagem dos recursos solar e eólico.

2 30/06/16 LABREN
Níveis de irradiação solar no Brasil comparado com a Europa
(Alemanha é o país que mais utiliza geração de energia elétrica com tecnologia solar)

>32% da capacidade
PV mundial

Fonte: Atlas Brasileiro de Energia Solar, 2006 Fonte: PVGIS http://re.jrc.ec.europa.eu/pvgis/, 2012
Avaliação da disponibilidade de energia solar em
áreas de grande extensão

ü  Utilização de uma rede de radiômetros distribuídos


estrategicamente sobre a região de interesse em
conjunto com a aplicação de técnicas de interpolação
das medidas de radiação

ü  Uso de modelos computacionais para determinação de


estimativas da radiação solar incidente por meio de
relações empíricas ou da solução da equação de
transferência radiativa na atmosfera
Documentação disponível
•  As fontes de informação
disponíveis são na maior
parte iniciativas dos
governos de estado
(contratos com
prestadores de serviço)

•  A maioria baseada em
interpolações de dados
medidos em estações
meteorológicas
automáticas em superfície

5 30/06/16 Revisão: inicia@vas anteriores


Dados medidos X dados modelados

Modelos de meteorológicos, modelos de transferência radiativa, redes neurais, etc...

6 30/06/16 Texto do rodapé aqui


Análise Comparativa
Rede de Radiômetros X Modelo numérico satelital
Grandes diferenças
no potencial solar 5,9 kWh/m²


Interpolação tem representa;vidade restrita



5,00 kWh/m²

8 10/11/2015 Revisão: inicia@vas anteriores


Classificação dos Modelos Numéricos
•  Modelos Estatísticos
–  utilizam formulações empíricas entre medidas de radiação incidente e
condições locais
–  validade restrita à região estudada

•  Modelos Físicos
–  solucionam a equação de transferência radiativa por meio de
parametrização dos processos radiativos que ocorrem na atmosfera
–  necessidade de conhecimento de condições meteorológicas para
parametrização dos processos radiativos na atmosfera: propriedade
ótica das nuvens e o perfil dos constituintes atmosféricos como
aerossóis, vapor d água, ozônio e outros gases atmosféricos
Classificação dos Modelos Numéricos
•  Modelos Estatísticos
–  utilizam formulações empíricas entre medidas de radiação incidente e
condições locais
–  validade restrita à região estudada

•  Modelos Físicos
–  solucionam a equação de transferência radiativa por meio de
parametrização dos processos radiativos que ocorrem na atmosfera
–  necessidade de conhecimento de condições meteorológicas para
parametrização dos processos radiativos na atmosfera: propriedade
ótica das nuvens e o perfil dos constituintes atmosféricos como
aerossóis, vapor d água, ozônio e outros gases atmosféricos
Satélites Geoestacionários
Mapa de cobertura da superfície da Terra
Princípio geral dos modelos satelitais
E toa ↓= E toa ↑ + E atm + E solo

E toa ↓ E toa ↑ mas

€ E solo = E sup ↓ ×(1− As )


E atm
€ isolando E sup ↓


€A × E ↓ E sup ↓= ( E toa ↓ −E toa ↑ −E atm ) (1 − As )
s sup
E sup ↓ €
Duas incógintas E atm e As
E solo
€ €

€ € €
Modelo BRASIL-SR
modelo físico espectral de transferência radiativa na atmosfera

ü As nuvens são o principal fator de modulação da transmitância


atmosférica;

ü Emprega dados climatológicos mensais da atmosfera como


entrada para definir as propriedades da atmosfera;

ü Assume que a transmitância atmosférica se distribui linearmente


entre o estado de totalmente encoberto e o céu claro:

τcloud < τ < tclear

ü Essa condição equivale a:


E$sur = k {E#toa}
ü O fluxo radiativo incidente, E$sur , é calculado pela equação:

E$sur = E#toa{( τclear – τcloud )(1 – Ceff ) + τcloud }

ü Ceff é a cobertura efetiva de nuvens que é obtida pela análise


estatísitica dos pixeis das imagens de satélite, L:

Ceff = L - Lclear / Lcloud – Lclear

ü  O cálculo de τclear e τcloud constitui a principal parte do modelo e


é realizado pelo método "Two-Stream” com as seguintes
premissas:
²  Divide a atmosfera em 30 níveis verticais
²  Para cada camada se atribui os valores climatológicos em fnção dos dados de
superfície;
²  O intervalo de integração pelo método vai de 0 a 4 µm, dividido em 135
subintervalos.
foram desenvolvidos métodos

Diagrama de blocos
aproximados que demandam um
tempo computacional muito menor e
possibilitam a obtenção de estimativas

do modelo Brasil-SR
confiáveis de irradiação solar para
utilização operacional e rotineira.

Dados de entrada
or
s S everal techniques were developed
to obtain the exact solution of the

Atlas Brasileiro de Energia Solar


radiative transfer equation. Among
s them, the methods which use spherical
a harmonics, discrete ordinates, the
Monte Carlo technique and finite
O
a.
s differences [12] can be pointed out.
modelo BRASIL-SR é um modelo
s, These techniques require a long
físico para obtenção de estimativas da
e computational time and impose a
radiação solar incidente na superfície
s heavy demand of computing memory,
que combina a utilização da
o which precludes their operational use.
aproximação de “Dois-Fluxos” na
o As an alternative, approximate methods
solução da equação de transferência
a, were developed that demand less
radiativa com o uso de informações
s computing requirements and allow
climatológicas e parâmetros
m obtaining reliable solar radiation
determinados a partir de imagens de
e satélite [13]. O modelo BRASIL-SR foi estimates for operational and routine
s desenvolvido com base no modelo purposes.
a IGMK de autoria de pesquisadores do
Modelo Brasil-SR
GKSS Forschungszentrum e descrito
por Stuhlman et al. [14]. A Figura 4
mostra o fluxograma dos procedi-
Exemplo de dados de
entrada

Umidade
relativa
Dados de meteorológicos mensais foram obtidos de %
estações automáticas nacionais interpolados pelo
método Krigging e com valores médios entre 1999 e
2015

Topografia Temperatura
Topografia na resolução do píxel de oC
m 30 metros (Shuttle Radar
Topography Mission - SRTM)
Atlas Brasileiro de Energia Solar – 1ª Edição
Publicado em 2006 pelo INPE foi o
pioneiro com emprego de técnicas
modernas empregando dados satelitais
e modelos de transferência radiativa.

http://sonda.ccst.inpe.br/publicacoes/atlas_solar.html

INPE/UFSC, 2006

17 10/11/2015 Atlas Brasileiro de Energia Solar – Edição 2015


Primeira edição do Atlas Brasileiro de
Energia Solar
Características:
•  Baseado em 10 anos de dados satelitais da
série GOES entre 1995 a 2005 e
empregando dados climatológicos de entrada
•  R e s o l v e e q u a ç õ e s d e t r a n s m i t â n c i a
atmosférica através do modelo BRASIL-SR
(INPE-UFSC)
Deficiências
•  Não trata adequadamente a questão dos
aerossóis (muito importante na época das
queimadas e para DNI)
•  Fraca resolução temporal da maioria das
imagens de satélite;
•  Viés relativo médio de 6% e RMS médio de
15%

18 30/06/16 Atlas Brasileiro de Energia Solar – Edição 2015


Questão dos
aerossóis

Petrolina SONDA site

a) Dia de céu claro

b) Dia encoberto

c) Dia com queimadas

Segunda edição ampliada e revisada do Atlas


Brasileiro de Energia Solar – Previsão 2016
Melhorias: ATLAS BRASILEIRO
DE
•  Série de imagens satelitais mais longa (16
anos) ENERGIA SOLAR
(Brazilian Atlas of Solar Energy)

•  Melhoria no modelo de transferência radiativa


BRASIL-SR

2ª Edição
•  Melhoria na parametrização e assimilação de
dados de aerossóis
•  Melhoria na base de dados climatológicos de
Enio Bueno Pereira
Fernando Ramos Mar ns
Ricardo Rüther

entrada
Samuel Luna de Abreu

•  Aumento nos dados de validação em superfície


•  Menor incerteza nos dados de saída INPE
UFSC
•  Melhor representação da variabilidade decadal UNIFESP
IFSC

20 30/06/16 Atlas Brasileiro de Energia Solar – Edição 2015


Irradiância Global

Plano inclinado igual a


latitude local
Variabilidade sazonal
(GHI)

Razão entre o desvio quadrático médio e a


média da GHI na estação do ano

!!
!!!! !!,! − !saz ²
!!
Vsaz! =
!saz
Irradiância difusa
Irradiância direta
normal Dez-Fev Mar-Mai

Jul-Ago Set-Nov
Validação de modelos– levantamento de incertezas
SONDA rede nacional de coleta de dados radiométricos e
anemométricos http://sonda.ccst.inpe.br

25 30/06/16 Atlas Brasileiro de Energia Solar – Edição 2015


Validação dos dados (479 estações válidas)
• Viéz médio +2% (6%)
• RMS médio 11% (15%)
• R2 médio 89%


Distribuição do RMS (%)
(desvio quadrá@co médio rela@vo)

! !
!! − !
!"#$ = !"#$
!
!!!
Distribuição do viés rela@vo (%)

!
!! − !
!"É! =
!
!!!
Distribuição do Coeficiente de correlação

!
!!! !! − ! !! − !
! = ! !
√ !!! !−! . !!! !! − !
Previsão de radiação solar
ü  Ajuste de saída de modelo meteorológico (WRF) com emprego de rede neural artificial (RNA)
ü  Treinamento da RNA realizado com dados de irradiância ou de produção local
ü  Previsões são empregam metodologias distintas para escalas de tempo distintas

modelo
radiativo

modelo
mesoescala
Alguns resultados para previsão de 24 horas
Previsão de radiação solar
Por que inves@r em energia solar?

Fonte: Perez et al. 2000

33 30/06/16 Texto do rodapé aqui


http://labren.ccst.inpe.br/

Contribuição da Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais,


convênio FINEP/ Rede CLIMA 01.13.0353-00 e do Instituto Nacional de Ciência e
Tecnologia (INCT) para Mudanças Climáticas, financiado pelo projeto CNPq Processo
573797/2008-0 e FAPESP Processo 2008/57719-9.

34 10/11/2015
•  Rodrigo S. Costa, D.Sc. •  Marcelo P. Pes, D.Sc.
Tecnologista Pesquisador DTI

Meteorologista, Doutor em Físico, Doutor em Ciência do


Meteorologia Sistema Terrestre
(INPE, Brasil, 2012) (INPE, Brasil, 2015)
•  Enio B. Pereira, D.Sc.
Pesquisador
Coordenação

Físico, Doutor em •  Jefferson Gonçalves, Bel. •  Francisco Lima, D.Sc.


Geociências (Rice University, Programador Pesquisador DTI
EUA, 1980)

Bacharel em Computação Físico, Doutor em


•  André R. Gonçalves, Científica Meteorologia
M.Sc. (UNITAU, Brasil, 2008) (INPE, Brasil, 2015)
Tecnologista

Eng. Aeronáutico, Mestre em


Meteorologia
(INPE, Brasil, 2011)

•  Silvia V. Pereira, Bel. •  Venize A. Teixeira, M.Sc.


Especialista GIS e Design Desenvolvimento
•  Fernando Ramos Martins,
D.Sc.
Bacharel em Desenho Industrial
Pesquisador, UNIFESP Meteorologista, Mestre em
(Escola de Belas Artes de São
Paulo, Ciências Ambientais
Físico, Doutor em Geofísica Brasil, 1997) (UFPA, Brasil, 2010)
Espacial
(INPE, Brasil, 2001)
35 30/06/16 A Equipe
Os Estudantes

•  Lucía C. Pinto, M.Sc. •  Guilherme M. Neves


•  Eduardo W. Luiz, Mestrando, LAC
Doutoranda, CCST
M.Sc.
Doutorando, CCST
Meteorologista, Mestre em Baicharel Engenharia Metalúrgica
Meteorologia Agrícola (UFF, 2007)
Meteorologista, Mestre em (UFV, Brasil, 2007)
Meteorologia
(INPE, Brasil, 2011)

•  Maria Francisca Velloso,


M.Sc. •  Fabiana Lourenço e Silva Ferreira
Doutoranda, CCST Diutoranda, CCST

Arquiteta, Mestre em Engenharia de


Meteorologista, Mestre em Eng. Sistemas Prediais (USP, 2003)
Mecânica
(COPPE, Brasil, 2009)

36 30/06/16 Os Estudantes
Os Colaboradores
•  José C. Thomaz, Bel.
Pesquisador, LIM /CPTEC/ INPE

Físico

•  Samuel L. de Abreu, D.Sc.


Professor, IFF-SC

Eng. Mecânico, Doutor em Eng.


Mecânica
(UFSC, Brasil, 2003)
•  Sylvio L. Mantelli, D.Sc.
Pesquisador colaborador, INPE / UFSC

Eng. Elet. Eletrônico, Doutor em Eng. do


Conhecimento
(UFSC, Brasil, 2003)

37 30/06/16 Os Colaboradores

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