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Universidade de Brasília (UnB) – Faculdade de Direito

Direito Internacional Público


Aluno Júlio César Farias de Oliveira Júnior
Turma A

Análise de Julgado: Caso 7

1. Tribunal: Corte internacional de justiça - Caso dos Testes Nucleares

2. Partes: Nova Zelândia (Recorrente) e República Francesa (Recorrido)

3. Fatos: Em 25 de setembro de 1974 o governo francês realizou um pronunciamento no


qual dizia que finalizaria seus testes nucleares atmosféricos, passando a realizar-los
somente no subsolo, o que ocorreu após a Nova Zelândia e a Austrália abrirem cada
uma processos contra a França com finalidade de que o país terminasse os testes no
Sul do Pacífico.

4. Problemas jurídicos: Um pronunciamento ou declaração é juridicamente vinculante?

5. Argumento e convencimento das partes: A parte recorrente, a Nova Zelândia,


argumenta que ao se pronunciar publicamente, a República Francesa admite frente à
sociedade internacional que cumprirá o que está sendo dito, bem como faz com que os
outros países esperem que tal pronunciamento seja cumprido. Ainda, a Nova Zelândia
traz o princípio da boa-fé como constituinte nesse caso, argumentando também que,
caso uma declaração tenha uma revelação clara de intenção ela já é, necessariamente,
vinculante no sentido jurídico.

A República Francesa argumentou, no julgamento anterior, que seus testes nucleares


não seriam contrários a quaisquer provisões ou normas do direito internacional, e que o
país não tinha concordado com nenhuma regra ou tratado que o obrigasse a terminar
seus testes.

6. Decisão: A corte definiu o caso como encerrado, uma vez que assume que a fala da
França já seria vinculante e teria validade como meio para que os desejos da Nova
Zelândia fossem cumpridos, e que os pronunciamentos dos chefes e representantes da
República Francesa poderiam trazer futuras consequências legais. Ainda, a corte
assume que a resolução de dado problema não é, necessariamente, feita dentro do
direito internacional, e como a resolução desse problema foi feita por outro meio, não
haveria necessidade de se prosseguir com o caso.

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