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AÇÕES

NAS
ESTRUTURAS
AÇÕES
 São as causas que provocam esforços ou deformações
nas estruturas
 Tipos:
- Permanentes: pequena variação durante a vida útil da
estrutura
- variáveis: variação significativa durante a vida útil da
estrutura
- excepcionais: extremamente curta e com baixa
probabilidade de ocorrência
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CARREGAMENTOS:

Conjunto de ações que tem probabilidade


não desprezível de atuação simultânea.

Ações são combinadas de maneiras


diferentes para determinação do efeito
mais desfavorável
Situação crítica para a estrutura
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 CLASSIFICAÇÃO dos CARREGAMENTOS:

 Atuação no tempo : permanente ou variável ou


excepcional

 Atuação no espaço: fixa ou móvel

 Origem: estática, dinâmica, introduzidas

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CARGAS PERMANENTES
 Permanentes - Com atuação durante
toda a vida útil da estrutura

 peso próprio dos elementos estruturais


 peso de revestimentos
 peso de paredes
 empuxo de terra

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CARGAS ACIDENTAIS
 Podem atuar durante parte da vida útil
da estrutura e dependem da
especificidade de cada projeto
 vento
 veículos
 pedestres
 força centrífuga
 força de frenagem

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CARGAS ESTÁTICAS
 Produzidas por solicitações estáticas.
 Peso próprio dos elementos estruturais
 peso próprio dos componentes da estrutura
(telhas, ferragens, acabamentos superficiais
etc)
 empuxo de terra

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CARGAS DINÂMICAS E
INDUZIDAS
 As cargas dinâmicas são aquelas produzidas por
efeitos de inércia
 força centrífuga

 força de frenagem

 As cargas induzidas são aquelas produzidas por ações


inerentes às propriedades físicas do material
empregado ou erros construtivos
 retração ou inchamento (umidade e temperatura)

 erros no comprimento de peças

 deslocamentos induzidos
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Exemplos de carregamentos :Atuação no tempo :
permanente ou variável

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TIPOS DE CARGAS
 Concentradas - quando atuam em uma
área reduzida de maneira que se possa
considerar como atuando em um único
ponto

 Distribuídas - quando atuam em uma


certa extensão ou área
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CARREGAMENTO NORMAL
 Inclui apenas as ações decorrentes do uso
previsto para a construção
 Longa duração
 Exemplo: nas coberturas considerar o peso
próprio + vento

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CARREGAMENTO ESPECIAL
 Incluídas ações variáveis de natureza ou
intensidade especiais superando os efeitos de um
carregamento normal
 É definido pela duração acumulada prevista para a
ação variável especial
 Exemplo: transporte de equipamento especial
sobre uma ponte superando o trem-tipo
considerado

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CARREGAMENTO EXCEPCIONAL e
de CONSTRUÇÃO
 Carregamento excepcional: Ações com efeitos
catastróficos. Corresponde à classe de carregamento de
duração instantânea
Exemplo: ação de um terremoto

 Carregamento de construção: Procedimentos de risco. A


duração acumulada é a correspondente à duração do
procedimento de risco
 Exemplo: içamento de uma treliça

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CLASSES DE CARREGAMENTO
Tabela 1
Classe de Duração Ordem de
carregamento acumulada grandeza
Permanente Permanente Vida útil da
construção
Longa duração Longa duração Mais de 6
meses
Média duração Média duração 1 semana a
6 meses
Curta duração Curta duração Menos de 1
semana
Duração instantânea Duração instantânea Muito curta
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SITUAÇÕES DE PROJETO
Fgik = Ação permanente
Fq1,k = Ação variável principal
Fqj,k = Ação variável secundária
0 - coeficiente de minoração para as ações variáveis
secundárias - probabilidade de ações simultâneas
0,efet = coeficiente de minoração para as ações
variáveis secundárias de longa duração. É igual a 0
exceto quando FQ1 tiver tempo de atuação muito
curto. Neste caso, utilizar 2
g = coeficiente para as ações permanentes
Q = coeficiente para as ações variáveis
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SITUAÇÕES DE PROJETO
ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS
 Combinações normais:
m n
Fd   γGi FGi ,k  γQ ( FQ1,k   0 j FQj ,k )
i 1 j 2

 As ações variáveis são divididas em dois grupos, as


principais e as secundárias, com seus valores
reduzidos levando em conta a baixa probabilidade
de ocorrência simultânea das ações variáveis
 Para as ações permanentes devem ser feitas duas
verificações, a favorável e a desfavorável (g)

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Ações variáveis secundárias

 estado limite último


Coeficientes de combinação (minoração ) 0

normais (0) longa duração (0 ou 2 )

 estado limite de utilização


1 = Ações variáveis de média duração
2 = ações variáveis de longa duração

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SITUAÇÕES DE PROJETO
 Combinações especiais ou de construção

m n
Fd   γGi FGi ,k  γQ ( FQ1,k  0 j ,efet FQj ,k )
i 1 j 2
 Neste caso a única alteração está na consideração do
coeficiente 0 que será igual a 2 caso a ação variável
principal tenha um tempo de atuação muito pequeno

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SITUAÇÕES DE PROJETO
 Combinações excepcionais:

m n
Fd   γGi FGi ,k  FQexc  γQ  0 j ,ef FQj ,k )
i 1 j 1

Neste caso a diferença está na consideração da ação


excepcional sem coeficientes

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SITUAÇÕES DE PROJETO
ESTADOS LIMITES DE UTILIZAÇÃO
 Combinações de longa duração: utilizada no controle
usual de deformação das estruturas. As ações variáveis
atuam com seus valores correspondentes à classe de
longa duração

m n
Fd ,util   FGi ,k   2 j FQj ,k
i 1 j 1

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SITUAÇÕES DE PROJETO
Combinações de média duração: utilizada quando
existirem materiais frágeis não estruturais ligados à
estrutura.Nestas condições a ação variável principal atua
com valores de média duração e as demais com valores de
longa duração

m n
Fd ,util   FGi ,k  ψ1 FQ1k   2 j FQj ,k
i 1 j 2

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SITUAÇÕES DE PROJETO
Combinações de curta duração: utilizada quando for
importante impedir defeitos decorrentes das
deformações da estrutura.A ação variável principal atua
com seus valores referentes a média duração

m n
Fd ,util   FGi ,k  FQ1k   1 j FQj ,k
i 1 j 2

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SITUAÇÕES DE PROJETO
Combinações de duração instantânea: A ação variável
especiais e as demais ações variáveis agem com valores
referentes a combinação de longa duração

m n
Fd ,util   FGi ,k  FQ ,esp   2 j FQj ,k
i 1 j 2

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COEFICIENTES DAS AÇÕES
PERMANENTES
 Ações Permanentes de Pequena variabilidade (Tabela 3)
- Peso da madeira classificada estruturalmente cuja densidade
tenha coeficiente de variação inferior a 10%
Combinações Efeitos
Desfavoráveis favoráveis
Normais g = 1,3 g = 1,0
Especiais ou de
construção g = 1,2 g = 1,0
Excepcionais g = 1,1 g = 1,0

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COEFICIENTES DAS AÇÕES
PERMANENTES
 Ações Permanentes de grande variabilidade (Tabela 4)
- Peso próprio da estrutura não supera 75% da totalidade dos
pesos permanentes

Combinações Efeitos
Desfavoráveis Favoráveis
Normais g = 1,4 g = 0,9
Especiais ou de g = 1,3 g = 0,9
construção
Excepcionais g = 1,2 g = 0,9

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COEFICIENTES DAS AÇÕES
PERMANENTES
 Ações Permanentes indiretas (Tabela 5)
- Efeitos de recalques de apoio e de retração dos materiais

Combinações Efeitos
Desfavoráveis Favoráveis
Normais  = 1,2  = 0
Especiais ou de  = 1,2  = 0
construção
Excepcionais  = 0  = 0

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COEFICIENTES DAS AÇÕES
VARIÁVEIS
 Ações Variáveis Principais (Q e ) (Tabela 6)

Combinações Ações variáveis Efeitos de


em geral temperatura
Normais Q = 1,4  = 1,2

Especiais ou de Q = 1,2  = 1,0


construção
excepcionais Q = 1,0  = 0

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Fatores de Minoração

28
Dimensionamento –Estados Limites últimos
Item 7 .1.3 da NBR 7190

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Observações
•PESO PRÓPRIO REAL APÓS
DIMENSIONAMENTO FINAL DA
ESTRUTURA NÃO DEVE DIFERIR DE 10%
DO PESO PRÓPRIO INICIALMENTE
ADMITIDO
ESTRUTURAS CORRENTES
LONGA DURAÇÃO
CARREGAMENTOS NORMAIS
•Peso próprio+ vento

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Observações
•Ação do vento
carga rápida redução de 25% da ação

•CARGAS ACIDENTAIS VERTICAIS E AÇÃO DO VENTO


DEVEM SER CONSIDERADAS COMO AÇÕES
VARIÁVEIS DE NATUREZAS DIFERENTES E BAIXA
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA SIMULTÂNEA DE
AMBAS

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Exemplo 1:
Tabela de composição de esforços
e verificação das barras (N)
Barra CP Vp Vs

1 +6000 +11000 -11000 Banzo


2 +6000 +11000 -11000 inferior
5 -6708 -13416 +13416 Banzo
6 -4472 -10062 +10062 superior
9 -2236 -5590 +5590 Diagonal
12 +2000 +5000 -5000 Montante

32
Banzo inferior
composições possíveis
 Composição 1: Somente carga permanente
Comp1 = 1,4 Cp
 Comp 1 = 1,4 x 6000 = + 8400 N

 Composição 2: Carga permanente + vento de pressão


Comp2 = 1,4 Cp + 1,4 Vp
Comp 2 = 1,4 x 6000 + 1,4 x 0,75 x 11000 =
= 8400 + 11550 = + 19950 N

33
Banzo inferior
composições possíveis
 Composição 3: Carga permanente + vento de sucção
Comp 3a = 1,4 x 6000 + 1,4 x 0,75 x (-11000) =
= 8400 - 11550 = - 3150 N

Comp 3b = 0,9 x 6000 + 1,4 x 0,75 x (-11000) =


= 5400 - 11550 = - 6150 N

34
Banzo inferior
Composições de Projeto (críticas)
Comp 2 = + 19950 N - Carga permanente + vento de pressão =
Barra tracionada

Comp 3b = - 6150 N - Carga permanente + vento de sucção 


Inversão de esforços = Barra comprimida

35
Banzo superior - Barra 5
Composições possíveis
 Composição 1: Somente carga permanente
Comp1 = 1,4 Cp
 Comp 1 = 1,4 x -6708 = - 9391 N

 Composição 2: Carga permanente + vento de pressão


Comp2 = 1,4 Cp + 1,4 Vp
Comp 2 = 1,4 x -6708 + 1,4 x 0,75 x -13416 =
= -9391 - 14087 = - 23478 N

36
Banzo superior - Barra 5
Composições possíveis
 Composição 3: Carga permanente + vento de sucção
Comp 3a = 1,4 x - 6708 + 1,4 x 0,75 x (+13416)
= -9391 + 14087 = + 4696 N

Comp 3b = 0,9 x - 6708 + 1,4 x 0,75 x (+13416)


= -6037 + 14087 = + 8050 N

37
Banzo superior - barra 5
Composições de Projeto (críticas)
Comp 2 = - 23478 N - Carga permanente + vento de pressão =
Barra comprimida

Comp 3b = + 8050 N - Carga permanente + vento de sucção 


Inversão de esforços = Barra tracionada

38
Banzo superior - Barra 6
Composições possíveis
 Composição 1: Somente carga permanente
Comp1 = 1,4 Cp
 Comp 1 = 1,4 x - 4472 = - 6261 N

 Composição 2: Carga permanente + vento de pressão


Comp2 = 1,4 Cp + 1,4 Vp
Comp 2 = 1,4 x - 4472 + 1,4 x 0,75 x -10062 =
= - 6261 - 10565 = - 16826 N

39
Banzo superior - Barra 6
Composições possíveis
 Composição 3: Carga permanente + vento de sucção
Comp 3a = 1,4 x - 4472 + 1,4 x 0,75 x (+10062)
= - 6261 + 10565 = + 4304 N

Comp 3b = 0,9 x - 4472 + 1,4 x 0,75 x (+10062)


= - 4025 + 10565 = + 6540 N

40
Banzo inferior - barra 5
Composições de Projeto (críticas)
Comp 2 = - 16826 N - Carga permanente + vento de pressão =
Barra comprimida

Comp 3b = + 6540 N - Carga permanente + vento de sucção 


Inversão de esforços = Barra tracionada

41
Diagonal - Barra 9
Composições possíveis
 Composição 1: Somente carga permanente
Comp1 = 1,4 Cp
 Comp 1 = 1,4 x - 2236 = - 3130 N

 Composição 2: Carga permanente + vento de pressão


Comp2 = 1,4 Cp + 1,4 Vp
Comp 2 = 1,4 x - 2236 + 1,4 x 0,75 x - 5590 =
= - 3130 - 5870 = - 9000 N

42
Diagonal - Barra 9
Composições possíveis
 Composição 3: Carga permanente + vento de sucção
Comp 3a = 1,4 x - 2236 + 1,4 x 0,75 x (+5590)
= - 3130 + 5870 = + 2740 N

Comp 3b = 0,9 x - 2236 + 1,4 x 0,75 x (+5590)


= - 2012 + 5870 = + 3858 N

43
Diagonal - barra 9
Composições de Projeto (críticas)
Comp 2 = - 9000 N - Carga permanente + vento de pressão =
Barra comprimida

Comp 3b = + 3858 N - Carga permanente + vento de sucção 


Inversão de esforços = Barra tracionada

44
Montante - Barra 12
Composições possíveis
 Composição 1: Somente carga permanente
Comp1 = 1,4 Cp
 Comp 1 = 1,4 x 2000 = + 2800 N

 Composição 2: Carga permanente + vento de pressão


Comp2 = 1,4 Cp + 1,4 Vp
Comp 2 = 1,4 x 2000 + 1,4 x 0,75 x 5000 =
= 2800 + 5250 = + 8050 N

45
Montante - Barra 12
Composições possíveis
 Composição 3: Carga permanente + vento de sucção
Comp 3a = 1,4 x 2000 + 1,4 x 0,75 x (-5000) =
= 2800 - 5250 = - 2450 N

Comp 3b = 0,9 x 2000 + 1,4 x 0,75 x (-5000) =


= 1800 - 5250 = - 3450 N

46
Montante - barra 12
Composições de Projeto (críticas)
Comp 2 = + 8050 N - Carga permanente + vento de pressão =
Barra tracionada

Comp 3b = - 3450 N - Carga permanente + vento de sucção 


Inversão de esforços = Barra comprimida

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Resumo das composições críticas
kN
Barras Composição Composição
crítica 1 crítica 2
BI (1-2-3-4) + 19,95 -6,15
BS (5) -23,5 +8,05
BS (6) -16,83 +6,54
D (9) -9,0 +3,86
M (12) +8,05 -3,45

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Exemplo 2:
Tabela de composição de esforços
e verificação das barras (N)

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