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INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, IP

DELEGAÇÃO REGIONAL DO NORTE


Centro de Emprego e Formação Profissional de Bragança
Serviço de Formação Profissional de Bragança

Curso: Téc. Mec. Automóvel 10 – 2º PERÍODO


Módulo: 6655 (A literatura do nosso tempo)
Prof. formadora: Paula Calçada

Nome___________________________________________________________________. Data_______/_______/_________

FICHA DE TRABALHO Nº 5

DATA DE ENTREGA: 11/05/2020 ÀS 23:59

 Após a elaboração das tuas respostas, preocupa-te em relê-lo e em corrigi-


lo.
 Faz o download do ficheiro, resolve a tarefa e envia-a pelo Microsoft Teams.
 Caso não o consigas fazer podes enviar a resolução da tua ficha por email.
Se tiveres feito a tarefa à mão, fotografa-a de forma legível e envia-a também
para o email da tua formadora.

Vergílio Ferreira
Vergílio Ferreira nasceu em 1916, em Portugal. Formou-se em Filologia na
Universidade de Coimbra. Em 1942, começou a sua carreira como
professor de Português, Latim e Grego.
Foi em 1953 que Vergílio publicou a sua primeira coletânea de contos, “A
Face Sangrenta”. Em 1959, publicou a “Aparição”, livro que lhe rendeu o
Prémio “Camilo Castelo Branco” da Sociedade Portuguesa de Escritores.
No mesmo ano, ingressou no Liceu Camões, em Lisboa, e ficou até se
retirar em 1982. Dois anos depois, em 1984, foi eleito sócio
correspondente da Academia Brasileira de Letras. Em 1992, foi eleito para
a Academia das Ciências de Lisboa, além disso, recebeu o Prémio Camões,
atribuído por um júri luso-brasileiro. Algumas das suas principais obras
são: “Vagão Jota" (1946), "Mudança" (1949), “Manhã Submersa" (1954),
"Aparição" (1959), "Espaço do Invisível", "Do Mundo Original" (ensaios),
"Para Sempre" (1983), "Até ao Fim" (1997) e "Na tua Face" (1993).
O autor faleceu em 1996, em Lisboa, deixando uma obra incompleta,
"Cartas a Sandra", que foi publicada postumamente.

Ser Livre

É mais difícil ser livre do que puxar a uma carroça. Isto é tão evidente que receio ofender-vos.
Porque puxar uma carroça é ser puxado por ela pela razão de haver ordens para puxar, ou haver
carroça para ser puxada. Ou ser mesmo um passatempo passar o tempo puxando. Mas ser livre é
inventar a razão de tudo, sem haver absolutamente razão nenhuma para nada. É ser senhor total de si
quando se é senhoreado. É darmo-nos inteiramente, sem nos darmos absolutamente nada. É ser-se o

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mesmo, sendo-se outro. É ser-se sem se ser. Assim, pois, tudo é complicado outra vez. É mesmo
possível que sofra aqui e ali de um pouco de engasgamento. Mas só a estupidez se não engasga, ó
meritíssimos, na sua forma de ser quadrúpede, como vós o deveis saber.

Vergílio Ferreira, in 'Nítido Nulo'

ESPÍRITO CRÍTICO:
E tu és livre? Já te imaginaste sem liberdade? O que é ser livre? E liberdade, o que quererá dizer?
Será/ é algo bom ou algo sem sentido? O que pensas das palavras de Vergílio Ferreira? Terá razão no
que diz?
Desenvolve o teu pensamento sobre o tema em 130 a 150 palavras.

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