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ABR 1995 NBR 10790


Cal virgem e cal hidratada para
tratamento de água de abastecimento
ABNT-Associação
Brasileira de
público
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
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Rio de Janeiro - RJ
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Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA

Especificação
Origem: Projeto NBR 10790/1993
CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil
CE-02:009.05 - Comissão de Estudo de Produtos Químicos para Tratamento
NBR 10790 - Quicklime and hydrated lime for water treatment - Specification
Descriptors: Quicklime. Hydrated lime
Copyright © 1995,
Esta Norma substitui a NBR 10790/1989
ABNT–Associação Brasileira Válida a partir de 29.05.1995
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/ Palavras-chave: Cal virgem. Cal hidratada. Tratamento de 5 páginas
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados água

SUMÁRIO NBR 6471 - Cal virgem e cal hidratada - Retira-


1 Objetivo da e preparação da amostra - Método de ensaio
2 Documentos complementares
3 Definições NBR 7500 - Símbolos de risco e manuseio para
4 Condições gerais o transporte e armazenamento de materiais -
5 Condições específicas Simbologia
6 Inspeção
7 Aceitação e rejeição NBR 7501 - Transporte de produtos perigosos
ANEXO - Considerações toxicológicas - Terminologia

1 Objetivo NBR 7503 - Ficha de emergência para o trans-


porte de produtos perigosos - Características
Esta Norma fixa as condições exigíveis para o fornecimen- e dimensões - Padronização
to dos produtos cal virgem e cal hidratada, utilizados em
tratamento de água para fins de abastecimento público. NBR 7504 - Envelope para transporte de pro-
dutos perigosos - Características e dimensões
2 Documentos complementares - Padronização
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
NBR 8285 - Preenchimento da ficha de emer-
gência para o transporte de produtos perigosos
Código de Defesa do Consumidor - Lei nº 8078, de
- Procedimento
11/09/90

DL 96044 e Portaria nº 291, de 31/05/88, do Ministério NBR 8286 - Emprego da simbologia para o
dos Transportes transporte rodoviário de produtos perigosos -
Procedimento
Portaria nº 031, de julho/69, do INMETRO
NBR 9552 - Cal virgem para aciaria - Determi-
Portaria nº 002, de maio/82, do INMETRO nação da granulometria - Método de ensaio

Portaria nº 36, de 19/01/90, do Ministério da Saúde NBR 9734 - Conjunto de equipamento de pro-
teção individual para avaliação de emergência
NBR 5734 - Peneiras para ensaio com telas de tecido e fuga no transporte rodoviário de produtos
metálico - Especificação perigosos - Procedimento
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2 NBR 10790/1995

NBR 9735 - Conjunto de equipamentos para 4.3 Identificação


emergências no transporte rodoviário de pro-
dutos perigosos - Procedimento Os produtos embalados em sacos devem receber as iden-
tificações prescritas no Código de Defesa do Consumidor
NBR 10791 - Cal virgem - Determinação do e atender à legislação pertinente a produtos acondicio-
tempo de extinção - Método de ensaio nados do INPM - Portaria nº 031, de julho/69, do
INMETRO e Portaria nº 002, de maio/82, do INMETRO.
NBR 13293 - Cal virgem e cal hidratada para
tratamento de água de abastecimento público 4.4 Armazenagem
- Determinação de óxido de cálcio disponível,
Tanto a cal virgem quanto a cal hidratada devem ser arma-
hidróxido de cálcio e substâncias reativas ao
zenadas conforme prescrito em 4.4.1 e 4.4.2.
HCl expresso em CaCO3 - Método de ensaio
4.4.1 Granel
NBR 13294 - Cal virgem e cal hidratada para
tratamento de água de abastecimento público Em área coberta ou silo de armazenagem, em ambiente
- Determinação de óxido e hidróxido de magné- seco e arejado.
sio - Método de ensaio
4.4.2 Embalada
3 Definições
Deve ser armazenada sobre estrados, em área cober-
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições ta, em ambiente seco e arejado
de 3.1 e 3.2. Nota: A cal virgem na presença de água reage violentamente
com forte exotermia. Deve-se evitar o contato de produto
3.1 Cal virgem com água nas fases de transporte, manuseio e armaze-
nagem.
Produto resultante de processos de calcinação, da qual
o constituinte principal é o óxido de cálcio, em associação 4.5 Identificação para transporte
natural com óxido de magnésio, capaz de reagir com a
água. Em função dos teores dos seus constituintes, Conforme o DL 96004, a Portaria nº 291, de 31/05/88, do
pode ser classificado como: cálcico (ou alto cálcio), Ministério dos Transportes e as NBR 7500, NBR 7501,
magnesiano e dolomítico. NBR 7504, NBR 8285, NBR 8286, NBR 9734 e
NBR 9735, veículos que transportam cal virgem devem
3.2 Cal hidratada portar:

a) rótulo de risco, conforme a NBR 7500, colocado


Pó seco obtido pela hidratação de cal virgem, constituída
nas laterais e traseira do caminhão;
essencialmente de hidróxido de cálcio e hidróxido de
magnésio, ou ainda uma mistura de hidróxido de cálcio, b) painel de segurança, conforme a Portaria nº 291,
hidróxido de magnésio e óxido de magnésio. de 31/05/88, do Ministério dos Transportes, e
NBR 8286, colocado nas laterais, traseira e frente
4 Condições gerais do veículo, contendo na parte inferior o número da
ONU (1910);
4.1 Apresentação
c) ficha de emergência, preenchida conforme as
A cal é um sólido de coloração branca, apresentando as NBR 7503 e NBR 8285;
seguintes formas físicas:
d) envelope de embarque, preenchido conforme a
a) cal hidratada: forma de produto particulado fino NBR 7504;
(pó);
e) EPIs e equipamentos de emergência, conforme
b) cal virgem: forma de produto fragmentado com as NBR 9734 e NBR 9735.
dimensões variadas.
4.6 Transporte
4.2 Fornecimento
Para preservar a qualidade do produto, o transporte de
cal para tratamento de água deve atender às exigências
A cal pode ser fornecida a granel ou embalada, segundo
prescritas em 4.6.1 a 4.6.3.
seu tipo, conforme 4.2.1 e 4.2.2.
4.6.1 Transporte em veículos graneleiros (caminhões-silo)
4.2.1 Granel em veículos graneleiros.
4.6.1.1 O veículo transportador de cal para tratamento de
4.2.2 Embalada em: água deve ser exclusivamente para este fim.

a) contêiner; 4.6.2 Transporte em contêineres

b) sacos com massa líquida de 20 kg. 4.6.2.1 O contêiner deve ser exclusivo para o transporte
de cal, não podendo ter transportado nenhum outro pro-
Nota: A forma de acondicionamento e transporte deve preservar duto anteriormente, e deve estar seco no momento do
rigorosamente as características do produto estabeleci- carregamento. Para identificação, deve possuir numera-
das nesta Norma. ção precedida pela letra A, em pontos de fácil visualização.
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4.6.2.2 O transportador deve remeter à empresa contra- determinação das características definidas na Tabela
tante uma relação contendo a numeração dos contêineres devem ser executadas segundo os métodos descritos nas
a serem usados no transporte de cal para tratamento de NBR 9552, NBR 10791, NBR 13293 e NBR 13294.
água, constando garantia de exclusividade de uso.

4.6.2.3 Os contêineres devem ser lonados durante o trans-


7 Aceitação e rejeição
porte. O lonamento deve cobrir a parte superior e as late-
rais destes. 7.1 Ao comprador compete avaliar os resultados obtidos
na inspeção e nos ensaios de recebimentos, de acordo
4.6.2.4 É vedada a utilização de contêineres que tenham com as exigências desta Norma.
sofrido mais de três remendos.

4.6.3 Transporte em sacos 7.2 O lote deve ser aceito sempre que os resultados dos
ensaios atenderem às exigências desta Norma ou quando
4.6.3.1 Os veículos transportadores de cal embalada em acordado pelas partes interessadas.
sacos devem ter lonamento no piso, nas laterais e no to-
po da carga. 7.3 Quando os resultados não atenderem às condições
específicas constantes nesta Norma ou houver dúvida
Nota: Por questões de segurança no carregamento e descarre-
quanto ao procedimento de coleta de amostra, nova
gamento de cal embalada em contêineres e sacos, é veda-
amostragem deve ser realizada na presença das partes
da a utilização de veículos com laterais duplas.
interessadas. A repetição dos ensaios deve ser efetuada
5 Condições específicas em laboratório escolhido por consenso entre as partes
interessadas.
Os produtos devem atender às características constantes
na Tabela. 7.4 Independentemente das exigências, não deve ser
aceita a cal entregue em recipientes rasgados, molhados
6 Inspeção
ou avariados durante o transporte. Do mesmo modo, não
A inspeção deve ser executada em uma amostra compos- deve ser aceita a cal transportada a granel ou em
ta, representativa das amostras coletadas do lote recebi- contêiner, quando houver sinais evidentes de contamina-
do, seguindo a NBR 6471. As análises do produto para a ção.

Tabela - Características dos produtos

Parâmetros físico-químicos Unidade Cal virgem Cal hidratada

Granulometria

Material passante em peneira de19 mm(A) % ≥ 99,0 -

Material retido em peneira de 2 mm(A) % ≥ 90,0 -

Material retido em peneira de 0,149 mm % - ≤ 2,2

Óxido de cálcio disponível (CaO) % ≥ 89,0 -

Hidróxido de cálcio Ca(OH)2 % - ≥ 90,0

Substâncias reativas ao HCl (CaCO3) % ≤ 5,5 ≤ 5,5

Óxido de magnésio (MgO) % ≤ 2,2 -

Hidróxido de magnésio Mg(OH)2 % - ≤ 2,2

Ensaio de extinção (elevação da temperatura min < 7 -


de 25°C a 65°C)
(A)
Ver NBR 5734.

Nota: A cal, objeto desta Norma, deve ter pureza otimizada para o fim a que se destina, não devendo portanto conter substâncias
tóxicas aos seres vivos e deve atender às legislações pertinentes, especialmente a Portaria nº 36, de 19/01/90, do
Ministério da Saúde. Sobre as considerações toxicológicas, ver Anexo.

/ANEXO
Cópia não autorizada
4 NBR 10790/1995
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ANEXO - Considerações toxicológicas


A-1 A título de orientação, nesta Norma são incluídas as distribuída.
recomendações do “Committe on Water Treatment
Chemical”, sob o patrocínio da “Environmental Protection A.1.2 Os métodos de ensaio para a determinação das
Agency” (EPA), constantes em seus projetos preliminares impurezas citadas são os de “Standard Methods for
n os NAS/CWTC 005-82 (Hidróxido de cálcio) e the Examination of Water and Wastewater, 15ª Edição,
NAS/CWTC 007-82 (Óxido de cálcio), que indicam o dis- da American Public Health Association, Washington
posto em A-1.1 e A-1.2. D.C. 1180”.

A-1.1 “Recomendação para o Conteúdo Máximo de As........................... Seção 303 E


Impurezas” (RMIC), para os seguintes elementos :

As - Cd - Cr - F - Pb - Se - Ag Cd........................... Seção 303 B

A-1.1.1 Hidróxido de cálcio (cal hidratada) Cr........................... Seção 303 B


Com base em uma dosagem máxima de 650 mg
Ca(OH)2/litro de água, tem-se: Pb........................... Seção 303 B

Impurezas As Cd Cr F - Pb Se Ag
F-........................... Seção 413 B
(A)
(RMIC) mg/kg de Ca(OH)2 10 2 10 10 2 10
Se........................... Seção 303 E
A-1.1.2 Óxido de cálcio (Cal virgem)

Com base em uma dosagem máxima de 500 mg Ag........................... Seção 303 B


CaO/litro de água, tem-se:

Impurezas As Cd Cr F - Pb Se Ag

(A)
(RMIC) mg/kg de Ca(OH)2 10 2 10 10 2 10

(A)
Não foi estabelecida uma RMIC para o flúor.
Segundo a AWWA C 202-77, a quantidade de compostos
de flúor na cal deve ser tal que não eleve o conteúdo de F- a
mais de 0,1 mg/L (expresso em fluoreto) na água tratada e

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