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DEUS CRIOU
UM POVO
Tradução
Ronaldo Moretti
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DEUS CRIOU OS
CÉUS E A TERRA
Gênesis 1:1–25
Domingo, Salmo 8
Meditando novamente sobre este salmo, percebi que
os versos 3 e 4 chamaram minha atenção. Se pararmos para
considerar a grandiosidade da criação de Deus, veremos o
quão ela é verdadeiramente surpreendente! Ele criou cada
pequena planta, inseto, animal, brisa, vulcão, oceano,
córrego, montanha… tudo! Todavia, na magnificência de
sua poderosa criação, Deus pensava no homem - e ainda
hoje pensa! Importa-se conosco, coroa-nos com glória e hon-
ra; fornece uma maneira de sermos justos diante dele. “SE-
NHOR, Senhor nosso, como é majestoso o teu nome em
toda a terra!” (Salmo 9:9, NVI).
Verso Áureo
“No princípio, criou Deus os Céus e a Terra. E a Terra
era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abis-
mo; e o Espírito de Deus movia-se sobre a face das águas.”
(Gênesis 1:1-2)
Núcleo da lição
Sem a Terra e seus ecossistemas, a vida humana não
seria possível. Como se originou a criação? Em Gênesis
1, aprendemos que Deus escolheu criar a vida onde não
existia coisa alguma, e ele forneceu os meios de sustenta-
ção para tal.
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Lição 01 Sábado, 05 de Julho de 2008
ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath
EXPLICAÇÃO
O primeiro capítulo de Gênesis é tido como uma
introdução a todo o livro. Foi igualmente visto como uma
introdução à Bíblia. Além disso, parece que Gênesis 1 é
uma parte inicial, necessária para se compreender o es-
forço da humanidade. Sem uma indicação de quem nos
criou, como podemos saber nossa identidade ou nossa
finalidade? Finalmente, Gênesis 1 também introduz as li-
ções da Escola Sabatina deste trimestre. Conforme estu-
daremos mais tarde, em Deus criou um povo, devemos
primeiramente compreender que ele criou um mundo que
mantém o povo.
Que Deus criou o mundo (na verdade, todo o uni-
verso) é a primeira indicação que nós vemos em Gênesis
1. Nosso Senhor aparece como o sujeito, aquele que atua;
o mundo é o objeto, o resultado de suas ações. A brevi-
dade do relato da criação encontrada neste trecho suge-
re-nos seu propósito: o objetivo de Deus não era mos-
trar-nos como ele fez o mundo. Mais do que isso, seu
interesse era dizer-nos que ele fez o mundo. Para se certi-
ficar disso, o Criador compartilha conosco uma pequena
quantidade de detalhes referentes aos atos criativos, e tais
minúcias fornecem a compreensão da fundação, se limi-
tada, da ordem criada.
“Ordem Criada” é um termo muito apropriado para
o mundo em que vivemos. Não somente o mundo exibe
uma quantidade surpreendente de ordem, mas sua cria-
ção também foi realizada em um processo bem ordena-
do. Observe, por exemplo, que cada dia da criação co-
meçou com uma vocalização específica de Deus (Gênesis
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DEUS CRIOU OS CÉUS E A TERRA
11:3, NVI)
Deus não é somente quem deu forma a nosso mun-
do; é aquele que criou os materiais de construção em pri-
meiro lugar. Antes do primeiro ato de criação divina, ne-
nhuma matéria existia.
INCENTIVO
Nós vemos que Deus primeiramente criou a maté-
ria; a seguir, deu forma a ela no que conhecemos como
nosso mundo. Esse foi um processo iniciado com a falta
de formação, com o vazio e com a escuridão. Os esfor-
ços criativos de Deus trouxeram, então, as formas, o con-
teúdo pleno e a luz.
Ao longo dos dias, uma das atividades principais de
Deus foi a separação. No dia um, ele separou a luz da
escuridão. No segundo, isolou a água sob o céu da água
acima dele. No dia três, afastou a terra dos mares. O re-
sultado de todas essas separações foi a criação gradual de
uma estrutura que nós conhecemos, agora, como o nosso
mundo.
Você vê como pode experimentar o processo de se-
paração em sua própria vida? Jesus, que se denominou a
luz do mundo, brilha sua luz em nossa vida, revelando-
nos o que necessitamos separar. Quanto somos abençoa-
dos não somente por Deus ser o criador, como também
por ser o redentor! Podemos apresentar-lhe aquelas par-
tes de nós que não nos pertencem, e ele perdoar-nos-á de
tal envolvimento, redimindo-nos dos pecados. Esse pro-
cesso cria uma estrutura cada vez mais saudável à nossa
vida.
Um outro ponto em que Deus esteve engajado ati-
vamente, durante os dias da criação, foi em requisitar as
coisas de acordo com seus tipos. No dia três, ele criou
plantas e árvores de acordo com seus vários tipos. Poste-
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DEUS CRIOU OS CÉUS E A TERRA
ANOTAÇÕES
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Lição 01 Sábado, 05 de Julho de 2008
Objetivos da lição
Atividade pedagógica
Deixar os participantes experimentarem a beleza da
criação fazendo caminhadas ao ar livre, olhando belas
paisagens da criação ou entoando hinos, como “Quão
grande és tu”. Fazer com que eles descrevam uma expe-
riência com Deus que venha por intermédio da natureza.
Contrastar os conceitos hebraicos de noite e dia, presentes
no texto, com os da cultura ocidental.
Olhando adiante
Explore por que Deus criou a humanidade e colocou-
a na Terra.
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DEUS CRIOU A HUMANIDADE
Gênesis 1:26–30
Verso Áureo
E disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes
do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre
toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a
terra.” (Gênesis 1:26)
Núcleo da lição
Os seres humanos são criaturas surpreendentes; com-
partilham muito com as outras formas de vida ainda que
sejam distintamente diferentes. Por que a humanidade foi
criada e colocada na Terra? Os cristãos acreditam, con-
forme a Bíblia afirma em Gênesis, que Deus criou o ma-
cho e a fêmea na própria imagem de Deus e confiou-lhes
a supervisão de toda a criação.
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DEUS CRIOU A HUMANIDADE
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Lição 02 Sábado, 12 de Julho de 2008
ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath
EXPLICAÇÃO
Na semana passada, iniciamos o estudo de como
Deus criou um povo. Exploramos a verdade de que Deus
criou primeiramente um mundo que sustentasse um povo.
A lição desta semana permite-nos avançar na etapa se-
guinte: ver que ele criou os seres humanos. Esta passa-
gem de Gênesis mostra o começo da História da huma-
nidade. Ao documentar a criação humana, o texto centra-
se na identidade, na posição e nas responsabilidades da-
das por Deus a nós.
Nossa identidade como ser humano baseia-se na no-
ção de que o Criador fez-nos à sua imagem. Gênesis 1:26-
27, explicitamente, relata esse conceito crucial. Uma ma-
neira direta de compreender nossa identidade humana é
dizer que fomos feitos à imagem de Deus e à sua seme-
lhança. Nós carregamos a imagem divina; conseqüente-
mente, somos filhos de Deus.
Pensar que fomos feitos à imagem e à semelhança de
Deus ajuda a compreender um ponto crítico: carregar a
imagem divina mostra que compartilhamos algumas qua-
lidades divinas fundamentais e que podemos nos comu-
nicar com ele. Entretanto, ser feito à semelhança de Deus
destaca que nós mesmos não somos Deus, porque o ter-
mo semelhança compara dois objetos distintos.
É útil contrastar a criação dos animais com a dos
seres humanos. Gênesis 1:20-25 aponta que os animais
foram criados de acordo com suas espécies. Todos eles -
criaturas do ar, do mar ou da terra - foram criados de
acordo com seus próprios tipos. Os seres humanos, en-
tretanto, foram feitos à imagem e à semelhança de Deus.
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DEUS CRIOU A HUMANIDADE
EXPLORANDO
Além de focar nos seres humanos, a passagem de
hoje das Escrituras também focaliza Deus. A narrativa
explora alguns papéis desempenhados por ele durante a
criação dos seres humanos. Nós, primeiramente, notamos
que Deus foi o mestre de todo o processo. Era ele quem
escolhia criar seres humanos e igualmente quem determi-
nou como nos criar.
A conversa entre os membros da Triunidade
(Gênesis 1:26) revela o quanto especial foi a criação dos
homens. Uma olhada em Gênesis 1:3, 6, 9,14, 20 e 24
mostra que a toda a criação divina, desde o céu, as estre-
las, as criaturas do mar, foi realizada com vocalizações
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Lição 02 Sábado, 12 de Julho de 2008
INCENTIVO
Anteriormente, citamos que Deus deu aos seres hu-
manos a posição mais elevada em toda a criação. Esse
status vem do fato de que nós, dentre todas as criaturas,
fomos os únicos criados à imagem de Deus. Embora não
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DEUS CRIOU A HUMANIDADE
Atividade pedagógica
Discuta o que significa ser criado à imagem de Deus.
Que imagem Deus possui, e como os seres humanos a
refletem? Deixe os participantes trocarem informações
sobre como vêem a imagem divina refletida uns nos ou-
tros.
Olhando adiante
Procure a árvore genealógica do povo de Deus e
encontre nosso lugar nos galhos.
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ABRAÃO, SARA E ISAQUE
Gênesis 15:5–6; 18:11–14a; 21:1–8
dos a fazer...
Podemos até achar que somos incapazes de praticar o que
Deus nos chama para fazer. Mas, com oração e fé, podemos se-
guir os caminhos os quais o Senhor nos conduz, confiando que
ele fornecerá o necessário para a realização de seu propósito.
Sexta, Gênesis 21:1-8
Lendo o trecho de ontem, pareceu-nos entender que o riso
de Sara era um testamento da sua falta da fé. Como poderia uma
mulher da sua idade carregar um filho? Na passagem bíblica de
hoje, Sara ri outra vez. Dessa vez parece que todos rirão com ela!
A diferença em seu riso, agora, é que Sara está sentindo
alegria! Deus ricamente a abençoou com o filho que ela e Abraão
sempre haviam desejado. Quando o Senhor cumpriu sua promes-
sa para com o casal, a mulher encheu-se de alegria!
Da mesma forma, ele também deu alegria a cada um de nós.
Desfrute dos presentes divinos e seja grato por suas promessas.
Elogie Deus pelo seu plano e pelo sincronismo perfeitos!
Sábado, Hebreus 11:8-12
Abraão seguiu Deus pela fé. Era sempre fácil? Não! O pla-
no de Deus sempre fazia sentido? Não! Às vezes, não só ele como
suas promessas pareciam totalmente ridículas.
Como vimos em outras passagens, Abraão duvidou. Entre-
tanto, posteriormente, colocou sua confiança em Deus. Absorveu
aquela semente de mostarda de fé, tão necessária para seguir até
onde Deus o conduziu. Nosso Criador prosperamente o aben-
çoou.
Apesar de suas fraquezas, Abraão escolheu acreditar em Deus,
segui-lo, confiar em seu plano e ser obediente a ele. Isso não
garantiu que tivesse uma vida perfeita sem julgamentos, mas Deus
era fiel! Ele abençoou a obediência de Abraão e também abençoa-
rá a nossa.
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Lição 3 Sábado, 19 de Julho de 2008
Verso Áureo
“Haveria coisa alguma difícil para o SENHOR?”
(Gênesis 18:14)?
Núcleo da Lição
As linhagens familiares são tão importantes que mui-
tas pessoas passam anos traçando árvores genealógicas.
Por que o conhecimento de uma árvore familiar é tão
significativo? Para os numerosos descendentes de Abraão
e de Sara, a linhagem genealógica foi crucial. Pois, usan-
do este casal idoso e seu filho Isaque, Deus escolheu criar
a promessa divina para a raça humana.
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ABRAÃO, SARA E ISAQUE
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Lição 3 Sábado, 19 de Julho de 2008
ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath
EXPLICAÇÃO
Nesta semana, veremos como Deus selecionou al-
guns seres humanos específicos e, deles, começou a criar
um grupo especial: a família da promessa. Nossas passa-
gens bíblicas mostram que a promessa foi feita primeira-
mente a Abrão. Vemos, então, a reação de Abrão à pro-
messa divina e notamos que ele e Sara tentaram cumpri-la
com seus próprios métodos, com resultados completa-
mente insatisfatórios. Finalmente, temos o prazer de ler
sobre a realização, por Deus, de sua promessa.
Gênesis 15 fala da promessa que Deus fez a Abrão.
(Aqueles que procuram um nível mais profundo de com-
preensão devem também ler Gênesis 12; trecho no qual a
promessa fora primeiramente revelada.) A promessa é
composta de duas partes: 1) Deus prometeu que a prole
de Abrão seria muito numerosa para ser contada; 2) Tam-
bém prometeu dar a Abrão e a seus descendentes uma
terra para habitar. Ou seja, prometia um povo e um lu-
gar.
Para aqueles que querem se aprofundar nesse estu-
do, Gênesis 15 é uma narrativa muito rica. Alguns
comentadores vêem aí duas aparições de Deus a Abrão
(vs. 1-6, 7-21). Se foram ou não duas aparições separadas,
não sabemos ao certo. Contudo, parece que ele fez sua
promessa a Abrão duas vezes. (Estava ele certificando-se
de que Abrão compreendera inteiramente o prometido?)
Ambos os eventos seguem um roteiro similar: uma
declaração inaugural por Deus (vs. 1, 7), a resposta inicial
de Abrão à declaração divina (vs. 2-3, 8) e, finalmente, a
resposta de Deus a Abrão (vs. 4-5, 9-21).
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ABRAÃO, SARA E ISAQUE
EXPLORAÇÃO
Deus escolheu Abrão para ser o pai deste novo
povo, desta família de promessa. A idéia de os israelitas
como uma família da promessa é vista pelo menos de
duas maneiras. Primeiramente, Deus prometeu a esse
povo, começando com Abrão, que o abençoaria ao lon-
go de suas gerações: fá-lo-ia uma grande nação e dar-lhe-
ia sua própria terra. Segundo, foi somente pela promessa
de um milagre divino que a família sobreviveu além de
uma geração.
Quando Deus escolheu e chamou Abrão (Gênesis
12), ele tinha 75 anos, e sua esposa, Sarai, aproximada-
mente 65. Naquela época, o Senhor prometeu transfor-
mar Abrão em uma grande nação. Entretanto, dez anos
mais tarde (Gênesis 16), ele ainda não tinha prole alguma
e via sua esposa, de 75 anos, muito idosa para lhe dar
filhos. Conseqüentemente, fez sua própria tentativa de
cumprir a promessa de Deus, dormindo com a emprega-
da de Sarai, Hagar. (Discutiremos mais detalhadamente esse
episódio na próxima semana.)
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Lição 3 Sábado, 19 de Julho de 2008
INCENTIVO
Eu sou um seguidor de Jesus Cristo por, aproxima-
damente, vinte e cinco anos. Tirando todos os outros
membros de minha família, conheço apenas um outro
cristão: minha irmã. Eu e ela oramos pelo restante de
nossos familiares e tentamos ser pacientes, porque ainda
não vimos um deles sequer ir a Jesus. Às vezes, em minha
limitada sabedoria humana, não tenho esperança de sal-
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ABRAÃO, SARA E ISAQUE
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Lição 3 Sábado, 19 de Julho de 2008
Objetivos da lição
Atividade pedagógica
Traçar a herança espiritual de sua assembléia local,
considerando o impacto de acontecimentos, como pas-
tores precedentes, projetos de construção, missões, par-
ticipação da comunidade e outros fatos similares
Olhando adiante
Dissensão na família: o começo da animosidade e
do ódio no milênio.
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ABRAÃO, HAGAR E ISMAEL
Gênesis 21:9-12
Verso Áureo
“Mas também do filho desta serva farei uma nação,
porquanto é tua descendência.” Gênesis 21: 13.
Núcleo da lição
As sementes da dissensão, freqüentemente, continu-
am a dar frutos depois de semeadas. Que exemplos con-
temporâneos podemos encontrar da dissensão de longa
data? As sementes da dissensão começaram na história
de Gênesis e continuam, hoje, entre os muçulmanos que
reivindicam Ismael como seu antepassado. E também entre
os judeus, que reivindicam Isaque.
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ABRAÃO, HAGAR E ISMAEL
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Lição 4 Sábado, 26 de Julho de 2008
ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath
EXPLICAÇÃO
A passagem das Escrituras desta semana trata da
dissensão na família de Abraão. A leitura devocional,
Gênesis 16, fornece um estudo adicional para a passa-
gem discutida. Ela mostra que, mesmo antes do nasci-
mento de Ismael, a ação de Abraão conduziu à dissensão.
Gênesis 16:4 revela que, quando Hagar soube de sua gra-
videz com Abraão, ela começou a desprezar a esposa de
Abraão, Sara. Isso levou Sara a maltratar Hagar e, então,
Hagar fugiu de Sara. É interessante notar que Abraão não
foi a única pessoa a receber uma promessa de Deus a
respeito de seus descendentes. A própria Hagar recebera
uma promessa parecida. Em Gênesis 16:9-12, lemos que
Deus prometeu a ela muitos descendentes, e que eles seri-
am muito numerosos para se contar. Isso soa muito pare-
cido com a promessa dada pelo Senhor a Abraão (Gênesis
15:1-5).
Entretanto, a segunda parte da promessa de Deus a
Hagar não era tão maravilhosa assim... Ismael teria uma
personalidade divisória; as pessoas estariam contra ele, e
ele viveria em hostilidade com os irmãos.
Na passagem de hoje, vemos a dissensão começan-
do a aparecer após o desmame de Isaque. Gênesis 21:8-
11 diz que, quando Ismael tinha aproximadamente 17 anos
e Isaque, 3, Ismael começou a zombar do irmão. A rea-
ção de Sara serviu, então, para promover a tensão dos
relacionamentos. Ela chamou Ismael de “o filho dela” (re-
ferindo-se a Hagar) e chamou Isaque de “meu filho” (V.
10). Assim, ela iniciou uma enorme divisão entre os dois
(e entre Hagar e ela mesma). A conseqüência fica eviden-
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ABRAÃO, HAGAR E ISMAEL
EXPLORAÇÃO
Conforme discutimos na semana passada, Deus es-
colheu seres humanos específicos e, a partir deles, come-
çou a criar um grupo especial: a família da promessa. E
escolheu Abraão para ser o pai desta família.
Ele também deixou claro que essa linhagem familiar
existiria a partir do filho de Abraão, Isaque (Gênesis 17:21;
21:12). Entretanto, o que Deus faria com o outro filho,
Ismael? Afinal, este nasceu por causa de uma decisão er-
rada por parte de Abraão e de Sara. Alguns até diriam
que Ismael nasceu por causa do pecado de Abraão. Ele
não era parte do plano original de Deus para este novo
povo. Como teria sido fácil para o Senhor simplesmente
apagar o erro de Abraão, deletando Ismael da história da
humanidade! O Deus que nós conhecemos, entretanto,
não trabalha dessa maneira. Em vez de alterar a História,
ele trabalha com o seu decorrer. Assim, não baniu Ismael;
ele abençoou-o. Gênesis 25:12-18 fornece a narrativa de
Ismael e de seus descendentes. Vemos, então, que Deus
cumpriu a promessa feita a Hagar de que seus descen-
dentes seriam muito numerosos de contar (Gênesis 16:10;
cf. Gênesis 21:13,18).
Devemos notar que Deus permite que a história da
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Lição 4 Sábado, 26 de Julho de 2008
INCENTIVO
Como Batistas do Sétimo Dia, nós também somos
cientes de uma outra surpreendente bênção que Deus nos
deu: o sábado. É uma vergonha que a maioria dos cris-
tãos pareça ter perdido tal bênção! Em razão de terem se
tornado legalistas (defendendo a salvação pelas obras),
muitos perdem a bênção proveniente da lei. Certamente
somos abençoados pela lei, porque nos mostra como
Deus criou este mundo.
O sábado, por exemplo, é uma faceta da composi-
ção temporal deste mundo, incluindo nossos próprios
corpos. Alinhar nossa vida com a lei pode nos abençoar;
fazendo assim, estamos alinhando nossa vida à realidade.
Guardar o sábado é uma maneira de assegurar que esteja-
mos usando nosso corpo da maneira como foram proje-
tados para serem usados. Para ser claro, nós Batistas do
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ABRAÃO, HAGAR E ISMAEL
Sétimo Dia não olhamos para a lei para nos salvar; afinal,
somente Jesus Cristo pode salvar. Entretanto, guardar a
lei, incluindo a observância do sábado, é uma bênção.
Essa é uma liberdade nossa: a habilidade de receber
a bênção da lei, porém de rejeitar sua maldição. Paulo
usou a história de Abraão, de Isaque e de Ismael para dis-
cutir essa idéia com os cristãos, em Galácia, há mais de
dois mil anos (Gálatas 4:21-31). Alguns povos, conheci-
dos como judaizantes, tentavam tirar a liberdade dos ir-
mãos de Gálatas em Jesus Cristo.
Diziam que os crentes, em Gálatas, seriam justos aos
olhos de Deus somente se obedecessem à lei do Antigo
Testamento, além de manterem a fé em Jesus. Paulo forte-
mente refutou seu ensinamento usando a ilustração de
Ismael e de Isaque. Ismael nasceu de maneira ordinária,
pelo ventre de Hagar. Isaque, entretanto, nasceu como
resultado de uma promessa. Era somente por meio da
promessa divina que o ventre de 90 anos de Sara poderia
dar nascimento a um filho.
Paulo disse que nós também, como Isaque, somos
filhos nascidos de uma promessa. Tornamo-nos filhos de
Deus não por cumprirmos as exigências da lei (da manei-
ra comum); mas porque recebemos a promessa divina - a
salvação pela fé em Jesus Cristo. Toda pessoa pode rece-
ber tal promessa. Mesmo um descendente de Ismael é
qualificado para receber essa bênção. Recorde a afirma-
ção de Deus de que sua linhagem familiar dar-se-ia a par-
tir do filho de Abraão, Isaque. Pela fé em Jesus, alguém
que não é descendente natural de Isaque pode se transfor-
mar em descendente de Isaque: um descendente nascido
da promessa de Deus.
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Lição 4 Sábado, 26 de Julho de 2008
Objetivos da lição
Atividades pedagógicas
Ver, em Gálatas 4:21-31, uma aplicação deste texto
no Novo Testamento.
Trazer recursos que forneçam informações atuais
sobre o relacionamento dos judeus e dos muçulmanos
em Israel. Incentivar a classe a usar esses recursos em pe-
quenos grupos de discussão durante o período da aula.
Olhando adiante
Deus faz um caminho para que a linhagem familiar
de Abraão continue.
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ISAQUE E REBECA
Gênesis 24: 34–40, 42–45, 48
Verso Áureo
“E inclinando-me adorei ao SENHOR, e bendisse
ao SENHOR, Deus do meu senhor Abraão, que me ha-
via encaminhado pelo caminho da verdade para tomar a
filha do irmão de meu senhor para seu filho.” (Gênesis
24: 48)
Núcleo da lição
As situações, freqüentemente, parecem desafiadoras;
contudo, com o poder criativo de Deus, o impossível
torna-se possível. Em quais situações comuns Deus atua?
Quando o servo de Abraão procurou uma esposa para
Isaque, entre os parentes em Harã, ele imediatamente re-
conheceu Rebeca como a mulher adequada. Então, agra-
deceu a Deus por conduzi-lo rapidamente a ela.
53
Lição 5 Sábado, 02 de Agosto de 2008
ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath
EXPLICAÇÃO
Durante as últimas semanas, temos discutido como
Deus criou um grupo especial de pessoas, a família da
promessa. Ele escolheu Abraão para começar o grupo.
Foi a fé de Abraão em Deus que permitiu a sobrevivên-
cia desta nova família para além de uma geração. Ocor-
reu um milagre (realização direta de Deus de sua pro-
messa), levando Sara, com 90 anos, a gerar um filho,
Isaque, para Abraão, a essa altura, com 100 anos.
A passagem bíblica de hoje, de Gênesis 24, serve
como transição: nossa atenção desloca-se um pouco da
geração de Abraão em direção a Isaque e à sua descen-
dência. Parecia que a família da promessa necessitava de
um outro milagre. Como foi visto, Abraão tinha idade
bem avançada (Gênesis 24:1), e Isaque ainda não come-
çara a produzir a próxima geração. Portanto, precisava
de uma esposa. O texto analisado mostra como Abraão
garantiu a resolução desse problema.
Há quatro personagens principais aí: Abraão, seu
servo (que não recebe um nome), Rebeca e Isaque. Cada
um teve de tomar decisões críticas para a sobrevivência
continuada desse grupo. Foi a fé em Deus que lhes per-
mitiu escolherem obedientemente e de, então, seguirem
suas escolhas.
Uma olhada no capítulo 11 de Hebreus, “a galeria
de heróis” da fé, mostra que Abraão precisou tomar
muitas decisões que foram permitidas somente por sua
fé em Deus. Hebreus 11:17-19, por exemplo, diz que
Abraão podia responder na obediência quando Deus
pediu que sacrificasse Isaque, o filho da promessa. Sob
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ISAQUE E REBECA
EXPLORAÇÃO
Gênesis 24:1-9 mostra que Abraão podia alinhar sua
família com a promessa de Deus, porque podia confiar
nele. Assim, pediu que seu servo principal fizesse o que
parecia ser impossível: viajar 800 km, encontrar uma
mulher apropriada para Isaque, convencê-la a se casar
com um homem que nunca havia visto e trazê-la para ele.
A natureza impossível dessa tarefa não foi perdida
pelo servo de Abraão, pois ele já planejava as contingên-
cias antes mesmo de partir (V. 5)! Algo mais importante,
entretanto, não foi perdido pelo servo: a fé persistente de
Abraão em Deus (V. 7). A fé pareceu mover esse homem,
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Lição 5 Sábado, 02 de Agosto de 2008
INCENTIVO
A todo instante, a família de Deus tem se mostrado
uma geração longe de ser destruída. Era crítico que
Abraão e Sara tivessem uma criança para continuar a li-
nhagem. Era fundamental que Isaque igualmente tivesse
seu próprio filho para continuar a mesma linha familiar.
A história seguiu seu caminho até a nossa geração; agora,
nós enfrentamos a mesma necessidade crítica: criar as cri-
anças que continuarão a linhagem de família de Deus.
Quando se fala em família de Deus, geralmente não
estamos pensando em criar descendentes físicos de
Abraão. Por causa da aparição de Jesus Cristo na história
da humanidade, a família de Deus é estendida se os indi-
víduos escolhem se alinhar a Jesus, confiando que ele é
seu salvador e redentor. Por causa disso, nosso papel é
compartilhar o Evangelho com os povos, na esperança
de que se transformem em uma parte da família da pro-
messa.
É surpreendente pensar que Deus dá a cada um de
nós o privilégio de trabalharmos ao seu lado nos campos
da colheita. Temos a honra de proporcionar um impacto
eterno na vida daquelas pessoas que nos cercam: os mem-
bros da nossa família, nossos colegas de escola, colegas
de trabalho, vizinhos, etc. Assim como Abraão deu a seu
servo a tarefa extremamente importante de encontrar uma
esposa para seu filho, nosso Pai deu-nos a tarefa de pro-
curar pessoas para juntarem-se à sua família.
Eu lembro a fé dos personagens principais da narra-
tiva estudada. Por terem acreditado que Deus poderia
fazer o impossível, puderam alinhar-se às suas famílias
com as promessas de Deus.
Que desafios humanamente impossíveis você está
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Lição 5 Sábado, 02 de Agosto de 2008
Objetivos da lição
Revisando
Nós vimos Deus como criador e, a seguir, exploramos
a continuidade da família da promessa de Abraão a
partir de Ismael, de Isaque e de Rebeca.
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ESAÚ E JACÓ COMO RIVAIS
Gênesis 25:19–34
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Lição 6 Sábado, 09 de Agosto de 2008
Núcleo da lição
Irmãos discordam desde os dias de Caim e de Abel.
Quais são as raízes dos conflitos familiares, especialmen-
te da hostilidade entre irmãos? A história de Jacó e de
Esaú revela que a rivalidade começou no nascimento e
continuou até a vida adulta quando Jacó persuadiu Esaú a
vender seus direitos de primogenitura.
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ESAÚ E JACÓ COMO RIVAIS
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Lição 6 Sábado, 09 de Agosto de 2008
ENTENDENDO E VIVENDO
Paul Andries
Há quatro fatores que contribuem para a rivalidade
entre irmãos. O primeiro é o pecado; ele coloca-nos em
competição com o outro por causa de orgulho, de inve-
ja, de insegurança e de falta de lealdade. Quando os pais,
o segundo fator, indicam abertamente a preferência ou
há falta de disciplina, isso freqüentemente contribui para
pensamentos, atitudes e ações negativas entre os mem-
bros da família. Isaque e Rebeca mostraram claramente
isso (V. 28).
As crianças são o terceiro fator; naturalmente desa-
fiadoras, desafiarão e/ou investigarão cada situação, re-
gra, pessoa ou coisa; nada parece ser sagrado para elas. A
criança obstinada ama um desafio e pode mesmo viver
para ele. O último elemento são as influências externas -
avós, primos, gostar ou não gostar de algo – tudo pode
fazer com que a rivalidade entre em erupção.
A rivalidade é uma expressão direta da busca pelo
poder e pela supremacia, pelo domínio e pela posição
alfa. Vemos, no verso 22, que Rebeca estava não somente
grávida de gêmeos, como também rivalizando nações.
Sentindo a importância da gravidez, ela inquiriu ao Se-
nhor.
A resposta do Senhor não era exatamente o que ela
pensava, pois esperava que Deus fosse verdadeiro. Des-
de então, ela expressou um contraste dramático entre as
crianças. Primeiramente, os filhos seriam pessoas de dois
tipos. Esaú, o ruivo, peludo, que nascera primeiro, tor-
nou-se um esperto caçador (vs. 25, 27). Jacó, o de pele
lisa, segundo a nascer (27:11 ), preferia viver em barracas
(vs. 25, 27). Em segundo, eles transformar-se-iam em duas
nações: Esaú foi chamado mais tarde de Edom (25: 30;
64
ESAÚ E JACÓ COMO RIVAIS
Objetivos da lição
Olhando adiante
Deus usa um sonho para tranqüilizar Jacó quanto
à continuação da aliança com ele.
68
O SONHO DE JACÓ
EM BETEL
Gênesis 28:10–22
a situação?
Esaú procurou, desesperadamente, reconquistar o
favor de seu pai, mas quis fazê-lo por suas próprias mãos.
Ele não tentava compreender a vontade de Deus, a posi-
ção de seu pai, nem buscava uma mudança pessoal. No
fim, sua saída somente piorou a situação.
Verso Áureo
“E eis que estou contigo, e te guardarei por onde
quer que fores, e te farei tornar a esta terra; porque não te
deixarei, até que haja cumprido o que te tenho falado.”
(Gênesis 28:15)
Núcleo da lição
Os seres humanos sonham embora nem sempre nos
recordemos ou compreendamos nossos sonhos. Qual é
a finalidade de um sonho, então? Na história de Jacó, em
Betel, um sonho tranqüilizou Jacó quanto à continuação
da aliança de Deus com ele.
1. Por que Jacó deixou a casa de seus país? Para onde foi?
Onde parou? O que aconteceu quando ele dormiu?
72
O SONHO DE JACÓ EM BETEL
73
Lição 7 Sábado, 16 de Agosto de 2008
ENTENDENDO E VIVENDO
Paul Andries
Jacó, temendo por sua vida, obedeceu ao conselho
dos pais e partiu de Berseba em direção a Harã. Ele pa-
rou em um lugar, o qual mais tarde se chamaria Betel (vs.
18-19); a noite havia chegado. Provavelmente, pretendia
alcançar uma cidade para abrigar-se (como Lutz) no pri-
meiro dia da viagem, mas a distância (aproximadamente
72 quilômetros de Berseba) era muito grande. Já era noi-
te, e ele precisava armar acampamento. Estava satisfeito
em usar uma rocha como travesseiro e, assim, estabele-
ceu-se para a noite. Eu imagino que isso deve ter sido
muito desconfortável; contudo, ele caiu em sono profun-
do e começou a sonhar um sonho muito incomum sobre
uma escada que ia da terra ao céu com anjos subindo e
descendo por ela (V. 12).
O sonho foi uma confirmação da aliança feita a
Abraão e a Isaque e, agora, a Jacó. Deus escolheu Jacó ao
invés de Esaú. E ele sabe tudo do início ao fim! Portanto,
era de seu conhecimento que Esaú venderia seus direitos
de primogenitura por um prato de guisado, e que Isaque
daria toda a bênção a Jacó por causa do plano desonesto
de Rebeca. Por causa de suas ações, Jacó foi colocado na
posição de herdeiro da aliança feita a Abraão (12: 1-3). À
revelia (sacrifício), contudo, ele transformou-se em her-
deiro aparente. Lembre-se da sabedoria total de Deus,
revelada durante a gravidez de Rebeca, quando declarou
que “o mais velho servirá ao mais novo” (25:23, NVI).
Levou vários anos para que eles vissem a manifestação
do que o Senhor já havia revelado...
De todos os lugares em que Jacó poderia ter parado
para passar a noite, ele escolheu justamente o lugar que o
Senhor mais tarde lhe daria como herança. Do verso 13
74
O SONHO DE JACÓ EM BETEL
ANOTAÇÕES
77
Lição 7 Sábado, 16 de Agosto de 2008
Objetivos da lição.
Atividade pedagógica
Discutir os sonhos que os membros da classe tive-
ram. Perguntar se Deus falou a eles, usando esses sonhos.
Olhando adiante
Deus pode trabalhar em situações frustrantes para
fazer o bem.
78
JACÓ E RAQUEL
Gênesis 29:21–35
Domingo, Salmo 91
Paulo indaga: se Deus é por nós, quem será contra
nós? (Romanos 8:31). Muitas vezes, preocupamo-nos e te-
memos os perigos e os problemas potenciais de nossa vida
e não focamos as atividades que Deus espera que façamos.
Repetidamente, nas Escrituras, há referências à soberania e
à proteção divina. O Senhor zela e cuida de seus filhos.
Nossa preocupação e ansiedade não mudam a situação!
Deus quer que levemos nossos cuidados a ele e que o dei-
xemos tomar conta de nossas necessidades enquanto usa-
mos o tempo para realizar as atividades e as obrigações que
ele nos chamou para fazer.
1
Em algumas versões o nome de Lia foi traduzido por Léia. NT
81
Lição 8 Sábado, 23 de Agosto de 2008
Verso Áureo
“Assim serviu Jacó sete anos por Raquel; e estes lhe
pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava.”
(Gênesis 29:20)
Núcleo da lição
As esperanças são, às vezes, acabadas ou adiadas por
um tempo. Como respondemos quando nossos desejos
mais profundos não são realizados?
Jacó amou intensamente Raquel; contudo, inespera-
damente, após sete anos de trabalho, soube que deveria
primeiramente se casar com sua irmã mais velha, Lia. E,
então, trabalharia mais sete para ter a mulher de seu cora-
ção.
82
JACÓ E RAQUEL
83
Lição 8 Sábado, 23 de Agosto de 2008
ENTENDENDO E VIVENDO
Paul Andries
Quando jovem, minha avó dizia-nos todos os tipos
de provérbios, como “Ladrão que rouba ladrão tem cem
anos de perdão.” Eu tenho certeza de que você conhece
este: “Faça aos outros o que gostaria que fizessem a você.”
- a regra de ouro. Ou ainda, “Você colhe o que planta.
Não espere colher laranjas se plantar limões.”
O que Jacó fez para Esaú, Labão fez a ele. A velha
história da lei do retorno – o enganador foi enganado.
Após 21 anos de serviço fiel, Jacó terminou tendo de fu-
gir da casa de Labão, porque estava receoso de ser logra-
do novamente por seu sogro.
Após aproximadamente 560 quilômetros de viagem
a pé, ele finalmente chegou à cidade natal de seu tio ma-
terno (v. 9). Imediatamente após a chegada, conheceu
Raquel, a filha de Labão, que viera dar água ao rebanho
da família. Eu suponho que, imediatamente, tenha se apai-
xonado pela beleza, pela benevolência e pela bondade da
moça (v. 17). Não obstante, esperou o momento apro-
priado para exprimir suas intenções. Porque estava to-
mado de fé, Labão fez-lhe uma oferta: “Diga-me qual
deve ser seu salário?” (v.15). Sem demora, ele respondeu:
“Trabalharei sete anos em troca de Raquel, sua filha mais
nova.” (v.18).
Labão sabia que isso era contra o protocolo - uma
irmã mais nova casar-se antes da mais velha. Contudo,
permitiu que Jacó trabalhasse aqueles sete anos, simples-
mente para revelar a tradição somente após a consuma-
ção da união de Jacó com Lia (vs. 21 26). “Dominador”,
“manipulador”, “bajulador”, “vergonhoso” ou o que quer
que você possa querer chamar – isso deve ter ferido Jacó
profundamente! A propósito, ele deveria estar ciente desse
84
JACÓ E RAQUEL
ANOTAÇÕES
87
Lição 8 Sábado, 23 de Agosto de 2008
Objetivos da lição
Atividades pedagógicas
Compartilhar uma história de resultados positivos
que floresceram de circunstâncias decepcionantes. Fazer
com que os participantes recriem o diálogo entre Labão
e Jacó.
Incentivar os participantes a descreverem como Deus
trabalha em situações decepcionantes para trazer o bem.
Olhando adiante
Esaú cumprimentou Jacó com hospitalidade e houve
a reconciliação.
88
ESAÚ E JACÓ
RECONCILIADOS
Gênesis 33:1–11
na vida deles.
Terça, Gênesis 33:1-4
Membros de uma família, freqüentemente, falam frases sem
pensar ou palavras que machucam uns aos outros. Muitas vezes,
não pretendem ferir os familiares, mas isso acaba acontecendo de
qualquer maneira. Quando episódios como esses não são resolvi-
dos, as pessoas podem tornar-se amargas e ressentidas. Às vezes,
aqueles a quem mais amamos se transformam em seres pelos quais
nutrimos mais ressentimentos. Contudo, os que guardam rancor
e ressentimentos por vários anos não costumam se recordar nem
mesmo como o problema começou! E a teimosia e o medo entram
no caminho da reconciliação nos relacionamentos quando uma
palavra amável ou um simples passo adiante poderia fazer toda a
diferença.
Quarta, Gênesis 33:5-11
Durante o encontro, Esaú estava tão mudado! Jacó pensou
que somente a mão de Deus poderia ser a responsável por aquela
mudança em suas características faciais e em sua vida. Não há
uma maneira de saber o que aconteceu a ele durante os 21 anos
em que Jacó estivera fora. Nós sabemos, entretanto, por seu cum-
primento a Jacó, que Deus deve ter tocado sua vida de alguma
maneira.
É muito fácil ignorar as pessoas que nos feriram e não estar
disposto a ver o que Deus fez na vida delas. Às vezes, ao agir
assim, perdemos algumas das coisas surpreendentes que Deus está
fazendo ao nosso redor.
Quinta, Gênesis 33:12-15
As pessoas dizem: “gato escaldado tem medo de água fria.”
Jacó e Esaú reconciliaram-se; no entanto, Jacó parecia hesitante
em confiar no irmão. Seu medo talvez viesse da fragilidade do
relacionamento ou da possibilidade de Esaú poder se irritar nova-
mente. Jacó não confiava no vínculo recentemente restabelecido.
90
ESAÚ E JACÓ RECONCILIADOS
91
Lição 9 Sábado, 30 de Agosto de 2008
Verso Áureo
“Então, Esaú correu-lhe ao encontro, e abraçou-o, e
lançou-se sobre seu pescoço, e beijou-o; e choraram.”
(Gênesis 33:4)
Núcleo da lição
Relacionamentos, às vezes, parecem irremediavel-
mente sem conserto. O que deve acontecer para que os
vínculos danificados sejam restabelecidos? Esaú dispôs-
se a conversar com Jacó e ofereceu-lhe hospitalidade e
sinais de reconciliação.
92
ESAÚ E JACÓ RECONCILIADOS
93
Lição 9 Sábado, 30 de Agosto de 2008
ENTENDENDO E VIVENDO
Paul Andries
Como Batistas do Sétimo Dia (BSD), somos muito
cientes da nossa “reunião de família”. A cada dois anos,
um grande número de BSDs começa a preparar um sério
plano estratégico - calcular os custos e o tempo, medir a
distância e recrutar outras pessoas para participarem da
Convenção Geral. Para minha própria família, essa con-
venção é um dos eventos de maior destaque.
A Convenção Nacional, realizada a cada dois anos,
é aguardada com expectativa. Jacó, porém, não ansiava
pela reunião com seu irmão mais velho, a quem havia
enganado vinte e um anos antes. Tinha uma decisão a to-
mar: permanecer com o sogro manipulador em uma ter-
ra a ser escolhida, ou enfrentar o temido irmão na terra
da promessa. Poderíamos supor que Jacó fora empurra-
do a uma reunião familiar divinamente orquestrada? Tão
difícil como isso possa ter sido, a fé em Deus para ele
manifestar-se-ia a cada passo que desse em direção a Canaã
e a Esaú.
Ele estava incerto do resultado; contudo, escolheu
ir em frente com cuidado. Sentindo culpa pelo que fizera,
e antecipando as conseqüências, planejou rapidamente a
estratégia de colocar os filhos das servas na frente, os de
Lia mais próximos a ele, Raquel e José (33:2). Ele estava
praticamente certo de que haveria algumas vidas perdi-
das e, se algumas sobrevivessem, as que ele gostava mais
teriam maior possibilidade de sucesso.
Enquanto se movia em direção ao destino marcado,
o irmão (Esaú) avançava no sentido oposto, acompanha-
do de quatrocentos homens. A reunião familiar estava a
ponto de começar e não prometia ser tranqüila!
Mas a história continuou, e aconteceram dois des-
94
ESAÚ E JACÓ RECONCILIADOS
97
Lição 9 Sábado, 30 de Agosto de 2008
Objetivos da lição
Revisando
Esta unidade mostrou o desenvolvimento da família
da promessa por intermédio de Jacó e de seu irmão
gêmeo, Esaú.
98
O SONHO DE JOSÉ
Gênesis 37:5–11, 19–21, 23–24a, 28
101
Lição 10 Sábado, 06 de Setembro de 2008
Verso Áureo
“Teve José um sonho que contou a seus irmãos; por
isso o odiaram ainda mais.” (Gênesis 37:5)
Núcleo da lição
Pessoas comuns, às vezes, são chamadas para reali-
zarem feitos extraordinários. Como os outros se sentem
quando tais pessoas começam a revelar o sentido de seu
chamado?
José anunciou à família seus sonhos de grandeza
e,deparou-se com raiva e com inveja – uma inveja que o
levou ao Egito.
102
O SONHO DE JOSÉ
3. Que missão Israel deu a seu filho José? Quão longe ele
teve de ir?
103
Lição 10 Sábado, 06 de Setembro de 2008
ENTENDENDO E VIVENDO
D. Scott Smith
OS SONHOS DE JOSÉ
A ciência diz que você e eu sonhamos toda noite,
mesmo que não recordemos o conteúdo dos sonhos. Nós
reconhecemos isso como um funcionamento normal do
cérebro humano. Na maioria das vezes, os sonhos são
simplesmente uma elaboração do material com que a
mente lidou durante o dia.
Ocasionalmente, entretanto, o Criador do cérebro
humano usa os sonhos para enviar uma mensagem. Na
cultura de José, eles eram compreendidos exclusivamen-
te dessa maneira. Os sonhos da natureza de José eram
realizados considerando as visões e outras mensagens di-
vinas. O “sonhador” tinha a missão de entregar a mensa-
104
O SONHO DE JOSÉ
O POÇO
Há diversas palavras hebraicas traduzidas no portu-
guês como “poço” (v. 20). O “Novo Dicionário Interna-
cional da Bíblia” diz que seus “usos não são distinguidos
nitidamente”. O “poço” pode ter sido uma cisterna feita
pelo homem ou “um lugar profundo”. De qualquer ma-
neira, os irmãos de José subjugaram-no fisicamente e jo-
garam-no em um lugar de onde nunca poderia escapar
sem ajuda. Eles tiraram a túnica, que simbolizava o favo-
ritismo de seu pai, e colocaram José em um lugar para
que morresse lentamente de fome, de sede e de exposi-
ção. O verso 25 diz que, depois disso, os irmãos reuni-
ram-se para jantar. Que coisa desprezível!
Pode você imaginar o adolescente José nessa cister-
na? Ele, sem dúvida, foi ferido ao ser atirado ali. Ficou
sozinho. A segurança, outrora encontrada na família, ha-
via sido destruída. Sabia que estava encarando a morte.
Seu poço, literalmente, era um de desespero! Na cultura
do Velho Testamento, o poço pode ser sinônimo de Seol
ou de Inferno. Era um lugar destinado aos mortos. Em
um curto intervalo de tempo, José foi da exaltação de
receber um chamado de Deus às profundidades do de-
sespero e da morte.
Para o adolescente, a morte é evitada pela avidez de
dois irmãos. Rúben e Judá resistem a permitir que o me-
nino morra; então, apelam para conquistar o desejo dos
irmãos. “E Judá disse aos seus irmãos: o que iremos ga-
nhar ao matar nosso irmão e cobrir seu sangue?” (v. 26).
Os comerciantes forneceram a oportunidade perfeita para
que os irmãos se livrassem do seu pequeno e odiado ir-
mão e lucrassem ao mesmo tempo. Que irônico! Seus es-
quemas conduziram à realização dos planos de Deus! O
Provérbios 16:4a diz: “O SENHOR fez todas as coisas
106
O SONHO DE JOSÉ
LIÇÕES
Duas importantes lições parecem óbvias nestes ver-
sos do começo da longa história de José e de sua família.
Primeiramente, observe que Deus usou uma família to-
talmente disfuncional para realizar seus objetivos. Os fi-
lhos de Israel (Jacó) atuaram desprezivelmente! As atitu-
des de Jacó como pai foram a origem da cisão familiar.
Olhando a história sob nosso ponto de vista, parece-nos
que qualquer outra família estaria melhor inserida no prin-
cípio do povo de Deus. Afinal, esses membros escolhi-
dos eram uma confusão! No entanto, Deus trabalhou seu
incrível plano usando-os.
Pais, vocês às vezes se sentem mal preparados e sem
habilidade para lidarem com os filhos que Deus lhes deu?
Sigam o coração! Deus pode usar até mesmo famílias
imperfeitas para o trabalho em seu Reino.
Em segundo lugar, observe o que aconteceu quan-
do José recebeu seu chamado vindo dos sonhos. Sua fa-
mília reagiu negativamente (ao extremo). Talvez isso te-
nha ocorrido devido ao modo como o relato foi feito.
Quiçá fosse simplesmente de que em geral o chamado de
Deus é recebido com resistência. Muitas outras vezes, nas
Escrituras, os indivíduos ouvem uma palavra ou o cha-
mado divino, e aqueles ao redor as rejeitam. Romanos
12:6 diz que cada um de nós recebe um dom de Deus, e
que cada qual é chamado “para exercitar” esse dom.
Você já recebeu um chamado de Deus? Já identifi-
cou o ministério que Deus pretende que você faça? Se
não foi pego resistindo ao mundo, não se surpreenda quan-
do isso ocorrer! Pedro advertiu seus leitores a não serem
surpreendidos pelas dificuldades de servirem a Jesus Cristo
107
Lição 10 Sábado, 06 de Setembro de 2008
Objetivos da lição
1. Examinar o conteúdo do sonho de José e a resposta de
sua família a ele.
2. Ajudar os participantes a imaginarem o desespero da
situação de José quando foi jogado em um poço seco
e, então, vendido para escravidão em uma terra distan-
te.
3. Incentivar os participantes a reconhecerem o chamado
de Deus a eles, identificando as barreiras para respon-
derem a esse chamado e os passos a serem tomados
para superarem tais obstáculos.
Atividade pedagógica
Revisar os ministérios locais da igreja que cresce-
ram do chamado de Deus em pessoas individuais na sua
comunidade.
Olhando Adiante
José nega que a habilidade de interpretar sonhos seja
inata e dá o crédito a Deus.
108
O SONHO DE JOSÉ COMEÇOU
A SE TORNAR REALIDADE
Gênesis 41:25–40
MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS
Linda Harris
José fez?
111
Lição 11 Sábado, 13 de Setembro de 2008
Verso áureo
“Depois disse o Faraó a José: ‘Pois que Deus te fez
saber tudo isso, ninguém há tão entendido e sábio como
tu.’ “ (Gênesis 41:39)
Núcleo da lição
Os propósitos de Deus são, às vezes, cumpridos de
maneiras surpreendentes. Como Deus, por exemplo, tra-
balhou usando José para cumprir as promessas divinas
feitas aos povos da aliança? O Senhor deu a ele a habili-
dade de interpretar um sonho para o Faraó; este, por sua
vez, respondeu elevando-o a uma posição de poder, ape-
nas porque José o havia sonhado.
112
O SONHO DE JOSÉ COMEÇOU A SE TORNAR REALIDADE
113
Lição 11 Sábado, 13 de Setembro de 2008
ENTENDENDO E VIVENDO
D. Scott Smith
OS SONHOS DO FARAÓ
Após ouvir a narrativa dos sonhos do Faraó, José
imediatamente reconheceu que eles realmente represen-
tavam duas maneiras de se ver o mesmo sonho; algo que
pode ter recordado de seus próprios sonhos de grandeza
(37:5,9). Disse ao Faraó que eles eram dois exemplos a
reforçarem a garantia e a iminência do que Deus iria fa-
zer.
Um sonho mostrava sete vacas saudáveis devoradas
por “sete vacas feias e magras” (v. 27). O outro era de
sete boas espigas de grãos que cresciam em uma única
haste. Conforme aconteceu com as vacas, as sete espigas
boas “são engolidas” por sete espigas “finas e chamusca-
das”. As duas visões, disse José, eram mensagens de Deus
a respeito da fertilidade do Egito durante os 14 anos se-
guintes. Eles falavam da agricultura e das criações, mos-
trando que a abundância dos primeiros sete anos e a fome
dos sete seguintes estariam completas.
Os sonhos do Faraó mostram que a fome seria tão
severa que a abundância do primeiro período “será total-
mente engolida” pelo segundo. A agricultura egípcia foi
muito limitada pelo largo vale do rio Nilo. As colheitas e
os animais, dependentes das colheitas, não poderiam existir
sem a inundação anual do rio. A seca no Nilo superior e
em seus afluentes significou que não haveria um depósito
de solo rico e escuro e água para a irrigação na parte mais
baixa do Nilo. O antigo historiador Heródoto comen-
tou que as inundações cobriram “a distância de uma via-
gem de dois dias de ambos os bancos.” O que José tinha a
dizer sobre os sonhos do Faraó era, na verdade, notícias
alarmantes. Um conselheiro que trouxesse tal informa-
ção poderia esperar sofrer a ira do monarca. José, entre-
tanto, tomou uma atitude corajosa.
115
Lição 11 Sábado, 13 de Setembro de 2008
117
Lição 11 Sábado, 13 de Setembro de 2008
Objetivos da lição
Atividade Pedagógica
Listar imagens contemporâneas que transmitiriam
uma mensagem parecida com aquela encontrada no so-
nho do Faraó
Olhando Adiante
A história de José atinge o ápice.
118
DEUS PRESERVOU UM
REMANESCENTE
Gênesis 45:1–12
Verso Áureo
“Deus enviou-me adiante de vós, para conservar-vos
descendência na terra, e para guardar-vos em vida por
um grande livramento.” (Gênesis 45:7)
Núcleo da lição
Freqüentemente em retrospecto, mesmo a situação
mais difícil pode ter um significado positivo. Como nós
explicamos o bem que resulta de terríveis circunstâncias?
José disse a seus irmãos que Deus o havia enviado
ao Egito para preservar a descendência da família da pro-
messa.
122
DEUS PRESERVOU UM REMANESCENTE
123
Lição 12 Sábado, 20 de Setembro de 2008
ENTENDENDO E VIVENDO
D. Scott Smith
A ATITUDE DE JOSÉ
Este era outro momento em que a atitude de José
revelava-se. Era a oportunidade perfeita para a vingança,
ou pelo menos, para o orgulho aparecer. Ao invés disso,
José procurou consolá-los. “Agora, não se aflijam, nem se
recriminem por terem me vendido para cá, pois foi para
salvar vidas que Deus me enviou adiante de vocês.”.
(Gênesis 45:5, NVI).
José explicou que a fome continuaria por mais cinco
anos. Foi Deus, disse ele, que o tinha enviado ao Egito de
modo que aquele momento pudesse acontecer. Ele não
os responsabilizou pelo que fizeram. Não creditou a si
próprio o ato de ter salvado o Egito e sua família; deu o
crédito total a Deus. E disse que eles não eram nem mes-
mo os responsáveis por aquilo tudo!
“Assim, não foram vocês que me mandaram para
cá, mas sim o próprio Deus. Ele tornou-me ministro do
Faraó; fez-me administrador de todo o palácio e gover-
125
Lição 12 Sábado, 20 de Setembro de 2008
ANOTAÇÕES
127
Lição 12 Sábado, 20 de Setembro de 2008
Objetivos da lição
Atividades Pedagógicas
Usar uma linha de tempo para rever a história de
José. Representar graficamente sua história, identifican-
do pontos altos e baixos.
Convidar os participantes a contarem histórias so-
bre calamidades que, na verdade, foram bênçãos
disfarçadas. Explorar as disciplinas espirituais que nos
ajudam a “continuar” ainda que não possamos ver os si-
nais da orientação de Deus.
Olhando Adiante
Uma geração morre e outra nasce para continuar
a promessa de Deus.
128
JACÓ ABENÇOOU SUA
FAMÍLIA
Gênesis 48:11–19
Verso áureo
“E Israel disse a José: ‘Eu não cuidara de ver teu
rosto; e eis que Deus me fez ver também tua descendên-
cia.’ “ (Gênesis 48:11)
Núcleo da lição
Uma geração morre e outra nasce. Que legados os
mais velhos querem deixar aos mais novos?
Jacó mudou-se para o Egito e viveu seus últimos dias;
abençoou seus netos e garantiu que continuariam a cres-
cer em uma multidão conforme Deus prometera a Abraão
e a Sara.
132
JACÓ ABENÇOOU SUA FAMÍLIA
133
Lição 13 Sábado, 27 de Setembro de 2008
ENTENDENDO E VIVENDO
D. Scott Smith
DE GERAÇÃO A GERAÇÃO
Na coleção “Sociedade Histórica Batista do Sétimo
Dia”, você encontrará um Novo Testamento muito anti-
go. A edição Cranmer dessa obra é datada de 1549, mais
de 60 anos antes da publicação da versão do Rei Tiago
(King James version). Thomas Cranmer era, então, o ar-
cebispo de Canterbury; seu desejo era certificar-se de que
cada igreja inglesa (as oficiais) tivesse uma cópia da Bí-
blia.
O primeiro Batista do Sétimo Dia, Samuel Hubbard,
diz em seu jornal que o Novo Testamento veio de seu
avô e foi-lhe entregue em 1675. Acho muito comovente
estar em um museu e ver esse precioso exemplar saben-
do que foi passado de geração a geração. Cada novo pro-
prietário valorizou o legado da Palavra de Deus e hon-
rou a fé de suas ascendências. É impressionante ver o tra-
balho de Deus desdobrando-se ao longo de gerações da
fé.
Uma das importantes lições a serem aprendidas com
a história de José, do livro de Gênesis, é que Deus traba-
lha a longo prazo. Eventos colocados em prática quando
os irmãos venderam José para a escravidão tiveram im-
pacto anos mais tarde. Pareceria que a reunificação de
José com seus irmãos e com o pai era o ápice desta narra-
tiva maravilhosa. Contudo, pela passagem bíblica de hoje,
vemos a história repercutir no futuro. De forma im-
pressionante, os eventos do passado de José tiveram im-
plicação por centenas de anos e para multidões de indiví-
duos e de nações.
134
JACÓ ABENÇOOU SUA FAMÍLIA
DUAS MUDANÇAS
Duas “impressionantes mudanças” ocorrem nesta
passagem. José traz seus filhos a seu pai para receberam a
bênção, mas o que acontece é inesperado. Manassés e
Efraim haviam nascido de sua esposa egípcia, no Egito.
Como Manassés era o mais velho, seria o herdeiro princi-
pal e deveria ter recebido a bênção da mão direita do
avô. No verso 12, vemos José preparar os meninos para
a ocasião, posicionando-os em frente a Israel. O avô, ho-
mem idoso e praticamente cego, favorecia-se com essa
posição para a bênção cerimonial. Manassés ficou diante
da mão direita; Efraim, em frente à esquerda. Simples-
mente pegando suas mãos, Israel poderia tê-los abençoa-
do da maneira tradicional. Como primeira mudança, en-
tretanto, ele cruzou suas mãos e colocou a direita (que
indicaria a posição de mais velho) sobre a cabeça de
Efraim e a mão esquerda, em cima de Manassés.
A alteração dessas posições deixou José tão aborre-
cido que ele tentou intervir e mover fisicamente as mãos
de seu pai de volta à forma tradicional. Mas o homem
idoso não foi leniente. Reconheceu que Deus tinha orde-
nado Efraim a ser um grande líder, e que ambos os meni-
nos viriam a ser o começo de “uma multidão de nações”.
A segunda mudança faz-se na própria bênção. Pri-
meiramente, Israel abençoa seu filho José. Então, volta-se
para os dois meninos para, perante ele, abençoá-los. Isso
não é simplesmente um avô que dá uma bênção polida a
dois pequenos meninos! Israel adota os dois com tal bên-
ção!
O verso 16 diz: “...seja chamado neles o meu nome”
(Gn 48:16, RA). Israel apenas tomou-os como filhos!
Centenas de anos mais tarde, quando Deus entregou os
Filhos de Israel fora do Egito, as tribos de Manassés e de
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Lição 13 Sábado, 27 de Setembro de 2008
ANUNCIANDO UM LEGADO
Israel pediu a Deus para “Abençoar os rapazes”, e
que seu nome e o de seus pais pudessem viver com eles.
Naquela época e como aquela cultura, seu “nome” era
essencialmente quem você realmente era.
É você um pai ou um avô? Se a resposta for positi-
va, tenho certeza de que se identifica por ter um pouco
de você refletido em seus filhos ou nos netos. Que legado
está deixando para eles?
Certamente, você já foi repetidamente lembrado a
preparar um testamento de modo que, ao morrer, seus
desejos sejam conhecidos por seus descendentes.
Freqüentemente, esses documentos referentes à “última
vontade” incluem a divisão de bens materiais. Talvez você
tenha bens imobiliários ou anuidades que beneficiarão seus
filhos quando da sua partida final. Você pode ter feito
um trabalho maravilhoso ao garantir que sua esposa, os
filhos e mesmo sua igreja sejam lembrados. Mas seus bens
materiais são quem você realmente é?
Você já compartilhou seu amor a Deus e a graça
salvadora de Jesus Cristo com seus filhos e netos? De to-
das as posses que possa obter, seu vínculo com Jesus é a
mais preciosa.
Jesus disse, em Marcos 8:37: “Pois que adianta ao
homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou,
o que o homem poderia dar em troca de sua alma?” (NVI).
Sua fé não pode ser compartilhada com seus filhos sim-
plesmente a colocando em seu testamento! Você deve
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JACÓ ABENÇOOU SUA FAMÍLIA
ANOTAÇÕES
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Lição 13 Sábado, 27 de Setembro de 2008
Objetivos da lição
Atividade Pedagógica
Pedir que os membros do grupo descrevam o lega-
do de fé recebido de sua família. Dramatizar a história
lida para acentuar o ato de Jacó de cruzar suas mãos na
hora da bênção. Discutir maneiras de permanecer
conectado aos membros da família em um mundo móvel
e globalizado. Incorporar uma história de reunião famili-
ar envolvendo pessoas que permaneçam juntas por mui-
tos anos. Convidar os participantes a reservarem um tem-
po para detalharem o legado que esperam deixar.
Revisando
Deus garante que o crescimento da família da
promessa continuará a aumentar, assim como o
retorno à terra prometida.
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COLABORADORES
MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS
Angie Osborn é esposa de Steve, mãe de Seth, de
Michaella, de Gabrielle e de Rachael. Ensina na es-
cola secundária Milton Middle School, na qual tra-
balha principalmente com os estudantes “em risco”.
É membro da Igreja Batista do Sétimo Dia de Mil-
ton, nos Estados Unidos.
Stephanie Sholtz é uma conselheira de saúde mental e
trabalha com aconselhamento, em Janesville, nos Es-
tados Unidos. Ali, fornece aconselhamento indivi-
dual e em grupo para crianças, para adolescentes e
para adultos. É membro da igreja BSD em Milton,
nos Estados Unidos.
Linda Harris, ex-editora da “The Helping Hand”, vive
em Colorado Springs e é membro da igreja BSD
em North Loup, nos Estados Unidos.
ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath é pastor da Foothill Community Church,
uma congregação Batista do Sétimo Dia de
Montrose, na Califórnia.
Paul R. Andries é filho e, agora, pastor da Igreja Batista
do Sétimo Dia de Washington, capital dos Estados
Unidos.
Reverendo Dom. Scott Smith é pastor assistente para
os Ministérios dos Adolescentes e de Jovens na Igreja
Batista do Sétimo Dia de Salem, em West Virginia.
Lá, vive com sua esposa Jean e com seus filhos.
139
OBRAS CITADAS E VERSÕES BÍBLICAS
Hartley, John E., New International Biblical Commentary,(Novo
Comentário Bíblico Internacional) Volume 1; Hendrickson
Publishers, Inc., Peabody, Massachusetts, 2000.
Herodotus, Histories (Histórias) 2,19
NIV Bible Dictionary (Dicionário Bíblico NVI). J.D. Douglas
& Merrill C. Tenney Eds, (Grand Rapids, MI:
Zondervan Publishing 1998)
New Bible Dictionary (Novo Dicionário Bíblico), Eds I. H.
Marshall, A. R. Millard, J. I. Packer & D. J. Wiseman,
3rd ed. (Downers Grove, IL: InterVarsity Press 1999).
Smith, Gary V. Old Testament Survey (Panorama do Antigo
Testamento), 2001 edition published by Evangelical
Training Association.
The Bethany Parallel Commentary On The Old Testament (Co-
mentário Paralelo do Antigo Testamento). published by
Bethany House Publishers in Minneapolis, MN. 1985.
The Interpreter’s Bible (A Bíblia do Interprete), Vol. 1. George
A. Butterick, ed. (Nashville, TN: Abingden Press),
1952.
The New Bible Commentary (O Novo Comentário Bíblico),
edited by D. Guthrie, J.A. Motyer, A.M. Stibbs, and
D.J. Wiseman. Published by Eerdmans in Grand Rapids,
MI, 1970.
Wikipedia, Biblioteca livre. Pode ser assessado em
www.wikipedia.com.br.
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VERSÕES BÍBLICAS
NVI Todas as citações indicadas com a sigla NVI foram
extraídas da NOVA VERSÃO INTERNACIONAL.
Copyright 1993, 2000 da Sociedade Bíblica
Internacional. Todos os direitos reservados.
RC VERSÃO REVISTA E CORRIGIDA DE JOÃO
FERREIRA DE ALMEIDA. Rio de Janeiro: Imprensa
Bíblica Brasileira, 1967. Direitos reservados.
RA Os “Versos áureos” e as demais citações bíblicas
sem indicação da versão foram retirados da VERSÃO
REVISTA E ATUALIZADA DE JOÃO FERREIRA DE
ALMEIDA. 2ª edição. Copyright 1983, da Sociedade
Bíblica do Brasil.
NTLH Nova Tradução na Linguagem de Hoje. Barrueri
(SP): Sociedade Bíblica do Brasil, 2000.
BV A BÍBLIA VIVA. Segunda Edição. São Paulo:
Mundo Cristão, 2002.
LIÇÕES DO PRÓXIMO TRIMESTRE
143
LEIA TAMBÉM
Um Povo que Escolhe:
Documenta a história da
mais antiga denominação cristã
sabatista a partir de visão religi-
osa, mas também secular da his-
tória, da Reforma Protestante
na Europa aos tempos moder-
nos nos Estados Unidos da
América. Das suas origens em
meados do século XVII na In-
glaterra e na América Colonial
de Rhode Island, o livro relata a
organização de relações de as-
sociação durante o século XVIII;
a expansão juntamente com a fronteira ocidental, a orga-
nização da Conferência Geral e entidades relacionadas nas
áreas missionária e educacional no século XIX; e as bata-
lhas que se seguiram no século XX a partir de questões
sociais, teológicas e administrativas.
Tamanho 15x23 cm - 480 páginas.
R$ 30,00 - mais despesas de envio.