Você está na página 1de 144

ESTUDOS BÍBLICOS PARA ESCOLA SABATINA

DEUS CRIOU
UM POVO

Tradução
Ronaldo Moretti

Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira


Curitiba
2007
As Lições Bíblicas e Leituras estão baseadas nas Lições Bíblicas
Internacionais para o Ensino Cristão, (International Bible Lessons for
Christian Education) copyright © 2005.
“The Helping Hand” é publicado trimestralmente pela:
Seventh Day Baptist Board of Christian Education, inc.
P. O. Box 115, Alfred Station
New York, 14803-0115.
Publicado no Brasil com a Devida Autorização
e com Todos os Direitos Reservados Pela:
Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira
Caixa Postal 565 - 80.0001-970 - Curitiba/PR
e-mail: secretaria@cbsdb.com.br
www.cbsdb.com.br
Revisão de Texto:
Dc. Marlene de Oliveira Garcia
Vanise Macedo Maria.
Revisão Teológica:
Pr. Jonas Sommer
Capa:
Impacta Comunicação - Joinville / SC
Diagramação:
Pr. Jonas Sommer
Impressão:
Gráfica e Editora Viena
Tiragem:
1.400 exemplares
Todas as citações bíblicas, salvo outra indicação, foram extraídas da
Versão Revista e Atualizada de João Ferreira de Almeida, publicada
pela Sociedade Bíblica do Brasil (©1999)

Título original em inglês deste volume:


“GOD CREATED A PEOPLE”
Quando houver diferenças entre a versão em inglês e em
português da The Helping Hand, a versão em inglês representa
a língua original do autor.
SUMÁRIO
Página do editor...............................................................7

DEUS CRIOU UM POVO

UNIDADE I – DEUS CRIOU UM POVO


1. Deus criou os Céus e a Terra...................................... 9
2. Deus criou a Humanidade.........................................19
3. Abrão, Sara e Isaque...................................................29
4. Abraão, Hagar e Ismael..............................................39
5. Isaque e Rebeca..........................................................49

UNIDADE II – O POVO DE DEUS AUMENTOU


6. Esaú e Jacó como rivais..............................................59
7. O sonho de Jacó em Betel..........................................69
8. Jacó e Raquel................................................................79
9. Esaú e Jacó reconciliados...........................................89

UNIDADE III – O POVO DE DEUS RECRIADO


10. O sonho de José........................................................99
11. O sonho de José começa a se tornar realidade......109
12. Deus preservou um remanescente.........................119
13. Jacó abençoou sua família.......................................129
Colaboradores..................................................................138
Obras Citadas e Versões Bíblicas.......................................139
Lições para o próximo trimestre..........................................141
Eric Davis
Editor
6
PÁGINA DO EDITOR
Cada pessoa tem sua necessidade de pertencer a algo.
Todos nós precisamos sentir que somos parte de alguma
coisa. O poeta John Donne, corretamente, afirmou: “Ne-
nhum homem é uma ilha completa por si só; cada ho-
mem é uma parte de um continente…”
Cada pessoa nasce com a necessidade de pertencer,
dada por Deus. Milênios atrás, nosso Senhor começou a
criar um povo que, um dia, tornar-se-ia uma família à qual
todos os povos pertenceriam. Ele iniciou com um ho-
mem (Abraão), continuou com uma família (Jacó e Isaque),
conduziu-a para tornar-se uma nação (Israel) e, finalmen-
te, uma família espiritual: a Igreja.
As lições deste trimestre começam com o tema:
“Deus criou um povo”. Nossas três unidades guiar-nos-
ão pela história do poder criativo de Deus, desde a cria-
ção do universo e dos primeiros seres humanos ao
surgimento de uma aliança especial de um povo. Deus
começa sua história com uma visão ampla da humanida-
de. O foco fica mais estreito, porém, a partir de Abraão.
Então, amplia-a lentamente para incluir a nação de Israel.
Finalmente, nós temos a visão ampla, outra vez, toda a
humanidade sendo convidada para Cristo. Mas este tri-
mestre centrar-se-á sobre uma idéia mais estreita da his-
tória.
A unidade I, “Deus criou um Povo”, começa com
as histórias mais antigas da História. As primeiras duas
lições focalizam Deus como o criador do universo e da
humanidade. A terceira e quarta lições mostram a cria-
ção divina de duas linhas de família diferentes desde
Abraão. A quinta explora a continuação da família em
relação à promessa levada adiante por Isaque e por
Rebeca.
7
A unidade II, “O Povo de Deus aumentou”, avan-
ça mais na história da família da promessa por intermé-
dio de Jacó e de Esaú. A primeira lição daqui explora a
rivalidade entre os irmãos, iniciada no nascimento, quan-
do Jacó agarrou o pé de Esaú. A segunda parte estuda o
sonho de Jacó ao fugir de Esaú. A terceira explora a dis-
sensão na família nova de Jacó, com duas esposas e mui-
tas crianças. A unidade termina com a história de Jacó e
de Esaú que, finalmente, reconciliam-se com o poder do
amor de Deus.
A unidade III, “Povo de Deus Recriado”, começa
com a provocação de José a seus irmãos, compartilhan-
do um sonho de poder futuro. Na segunda lição, o sonho
de infância de José começa a se tornar realidade quando
ele interpreta um sonho para o Faraó. A terceira parte
destaca a reconciliação de José com seus irmãos e com o
pai. A unidade conclui com a transmissão da bênção fa-
miliar de Jacó a seus netos, outra vez indo de encontro à
convenção e às tradições sociais, mas assegurando que o
povo especial de Deus continuará a aumentar e a retornar
à terra prometida.

8
DEUS CRIOU OS
CÉUS E A TERRA
Gênesis 1:1–25

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS


Angie Osborn

Domingo, Salmo 8
Meditando novamente sobre este salmo, percebi que
os versos 3 e 4 chamaram minha atenção. Se pararmos para
considerar a grandiosidade da criação de Deus, veremos o
quão ela é verdadeiramente surpreendente! Ele criou cada
pequena planta, inseto, animal, brisa, vulcão, oceano,
córrego, montanha… tudo! Todavia, na magnificência de
sua poderosa criação, Deus pensava no homem - e ainda
hoje pensa! Importa-se conosco, coroa-nos com glória e hon-
ra; fornece uma maneira de sermos justos diante dele. “SE-
NHOR, Senhor nosso, como é majestoso o teu nome em
toda a terra!” (Salmo 9:9, NVI).

Segunda, Gênesis 1:1-5


Recentemente tivemos uma discussão na hora do jantar
sobre a criação. Nossos filhos diziam que Deus havia cria-
do tudo; até que, a certa altura, um deles perguntou: “Mas
quem criou Deus?”. Estudando esta passagem, em minha
Bíblia NVI colorida, observei que quase todo o Gênesis 1 é
cinza (história/criação), à exceção da última metade do
verso 2, “e o Espírito de Deus estava pairando sobre as
águas”. Neste trecho, ela é codificada na cor roxa (Deus), o
que faz ressaltar o texto na página. Que imagem visual! Em
todo o “cinza”, quando o mundo não era coisa alguma, Deus
estava lá! Ele estava lá antes do começo; está lá agora e
9
Lição 01 Sábado, 05 de Julho de 2008

sempre estará. Deus é Deus; ele é o Criador e o mantenedor


da vida!

Terça, Gênesis 1:6-8


No segundo dia, Deus criou o céu. E o firmamento é
uma parte surpreendente da criação, pois é vasto e infinito.
O homem pode experimentar apenas partes dele de cada
vez. Conforme lia esta passagem, veio-me à mente a idéia
de que o céu é muito parecido com o próprio Deus. Ele
avança adiante, para além de nosso alcance e de nossa com-
preensão. Encontra-nos quando a gente deita, senta, ajoe-
lha ou fica em pé.
Do mesmo modo, nesta vida, temos somente uma vi-
são parcial de Deus; portanto, apenas uma compreensão
parcial dele. Mas ele encontra-nos onde quer que esteja-
mos. E, de acordo com a forma como olharmos para ele,
perceberemos que tem muito mais a oferecer. O seu amor
por nós é infinito!

Quarta, Gênesis 1:9-13


É surpreendente visualizar o Deus que junta as águas!
Como é difícil mover a água com as nossas mãos. Eu penso
nas crianças que constroem castelos de areia e que tentam
carregar a água do mar. É uma tarefa frustrante; o líquido
desliza entre os dedos e desaparece da palma daquelas
pequeninas mãos. Deus, entretanto, com suas mãos pode-
rosas, podia recolher todas as águas e colocá-las onde qui-
sesse! Que testemunho surpreendente ao poder, à força e à
nobreza de Deus e de toda a criação!

Quinta, Gênesis 1:14-19


Desde o começo dos tempos, Deus forneceu a luz.
Estes versos mostram que ele não somente fornecia luz para
o dia, mas igualmente à noite. Deus soube, desde a época
em que colocou o mundo em existência, da necessidade
10
DEUS CRIOU OS CÉUS E A TERRA

humana de luz. Quando da criação, ele forneceu fontes lite-


rais de luz. Mais tarde, seu plano incluiu Jesus, aquele que
iluminaria os nossos caminhos e que nos traria de volta a
um relacionamento correto com Deus – a fonte verdadeira
de toda a luz em nossa escuridão. Olhe para ele hoje e des-
frute da sua glória!

Sexta, Gênesis 1:20-23


Eu li que há mais de dez mil espécies conhecidas de
pássaros e cem mil tipos conhecidos de seres marítimos. Se
existem tantos estudados, pergunto-me quantas espécies
desconhecidas deve haver também. Isso é algo fascinante!
Deus encheu as águas, assim como o ar, com a vida.
Cada um desses seres tem um lugar especial na criação; são
todos únicos. Tão surpreendente quanto isso possa ser é
ainda mais considerar que Deus foi mais detalhista e cuida-
doso ao fazer cada um de nós. Ele sabe o número de cabe-
los existentes em nossa cabeça, onde estivemos, e ele tem
um plano para o futuro de cada um de nós!

Sábado, Gênesis 1:24-25


Duas ou três vezes ao ano, nossa família vai ao zooló-
gico. É divertido prestar atenção às lontras engraçadas en-
quanto nadam e brincam. É interessante ouvir o rugido dos
leões. É surpreendente ver as girafas graciosas enquanto
nos perguntamos como elas não caem sobre si mesmas! É
divertido alimentar as ávidas cabras enquanto se debatem
para conseguirem um pouco de alimento. Nós ficamos ma-
ravilhados com os pássaros brilhantemente coloridos e com
os rinocerontes tão feios!
Olhando para animais tão diferentes, é fácil perceber
que adoramos e servimos a um Deus criativo e engenhoso
que deve ter humor e uma compreensão de uma beleza sim-
ples!
11
Lição 01 Sábado, 05 de Julho de 2008

Estudo Estudo Adicional Devocional


Gênesis Gênesis Salmo
1:1-25 1 8

Verso Áureo
“No princípio, criou Deus os Céus e a Terra. E a Terra
era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abis-
mo; e o Espírito de Deus movia-se sobre a face das águas.”
(Gênesis 1:1-2)

Núcleo da lição
Sem a Terra e seus ecossistemas, a vida humana não
seria possível. Como se originou a criação? Em Gênesis
1, aprendemos que Deus escolheu criar a vida onde não
existia coisa alguma, e ele forneceu os meios de sustenta-
ção para tal.

Questões para estudo do texto


1. Como Deus traz cada dia para a existência? Olhe para
cada dia e liste o que é criado nesse dia. Qual é a ordem
da criação? Por que Deus criou tudo nesta seqüência?
Que ordem você precisa trazer à sua vida?

2. Quando cada dia começa e termina? Em que é diferen-


te da maneira como marcamos o tempo na civilização
ocidental? Que significado pode ser encontrado na di-
ferença?
12
DEUS CRIOU OS CÉUS E A TERRA

3. Como Deus avalia sua criação no final de cada dia?


Por que essa é uma declaração tão importante? Como
o autor de “Entendendo e vivendo” desta semana aplica
a declaração da criação de Deus à nossa própria vida?

4. O que Deus “separa” durante a criação? Quantas vezes


essa frase é usada? Em nosso estudo, o autor faz uma
pergunta: “O que você precisa separar em sua vida e
levar a Deus para o perdão?” Tente respondê-la.

13
Lição 01 Sábado, 05 de Julho de 2008

ENTENDENDO E VIVENDO

Scott Hausrath

EXPLICAÇÃO
O primeiro capítulo de Gênesis é tido como uma
introdução a todo o livro. Foi igualmente visto como uma
introdução à Bíblia. Além disso, parece que Gênesis 1 é
uma parte inicial, necessária para se compreender o es-
forço da humanidade. Sem uma indicação de quem nos
criou, como podemos saber nossa identidade ou nossa
finalidade? Finalmente, Gênesis 1 também introduz as li-
ções da Escola Sabatina deste trimestre. Conforme estu-
daremos mais tarde, em Deus criou um povo, devemos
primeiramente compreender que ele criou um mundo que
mantém o povo.
Que Deus criou o mundo (na verdade, todo o uni-
verso) é a primeira indicação que nós vemos em Gênesis
1. Nosso Senhor aparece como o sujeito, aquele que atua;
o mundo é o objeto, o resultado de suas ações. A brevi-
dade do relato da criação encontrada neste trecho suge-
re-nos seu propósito: o objetivo de Deus não era mos-
trar-nos como ele fez o mundo. Mais do que isso, seu
interesse era dizer-nos que ele fez o mundo. Para se certi-
ficar disso, o Criador compartilha conosco uma pequena
quantidade de detalhes referentes aos atos criativos, e tais
minúcias fornecem a compreensão da fundação, se limi-
tada, da ordem criada.
“Ordem Criada” é um termo muito apropriado para
o mundo em que vivemos. Não somente o mundo exibe
uma quantidade surpreendente de ordem, mas sua cria-
ção também foi realizada em um processo bem ordena-
do. Observe, por exemplo, que cada dia da criação co-
meçou com uma vocalização específica de Deus (Gênesis
14
DEUS CRIOU OS CÉUS E A TERRA

1:3, 6, 9, 14, 20, 24). As Escrituras ensinam que Deus fa-


lou de sua criação na existência, e ele fez um dia de cada
vez.
Nós aprendemos com Gênesis 1:2 que, antes de qual-
quer um dos dias da criação, Deus fez a Terra por si mes-
mo, além dos céus. Nesta fase, a Terra não tinha uma for-
ma ou um conteúdo, e não havia luz alguma. Então, du-
rante os dias da criação, nosso Criador falou da existên-
cia de um lindo paraíso indescritível com palavras que
continha o tesouro do universo. Onde não havia uma for-
ma, Deus deu forma à beleza da terra, dos mares e do
céu. Onde não havia conteúdo, ele criou plantas, árvores,
criaturas do mar, do ar e da terra. E igualmente substi-
tuiu a escuridão profunda pela luz iluminadora do sol, da
lua e das estrelas.
EXPLORAÇÃO
Uma pergunta natural a se fazer, quando observa-
mos este mundo, é: “Como ele foi feito?” Como as altu-
ras da montanha foram formadas? Como foram os ani-
mais, em toda sua variedade, criados? Como o magnetis-
mo da atmosfera da Terra foi colocado?
Desde o nascimento da humanidade, temos tentado
responder a essas dúvidas...
Entretanto, uma indagação mais forte deve ser feita:
“De onde vêm os materiais de construção?” A sujeira e a
pedra que dão forma às montanhas; as proteínas e os mi-
nerais que se infundem nos seres vivos; as partículas físi-
cas que criam o magnetismo... Quais eram suas fontes ori-
ginais?
Gênesis 1:1 revela que Deus é o responsável por essa
primeira etapa da criação. “Pela fé entendemos que o uni-
verso foi formado pela palavra de Deus, de modo que
aquilo que se vê não foi feito do que é visível.” (Hebreus
15
Lição 01 Sábado, 05 de Julho de 2008

11:3, NVI)
Deus não é somente quem deu forma a nosso mun-
do; é aquele que criou os materiais de construção em pri-
meiro lugar. Antes do primeiro ato de criação divina, ne-
nhuma matéria existia.
INCENTIVO
Nós vemos que Deus primeiramente criou a maté-
ria; a seguir, deu forma a ela no que conhecemos como
nosso mundo. Esse foi um processo iniciado com a falta
de formação, com o vazio e com a escuridão. Os esfor-
ços criativos de Deus trouxeram, então, as formas, o con-
teúdo pleno e a luz.
Ao longo dos dias, uma das atividades principais de
Deus foi a separação. No dia um, ele separou a luz da
escuridão. No segundo, isolou a água sob o céu da água
acima dele. No dia três, afastou a terra dos mares. O re-
sultado de todas essas separações foi a criação gradual de
uma estrutura que nós conhecemos, agora, como o nosso
mundo.
Você vê como pode experimentar o processo de se-
paração em sua própria vida? Jesus, que se denominou a
luz do mundo, brilha sua luz em nossa vida, revelando-
nos o que necessitamos separar. Quanto somos abençoa-
dos não somente por Deus ser o criador, como também
por ser o redentor! Podemos apresentar-lhe aquelas par-
tes de nós que não nos pertencem, e ele perdoar-nos-á de
tal envolvimento, redimindo-nos dos pecados. Esse pro-
cesso cria uma estrutura cada vez mais saudável à nossa
vida.
Um outro ponto em que Deus esteve engajado ati-
vamente, durante os dias da criação, foi em requisitar as
coisas de acordo com seus tipos. No dia três, ele criou
plantas e árvores de acordo com seus vários tipos. Poste-
16
DEUS CRIOU OS CÉUS E A TERRA

riormente, criou as criaturas do mar e os pássaros con-


forme suas espécies. No dia seis, foi a vez dos rebanhos
de animais, incluindo os selvagens, e outras criaturas, sem-
pre obedecendo a suas espécies. Deus tinha característi-
cas e propósitos específicos quando criava este mundo.
Isso nos incentiva, como parte da criação, a avaliar a
ordem em nossa vida. Os ingredientes de sua vida exi-
bem uma ordem inerente? Têm características e finalida-
des específicas? Você tem metas planejadas nas quais está
trabalhando ou apenas reage aos estímulos aleatórios de
seu ambiente diário?
Olhando para a sua própria vida, vê a falta de for-
mas, o vazio e a escuridão? Talvez precise convidar o cri-
ador deste mundo para fazer uma reforma na sua vida...
Aquele que deu forma e conteúdo à Terra com certeza
pode fazer o mesmo por você. Aquele que criou a luz
pode trazer a sua luz para as partes escuras da sua vida.
Um refrão comum em Gênesis 1 é aquele em que
Deus viu o que havia criado e pronunciou-o como bom.
Deixe-o tornar-se cada vez mais uma influência criativa
em sua vida e, então, junte-se a ele ao pronunciar que sua
vida será boa.

ANOTAÇÕES

17
Lição 01 Sábado, 05 de Julho de 2008

DICAS PARA OS PROFESSORES

Objetivos da lição

1. Revisar a história da criação conforme descrita em


Gênesis 1.

2. Ajudar os participantes a experimentarem a admira-


ção e o questionamento na presença da criação.

3. Desafiar os participantes a aceitarem a responsabilida-


de da supervisão para a boa criação de Deus.

Atividade pedagógica
Deixar os participantes experimentarem a beleza da
criação fazendo caminhadas ao ar livre, olhando belas
paisagens da criação ou entoando hinos, como “Quão
grande és tu”. Fazer com que eles descrevam uma expe-
riência com Deus que venha por intermédio da natureza.
Contrastar os conceitos hebraicos de noite e dia, presentes
no texto, com os da cultura ocidental.

Olhando adiante
Explore por que Deus criou a humanidade e colocou-
a na Terra.

18
DEUS CRIOU A HUMANIDADE
Gênesis 1:26–30

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS


Angie Osborn

Domingo, Isaías 40:25-31


A Bíblia Viva coloca esta passagem na linguagem do dia-a-
dia. O verso 27 é traduzido “Como você pode dizer que o Senhor
não vê seus problemas? Como pode dizer que Deus se recusa a
ouvir seu caso?”
Embora a passagem seja dirigida a Israel, as perguntas po-
dem certamente ser aplicadas à nossa vida. Quantas vezes duvida-
mos de que Deus veja, ouça ou compreenda nossos problemas?
Como somos tolos! Claro que ele sabe de nossas adversidades! Ele
é o Deus do Universo; criou-o inteiramente! Conhece-nos por
dentro e por fora. Os problemas virão; são parte da vida. Todavia,
como somos pessoas que crêem, temos esperança!
Segunda, Gênesis 1:26-27
Quando Deus criou os seres humanos, fez cada um de nós
à sua própria imagem. Desde o começo, ele predestinou que os
homens seriam à sua semelhança e teriam domínio sobre a terra.
Os meninos sempre querem ser iguais aos pais. Devemos,
contudo, nos esforçar para sermos como nosso Pai Celestial. Ele
criou-nos para ser como ele. E quer que tenhamos um relaciona-
mento com ele. Deseja que o busquemos e, como uma criança,
que contemos com ele quando estivermos fracos; que nos regozi-
jemos com ele quando estivermos felizes; que respeitemos sua
autoridade sobre nós; que o louvemos por ser o autor e o criador
da vida!
19
Lição 02 Sábado, 12 de Julho de 2008

Terça, Gênesis 1:28-31


Deus criou tudo e colocou o mundo em movimento. Por
fim, fez os seres humanos à sua própria semelhança. Então, co-
meçou a distribuir os presentes! Para Adão, foi dado o que pudes-
se ser usado, cuidado e dominado na terra. Que grande presente!
Mas espere... Com esse dom veio muita responsabilidade...
Deus espera que cada um de nós importe-se com o que ele nos
deu; deseja que nós sejamos bons administradores e, acima de tudo,
responsáveis e confiáveis. Tudo o que possuímos é um presente
de Deus. Estamos sendo bons administradores do que ele nos
deu? Temos agradecido por suas abundantes bênçãos?
Quarta, Gênesis 2:1-3
O capítulo 1 do Gênesis termina com a criação dos seres
humanos. A parte seguinte começa com Deus descansando de seu
trabalho no sétimo dia, e declarando-o sagrado.
No fim de semana, nós podemos descansar do trabalho.
Como guardiões do sábado, usufruímos o sétimo dia, o sábado, e
guardamo-lo como um período de adoração e de descanso.
O sábado marca também “um novo capítulo”, uma possibi-
lidade de um novo começo; é um começar do zero. Descansando
das labutas da semana, temos a possibilidade de rejuvenescer físi-
ca e espiritualmente para a etapa seguinte. Podemos colocar o
trabalho da semana precedente aos pés do Senhor e olhar adiante
para o começo de um novo período que está por vir!
Quinta, Salmo 19:1-6
Este salmo exibe a glória de Deus e de sua criação. Seu escri-
tor parece ter uma explosão de surpresa diante dos detalhes da
criação. Ele vê a mão de Deus nos céus, na terra e no modo perfei-
tamente afinado como as coisas fluem juntas.
Reserve um momento para refletir sobre essa observação.
Deus é incrível! Ele criou tudo, desde o sol reluzente até os carva-
lhos poderosos e as partículas mínimas de poeira! Deus é o autor
20
DEUS CRIOU A HUMANIDADE

e o criador; fez o mundo falando em sua existência! E opera me-


lhor do que a mais eficiente máquina ou a mais afinada orques-
tra. Sua glória é mostrada a cada um de nós por meio de sua
criação! Ele é verdadeiramente é um Deus de maravilhas!
Sexta, Salmo 103:1-14
No verso 13, Deus é comparado a um pai que é terno e
compassivo com suas crianças. Meu marido Steve é esse tipo de
pai. Ele sabe quando um carinho ou um band-aid curará uma
lesão. Distingue quando um abraço e um carinho são necessários.
Percebe o momento de escutar e o de falar. Ele sabe quando uma
de nossas crianças precisa de compaixão e quando carece de disci-
plina. Steve está sempre amando e perdoando.
Ainda assim, nosso Pai Celeste ama-nos muito mais! Ele
perdoa nossos pecados; é misericordioso e oferece graça quando,
na verdade, merecemos castigo. Fornece uma maneira para andar-
mos em retidão com ele; entende nossas fraquezas e conhece-nos
melhor do que nos conhecemos – e seu amor nunca falha! Obri-
gada, Deus, por seu amor infalível!
Sábado, Salmo 103:15-22
Esta passagem fala de humildade. Nela, a vida terrena é com-
parada à poeira, à grama, a uma brisa de vento e a um desabrochar
passageiro. Em resumo, nossa existência é mínima se comparada
ao todo. “Mas o amor fiel do Senhor vai de eternidade a eternida-
de para quem o ama e respeita.” (Salmo 103:17, BV)
Nossa vida pode ser curta em muitos aspectos; por isso,
precisamos fazê-la valer a pena! Devemos transmitir a vida de
Deus às pessoas ao nosso redor para que elas possam conhecer
sua graça salvadora. Precisamos passar nossa herança espiritual às
próximas gerações e treiná-las conforme o Senhor ensinou. É tão
fácil ser pego na “tirania da urgência” por vivermos apressada-
mente nossos dias... É necessário executarmos os planos divinos e
proclamarmos suas boas notícias como uma prioridade!
21
Lição 02 Sábado, 12 de Julho de 2008

Estudo Estudo Adicional Devocional


Gênesis Gênesis Isaías
1:26-30 1:26 até 2:3 40:25-31

Verso Áureo
E disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes
do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre
toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a
terra.” (Gênesis 1:26)

Núcleo da lição
Os seres humanos são criaturas surpreendentes; com-
partilham muito com as outras formas de vida ainda que
sejam distintamente diferentes. Por que a humanidade foi
criada e colocada na Terra? Os cristãos acreditam, con-
forme a Bíblia afirma em Gênesis, que Deus criou o ma-
cho e a fêmea na própria imagem de Deus e confiou-lhes
a supervisão de toda a criação.

Questões para estudo do texto


1. Por que Deus deixou os seres humanos para a última
parte da criação?

2. Como Deus criou a humanidade? O que significa ser


criado “à imagem de Deus”? E “à sua semelhança”?
Qual é a diferença?

22
DEUS CRIOU A HUMANIDADE

3. O que é imagem e semelhança de Deus? Como ser criado


dessa maneira afeta a maneira como vivemos nossa
vida?

4. Como ser criado assim difere da maneira como outras


criaturas foram criadas? O que isso nos diz sobre nos-
sa importância para Deus?

5. Que responsabilidade foi dada à humanidade? O autor


da lição usa a frase: “Nos foi dada a autoridade de um
pastor, não de um comerciante.” Qual o significado
disso? Qual é a diferença de autoridade? Por que tal
autoridade foi concedida a nós? Como devemos ser
para carregar nossa responsabilidade?

23
Lição 02 Sábado, 12 de Julho de 2008

ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath

EXPLICAÇÃO
Na semana passada, iniciamos o estudo de como
Deus criou um povo. Exploramos a verdade de que Deus
criou primeiramente um mundo que sustentasse um povo.
A lição desta semana permite-nos avançar na etapa se-
guinte: ver que ele criou os seres humanos. Esta passa-
gem de Gênesis mostra o começo da História da huma-
nidade. Ao documentar a criação humana, o texto centra-
se na identidade, na posição e nas responsabilidades da-
das por Deus a nós.
Nossa identidade como ser humano baseia-se na no-
ção de que o Criador fez-nos à sua imagem. Gênesis 1:26-
27, explicitamente, relata esse conceito crucial. Uma ma-
neira direta de compreender nossa identidade humana é
dizer que fomos feitos à imagem de Deus e à sua seme-
lhança. Nós carregamos a imagem divina; conseqüente-
mente, somos filhos de Deus.
Pensar que fomos feitos à imagem e à semelhança de
Deus ajuda a compreender um ponto crítico: carregar a
imagem divina mostra que compartilhamos algumas qua-
lidades divinas fundamentais e que podemos nos comu-
nicar com ele. Entretanto, ser feito à semelhança de Deus
destaca que nós mesmos não somos Deus, porque o ter-
mo semelhança compara dois objetos distintos.
É útil contrastar a criação dos animais com a dos
seres humanos. Gênesis 1:20-25 aponta que os animais
foram criados de acordo com suas espécies. Todos eles -
criaturas do ar, do mar ou da terra - foram criados de
acordo com seus próprios tipos. Os seres humanos, en-
tretanto, foram feitos à imagem e à semelhança de Deus.
24
DEUS CRIOU A HUMANIDADE

Sim; somos parecidos com os animais em muitos aspec-


tos físicos, mas, na essência do nosso ser, somos radical-
mente diferentes deles.
Nossa identidade não é a única característica que nos
torna distintos dos animais. Nossa função neste mundo e
a responsabilidade que a acompanha servem para nos dis-
tinguir também. Gênesis 1:26-28 mostra que Deus colo-
cou seres humanos acima de todas as partes restantes de
sua criação. Nós fomos colocados acima dos peixes, dos
pássaros, dos rebanhos de animais, acima de cada criatu-
ra viva, sobre a Terra inteira! Entretanto, mais do que nos
chamar para explorar o mundo com finalidades egoístas,
o texto indica que devemos ser os guardiões do nosso
mundo. Nós somos os supervisores, não possuidores, da
criação divina. Assim, como nós estabelecemos nossa
presença na criação de Deus (“Produzi, frutificai,
multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a.”), é com essa
compreensão que somos responsáveis a Deus pelo que
nossa presença causa. Foi-nos dada a autoridade de um
pastor, não a de um comerciante.

EXPLORANDO
Além de focar nos seres humanos, a passagem de
hoje das Escrituras também focaliza Deus. A narrativa
explora alguns papéis desempenhados por ele durante a
criação dos seres humanos. Nós, primeiramente, notamos
que Deus foi o mestre de todo o processo. Era ele quem
escolhia criar seres humanos e igualmente quem determi-
nou como nos criar.
A conversa entre os membros da Triunidade
(Gênesis 1:26) revela o quanto especial foi a criação dos
homens. Uma olhada em Gênesis 1:3, 6, 9,14, 20 e 24
mostra que a toda a criação divina, desde o céu, as estre-
las, as criaturas do mar, foi realizada com vocalizações
25
Lição 02 Sábado, 12 de Julho de 2008

simples (disse Deus “haja” e ouve).


As frases repetidas iniciadas por “Haja...” foram uti-
lizadas para as ações criativas de Deus durante os dias 1 a
5 e na primeira parte do dia 6. Na segunda parte deste
dia, entretanto, quando se deu a criação da humanidade,
considera-se a chegada de um mecanismo completamen-
te diferente. Quando vem a criar o homem, Deus parece
parar para passar um tempo fazendo uma reflexão deli-
berada com os membros da Divindade.
O trecho “Façamos o homem à nossa imagem.”
(Gênesis 1:26) traz um tom completamente diferente à
narrativa. Outra vez, percebemos como os humanos são
radicalmente diferentes de qualquer outra parte da cria-
ção.
Um outro papel que Deus exerceu ao criá-los foi o
de modelo. Conforme mencionado acima, ele escolheu
criar-nos à sua própria imagem e à sua própria semelhan-
ça. Portanto, Deus escolheu a si próprio como modelo.
Isso nos lembra de nossa posição elevada sobre todas as
outras partes da criação, e igualmente nos incita a consi-
derar solenemente nossa responsabilidade para com essa
criação. Status elevado traz responsabilidades elevadas.
Finalmente, vemos que Deus teve, obviamente, o pa-
pel de criador. Gênesis 1:27, com ênfase, repete que foi
Deus quem nos criou. Não somos resultados de uma es-
colha aleatória ou fruto de um evento acidental. Nós so-
mos o resultado de um projeto deliberado, da ação do
Senhor do universo.

INCENTIVO
Anteriormente, citamos que Deus deu aos seres hu-
manos a posição mais elevada em toda a criação. Esse
status vem do fato de que nós, dentre todas as criaturas,
fomos os únicos criados à imagem de Deus. Embora não
26
DEUS CRIOU A HUMANIDADE

sejamos Deus, estamos muito próximos a ele. Isto é, fo-


mos feitos para possuir uma associação próxima com
Deus e somos chamados para representá-lo diante de sua
criação.
Assim como Deus, temos uma capacidade imensa
de amar. É conseqüentemente lógico que ele chamou cada
um de nós para ser o pastor de sua criação. Foi-nos dado
o trabalho de consolidar este mundo em que habitamos.
Isso inclui assumir/cuidar do planeta, de suas plantas, de
seus animais e de outros ocupantes humanos.
Eu acredito que alguns homens são excelentes
supervisores da criação de Deus, mas outros se tornaram
supervisores fracos. Tenho de admitir que me vejo na úl-
tima categoria... Será por enxergar este mundo como um
lugar provisório? A Terra é um lar temporário para mim,
e sua existência é provisória também. Talvez eu nunca te-
nha visto uma razão de peso para consolidar um mundo
que, eventualmente, cessará de existir.
Entretanto, à medida que estudo a criação dos seres
humanos, em Gênesis 1, sinto uma necessidade de mudar
meu caminho e minha forma de pensar. Não somente Deus
deu a mim (e a todos nós) uma posição acima do restante
da criação, como também me dotou de autoridade sobre
essa criação. Além disso, chamou-me para executar sole-
nemente essa autoridade. Portanto, devo representá-lo en-
quanto procuro consolidar o mundo. Essa é uma respon-
sabilidade enorme, e eu sinto que ela me chama para mais
fidelidade no ministério. Onde está você no espectro? É
um excelente ou um fraco supervisor da criação de Deus?
Outra faceta de como comandar a criação benevo-
lentemente é a forma como trato meus semelhantes. Em
Gênesis 9:6, Deus impôs a pena de morte para aqueles
que mataram outros seres, pois ele fizera o homem à sua
própria imagem. Isso mostra quão valioso e precioso
27
Lição 02 Sábado, 12 de Julho de 2008

Deus considera cada pessoa. Estou eu tratando cada um


com a dignidade merecida? Cada pessoa carrega a ima-
gem do Senhor do universo. Estarei dando a cada uma
delas o respeito que essa imagem merece? Como você
está se saindo em suas relações humanas?

DICAS PARA OS PROFESSORES

Objetivos das lições


1. Explorar o relato de Gênesis 1 sobre a criação da hu-
manidade.
2. Permitir que os participantes reconheçam e agradeçam
o papel de Deus na criação da humanidade.
3. Incentivar os participantes a tratarem os outros com
respeito e com dignidade, porque todos foram cria-
dos à imagem de Deus.

Atividade pedagógica
Discuta o que significa ser criado à imagem de Deus.
Que imagem Deus possui, e como os seres humanos a
refletem? Deixe os participantes trocarem informações
sobre como vêem a imagem divina refletida uns nos ou-
tros.

Olhando adiante
Procure a árvore genealógica do povo de Deus e
encontre nosso lugar nos galhos.

28
ABRAÃO, SARA E ISAQUE
Gênesis 15:5–6; 18:11–14a; 21:1–8

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS


Angie Osborn
Domingo, Isaías 51:1-5
O Senhor está nos chamando, dizendo para confiarmos nele.
Lembre-se que ele está no controle de tudo o tempo inteiro. Quando
o mundo está mal, Deus está no controle. Quando os furacões
destroem, Deus permanece no controle. Quando a vida parece
opressiva, Deus continua no controle.
Deus está no controle em todas as ocasiões ruins e nas ale-
grias que enfrentamos a cada dia. E ele chama cada um de nós a
confiar nele e a contar com seu apoio incondicional.
Segunda, Gênesis 15:1-6
Nós servimos a um Deus de promessa e a um Deus de espe-
rança.
Na mente de Abrão, sua situação era impossível. Para quem
ele deixaria suas propriedades? Como sempre, nosso Criador ti-
nha um plano. Deus é todo-poderoso e trabalha com o que parece
ser impossível. Ele fez uma promessa a Abrão: sua prole seria tão
numerosa quanto as estrelas; e ela foi!
Às vezes, não podemos compreender como Deus poderia
trabalhar em determinada situação. Nesses momentos, precisamos
ter a certeza de que ele é Deus e está no controle. Devemos ter fé
e colocar nossa confiança nele.
Terça, Gênesis 17:15-22
Nesta passagem, vemos que Abraão duvida de Deus e até ri
de seus planos. Se olharmos bem para nós, podemos achar seme-
lhança com essa atitude de Abraão. Nós podemos não rir explici-
29
Lição 3 Sábado, 19 de Julho de 2008

tamente, mas relutamos em colocar fé em Deus e em confiar nele.


É fácil tomarmos as rédeas de nossa vida por duvidarmos de que
Deus compreenda o que estamos passando.
Vemos os acontecimentos com nossa limitada visão humana
e queremos saber como Deus poderia trabalhar nesta ou naquela
situação; contudo, ele pode! Nosso criador não trabalha dentro
das nossas limitações de tempo e de compreensão. Mesmo sendo
tentados a duvidar, precisamos nos voltar para Deus, para a fé,
para a orientação e para paciência; colocando nossa vida na pal-
ma de sua poderosa mão.
Quarta, Gênesis 18:1-8
Esta seção é um bom exemplo da verdadeira hospitalidade.
Abraão viu alguns “desconhecidos em sua terra” e convidou-os a
ficarem. Como agirmos em situação semelhante? Quando um no-
vato vem à igreja, cumprimentamos calorosamente aquela pessoa
e oferecemos conforto, ou supomos que alguém o fará? Aceita-
mos de braços abertos e ajudamos o visitante a se sentir incluído?
Não é fácil ser sempre hospitaleiro, mesmo na igreja. Na
maioria das vezes, é estressante cumprimentar pessoas novas: o
que lhes diremos se nos sentirmos incomodados? Às vezes, Deus
nos chama para dar boas-vindas aos outros mesmo quando não
queremos. Se a igreja não lhes dá as boas-vindas, quem dará?

Quinta, Gênesis 18:9-15


Sara riu, por duvidar de Deus ou duvidou que pudesse ser
usada daquela maneira? Há muitos exemplos bíblicos de homens
e de mulheres que duvidam de Deus ser “grande o bastante” para
trabalhar usando-os. Contudo, ele sempre fez isso e ainda o faz
hoje!
Muitas vezes, temos interrogações quanto à forma como vi-
vemos o dia-a-dia. Talvez nossa profissão não seja aquela a qual
Deus poderia nos usar para ministrar... Quem sabe duvidemos de
ter tempo e talento necessários para a tarefa a que somos chama-
30
ABRAÃO, SARA E ISAQUE

dos a fazer...
Podemos até achar que somos incapazes de praticar o que
Deus nos chama para fazer. Mas, com oração e fé, podemos se-
guir os caminhos os quais o Senhor nos conduz, confiando que
ele fornecerá o necessário para a realização de seu propósito.
Sexta, Gênesis 21:1-8
Lendo o trecho de ontem, pareceu-nos entender que o riso
de Sara era um testamento da sua falta da fé. Como poderia uma
mulher da sua idade carregar um filho? Na passagem bíblica de
hoje, Sara ri outra vez. Dessa vez parece que todos rirão com ela!
A diferença em seu riso, agora, é que Sara está sentindo
alegria! Deus ricamente a abençoou com o filho que ela e Abraão
sempre haviam desejado. Quando o Senhor cumpriu sua promes-
sa para com o casal, a mulher encheu-se de alegria!
Da mesma forma, ele também deu alegria a cada um de nós.
Desfrute dos presentes divinos e seja grato por suas promessas.
Elogie Deus pelo seu plano e pelo sincronismo perfeitos!
Sábado, Hebreus 11:8-12
Abraão seguiu Deus pela fé. Era sempre fácil? Não! O pla-
no de Deus sempre fazia sentido? Não! Às vezes, não só ele como
suas promessas pareciam totalmente ridículas.
Como vimos em outras passagens, Abraão duvidou. Entre-
tanto, posteriormente, colocou sua confiança em Deus. Absorveu
aquela semente de mostarda de fé, tão necessária para seguir até
onde Deus o conduziu. Nosso Criador prosperamente o aben-
çoou.
Apesar de suas fraquezas, Abraão escolheu acreditar em Deus,
segui-lo, confiar em seu plano e ser obediente a ele. Isso não
garantiu que tivesse uma vida perfeita sem julgamentos, mas Deus
era fiel! Ele abençoou a obediência de Abraão e também abençoa-
rá a nossa.

31
Lição 3 Sábado, 19 de Julho de 2008

Estudo Estudo Adicional Devocional


Gênesis 15:1-5 Gênesis Isaías
18:11-14; 21:1-8 15, 18 e 21 51:1-5

Verso Áureo
“Haveria coisa alguma difícil para o SENHOR?”
(Gênesis 18:14)?

Núcleo da Lição
As linhagens familiares são tão importantes que mui-
tas pessoas passam anos traçando árvores genealógicas.
Por que o conhecimento de uma árvore familiar é tão
significativo? Para os numerosos descendentes de Abraão
e de Sara, a linhagem genealógica foi crucial. Pois, usan-
do este casal idoso e seu filho Isaque, Deus escolheu criar
a promessa divina para a raça humana.

Questões para estudo do texto

1. Qual era a idade de Abraão quando Deus prometeu-


lhe o primeiro herdeiro? Quantos anos tinha Sara?

2. Por que Sara riu inicialmente? Por que a promessa pa-


recia tão impossível a eles? Quanto tempo levou para
que fosse cumprida? Que tipo de resposta teve Sara
depois que a promessa realizou-se? Como era a mes-
ma? Em que era diferente?

32
ABRAÃO, SARA E ISAQUE

3. Por que Deus precisou trabalhar para desenvolver essa


família? O que era especial quanto a ela?

4. Quem seria abençoado pela família de Abraão? Por


que a família seria uma bênção? De que maneira seria
uma bênção?

5. O que será que Deus prometeu a você? Quanto tempo


acha que terá de esperar por suas promessas? Como
vai lidar com uma espera tão longa?

33
Lição 3 Sábado, 19 de Julho de 2008

ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath

EXPLICAÇÃO
Nesta semana, veremos como Deus selecionou al-
guns seres humanos específicos e, deles, começou a criar
um grupo especial: a família da promessa. Nossas passa-
gens bíblicas mostram que a promessa foi feita primeira-
mente a Abrão. Vemos, então, a reação de Abrão à pro-
messa divina e notamos que ele e Sara tentaram cumpri-la
com seus próprios métodos, com resultados completa-
mente insatisfatórios. Finalmente, temos o prazer de ler
sobre a realização, por Deus, de sua promessa.
Gênesis 15 fala da promessa que Deus fez a Abrão.
(Aqueles que procuram um nível mais profundo de com-
preensão devem também ler Gênesis 12; trecho no qual a
promessa fora primeiramente revelada.) A promessa é
composta de duas partes: 1) Deus prometeu que a prole
de Abrão seria muito numerosa para ser contada; 2) Tam-
bém prometeu dar a Abrão e a seus descendentes uma
terra para habitar. Ou seja, prometia um povo e um lu-
gar.
Para aqueles que querem se aprofundar nesse estu-
do, Gênesis 15 é uma narrativa muito rica. Alguns
comentadores vêem aí duas aparições de Deus a Abrão
(vs. 1-6, 7-21). Se foram ou não duas aparições separadas,
não sabemos ao certo. Contudo, parece que ele fez sua
promessa a Abrão duas vezes. (Estava ele certificando-se
de que Abrão compreendera inteiramente o prometido?)
Ambos os eventos seguem um roteiro similar: uma
declaração inaugural por Deus (vs. 1, 7), a resposta inicial
de Abrão à declaração divina (vs. 2-3, 8) e, finalmente, a
resposta de Deus a Abrão (vs. 4-5, 9-21).
34
ABRAÃO, SARA E ISAQUE

A circunstância que liga essas duas seções da narrati-


va é uma declaração, fundamental à nossa compreensão
para definirmos a família da promessa: verso 6. Relacio-
na-se a atitude (confiança em Deus) à posição (retidão
perante Deus). Durante milhares de anos, desde que a in-
dicação foi gravada em Gênesis, essa idéia de justificação
pela fé foi literalmente levada adiante em milhões de ser-
mões, em lições da Bíblia, em cartas e em apresentações
evangélicas. Por exemplo, o apóstolo Paulo - a quem al-
guns consideram o teólogo preeminente do Novo Testa-
mento - baseou-se fortemente em Gênesis 15:6, ao fazer
suas discussões sobre justificação pela graça através da fé
(por exemplo, Romanos 4, Gálatas 3).

EXPLORAÇÃO
Deus escolheu Abrão para ser o pai deste novo
povo, desta família de promessa. A idéia de os israelitas
como uma família da promessa é vista pelo menos de
duas maneiras. Primeiramente, Deus prometeu a esse
povo, começando com Abrão, que o abençoaria ao lon-
go de suas gerações: fá-lo-ia uma grande nação e dar-lhe-
ia sua própria terra. Segundo, foi somente pela promessa
de um milagre divino que a família sobreviveu além de
uma geração.
Quando Deus escolheu e chamou Abrão (Gênesis
12), ele tinha 75 anos, e sua esposa, Sarai, aproximada-
mente 65. Naquela época, o Senhor prometeu transfor-
mar Abrão em uma grande nação. Entretanto, dez anos
mais tarde (Gênesis 16), ele ainda não tinha prole alguma
e via sua esposa, de 75 anos, muito idosa para lhe dar
filhos. Conseqüentemente, fez sua própria tentativa de
cumprir a promessa de Deus, dormindo com a emprega-
da de Sarai, Hagar. (Discutiremos mais detalhadamente esse
episódio na próxima semana.)
35
Lição 3 Sábado, 19 de Julho de 2008

Na época de Gênesis 17:15-22, quando Deus pro-


meteu a Abraão (assumindo um novo nome) um filho
vindo de sua esposa Sara (também adquirindo um outro
nome), ele já completara 99 anos, e Sara, 89. É preciso,
então, perguntar por qual motivo ele riu ao ouvir tal pro-
messa? Seria literalmente um milagre se Sara concebesse
e tivesse uma criança. Essa mesma reação de riso foi exi-
bida por Sara quando também recebeu a promessa (18:
10-15). A maioria de nós recorda de Sara rindo da pro-
messa de Deus, mas devemos pensar que tanto ela como
Abraão tiveram a mesma reação. Nenhum deles creu que
Deus lhes cumpriria a promessa.
Como é maravilhoso ver, finalmente, em Gênesis
21:1- 8, a realização concreta da promessa de Deus a
Abraão e a Sara quando do nascimento de Isaque! O riso
do casal, carregado de frustração e de desespero, trans-
forma-se em um sorriso pleno de alegria! Gênesis 21:1
claramente mostra que essa foi a realização da promessa
divina, tornando possível o nascimento de Isaque. Isso
releva para nós uma noção: a comunidade que está sendo
trazida para a existência fora resultado direto do desejo e
da ação de Deus. A família de promessa não foi uma cri-
ação de uma determinação humana. O novo povo de
Deus foi resultado direto do trabalho criativo de Deus
aqui na terra.

INCENTIVO
Eu sou um seguidor de Jesus Cristo por, aproxima-
damente, vinte e cinco anos. Tirando todos os outros
membros de minha família, conheço apenas um outro
cristão: minha irmã. Eu e ela oramos pelo restante de
nossos familiares e tentamos ser pacientes, porque ainda
não vimos um deles sequer ir a Jesus. Às vezes, em minha
limitada sabedoria humana, não tenho esperança de sal-
36
ABRAÃO, SARA E ISAQUE

vação para minha família. Entretanto, preciso acreditar


que será somente com os milagres de Deus que essas pes-
soas terão fé em Cristo. Afinal, os milagres divinos foram
necessários para que eu acreditasse nele e, da mesma for-
ma, minha irmã, oito anos mais tarde.
Da mesma forma ocorre com o que é descrito nes-
tas passagens de hoje, em Gênesis. Sara, com 90 anos,
poderia conceber e dar à luz a Isaque, porque Deus reali-
zava seus milagres usando-a. Isso foi o necessário para
começar o desenvolvimento da família de Abraão: o to-
que direto de Deus em sua vida. O que é necessário para
que meus familiares creiam verdadeiramente em Deus?
O toque direto dele na vida deles. Torna-se urgente reser-
var um espaço para os milagres do Senhor em minha fa-
mília. E traz esperança! Eu percebo, agora, que tenho duas
famílias: a natural e a espiritual. Fui membro da natural
desde meu nascimento físico, mas somente conheci a es-
piritual com meu nascimento espiritual. Há uma lacuna
de vinte anos entre esses dois eventos. Minha esperança é
que os membros de minha família natural igualmente se
transformem em membros da espiritual. Entretanto, sou
tentado a me afastar de minha família natural a fim de
focar mais a espiritual. Não há algo errado em construir
vínculos com meus irmãos de fé, mas eu também devo
permanecer ligado à minha família natural. Afinal, foi
minha interação com a minha irmã biológica que a levou
a se transformar em irmã espiritual. Deus é aquele que a
alcançou, mas me usou no processo.
Como você está fazendo para trabalhar em seus re-
lacionamentos familiares naturais a fim de construir vín-
culos nas famílias espirituais? Está aberto para que Deus
trabalhe usando você?

37
Lição 3 Sábado, 19 de Julho de 2008

DICAS PARA OS PROFESSORES

Objetivos da lição

1. Contar a história de Isaque, a criança prometida por


Deus para a raça humana.

2. Imaginar a alegria que Abraão e Sara devem ter senti-


do quando Isaque nasceu, tendo eles idade tão avança-
da. Procure descrevê-la.

3. Incentivar os participantes a reivindicarem seu lugar na


família humana e dentro da família do pacto de Deus.

Atividade pedagógica
Traçar a herança espiritual de sua assembléia local,
considerando o impacto de acontecimentos, como pas-
tores precedentes, projetos de construção, missões, par-
ticipação da comunidade e outros fatos similares

Olhando adiante
Dissensão na família: o começo da animosidade e
do ódio no milênio.

38
ABRAÃO, HAGAR E ISMAEL
Gênesis 21:9-12

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS


Angie Osborn
Domingo, Gênesis 16:1-6
Sempre que tentamos realizar um feito fora do controle de
Deus, simplesmente não funciona. Sarai tomou a situação para si
e tentou “consertar” o ritmo de Deus. Não dando certo seu plano,
ficou triste com os resultados. Provavelmente, menos feliz do que
na época em que ela e Abraão não tinham filhos.
Quando algo não está funcionando da maneira como que-
remos, precisamos ser muito cautelosos quanto à forma de agir.
Devemos, então, dedicar mais tempo à oração e procurar a vonta-
de de Deus. Não podemos compreender sempre o ritmo ou o
plano do Senhor; contudo, seus caminhos são mais elevados do
que os nossos.
Segunda, Gênesis 16:7-16
Hagar estava receosa quanto a Sarai; por isso, fugiu. Isso
parecia uma atitude lógica a ser feita - até que se encontrou com
um anjo. O que o anjo do Senhor disse-lhe para fazer? “Volte à
sua senhora e sujeite-se a ela.” (v. 9, NVI)
Submeter-se à autoridade de alguém é algo que nós não fa-
zemos facilmente... De fato, a sociedade parece desafiar a autori-
dade a cada instante. Como cristãos, devemos ser como crianças,
submetendo-nos primeiramente ao Senhor e à sua autoridade so-
bre nossa vida. Ao fazer isso, ele irá nos revelar quando devemos
nos submeter aos outros e quando tomar uma posição.
Terça, Gênesis 21:9-13
Como deve ter sido difícil para Abraão ter mandando em-
39
Lição 4 Sábado, 26 de Julho de 2008

bora seu filho Ismael! Deus, entretanto, assegurou-o de que toma-


ria conta do rapaz. Abraão teve pouca escolha: pôs sua confiança
no Senhor e enviou Ismael e Hagar para seu destino.
Sendo mãe, muitas vezes me preocupo com os “E se...” que
possam ocorrer com meus filhos quando os envio mundo afora,
todos os dias. Na verdade, preocupação não leva a coisa alguma!
O melhor a fazer é colocar-me de joelhos, entregar meus filhos
aos cuidados do Senhor e confiar em seu plano para cada um
deles. Isso fará uma eterna diferença e trará paz.
Quarta, Gênesis 21:14-16
Não há muitas notícias felizes nesta passagem. Hagar está
no fundo do poço; não tem para onde ir, ninguém com que possa
contar e está convencida de que ela e Ismael morrerão. Sua situa-
ção parece totalmente insolúvel. Embora tudo pareça ir contra
Hagar, Deus assegurou a Abraão de que zelaria por ela e por
Ismael.
Às vezes, atingimos o fundo do poço. A vida parece tramar
contra nós. Torna-se mais fácil desistir e “esperar a morte” do que
voltar à luta. Quando nos sentimos assim, não há o que olhar,
exceto para cima – para o Deus do universo! Ele não desiste de
nós; conquistou a morte, tem um plano e um propósito! “Vire
seus olhos em direção a Jesus; olhe bem seu rosto maravilhoso; e
as coisas da terra estranhamente crescerão onde não havia coisa
alguma à luz de sua glória e graça.” (Helen H. Lemuel, 1922, o
hino é de domínio público.)
Quinta, Gênesis 21:17-19
Esta passagem é uma citação muito pura de como Deus sal-
va cada um de nós. Hagar não tinha esperança alguma; estava
sozinha, com medo e no deserto. Sentia-se tão oprimida e inquieta
que havia desistido da vida de seu filho. Esperava a morte. Então,
o Senhor chamou-a, conduziu-a ao bem e deu-lhe esperança para
o futuro, assim como para o de seu filho.
40
ABRAÃO, HAGAR E ISMAEL

Ele também faz isso por nós! Quando estamos perdidos e


com medo, Deus chama-nos e diz para não nos desesperarmos;
basta depositarmos nossa confiança nele. Quando esperávamos a
morte, forneceu-nos a água viva: o senhor Jesus Cristo. Ao colo-
carmos nossa confiança nele e a salvação em Cristo, podemos
estar confiantes de que iremos passar a eternidade com ele.
Sexta, Gênesis 21:20-21
Apesar de toda a “confusão” na saída de Hagar e de Ismael,
apesar das circunstâncias desesperadoras, Deus estava com eles.
Quando enfrentamos problemas e experimentamos frustrações, é
fácil sentir a falta de Deus. Tentamos tomar as situações em nos-
sas próprias mãos. Às vezes, afundamo-nos na autocomiseração e
na dor. Outras vezes, apenas desistimos.
Contudo, Deus está sempre lá. Ele não nos abandona quan-
do os tempos estão difíceis; ele permanece lá. Segura-nos e molda-
nos, esperando que voltemos para ele.
Sábado, Gênesis 25:12-18
Nós nunca sabemos o quanto de impacto estamos tendo nas
pessoas circundantes. Às vezes, sentimo-nos insignificantes.
Ismael não cresceu sob a melhor das circunstâncias; contu-
do, Deus tinha um plano para ele. A vida de Ismael, por uma
razão qualquer, era significativa o bastante para estar na Bíblia!
Obviamente, nossos nomes não terminarão no livro bíblico... Po-
rém, como Ismael, Deus tem um plano para cada um de nós e
usar-nos-á para fazer a diferença.
No dia-a-dia, como você pode fazer a diferença na vida de
outrem? Há “um ato aleatório de bondade” que você pode prati-
car para um desconhecido? Seu filho precisa de um abraço ou de
um impulso extra de incentivo? Seu cônjuge necessita de um ou-
vido que o escute e de um toque de tranqüilidade? Há alguém no
trabalho ou na escola que precise somente de um cumprimento
amigável ou de uma mão auxiliadora?
41
Lição 4 Sábado, 26 de Julho de 2008

Estudo Estudo Adicional Devocional


Gênesis Gênesis Gênesis
21:9-21 21 16

Verso Áureo
“Mas também do filho desta serva farei uma nação,
porquanto é tua descendência.” Gênesis 21: 13.

Núcleo da lição
As sementes da dissensão, freqüentemente, continu-
am a dar frutos depois de semeadas. Que exemplos con-
temporâneos podemos encontrar da dissensão de longa
data? As sementes da dissensão começaram na história
de Gênesis e continuam, hoje, entre os muçulmanos que
reivindicam Ismael como seu antepassado. E também entre
os judeus, que reivindicam Isaque.

Questões para estudo do texto

1. Como Sara tratou Hagar? Por que a tratou assim?


Como Abraão lidou com essa situação em casa?

2. Para onde foi Hagar? Como deveria estar se sentindo


durante essa época difícil de sua vida? Como Deus apro-
ximou-se dela? Qual foi a promessa de Deus a Hagar
quanto a Ismael?

42
ABRAÃO, HAGAR E ISMAEL

3. Como Deus cuidou de Hagar e de seu filho? Por que


ele teria tal cuidado com alguém que parecia não ser da
Aliança?

4. Onde Ismael cresceu? Quem seus descendentes se tor-


naram? Como se tornaram ligados aos árabes de hoje?

5. Qual é, hoje, o relacionamento existente entre cristãos,


judeus e muçulmanos, em Israel? O que (se houver algo)
está em seu poder para promover a paz?

6. Como podem os gentios serem abençoados por inter-


médio desta família da promessa, formada há muitos
milênios?

43
Lição 4 Sábado, 26 de Julho de 2008

ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath

EXPLICAÇÃO
A passagem das Escrituras desta semana trata da
dissensão na família de Abraão. A leitura devocional,
Gênesis 16, fornece um estudo adicional para a passa-
gem discutida. Ela mostra que, mesmo antes do nasci-
mento de Ismael, a ação de Abraão conduziu à dissensão.
Gênesis 16:4 revela que, quando Hagar soube de sua gra-
videz com Abraão, ela começou a desprezar a esposa de
Abraão, Sara. Isso levou Sara a maltratar Hagar e, então,
Hagar fugiu de Sara. É interessante notar que Abraão não
foi a única pessoa a receber uma promessa de Deus a
respeito de seus descendentes. A própria Hagar recebera
uma promessa parecida. Em Gênesis 16:9-12, lemos que
Deus prometeu a ela muitos descendentes, e que eles seri-
am muito numerosos para se contar. Isso soa muito pare-
cido com a promessa dada pelo Senhor a Abraão (Gênesis
15:1-5).
Entretanto, a segunda parte da promessa de Deus a
Hagar não era tão maravilhosa assim... Ismael teria uma
personalidade divisória; as pessoas estariam contra ele, e
ele viveria em hostilidade com os irmãos.
Na passagem de hoje, vemos a dissensão começan-
do a aparecer após o desmame de Isaque. Gênesis 21:8-
11 diz que, quando Ismael tinha aproximadamente 17 anos
e Isaque, 3, Ismael começou a zombar do irmão. A rea-
ção de Sara serviu, então, para promover a tensão dos
relacionamentos. Ela chamou Ismael de “o filho dela” (re-
ferindo-se a Hagar) e chamou Isaque de “meu filho” (V.
10). Assim, ela iniciou uma enorme divisão entre os dois
(e entre Hagar e ela mesma). A conseqüência fica eviden-
44
ABRAÃO, HAGAR E ISMAEL

te: muita dor pessoal a Abraão, pois ele considerava tan-


to Ismael como Isaque “seus” filhos (v. 11).
O que vemos aqui é a criação de duas linhagens dife-
rentes dentro da família de Abraão. Os descendentes de
Isaque (vindos de Jacó) tornar-se-iam conhecidos como
judeus; os descendentes de Ismael, como árabes. Duran-
te toda a sua história, essas duas linhagens familiares fo-
ram opostas. Essa oposição é o legado infeliz da tentati-
va de Abraão de cumprir a promessa de Deus usando
sua própria força.

EXPLORAÇÃO
Conforme discutimos na semana passada, Deus es-
colheu seres humanos específicos e, a partir deles, come-
çou a criar um grupo especial: a família da promessa. E
escolheu Abraão para ser o pai desta família.
Ele também deixou claro que essa linhagem familiar
existiria a partir do filho de Abraão, Isaque (Gênesis 17:21;
21:12). Entretanto, o que Deus faria com o outro filho,
Ismael? Afinal, este nasceu por causa de uma decisão er-
rada por parte de Abraão e de Sara. Alguns até diriam
que Ismael nasceu por causa do pecado de Abraão. Ele
não era parte do plano original de Deus para este novo
povo. Como teria sido fácil para o Senhor simplesmente
apagar o erro de Abraão, deletando Ismael da história da
humanidade! O Deus que nós conhecemos, entretanto,
não trabalha dessa maneira. Em vez de alterar a História,
ele trabalha com o seu decorrer. Assim, não baniu Ismael;
ele abençoou-o. Gênesis 25:12-18 fornece a narrativa de
Ismael e de seus descendentes. Vemos, então, que Deus
cumpriu a promessa feita a Hagar de que seus descen-
dentes seriam muito numerosos de contar (Gênesis 16:10;
cf. Gênesis 21:13,18).
Devemos notar que Deus permite que a história da
45
Lição 4 Sábado, 26 de Julho de 2008

humanidade continue apesar das escolhas erradas, e ele


também autoriza que as conseqüências dessas escolhas
erradas continuem. A oposição entre descendentes de
Isaque e descendentes de Ismael é um grande exemplo
disso. Até os dias de hoje, a grande inimizade entre ju-
deus e árabes é evidentemente percebida em aconteci-
mentos diários. Isso traz uma pergunta importante. É
possível para não-judeus (gentios) receber algumas bên-
çãos que Deus deu aos judeus? Como cristãos, acredita-
mos que a resposta é um ressonante “sim!” A bênção mais
profunda que um gentio pode receber de Deus é o relaci-
onamento com ele. Se somos judeus ou gentios, esse rela-
cionamento é obtido da mesma maneira: pela fé. Abraão,
o pai dos judeus, foi considerado justo à vista de Deus
por causa de sua fé no Senhor (Gênesis 15:6). Os gentios
são também justificados perante Deus se têm fé em Jesus
Cristo como seu salvador (Romanos 4:1-25).

INCENTIVO
Como Batistas do Sétimo Dia, nós também somos
cientes de uma outra surpreendente bênção que Deus nos
deu: o sábado. É uma vergonha que a maioria dos cris-
tãos pareça ter perdido tal bênção! Em razão de terem se
tornado legalistas (defendendo a salvação pelas obras),
muitos perdem a bênção proveniente da lei. Certamente
somos abençoados pela lei, porque nos mostra como
Deus criou este mundo.
O sábado, por exemplo, é uma faceta da composi-
ção temporal deste mundo, incluindo nossos próprios
corpos. Alinhar nossa vida com a lei pode nos abençoar;
fazendo assim, estamos alinhando nossa vida à realidade.
Guardar o sábado é uma maneira de assegurar que esteja-
mos usando nosso corpo da maneira como foram proje-
tados para serem usados. Para ser claro, nós Batistas do
46
ABRAÃO, HAGAR E ISMAEL

Sétimo Dia não olhamos para a lei para nos salvar; afinal,
somente Jesus Cristo pode salvar. Entretanto, guardar a
lei, incluindo a observância do sábado, é uma bênção.
Essa é uma liberdade nossa: a habilidade de receber
a bênção da lei, porém de rejeitar sua maldição. Paulo
usou a história de Abraão, de Isaque e de Ismael para dis-
cutir essa idéia com os cristãos, em Galácia, há mais de
dois mil anos (Gálatas 4:21-31). Alguns povos, conheci-
dos como judaizantes, tentavam tirar a liberdade dos ir-
mãos de Gálatas em Jesus Cristo.
Diziam que os crentes, em Gálatas, seriam justos aos
olhos de Deus somente se obedecessem à lei do Antigo
Testamento, além de manterem a fé em Jesus. Paulo forte-
mente refutou seu ensinamento usando a ilustração de
Ismael e de Isaque. Ismael nasceu de maneira ordinária,
pelo ventre de Hagar. Isaque, entretanto, nasceu como
resultado de uma promessa. Era somente por meio da
promessa divina que o ventre de 90 anos de Sara poderia
dar nascimento a um filho.
Paulo disse que nós também, como Isaque, somos
filhos nascidos de uma promessa. Tornamo-nos filhos de
Deus não por cumprirmos as exigências da lei (da manei-
ra comum); mas porque recebemos a promessa divina - a
salvação pela fé em Jesus Cristo. Toda pessoa pode rece-
ber tal promessa. Mesmo um descendente de Ismael é
qualificado para receber essa bênção. Recorde a afirma-
ção de Deus de que sua linhagem familiar dar-se-ia a par-
tir do filho de Abraão, Isaque. Pela fé em Jesus, alguém
que não é descendente natural de Isaque pode se transfor-
mar em descendente de Isaque: um descendente nascido
da promessa de Deus.

47
Lição 4 Sábado, 26 de Julho de 2008

DICAS PARA OS PROFESSORES

Objetivos da lição

1. Examinar a promessa de Deus a Ismael, o filho de


Abraão e de Hagar.

2. Ajudar os participantes a refletirem sobre o cuidado


contínuo de Deus para com Ismael e para com Hagar.

3. Conduzir uma discussão sobre a convivência atual en-


tre cristãos, judeus e muçulmanos, em Israel.

Atividades pedagógicas
Ver, em Gálatas 4:21-31, uma aplicação deste texto
no Novo Testamento.
Trazer recursos que forneçam informações atuais
sobre o relacionamento dos judeus e dos muçulmanos
em Israel. Incentivar a classe a usar esses recursos em pe-
quenos grupos de discussão durante o período da aula.

Olhando adiante
Deus faz um caminho para que a linhagem familiar
de Abraão continue.

48
ISAQUE E REBECA
Gênesis 24: 34–40, 42–45, 48

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS


Angie Osborn

Domingo, Gênesis 24:1-9


No casamento, é importante haver uma “união por
igual”. Abraão reconheceu isso e quis ter certeza de que
Isaque teve a oportunidade de se casar com alguém de fé
semelhante. Ele quis que o filho pudesse continuar a he-
rança do Senhor que o criou.
Hoje, é um pouco mais difícil ter a certeza de que nos-
sos filhos farão boas escolhas quanto a um cônjuge. Não
podemos arranjar ou escolher um esposo (a) ou mesmo seus
amigos; mas nós podemos orar! Não conseguimos contro-
lar todas as escolhas que nossos filhos fazem, porém pode-
mos colocá-los nas mãos do Pai e orar para que os guie,
supra e forneça-lhes um futuro brilhante; o que quer que
isso possa conter!

Segunda, Gênesis 24:10-21


O servo de Abraão orou por orientação e por um sinal
definitivo de modo que soubesse a vontade de Deus. Em
resposta, o Senhor deu-lhe um sinal muito claro de que
Rebeca era “esse sinal”.
Infelizmente, Deus nem sempre nos dá sinais claros
quando procuramos sua vontade. Eu, freqüentemente, de-
sejo que ele desça e diga o que eu devo fazer! Deus usa o
empurrão suave do Espírito Santo. Ele deu sua Palavra.
Fala a nós por intermédio de sua criação e de seu povo. Às
vezes, não responde imediatamente, mas pede que espere-
mos pacientemente por ele.
49
Lição 5 Sábado, 02 de Agosto de 2008

Terça, Gênesis 24:22-27


Freqüentemente, em nossa sociedade imediatista, pro-
curamos respostas rápidas e, então, passamos à necessida-
de seguinte. Às vezes, essa mentalidade também afeta a
nossa vida espiritual. Queremos respostas de Deus, rapida-
mente! E, quando as obtemos, mesmo se não gostamos do
que ele diz, tiramos um momento para lhe agradecer? Real-
mente adoramos e louvamos nosso Senhor por sua provi-
são, por sua misericórdia e por seu poder em nossa vida?
Reserve um tempo, hoje, para adorar ao Senhor pelas con-
quistas grandes e pequenas e por suas respostas a suas ora-
ções!

Quarta, Gênesis 24:28-32


Labão cumprimentou o servo de Abraão com o cora-
ção cheio de amor. Ele abriu seu lar e, calorosamente, deu
boas-vindas ao servo. Podia “ver” que o servo era alguém
do Senhor. Quando as pessoas o vêem, podem elas dizer a
quem você serve?
Como cristãos, somos chamados a vivermos um estilo
de vida diferente. Enquanto o mundo ao nosso redor se
esforça para obter dinheiro e poder, somos chamados a nos
doar aos outros e a nos submeter ao Senhor. Enquanto o
mundo atola-se cada vez mais no mal e no ódio, somos cha-
mados a amar. Enquanto o mundo grita em desespero, te-
mos esperança.
Às vezes, é difícil ser embaixador de Cristo na terra. É
fácil ficar distraído por causa das atrações deste mundo e
ser tentado a ceder a elas. Entretanto, como cristãos, deve-
mos nos destacar. As pessoas devem estar aptas a verem
em nossa vida cotidiana que servimos ao Deus vivo – um
Deus de esperança e de amor; um Deus sempre justo.

Quinta, Gênesis 24:33-41


O servo de Abraão foi enviado em uma missão. Ele
50
ISAQUE E REBECA

levou-a a sério e a cumpriu cabalmente. Seguiu as direções


do seu senhor e contou com a força e com a sabedoria de
Deus.
Diariamente, uma missão é dada a cada um de nós.
Pode ser o trabalho que você faz; podem ser as pessoas
com quem você trabalha diariamente... Sua missão pode
ser cuidar de crianças em casa ou tratar de pais idosos. Qual-
quer que seja ela, cumpra-a cabalmente. Confie nas dire-
ções de seu Mestre; conte com a força do Senhor. E implo-
re por sua sabedoria e por benevolência.

Sexta, Gênesis 24:42-51


Após ser enviado ao que parecia uma missão impossível, o
servo de Abraão foi bem-sucedido. Com a orientação e a provisão
do Senhor, encontrou a esposa de que Isaque necessitava.
Nesta passagem, você pode quase ouvir sua animação en-
quanto faz a Labão o testemunho da viagem. Ele deixou claro que
Deus estava no controle da situação e fez sua vontade.
Cada um de nós tem um testemunho a compartilhar. Pode-
mos animadamente contar aos outros o que o Senhor está fazen-
do em nossa vida. Ele está trabalhando hoje, mostrando seu poder,
sua misericórdia, seu amor e sua salvação. Compartilhe as boas
notícias sobre sua última aventura com alguém!
Sábado, Salmo 100
Hoje é sábado; um dia tido como sagrado - um dia que Deus
abençoou desde o começo dos tempos e reservou como especial.
Reserve um tempo para agradecer ao Senhor por tudo que ele fez
em sua vida. Desfrute de sua grandeza. Contemple a fidelidade do
Senhor com seus filhos ao longo das gerações. Louve o Senhor
por abrir caminho através de Jesus Cristo para que nós encontre-
mos o perdão, a salvação e a vida eterna com ele. Tenha uma
atitude de alegria assim que entrar na igreja e na escola sabatina.
“Entrem por suas portas com ações de graças, e em seus átrios,
com louvor; dêem-lhe graças e bendigam seu nome.” (v. 4, NVI)
51
Lição 5 Sábado, 02 de Agosto de 2008

Estudo Estudo Adicional Devocional


Gênesis Gênesis Salmo
24:34-48 24 100

Verso Áureo
“E inclinando-me adorei ao SENHOR, e bendisse
ao SENHOR, Deus do meu senhor Abraão, que me ha-
via encaminhado pelo caminho da verdade para tomar a
filha do irmão de meu senhor para seu filho.” (Gênesis
24: 48)

Núcleo da lição
As situações, freqüentemente, parecem desafiadoras;
contudo, com o poder criativo de Deus, o impossível
torna-se possível. Em quais situações comuns Deus atua?
Quando o servo de Abraão procurou uma esposa para
Isaque, entre os parentes em Harã, ele imediatamente re-
conheceu Rebeca como a mulher adequada. Então, agra-
deceu a Deus por conduzi-lo rapidamente a ela.

Questões para estudo do texto


1. Abraão aproximava-se do fim de sua vida. Que evento
referente a seu filho Isaque era importante ele ver acon-
tecer? Por que precisava ver acontecer, ao invés de sim-
plesmente ter fé de que o fato pudesse acontecer de-
pois de sua morte?

2. Que medidas Abraão tomou para encontrar uma es-


posa para Isaque? Por que ele não a encontrou dentre
52
ISAQUE E REBECA

os povos locais? Por que não enviou Isaque de volta à


sua terra natal para encontrar uma esposa? Por que um
servo foi enviado?

3. Como o servo sentiu-se quanto à sua tarefa? Que pla-


nos fez? Que medidas ele tomou para cumprir a mis-
são?

4. Como Rebeca respondeu à escolha para ser esposa de


Isaque? Por que ela estava tão disposta a ir?

5. Como essa história de arranjar o casamento entre Isaque


e Rebeca serve de exemplo de um trabalho de Deus
quanto às escolhas humanas?

6. Que missão Deus está lhe enviando? De que maneiras


criativas você já viu o trabalho de Deus em sua vida a
fim de realizar seus propósitos?

53
Lição 5 Sábado, 02 de Agosto de 2008

ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath

EXPLICAÇÃO
Durante as últimas semanas, temos discutido como
Deus criou um grupo especial de pessoas, a família da
promessa. Ele escolheu Abraão para começar o grupo.
Foi a fé de Abraão em Deus que permitiu a sobrevivên-
cia desta nova família para além de uma geração. Ocor-
reu um milagre (realização direta de Deus de sua pro-
messa), levando Sara, com 90 anos, a gerar um filho,
Isaque, para Abraão, a essa altura, com 100 anos.
A passagem bíblica de hoje, de Gênesis 24, serve
como transição: nossa atenção desloca-se um pouco da
geração de Abraão em direção a Isaque e à sua descen-
dência. Parecia que a família da promessa necessitava de
um outro milagre. Como foi visto, Abraão tinha idade
bem avançada (Gênesis 24:1), e Isaque ainda não come-
çara a produzir a próxima geração. Portanto, precisava
de uma esposa. O texto analisado mostra como Abraão
garantiu a resolução desse problema.
Há quatro personagens principais aí: Abraão, seu
servo (que não recebe um nome), Rebeca e Isaque. Cada
um teve de tomar decisões críticas para a sobrevivência
continuada desse grupo. Foi a fé em Deus que lhes per-
mitiu escolherem obedientemente e de, então, seguirem
suas escolhas.
Uma olhada no capítulo 11 de Hebreus, “a galeria
de heróis” da fé, mostra que Abraão precisou tomar
muitas decisões que foram permitidas somente por sua
fé em Deus. Hebreus 11:17-19, por exemplo, diz que
Abraão podia responder na obediência quando Deus
pediu que sacrificasse Isaque, o filho da promessa. Sob
54
ISAQUE E REBECA

uma perspectiva humana, era uma situação incrivelmente


absurda que ele tivesse sido convidado a matar seu pró-
prio filho, justamente quem poderia preservar a linha da
família! Entretanto, sua confiança em Deus levou-o do
absurdo à vitória.
Se Deus tinha abençoado Isaque com a vida, não
poderia também o abençoar com uma esposa? Aparen-
temente essa era a lógica de Abraão, pois, neste texto de
hoje, vemos sua recusa em procurar a solução mais fácil
ao ser confrontado com a falta de uma esposa para o fi-
lho. Ele poderia ter selecionado uma esposa entre muitas
mulheres cananitas da área, mas isso estragaria a linha-
gem pura dos povos de Deus. E ainda mais: se estava tão
preocupado com a linhagem da mulher, Abraão poderia
ter enviado Isaque de volta a seus parentes, em sua antiga
terra natal. Certamente, assim, ele teria garantido uma
esposa aceitável para o filho. Entretanto, isso poderia ter
permanentemente removido Isaque da terra da promes-
sa; um risco que Abraão não estava disposto a correr.
Como poderia Abraão,então, recrutar uma esposa para
o filho sem enviar o próprio para fazer o recrutamento?

EXPLORAÇÃO
Gênesis 24:1-9 mostra que Abraão podia alinhar sua
família com a promessa de Deus, porque podia confiar
nele. Assim, pediu que seu servo principal fizesse o que
parecia ser impossível: viajar 800 km, encontrar uma
mulher apropriada para Isaque, convencê-la a se casar
com um homem que nunca havia visto e trazê-la para ele.
A natureza impossível dessa tarefa não foi perdida
pelo servo de Abraão, pois ele já planejava as contingên-
cias antes mesmo de partir (V. 5)! Algo mais importante,
entretanto, não foi perdido pelo servo: a fé persistente de
Abraão em Deus (V. 7). A fé pareceu mover esse homem,
55
Lição 5 Sábado, 02 de Agosto de 2008

pois ele incluiu Deus diretamente no processo de reco-


nhecimento da mulher adequada para Isaque (vs. 12-14).
Notamos que o Deus a quem nós servimos não é, com
certeza, o mesmo que este homem serviu, pois o servo
estava orando ao “Deus de meu mestre Abraão.” (V. 12)
Isso destaca ainda mais a natureza difícil da tarefa
que compeliu o servo de Abraão a procurar a ajuda de
um Deus que aparentemente não era o seu próprio. Ob-
serve também que, nos versos 26, 27 e 48, ele foi muito
longe ao louvar publicamente o Deus de seu mestre
Abraão. A lealdade de Deus impactava-o definitivamen-
te, fazendo-o tomar as decisões que permitiram a conti-
nuação da família da promessa.
Devemos pensar, talvez, que o servo somente tenha
feito isso nessa situação. Uma vez que havia reconhecido
a mulher adequada para Isaque e havia transmitido a ela a
importância de aceitar o convite, a decisão estava com
ela. Assim, nossa atenção direciona-se a Rebeca: iria ela
também escolher alinhar sua vida à promessa de Deus?
Nossa resposta vem com o resultado de um teste (vs. 54-
58). Na manhã seguinte, depois que o acordo foi feito, o
irmão e a mãe de Rebeca pediram um tempo adicional
para que a moça permanecesse com sua família. O servo
de Abraão estava impaciente para retornar. Contudo, as-
sim que a pergunta foi diretamente feita a Rebeca - “Você
irá com este homem?” (V. 58) -, sua aceitação foi imedia-
ta, com um simples: “Eu irei” (V. 58). Sua resposta mos-
tra que ela renunciara a si própria para alinhar sua vida à
família da promessa.
O passo final nesse elaborado processo veio quan-
do Isaque entrou na narrativa (vs. 62-67). Ele teve uma
rápida experiência de fé ao ouvir o servo de seu pai teste-
munhar da maravilhosa lealdade de Deus (V. 66). Então,
nós não ficamos surpresos ao ver Isaque alinhar-se à fa-
56
ISAQUE E REBECA

mília da promessa, aceitando Rebeca como sua esposa.

INCENTIVO
A todo instante, a família de Deus tem se mostrado
uma geração longe de ser destruída. Era crítico que
Abraão e Sara tivessem uma criança para continuar a li-
nhagem. Era fundamental que Isaque igualmente tivesse
seu próprio filho para continuar a mesma linha familiar.
A história seguiu seu caminho até a nossa geração; agora,
nós enfrentamos a mesma necessidade crítica: criar as cri-
anças que continuarão a linhagem de família de Deus.
Quando se fala em família de Deus, geralmente não
estamos pensando em criar descendentes físicos de
Abraão. Por causa da aparição de Jesus Cristo na história
da humanidade, a família de Deus é estendida se os indi-
víduos escolhem se alinhar a Jesus, confiando que ele é
seu salvador e redentor. Por causa disso, nosso papel é
compartilhar o Evangelho com os povos, na esperança
de que se transformem em uma parte da família da pro-
messa.
É surpreendente pensar que Deus dá a cada um de
nós o privilégio de trabalharmos ao seu lado nos campos
da colheita. Temos a honra de proporcionar um impacto
eterno na vida daquelas pessoas que nos cercam: os mem-
bros da nossa família, nossos colegas de escola, colegas
de trabalho, vizinhos, etc. Assim como Abraão deu a seu
servo a tarefa extremamente importante de encontrar uma
esposa para seu filho, nosso Pai deu-nos a tarefa de pro-
curar pessoas para juntarem-se à sua família.
Eu lembro a fé dos personagens principais da narra-
tiva estudada. Por terem acreditado que Deus poderia
fazer o impossível, puderam alinhar-se às suas famílias
com as promessas de Deus.
Que desafios humanamente impossíveis você está
57
Lição 5 Sábado, 02 de Agosto de 2008

enfrentando nesta semana, neste mês, neste ano? Sua fé


em Deus permite que se arrisque como o servo de Abraão
e como Rebeca? Muitas pessoas também dependem de
você para fazerem isso!

DICAS PARA OS PROFESSORES

Objetivos da lição

1. Revisar a história da união de Isaque e de Rebeca que


continuou a esperança de Deus em criar um povo a
partir dos descendentes de Abraão e de Sara.

2. Ajudar os participantes a afirmarem que o poder cria-


tivo de Deus está trabalhando na vida deles.

3. Incentivar os participantes a procurarem a orientação


de Deus.

Revisando
Nós vimos Deus como criador e, a seguir, exploramos
a continuidade da família da promessa de Abraão a
partir de Ismael, de Isaque e de Rebeca.

58
ESAÚ E JACÓ COMO RIVAIS
Gênesis 25:19–34

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS


Stephanie Sholtz

Domingo, 1 Coríntios 1:26-31


A sabedoria humana insiste em dizer que Deus irá que-
rer o maior, o mais poderoso e influente que o mundo tem a
oferecer. Mas Deus diz claramente que nossos pensamen-
tos não são os seus; e seus caminhos não são os nossos
(Isaías 55:8). Deus escolhe fazer coisas que confundem a
sabedoria humana. Dessa maneira, não há duvida alguma
para quem a glória deva ir. Ele dá presentes incompreensí-
veis da benevolência de sua graça e da misericórdia, mas
devemos ser humildes a fim de aceitá-los.

Segunda, Gênesis 24:50-61


O servo de Abraão tinha recebido uma tarefa, e seu
foco não estava em seu próprio conforto, nem na vontade,
mas na conclusão da tarefa atribuída a ele. Sua devoção
exigia que ele fosse determinado.
Como deve ser fácil distrair-se do trabalho de nosso
mestre! Às vezes, estamos ocupados, ou queremos fazer
outra atividade, ou obstáculos entram em nosso caminho.
Não importa quais as circunstâncias, Deus chama-nos ao
tipo de foco e à lealdade demonstrados pelo servo de
Abraão.

Terça, Gênesis 24:62-67


Muitas vezes somos tocados por Deus de forma ines-
59
Lição 6 Sábado, 09 de Agosto de 2008

perada. A única família de Isaque eram seus pais, e sua mãe


havia partido. Um servo foi enviado para encontrar-lhe uma
noiva, mas Isaque fora proibido de ir com ele. É possível
que Isaque tenha se afligido e se sentido sozinho, indagan-
do-se sobre o que iria lhe acontecer. Ele pode ter saído para
o campo para meditar sobre esses acontecimentos, ou tal-
vez fosse seu hábito passear pelo campo neste horário.
Qualquer que tenha sido o caso, Deus usou a situação para
permitir que Isaque encontrasse a caravana de retorno, o
que lhe trouxe conforto.

Quarta, Gênesis 25:19-23


Este é um exemplo de como Deus não é limitado
pela sabedoria e pelas convenções do mundo. Quando o
texto foi escrito, as pessoas esperavam que a criança do
sexo masculino e mais velha recebesse uma parcela em
dobro da herança e, assim, se transformasse em chefe da
família com a morte do pai.
As palavras de Deus a Rebeca mostram que ele pre-
tendeu, desde o começo, que o mais novo fosse o líder
da família. Deus não é limitado por costumes da terra; ao
contrário, ele tem um plano de amor para cada um de
seus filhos – um plano que os glorificará.

Quinta, Gênesis 25:24-28


Esta passagem traz à mente muitas discussões e bata-
lhas que eu tive com meus próprios irmãos durante vários
anos. Quando éramos crianças, nossas diferenças
freqüentemente causavam conflitos. “Faça desta maneira.”,
“Isso não é justo!” ou “Você é o preferido!” eram comentá-
rios ouvidos regularmente em nossa casa.
Hoje, Deus revelou um plano único para cada um de
nós, e nossas diferenças tiveram importante papel nisso.
Agora como adultos, podemos usar nossas diferenças para
60
ESAÚ E JACÓ COMO RIVAIS

nos ajudarmos e apoiarmos uns aos outros, pois, reconhe-


cemos seu valor. Quão freqüentemente desvalorizamos a
importância das situações e dos acontecimentos devido às
nossas preferências individuais?

Sexta, Gênesis 25:29-34


Como irmão mais velho, Esaú deveria receber uma
parcela em dobro da herança junto ao direito de ser o chefe
da família. Sua vontade de desistir disso por uma prato de
guisado demonstra quão pouco valor ele colocou em algo
de grande importância! Deus havia prometido formar uma
nação escolhida usando os descendentes de Abraão e de
Isaque. O direito de primogenitura de Esaú privilegiou-o
para que ele fosse o chefe desta nação, mas ele desprezou
esse direito.
E nós? Quantas vezes nos afastamos das coisas de
Deus por algo que é infinitamente menos significativo?

Sábado, Gênesis 27:30-40


Era a intenção de Deus que Esaú servisse a Jacó. Esaú
ajudou nesse processo, desistindo e desprezando seus
direitos de primogenitura. Quando ele percebeu a reali-
dade de sua situação, mudou de atitude e culpou Jacó.
Ficou irritado e sentiu pena de si mesmo.
É fácil responsabilizar os outros por problemas nos-
sos ou fugir de nossa própria responsabilidade. Nós es-
colhemos esse caminho para esconder a própria vergo-
nha, e esse comportamento geralmente leva ao ressenti-
mento e à autopiedade. Em vez de responsabilizar os
outros e negar nossa responsabilidade, devemos trazer
nossa vergonha, nossos problemas e nossos erros peran-
te o trono de Deus. Ele oferece remissão, aceitação, ori-
entação e conforto.

61
Lição 6 Sábado, 09 de Agosto de 2008

Estudo Estudo Adicional Devocional


Gênesis Gênesis 1 Coríntios
25:19-34 25 1:25-31
Verso Áureo
“E o SENHOR disse-lhe: duas nações há no teu ven-
tre, e dois povos dividir-se-ão das tuas entranhas, e um
povo será mais forte do que o outro povo, e o maior
servirá ao menor.” (Gênesis 25:23)

Núcleo da lição
Irmãos discordam desde os dias de Caim e de Abel.
Quais são as raízes dos conflitos familiares, especialmen-
te da hostilidade entre irmãos? A história de Jacó e de
Esaú revela que a rivalidade começou no nascimento e
continuou até a vida adulta quando Jacó persuadiu Esaú a
vender seus direitos de primogenitura.

Questões para Estudo do Texto.


1. Que semelhança a união entre Isaque e Rebeca tem com
a de Abraão e Sara? Como Isaque lidou com a situa-
ção? Como o Senhor respondeu a ele?

2. O que Deus previu que aconteceria às crianças no ven-


tre de Rebeca? Como isso diferiu das convenções so-
ciais e das expectativas para as crianças? Como as futu-
ras gerações seriam afetadas?

62
ESAÚ E JACÓ COMO RIVAIS

3. Que diferenças físicas permaneceram entre Esaú e Jacó?


Quem era mais habilidoso e melhor enganador: o fa-
lante Esaú ou o quieto Jacó? Que fatores contribuíram
para que eles fossem assim? Como seus pais agrava-
ram suas diferenças e levaram a essa grande rivalida-
de?

4. Como Deus usou suas fraquezas humanas para


enquadrá-los no plano que possuía para eles?

5. A ceia de sopa de lentilha era um evento divisório e foi


a causa para a dissensão entre os irmãos. Compare essa
refeição com a descrição da Ceia do Senhor, em 1
Coríntios 11. De que forma ela foi usada como um
evento divisório na igreja? Como Paulo definiu, prefe-
rencialmente, uma Ceia de reconciliação?

63
Lição 6 Sábado, 09 de Agosto de 2008

ENTENDENDO E VIVENDO
Paul Andries
Há quatro fatores que contribuem para a rivalidade
entre irmãos. O primeiro é o pecado; ele coloca-nos em
competição com o outro por causa de orgulho, de inve-
ja, de insegurança e de falta de lealdade. Quando os pais,
o segundo fator, indicam abertamente a preferência ou
há falta de disciplina, isso freqüentemente contribui para
pensamentos, atitudes e ações negativas entre os mem-
bros da família. Isaque e Rebeca mostraram claramente
isso (V. 28).
As crianças são o terceiro fator; naturalmente desa-
fiadoras, desafiarão e/ou investigarão cada situação, re-
gra, pessoa ou coisa; nada parece ser sagrado para elas. A
criança obstinada ama um desafio e pode mesmo viver
para ele. O último elemento são as influências externas -
avós, primos, gostar ou não gostar de algo – tudo pode
fazer com que a rivalidade entre em erupção.
A rivalidade é uma expressão direta da busca pelo
poder e pela supremacia, pelo domínio e pela posição
alfa. Vemos, no verso 22, que Rebeca estava não somente
grávida de gêmeos, como também rivalizando nações.
Sentindo a importância da gravidez, ela inquiriu ao Se-
nhor.
A resposta do Senhor não era exatamente o que ela
pensava, pois esperava que Deus fosse verdadeiro. Des-
de então, ela expressou um contraste dramático entre as
crianças. Primeiramente, os filhos seriam pessoas de dois
tipos. Esaú, o ruivo, peludo, que nascera primeiro, tor-
nou-se um esperto caçador (vs. 25, 27). Jacó, o de pele
lisa, segundo a nascer (27:11 ), preferia viver em barracas
(vs. 25, 27). Em segundo, eles transformar-se-iam em duas
nações: Esaú foi chamado mais tarde de Edom (25: 30;
64
ESAÚ E JACÓ COMO RIVAIS

32:3) e tornou-se pai dos edomitas (36: 9). O nome de


Jacó foi mudado para Israel (32: 28), e transformou-se no
pai dos israelitas (32: 32; 35:10 - 12). Em terceiro lugar,
mostraram força em áreas diferentes da vida. Esaú era
visto como aquele que possuía força física – forte, áspe-
ro, bronzeado, amante dos campos e da vida agitada.
Todos sabiam o que pensava. Jacó era visto como um
homem de força espiritual. E, provavelmente, ninguém
conhecia exatamente seus pensamentos. Havia, sem dúvi-
da, algo para Rebeca experimentar: a constante disputa
pela posição dentro do ventre. Contudo, testemunhar o
mais novo filho segurar o calcanhar de Esaú na hora do
parto (V. 26) não deixou dúvida alguma de que esses
meninos não eram gêmeos comuns!
Os dois tinham natureza competitiva. Todavia, não
parece que Isaque ou Rebeca fizeram muito para promo-
ver a unidade entre eles. Podem, ao contrário, até mesmo
ter contribuído para a rivalidade existente. Rebeca não
compreendia a natureza da batalha dos meninos, e Isaque
deve ter entendido como uma desagradável guerra fami-
liar – já que ele mesmo, anos antes, era parte de uma dis-
puta com o irmão mais velho, Ismael (16: 11-12; 21:9 -
11). Cada pai tornou conhecida o filho de sua escolha (V.
28). Isaque escolheu Esaú – o viril que nasceu primeiro –
aquele com quem podia falar de caçadas, pescarias, es-
portes, sair, conversar, rir e divertir-se. Rebeca optou pelo
silêncio de Jacó, o filho obediente. Era com quem podia
conversar e influenciar de acordo com seus desejos. Tor-
nou-se o menino da mamãe – não de uma maneira nega-
tiva, mas como uma criança estimada pelo coração ma-
terno.
Somos todos únicos – até membros de uma mesma
família. Eu posso recordar, observando meu primeiro
filho, há quinze anos: ele era feliz, quieto e obediente. Um
65
Lição 6 Sábado, 09 de Agosto de 2008

amigo da família, um dia, cometera o erro de falar para


minha esposa que “Nós não éramos muito parecidos.”.
Então, ficamos incomodados que um “amigo” questio-
nasse minha habilidade e a de minha esposa, como bons
cristãos, em duplicar nosso filho anterior. Que absurdo!
Aproximadamente quatro anos mais tarde, nosso
segundo filho demonstrou-nos rapidamente que era real-
mente diferente do primogênito. Ele mexia, movia, per-
guntava e comia tudo muito rápido. Este mesmo “ami-
go” foi nosso convidado em casa quando o segundo fi-
lho tinha dois anos. Eu não posso recordar exatamente o
que tinha acontecido, mas o convidado e a criança troca-
vam toques, e nenhum queria ser o receptor do último. O
adulto finalmente disse com autoridade: “Não me toque
outra vez.” Meu filho caçula olhou em sua direção en-
quanto se afastava lentamente. Uns dez minutos depois,
ele retornou ao campo de batalha e, com os mesmos olhos
brilhantes, tocou suavemente o oponente como se disses-
se mudamente: “Eu consegui o último toque.”. Essa cena
ficou gravada para sempre em nossa mente! A criança
não tomara o último toque, mas o deu. Ele confirmava
que era diferente do irmão mais velho.
Como pais, devemos reconhecer que cada um de
nossos filhos é único. Com orientação do Espírito, preci-
samos moldar suas personalidades para serem indivídu-
os produtivos, honestos e moralmente corretos. Por esta
passagem estudada hoje, percebemos que Isaque e Rebeca
falharam nisso, tendo por resultado três situações infeli-
zes.
A primeira é a seguinte: Esaú pode não ter inteira-
mente compreendido o valor de seus direitos de
primogenitura. Nós podemos dizer isso, pois ele estava
disposto a desistir dessa honra por um prato de guisado
66
ESAÚ E JACÓ COMO RIVAIS

(v. 32)! Claro; sentia fome após estar no campo quente


por diversas horas; não obstante, ninguém pode negli-
genciar ou justificar sua atitude imprudente. A passagem
mostra que ele pareceu ter sido muito descuidado com
seu tesouro (v. 34). É de se perguntar como Jacó poderia
planejar e executar um plano tão decepcionante quando
soube que seu irmão estava fisicamente com fome... Uma
pergunta ainda maior é qual instrução seus pais deram-
lhe em referência aos direitos de primogenitura, de valo-
res, de honestidade, de amor e de decepção.
A outra situação mostra que Rebeca, a mãe, incitou
um plano brilhante, mas decepcionante para seu próprio
marido e para o filho (capítulo 27). Se você quiser falar
sobre uma família disfuncional, esta era uma! Por fim, Esaú
percebeu que havia perdido tudo; e, então, teve um co-
lapso de raiva. Ele não somente odiou o irmão, como
também desejou matá-lo (27: 41).
Nossas ações como pais não podem ser tão óbvias
quanto aquelas de Isaque e de Rebeca. Assim, peço que
você considere de que maneira tem contribuído para a
tensão e para os conflitos existentes entre seus filhos (ou
dentro de sua família). Não poderiam os pais percebe-
rem o que estava ocorrendo dentro da família? Estavam
Isaque e Rebeca tão ocupados que não podiam ver ou
reconhecer esse esquema doentio entre os filhos? Que
podemos nós aprender com Rebeca? Teria ela vindo de
uma família de enganadores?
No final, quem ganhou de verdade? Ninguém... Esaú
tornou-se um homem amargo; Jacó fugiu para viver sua
vida; Rebeca terminou aflita por seus filhos (27: 45). Isso
deve lembrar-nos do que Jesus disse: “Pois que adianta
ao homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?”
(Marcos 8:36, NVI)
67
Lição 6 Sábado, 09 de Agosto de 2008

DICAS PARA OS PROFESSORES

Objetivos da lição

1. Revisar a rivalidade entre os filhos gêmeos de Isaque e


de Rebeca.

2. Permitir que os participantes reflitam sobre a natureza


e acerca dos efeitos dos conflitos familiares.

3. Incentivar os participantes a resolverem conflitos com


irmãos ou com outros membros da família.

Olhando adiante
Deus usa um sonho para tranqüilizar Jacó quanto
à continuação da aliança com ele.

68
O SONHO DE JACÓ
EM BETEL
Gênesis 28:10–22

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS


Stephanie Sholtz

Domingo, Salmo 105:1-6


Quão entusiasmado está o escritor deste salmo ao lou-
var a Deus! Muitas vezes, ficamos muito eufóricos com as
atitudes de Deus. Não conseguimos deixar de compartilhá-
las com aqueles que estão ao nosso redor. O entusiasmo é
tanto que transborda de nós. Outras vezes, parecemos es-
quecer o quão importante é o Deus a quem servimos. Nos-
so foco desvia-se do que ele fez em nossa vida. Contudo,
se mantivermos esse foco nele, iremos desejar ter mais tem-
po para louvá-lo e precisaremos compartilhar as graças sur-
preendentes com as quais ele nos presenteou.

Segunda, Salmo 105:7-11


Em um mundo cheio de promessas quebradas, às ve-
zes é difícil imaginar a lealdade de um Deus constante. Is-
rael virou-se contra Deus repetidas vezes, mas o Senhor
recordou e manteve sua aliança com seu povo, não impor-
tando o que havia feito. Uma vez feita uma promessa, sabe-
mos que Deus a cumprirá. Contudo, esporadicamente, du-
vidamos ou questionamos o que acontecerá por causa de
nossa própria descrença ou desconfiança.
Exatamente como ele fez aos israelitas; Deus lembra-
nos de sua constância e de seu amor infinito. Quando o
Senhor faz uma promessa, podemos ter certeza de que ela
não se quebrará.
69
Lição 7 Sábado, 16 de Agosto de 2008

Terça, Gênesis 27:41-45


Esaú tornou-se tão consumido por seu ódio em rela-
ção a Jacó que foi incapaz de se importar com o que era
realmente importante para ele. Não pensava nas conseqü-
ências de se cometer um assassinato, nem considerava o
que seu plano causaria à família. Queria somente a vingan-
ça. Por ter permitido que o ódio e a autopiedade existissem
em sua vida, transformou-se em um homem violento.
Nós somos instruídos a não pecar mesmo que haja a
ira (Efésios 4:26). Embora esse sentimento possa, às ve-
zes, ser usado produtivamente como um catalisador para
ocasionar mudanças, não devemos permitir que ela coman-
de nossos passos ou nos conduza ao pecado.

Quarta, Gênesis 27:46–28:5


Eu posso ser muito teimoso, às vezes. Quando minha
mente decide algo, não gosto de olhar outras possibilida-
des. Se alguém me diz que não posso fazê-lo, geralmente
tenho uma necessidade, uma teimosia, de mostrar que a
pessoa está errada. A teimosia pode ser uma barreira ao que
é correto. Posso estar tentando fazer algo da maneira que
eu achar melhor enquanto Deus quer me mostrar um cami-
nho diferente.
Isaque e Rebeca sabiam das intenções de Deus para
com seus filhos antes mesmo que eles nascessem. Entre-
tanto, Isaque amava muito Esaú, e ele resistiu ao plano de
Deus. A bênção inicial de Jacó era involuntária. Porém, sua
bênção aqui mostra sua nova compreensão, aceitação e
obediência à vontade divina.

Quinta, Gênesis 28:6-9


Meus amigos da faculdade costumam lembrar uns
aos outros a primeira regra para os poços: quando esti-
ver em um, pare de escavar. Isso pode ser muito verda-
deiro. Quantas vezes você tentou consertar algo e piorou
70
O SONHO DE JACÓ EM BETEL

a situação?
Esaú procurou, desesperadamente, reconquistar o
favor de seu pai, mas quis fazê-lo por suas próprias mãos.
Ele não tentava compreender a vontade de Deus, a posi-
ção de seu pai, nem buscava uma mudança pessoal. No
fim, sua saída somente piorou a situação.

Sexta, Gênesis 28:10-17


Imagine a situação de Jacó ao viajar. Seus pais man-
daram-no embora para protegê-lo do irmão que deseja-
va assassiná-lo. Ele foi enviado a um lugar completamen-
te desconhecido. Essa deve ter sido uma viagem difícil
para ele! Ao que parece Jacó era um homem gentil e ca-
seiro, como vemos descrito no capítulo 25. Estava nas
estradas transversais onde poderia seguir seu plano, ou
poderia decidir que era muito difícil e desistir. Deus es-
colheu que Jacó vivesse esse momento de confusão e de
solidão. O Senhor alcança os de coração partido; deseja
dar-nos conforto e esperança se nós permitirmos que fale
ao nosso coração.

Sábado, Gênesis 28:18-22


Esta passagem é a primeira indicação da fé de Jacó.
Ele provavelmente aprendera com seus pais sobre o Se-
nhor e sobre a aliança com sua família. As crianças apren-
dem muito com a fé paterna, e há uma época em que
devem tomar suas decisões pessoais para seguirem a Cris-
to. Jacó demonstrou que ele não somente acreditava no
que Deus havia prometido a ele e à sua família, como
também prometeu sua lealdade e fé a Deus.
Conhecimento e fé são as etapas iniciais, muito im-
portantes, mas Deus exige-nos ir além disso. Ele deseja
que cada um se doe completamente a ele.
71
Lição 7 Sábado, 16 de Agosto de 2008

Estudo Estudo Adicional Devocional


Gênesis Gênesis Salmo
28:10-22 27 e 28 105

Verso Áureo
“E eis que estou contigo, e te guardarei por onde
quer que fores, e te farei tornar a esta terra; porque não te
deixarei, até que haja cumprido o que te tenho falado.”
(Gênesis 28:15)

Núcleo da lição
Os seres humanos sonham embora nem sempre nos
recordemos ou compreendamos nossos sonhos. Qual é
a finalidade de um sonho, então? Na história de Jacó, em
Betel, um sonho tranqüilizou Jacó quanto à continuação
da aliança de Deus com ele.

Questões para Estudo do Texto

1. Por que Jacó deixou a casa de seus país? Para onde foi?
Onde parou? O que aconteceu quando ele dormiu?

2. Que significado está por trás dos anjos descendo e su-


bindo a escada? O que significa o fato de Deus estar no
topo da escada? O que ele disse a Jacó?

72
O SONHO DE JACÓ EM BETEL

3. Por que Deus precisou mostrar seu sonho a Jacó? O


que fez com que Jacó conhecesse seu lugar na aliança
de Deus com Abraão?

4. O que Jacó fez depois do sonho? Como respondeu à


mensagem divina? No verso 20, parece que Jacó ainda
estava tentando “fechar um negócio” com Deus. Por
que sentiu necessidade de ajustar as condições para a
aliança de Deus com ele?

5. Como você pode saber quando um sonho é apenas um


sonho? E como saber se é algo que Deus usa para lhe
transmitir uma mensagem, ou para ensiná-lo sobre seus
caminhos? Como o autor da lição responde a isso?
Você concorda ou discorda com essa idéia?

73
Lição 7 Sábado, 16 de Agosto de 2008

ENTENDENDO E VIVENDO
Paul Andries
Jacó, temendo por sua vida, obedeceu ao conselho
dos pais e partiu de Berseba em direção a Harã. Ele pa-
rou em um lugar, o qual mais tarde se chamaria Betel (vs.
18-19); a noite havia chegado. Provavelmente, pretendia
alcançar uma cidade para abrigar-se (como Lutz) no pri-
meiro dia da viagem, mas a distância (aproximadamente
72 quilômetros de Berseba) era muito grande. Já era noi-
te, e ele precisava armar acampamento. Estava satisfeito
em usar uma rocha como travesseiro e, assim, estabele-
ceu-se para a noite. Eu imagino que isso deve ter sido
muito desconfortável; contudo, ele caiu em sono profun-
do e começou a sonhar um sonho muito incomum sobre
uma escada que ia da terra ao céu com anjos subindo e
descendo por ela (V. 12).
O sonho foi uma confirmação da aliança feita a
Abraão e a Isaque e, agora, a Jacó. Deus escolheu Jacó ao
invés de Esaú. E ele sabe tudo do início ao fim! Portanto,
era de seu conhecimento que Esaú venderia seus direitos
de primogenitura por um prato de guisado, e que Isaque
daria toda a bênção a Jacó por causa do plano desonesto
de Rebeca. Por causa de suas ações, Jacó foi colocado na
posição de herdeiro da aliança feita a Abraão (12: 1-3). À
revelia (sacrifício), contudo, ele transformou-se em her-
deiro aparente. Lembre-se da sabedoria total de Deus,
revelada durante a gravidez de Rebeca, quando declarou
que “o mais velho servirá ao mais novo” (25:23, NVI).
Levou vários anos para que eles vissem a manifestação
do que o Senhor já havia revelado...
De todos os lugares em que Jacó poderia ter parado
para passar a noite, ele escolheu justamente o lugar que o
Senhor mais tarde lhe daria como herança. Do verso 13
74
O SONHO DE JACÓ EM BETEL

ao 15 revela-se mais do que uma escadaria que conduz ao


céu e anjos que sobem e descem; apresenta-se o Deus mais
majestoso, no topo, a proclamar: “Eu sou o SENHOR
Deus de Abraão o pai, e o Deus de Isaque.” Deus é reve-
lado como Aquele que está no controle total de toda ati-
vidade entre os dois lugares. Isso deve ter sido o bastante
para despertar Jacó de seu sono, mas ele continuou dor-
mindo enquanto o Senhor continuou.
Em seu discurso a Jacó, o Senhor mencionou
Abraão, Isaque e a aliança feita com eles. A aliança pro-
metida desdobrava-se em três etapas: (1) herdar a terra
de Canaã; (2) ter descendentes numerosos como a poeira
da terra; (3) por intermédio dele, abençoar todas as famí-
lias da terra.
Nós podemos melhor compreender esse sonho à
medida que estudamos mais a aliança estabelecida. Deus
jurou por ele que a aliança com Abraão seria mantida.
Nós poderíamos supor que Jacó teve algum conhecimen-
to desse acordo, porque os pais ensinaram a seus filhos
sobre Deus e acerca de sua promessa para com eles. Quan-
do o Senhor disse “Eu sou o SENHOR Deus de Abraão
o pai, e o Deus de Isaque.”, Jacó compreendeu o signifi-
cado do sonho.
Jacó não só havia enganado seu irmão ao comprar
seus direitos de primogenitura, como também tinha ilu-
dido o pai. Agora estava em fuga, pois seu irmão busca-
va sua vida. No meio de tudo isso, o Senhor em pessoa
apareceu e não somente o tranqüilizou, como também
prometeu que estaria com ele; iria ajudá-lo e trazê-lo de
volta para herdar a terra (v. 15). Essa aparição reafirma a
misericórdia do Senhor e a lealdade à sua promessa.
Sonhos são freqüentemente deixados de lado, e nós
dizemos: “Oh, tudo isso foi apenas um sonho!”. Contu-
75
Lição 7 Sábado, 16 de Agosto de 2008

do, o Senhor pode nos dar um sonho para nos advertir,


revelar ou incentivar. Nunca poderemos saber o valor
deles se nós os ignorarmos. Para estarmos seguros, deve-
mos investigá-los, buscar o conselho dos pastores e de
outros líderes experientes da igreja, e mais importante
ainda: procurar a face de Deus.
Em 10 de dezembro de 1977, eu e minha irmã
reunimo-nos com nossa mãe, que vivia nos Estados Uni-
dos há uns 9 anos. Assim que chegamos, ela prometeu
nos ajudar na adaptação a essa nova cultura e já tinha co-
meçado o processo de educação. No dia 19 de fevereiro
de 1978, minha mãe foi assassinada em nossa casa, na ci-
dade de Nova Iorque. A situação inesperada e devasta-
dora trouxe um vácuo profundo em minha vida. Cons-
tantemente me questionava: “Será que, algum dia, sobre-
viverei a esse pesadelo?” - mas não era um pesadelo; era
realidade!
Por muito tempo fiquei lamentando sua morte; qua-
tro anos mais tarde, tive um sonho. Diversas situações ou
acontecimentos desse sonho fizeram-me despertar para a
realidade: minha mãe estava morta e não voltaria mais;
existiam outros com quem eu poderia contar para obter
conforto e orientação. Era necessário começar a viver,
em vez de apenas existir...
Esse não foi apenas um sonho. Essa noite transfor-
mou-se em um momento de mudança em minha vida.
Havia alguns fatos simples e importantes que eu não con-
seguia recordar em conseqüência daquela morte. O Se-
nhor começou o processo de libertação de minha mente,
não permitindo que recordasse os fatos anteriores àquela
manhã. Agradeci muito por isso! Se eu permanecesse re-
cordando aqueles episódios tristes, poderia terminar co-
metendo uma insensatez. Era claro que minha memória
76
O SONHO DE JACÓ EM BETEL

perdida realizava uma defesa, protegia-me.


O Senhor havia me dado um sonho para me libertar.
Desde aquele dia, tive o privilégio da compartilhar com
muitas pessoas esse momento de mudança. Posso dizer
por experiência que sei o que isso significa. “E sabemos
que todas as coisas contribuem juntamente para o bem
daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados
segundo o seu propósito.” (Romanos 8:28). Esse sonho
também teve um papel importante para que eu conheces-
se o chamado para o ministério.
Diferentemente da opinião popular, os sonhos são
muito reais. Eu insisto para que você não os deixe de lado!
Procure o conselho do Senhor. Se um sonho particular é
apenas um sonho, então o deixe de lado e continue sua
vida. Mas tenha em mente que Deus ainda usa os sonhos,
nos dias de hoje, da mesma forma como fez durante toda
a Escritura. Alguns podem receber aquele presente espe-
cial de Deus e não somente sonhar, como também inter-
pretar os sonhos.
Se você conhece alguma pessoa de Deus que tenha
sonhos, por favor, não a considere uma estranha. Pense
nela como mensageiro de Deus, alguém muito necessário
“para a edificação do corpo de Cristo.” (Efésios 4:12)

ANOTAÇÕES

77
Lição 7 Sábado, 16 de Agosto de 2008

DICAS PARA OS PROFESSORES

Objetivos da lição.

1. Explorar a história do sonho de Jacó, em Betel, e seu


significado.

2. Ajudar os participantes a entenderem o significado


desse sonho à luz da criação de Deus quanto a uma
aliança dos povos.

3. Ajudar os participantes a recordarem como responde-


ram ao receberem uma mensagem da confiança
restabelecida de Deus.

Atividade pedagógica
Discutir os sonhos que os membros da classe tive-
ram. Perguntar se Deus falou a eles, usando esses sonhos.

Olhando adiante
Deus pode trabalhar em situações frustrantes para
fazer o bem.

78
JACÓ E RAQUEL
Gênesis 29:21–35

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS


Stephanie Sholtz

Domingo, Salmo 91
Paulo indaga: se Deus é por nós, quem será contra
nós? (Romanos 8:31). Muitas vezes, preocupamo-nos e te-
memos os perigos e os problemas potenciais de nossa vida
e não focamos as atividades que Deus espera que façamos.
Repetidamente, nas Escrituras, há referências à soberania e
à proteção divina. O Senhor zela e cuida de seus filhos.
Nossa preocupação e ansiedade não mudam a situação!
Deus quer que levemos nossos cuidados a ele e que o dei-
xemos tomar conta de nossas necessidades enquanto usa-
mos o tempo para realizar as atividades e as obrigações que
ele nos chamou para fazer.

Segunda, Gênesis 29:1-12


Certos acontecimentos atuais são tomados como me-
ras coincidências. Muitos são cegos ou não querem ver que
a mão de Deus guia e dirige os problemas.
No capítulo anterior, Deus prometeu guiar e proteger
Jacó. Quando Jacó tomou o caminho correto, ele parou para
falar com alguns pastores a fim de descobrir sua localiza-
ção. Ele alcançou a terra de Harã, e esses homens conheci-
am sua família materna. A sobrinha de sua mãe estava a
caminho para dar água às ovelhas de seu pai. Poderia esta
ser uma mera coincidência? Não. É uma demonstração ex-
terna da providência divina e de sua intenção de manter a
aliança feita por ele com Jacó.
79
Lição 8 Sábado, 23 de Agosto de 2008

Terça, Gênesis 29:13-20


Jacó não tem um dote com ele como o que fora dado
à sua mãe Rebeca. Para obter um, ele concorda em traba-
lhar como servo durante sete anos. Muitos resmungari-
am e queixar-se-iam sobre a duração desse período. Ou
poderiam querer o pagamento antes do fim dos sete anos
concordados. A Bíblia diz que esse tempo pareceu como
um dia para ele por causa de seu amor a Raquel.
Como cristãos, somos solicitados a servir tanto ao
corpo de Cristo como aos que não crêem. Isso não deve
ser feito como uma tarefa tediosa! E sim, como prova de
nosso grande amor a Deus e por nosso desejo de sermos
obedientes em cumprir o que ele nos pede. Quando o
amor é o foco da tarefa, não há espaço para queixas ou
resmungações.
Quarta, Gênesis 29:21-25a
Maquiavel é famoso por afirmar que “Os fins justifi-
cam os meios.”. Muitos acreditam nessa idéia. O logro é
freqüentemente usado para alcançar um resultado deseja-
do.
Jacó usou-o a fim de obter a bênção do pai. O pro-
blema com a fraude é que ela se opõe à retidão da nature-
za de Deus, e a pessoa enganada sempre se machuca. Em
nossa caminhada como cristãos, o trajeto da viagem é o
mais importante. E os resultados estão nas mãos de Deus.
Quinta, Gênesis 29:25b-30
Imagine o que poderia ter acontecido se Labão fos-
se honesto sobre seus costumes e intenções antes do tem-
po. Jacó ainda poderia ter escolhido trabalhar 14 anos e
tomar Lia1 como noiva a fim de se casar com Raquel. Ou
faria uma escolha diferente... Labão supôs que Jacó opor-
se-ia a seu plano e iria pressioná-lo de qualquer maneira.
80
JACÓ E RAQUEL

Muitas vezes, agimos como se pudéssemos ler a


mente alheia. Nós chegamos à conclusão sobre como as
pessoas responderiam sem ao menos perguntar-lhes! Fa-
zendo assim, podemos causar a nós mesmos e a outra
pessoa muito dano. É muito importante aprender como
se comunicar com o outro e especialmente com Deus,
mesmo sobre o mais difícil e sensível dos assuntos.
Sexta, Gênesis 29:31-35
Quantas vezes nos sentimos rejeitados e não-ama-
dos? Lia soube que seu marido não a amava. Deve ter
pensado que ele não a queria, ou temia que ele quisesse
livrar-se dela de alguma maneira. Em sua angústia, vol-
tou-se para Deus. Lia foi considerada prejudicada por
causa de seus olhos fracos; assim, não poderia ser uma
esposa desejada. Contudo, Deus amou-a e abençoou-a.
Ele se importa com os de coração partido e mostra-lhes
seu amor repetidamente com a bênção de seus filhos.
Sábado, Gênesis 30:22-24; 35:16-21
Raquel e Lia iniciam uma feroz competição para ga-
nharem o amor do marido, provendo filhos a ele. Raquel
sabe que seu valor como esposa é refletido em sua habili-
dade de gerar filhos. Ela implora a Deus para dar-lhe um
filho, durante quase sete anos. E não entendia o plano e o
ritmo de Deus; por isso, sentia-se um fracasso. Deus con-
cedeu-lhe, então, dois filhos embora o segundo tenha lhe
custado a vida. Raquel não tinha uma maneira de saber os
planos especiais que Deus tinha para seus descendentes,
nem as razões para seu ritmo. Contudo, continuou a im-
plorar-lhe e a ter confiança de que ele responderia às suas
súplicas.

1
Em algumas versões o nome de Lia foi traduzido por Léia. NT

81
Lição 8 Sábado, 23 de Agosto de 2008

Estudo Estudo Adicional Devocional


Gênesis Gênesis Salmo
29:1-35 29 91

Verso Áureo
“Assim serviu Jacó sete anos por Raquel; e estes lhe
pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava.”
(Gênesis 29:20)

Núcleo da lição
As esperanças são, às vezes, acabadas ou adiadas por
um tempo. Como respondemos quando nossos desejos
mais profundos não são realizados?
Jacó amou intensamente Raquel; contudo, inespera-
damente, após sete anos de trabalho, soube que deveria
primeiramente se casar com sua irmã mais velha, Lia. E,
então, trabalharia mais sete para ter a mulher de seu cora-
ção.

Questões para estudo do texto

1. Quanto tempo Jacó trabalhou para sua esposa? Por que


precisou trabalhar por muitos anos? Como ele desco-
briu que tinha sido enganado pelo sogro? Quantos anos
mais teve de trabalhar para ganhar a esposa que ama-
va?

2. Que presente Labão deu a cada uma de suas filhas ca-


sadas? Por que isso, mais tarde, seria importante?

82
JACÓ E RAQUEL

3. Quantos filhos Lia deu a Jacó? Como se chamavam? O


que ela esperava que seus filhos fizessem por seu rela-
cionamento com Jacó? Como Raquel respondeu? Por
quanto tempo Raquel teve de esperar antes que poder
dar à luz? Quantos filhos teve Jacó? Por que tantos?

4. Sob uma perspectiva humana, esta história é cheia de


enganos, de decepções, de mentiras, de rivalidade, de
animosidade e de dissensão. Como Deus transforma
esta família disfuncional em uma família de promessa?

5. Como Deus usou decepções e enganos em sua vida


para realizar bons propósitos?

83
Lição 8 Sábado, 23 de Agosto de 2008

ENTENDENDO E VIVENDO
Paul Andries
Quando jovem, minha avó dizia-nos todos os tipos
de provérbios, como “Ladrão que rouba ladrão tem cem
anos de perdão.” Eu tenho certeza de que você conhece
este: “Faça aos outros o que gostaria que fizessem a você.”
- a regra de ouro. Ou ainda, “Você colhe o que planta.
Não espere colher laranjas se plantar limões.”
O que Jacó fez para Esaú, Labão fez a ele. A velha
história da lei do retorno – o enganador foi enganado.
Após 21 anos de serviço fiel, Jacó terminou tendo de fu-
gir da casa de Labão, porque estava receoso de ser logra-
do novamente por seu sogro.
Após aproximadamente 560 quilômetros de viagem
a pé, ele finalmente chegou à cidade natal de seu tio ma-
terno (v. 9). Imediatamente após a chegada, conheceu
Raquel, a filha de Labão, que viera dar água ao rebanho
da família. Eu suponho que, imediatamente, tenha se apai-
xonado pela beleza, pela benevolência e pela bondade da
moça (v. 17). Não obstante, esperou o momento apro-
priado para exprimir suas intenções. Porque estava to-
mado de fé, Labão fez-lhe uma oferta: “Diga-me qual
deve ser seu salário?” (v.15). Sem demora, ele respondeu:
“Trabalharei sete anos em troca de Raquel, sua filha mais
nova.” (v.18).
Labão sabia que isso era contra o protocolo - uma
irmã mais nova casar-se antes da mais velha. Contudo,
permitiu que Jacó trabalhasse aqueles sete anos, simples-
mente para revelar a tradição somente após a consuma-
ção da união de Jacó com Lia (vs. 21 26). “Dominador”,
“manipulador”, “bajulador”, “vergonhoso” ou o que quer
que você possa querer chamar – isso deve ter ferido Jacó
profundamente! A propósito, ele deveria estar ciente desse
84
JACÓ E RAQUEL

costume, mas, como se costuma dizer, tornara-se “cego


de amor.” Enquanto pensamos sobre o que lhe acontece-
ra, podemos imaginar que sua mente deve ter retornado
há sete anos, quando ele, o irmão mais novo, fora envol-
vido em uma situação similar, igualmente contrária à tra-
dição.
Apesar de sua dor e da decepção, não havia algo
que pudesse ter sido feito, pois era legalmente casado com
Lia. Sabendo do amor profundo de Jacó por Raquel,
Labão ofereceu-lhe Raquel sob uma nova condição: se
ele trabalhasse mais sete anos para ela. E foi o que ele fez!
(vs. 27-28) Como presente de casamento, o pai da noiva
deu Bilá a Raquel para que fosse sua serva (v. 29). Lia
também recebeu Zilpa (v. 24) como serva.
Quando se é casado com duas ou mais esposas, deve-
se esperar grandes complicações. Os desafios podem até
resultar em grande dor de cabeça, e em alguns casos, in-
tensificam-se ou multiplicam-se, particularmente quando
filhos estão envolvidos. Fique com uma esposa; Deus sabe
o que está falando! Em linhas gerais, é mais fácil resolver
desacordos com uma do que com múltiplas esposas. Afi-
nal, se não tem condições de lidar com uma, imagine como
deve ser praticamente impossível lidar com duas!
Essa história mostra claramente a sabedoria divina
quanto ao conceito de um homem e de uma mulher. Mes-
mo que Jacó amasse Raquel mais do que a Lia (V.30-31),
Deus usou ambas para cumprirem a promessa.
O que aconteceu era complicado; contudo, Deus
usou a situação para confirmar sua palavra em Jacó - in-
veja, amargura e atitudes maliciosas conduzem ao nasci-
mento de doze tribos de Israel (32: 28). Quando Jesus
disse “... porém, muitos primeiros serão os derradeiros,
e muitos derradeiros serão os primeiros.” (Mateus 19:30),
reafirmou cada palavra.
85
Lição 8 Sábado, 23 de Agosto de 2008

Aqui está um desdobramento interessante: a esposa


odiada – Lia - deu a Jacó seus primeiros quatro filhos
(Rúben, Simeão, Levi e Judá [29: 32-35]). A ciumenta
Raquel concedeu sua serva a Jacó, que lhe gerou dois des-
cendentes (Dã e Naftali [30: 1 8]). A maliciosa Lia viu
que não poderia ter mais filhos e decidiu dar-lhe também
sua serva, que deu à luz a Gade e a Aser (30: 9-12). As
irmãs continuaram suas batalhas com mandrágoras. Ra-
quel tomava as raízes de dia; Lia, por sua vez, bebia-as
com Jacó, à noite. Esta concebeu um quinto filho (Issacar
[30: 14-19]). E terminou tendo ainda um sexto (Zebulom
[30: 20]) e uma sexta, Diná (v. 21).
Em resumo, Jacó teve 11 filhos – dez meninos e uma
menina, mas sua amada Raquel não era mãe de nenhum
deles. Depois de diversos anos de conflito com a irmã, e
sentindo-se envergonhada na comunidade, o Senhor fi-
nalmente abriu seu ventre: ela deu à luz a José (30: 24).
Quando se pensa nesse conflito antigo entre Raquel
e Lia, acrescido do profundo amor que Jacó nutria por
Raquel, pode-se compreender que José teria todas as ca-
racterísticas para se tornar o “filho superprotegido” da
mãe e do pai. Essa proteção conduziria à rivalidade entre
ele e seus irmãos mais velhos. O Senhor abençoou Ra-
quel com outro filho, Benjamim, mas ela nunca teve a
oportunidade de conhecê-lo, pois falecera durante o par-
to (35: 18).
Que podemos aprender desta passagem? Primeira-
mente, que não vale a pena ser mau, conivente ou falso;
não importa quão manipulador se possa ser – sempre
haverá alguém melhor. Em segundo lugar, pessoas ino-
centes podem ser atraídas para conflitos de terceiros,
como aconteceu com as servas Bilá e Zilpa. Essas moças
foram arrastadas para um conflito e, provavelmente, não
tiveram escolha alguma. Em terceiro lugar, Deus mostra-
86
JACÓ E RAQUEL

rá misericórdia e ajuda aos pisados e oprimidos, especi-


almente quando não houver uma causa justa para o mau
tratamento.
O salmista lembra: “Ainda que me abandonem pai e
mãe, o SENHOR me acolherá.” (27:10 NVI) O último e
mais importante aspecto é este: Deus sempre honrará sua
palavra. “E sabemos que todas as coisas contribuem jun-
tamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles
que são chamados segundo seu propósito.” (Romanos
8:28). Oh, e a igreja saberá que o Senhor realmente man-
tém sua palavra (Aliança)!

ANOTAÇÕES

87
Lição 8 Sábado, 23 de Agosto de 2008

DICAS PARA OS PROFESSORES

Objetivos da lição

1. Revisar a história da união inconsciente de Jacó com


Lia e sua promessa de continuar a trabalhar para o so-
gro Labão para também poder se casar com Raquel.

2. Permitir que os participantes reconheçam que Deus


trabalhou usando a enganação de Labão para aumen-
tar a família da promessa.

3. Incentivar os participantes a procurarem as maneiras


como Deus trabalha em situações decepcionantes para
trazer o bem.

Atividades pedagógicas
Compartilhar uma história de resultados positivos
que floresceram de circunstâncias decepcionantes. Fazer
com que os participantes recriem o diálogo entre Labão
e Jacó.
Incentivar os participantes a descreverem como Deus
trabalha em situações decepcionantes para trazer o bem.

Olhando adiante
Esaú cumprimentou Jacó com hospitalidade e houve
a reconciliação.

88
ESAÚ E JACÓ
RECONCILIADOS
Gênesis 33:1–11

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS


Stephanie Sholtz
Domingo, Gênesis 32:3-12
O medo pode ser uma força muito poderosa. Certamente, a
idéia de Esaú vir com centenas de homens deve ter amedrontado
Jacó. Mesmo depois de 21 anos, ele não havia esquecido a inten-
ção do irmão de assassiná-lo. Jacó provavelmente queria fugir. Tal-
vez quisesse acusar Deus de não cumprir suas promessas... Ao
invés disso, porém, pela primeira vez, ele reconheceu que não era
digno de misericórdia. Então, recordou as promessas do Senhor e
pediu que Deus fosse fiel em mantê-las. Jacó pegou o medo em
seu coração e colocou-o nas mãos divinas. E confiou em Deus
para manter sua aliança.

Segunda, Gênesis 32:13-21


Quando colocamos uma preocupação nas mãos de Deus,
nós temos de deixá-la ali. Eu não posso contar a quantidade de
vezes que busquei a Deus na oração por causa de uma preocupa-
ção! Então, voltei atrás e tentei achar minha própria solução.
A oração de Jacó na seção anterior parece ser boa. Entretan-
to, ele convenceu-se de que Esaú continuava irritado. Em vez de
confiar em Deus para mudar o coração de Esaú, ele tentou usar
suas posses como forma de satisfazer Esaú.
Nossos presentes e tentativas nunca podem verdadeiramen-
te mudar o coração de uma outra pessoa! Temos de estar dispostos
a colocá-los nas mãos de Deus e permitir que seu toque trabalhe
89
Lição 9 Sábado, 30 de Agosto de 2008

na vida deles.
Terça, Gênesis 33:1-4
Membros de uma família, freqüentemente, falam frases sem
pensar ou palavras que machucam uns aos outros. Muitas vezes,
não pretendem ferir os familiares, mas isso acaba acontecendo de
qualquer maneira. Quando episódios como esses não são resolvi-
dos, as pessoas podem tornar-se amargas e ressentidas. Às vezes,
aqueles a quem mais amamos se transformam em seres pelos quais
nutrimos mais ressentimentos. Contudo, os que guardam rancor
e ressentimentos por vários anos não costumam se recordar nem
mesmo como o problema começou! E a teimosia e o medo entram
no caminho da reconciliação nos relacionamentos quando uma
palavra amável ou um simples passo adiante poderia fazer toda a
diferença.
Quarta, Gênesis 33:5-11
Durante o encontro, Esaú estava tão mudado! Jacó pensou
que somente a mão de Deus poderia ser a responsável por aquela
mudança em suas características faciais e em sua vida. Não há
uma maneira de saber o que aconteceu a ele durante os 21 anos
em que Jacó estivera fora. Nós sabemos, entretanto, por seu cum-
primento a Jacó, que Deus deve ter tocado sua vida de alguma
maneira.
É muito fácil ignorar as pessoas que nos feriram e não estar
disposto a ver o que Deus fez na vida delas. Às vezes, ao agir
assim, perdemos algumas das coisas surpreendentes que Deus está
fazendo ao nosso redor.
Quinta, Gênesis 33:12-15
As pessoas dizem: “gato escaldado tem medo de água fria.”
Jacó e Esaú reconciliaram-se; no entanto, Jacó parecia hesitante
em confiar no irmão. Seu medo talvez viesse da fragilidade do
relacionamento ou da possibilidade de Esaú poder se irritar nova-
mente. Jacó não confiava no vínculo recentemente restabelecido.
90
ESAÚ E JACÓ RECONCILIADOS

Na verdade, ele recusava a ajuda de Esaú e não o seguiu até


sua casa como prometido. Relacionamentos requerem muito tem-
po e dedicação. Embora os irmãos tenham tido um agradável reen-
contro, leva-se tempo e dedicação para recuperar a confiança an-
teriormente perdida.
A fim de termos relacionamentos saudáveis com os outros,
precisamos estar dispostos a manter a integridade e a honestidade
aprendidas pelo modelo de Cristo. Esse é o único caminho para
se construir a confiança nos outros!
Sexta, Gênesis 33:16-20
O trajeto de Jacó dá muitas voltas. Inesperadamente, ele foge
de sua casa. Quando encontra a família de sua mãe, sua intenção
é permanecer ali por sete anos, mas acaba permanecendo 21!
Mesmo no seu retorno para casa, ele concorda em seguir Esaú
para Seir. Contudo, estabelece-se em Sucote. Ele pode não ter
esperado esses desvios em seu trajeto e deve ter se perguntado se
Deus realmente o traria de volta para casa, em Canaã. Mas Deus
foi fiel a Jacó em todos os acontecimentos e cumpriu o que havia
prometido a ele.
Sábado, Salmo 133
A unidade ou a harmonia não é algo que ouvimos ou
testemunhamos com muita freqüência. Quando existem
muitas idéias ou adversidades que dividem os povos, pare-
ce quase impossível que exista harmonia. A Bíblia nos pede
para “Procurar guardar a unidade do Espírito pelo vínculo
da paz.” (Efésios 4:3, NVI).
Assim, se a unidade ou a harmonia é tão difícil e rara, como
podemos manter a unidade em nossas famílias e nas igrejas? Para
que isso aconteça, temos de amar-nos uns aos outros e estar dis-
postos a trabalhar juntos, mesmo que isso signifique trabalhar
durante os períodos de acontecimentos ruins. Essa é razão pela
qual somos instruídos a fazer todo o esforço possível.

91
Lição 9 Sábado, 30 de Agosto de 2008

Estudo Estudo Adicional Devocional


Gênesis Gênesis Salmo
33:1-11 33 133

Verso Áureo
“Então, Esaú correu-lhe ao encontro, e abraçou-o, e
lançou-se sobre seu pescoço, e beijou-o; e choraram.”
(Gênesis 33:4)

Núcleo da lição
Relacionamentos, às vezes, parecem irremediavel-
mente sem conserto. O que deve acontecer para que os
vínculos danificados sejam restabelecidos? Esaú dispôs-
se a conversar com Jacó e ofereceu-lhe hospitalidade e
sinais de reconciliação.

Questões para estudo do texto

1. Quando Jacó viu Esaú vindo em sua direção, o que


ele fez? Como preparou sua família? Por que você acha
que a instruiu assim?

2. Como Esaú recebeu Jacó? Como isso diferiu da ma-


neira como Jacó pensava em ser recebido? Que era a
causa dessa diferença?

92
ESAÚ E JACÓ RECONCILIADOS

3. Jacó parece ter sido um vilão ainda que Deus o tenha


usado. Como Deus é capaz de trabalhar usando pesso-
as imperfeitas?

4. Por que Deus deseja que nos reconciliemos com aque-


les com quem nos desentendemos? Que papel o Se-
nhor desempenha na reconciliação?

5. Quem Deus pede que você perdoe a fim de se restabe-


lecer um relacionamento rompido?

93
Lição 9 Sábado, 30 de Agosto de 2008

ENTENDENDO E VIVENDO
Paul Andries
Como Batistas do Sétimo Dia (BSD), somos muito
cientes da nossa “reunião de família”. A cada dois anos,
um grande número de BSDs começa a preparar um sério
plano estratégico - calcular os custos e o tempo, medir a
distância e recrutar outras pessoas para participarem da
Convenção Geral. Para minha própria família, essa con-
venção é um dos eventos de maior destaque.
A Convenção Nacional, realizada a cada dois anos,
é aguardada com expectativa. Jacó, porém, não ansiava
pela reunião com seu irmão mais velho, a quem havia
enganado vinte e um anos antes. Tinha uma decisão a to-
mar: permanecer com o sogro manipulador em uma ter-
ra a ser escolhida, ou enfrentar o temido irmão na terra
da promessa. Poderíamos supor que Jacó fora empurra-
do a uma reunião familiar divinamente orquestrada? Tão
difícil como isso possa ter sido, a fé em Deus para ele
manifestar-se-ia a cada passo que desse em direção a Canaã
e a Esaú.
Ele estava incerto do resultado; contudo, escolheu
ir em frente com cuidado. Sentindo culpa pelo que fizera,
e antecipando as conseqüências, planejou rapidamente a
estratégia de colocar os filhos das servas na frente, os de
Lia mais próximos a ele, Raquel e José (33:2). Ele estava
praticamente certo de que haveria algumas vidas perdi-
das e, se algumas sobrevivessem, as que ele gostava mais
teriam maior possibilidade de sucesso.
Enquanto se movia em direção ao destino marcado,
o irmão (Esaú) avançava no sentido oposto, acompanha-
do de quatrocentos homens. A reunião familiar estava a
ponto de começar e não prometia ser tranqüila!
Mas a história continuou, e aconteceram dois des-
94
ESAÚ E JACÓ RECONCILIADOS

dobramentos estranhos: (1) Jacó começou a tomar a di-


anteira, após garantir a segurança de Raquel e de José,
curvando-se sete vezes ao longo do caminho. E, (2) quan-
do Esaú viu o irmão, “correu para encontrá-lo, abraçou-
o, ajoelhou-se e beijou-o” (v. 4). Que surpresa! O que
poderia ter mudado a atitude de Esaú perante o irmão?
Uma pergunta melhor é “Quem?” E a resposta é simples
- Deus!
Jacó não deveria ter se surpreendido com o resulta-
do, pois fora o Senhor quem o havia instruído a retornar
- “Torna à terra de teus pais e à tua parentela; e eu serei
contigo” (31:3) Não nos deixe esquecer, mas antes desta
viagem o Senhor apareceu perante ele e não somente
mudou seu nome (32:28), mas com a troca dele, confir-
mou que era um homem mudado e pronto para ver que a
aliança feita com Abraão iria transformar-se em realida-
de.
Não sabemos o momento em que o Senhor falou
com Esaú. Apenas conhecemos um fato: quando Jacó
partiu, ele queria matar o irmão. Anos mais tarde, abraça
o irmão. Nós podemos deduzir que, em algum momen-
to, o Senhor teve uma conversa com ele. Quando temos
um encontro com o Deus vivo, podemos esperar ser trans-
formados por ele.
Há, porém, um lado terno naquele Esaú que fora
tomado pelo ódio. Jacó esperava pacificar o irmão com
servos e com gado, mas para Esaú, reunir-se com o ir-
mão que estava afastado, era algo mais valioso do que
todas as riquezas do mundo!
Cabe destacar que esse encontro foi bem-sucedido
por causa de três indivíduos-chave. Primeiramente, o Se-
nhor - é ele quem tira os nossos medos, muda corações;
foi o cumpridor de cada promessa feita a Jacó; é o autor
95
Lição 9 Sábado, 30 de Agosto de 2008

da reconciliação. Em segundo lugar, Jacó – ele poderia


ter escolhido continuar a viver com o sogro e permane-
cer no medo e na descrença para o resto da vida; todavia,
optou por confiar na idéia de que o Senhor trabalharia
todas as circunstâncias para seu bem (Romanos 8:28). Ele
voltou a encarar o irmão mesmo que estivesse com medo
e foi responsável pela separação. Em terceiro lugar, Esaú
– ele poderia ter escolhido continuar com raiva e com
amargura em relação ao irmão, pois tivera seus direitos
de primogenitura roubados. Contudo, fez a coisa mais
difícil: perdoou, mostrando estar disponível para o en-
contro.
Pense no possível resultado caso cada um deles não
tivesse feito o que deveria. Deus pode planejar, mas am-
bos, o enganador e a vítima, precisam responder a seu
plano – os dois precisam querê-lo! O restabelecimento, a
reconciliação ou a reunião teriam sido incompletos se um
deles tivesse falhado ao agir.
Quando somos feridos, é extremamente difícil (ou
até doloroso) perdoar. Às vezes, recusamos o perdão,
dizendo “Eu nunca esquecerei isso.”. A pessoa que o tra-
tou injustamente pode ter tentado de tudo para realizar
uma reconciliação, mas você não aceita. O Senhor tem
alertado a aceitarmos pedidos de perdão, mas sentencia-
mos: “Senhor, não posso deixar isso de lado!”. Essa amar-
gura não prejudica somente a reconciliação; ela pode e
geralmente contribui para conseqüências negativas, como
doenças pessoais, desconfiança em relação ao outro, ódio,
roubo, abusos e prática de ações violentas.
Esaú perdera tudo no dia em que foi enganado por
sua mãe e pelo irmão. Naquele dia, ele perguntou ao pai:
“Você não reservou uma benção para mim?” (27:36).
Nenhuma benção tinha restado! Perdera tudo, junto do
96
ESAÚ E JACÓ RECONCILIADOS

sentimento de vazio causado por essa situação. Esaú de-


veria receber uma bênção, mas tudo havia sido passado
ao irmão - tudo se foi!
Esse é o tipo de situação que pode fazer com que a
pressão do sangue suba, e o sangue ferva. É o que o colo-
ca pronto para a luta. No caso de Esaú, foi assim; ele
desejava matar (27:41). Mas o Senhor impediu-o de algu-
ma forma. Então, ele pôde perdoar o irmão. Nós pode-
mos perceber que, mesmo antes de Jacó ter procurado o
perdão, Esaú já havia lhe perdoado e colocado o proble-
ma de lado.
Esaú estava tão mudado que não julgou necessário
aceitar os presentes do irmão. Jacó não lhe devia coisa
alguma. Entretanto, mais tarde, ele recebeu os presentes,
após muita insistência e com muita relutância. (33:8-11).
Pode-se dizer que Esaú era um homem próspero por
ocasião da reunião, o que era verdade. Entretanto, a ri-
queza não nega o fato de que sua postura diante do ir-
mão mostrou o verdadeiro perdão e a aceitação. Esse foi
um testemunho poderoso, apresentado perante Israel, suas
esposas, filhos e servos.
Alguém pode tê-lo tratado injustamente no passa-
do, e suas ações podem ter-lhe causado dor, stress ou
sofrimento extremo. Você está disposto a ter a amizade
restabelecida com aquele amigo, vizinho, membro da igre-
ja ou um familiar? O Senhor pode estar pulsando em seu
coração, mas você ainda acha difícil esquecer... Eu incito-
o a pedir que o Senhor ajude-o a superar a dor e procure
a reconciliação e o restabelecimento. Não deixe passar
mais tempo! Obviamente, você é incapaz de fazê-la por
si mesmo, mas o Senhor está aqui para ajudá-lo durante o
processo – faça dele a sua palavra! Ele é o mestre da re-
conciliação. Jesus morreu para que você pudesse viver. E

97
Lição 9 Sábado, 30 de Agosto de 2008

sente prazer em reuniões e em encontros, especialmente


em reuniões familiares.

DICAS PARA OS PROFESSORES

Objetivos da lição

1. Apresentar a história da reunião entre os irmãos gê-


meos, Esaú e Jacó.

2. Ajudar os participantes a recordarem sentimentos as-


sociados ao restabelecimento de vínculos.

3. Incentivar os participantes a procurarem restabelecer


um relacionamento rompido.

Revisando
Esta unidade mostrou o desenvolvimento da família
da promessa por intermédio de Jacó e de seu irmão
gêmeo, Esaú.

98
O SONHO DE JOSÉ
Gênesis 37:5–11, 19–21, 23–24a, 28

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS


Linda Harris

Domingo, Gênesis 37:1–4


Jacó mostrou seu favoritismo por José ao dar um presente
especial a ele - uma veste colorida. Com essa oferta, provocou
ciúmes entre os irmãos de José. A indumentária seria mostrada
aos outros, não deveria ser usada no trabalho. Para tornar a situa-
ção pior, José contou ao pai o sonho que tivera que reinaria sobre
seus irmãos. Em conseqüência, eles o odiaram ainda mais e rara-
mente falavam pacificamente com ele.
Romanos 12:18 diz: “se possível, quanto depender de vós,
tende paz com todos os homens” Quando os conflitos vêm, deve-
mos fazer bastante esforço para garantir que nossas ações não
causem a dissensão.
Segunda, Gênesis 37:5–11
José não pareceu preocupado por seus sonhos serem
opostos aos de seus irmãos. Como tinha apenas dezessete
anos, podemos atribuir suas ações ao excesso de confiança
da juventude. Talvez estivesse certo em revelar os sonhos,
mas ele não poderia tê-lo feito de maneira mais diplomáti-
ca? Deus preparou algumas lições para José; uma delas era
moderar sua confiança com sabedoria.
Talvez falemos algo que possa ser duro de ser ouvido
pelos outros; contudo, devemos lembrar de falar a verdade
com amor (Efésios 4:15) e com sabedoria.

Terça, Gênesis 37:12–17


Quando Jacó enviou José para encontrar os irmãos,
99
Lição 10 Sábado, 06 de Setembro de 2008

este foi disposto a cumprir a tarefa. Poderia ter recusado,


não querendo ver os irmãos que o odiavam. Mas ele disse:
“Estou pronto para ir.” (37:13, BV). Não conseguindo en-
contrar os irmãos, persistiu até obter sucesso; nunca dava a
desculpa para as iniciais derrotas.
Quando Deus pede para fazermos algo difícil, somos
tão dispostos quanto José? Eu tendo a arrastar meus pés, a
retroceder e a reclamar às vezes ao ouvir Deus dizer: “Vá.”
A obediência e a persistência imediatas até o trabalho ser
feito satisfazem-no e trazem muito mais recompensas que
a relutância.

Quarta, Gênesis 37:18–24


Presenteando José com uma magnífica túnica, Jacó deu-
lhe o lugar do filho mais velho. Rúben, o mais velho de fato,
poderia ter tido um grande motivo para matar José. Mas sua
maturidade e sensibilidade deram-lhe o desejo de salvá-lo.
(Veja Gênesis 35:22 sobre uma época em que Rúben não
agiu tão sabiamente.) Os irmãos tiraram a túnica de José,
símbolo de todo o ciúme e da inveja. Sem a veste, ele volta-
va a se parecer com os outros. Mas, no interior, permanecia
o homem que Deus projetou para ser.
Pode ser tirado tudo que tenha um significado impor-
tante para nós: a reputação, o meio de sustentação ou as
finanças. Apesar de tudo, ainda seremos as pessoas que Deus
nos fez, aquelas que ele ama. Nunca se esqueça disso.

Quinta, Gênesis 37:25–28


Jogar José em um poço foi algo muito perverso; sen-
tar-se para comer era algo completamente insensível! Em
um filme bíblico, os irmãos de José ignoram seus gritos de
socorro enquanto chamava cada um pelo nome, imploran-
do para que fosse salvo.
Nós podemos pensar que nunca cometeríamos tal ati-
tude, mas quantas pessoas gritam por ajuda e ignoramos?
100
O SONHO DE JOSÉ

Negligenciamos a situação complicada de cristãos perse-


guidos em países estrangeiros, ou daqueles que são destina-
dos ao inferno por nunca terem ouvido falar do evangelho?
Falhamos ao ajudar os missionários que compartilham do
evangelho com aqueles que não podemos alcançar direta-
mente?

Sexta, Gênesis 37:29–36


A desonestidade transformou-se em um legado da fa-
mília. O nome Jacó significa “enganador” ou “usurpador.”
Esse traço caracterizou Jacó, mas também lhe voltou por
meio de sua família. Ele enganou seu próprio pai para ga-
nhar os direitos de primogenitura de Esaú; Labão enganou
Jacó ao se casar com Lia em vez de Raquel; os irmãos de
José deixaram Jacó pensar que um animal selvagem matara
José.
Existem pecados que parecem repetir-se ao longo de
várias gerações de sua família? Esses pecados causaram dor
em sua vida? Não é tarde demais para quebrar a corrente!
Peça que Deus ajude-o a superar os pecados que escraviza-
ram sua família há muito tempo.
Sábado, Salmo 70
Como você enfrenta as provações da vida? Vem a Deus
primeiramente, ou queixa-se com os outros até que se can-
sem de escutá-lo?
Observe que Davi incluiu louvor neste salmo (70:4). Não
importa o que esteja em nosso caminho; podemos louvar a
Deus por isso. Eu acredito que é o que Paulo quis dizer ao
falar que “...devemos agradecer em todas as circunstâncias...”.
(1 Tessalonicenses 5:18, NVI). Talvez não possamos de início
agradecer pelas circunstâncias, mas somos capazes de fazê-lo
quando virmos como Deus as usa para o nosso bem. De qual-
quer maneira, podemos sempre ser gratos a Deus por estar
conosco durante nossas provações.

101
Lição 10 Sábado, 06 de Setembro de 2008

Estudo Estudo Adicional Devocional


Gênesis Gênesis Salmo
37:1-28 37 70

Verso Áureo
“Teve José um sonho que contou a seus irmãos; por
isso o odiaram ainda mais.” (Gênesis 37:5)

Núcleo da lição
Pessoas comuns, às vezes, são chamadas para reali-
zarem feitos extraordinários. Como os outros se sentem
quando tais pessoas começam a revelar o sentido de seu
chamado?
José anunciou à família seus sonhos de grandeza
e,deparou-se com raiva e com inveja – uma inveja que o
levou ao Egito.

Questões para estudo do texto

1. Qual era o conteúdo do primeiro sonho de José? Como


seus irmãos reagiram a ele? Qual foi seu segundo so-
nho? Como seu pai reagiu a ele? Como esses sonhos
poderiam ser realizados mais tarde?

2. Além dos sonhos, que outras razões tinham os irmãos


de José para ter ciúmes?

102
O SONHO DE JOSÉ

3. Que missão Israel deu a seu filho José? Quão longe ele
teve de ir?

4. O que os irmãos fizeram quando viram José? Por que


reagiram tão violentamente à vista de seu irmão mais
novo? Quem o defendeu?

5. Como José deve ter se sentido ao ser tratado tão dura-


mente? Como Deus usou esses eventos para trazer José
ao lugar que desejava que ele estivesse?

6. Como Deus pode usar sonhos ou eventos difíceis de


sua vida para lhe conduzir ao lugar que ele deseja que
você esteja?

103
Lição 10 Sábado, 06 de Setembro de 2008

ENTENDENDO E VIVENDO
D. Scott Smith

RIVALIDADE ENTRE IRMÃOS


Minha esposa e eu somos pais adotivos. É um minis-
tério que nos traz grande alegria e desafio constante. Atu-
almente, temos sete crianças em casa; assim, a rivalidade
entre irmãos não é uma novidade em nosso núcleo fami-
liar. Se um dos mais novos recebe um elogio ou uma re-
compensa, pode estar certo de que a outra criança irá
perceber isso, geralmente, de uma maneira não positiva.
A rivalidade fraterna é um dos aspectos infantis que di-
minui conforme a criança amadurece.
Uma fonte de referência diz: “A relação entre irmãos
é geralmente complicada e é influenciada por fatores
como o tratamento dos pais, a ordem de nascimento, a
personalidade e pessoas ou experiências fora da família.”
Isso, com certeza, é verdadeiro em relação a Jacó e a seus
filhos.

OS SONHOS DE JOSÉ
A ciência diz que você e eu sonhamos toda noite,
mesmo que não recordemos o conteúdo dos sonhos. Nós
reconhecemos isso como um funcionamento normal do
cérebro humano. Na maioria das vezes, os sonhos são
simplesmente uma elaboração do material com que a
mente lidou durante o dia.
Ocasionalmente, entretanto, o Criador do cérebro
humano usa os sonhos para enviar uma mensagem. Na
cultura de José, eles eram compreendidos exclusivamen-
te dessa maneira. Os sonhos da natureza de José eram
realizados considerando as visões e outras mensagens di-
vinas. O “sonhador” tinha a missão de entregar a mensa-
104
O SONHO DE JOSÉ

gem de Deus a seus povos. Freqüentemente, o sonho pre-


cisava ser interpretado.
Dois sonhos de José não necessitaram de interpreta-
ção alguma para que os irmãos e seu pai pudessem
compreendê-los inteiramente. Ambos descreviam obje-
tos simbólicos que se curvavam a uma figura central. O
primeiro deles José interpreta enquanto conta a história.
Diz a seus irmãos que eles são os ramos dos grãos que se
curvam a ele. O segundo é quase óbvio, pois o sol, a lua e
onze estrelas curvam-se a José. Não sabendo o futuro,
mas compreendendo que esses sonhos falam de eventos
vindouros, José e sua família interpretam-nos corretamen-
te: eles seriam subordinados a esse “pequeno” irmão. Qual
foi a reação dos irmãos mais velhos? O verso oito diz
que “Eles odiaram-no ainda mais...” e o verso 11 afirma
que ficaram com ciúmes. Essa era uma perigosa mistura
de emoções que conduziria à traição, ao engano e à vio-
lência.
Uma das questões mais notáveis sobre essa narrati-
va é que todos são culpados! O relacionamento de Jacó
com seus filhos fora estragado por ele ter demonstrado
um favoritismo evidente em relação a José, o filho de sua
esposa favorita. José compreendeu, indubitavelmente, os
sonhos como mensagens divinas que incluíram uma cha-
mada para um nível extraordinário de liderança. Contu-
do, a imaturidade de José ao contar seu sonho parece ter
sido calculada, em parte para ser jogada na cara de sua
família, e também como uma animosidade em curso en-
tre os irmãos. O resultado imediato desse relacionamen-
to familiar fracassado é um desprezível ato de vingança.
Deus pode ter escolhido trabalhar usando os membros
desta casa; mas isso não significa que eles eram perfeitos.
E não eram!
105
Lição 10 Sábado, 06 de Setembro de 2008

O POÇO
Há diversas palavras hebraicas traduzidas no portu-
guês como “poço” (v. 20). O “Novo Dicionário Interna-
cional da Bíblia” diz que seus “usos não são distinguidos
nitidamente”. O “poço” pode ter sido uma cisterna feita
pelo homem ou “um lugar profundo”. De qualquer ma-
neira, os irmãos de José subjugaram-no fisicamente e jo-
garam-no em um lugar de onde nunca poderia escapar
sem ajuda. Eles tiraram a túnica, que simbolizava o favo-
ritismo de seu pai, e colocaram José em um lugar para
que morresse lentamente de fome, de sede e de exposi-
ção. O verso 25 diz que, depois disso, os irmãos reuni-
ram-se para jantar. Que coisa desprezível!
Pode você imaginar o adolescente José nessa cister-
na? Ele, sem dúvida, foi ferido ao ser atirado ali. Ficou
sozinho. A segurança, outrora encontrada na família, ha-
via sido destruída. Sabia que estava encarando a morte.
Seu poço, literalmente, era um de desespero! Na cultura
do Velho Testamento, o poço pode ser sinônimo de Seol
ou de Inferno. Era um lugar destinado aos mortos. Em
um curto intervalo de tempo, José foi da exaltação de
receber um chamado de Deus às profundidades do de-
sespero e da morte.
Para o adolescente, a morte é evitada pela avidez de
dois irmãos. Rúben e Judá resistem a permitir que o me-
nino morra; então, apelam para conquistar o desejo dos
irmãos. “E Judá disse aos seus irmãos: o que iremos ga-
nhar ao matar nosso irmão e cobrir seu sangue?” (v. 26).
Os comerciantes forneceram a oportunidade perfeita para
que os irmãos se livrassem do seu pequeno e odiado ir-
mão e lucrassem ao mesmo tempo. Que irônico! Seus es-
quemas conduziram à realização dos planos de Deus! O
Provérbios 16:4a diz: “O SENHOR fez todas as coisas
106
O SONHO DE JOSÉ

para atender a seus próprios desígnios.” (NVI)

LIÇÕES
Duas importantes lições parecem óbvias nestes ver-
sos do começo da longa história de José e de sua família.
Primeiramente, observe que Deus usou uma família to-
talmente disfuncional para realizar seus objetivos. Os fi-
lhos de Israel (Jacó) atuaram desprezivelmente! As atitu-
des de Jacó como pai foram a origem da cisão familiar.
Olhando a história sob nosso ponto de vista, parece-nos
que qualquer outra família estaria melhor inserida no prin-
cípio do povo de Deus. Afinal, esses membros escolhi-
dos eram uma confusão! No entanto, Deus trabalhou seu
incrível plano usando-os.
Pais, vocês às vezes se sentem mal preparados e sem
habilidade para lidarem com os filhos que Deus lhes deu?
Sigam o coração! Deus pode usar até mesmo famílias
imperfeitas para o trabalho em seu Reino.
Em segundo lugar, observe o que aconteceu quan-
do José recebeu seu chamado vindo dos sonhos. Sua fa-
mília reagiu negativamente (ao extremo). Talvez isso te-
nha ocorrido devido ao modo como o relato foi feito.
Quiçá fosse simplesmente de que em geral o chamado de
Deus é recebido com resistência. Muitas outras vezes, nas
Escrituras, os indivíduos ouvem uma palavra ou o cha-
mado divino, e aqueles ao redor as rejeitam. Romanos
12:6 diz que cada um de nós recebe um dom de Deus, e
que cada qual é chamado “para exercitar” esse dom.
Você já recebeu um chamado de Deus? Já identifi-
cou o ministério que Deus pretende que você faça? Se
não foi pego resistindo ao mundo, não se surpreenda quan-
do isso ocorrer! Pedro advertiu seus leitores a não serem
surpreendidos pelas dificuldades de servirem a Jesus Cristo
107
Lição 10 Sábado, 06 de Setembro de 2008

dizendo: “Mas alegrai-vos no fato de serdes participan-


tes das aflições de Cristo, para que também na revelação
da sua glória vos regozijeis e alegreis.” (1 Pedro 4:13, RA).
Nós sabemos que a família de José “experimentaria com
exaltação” os caminhos maravilhosos de Deus. Não de-
veria você exultar-se também?

DICAS PARA OS PROFESSORES

Objetivos da lição
1. Examinar o conteúdo do sonho de José e a resposta de
sua família a ele.
2. Ajudar os participantes a imaginarem o desespero da
situação de José quando foi jogado em um poço seco
e, então, vendido para escravidão em uma terra distan-
te.
3. Incentivar os participantes a reconhecerem o chamado
de Deus a eles, identificando as barreiras para respon-
derem a esse chamado e os passos a serem tomados
para superarem tais obstáculos.

Atividade pedagógica
Revisar os ministérios locais da igreja que cresce-
ram do chamado de Deus em pessoas individuais na sua
comunidade.

Olhando Adiante
José nega que a habilidade de interpretar sonhos seja
inata e dá o crédito a Deus.

108
O SONHO DE JOSÉ COMEÇOU
A SE TORNAR REALIDADE
Gênesis 41:25–40
MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS
Linda Harris

Domingo, Gênesis 39:1-10


Trabalhar na casa de Potifar era a primeira possibilida-
de de José ter um emprego de verdade. Em sua casa, duran-
te a infância, Jacó mimava-o. Embora fizesse algum traba-
lho, não tinha de trabalhar tão duramente quanto os irmãos.
Na casa de Potifar, então, José transformou-se numa bên-
ção para os outros, aprendendo a servir e a assumir muitas
responsabilidades. Pela primeira vez, lemos que “O SE-
NHOR estava com José” (39:2). (Continue olhando para essa
frase nos próximos capítulos.)
Freqüentemente desejamos que as situações corram
bem para nós, e que a vida seja mais fácil. Mas as melhores
lições são aprendidas durante as épocas difíceis e de traba-
lho duro. Os desafios produzem pessoas de caráter.

Segunda, Gênesis 39:11-23


A posição de Potifar como capitão da guarda fazia-o
ser o executor principal. Por que ele não executou José por
ter violado sua esposa? Talvez por conhecer o caráter da
mulher e o de José. Ele não podia libertá-lo, tampouco que-
ria matá-lo. Pela segunda vez em sua vida, José perdeu sua
túnica, mas não seus princípios. Mesmo que sua lealdade a
Deus e a seu empregador lhe custasse a liberdade, sua leal-
dade impediu-o de tomar uma decisão imoral.
Você tem autocontrole para fugir dos pecados como
109
Lição 11 Sábado, 13 de Setembro de 2008

José fez?

Terça, Gênesis 40:1-8


A prisão é chamada de “casa do capitão da guarda”, a
mesma expressão empregada para descrever Potifar. Esta
deve ter sido uma prisão exclusiva, destinada aos prisionei-
ros que recebiam um melhor tratamento que os criminosos
comuns. Certamente, o padeiro e o copeiro caberiam nessa
categoria.
Após seus sonhos conturbados, José observou sua ati-
tude triste e ofereceu-se para interpretar seus sonhos. Mas
se recusou a tomar o crédito das interpretações, creditando
tudo a Deus.
Quando ajudamos os outros, reconhecemos o que Deus
fez por nós? Ou apontamos a Deus, que torna tudo possí-
vel para que possamos servir?

Quarta, Gênesis 40:9-23


José fez o que chamamos, atualmente, de trabalhos
em rede. Alguns comentaristas sugerem que ele não devia
ter dito coisa alguma; é por isso que Deus deixou-o na pri-
são por mais dois anos. Mas se o atendente tivesse imedia-
tamente se lembrado do pedido de José, ele poderia não
estar disponível quando o Faraó tivesse seus sonhos.
Deus marcou tudo até o último detalhe. Esperar testa
a paciência. Freqüentemente, enfrentamos desafios ao sen-
tirmos que devemos fazer algo à exceção de esperar e de
orar. Mas Deus não será apressado. O sincronismo dele é
perfeito.

Quinta, Gênesis 41:1-16


Sem aviso, o Faraó chamou José para interpretar seus so-
nhos. Ele teve tempo somente de trocar de roupa e de barbear-se.
Provavelmente, não sabia nem mesmo por que era chamado. Con-
110
O SONHO DE JOSÉ COMEÇOU A SE TORNAR REALIDADE

tudo, ao chegar, José calmamente interpretou os sonhos do Faraó,


dando outra vez o crédito a Deus.
Nunca sabemos quando poderemos ter a oportunidade de
testemunhar para os outros. Se não temos uma idéia do que dizer,
o momento pode acabar e nunca mais voltar. “CONJURO-TE,
pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os
vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a
palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas,
exortes, com toda longaminidade e doutrina” (2 Tm 4:1-2, RA,
grifo nosso)
Sexta, Gênesis 41:25-37
José interpretou os sonhos do Faraó, e forneceu um plano
para colocar todas as informações em prática. Todos os anos, ao
longo dos quais fora escravo e prisioneiro, estavam sendo pagos.
Quando foi encarcerado e escravizado, aprendeu as habilidades
de gerência, necessárias à sua nova posição.
A Bíblia Viva diz: “Eis por que nunca desanimamos. Embo-
ra nossos corpos morram aos poucos, a força interior que temos
no Senhor vai crescendo dia a dia.” (2 Coríntios 4:16). Mesmo
que Deus trabalhe nos bastidores, sabemos que algo bom está acon-
tecendo.
Sábado, Gênesis 41:38-45
O Faraó reconheceu que a sabedoria de José vinha de Deus.
Em conseqüência, colocou toda a confiança em José. Até deu a
ele seu anel oficial, um símbolo da autoridade do Faraó.
Provavelmente, você não terá de interpretar sonhos para um
rei, mas aqueles que o conhecem precisam ver Deus em você, por
meio de suas palavras amáveis, nos atos clementes e por seus con-
selhos sábios. Faça com que seus parentes, vizinhos e colegas de
trabalho enxerguem-no como uma pessoa na qual o espírito de
Deus vive.

111
Lição 11 Sábado, 13 de Setembro de 2008

Estudo Estudo Adicional Devocional


Gênesis Gênesis Salmo
41:25-45 45 105:16-22

Verso áureo
“Depois disse o Faraó a José: ‘Pois que Deus te fez
saber tudo isso, ninguém há tão entendido e sábio como
tu.’ “ (Gênesis 41:39)

Núcleo da lição
Os propósitos de Deus são, às vezes, cumpridos de
maneiras surpreendentes. Como Deus, por exemplo, tra-
balhou usando José para cumprir as promessas divinas
feitas aos povos da aliança? O Senhor deu a ele a habili-
dade de interpretar um sonho para o Faraó; este, por sua
vez, respondeu elevando-o a uma posição de poder, ape-
nas porque José o havia sonhado.

Questões para estudo do texto


1. Que sonhos teve o Faraó? Por que havia dois sonhos?
Em que sentido podemos dizer que transmitiram a
mesma idéia?

2. Que interpretação José deu aos sonhos do Faraó?


Como fora capaz de distinguir essas interpretações?

112
O SONHO DE JOSÉ COMEÇOU A SE TORNAR REALIDADE

3. Como a experiência de José pode ser comparada à de


Daniel, em Daniel 2?

4. Qual foi a resposta do Faraó a José? Como a cultura da


época esperaria que o rei respondesse a essa notícia?
Como a resposta do rei diferiu do que era esperado?

5. Que qualificações José trouxe ao novo trabalho? Como


Deus usou os eventos de sua vida para prepará-lo para
esse nível elevado de responsabilidade?

6. Em que sentido o texto desta lição afirma que a pro-


messa de Deus de criar um povo da aliança não pode-
ria ser impedida nem mesmo pelos trabalhos anterio-
res dos irmãos de José e da esposa de Potifar.

113
Lição 11 Sábado, 13 de Setembro de 2008

ENTENDENDO E VIVENDO
D. Scott Smith

O SENHOR TRABALHA DE MANEIRAS MISTERIOSAS!


Quantas vezes você já deve ter dito: “O Senhor tra-
balha de maneiras misteriosas!”? Provavelmente, pode
não relembrar todas as ocasiões em que usou esse ditado.
Usamo-lo tanto que pode ter perdido o impacto. Quan-
do somos golpeados por uma coincidência na vida, po-
demos dizer: “O Senhor trabalha de maneiras misterio-
sas.”. E estou certo de que houve momentos em que o
provérbio foi muito apropriado. Ocasionalmente, vemos
a mão divina em situações do dia-a-dia de uma maneira
que nunca poderíamos supor. “Ó profundidade da rique-
za, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus!
Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis,
os seus caminhos! ”. (Romanos 11:33) Certamente José
concordaria com essa afirmação.
Na passagem do estudo desta semana, José é apre-
sentado à oportunidade de interpretar os sonhos do Faraó.
Um conselheiro do palácio, na época, ocupava uma posi-
ção que poderia conduzir a uma grande autoridade e à
riqueza; mas também poderia conduzir à morte se ele
desagradasse o monarca. Como o menino-pastor filho
de Israel vem a esse lugar? De um ponto de vista terres-
tre, os eventos que conduziram José à corte do Faraó
poderiam ser descritos exclusivamente como desastro-
sos. Destruído, vendido para escravidão, acusado falsa-
mente e jogado na prisão... Todos foram acontecimentos
presentes no estranho trajeto de José à grandeza. Desas-
troso e estranho, como pode ter parecido, esse era o pla-
no perfeito de Deus para seu povo da aliança. O Senhor
trabalha de maneiras misteriosas!
114
O SONHO DE JOSÉ COMEÇOU A SE TORNAR REALIDADE

OS SONHOS DO FARAÓ
Após ouvir a narrativa dos sonhos do Faraó, José
imediatamente reconheceu que eles realmente represen-
tavam duas maneiras de se ver o mesmo sonho; algo que
pode ter recordado de seus próprios sonhos de grandeza
(37:5,9). Disse ao Faraó que eles eram dois exemplos a
reforçarem a garantia e a iminência do que Deus iria fa-
zer.
Um sonho mostrava sete vacas saudáveis devoradas
por “sete vacas feias e magras” (v. 27). O outro era de
sete boas espigas de grãos que cresciam em uma única
haste. Conforme aconteceu com as vacas, as sete espigas
boas “são engolidas” por sete espigas “finas e chamusca-
das”. As duas visões, disse José, eram mensagens de Deus
a respeito da fertilidade do Egito durante os 14 anos se-
guintes. Eles falavam da agricultura e das criações, mos-
trando que a abundância dos primeiros sete anos e a fome
dos sete seguintes estariam completas.
Os sonhos do Faraó mostram que a fome seria tão
severa que a abundância do primeiro período “será total-
mente engolida” pelo segundo. A agricultura egípcia foi
muito limitada pelo largo vale do rio Nilo. As colheitas e
os animais, dependentes das colheitas, não poderiam existir
sem a inundação anual do rio. A seca no Nilo superior e
em seus afluentes significou que não haveria um depósito
de solo rico e escuro e água para a irrigação na parte mais
baixa do Nilo. O antigo historiador Heródoto comen-
tou que as inundações cobriram “a distância de uma via-
gem de dois dias de ambos os bancos.” O que José tinha a
dizer sobre os sonhos do Faraó era, na verdade, notícias
alarmantes. Um conselheiro que trouxesse tal informa-
ção poderia esperar sofrer a ira do monarca. José, entre-
tanto, tomou uma atitude corajosa.
115
Lição 11 Sábado, 13 de Setembro de 2008

A ATITUDE CORAJOSA DE JOSÉ


Imagine se metade de sua vida tivesse sido passada
em uma masmorra ou na escravidão. Quando você é le-
vado diante de um monarca autoritário, que tem controle
total sobre você, qual seria sua reação? De raiva? De
medo? De ódio? Deve ter sido natural para José ter senti-
do qualquer uma dessas emoções.
Imagine o dano que ele poderia ter causado caso sim-
plesmente se permitisse interpretar os sonhos incorreta-
mente. Poderia ter punido a nação inteira que o havia es-
cravizado e encarcerado. No lugar disso, mostrou clara-
mente que as prioridades de Deus eram as suas. Seu dese-
jo era que o plano divino fosse o seu.
José disse a verdade ao Faraó mesmo que fosse peri-
goso, ainda que isso lhe roubasse uma oportunidade de
vingança. E foi além! Interpretou a mensagem de Deus
ao Faraó e garantiu que o grande rei soubesse que a men-
sagem era de um Senhor verdadeiro. O verso 28 diz: “..é
porque eu falei ao Faraó: Deus mostrou ao Faraó o que
está a ponto de fazer.” Além disso, José utilizou seu dom
de sabedoria dado por Deus e projetou um plano; assim,
os povos do Egito sobreviveriam à fome futura. Um sis-
tema de recolher e de armazenar grãos, durante os anos
de abundância, permitiu a distribuição de grãos durante
o período de dificuldade.
O Faraó deve ter se surpreendido com o fato de um
escravo criminoso, audaciosamente, dizer-lhe como mi-
nistrar as necessidades do reino. José estava,
indubitavelmente, ultrapassando seus limites! Mas o dita-
dor viu sabedoria no que José dizia e percebeu a origem
dessa sabedoria. O verso 38 diz: “Então, o Faraó disse a
seus empregados: ‘Podemos nós encontrar um homem
como este, no qual está um espírito divino?’”. Sua res-
posta à forte recomendação de José não era um ultraje
116
O SONHO DE JOSÉ COMEÇOU A SE TORNAR REALIDADE

pela audácia de homem jovem; pretendia colocar este fi-


lho de Israel como responsável por toda a nação.

VOCÊ VÊ O TRABALHO DE DEUS?


Foi a habilidade de interpretar sonhos, simplesmen-
te dada por Deus, que fez de José alguém grande? Certa-
mente isso era parte da equação. Será que a sabedoria
divina elevou-o? Não há dúvida disso! Tão importante
quanto esses presentes foram a atitude de José perante a
vida; isso foi o núcleo de seu sucesso. Em tudo o que
aconteceu, ele viu o trabalho de Deus. Mesmo que não
pudesse imaginar qual seria o fim, ele depositava sua fé
em Deus. Ainda que os acontecimentos parecessem de-
sastrosos, ele assumia que Deus era o comandante de tudo.
Aqui está um estilo de vida digno de se seguir! Você
pode ver o trabalho de Deus em todos os eventos de sua
vida? Com freqüência, ao longo de nossa existência, ten-
tamos manipular as circunstâncias de modo que o resul-
tado possa ser o que nós decidimos de acordo com nos-
so melhor interesse. Não seria sábio colocar nossa confi-
ança em Deus em vez de pôr em nós? Isso não significa
que possamos simplesmente relaxar e assistir a Deus “tra-
balhando” em nossa vida! Ao contrário; observe que José
trabalhou duramente e com excelência em toda parte a
que foi. Deixe isso ser o objetivo de sua vida. Enquanto
você trabalha duramente, pare para observar com fre-
qüência o trabalho de Deus. Você vai encontrá-lo nos lu-
gares mais incomuns e inesperados. Lembre: Deus traba-
lha de maneiras misteriosas!

117
Lição 11 Sábado, 13 de Setembro de 2008

DICAS PARA OS PROFESSORES

Objetivos da lição

1. Revisar a história de José quanto à interpretação do


sonho do Faraó, e da resposta do monarca a ele.

2. Ajudar os participantes a afirmarem que a promessa


de Deus de criar um povo da aliança não poderia ser
prejudicada mesmo com a escravização e com o apri-
sionamento do portador da promessa.

3. Incentivar os participantes a olharem para lugares im-


prováveis de se ver o trabalho de Deus, feito de ma-
neiras improváveis.

Atividade Pedagógica
Listar imagens contemporâneas que transmitiriam
uma mensagem parecida com aquela encontrada no so-
nho do Faraó

Olhando Adiante
A história de José atinge o ápice.

118
DEUS PRESERVOU UM
REMANESCENTE
Gênesis 45:1–12

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS


Linda Harris

Domingo, Gênesis 42:1-24


O primeiro sonho de José, no qual vira os irmãos cur-
varem-se perante ele, tornou-se realidade (Gênesis 37:6-7).
Ele lembrou-se de sua visão, mas não do seu sentido; este
veio à mente apenas no momento em que seus irmãos cur-
varam-se. E eles também lembraram! Haviam maltratado
José e sentido que seriam punidos por seus pecados. Não
tinham consciência de que era o irmão que fora vendido
para a escravidão.
José compreendeu cada palavra, pois os irmãos arre-
penderam-se muito do feito. Rúben recusou-se a assumir
sua responsabilidade: “Eu lhe disse que você não deveria
ter feito!” Contudo, era tão culpado quanto os outros, mes-
mo não participando da venda de José como escravo.
Quando erramos pedimos perdão ou jogamos a res-
ponsabilidade sobre outro?

Segunda, Gênesis 43:1-15


Mais uma vez vemos o logro ocorrendo, um traço ca-
racterístico da família de Jacó. Ele pensou que seus filhos
tivessem mentido sobre Benjamin. Eles afirmaram que o
pai insistira em obter essa informação deles. Na verdade,
eles ofereceram a informação sem o alerta de José (42:13).
Judá tomou a responsabilidade pelo que aconteceu a
Benjamin. Mais cedo, Rúben havia tentado isso (42:37), mas
119
Lição 12 Sábado, 20 de Setembro de 2008

Jacó, ainda na negação, recusara-se a escutar. Ele desistiu


de Simeão (42:36), considerando-o morto, como também
acreditou estar José. Quando Jacó relevou a verdade, recor-
reu à manipulação, enviando presentes a Esaú (Gênesis 32:3-
5). Jacó não confiou na idéia de que Deus favoreceria sua
família.
Pensemos: com que freqüência tentamos manipular as
circunstâncias ao invés de confiar em Deus?

Terça, Gênesis 43:16-34


José testou seus irmãos para verificar se haviam mu-
dado. Quando percebeu responsabilidade e honestidade
neles, soube que poderia se revelar. Ele colocou-os senta-
dos de acordo com a idade, e isso os surpreendeu. Então,
todos beberam até ficarem bêbados (43:33-34). Mas ele ti-
nha mais um teste para aqueles homens embora não sou-
bessem que estavam sendo testados.
Geralmente, quando Deus nos testa, perguntamos o
porquê disso. Devemos perceber que nos tornamos melho-
res ao passarmos por um teste divino.

Quarta, Gênesis 44:1-13


O teste final transformou-se em algo que os irmãos
temiam bastante – a perda de Benjamin. Eles rasgaram sua
roupa como num ato de sofrimento, como se Benjamin já
estivesse morto. O teste pode ter parecido muito duro e
difícil, mas José quis certificar-se de que eles haviam muda-
do. Será que abandonariam Benjamin já que haviam recu-
perado José?
Às vezes, Deus pode parecer duro e exigente conosco.
Mas seu propósito é transformar-nos na pessoa que ele de-
seja que, de fato, sejamos. Ao invés de reclamar, preste aten-
ção à lição que ele está tentando ensinar!

Quinta, Gênesis 44:14-17


Judá transformou-se no orador dos irmãos. Havia-os
120
DEUS PRESERVOU UM REMANESCENTE

convencido a venderem José para a escravidão (Gênesis


37:26-27). Em casa, dera sua palavra a Jacó de que Benja-
min retornaria. Porém, quando José exigiu que Benjamin se
tornasse um escravo, Judá ficou sem palavras. A culpa aba-
teu-se sobre ele; não havia mais o que dizer...
Quando pecamos, podemos estar tentando justificar
nossas ações. Entretanto, há somente uma resposta apro-
priada: o silêncio. “Ora, sabemos que tudo o que a lei diz
aos que estão debaixo da lei o diz para que toda a boca
esteja fechada, e todo o mundo seja condenável diante de
Deus.” (Romanos 3:19, RA)

Sexta, Gênesis 44:18-34


José percebeu que os irmãos, em particular Judá, pare-
ciam mais dispostos a se tornarem escravos no Egito do
que a retornarem a Jacó sem Benjamin. Eles passaram no
teste, e o palco estava armado para José revelar-se a eles.
As indiscrições e os pecados cometidos anteriormente por
Judá já não controlavam sua vida. Ele assumira a responsa-
bilidade por Benjamin e por todos os irmãos.
Em vez de deixar que seu passado o controle, você já
decidiu tomar a atitude responsável?

Sábado, Gênesis 45:1-15


Imagine o choque dos irmãos quando José revelou-se.
A revelação deixou-os mudos. José teve tempo de pensar
sobre os propósitos de Deus ao enviá-lo ao Egito; os ir-
mãos não. Eles foram ao Egito presumindo que José estava
morto. Após tudo o que lhe haviam feito, aos olhos do mundo
seria a hora da vingança. Mas ele enxergou a mão de Deus.
E garantiu a seus irmãos que não tinha coisa alguma contra
eles.
Deus ordena que perdoemos àqueles que pecam con-
tra nós. “Se, porém, não perdoardes aos homens as suas
ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofen-
sas.” (Mateus 6:15)
121
Lição 12 Sábado, 20 de Setembro de 2008

Estudo Estudo Adicional Devocional


Gênesis Gênesis Salmo
45:1-12 43:1 até 45:15 85

Verso Áureo
“Deus enviou-me adiante de vós, para conservar-vos
descendência na terra, e para guardar-vos em vida por
um grande livramento.” (Gênesis 45:7)

Núcleo da lição
Freqüentemente em retrospecto, mesmo a situação
mais difícil pode ter um significado positivo. Como nós
explicamos o bem que resulta de terríveis circunstâncias?
José disse a seus irmãos que Deus o havia enviado
ao Egito para preservar a descendência da família da pro-
messa.

Questões para estudo do texto


1. Como José mostra sua emoção quando da revelação
de sua identidade aos irmãos? Qual é a reação de seus
irmãos à notícia?

2. Como José poderia ter tratado os irmãos que bateram


nele e que o venderam à escravidão? Em vez disso, o
que ele ofereceu? Como planejou reunir a família?

122
DEUS PRESERVOU UM REMANESCENTE

3. Como José creditou a Deus o fato de ter ascendido a


uma posição de poder como o segundo maior no Egi-
to?

4. Onde mais você vê esse tema do “servo sofredor”, na


Escritura? Que outras passagens vêm à mente ao falar-
mos que Deus usa a tragédia para realizar grandes pro-
pósitos?

5. Da mesma forma que José, como você pode compar-


tilhar, e não guardar, as abundantes bênçãos de Deus?

6. Como você pode colocar sua esperança no Deus ca-


paz de salvar todas as coisas, não importando quão
extremas as circunstâncias possam parecer? Como pode
aprender a confiar em Deus, mesmo diante de uma
calamidade?

123
Lição 12 Sábado, 20 de Setembro de 2008

ENTENDENDO E VIVENDO
D. Scott Smith

COMO VOCÊ VÊ AS SITUAÇÕES E OS ACONTECIMENTOS?


É você uma pessoa que vê o copo meio vazio ou
meio cheio? Essa é uma interrogação muito conhecida
que, geralmente, é usada para falar da personalidade de
alguém. O mais positivo dirá que enxerga o copo meio
cheio, enquanto que o que se concentra no lado negativo
somente verá o copo meio vazio. Com certeza, nem tudo
é simples assim! Seres humanos são muito mais comple-
xos do que isso; entretanto, nossas atitudes básicas têm
muito a ver com a maneira como vemos e vivemos a vida.
Na passagem de hoje da Bíblia, a atitude de José perante
a vida faz toda a diferença!

UMA REVELAÇÃO SURPREENDENTE


Durante anos, José permaneceu sozinho no Egito.
Seu pai e seus irmãos devem ter-se desvanecido na me-
mória quando os pastores nômades chegaram à corte
buscando auxílio durante a fome.
José ansiava em ver todos os irmãos; sendo assim,
ele maquinou uma maneira de provê-los e de trazê-los de
volta ao Egito. Agora, todos estavam perante esse Se-
nhor do Egito. Parece estranha a idéia de um escravo
semita ter se transformado no maior administrador do
reino? Talvez; mas se você rever a história do Egito, des-
cobrirá que isso ocorreu durante as dinastias de Hyksos.
A palavra egípcia “Hyksos” significava “chefes de
terras estrangeiras”. Durante esse tempo, os chefes semitas
tornaram-se tão poderosos que literalmente tomaram o
reinado e governaram-no por 100 anos. “Estes faraós
Semitas assumiram todos os postos e o estilo da realeza
tradicional.” José, sem dúvida, estava em uma posição
124
DEUS PRESERVOU UM REMANESCENTE

acima de seus irmãos na regalia real que convinha à sua


posição elevada.
Isso incluía, portanto, ter cabeça raspada, ornada
com acessórios, e usar vestes reais. Como poderiam ima-
ginar que esse homem era o irmão vendido à escravidão,
há muito tempo? José não podia conter-se por muito mais
tempo. Com a emoção guardada durante vários anos, ele
revelou sua verdadeira identidade a eles.
Quando finalmente se convenceram de que ele era
mesmo José, seus irmãos ficaram perturbados. Imagine
estar perante o segundo homem mais poderoso da gran-
de nação do Egito e perceber que ele era o irmão que
você jogou em um poço, deixando à morte, depois de tê-
lo vendido a comerciantes de escravos! A combinação
de alegria, de culpa e de medo deve ter sido opressiva.

A ATITUDE DE JOSÉ
Este era outro momento em que a atitude de José
revelava-se. Era a oportunidade perfeita para a vingança,
ou pelo menos, para o orgulho aparecer. Ao invés disso,
José procurou consolá-los. “Agora, não se aflijam, nem se
recriminem por terem me vendido para cá, pois foi para
salvar vidas que Deus me enviou adiante de vocês.”.
(Gênesis 45:5, NVI).
José explicou que a fome continuaria por mais cinco
anos. Foi Deus, disse ele, que o tinha enviado ao Egito de
modo que aquele momento pudesse acontecer. Ele não
os responsabilizou pelo que fizeram. Não creditou a si
próprio o ato de ter salvado o Egito e sua família; deu o
crédito total a Deus. E disse que eles não eram nem mes-
mo os responsáveis por aquilo tudo!
“Assim, não foram vocês que me mandaram para
cá, mas sim o próprio Deus. Ele tornou-me ministro do
Faraó; fez-me administrador de todo o palácio e gover-
125
Lição 12 Sábado, 20 de Setembro de 2008

nador de todo o Egito.” (Gênesis 45:8, NVI)


José instruiu os irmãos a retornarem ao pai e a con-
tarem em que Deus havia lhe transformado, no “senhor
de todo o Egito”. Em sua posição de autoridade, fez
provisão para sua grande família e para todos os reba-
nhos.
Israel e seus filhos vieram ao Egito e fixaram resi-
dência em Gosem. A família estaria reunificada e poderia
viver lá, geração após geração.

UMA ATITUDE DE CONSCIÊNCIA


Qual é sua atitude perante os acontecimentos que
fazem parte de sua vida? Você cria seu próprio futuro
pelas decisões que toma diariamente? Ou talvez se sinta
mais como um inocente espectador que olha uma vida
complicada passar... Sua atitude tem um efeito em sua
vida. Muitos de nós estamos tão envolvidos com a
vivência diária que não consideramos Deus como um ser
ativo. Vamos à igreja toda semana e participamos das ati-
vidades religiosas, mas estamos realmente cientes da pre-
sença divina em nossa vida diária? O salmista declara: “Tu
criaste o íntimo do meu ser e teceste-me no ventre de
minha mãe.” (Salmo 139:13, NVI)
Jesus lembrou às pessoas da multidão, no Sermão
da Montanha, que Deus importa-se com as flores do cam-
po; portanto, importar-se-ia certamente com elas. Se Deus
nos projetou, teve planos para nós e fez o sacrifício final
por nós, por que não estaria interessado em nossa vida a
cada dia?
José supôs que tudo que lhe acontecera estava nas
mãos de Deus. Não viu as tragédias como má sorte. Não
se enxergou como vítima, mesmo tendo passado por
episódios horrorosos. A razão pela qual José teve êxito
em tudo que fez foi confiar em Deus. Ele deu ao Senhor o
126
DEUS PRESERVOU UM REMANESCENTE

crédito por tudo.


Você pode estar passando por fases difíceis neste
momento. Do seu ponto de vista, pode não ver algo que
provavelmente esteja vindo de Deus. O problema é que
nossa visão limitada não é a mesma de Deus. Nosso Pai
Celestial estava lá antes do tempo, durante o tempo e após
o tempo. Por que tentamos confiná-lo a nossas horas e
aos dias limitados? Deus tem um plano para sua vida e
está trabalhando nele, mas você provavelmente não pode
vê-lo com sua visão limitada. O salmista disse: “Descan-
se no SENHOR e aguarde por ele com paciência; não se
aborreça com o sucesso dos outros, nem com aqueles que
maquinam o mal.” (NVI). Adote a atitude de José e per-
mita que Deus trabalhe em sua vida hoje.

ANOTAÇÕES

127
Lição 12 Sábado, 20 de Setembro de 2008

DICAS PARA OS PROFESSORES

Objetivos da lição

1. Focar atenção no ápice da história de José.

2. Ajudar os participantes a agradecerem a presença con-


tínua de Deus na vida deles.

3. Incentivar os participantes a identificarem épocas em


que Deus transformou circunstâncias ruins em resulta-
dos positivos.

Atividades Pedagógicas
Usar uma linha de tempo para rever a história de
José. Representar graficamente sua história, identifican-
do pontos altos e baixos.
Convidar os participantes a contarem histórias so-
bre calamidades que, na verdade, foram bênçãos
disfarçadas. Explorar as disciplinas espirituais que nos
ajudam a “continuar” ainda que não possamos ver os si-
nais da orientação de Deus.

Olhando Adiante
Uma geração morre e outra nasce para continuar
a promessa de Deus.

128
JACÓ ABENÇOOU SUA
FAMÍLIA
Gênesis 48:11–19

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS


Linda Harris

Domingo, Gênesis 45:16-20


O favor do Faraó a José estendeu-se a toda a família
de Jacó. O Faraó foi além de convidar a família ao Egito;
ele forneceu provisões para sua mudança e deu-lhe a me-
lhor terra para criar seus rebanhos.
Quando encontramos favor aos olhos de Deus, isso
não ocorre por sermos pessoas maravilhosas com direitos
próprios. A retidão de Cristo transforma-se em nossa à me-
dida que o fazemos nosso Senhor e Salvador. O favor de
Deus estende-se a nós, porque somos famílias de Cristo.

Segunda, Gênesis 45:21-28


José foi além de perdoar aos irmãos. Ele deu-lhes pre-
sentes, principalmente a Benjamin, seu único irmão por
parte de pai e de mãe. Alias, em função da maneira como os
dez irmãos haviam tratado José, eles não mereciam tais
mimos, mas ele deleitou-se em dar sua recompensa.
Deus igualmente ama dar bênçãos àqueles que não as
merecem. Da mesma forma que os irmãos de José, tudo
que é necessário para que se possa receber a benevolência
de Deus é se arrepender, confessar e afastar-se dos cami-
nhos pecadores.

Terça, Gênesis 46:1-4


Quando Abraão foi ao Egito, durante o período de
fome, ele envolveu-se em um problema (Gênesis 12:10-20).
129
Lição 13 Sábado, 27 de Setembro de 2008

Deus disse a Isaque para não ir ao Egito (Gênesis 26:1-2).


Recordando essas histórias de seu pai e do avô, Jacó talvez
possa ter tido reservas sobre essa ida. Mas Deus disse-lhe
para não ter medo. O que fez a diferença, então? Jacó parou
e adorou-o antes que partisse rumo à distante viagem.
Você já se encontrou em situações nas quais os acon-
tecimentos não estão indo bem? Você ora por uma situação
antes de iniciá-la? Deus não é obrigado a nos salvar de um
episódio difícil no qual nos colocamos. Quando procura-
mos a vontade divina, nós podemos nos mover adiante em
confiança.

Quarta, Gênesis 46:28-34


Outra vez Judá tomou a liderança, fornecendo orien-
tações para a terra que os descendentes de Israel ocupari-
am. Até o nome de Jacó foi mudado para Israel, anos antes,
embora fosse raramente chamado por aquele nome. Mas
aqui vemos Israel sendo usado, provavelmente porque esta-
va começando seu destino final como líder da nação de Is-
rael.
Nossos nomes não podem ser trocados. Entretanto,
nosso destino muda no dia em que nos transformamos em
cristãos. Está você na mesma estrada de antes, seguindo
para esse glorioso destino? Salmo 73:24, NVI: “Tu me diri-
ges com teu conselho, e depois me receberás com honras.”
Reserve um tempo para orar, hoje, sobre o destino que Deus
tem para você.

Quinta, Gênesis 47:7-12


A arrogância e a auto-suficiência juvenil de Jacó desa-
pareceram. Em gratidão, aproximou-se do Faraó e respon-
deu humildemente à sua pergunta a respeito da idade. Jacó
poderia ter-se vangloriado de suas realizações em vida e de
sua grande família, mas preferiu bendizer a Faraó. Deveu a
existência de sua família a esse benevolente monarca.
130
JACÓ ABENÇOOU SUA FAMÍLIA

Tudo que temos vem de Deus. Sem suas bênçãos, sem


sua intervenção em nossa vida, sem sua benevolência
salvadora, não seríamos coisa alguma! Contudo,
freqüentemente, negligenciamos ações como a de bendizer
e a de agradecer a Deus. Se você ainda não lhe agradeceu
hoje, por que não faz isso agora?

Sexta, Gênesis 47:27-31


Imagine como os dezessete anos de vida de Jacó de-
vem ter sido alegres. Ele teve um filho e dois netos de vol-
ta. Sua família havia sido dividida devido à fome. Apesar
de o Egito ter sido muito bom para ele, desejava ser enter-
rado em sua verdadeira terra natal – Canaã.
Nosso lar verdadeiro não é o local onde vivemos ago-
ra. Nós podemos ter algumas das melhores conquistas des-
ta vida terrena, mas o céu é o nosso lar. A vida abundante
começa aqui, mas sua riqueza apenas começará no momen-
to em que deixarmos os corpos terrenos para recebermos
os espirituais.

Sábado, Gênesis 48:8-21


Embora Jacó não pudesse ver os semblantes dos ne-
tos, instintivamente sabia qual deveria receber a bênção do
primogênito - Efraim, o mais novo. Isso era contrário à
tradição, mas Deus nunca parou de elevar quem desejasse.
Ismael era o filho mais velho de Abraão, mas Isaque rece-
beu a bênção. Esaú era o mais velho de Isaque, mas Jacó
igualmente recebeu a bênção. Rúben era o mais velho de
Jacó, mas José recebeu a benção, e Judá recebeu a lideran-
ça.
Ao invés de se aborrecer quando os acontecimentos
não obedecem à tradição, procure a mão de Deus. Ele pode
estar lhe dizendo para deixar de lado a tradição para seu
próprio bem.
131
Lição 13 Sábado, 27 de Setembro de 2008

Estudo Estudo Adicional Devocional


Gênesis Gênesis Salmo
48:8-21 48 145

Verso áureo
“E Israel disse a José: ‘Eu não cuidara de ver teu
rosto; e eis que Deus me fez ver também tua descendên-
cia.’ “ (Gênesis 48:11)

Núcleo da lição
Uma geração morre e outra nasce. Que legados os
mais velhos querem deixar aos mais novos?
Jacó mudou-se para o Egito e viveu seus últimos dias;
abençoou seus netos e garantiu que continuariam a cres-
cer em uma multidão conforme Deus prometera a Abraão
e a Sara.

Questões para estudo do texto

1. Qual a reação de Jacó ao ver os filhos de José? De que


forma isso se configura como uma maneira de colocar
seus “processos jurídicos” em ordem?

2. Como esse acontecimento espelha o próprio passado


de Jacó? Como se relaciona à bênção recebida de seu
próprio pai?

132
JACÓ ABENÇOOU SUA FAMÍLIA

3. Por que Jacó dá mais de uma bênção aos filhos de José


e não a José? Que é a reação de José a essa bênção?

4. Mais tarde, na história da nação de Israel, haveria 12


tribos, mas aqui parece haver 13 herdeiros de Jacó. Por
que não há uma tribo de José? Por que existem somen-
te 12 tribos para receberem uma herança na terra pro-
metida?

5. Que legado você espera deixar às gerações futuras?


Como espera abençoar aqueles que o seguirem nos
próximos anos?

133
Lição 13 Sábado, 27 de Setembro de 2008

ENTENDENDO E VIVENDO
D. Scott Smith

DE GERAÇÃO A GERAÇÃO
Na coleção “Sociedade Histórica Batista do Sétimo
Dia”, você encontrará um Novo Testamento muito anti-
go. A edição Cranmer dessa obra é datada de 1549, mais
de 60 anos antes da publicação da versão do Rei Tiago
(King James version). Thomas Cranmer era, então, o ar-
cebispo de Canterbury; seu desejo era certificar-se de que
cada igreja inglesa (as oficiais) tivesse uma cópia da Bí-
blia.
O primeiro Batista do Sétimo Dia, Samuel Hubbard,
diz em seu jornal que o Novo Testamento veio de seu
avô e foi-lhe entregue em 1675. Acho muito comovente
estar em um museu e ver esse precioso exemplar saben-
do que foi passado de geração a geração. Cada novo pro-
prietário valorizou o legado da Palavra de Deus e hon-
rou a fé de suas ascendências. É impressionante ver o tra-
balho de Deus desdobrando-se ao longo de gerações da
fé.
Uma das importantes lições a serem aprendidas com
a história de José, do livro de Gênesis, é que Deus traba-
lha a longo prazo. Eventos colocados em prática quando
os irmãos venderam José para a escravidão tiveram im-
pacto anos mais tarde. Pareceria que a reunificação de
José com seus irmãos e com o pai era o ápice desta narra-
tiva maravilhosa. Contudo, pela passagem bíblica de hoje,
vemos a história repercutir no futuro. De forma im-
pressionante, os eventos do passado de José tiveram im-
plicação por centenas de anos e para multidões de indiví-
duos e de nações.
134
JACÓ ABENÇOOU SUA FAMÍLIA

DUAS MUDANÇAS
Duas “impressionantes mudanças” ocorrem nesta
passagem. José traz seus filhos a seu pai para receberam a
bênção, mas o que acontece é inesperado. Manassés e
Efraim haviam nascido de sua esposa egípcia, no Egito.
Como Manassés era o mais velho, seria o herdeiro princi-
pal e deveria ter recebido a bênção da mão direita do
avô. No verso 12, vemos José preparar os meninos para
a ocasião, posicionando-os em frente a Israel. O avô, ho-
mem idoso e praticamente cego, favorecia-se com essa
posição para a bênção cerimonial. Manassés ficou diante
da mão direita; Efraim, em frente à esquerda. Simples-
mente pegando suas mãos, Israel poderia tê-los abençoa-
do da maneira tradicional. Como primeira mudança, en-
tretanto, ele cruzou suas mãos e colocou a direita (que
indicaria a posição de mais velho) sobre a cabeça de
Efraim e a mão esquerda, em cima de Manassés.
A alteração dessas posições deixou José tão aborre-
cido que ele tentou intervir e mover fisicamente as mãos
de seu pai de volta à forma tradicional. Mas o homem
idoso não foi leniente. Reconheceu que Deus tinha orde-
nado Efraim a ser um grande líder, e que ambos os meni-
nos viriam a ser o começo de “uma multidão de nações”.
A segunda mudança faz-se na própria bênção. Pri-
meiramente, Israel abençoa seu filho José. Então, volta-se
para os dois meninos para, perante ele, abençoá-los. Isso
não é simplesmente um avô que dá uma bênção polida a
dois pequenos meninos! Israel adota os dois com tal bên-
ção!
O verso 16 diz: “...seja chamado neles o meu nome”
(Gn 48:16, RA). Israel apenas tomou-os como filhos!
Centenas de anos mais tarde, quando Deus entregou os
Filhos de Israel fora do Egito, as tribos de Manassés e de
135
Lição 13 Sábado, 27 de Setembro de 2008

Efraim foram imediatamente percebidas. Elas tomam seus


lugares na Terra Prometida junto às outras tribos. Lem-
bre: não há uma tribo de José; seu legado é anunciado
por intermédio de seus dois filhos.

ANUNCIANDO UM LEGADO
Israel pediu a Deus para “Abençoar os rapazes”, e
que seu nome e o de seus pais pudessem viver com eles.
Naquela época e como aquela cultura, seu “nome” era
essencialmente quem você realmente era.
É você um pai ou um avô? Se a resposta for positi-
va, tenho certeza de que se identifica por ter um pouco
de você refletido em seus filhos ou nos netos. Que legado
está deixando para eles?
Certamente, você já foi repetidamente lembrado a
preparar um testamento de modo que, ao morrer, seus
desejos sejam conhecidos por seus descendentes.
Freqüentemente, esses documentos referentes à “última
vontade” incluem a divisão de bens materiais. Talvez você
tenha bens imobiliários ou anuidades que beneficiarão seus
filhos quando da sua partida final. Você pode ter feito
um trabalho maravilhoso ao garantir que sua esposa, os
filhos e mesmo sua igreja sejam lembrados. Mas seus bens
materiais são quem você realmente é?
Você já compartilhou seu amor a Deus e a graça
salvadora de Jesus Cristo com seus filhos e netos? De to-
das as posses que possa obter, seu vínculo com Jesus é a
mais preciosa.
Jesus disse, em Marcos 8:37: “Pois que adianta ao
homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou,
o que o homem poderia dar em troca de sua alma?” (NVI).
Sua fé não pode ser compartilhada com seus filhos sim-
plesmente a colocando em seu testamento! Você deve
136
JACÓ ABENÇOOU SUA FAMÍLIA

dedicar tempo nessa tarefa. Precisa investir neles se dese-


ja ver um legado que continue de geração a geração.

ANOTAÇÕES

137
Lição 13 Sábado, 27 de Setembro de 2008

DICAS PARA OS PROFESSORES

Objetivos da lição

1. Examinar a história da bênção de Jacó aos filhos de


José: Efraim e Manassés.

2. Ajudar os participantes a se sentirem mais próximos


de seus próprios herdeiros e/ou antepassados.

3. Incentivar os participantes a viverem de forma a dei-


xarem um legado de uma pessoa que segue Cristo.

Atividade Pedagógica
Pedir que os membros do grupo descrevam o lega-
do de fé recebido de sua família. Dramatizar a história
lida para acentuar o ato de Jacó de cruzar suas mãos na
hora da bênção. Discutir maneiras de permanecer
conectado aos membros da família em um mundo móvel
e globalizado. Incorporar uma história de reunião famili-
ar envolvendo pessoas que permaneçam juntas por mui-
tos anos. Convidar os participantes a reservarem um tem-
po para detalharem o legado que esperam deixar.

Revisando
Deus garante que o crescimento da família da
promessa continuará a aumentar, assim como o
retorno à terra prometida.

138
COLABORADORES
MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS
Angie Osborn é esposa de Steve, mãe de Seth, de
Michaella, de Gabrielle e de Rachael. Ensina na es-
cola secundária Milton Middle School, na qual tra-
balha principalmente com os estudantes “em risco”.
É membro da Igreja Batista do Sétimo Dia de Mil-
ton, nos Estados Unidos.
Stephanie Sholtz é uma conselheira de saúde mental e
trabalha com aconselhamento, em Janesville, nos Es-
tados Unidos. Ali, fornece aconselhamento indivi-
dual e em grupo para crianças, para adolescentes e
para adultos. É membro da igreja BSD em Milton,
nos Estados Unidos.
Linda Harris, ex-editora da “The Helping Hand”, vive
em Colorado Springs e é membro da igreja BSD
em North Loup, nos Estados Unidos.

ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath é pastor da Foothill Community Church,
uma congregação Batista do Sétimo Dia de
Montrose, na Califórnia.
Paul R. Andries é filho e, agora, pastor da Igreja Batista
do Sétimo Dia de Washington, capital dos Estados
Unidos.
Reverendo Dom. Scott Smith é pastor assistente para
os Ministérios dos Adolescentes e de Jovens na Igreja
Batista do Sétimo Dia de Salem, em West Virginia.
Lá, vive com sua esposa Jean e com seus filhos.
139
OBRAS CITADAS E VERSÕES BÍBLICAS
Hartley, John E., New International Biblical Commentary,(Novo
Comentário Bíblico Internacional) Volume 1; Hendrickson
Publishers, Inc., Peabody, Massachusetts, 2000.
Herodotus, Histories (Histórias) 2,19
NIV Bible Dictionary (Dicionário Bíblico NVI). J.D. Douglas
& Merrill C. Tenney Eds, (Grand Rapids, MI:
Zondervan Publishing 1998)
New Bible Dictionary (Novo Dicionário Bíblico), Eds I. H.
Marshall, A. R. Millard, J. I. Packer & D. J. Wiseman,
3rd ed. (Downers Grove, IL: InterVarsity Press 1999).
Smith, Gary V. Old Testament Survey (Panorama do Antigo
Testamento), 2001 edition published by Evangelical
Training Association.
The Bethany Parallel Commentary On The Old Testament (Co-
mentário Paralelo do Antigo Testamento). published by
Bethany House Publishers in Minneapolis, MN. 1985.
The Interpreter’s Bible (A Bíblia do Interprete), Vol. 1. George
A. Butterick, ed. (Nashville, TN: Abingden Press),
1952.
The New Bible Commentary (O Novo Comentário Bíblico),
edited by D. Guthrie, J.A. Motyer, A.M. Stibbs, and
D.J. Wiseman. Published by Eerdmans in Grand Rapids,
MI, 1970.
Wikipedia, Biblioteca livre. Pode ser assessado em
www.wikipedia.com.br.

140
VERSÕES BÍBLICAS
NVI Todas as citações indicadas com a sigla NVI foram
extraídas da NOVA VERSÃO INTERNACIONAL.
Copyright 1993, 2000 da Sociedade Bíblica
Internacional. Todos os direitos reservados.
RC VERSÃO REVISTA E CORRIGIDA DE JOÃO
FERREIRA DE ALMEIDA. Rio de Janeiro: Imprensa
Bíblica Brasileira, 1967. Direitos reservados.
RA Os “Versos áureos” e as demais citações bíblicas
sem indicação da versão foram retirados da VERSÃO
REVISTA E ATUALIZADA DE JOÃO FERREIRA DE
ALMEIDA. 2ª edição. Copyright 1983, da Sociedade
Bíblica do Brasil.
NTLH Nova Tradução na Linguagem de Hoje. Barrueri
(SP): Sociedade Bíblica do Brasil, 2000.
BV A BÍBLIA VIVA. Segunda Edição. São Paulo:
Mundo Cristão, 2002.
LIÇÕES DO PRÓXIMO TRIMESTRE

1. Chamado para crer!

2. Chamado para ser uma embarcação!

3. Chamado para proclamar!

4. Chamado para exultar!

5. Chamado para testemunhar!

6. Inspirado para inquirir!

7. Inspirado para amar!

8. Inspirado para orar!

9. Inspirado para confiar!

10. Chamado ao trabalho!

11. Chamado para arrepender-se!

12. Chamado para ser humilde!

13. Chamado para ser um discípulo!


Solicita-se que as remessas de dízimos, ofertas e
outras contribuições destinadas à Conferência Batista
do Sétimo Dia Brasileira, sejam feitas através de che-
ques, ordens bancárias ou vales postais nominais, de
preferência para as seguintes agências e contas ban-
cárias:
a) BANCO DO BRASIL S. A.
Agência nº. 1622-5 de Curitiba / PR
Conta Corrente nº. 57643 -3
Titular: Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira
b) BANCO BRADESCO S.A.
Agência nº. 0049-3 de Curitiba/PR
Conta Corrente nº. 153799-7
Titular: Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira

As ofertas do décimo sábado de cada trimestre são


destinadas ao Conselho Missionário e devem ser de-
positadas na seguinte conta corrente:
Banco Itaú
Agência: 3703
Conta Corrente: 06312-7
Titular: Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira

Após a remessa, enviar carta ou relatório mensal em


formulário próprio ao tesoureiro geral, contendo as datas,
os valores e indicando a sua natureza: se são dízimos,
ofertas em geral ou para uma finalidade específica.

143
LEIA TAMBÉM
Um Povo que Escolhe:

A História dos Batistas do Sétimo Dia.

Documenta a história da
mais antiga denominação cristã
sabatista a partir de visão religi-
osa, mas também secular da his-
tória, da Reforma Protestante
na Europa aos tempos moder-
nos nos Estados Unidos da
América. Das suas origens em
meados do século XVII na In-
glaterra e na América Colonial
de Rhode Island, o livro relata a
organização de relações de as-
sociação durante o século XVIII;
a expansão juntamente com a fronteira ocidental, a orga-
nização da Conferência Geral e entidades relacionadas nas
áreas missionária e educacional no século XIX; e as bata-
lhas que se seguiram no século XX a partir de questões
sociais, teológicas e administrativas.
Tamanho 15x23 cm - 480 páginas.
R$ 30,00 - mais despesas de envio.

Peça o seu escrevendo para:


Departamento de Publicações da CBSDB
Rua Guilherme Abry 643 - Saguaçu
89.221-600 - Joinville / SC
e-mail: secretaria@cbsdb.com.br

Você também pode gostar