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Libras e Saúde

Autores

David José Oliveira Tozetto


Rayda Matias Lima
Ana do Socorro Barbosa Pimentel

2019
APRESENTAÇÃO

A língua brasileira de sinais foi desenvolvida a partir da língua de sinais


francesa. As línguas de sinais não são universais, cada país possui a sua. Durante
muito tempo, a filosofia educacional adotada para o ensino de pessoas surdas era o
oralismo. A partir do Congresso de Milão, em 1880, o método oral puro passa a ser
visto de forma diferente, dando espaço para uma nova filosofia que utilizava tanto
sinais como o treinamento em língua oral.
A partir da homologação da Lei nº. 10.436/2002, a propagação da Língua
Brasileira de Sinais é consolidada, e o Programa Nacional de Apoio à Educação de
Surdo vem reafirmar essa necessidade e possibilidade.
A língua de sinais é reconhecida em todo o mundo como um sistema linguístico
independente das línguas oral-auditivas, e foi reconhecida por meio do Decreto nº.
5.626, de 22 de dezembro de 2005. Utilizando-se de um canal visual-espacial, a língua
de sinais comporta sistemas simbólicos visuais que dão sentido à comunicação e
fortalecem os discursos surdos. Neste sentido, é uma forma de comunicação e
expressão em que o sistema linguístico é de natureza visual-espacial, com estrutura
própria, que transmite ideias e fatos oriundos de comunidades de pessoas surdas no
Brasil.
A Libras é uma língua de sinais brasileira, natural (Lei 10.436/02), que flui da
necessidade de comunicação entre as pessoas que utilizam esta modalidade gestual-
visual para se comunicar, que em sua maioria são as pessoas surdas e deficientes
auditivos, sendo a ausência da audição responsável pelo fato dos surdos recorrerem
a outros caminhos para desenvolver suas necessidades linguísticas.
Portanto, contribuir para superar a distância que se produziu historicamente
entre os surdos considerados “os deficientes” e os ouvintes considerados “os
normais”, sem fazer com que sua maneira diferente de comunicação, ou que seu
domínio linguístico-cultural se torne um mundo ou uma sociedade à parte é o que
norteia o presente projeto. Ao final espera-se dos participantes uma comunicação
básica em libras, além de subsidiar os profissionais já existentes ou novos
profissionais para atender as exigências das demandas do processo de inclusão na
área da saúde, ou seja, melhorar o acesso das pessoas com surdez aos profissionais
da saúde.
OBJETIVOS

Geral:

• Despertar nos acadêmicos o interesse pelo melhor atendimento as pessoas surdas


e deficiente auditivo estimulando ações de humanização ao atendimento clinico desta
clientela, desenvolver os conhecimentos básicos da estrutura gramatical da Libras,
bem como os parâmetros necessários para a realização de um sinal, ou seja, ao final
deste o cursista deverá posicionar, movimentar, configurar e expressar os sinais
correspondentes à Libras corretamente, tornando possível a comunicação
contextualizada entre surdos e ouvintes no convívio social, promovendo a
compreensão da Libras, da cultura e identidade da pessoa surda.

Específicos:

• Conhecer historicamente o surdo e a Língua de Sinais;


• Desenvolver a percepção visual para melhor compreender as Línguas Gestuais
visuais.
• Configurar, movimentar e posicionar suas mãos corretamente;
• Difundir a Libras aos acadêmicos para conhecerem a Língua da pessoa surda;
• Conhecer as especificidades das pessoas surdas, seus direitos a saúde, a educação e
ao lazer;
• Entender diálogos e pequenas narrativas;

METODOLOGIA

As aulas teóricas e práticas serão ministradas em Língua Portuguesa e em


Libras pela ministrante do curso.
As aulas serão expositivas, com estratégias práticas de ensino para que ocorra o
processo de ensino-aprendizagem de forma prazerosa, produzindo diálogos simples,
proporcionando uma comunicação básica em Libras com os Surdos.
Serão priorizados exercícios de teatro, músicas, conhecimento corporal,
desenvolvimento das expressões faciais e corporais e interpretações em diferentes
situações. Estas estratégias serão essenciais no decorrer das aulas. O material será
uma apostila fornecida para cada participante.
Doenças e Sintomas

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