Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
a) Nas áreas nas quais se autorize carga e descarga de mercadorias, ou embarque e de-
sembarque de viajante, procedentes do exterior ou a ele destinados, a autoridade aduaneira
tem precedência sobre as demais que ali exerçam suas atribuições.
b) No exercício de suas atribuições, a autoridade aduaneira terá livre acesso aos locais onde
se encontrem mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas.
Resposta: D
Antes de analisar cada assertiva vou fazer alguns comentários. Mesmo que você tenha ex-
periência como Ajudante de Despachante o risco de errar a resposta por causa de alguma
pegadinha é enorme. Não tem outro jeito, terei de citar a base legal para que você tente
decorar alguma coisa.
a) Nas áreas nas quais se autorize carga e descarga de mercadorias, ou embarque e de-
sembarque de viajante, procedentes do exterior ou a ele destinados, a autoridade aduaneira
tem precedência sobre as demais que ali exerçam suas atribuições.
Art. 17. Nas áreas de portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados, bem como em outras
áreas nas quais se autorize carga e descarga de mercadorias, ou embarque e desembarque de viajante,
procedentes do exterior ou a ele destinados, a autoridade aduaneira tem precedência sobre as demais que
ali exerçam suas atribuições.
b) No exercício de suas atribuições, a autoridade aduaneira terá livre acesso aos locais onde
se encontrem mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas.
Correto. Descrição consta no inciso II do Art. 24, Decreto 6.759/2009. Aproveito e transcrevo
o parágrafo único do referido artigo.
Art. 24. No exercício de suas atribuições, a autoridade aduaneira terá livre acesso (Lei no 8.630, de 25
de fevereiro de 1993, art. 36, § 2o):
Parágrafo único. Para o desempenho das atribuições referidas no caput, a autoridade aduaneira poderá
requisitar papéis, livros e outros documentos, bem como o apoio de força pública federal, estadual ou
municipal, quando julgar necessário (Lei nº 8.630, de 1993, art. 36, § 2º).
Art. 15. O exercício da administração aduaneira compreende a fiscalização e o controle sobre o comér-
cio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, em todo o território aduaneiro
Errado. Não se trata de uma atividade aduaneira. Os auditores da Receita Federal não ad-
ministram estas cotas. Além do mais, o inciso XXIII do Art. 18 do Decreto 9.260, de 29 de
dezembro de 2017, determina que esta atividade é de competência da SECEX - Secretária
de Comércio Exterior.
Chamo a atenção que esse Decreto é datado de 29 de dezembro de 2017, isto é, posterior
a data de publicação do Edital do último, no DOU, em 27 de dezembro de 2016. Porém, o
Decreto que foi revogado (8.917, de 29 de novembro de 2016) expressava a mesma com-
petência na redação do seu artigo Art. 17, Inciso XXIII.
Art. 17. À Secretaria de Comércio Exterior compete: Art. 18. À Secretaria de Comércio Exterior compete:
XXIII - estabelecer critérios de distribuição, adminis- XXIII - estabelecer critérios de distribuição, adminis-
trar e controlar cotas tarifárias e não tarifárias de im- trar e controlar cotas tarifárias e não tarifárias de im-
portação e exportação portação e exportação
Observe que no do Edital ESAF nº 124 de 2016 como no atual (59/2018), a ESAF cita os
Órgãos públicos intervenientes. Apesar de não ter relação direta com esta questão, preparei
um quadro resumido com os Ministérios (ou órgãos intervenientes) mais importantes e suas
respectivas secretárias, bem como suas áreas de competências. Incluí também a Camex e
o Banco Central.
ÒRGÃOS COMPETÊNCIA
Como disse, as atribuições do enunciado da assertiva D não têm nada a ver com autoridade
aduaneira, mas sim com um outro órgão público interveniente, no caso, a SECEX (Secretária
do Comércio Exterior).
Olha, como no Edital atual (59/2018) consta esse tópico (órgãos públicos intervenientes) e a
assertiva D fez referência a SECEX, aproveito para transcrever no quadro a seguir todas as
atribuições que constam no Decreto 9.260/2017 relativas à SECEX e seus cinco departa-
mentos: 1) Departamento de Operações de Comércio Exterior; 2) Departamento de Negoci-
ações Internacionais; 3) Departamento de Defesa Comercial; 4) Departamento de Estatística
e Apoio à Exportação e, 5) Departamento de Competitividade no Comércio Exterior.
A ESAF pode perguntar qualquer coisa sobre qualquer Órgão Interveniente (CAMEX, SE-
CEX, MRE etc...), você não vai decorar tudo, mas se você lembrar de alguma coisa pode
acertar a questão. Nesse caso, o candidato que percebeu que a assertiva D era uma atribui-
ção da esfera administrativa acertou em cheio, mesmo que ele tenha ficado em dúvida entre
assertivas A e E, por exemplo, se ele tinha certeza da D, acertou!
IV - propor diretrizes que articulem o emprego do instrumento aduaneiro com os objetivos gerais de
política de comércio exterior e propor alíquotas para o imposto de importação, suas alterações e seus regi-
mes de origem preferenciais e não preferenciais;
IX - decidir sobre:
b) a prorrogação do prazo da investigação de que trata a alínea “a” e o seu encerramento sem exten-
são de medidas;
X - decidir sobre a aceitação de compromissos de preço previstos nos acordos multilaterais, regionais
ou bilaterais na área de defesa comercial;
XII - orientar e articular-se com a indústria brasileira em relação a barreiras comerciais externas aos
produtos brasileiros e propor iniciativas facilitadoras e de convergência regulatória;
XIII - articular-se com outros órgãos da administração pública, entidades e organismos nacionais e
internacionais para promover a defesa da indústria brasileira;
XVI - elaborar e divulgar as estatísticas de comércio exterior, inclusive a balança comercial brasileira,
observadas as competências de outros órgãos;
XVII - promover iniciativas destinadas à difusão da cultura exportadora e ações e projetos destinados
à promoção e ao desenvolvimento do comércio exterior;
XVIII - articular-se com órgãos, entidades e organismos nacionais e internacionais para a realização
de treinamentos, estudos, eventos e outras atividades destinadas ao desenvolvimento do comércio exterior;
XXII - conceder o regime aduaneiro especial de drawback, nas modalidades de suspensão e isenção,
para proporcionar o aumento na competitividade internacional do produto brasileiro, respeitadas as compe-
tências da Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda;
XXIII - estabelecer critérios de distribuição, administrar e controlar cotas tarifárias e não tarifárias de
importação e exportação;
XXIV - examinar e apurar a prática de ilícitos no comércio exterior e propor aplicação de penalidades;
e
XXV - exercer as atividades de Secretaria do Comitê Nacional de Facilitação do Comércio - Confac,
integrante da CAMEX.
c) bens usados; e
V - fiscalizar preços, pesos, medidas, classificação, qualidades e tipos, declarados nas operações de
exportação e importação, diretamente ou em articulação com outros órgãos da administração pública, ob-
servadas as competências das repartições aduaneiras;
VIII - participar de reuniões em órgãos colegiados em assuntos técnicos setoriais de comércio exterior
e de eventos nacionais e internacionais relacionados ao comércio exterior brasileiro; e
III - desenvolver atividades relacionadas com o comércio exterior e participar das negociações junto a
organismos internacionais;
VII - acompanhar a participação do País nas negociações do Comitê Técnico de Regras de Origem
da Organização Mundial das Aduanas e no Comitê de Regras de Origem da Organização Mundial do Co-
mércio;
VIII - administrar, no País, o Sistema Geral de Preferências, o Sistema Global de Preferências Comer-
ciais e os regulamentos de origem dos acordos comerciais firmados pela República Federativa do Brasil e
dos sistemas preferenciais autônomos concedidos ao País;
XI - articular-se com órgãos e entidades públicas e privadas, com vistas a compatibilizar as negocia-
ções internacionais para o desenvolvimento do comércio exterior brasileiro;
XII - apoiar a indústria brasileira em relação às barreiras comerciais externas aos produtos brasileiros
e às iniciativas facilitadoras e de convergência regulatória;
XIII - fazer o levantamento das restrições às exportações brasileiras e das recomendações para seu
tratamento no nível externo e interno; e
VI - propor a extensão a terceiros países e a partes, peças e componentes dos produtos objeto de
medidas antidumping e compensatórias vigentes;
VIII - elaborar as notificações sobre medidas de defesa comercial previstas em acordos internacionais;
XII - acompanhar as investigações de defesa comercial abertas por terceiros países contra as expor-
tações brasileiras e prestar assistência à defesa do exportador, em articulação com outros órgãos e entida-
des públicas e privadas;
XIII - elaborar material técnico para orientação e divulgação dos mecanismos de defesa comercial;
XIV - examinar a procedência e o mérito de petições de redeterminação das medidas de defesa co-
mercial, propor a abertura e conduzir os procedimentos para alterar a forma de aplicação ou o montante da
medida de defesa comercial;
XII - propor a articulação com órgãos e entidades públicas e privadas, nacionais e internacionais, para
a realização de treinamentos, estudos, eventos e outras atividades destinadas ao desenvolvimento do co-
mércio exterior;
XIII - realizar e manter serviço de solução de dúvidas e atender a pedidos de informação relativos ao
comércio exterior brasileiro, em parceria com outros órgãos intervenientes no comércio exterior; e
XIV - manter e gerenciar, em parceria com outros órgãos, ferramenta eletrônica de divulgação de
informações sobre o comércio exterior brasileiro.
III - coordenar, no âmbito do Ministério, ações referentes ao Acordo sobre Procedimentos de Licenci-
amento de Importação junto à Organização Mundial do Comércio;
V - preparar estudos, formular propostas, planejar ações e elaborar e integrar projetos destinados à
melhoria da eficiência do ambiente regulatório, de sistemas operacionais e dos processos logísticos, infor-
máticos e de controles governamentais relativos a operações de comércio exterior;
XVI - atuar, no âmbito de competência do Ministério, em cooperação com outros países e organismos
internacionais na promoção, no desenvolvimento e na implementação de medidas de facilitação de comércio
em âmbito multilateral, plurilateral, regional ou bilateral; e
Art. 24. No exercício de suas atribuições, a autoridade aduaneira terá livre acesso (Lei no 8.630, de 25
de fevereiro de 1993, art. 36, § 2o):
Parágrafo único. Para o desempenho das atribuições referidas no caput, a autoridade aduaneira poderá
requisitar papéis, livros e outros documentos, bem como o apoio de força pública federal, estadual ou
municipal, quando julgar necessário (Lei nº 8.630, de 1993, art. 36, § 2º).
30. Analise as assertivas a seguir relativas aos portos secos e, ao final, assinale a
opção correta.
I. Portos secos são recintos alfandegados de uso público nos quais são executadas opera-
ções de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de baga-
gem, sob controle aduaneiro.
II. Os portos secos poderão ser autorizados a operar com carga de importação, de exporta-
ção ou ambas, tendo em vista as necessidades e condições locais.
IV. Quando os serviços devam ser prestados em porto seco instalado em imóvel pertencente
à União, será adotado o regime de concessão precedido da execução de obra pública.
V. A licença para exploração de porto seco será concedida a estabelecimento de pessoa
jurídica constituída no País, que explore serviços de armazéns gerais, demonstre regulari-
dade fiscal e que, entre outras condições, possua patrimônio líquido igual ou superior a R$
2.000.000,00 (dois milhões de reais).
Resposta: D
Algumas observações antes de analisar cada assertiva. A questão trata dos Portos Secos,
que são recintos alfandegados situados em Zona Secundaria do território aduaneiro, con-
forme redação do Art. 3º, Inciso II do Decreto 6759/2009. Note ainda que o Decreto
6759/2009, de acordo com o disposto no Art. 11º, parágrafo 1º, proíbe a instalação de Portos
Secos em Zona Primária.
Art. 3o A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro e abrange
(Decreto-Lei no 37, de 18 de novembro de 1966, art. 33, caput):
I - a zona primária, constituída pelas seguintes áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local:
II - a zona secundária, que compreende a parte restante do território aduaneiro, nela incluídas as águas
territoriais e o espaço aéreo.
O quadro a seguir sintetiza essa divisão entre Zona Primária e Zona Secundária:
I. Portos secos são recintos alfandegados de uso público nos quais são executadas opera-
ções de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de baga-
gem, sob controle aduaneiro.
Art. 11. Portos secos são recintos alfandegados de uso público nos quais são executadas operações e
movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem, sob controle adu-
aneiro.
II. Os portos secos poderão ser autorizados a operar com carga de importação, de exporta-
ção ou ambas, tendo em vista as necessidades e condições locais.
Art. 11. Portos secos são recintos alfandegados de uso público nos quais são executadas operações de
movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem, sob controle adu-
aneiro.
§ 2o Os portos secos poderão ser autorizados a operar com carga de importação, de exportação ou am-
bas, tendo em vista as necessidades e condições locais.
Errado. Veja a redação dada pelo Art. 12 do Decreto 6759/2009, combinada com o Art. 3º da
Instrução Normativa RFB 1208, de 04 de novembro de 2011. A regra geral é o regime de
concessão ou de permissão. Todavia, de acordo com o disposto no parágrafo único do Art.
12 do Decreto, será adotado o regime de concessão, caso o imóvel pertença à União, mas
somente para os casos de execução das operações e a prestação dos serviços. Não há
nenhuma indicação na redação desses artigos sobre a licença.
Art. 12. As operações de movimentação e armazenagem de mercadorias sob controle aduaneiro, bem
como a prestação de serviços conexos, em porto seco, sujeitam-se ao regime de concessão ou de
permissão (Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995, art. 1o, inciso VI).
Parágrafo único. A execução das operações e a prestação dos serviços referidos no caput serão
efetivadas mediante o regime de permissão, salvo quando os serviços devam ser prestados em porto
seco instalado em imóvel pertencente à União, caso em que será adotado o regime de concessão
precedida da execução de obra pública.
Art. 3º A prestação de serviços desenvolvidos em porto seco sujeita-se ao regime de permissão, salvo
quando o imóvel pertencer à União, caso em que será adotado o regime de concessão, precedido da
execução de obra pública.
IV. Quando os serviços devam ser prestados em porto seco instalado em imóvel pertencente
à União, será adotado o regime de concessão precedido da execução de obra pública.
Correto. Me empolguei e antecipei esta afirmação na assertiva anterior. Redação dada pelo
artigo Art. 3º da Instrução Normativa RFB 1208, de 04 de novembro de 2011, combinada
com a redação do Art. 12 e parágrafo único do Decreto 6759/2009.
Art. 3º A prestação de serviços desenvolvidos em porto seco sujeita-se ao regime de permissão, salvo
quando o imóvel pertencer à União, caso em que será adotado o regime de concessão, precedido da
execução de obra pública
Errado. Eu entendo que a ESAF quis confundir a legislação que regulamenta a instalação de
Portos Secos com a do CLIA - Centro Logístico e Industrial Aduaneiro. Houve muita confusão
e polêmica nessa história à época. Vamos por partes:
1) O CLIA - Centro Logístico e Industrial Aduaneiro foi incluído pela Medida Provisória
612/2013 que dispunha sobre a reestruturação do modelo jurídico de organização dos
recintos aduaneiros de zona secundária, entre outros assuntos. A seguir, reproduzi
um quadro apenas com os artigos necessários (1º ao 5º da MP 612/2013) para justi-
ficar a resposta dessa assertiva.
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 612, DE 4 DE ABRIL DE 2013
Art. 2º O despacho aduaneiro de bens procedentes do exterior ou a ele destinados, inclusive de baga-
gem de viajantes e de remessas postais ou encomendas internacionais, a armazenagem desses bens, e a
realização de atividades conexas à sua movimentação e guarda sob controle aduaneiro serão realizados em
locais e recintos alfandegados.
b) instalações portuárias de uso exclusivo, misto ou de turismo com autorizações ou contratos funda-
dos na Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012, ou na legislação anterior, vigentes e reconhe-
cidos pela legislação que dispõe sobre a exploração de portos e instalações portuárias; e
c) silos ou tanques para armazenamento de produtos a granel localizados em áreas contíguas a porto
organizado ou instalações portuárias ligados a estes por tubulações, esteiras rolantes ou similares instalados
em caráter permanente;
III - recintos de permissões ou concessões outorgadas com fundamento no inciso VI do caput do art.
1º da Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995;
IV - recintos de estabelecimento empresarial licenciados pelas pessoas jurídicas habilitadas nos ter-
mos desta Medida Provisória;
V - bases militares;
VII - lojas francas e seus depósitos em zona primária, sob a responsabilidade da respectiva empresa
exploradora;
Art. 3º A empresa responsável por local ou recinto alfandegado deverá, na qualidade de depositária,
nos termos do art. 32 do Decreto-Lei nº 37, de 18 de novembro de 1966, prestar garantia à União, no valor
de dois por cento do valor médio mensal, apurado no semestre civil anterior, das mercadorias importadas
entradas no recinto alfandegado, excluídas:
I - as desembaraçadas em trânsito aduaneiro até o quinto dia seguinte ao de sua entrada no recinto;
e
II - as depositadas nos recintos relacionados nos incisos V, VI, VIII, IX, X e XI do § 1º do art. 2º, e nos
recintos referidos no § 5º do art. 2º.
§ 1º Para efeito de cálculo do valor das mercadorias a que se refere o caput, será considerado o valor
consignado no conhecimento de carga ou em outro documento estabelecido pela Secretaria da Receita Fe-
deral do Brasil do Ministério da Fazenda.
§ 3º A garantia deverá ser prestada na forma e com a dedução previstas no § 2º até o décimo dia útil
seguinte ao de cada semestre civil encerrado.
Parágrafo único. O curso do prazo previsto no caput será interrompido pela interposição de recurso
administrativo ou ação judicial que suspenda a exigibilidade de obrigações ou penalidades pecuniárias, até
o seu trânsito em julgado.
Art. 5º A licença para exploração de Centro Logístico e Industrial Aduaneiro será concedida a estabe-
lecimento de pessoa jurídica constituída no País, que explore serviços de armazéns gerais, demonstre regu-
laridade fiscal e atenda aos requisitos técnicos e operacionais para alfandegamento estabelecidos pela Se-
cretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda, na forma da Lei nº 12.350, de 20 de dezembro
de 2010, e satisfaça também às seguintes condições:
I - seja proprietária, titular do domínio útil ou, comprovadamente, detenha a posse direta do imóvel
onde funcionará o Centro Logístico e Industrial Aduaneiro;
III - apresente anteprojeto ou projeto do Centro Logístico e Industrial Aduaneiro previamente aprovado
pela autoridade municipal, quando situado em área urbana, e pelo órgão responsável pelo meio ambiente,
na forma das legislações específicas.
§ 2º Para a aferição do valor do patrimônio líquido a que se refere o inciso II do caput, deverá ser
apresentado demonstrativo contábil relativo a 31 de dezembro do ano imediatamente anterior ao do pedido
ou de balanço de abertura, no caso de início de atividade.
I - para o estabelecimento de pessoa jurídica que tenha sido punida, nos últimos cinco anos, com o
cancelamento da referida licença, por meio de processo administrativo ou judicial; ou
II - a pessoa jurídica que tenha em seu quadro societário ou de dirigentes pessoa com condenação
definitiva por crime de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, corrupção, contrabando, descaminho ou falsi-
ficação de documentos.
Desses artigos que inclui no quadro destaco os seguintes: Artigo 2, Parágrafo 1º, Inciso IV e
Parágrafo 2º, combinados com o artigo 5º e seu parágrafo 2º.
2) A seguir elaborei um outro quadro relacionando os dois primeiros artigos da Portaria RFB
711/2013 que regulamenta a MP 612/2013. Note no Art. 2º, Inciso II, a mesma exigência
prevista no Art. 5º, parágrafo 2º, da MP 612/2013, isto é, a do estabelecimento interes-
sado em explorar o CLIA provar patrimônio líquido igual ou superior a R$ 2.000.000,00
(dois milhões de reais).
Portaria RFB 711, de 06 de junho de 2013 - Dispõe sobre a formalização e o processamento dos re-
querimentos de licença e de transferência para o regime de exploração de Centro Logístico e Indus-
trial Aduaneiro.
Art. 1º A exploração de Centro Logístico e Industrial Aduaneiro (CLIA) depende de prévio licenciamento
concedido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).
Art. 2º Poderá ser licenciado a explorar CLIA o estabelecimento de pessoa jurídica constituída no País, que
explore serviços de armazéns gerais, demonstre regularidade fiscal, atenda aos requisitos técnicos e opera-
cionais para alfandegamento estabelecidos pela RFB na forma da Lei nº 12.350, de 20 de dezembro de
2010, e satisfaça também às seguintes condições:
I - seja proprietária, titular do domínio útil ou, comprovadamente, detenha a posse direta do imóvel onde
funcionará o CLIA;
3) Enfim, acho que até esse ponto dá para entender que a exigência de patrimônio lí-
quido igual ou superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) somente é para os
interessados em explorar de Centro Logístico e Industrial Aduaneiro (CLIA), e não tem
nada a ver com a exploração de Portos Secos, o que nos confirma porque a assertiva
V está errada.
4) Só mais uma coisa. Note que o parágrafo único da Portaria 711/2013 admite, além da
licença, a transferência para o regime de exploração de CLIA. Nesse sentido, trans-
crevo na integra a matéria da Receita Federal publicada em 13 de agosto de 20131
sobre a discussão da conversão (transferência) de Portos Secos em Centros Logísti-
cos e Industriais Aduaneiros.
Em relação à matéria “Receita usa janela de MP para autorizar 15 portos secos a operar”, publicada no jornal
Folha de S. Paulo de hoje (13/08), cabe esclarecer:
1. A Medida Provisória nº 612, de 2 de abril de 2013 estabeleceu uma oportunidade à iniciativa privada de
peticionar, com base em Lei, a autorização de instalação de novos Centros Logísticos e Industriais Adu-
aneiros (CLIAS) sob o regime de licenciamento ou de transformação de recintos já alfandegados sob o
modelo de Porto Seco para o modelo de CLIA. Por meio desse modelo, estabelecimentos de pessoas
jurídicas recebem a concessão ou permissão para movimentar e armazenar cargas sob controle adua-
neiro após a conclusão de processo licitatório, desde que atendidas condições como requisitos de se-
gurança e de controle exigidos por Lei.
2.
3. Durante a vigência da Medida Provisória, até sua expiração em 4 de agosto último, foram protocolizados
na Receita Federal em todo o País 53 pedidos de abertura de CLIAS, sendo 25 petições de conversão
de Portos Secos já alfandegados e 28 de instalação de novos centros. Todos esses pedidos foram re-
cepcionados, sendo obedecidos todos os ritos e prazos de cada uma das etapas necessárias à análise
dos pleitos.
4. Tendo sido atendidos todos requisitos exigidos pela lei, coube à Receita reconhecer o direito do interes-
sado e devidamente formalizá-lo em ato normativo. Durante a vigência da MP, foi concluída a análise de
21 pleitos, que culminaram com a conversão de 18 estabelecimentos de Portos Secos e o indeferimento
de 3 pedidos. Não foram, portanto, analisados os 28 pedidos de instalação de novos centros, nem 4 dos
pedidos de conversão de portos secos já existentes. Com a expiração da Medida Provisória, e até que
haja a edição de decreto legislativo ou que esteja conclusa a análise jurídica quanto aos efeitos decor-
rentes da perda de eficácia da MP, a avaliação dos demais pedidos protocolizados foi suspensa.
5) Bom, para encerrar, note que MP 612/2013 teve seu prazo de vigência encerrado no
dia 1º de agosto de 2013.
Resposta: D
Essa foi uma das poucas questões que não citei a base legal. Eu sugiro que você acesse o
site da Invest&Export Brasil - Guia do Comércio Exterior e Investimento <www.investex-
portbrasil.gov.br>, para ter acesso a lista de órgãos. Veja a seguir:
O examinador coloca esta pegadinha na letra A para derrubar todo mundo, o Departamento
de Polícia Rodoviária Federal não faz parte da lista de órgãos anuentes.
Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil não faz parte da lista de órgãos anuentes.
Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) é uma autarquia federal ligada ao Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações. Até aqui tudo bem, o que não tem nada
a ver é o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
**********