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Apresentação
Nesta aula apresentaremos os termos relacionados à nomenclatura de
embarcações pesqueiras a vela, que serão utilizados ao longo do curso e suas
respectivas definições.
Objetivos
Aprender sobre embarcações a vela.
Conhecer a descrição geral de embarcações pesqueiras a vela.
3.1 Introdução
A origem da navegação tem como base o desenvolvimento das embarcações à
vela. A técnica de capturar a força dos ventos para a navegação surgiu de forma
independente em diversas partes do mundo, como consequência da necessidade de
transportar pessoas e cargas pelas águas (AZEVEDO, 2002).
É certo que enorme é nossa costa, e por isso bem diversas as circunstâncias
e condições de mar e de ventos: mas Bahia, Alagoas e Pernambuco, que
relativamente tão próximas estão, e sujeitas às mesmas causas naturais de
tempo e mar, conservam tipos singulares inteiramente desiguais quanto à
forma do casco, mastreação e velame, e pode-se mesmo dizer que com o
Amazonas, Pará e Rio de Janeiro são as províncias que mais se destacam
em todo o Império quanto a originalidade de tipos de embarcações, sendo a
Bahia a primeira quanto a variedade e número, segundo os misteres a que
estão destinadas (CÂMARA-JUNIOR, 1888).
Figura 1 - Mapa médio da classificação climática para o estado do Pará, segundo método de Koppen.
Figura 2 - Mapa médio da classificação climática para o estado do Pará, segundo Thornthwaite.
Comparando os dados obtidos nas estações, com a escala Beaufort de ventos, se pode
observar que a intensidade dos ventos na área de estudo para altura de 2 m, estão no máximo
na classe 5 (vento fresco). No caso de mar aberto as vagas estariam na casa 1,5 a 2,5 m de
altura.
Fonte: http://i25.tinypic.com/2v7xdns.jpg
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Velas Latinas - São as que se envergam de proa à popa e podem ser quadrangulares e
triangulares. As velas quadrangulares envergam as testas (lado de vante) nos mastros, o
gurutil (lado superior) nas caranguejas, a esteira (lado inferior) nas retrancas e a valuma (lado
da ré). As velas latinas triangulares envergam-se nos estais; o gurutil (lado que enverga no
estai), esteira (lado inferior) e a valuma (lado da ré). Os ângulos (cantos) tomam os nomes de
punhos; ao ângulo formado pelo gurutil e testa, de uma vela latina quadrangular chama-se
punho da boca; ao ângulo formado pela testa e esteira chama-se punho da amura ao ângulo
formado pela esteira e valuma, chama-se punho da escota e ao ângulo formado pela valuma e
gurutil chama-se punho da pena. Nas velas latinas triangulares, o ângulo formado pelo gurutil
e esteira chama-se punho da amura; ao ângulo formado pela esteira e valuma chama-se punho
da escota e ao ângulo formado pela valuma e gurutil chama-se punho da pena. As velas latinas
que envergam nas vergas, cuja posição é oblíqua, denominam-se bastardas. As velas latinas
quadrangulares que usam uma vara que vai do punho da amura ao punho da pena denominam-
se velas de espicha. As velas quadrangulares, cujo gurutil enverga numa pequena verga,
denominam-se velas de pendão.
Carangueja é a verga superior de uma vela latina quadrangular que se chama vela de
carangueja.
Fonte: http://i32.tinypic.com/2dilyd3.jpg
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Fonte: http://i26.tinypic.com/r6xqw3.jpg
Balões - Velas triangulares com muito Saco feitas de tecido muito fino. São utilizadas
nas mareações a partir da bolina folgada. O punho da escota é montado de barlavento no lais
do Pau de Spi, armando para vante do estai. Existem vários tipos de balões para usar
consoante a força do vento e a mareação a seguir.
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Fonte: http://i26.tinypic.com/3469h0y.jpg
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Fonte: http://i28.tinypic.com/k2h279.jpg
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3.3.2 Massame - É o conjunto de todos os cabos existentes a bordo e que se divide em fixo e
de laborar.
Massame Fixo - É o conjunto dos cabos que aguentam a mastreação: ovéns, brandais,
estais, patarrazes e cabrestos.
Ovéns - São os cabos que aguentam os mastros de bombordo a estibordo e fazem parte
das enxárcias.
Enxárcias - É o conjunto de ovéns, colhedores (cabos que gurnem no poleame surdo
para tesarem os ovéns), enfrexates (espécie de degraus feitos de cabos ou madeira que servem
para os marinheiros subirem e descerem), sapatas ou bigotas (peças de poleame surdo).
Brandais - São cabos fixos que servem para aguentar os mastros e mastaréus de
bombordo a estibordo e de popa à proa.
Estais - São cabos fixos que servem para aguentar os mastros e mastaréus de proa à
popa.
Patarrazes - São cabos fixos que servem para aguentar o gurupés, paus da bujarrona e
giba de bombordo a estibordo.
Cabrestos - São cabos fixos à roda de proa e ao gurupés, paus de bujarrona e giba, que
servem para aguentá-los no sentido da proa à popa.
Estribos - São cabos fixos que prendem aos terços das vergas um para cada lais,
formando seio, que servem para os marinheiros andarem por cima deles.
Andorinhos - São cabos fixos aos vergueiros das vergas e ao seio dos estribos, que
servem para suportar o peso dos marinheiros quando utilizam os estribos.
Guarda-Mancebos - São cabos fixos existentes no gurupés, paus da bujarrona e giba,
que servem para os marinheiros se segurarem.
Vinhateiras - São cabos fixos aos vergueiros das vergas com cerca de 0,5m de
comprimento, com pinha de boça num dos chicotes, servindo para os marinheiros se
agarrarem quando na manobra das velas.
Massame de Laborar - São todos os cabos que servem para a manobra das velas do
navio.
Escotas - São cabos de laborar que se ligam aos punhos das escotas das velas que
servem para caça-las.
Adriças - São cabos de laborar que servem para içar ou arriar as velas; as velas latinas
quadrangulares possuem duas adriças, uma da boca (que iça a boca da carangueja), outra do
pique (serve para repicar a carangueja).
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Braços - São cabos de laborar, um em cada lais das vergas redondas, que servem para
braceá-las para vante ou para ré.
Amantilhos - São cabos de laborar, um em cada lais das vergas redondas, que servem
para amantilhá-las, isto é, aguentar os lais para as vergas não arquearem.
Amuras - São cabos de laborar, que nas velas redondas servem para amurar os papa-
figos, isto é, rondar o punho da escota de barlavento o mais avante possível.
Bolinas - São cabos de laborar usados nas testas das velas redondas, que servem para
quando os navios navegam de bolina, puxar as testas de barlavento o mais avante possível. As
bolinas compõem-se de poa, amante e bolina, de modo a formar um pé-de-galinha com três
pernadas.
Estingues - São cabos de laborar, que servem para carregar os punhos das escotas aos
lais ou aos terços das vergas.
Brióis - São cabos de laborar, que servem para carregar as esteiras das velas redondas
até ao gurutil.
Sergideiras - São cabos de laborar idênticos às apagas, mas empregados nas gáveas.
Abraçadeiras - São cabos de laborar empregados nos navios redondos que tenham
vergas dobradas ou partidas, servindo de amantilhos às vergas baixas. O aparelho dos paus de
surriola e de carga fazem parte do massame de laborar e bem assim o aparelho dos turcos. O
aparelho do pau de surriola compõe-se de amantilho (serve para arria-lo ou içar). Gaios
(servem para aguenta-lo de vante para a ré), patarrazes (servem para aguenta-lo de ré para
vante), cabo de vaivém (serve para os marinheiros se segurarem, quando necessitam de saltar
para as embarcações que estão amarradas), escada do quebra-costas (serve para as guarnições
das embarcações subirem ou descerem por elas, quando estejam amarradas ao pau),
andorinhos (um ou dois em cada pau, possuindo um sapatilho no chicote inferior para nele
amarrar a embarcação). O aparelho dos paus de carga compõe-se de amantilho e guardins que
servem para puxar o pau para bombordo ou estibordo.
3.3.3 Poleame - É o conjunto de todos os moitões, cadernais, patescas, catrinas, papoilas,
bigotas, sapatas, caçoilos, polés, existentes a bordo de um navio e divide-se em poleame de
laborar e surdo.
Poleame de Laborar - É todo aquele que possui roldanas, tais como: moitões,
cadernais, patescas, catrinas e papoilas.
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Poleame Surdo - É todo aquele que não possui roldanas, tais como: bigotas, sapatas,
caçoilo e polés.
Moitões - São peças de poleame de laborar, só com uma roldana, empregadas em
muitos serviços do navio.
Cadernais - São peças do poleame de laborar, com duas, três ou quatro roldanas e que
são empregadas a bordo dos navios. Os cadernais com quatro roldanas tomam o nome de
andorinhos e são empregados nos aparelhos reais.
Patescas - São peças de poleame de laborar, só com uma roldana, e a alça possui uma
abertura para dar entrada ao seio dos cabos. São muito empregadas para retornos dos cabos.
Catrinas - São uma espécie de moitões, por terem apenas uma roldana. São de ferro e
muito empregadas nos lais dos paus de carga.
Papoilas - São peças de poleame de laborar só com uma roldana, sendo a caixa em
forma alongada, e são empregadas junto dos mastros reais dos navios de vela para dar
passagem aos cabos da manobra das referidas velas. O conjunto das papoilas na mesa toma o
nome de mesa das papoilas.
Bigotas - São peças de poleame surdo, com três furos na caixa e são empregadas nos
cabos fixos, onde gurnem os colhedores para os rondar.
Sapatas - São peças de poleame surdo. Existem sapatas lisas e sapatas dentadas e
qualquer delas serve também para rondar os cabos fixos dos mastros. A caixa da sapata lisa
tem uma abertura lisa por onde passam os cordões do colhedouro; a caixa da sapata dentada,
possui também uma só abertura, mas com dois dentes para separarem os cordões do
colhedouro.
Caçoilos - São peças de poleame surdo com um ou dois furos e são empregadas para
dar a direcção aos cabos da manobra das velas.
Polés - São peças de poleame surdo, ainda actualmente empregadas em navios à vela e
também para suspensão dos toldos, tomando estas o nome de polé do prigalho.
Fonte: http://1.bp.blogspot.com/-icHboel-
khk/VPusxOlk2hI/AAAAAAAAQ04/oL1xozUiSLE/s1600/DSC03259.JPG
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Na junção dos “meios” (paus do centro) era feita uma pequena ranhura, por onde era
colocada a tabua de bolina, que chegava a atingir cinco metros de comprimento, com largura
de meio metro e que era introduzida na ranhura verticalmente e depois era inclinada na parte
superior para vante, descansando sobre o banco do mastro grande e ficando presa pelo esforço
da água a ré na parte inferior.
Entre os dois bancos havia uma cruzeta (peça transversal na extremidade de uma
haste) chamada “aracambuz” encavilhada nos bordos, que servia para descansar o mastro da
mesena (vela latina quadrangular), e para prender as linhas e utensílios de pesca, cabaça com
água, corda e poita (objeto pesado que faz as vezes de âncora em embarcações miúdas), para,
no caso de virar a jangada, nada se perder. Alguns pescadores, porém, usavam o aracambuz
em forma de banco, onde amarravam o mastro.
O banco do mastro grande (Figura 8) tinha um furo, ou enora, no centro, por onde
passava o mastro, que ia descansar em uma castanha (peça de madeira, fixada por meio de
abas ou orelhas e com abertura destinada a sustentar um cabo), que era fixada nos “meios”
(paus do centro) com pequenas cavilhas de madeira. Em frente a ré do aracambuz havia outra
castanha, colocada da mesma forma da anterior, que servia para escorar o pé da verga (peça
de madeira disposta transversalmente num mastro) da mezena.
Figura 8 - Banco do mastro grande, com enfoque na castanha, ao fundo a pinambaba ou tapinambaba de cabo
azul.
Fonte: https://c73707f526b7f246b765-
e47d093ef35bbdcf7c0c38983e073d56.ssl.cf1.rackcdn.com/GaleriaImagem/61476/jangadas-da-bahia_6.jpg
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Figura 9 - Jangada de seis paus, enfocando o mastro grande, um pouco atrás o aracambuz com aduchas do cabo,
deitada no centro a tábua da bolina.
Fonte: https://marsemfim.com.br/wp-content/uploads/2017/12/jan-1--768x1155.jpg
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As jangadas eram governadas por um leme em forma de esparrela, com um punho fino
e a pá muito larga, o qual se encaixava na abertura dos “meios”, quando ela navegava à popa
(a favor do vento) e entre estes e os “bordos” quando navegava à bolina (contra o vento),
sempre a barlavento (lado de onde sopra o vento) para que o timoneiro tivesse mais firmeza e
poder equilibrá-las (Figura 10).
As jangadas, quando não estão em uso, são encalhadas com o auxílio de rolos de
madeira, sobre os quais rolam até um local mais alto onde a maré não atinge.
Figura 10 - Jangada de seis paus, enfocando o banco do mastro grande, leme e cambicho.
Fonte: https://c73707f526b7f246b765-
e47d093ef35bbdcf7c0c38983e073d56.ssl.cf1.rackcdn.com/GaleriaImagem/61476/jangadas-da-bahia_14.jpg
Fonte: https://jangadajourney.files.wordpress.com/2015/06/quimanga-1.jpg
Fonte: https://cdn.olhares.pt/client/files/foto/big/237/2371796.jpg
Fonte: https://jangadajourney.files.wordpress.com/2015/06/banco-do-govc3aarno-and-
calc3a7adores.jpg?w=288&h=288&crop=1
As jangadas de pesca do Ceará (Figura 14) eram mais aprimoradas em suas formas e
mais reforçadas devido aos fortes ventos que ocorrem no litoral. Nelas o banco do mastro era
assentado sobre dois pés, chamados pernas, que atravessavam a tábua da carlinga (entalhe
onde se apoia o mastro) e outras duas tábuas longitudinais pregadas nos bordos, chamadas
tamancos. Nos extremos desse banco e em duas cavilhas atravessadas nos paus da jangada,
equidistantes da enora, eram passadas muitas voltas de cabo para vante e para ré e depois
atracadas de um e outro lado as pernas do banco por cabos também. Esta forma de prender
com maior segurança o banco chamavam de cabrestos.
A bolina tinha de um lado no alto uma parte saliente, com uns 20º de inclinação, para
não poder descer mais, nem ficar mais inclinada para a ré, a sua parte superior, que é presa a
uma corda com uma pinha (laço no chicote de cabos para impedir que corram). Os três pés do
aracambuz eram fincados também em tábuas encavilhadas nos paus e eram conhecidos pelo
nome de espeques (cada um dos tornos de madeira nas jangadas, nos quais se amarram cordas
ou cabos).
Sobre o meio, quando a jangada era de cinco paus (Figura 15), pregavam outra tábua
no sentido longitudinal, passando também por baixo da carlinga, onde abriam um retângulo
no meio, para passar a tábua da bolina, ao qual davam o nome de “casa da bolina”.
Os quatro pés dos bancos de assentar e os caçadores atravessavam duas tábuas fixas
nos bordos e eles próprios, chamados machos do governo, os quais se prolongavam até o
extremo dos bordos e eram por sua vez reforçados por outra atravessada e neles entalhada e
pregada, apelidada de “travessa da popa”.
Fonte:
https://ia800302.us.archive.org/BookReader/BookReaderImages.php?zip=/26/items/travelsinbrazil00inkost/trave
lsinbrazil00inkost_jp2.zip&file=travelsinbrazil00inkost_jp2/travelsinbrazil00inkost_0024.jp2&scale=4&rotate=
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Figura 16 - Jangada de cinco paus, enfocando a carlinga com seus diversos furos.
Fonte: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/images/Diversas/AL_IMAT/JangadadePau07(2).jpg
Figura 17 - Jangada de pesca do Ceará com todos seus elementos exceto a vela.
Fonte: http://site1382380002.hospedagemdesites.ws/wp-content/uploads/2014/05/CENTRO-DE-TURISMO-18-
.jpg
A vela era triangular entralhada em corda feita de fio, ou de embira, e cosida na verga,
que servia também de mastro, o qual era enfiado na enora do banco respectivo. O punho da
escota era fixo em uma retranca com boca de lobo e feita de pau paraíba. A jangada em geral
não tem menos que 5,5 metros de comprimento e para avaliarem a porção de pano, que deve
levar a vela, mediam a grossura das mimburas (os dois paus extremos de que se compõe a
jangada) e por ela calculavam. Assim, tendo 0,8 m de circunferência, deveria gastar a vela
uma peça e meia de algodão, ou 50 m de tecido, tendo 0,9 m duas peças e assim por diante.
A uns dois metros de distância do penol (ponta) da verga uma corda era amarrada no
aracambuz para arqueá-la, e força-la a uma posição determinada, e destruir o balanço, que a
verga tem por causa da sua flexibilidade e oscilação da jangada no mar. Essa corda também
servia para ferrar a vela. Existia também outra corda que era amarrada a vante, chamada
“ligeira”, que tinha a mesma serventia. Usavam também uma corda fixa na verga e com uma
alça, onde metiam a mão os tripulantes colocados a barlavento, com o corpo afastado para
fora da vertical, para aguentar a jangada, quando navegavam a bolina com vento fresco afim
dela não virar.
Na proa da mimbura de bombordo haviam outros calços dos lados para correr a poita
com o tauassú, e dar volta. Para fundearem, usam de uma pedra chamada tauassú ligada a uma
corda, e apertada por paus com pontas, que servia de âncora, presa a uma corda de embira, a
que chamam poita (Figura 18).
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Fonte: http://a4.pbase.com/u44/alexuchoa/upload/33634809.ancoraejangadaiguape.jpg
A tipologia das embarcações a vela do Ceará tem na jangada seu maior ícone, com
origem nos primitivos nativos, tendo evoluído ao longo das formas: jangada de
timbaúba ou jangada de raiz, de piuba e de tábuas (SANTOS; SANTOS, 2012),
complementada por canoas encavernadas e botes já com influência construtiva
europeia. A existência da jangada e sua perpetuação até os dias atuais se mantém,
sendo a transformação para a de tábuas (Figura 19) em 1944 pelo carpinteiro
artesanal do Iguape, Posidônio Soares, o seu maior salto construtivo e que se
conserva na atualidade sem maiores modificações (BRAGA, 2013).
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Fonte: https://a4.pbase.com/u14/alexuchoa/upload/38657139.jangadanicanoCumbucohorizontal.jpg
Segundo Braga (2013) as velas utilizadas pelas jangadas do Ceará são do tipo latina
triangular (Figura 20) e que conforme verificado, com a experiência dos mestres jangadeiros,
o ataque ao vento é maior, sob um ângulo na faixa de 35º a 40º. O tamanho da vela, está
relacionado diretamente ao tamanho da embarcação, cuja confecção requer conhecimento e
experiência. A vela, pela sua lateral da testa, é fixada ao mastro da jangada por cabo fino que
passa pela corda de entralhe e o contorna, num processo que se denomina envergadura da vela
(Figura 21).
O “pano” (tecido) preferido e utilizado na praia da Redonda - CE é o denominado
“meia lona” da marca Fluminense, conhecido no comércio com “algodãozinho de vela”,
comprado em peças com 10 metros de comprimento e largura infestada de 1,80 m. Na região
da praia da Baleia - CE utiliza-se de preferência o tergal (BRAGA, 2013).
Figura 20 - Vela latina triangular: 1- corda de cima (baluma ou valuma); 2 - corda do mastro (testa); 3 - corda de
baixo (esteira); 4 - tranca (retranca); 5 - mastro; 6 - toco e 7 - emendas e ponteira da curva.
Figura 21 - Parte superior da vela latina triangular: 1 - envergadura da vela; 2 - corda do mastro (testa); 3 - corda
de cima (baluma ou valuma); 4 - ponteira da emenda do mastro e 5 - emenda do mastro.
(2) Canoa
A canoa é um dos primeiros tipos de embarcações de pesca usados pelo homem, são
construídas de um único tronco ou de tábuas e cavernas de madeira. Algumas canoas de
tronco da Bahia, têm o fundo completamente chato, com pequeno tosamento na borda, para
aumenta-la na popa, que é onde corre mais perigo de soçobrar uma canoa, quando pelo mau
tempo é forçada a correr, acrescentam uma tábua na borda até um quarto do comprimento da
embarcação que chamavam de “cangalha”. Quando a cangalha se prolongava até a proa da
canoa, passava a se chamar bacussú. Quando a canoa era curta em relação a boca (maior
largura da seção mestra da embarcação) e o pontal (distância medida na vertical da seção
mestra da embarcação, desde a linha da base moldada do casco até a parte de cima do vau do
convés corrido mais alto), era conhecida como “batelão”.
As canoas em geral tinham dois mastros com velas triangulares (Figura 22), as
maiores, porém, tinham três mastros. As velas eram chamadas; a de vante “mezena de proa”,
a do centro “vela grande”, e a de ré “mezena de ré”. Os dois bancos de vante, por onde
passam os mastros em enoras, eram fixos, o de ré é móvel (Figura 23).
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Fonte: https://i.pinimg.com/originals/de/5d/9a/de5d9a846b94d94c4066c5e119baffcc.jpg
O espaço entre o bico de proa e o banco do mastro grande era dividido em quatro
partes, e nas três intermédias eram abertos furos para as diversas posições da amura da vela
grande, conforme a mareação. Quando navegavam à bolina, era amurada no primeiro furo, ao
largo no segundo, e a popa no terceiro, lugar este a sotavento, onde trabalha sempre a escota
da mezena de proa.
as bordas em buracos, que mantinha o respectivo punho a meio. O mastro grande era um
pouco inclinado para vante, os outros dois eram verticais.
As velas eram triangulares, sem rises e cosidas nas vergas. Os mastros eram paus
roliços, que passavam pelas enoras dos bancos, e descansavam nas carlingas no fundo da
canoa, e tinham furos na parte superior por onde passavam as adriças; sendo quanto ao
comprimento, maior “o grande”, depois “o de proa”, e depois “o de ré”, e assim as respectivas
vergas. Haviam vergas grandes, que excediam em comprimento ao das respectivas canoas.
A madeira empregada era geralmente a pindaíba branca (Xylopia frutescens), que é
muito leve e flexível.
Quando navegavam a bolina com vento fresco, os tripulantes se colocavam em pé na
borda de barlavento agarrados em cabos com balso (nó que se arma num cabo para içar
objetos ou um homem que vá trabalhar no mastro ou no costado), a que chamavam
“brandaes”, fixos ao mastro grande, e assim eles iam se afastando da vertical para fora até
ficarem horizontalmente, a proporção que o vento refrescava, movimento que exigia atenção
para os que navegavam a vela em embarcações miúdas, por ser o vento muito variável em
força e direção. Também costumavam arriar a amura (cabo que prende a parte inferior da vela
e a mantém estendida do lado donde sopra o vento), mas não a escota.
Haviam na proa de algumas das canoas do alto gavietes (peças à proa ou à popa da
embarcação, para suspender objetos pesados que estejam no fundo do mar) semelhantes aos
das lanchas de navios de vela, com pernadas fixas em um barrote por ante avante, e com uma
roldana para facilitar o suspender a poita, com que fundeavam.
A poita era formada de um pau com dois furos, que eram atravessados por duas
cavilhas, que apertavam uma pedra, e cruzavam nas extremidades. Nesse cruzamento
amarravam um cabo, que prendia também na pedra, e em pequena distância faziam um nó de
azelha (argola pequena), onde era fixada a amarra.
A espadela, ou bolina, era uma tábua, que se fixava a borda por sotavento para
substituir o pé de caverna, que a canoa não tinha, e fazê-la barlaventear. Elas tinham em geral
de 2 a 2,5 metros de comprimento, e 0,5m de largura. Sempre eram feitas de madeira muito
pesada. Sua forma era retangular, sendo a parte superior curva, grossa no centro, afinando
para as extremidades, que terminavam em roda quase em aresta. Tinham uma alça na parte
superior, que prendiam em um torno móvel encavilhado por dentro em furos da borda de
sotavento, correspondentes, aos que trabalhavam a amura da vela grande.
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A bolina tinha dois furos, um em cima, que servia para fixar um cabo a canoa para não
se perder, outro mais em baixo, onde se fixava a alça, que passava por cima da borda, e
atracava por dentro. Quando navegavam à popa a tiravam, ao largo era fixada no buraco de ré
da canoa, quando navegavam a bolina no segundo furo da canoa, e, quando o vento era muito
ponteiro, no terceiro furo da canoa. As dimensões das canoas variavam entre 7, 22 m de
comprimento, 0,66 a 1,2 m de boca, e 0,4 a 0,7 m de pontal.
No Rio de Janeiro as canoas de tronco, bordadas ou de voga (Figura 24) eram as que
tinham um suplemento de madeira em toda a borda da popa à proa, a que denominam
bordadura, sendo que a parte de vante e de ré tomam o nome de sobreproa e sobrepopa. Elas
tinham bancada avante com enora para o mastro, a qual era sempre fixa na borda do casco.
O mastro era feito de um caibro fino, geralmente de jaquetibá (Cariniana legalis), bem
como a verga, que preferiam de taquaruçu (Guadua angustifolia) por ser leve, forte e flexível.
A vela era um redondo, ou mais propriamente um retângulo, com muita esteira (sulco) em
relação à guinda (altura do mastro). A adriça ficava colocada a um terço da verga, e passava
por um furo feito no mastro, e dava a volta na sua bancada (Figura 25).
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Fonte:
http://4.bp.blogspot.com/-
Mvkgal_cxr8/UKzuxvNK9mI/AAAAAAAAAPk/EjfLfkFktb8/s1600/TRAQUETE.jpg
Fonte:
http://4.bp.blogspot.com/-
izo9hjhSZoM/US6HvyHilhI/AAAAAAAAAWw/sSGhQjDU6qs/s1600/canoa+lua+traquete.jpg
(3) Saveiro
Os saveiros (Figura 27) são embarcações cuja construção se assemelha a dos escaleres
(embarcação miúda, de proa fina e popa larga, movida a vela), porém, com maior boca,
menos pontal e em geral são quase de fundo de prato. Os bancos dos mastros e o da popa,
onde sentam as bancadas de ré, são fixos e os bancos intermediários são móveis e descansam
nos dormentes ou serretas (cada uma das tábuas colocadas no fundo da embarcação, entre a
sobrequilha e as escoras, para proteção do fundo) entre os braços das cavernas.
Fonte:
https://www.gazetadopovo.com.br/ra/mega/Pub/GP/p2/2008/11/01/VidaCidadania/Imagens/Saveiro_Reconcavo
_Baiano_0111.jpg
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O mastro de vante era sempre colocado em uma bancada no bico de proa, e a verga era
mais comprida do que a embarcação. Os saveiros de pesca (Figura 28) usavam duas velas,
sendo que a mezena, que era a vela de ré, era cassada (presa) na popa em um dos furos, que
tinha no espelho da popa (Figura 29).
Figura 29 - Saveiro com enfoque no furo no espelho de popa onde é presa a vela mezena.
Fonte: https://marsemfim.com.br/wp-content/uploads/2013/04/cb_1154.jpg
Estas embarcações (Figura 30) navegavam até perderem a terra de vista, nas pescarias
chamadas de sondar, e demoravam de um a dois dias fora, o que é notável por serem de boca
aberta. Apesar de não terem a velocidade das grandes canoas de três velas, são atualmente
preferidas a elas por poderem trabalhar com metade do pessoal, e oferecerem mais
comodidade. As amuras das velas dos saveiros, como das canoas, eram chamadas de “cairos
ou caros”.
35
Fonte: http://rafaelveloso.com.br/wp-content/uploads/2016/02/Saveiro-O-Tal-Foto-Luis-Pereira-IMG_3662-
800x445.jpg
(4) Garoupeira
A garoupeira era uma embarcação destinada à pesca da garoupa nos parcéis dos
Abrolhos, na Bahia, tinha a popa fechada, era muito fina na popa e larga na proa, tinha
também convés e borda falsa e o cadaste era inclinado. Tinha dois mastros e gurupés. No
mastro da proa armavam uma grande vela redonda, e no da popa uma vela triangular,
chamada “burriquete”, cuja retranca era fixa, e atravessava a borda falsa (Figura 31).
Figura 31 - Garoupeira.
Usavam também uma bujarrona (vela de proa, de forma triangular, que se enverga
num dos estais do velacho) à proa (Figura 32). Quando pescavam sobre os parcéis não
fundeavam, o faziam com o burriquete cassado, para aproarem ao vento. Estas embarcações,
quando usavam a vela latina quadrangular em lugar da redonda, tomam a denominação de
“perné”, na Bahia.
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Fonte: http://www.aramaca.com.br/wp-content/uploads/2016/04/Aramaca_Mini-Site-0105_Saveiros-da-Bahia-
11.jpg
Fonte:
http://4.bp.blogspot.com/-
cczKKscaIoo/Uk2IsErMcII/AAAAAAABnCk/B0uOPCSjyGk/s1600/Cas246SaoLuisCosteira210913.JPG
Fonte:
http://3.bp.blogspot.com/-5-
NW_bR7F7E/TexO9KhTUlI/AAAAAAAABmY/wTUgWJ9qpjI/s400/a+DSCN0995_05-27-11_15-17-53.jpg
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(6) Bote
Muito semelhante a Canoa-costeira do Maranhão, na prática, a principal diferença
entre os dois modelos reside no formato de proas e popas, a proa do bote é “de risco”, isto é,
as tábuas do costado se unem no talhamar formando um “V”, em vista superior. Já a popa é
denominada “rabo de pato” devido ao seu formato arredondado e ausência de espelho (Figura
35). Apresentam o mesmo aparelho vélico da canoa-costeira do Maranhão (ANDRÈS, 1998).
Fonte: http://www.amazonworld.com.br/site/imgs/maranhao/0007.jpg
(7) Biana
Uma das características mais marcantes da biana é possuir a proa bem lançada, que se
eleva pronunciadamente a partir do meio, acentuando o efeito do alvoro. Estruturalmente as
bianas (Figura 36) são feitas com cavernas de três paus, que apresentam um desenho que
tende ligeiramente à letra "V", fazendo no fundo uma perfeita concordância com a quilha de
seção triangular (ANDRÈS, 1998, ALMEIDA; FERREIRA; NAHUM, 2006).
Fonte: https://www.brana.com.br/wp-content/uploads/2016/12/biana2.jpg
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O comprimento das bianas, varia entre cinco e meio metros até nove metros, onde as
bianas maiores que sete e meio metros podem ter seções mais largas na popa terminando em
um amplo espelho. As bianas do tipo abertas são barcos menos possantes, com um
comprimento médio em torno de sete metros (ALMEIDA; FERREIRA; NAHUM, 2006).
(8) Igarité
A igarité (canoa verdadeira) (Figura 38) é um dos modelos de embarcação mais
genuínos do Maranhão, por ser encontrado exclusivamente na região do golfão (ANDRÈS,
1998). Apresenta características de semelhança com a biana e difere desta pela forma da
caverna mestra, que tende para um "U," enquanto que na biana tende para um "V". Não
40
apresenta quilha e no plano longitudinal apresenta um perfil talhado e em meia lua e tem de
cinco a seis metros de comprimento (ALMEIDA; FERREIRA; NAHUM, 2006).
Fonte: https://marsemfim.com.br/wp-content/uploads/2017/06/primeira-cruz-barcos-004.jpg
(9) Vigilenga
As vigilengas eram as igarités empregadas na pesca do mar e do rio. A origem de seu
nome é da cidade da Vigia, a que pertenciam (Figura 39).
Em meados dos anos 40 no mercado do Ver-o-Peso em Belém do Pará as embarcações
movidas a vela chamadas de vigilengas eram as mais utilizadas, eram muito parecidas a
canoa-costeira do Maranhão, também usavam velame com uma vela de estai, triangular, e
uma vela latina quadrangular muito repicada (inclinada) dando a impressão de ser triangular
(Figura 40), tanto que, Penteado (1949) relatou que possuíam duas velas, ambas triangulares,
mas de tamanhos desiguais. A maior delas achava-se colocada entre o mastro e a popa,
chegando sua base a ultrapassar esta última, o que a fazia ficar suspensa, em parte, por sobre
as águas. A outra vela era muito menor em virtude da posição do mastro, que aparecia
colocado mais próximo da proa (Figura 41) (PENTEADO, 1949).
41
Fonte:
https://static.wixstatic.com/media/599a27_494278125cc54b9596ebdb27361ddd47~mv2.jpg/v1/fill/w_976,h_682
,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01/599a27_494278125cc54b9596ebdb27361ddd47~mv2.webp.
Fonte: https://fauufpa.files.wordpress.com/2012/05/ver-o-peso-04.jpg?w=640&h=416
42
Fonte: https://fauufpa.files.wordpress.com/2012/05/vp09.jpg?w=640&h=413
Fonte: https://tokdehistoria.files.wordpress.com/2014/11/i0011995-18px001056py003230.jpg?w=657&h=414.
A tolda é um compartimento de madeira, fechado por três lados, que resguarda o porão
da canoa, onde se aloja a carga; daí o nome de “baixo da tolda” (Figura 43), que lhe é
reservado. Toda canoa possui dois ou três varejões (Figura 44), usados para impeli-la através
das águas dos igarapés, que atravessam regiões onde a densa vegetação marginal impede a
43
Figura 43 - Vigilenga mostrando seus tripulantes, que aparecem sustentando de pé os varejões, que serão
utilizados no igarapé.
Figura 44 - O interior da vigilenga, percebe-se perfeitamente o “baixo da tolda”, onde era guardada a carga.
Fonte: https://fauufpa.files.wordpress.com/2012/05/vp02.jpg?w=640&h=987.
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Fonte: https://i.pinimg.com/originals/8b/ae/97/8bae977c27dc8ffc2a8c16a52e669695.jpg
3.4.1 Caracterização dos materiais utilizados para fabricação das velas curicacas
do tecido nós colocava água e o tintó em uma lata grande no fogo, depois de ferver
nós botava o tecido molhado e deixava ferver junto com a água por uns tantos
minutos, depois tirava o pano e colocava em uma corda para escorrer e secar”
(conforme pescador José).
A costura utilizada é a simples (costura reta), para a emenda das partes, pois a vela
recebe vento pelas duas faces conforme a direção da navegação, sendo normal receber o vento
por um lado na ida e pelo o outro na volta. As bordas da vela curicaca confeccionada de lona
são embainhadas nas suas três laterais com a lona, entralhadas com cabo de polietileno de 8
mm (Figura 50).
Sendo que a vela pela lateral da testa, é fixada ao mastro da embarcação por cabo fino
que passa pela corda de entralhe e o contorna, num processo que se denomina envergadura da
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vela. A vela é composta por vários acessórios sendo estes identificadas a seguir (Figuras 51,
52 e 53).
Exercício 01
Forme um grupo de 4 (quatro alunos) e façam uma busca na internet de imagens dos
equipamentos náuticos relacionados abaixo. No final, montem um relatório com o nome dos
equipamentos, suas respectivas imagens e a fonte da imagem (cópia do link). Não se
esqueçam de inserir os nomes dos membros de cada grupo no relatório.
Ovéns
Enxárcias
Brandais
Estais
Patarrazes
Cabrestos
Estribos
Andorinhos
Guarda-Mancebos
Vinhateiras
Escotas
Adriças
Braços
Amantilhos
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Amuras
Bolinas
Estingues
Brióis
Sergideiras
Abraçadeiras
Moitões
Cadernais
Patescas
Catrinas
Papoilas
Bigotas
Sapatas
Caçoilos
Polés
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REFERÊNCIAS