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Escola Municipal Antonio Custódio Data: 18/03/2021

Professor (a) Maria Elania Ano: 6º Turma: B


Estudante__________________________________________

Variedade Linguística

Leia a carta a seguir, e responda as questões 1 e 2.

1 – Na carta, a linguagem utilizada por


Chico Bento, é:
(A) urbana, pois ele é um garoto da cidade.
(B) urbana, pois ele é um garoto do campo.
(C) regional, pois ele é um garoto do
campo.
(D) regional, pois ele é um garoto da
cidade.

2 – Deduz-se que o primo de Chico Bento


se dá mal no campo porque:
(A) sua vida na cidade é igual à de Chico
Bento.
(B) sua vida na cidade é completamente
diferente da de Chico Bento.
(C) ele não gosta da vida no campo.
(D) ele não gosta da vida urbana.

Variedades linguísticas

Em todos os países existem modos


diferentes de falar a mesma língua. O Brasil
não é exceção. Se na sua sala de aula há
colegas vindos de outras regiões, é provável
que você já tenha notado que às vezes eles
usam palavras, expressões e modos de falar
diferentes dos que você emprega para se
referir às mesmas situações.
Leia a seguir um depoimento de Ana
Emília Moreira Santos, presidenta da
Associação Matões, que é atuante na luta pelos
direitos dos quilombolas.
Somos iguais (homens e mulheres) no sentido de que nós (mulheres) vamos também. Na época do
"broco", da derriba, é o homem, mas onde é que a mulher entra? Ela que vai para lá para fazer o
comer, sabe, para ajudar a ele fazer aquilo, sendo que ela não vai derrubar, mas ela está participando,
quebrando o coco para comprar o mantimento, vai cozinhar.
Quando chega uma época depois da queimada, aí está todo mundo junto, quem vai capinar vai.
Época de plantar a gente tá junto, época de capinar a gente tá junto, época de cortar. Por exemplo, agora
é época de colheita e a gente tá todo mundo, mulher, homem e menino.
COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO. Mulheres quilombolas. Disponível em:
<www.cpisp.org.br/comunidades/html/mulheres/materia/matoes/matoes_mulheres.html>. Acesso em: 4 nov. 2015.
 Na linguagem de Ana Emilia (texto acima), a palavra “broco” (grifada e em negrito) significa
queimar a terra e “derriba” (grifada e em negrito) significa derrubar as árvores.
Embora exista uma norma-padrão, um modelo de língua ideal, ao produzirmos textos orais ou escritos
muitas vezes usamos variedades lingüísticas que podem ou não estar entre as variedades urbanas de prestígio
(o tipo de linguagem usado por pessoas mais escolarizadas e pertencentes a uma elite social e econômica).
A variação linguística empregada depende, assim, das condições sociais, culturais, regionais e da situação
de comunicação em que a pessoa se encontra, isto é, onde está, a quem se dirige, com quem convive, sobre o
que fala etc.
Norma-padrão é um modelo da língua baseado nas normas e regras da gramática.
Variedades linguísticas são as variações da língua determinadas por fatores como região, idade, profissão,
classe social, nível de escolaridade, situação de comunicação, entre outros.

Tipos de variação linguística

Variação geográfica
Cada lugar, cada região tem seu jeito próprio de falar. Costumamos dizer que no Brasil todos falam a
mesma língua, mas o jeito de falar (o sotaque, o uso de certas expressões, a pronúncia de determinados sons
etc.) dos cariocas é um, o dos baianos é outro, o dos gaúchos também é outro e assim por diante.
Em diferentes áreas de um mesmo estado e até em uma mesma cidade pode ocorrer variação.
Veja no quadro a seguir que expressões próprias de uma região muitas vezes não existem ou adquirem
sentidos completamente diferentes em outras regiões.
Diferenças regionais
Estado Expressão Significado
Maranhão caçar barulho procurar confusão, encrenca
Piauí ganhar chão fugir
São Paulo ficar na rabeira ficar para trás, ser o último colocado
Rio Grande do Norte bode conquistador
Goiás comer na gaveta ser avarento, pão-duro
Rio Grande do Sul arrastar a asa cortejar, namorar
Ceará jiqui estreito, apertado, diz-se em geral das vestes
Rio de Janeiro barato ótimo, sensacional
Fonte de pesquisa: LINGUAGEM popular nos estados. Jangada Brasil, n. 64, mar. 2004.
Disponível em: <www.jangadabrasil.com.br/revista/marco64/especial6411.asp>. Acesso em: 2 dez. 2015.

Variação histórica
A língua sofre variações com o tempo. Em um texto escrito por nossos avós, por exemplo, podemos
encontrar termos e expressões que não empregamos mais, além de grafias diferentes de palavras que ainda são
usadas.

Variação sociocultural
É a variação relacionada ao grau de escolaridade, às pessoas com quem convive e às condições socioe-
conômicas do usuário. As revistas dirigidas aos adolescentes, por exemplo, procuram usar uma linguagem
adequada a esse público.

Variação situacional
É a variação decorrente da situação de comunicação em que o falante se encontra. Se uma pessoa apresentar
um trabalho para uma plateia, provavelmente usará um registro formal. Se essa mesma pessoa estiver batendo
papo com um colega, utilizará naturalmente o registro informal.

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