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Daremos início a mais uma aula do Curso Completo de Enfermagem para Concursos.
Nesta aula, exploraremos questões cobradas em concursos anteriores referentes ao tema Administração
de medicações.
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O efeito terapêutico é a resposta fisiológica esperada ou previsível causada por uma medicação. Já os
efeitos colaterais são efeitos secundários e não evitáveis produzidos durante a administração de doses
terapêuticas usuais. Ademais, os efeitos adversos são respostas graves não pretendidas, indesejadas, e
frequentemente imprevisíveis à medicação (POTTER; PERRY, 2010).
1. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Refere-se à aplicação de medicamentos na pele ou nas membranas mucosas para absorção. De uma
forma geral agem localmente (aplicação tópica), mas podem ocorrer efeitos sistêmicos. Pode acontecer nas
seguintes modalidades (CLAYTON; STOCK; COOPER, 2012; POTTER; PERRY, 2010):
Cremes: são emulsões semissólidas contendo agentes medicinais para aplicação externa;
Loções: são normalmente preparações aquosas que contêm matéria em suspensão;
Unguentos: são preparações semissólidas de substâncias medicinais numa base oleosa;
Emplastro transdérmico: proporciona a liberação controlada de um medicamento prescrito através
de uma membrana semipermeável de várias horas até 3 semanas, quando aplicado à pele intacta;
Instilação nasal: as soluções nasais são usadas para tratar os distúrbios temporários que afetam as
membranas mucosas nasais. As formas mais comuns são o spray e as gotas descongestionantes;
Instilação ocular: os medicamentos oftálmicos mais comuns são os colírios e as pomadas oftálmicas;
Instilação auricular: as medicações usadas na orelha são chamadas de óticas e geralmente estão sob
a forma de gotas, formadas por uma solução contendo a substância desejada;
Instilação vaginal: as medicações vaginais estão disponíveis na forma de supositórios, geleias,
espumas, irrigações (duchas), comprimidos ou cremes;
Administração intraocular: essas medicações assemelham-se a lentes de contato. Geralmente são
posicionadas no saco conjuntival, onde permanecem por 1 semana;
Administração bucal: está relacionada àqueles comprimidos projetados para serem mantidos na
cavidade bucal (entre a bochecha e os dentes molares);
Administração sublingual: os comprimidos sublinguais são projetados para serem colados sob a
língua para dissolução e a absorção se dá por meio da vasta rede de vasos sanguíneos dessa área (o
efeito é sistêmico!).
O termo parenteral significa administração por qualquer via que não a enteral. Nesse tipo de
administração o início da ação é geralmente mais rápido e de menor duração, a dose quase sempre é menor e
o custo do tratamento, em geral, é maior (CLAYTON; STOCK; COOPER, 2012; POTTER; PERRY, 2010).
Normalmente a rota parenteral se refere às injeções intradérmica (ID), subcutânea (SC), intramuscular
(IM) ou intravenosa (IV). Cada via de injeção difere em relação ao tipo de tecido em que o medicamento será
Via intradérmica (ID): são aplicadas na derme, logo baixo da epiderme. São injetados pequenos
volumes, geralmente 0,1 mL. Sua absorção é lenta, sendo a via preferida para realização de testes de
alergia, injeções dessensibilização, aplicação de anestésicos locais e vacinas. Os locais mais
comumente usados são a parte superior do tórax, a região escapular e a face interna dos antebraços.
O ângulo de inserção da agulha deve ser de 15º com o bisel voltado para cima (CLAYTON; STOCK;
COOPER, 2012; POTTER; PERRY, 2010).
Via subcutânea (SC): consiste na colocação de medicamentos no tecido conjuntivo frouxo sob a
derme (hipoderme). O tecido subcutâneo não é tão ricamente suprido com sangue quanto os
músculos, por isso a absorção dos medicamentos é mais lenta do que a via IM. O volume máximo
suportado por essa via é de 1,5 mL. Os medicamentos comumente utilizados por essa via incluem a
heparina, enoxaparina e insulina. O comprimento da agulha é o que define seu ângulo de inserção. A
agulha 13x4,5 é preferível e o ângulo de inserção é de 90º. Por outro lado, as agulhas 25x7 e 25x6
mm devem ser introduzidas a um ângulo de 45º. Os locais mais usados incluem braços, face anterior
das coxas e abdome. As áreas usadas com menor frequência são as nádegas e a porção superior do
dorso ou a região escapular (CLAYTON; STOCK; COOPER, 2012; POTTER; PERRY, 2010).
Via intramuscular (IM): fornece uma absorção mais rápida que a SC por ser mais ricamente
vascularizada. Deve-se utilizar uma agulha mais longa e calibrosa para atravessar o tecido
subcutâneo e penetrar no tecido muscular profundo. O músculo é menos sensível a medicamentos
irritantes e viscosos. O ângulo de inserção deve ser de 90º. O volume máximo a ser administrado
depende do sítio de aplicação da injeção, conforme veremos a seguir:
Deltoide: embora não seja bem desenvolvido em muitos adultos, é utilizado frequentemente
devido ao seu fácil acesso com o paciente sentado, ereto e em decúbito dorsal, ventral ou lateral.
O volume administrado varia de 2 a 3 mL em adultos. É utilizado usualmente para aplicação de
vacinas (CLAYTON; STOCK; COOPER, 2012; POTTER; PERRY, 2010).
Vasto lateral: localizado na região anterolateral da coxa, longe de vasos sanguíneos e nervos. O
local de aplicação da injeção situa-se em seu terço médio (a um palmo do trocanter maior e um
palmo acima do joelho). É o local de escolha para lactentes, visto que representa a sua maior
massa muscular. O volumem a ser administrado varia de 3 a 4 mL (CLAYTON; STOCK; COOPER,
2012; POTTER; PERRY, 2010).
Reto femoral: está localizado medialmente ao músculo vasto lateral e a delimitação do local de
aplicação é feita da mesma maneira que o vasto lateral (terço médio). Suporta até 5 mL de
volume administrado (CLAYTON; STOCK; COOPER, 2012; POTTER; PERRY, 2010).
Ventroglúteo: corresponde ao glúteo médio e situa-se em local profundo e afastado dos
nervos e vasos importantes. Possui fácil acesso com o paciente em decúbito ventral, dorsal ou
lateral. É localizado colocando a palma da mão na porção lateral do trocanter maior, o dedo
indicador na espinha ilíaca anterossuperior e estendendo o dedo médio até a crista ilíaca. A
injeção é aplicada no centro do V formado pelos dedos médio e indicador. Pesquisas tem
demonstrado que é o local preferido para a maior parte das infusões em qualquer idade com
QUESTÕES COMENTADAS
MEU AMIGO (A), VAMOS APROFUNDAR OS SEUS CONHECIMENTOS,
QUE O LEVARÃO À SUA APROVAÇÃO!
Diante do exposto, embora a questão tenha sido anulada, a resposta correta seria a letra E.
Quando se utiliza porcentagem nos cálculos de medicação, o termo por cento (%) significa que a
quantidade de solvente é sempre 100 ml:
Exemplo: 7% significa que há 7gramas de soluto em 100 ml de solvente.
Vamos ao cálculo:
0,25 g = 250 mg, ou seja, 1 ampola de 5ml de fenitoína a 5% contém 250 mg de fenitoína.
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Fizemos os cálculos por fins didáticos, mas bastava multiplicar o valor de gotas por 3 (55,5 x 3 = 166,5
microgotas por minuto)
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PENICILINA CRISTALINA
Antibiótico de largo espectro largamente utilizado em unidades hospitalares tem frascoampola em
apresentações mais comuns com 5.000.000 UI e 10.000.000 UI.
Diferente da maioria das medicações, no solvente da penicilina cristalina, deve-se considerar o volume
do soluto, que no frasco-ampola de 5.000.000 UI equivale a 2 ml e no frasco de 10.000.000 UI equivale a 4 ml.
Quando coloca-se 8 ml de Água Destilada em 1 Frasco-Ampola de de 5.000.000 UI, obtém-se como
resultado uma solução contendo 10 ml.
Quando coloca-se 6 ml de Água Destilada em 1 Frasco-Ampola de 10.000.000 UI, obtém-se como resultado
uma solução contendo 10ml.
Questão bem simples, sendo resolvida facilmente: como a medicação tem 5.000.000 UI, em uma solução
de 10 ml (8 ml de água destilada + 2 g da medicação), 2.000.000 UI correspoderá a quantas ml da medicação?
10 ml ----- 5.000.000 UI
X ----- 2.000.000 UI
5.000.000x = 10 x 2.000.000
5.000.000x = 20.000.000
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10 ml ----- 1000 mg
X ----- 150 mg
1000x = 10 x 150
1000x = 1500
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