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História
No momento em que Eugène Delacroix pintou o quadro, ele já era o líder reconhecido da
escola romântica de pintura francesa. Nascido durante a Era do Iluminismo, deixou-se levar
pelas ideias e pelo estilo do romantismo, rejeitando a ênfase no desenho preciso que
caracterizava a arte acadêmica de seu tempo, e valorizou a cor livre.
Delacroix pintou A Liberdade no outono de 1830. Numa carta ao seu irmão, datada de 21 de
outubro daquele ano, escreveu: "O meu mau humor está desaparecendo graças ao trabalho
árduo. Embarquei num tema moderno - a barricada. Mesmo que eu não tenha lutado pelo
meu país, pelo menos pinto para ele">. O quadro foi exibido pela primeira vez no Salão de
Maio de 1831.
Simbolismo
Simbolismo
Delacroix retratou a Liberdade, como figura alegórica de uma deusa e como uma robusta
mulher do povo. O monte de cadáveres funciona como uma espécie de pedestal, do qual a
Liberdade se lança, descalça e com o peito meio descoberto, da tela para o espaço do
espectador. Ela usa barrete frígio que se tornara símbolo da liberdade durante a Primeira
República Francesa (1789-1794). Ela segura pelo mastro uma bandeira tricolor, que ocupa
o eixo médio da tela. A pintura tem sido vista como um marco do fim da Era do Iluminismo,
já que muitos estudiosos identificam o fim da Revolução Francesa como o início da Era
Romântica.