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QUADRO A LIBERDADE GUIANDO

O POVO, DE EUGÈNE DELACROIX

Vítor
Vinícius
Samuel
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA OBRA

A liberdade guiando o povo é uma daquelas obras


de arte que entram para a história como ícone de
uma época e de um país (no caso, a França).
Sendo um pintor da escola romântica, o autor da
tela, Eugène Delacroix, valoriza a composição
cromática e as emoções, de modo a criar uma
unidade em que tais elementos se tornam
essenciais para a apreciação da obra.
A tela não é uma representação da Revolução
Francesa de 1789. A imagem faz referência à
outra rebelião, ocorrida 41 anos depois.
A FIGURA FEMININA SIMBOLIZANDO A
LIBERDADE
A liberdade é retratada por Delacroix nesse trabalho
através da figura de uma mulher, que se torna uma
metáfora da emancipação e autonomia.

Ela ocupa o lugar central da composição e aparece com


o torso nu, fazendo um paralelo com as antigas
esculturas gregas.

Além disso, a mulher empunha em uma das mãos uma


baioneta e na outra a bandeira da França,
demonstrando senso de justiça e conduzindo a
população no ato revolucionário.

O corpo da moça apresenta estrutura vigorosa, como


era próprio do povo, e está em uma espécie de platô, o
que a deixa em posição superior ao restante das
personagens.
A PALETA DE CORES

Para os pintores do romantismo as cores eram essenciais na


construção das obras. E nessa tela, tais elementos têm maior
importância ainda, pois apresentam um símbolo nacionalista francês.

Grande parte da composição é formada por tons escuros, como


ocres, marrons, pretos e cinzas. Entretanto, a bandeira da França na
parte superior dá o tom vibrante à cena.

Além disso, alguns pontos de intensidade cromática aparecem,


repetindo as cores da bandeira, como pode-se observar nas
vestimentas do rapaz que se ajoelha aos pés da liberdade, a meia do
homem morto e semi-nu e o casaco do soldado caído.

O azul, o branco e o vermelho têm o propósito também de criar


pontos de iluminação em meio aos tons sombrios. Vale pontuar ainda
que a névoa branca ao fundo da cena contribui para criar contraste e
tensão.
AS LINHAS QUE DÃO DINAMISMO A
COMPOSIÇÃO
Ainda em termos estruturais, há uma clara divisão na
tela, onde a parte inferior é ocupada por corpos caídos,
que formam linhas horizontais.

Acima, na maior parte do trabalho, as personagens


estão em pé ou agachadas, formando traços verticais
ou diagonais.

Dessa maneira, o espectador é guiado pela cena, de


forma a perceber um dinamismo e agitação dos
combatentes em oposição à imobilidade dos mortos e
feridos.
CONTEXTO HISTÓRICO E SOCIAL

A liberdade guiando o povo faz referência à Revolução de 1830, na


França. Conhecida também como as Três Gloriosas, a revolta
aconteceu em julho, nos dias 27, 28 e 29.

Contrários ao aumento dos impostos e aos desmandos absolutistas do


monarca que ocupava o poder, Carlos X, a oposição liberal lidera uma
revolta que conta com apoio do povo para destronar o rei.

Assim, durante três dias as ruas de Paris são tomadas por rebeldes,
gerando conflitos violentos. O rei Carlos X, amedrontado, foge para a
Inglaterra, receando ter o mesmo fim de Luis XVI, guilhotinado na
Revolução Francesa de 1799.

Os ideais levantados pelos revolucionários estavam fundados no


mesmo lema empregado anteriormente: liberdade, igualdade,
fraternidade.

Para que a revolta não tivesse consequências que beneficiassem as


camadas populares, quem assume o poder é o duque Luís Felipe de
Orleans, que teve apoio da alta burguesia, empregando medidas liberais
e ficando conhecido como o "rei burguês".
Fim
“Quem fala que
açaí tem gosto de
terra, é fresco”

-Anônimo, 2022

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